Festival de Cinema de Cannes começou ontem com filme de Jim Jarmusch

[dropcap]O[/dropcap] Festival de Cinema de Cannes começou ontem em França com “Os Mortos Não Morrem”, filme de ‘zombies’ de Jim Jarmusch, numa edição que ficará marcada por repetentes, de Tarantino a Almodóvar, e por uma maior presença de mulheres.

A comédia de Jarmusch, com Bill Murray e Adam Driver, faz parte da competição oficial pela Palma d’Ouro, a par de filmes de outros realizadores já premiados, como Ken Loach (“Sorry We Missed You”), Terrence Malick (“A Hidden Life”) e Pedro Almodóvar (“Dolor y Gloria”).

No entanto, o que está a suscitar mais interesse, pelo menos por parte da imprensa internacional, é a estreia mundial do filme “Era uma vez em… Hollywood”, de Quentin Tarantino, com Leonardo DiCaprio e Brad Pitt, adicionado há dias à programação.

Na competição estão ainda “Frankie”, de Ira Sachs, rodado em Portugal e co-produzido por Luís Urbano, e “Bacurau”, dos realizadores brasileiros Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, com Sónia Braga.

Com Agnès Varda, que morreu a 29 de Março, a ter honras do cartaz do festival, esta é uma edição que celebra as mulheres. O Le Monde fez as contas e diz que há 15 realizadoras na selecção oficial, quatro das quais em competição. A saber, Mati Diop, Jessica Hausner, Céline Sciamma e Justine Triet. “Nunca antes visto em Cannes”, escreveu o jornal.

No festival são esperadas ainda três figuras: Elton John, por causa do filme “Rocketman”, de Dexter Fletcher, Diego Maradona, à conta de um filme de Asif Kapadia, e Silvester Stallone, que promoverá o recém-rodado “Rambo V – Last Blood”.

O actor francês Alain Delon, 83 anos, receberá a Palma de Ouro de Honra. Destaque ainda, na secção “Um certain regard”, para a inclusão de “Vida Invisível”, do realizador brasileiro Karim Ainouz, e “Liberté”, do espanhol Albert Serra, rodado em 2018 no Alentejo, com produção da Rosa Filmes.

Nos programas paralelos do festival há algum cinema português: na Semana da Crítica foram incluídos “Dia de Festa”, de Sofia Bost, e “Invisível Herói”, de Cristèle Alves Meira, enquanto “Les Extraordinaires Mésaventures de la Jeune Fille de Pierre”, da Gabriel Abrantes, passará na Quinzena dos Realizadores.

O festival termina no dia 25 e o júri oficial é presidido pelo mexicano Alejandro González Iñárritu.
O orçamento para produzir o festival de Cannes é de 20 milhões de euros.

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