Hoje Macau DesportoCoreia do Sul | Jeonbuk, de José Morais, cede empate ao sofrer dois golos nos descontos [dropcap]O[/dropcap] Jeonbuk, orientado pelo treinador português José Morais, atrasou-se ontem na corrida ao título na Coreia do Sul, ao empatar 3-3 no reduto do Gangwon, ao sofrer dois golos nos descontos. Lim Sun-Young deu cedo vantagem aos forasteiros, aos quatro minutos, Jung Jo-Gook empatou, aos 45+3, mas, aos 72 e 83, o primeiro de penálti, o suplente brasileiro Samuel ‘bisou’. A vitória parecia assegurada, mas Cho Jae-Wan reduziu, aos 90+1 minutos, e, já aos 90+11, Beom-Seok Oh restabeleceu a igualdade, na transformação de uma grande penalidade. Na classificação, após 24 jornadas, o Ulsan Hyundai, que no sábado goleou fora o Jeju por 5-0, conta 54 pontos, contra 50 do Jeonbuk, 45 do Seul e 38 do Gangwon.
Hoje Macau DesportoLiga chinesa | Shanghai SIPG empata e desce ao terceiro lugar [dropcap]O[/dropcap] campeão Shanghai SIPG, treinado pelo português Vítor Pereira, desceu ontem ao terceiro lugar da liga chinesa de futebol, ao empatar sem golos na recepção ao Tianjin Tianhai, em jogo da 21.ª jornada da prova. A equipa de Vítor Pereira, que somou o terceiro empate consecutivo, soma 49 pontos, menos dois do que o Beijing Guoan, formação com a qual seguia empatada no segundo posto, e que na sexta-feira venceu o Hebei por 2-0. A prova é liderada pelo Guangzhou Evergrande, orientado pelo antigo internacional italiano Fabio Cannavaro, que ontem venceu o Shandong Luneng por 3-0 e que segue com quatro pontos de vantagem sobre o Beijing Guoan.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Número de mortos em naufrágios sobe para 31 [dropcap]O[/dropcap] número de mortos após naufrágios devido ao mau tempo de três ‘ferrys’ que ligavam duas ilhas na zona central das Filipinas subiu para 31, depois de mais seis corpos de pessoas desaparecidas terem sido recuperados, avançaram ontem os serviços de emergência. A informação anterior apontava para 25 vítimas mortais. Os naufrágios ocorreram nas águas do arquipélago filipino, entre a cidade de Iloilo e a província de Guimaras, devido “à ondulação e às fortes chuvas”, segundo o Conselho Nacional de Gestão de Redução de Riscos de Desastres das Filipinas (NDRRMC, sigla em inglês). Pelo menos 59 pessoas foram já resgatadas e assistidas pelos serviços de emergência e pela Cruz Vermelha, indicou o NDRRMC. O serviço de meteorologia tinha alertado para as fortes chuvas de monções e tempestades, entre as quais uma tempestade que se encontrava a cerca de 875 quilómetros e que se aproximava da costa leste do país. Escolas e empresas da cidade de Manila foram encerradas devido às fortes chuvas e inundações, que causaram engarrafamentos na sexta-feira, nas zonas baixas da capital. Anualmente, em média, 20 tufões e tempestades atingem as Filipinas, fazendo com que o arquipélago, localizado no Anel de Fogo do Pacífico, regularmente atingido por sismos, seja um dos países mais exposto a desastres naturais.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | Pequim promete retaliar caso Trump avance com novas taxas Trump proclamou novas taxas alfandegárias sobre as importações chinesas a partir de 1 de Setembro. Pequim responde com a promessa de retaliações e acusa os Estados Unidos de violarem o acordo estabelecido entre Donald Trump e Xi Jinping [dropcap]A[/dropcap] China prometeu sábado retaliar caso o Presidente norte-americano, Donald Trump, cumpra a promessa de impor taxas alfandegárias suplementares de 10 por cento sobre um total de 300 mil milhões de dólares de importações oriundas da China. Trump anunciou na quinta-feira a entrada em vigor das taxas, a partir de 1 de Setembro, horas depois de as delegações dos dois países concluírem sem acordo uma nova ronda de negociações de alto nível em Xangai. Tratou-se do primeiro frente-a-frente desde que Trump e o homólogo chinês, Xi Jinping, acordaram um segundo período de tréguas, em Junho passado, numa guerra comercial que dura há um ano e ameaça a economia mundial. O primeiro período de tréguas entre Pequim e Washington colapsou quando Trump subiu as taxas alfandegárias sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares de bens importados da China, acusando Pequim de recuar em compromissos feitos anteriormente. Desta vez, Trump acusou o lado chinês de faltar ao compromisso de adquirir mais produtos agrícolas norte-americanos. Insatisfação chinesa O ministério chinês do Comércio disse na sexta-feira que está “muitíssimo insatisfeito” com o anúncio dos EUA, que “viola seriamente” o acordo alcançado entre Trump e Xi. Se Trump avançar com as taxas, a China “vai ter de tomar as contramedidas necessárias”, disse um porta-voz do ministério. “Todas as consequências serão suportadas pelos EUA”, acrescentou. A China tem ameaçado com medidas “qualitativas” não especificadas, já que não consegue mais retaliar com taxas alfandegárias, devido a ter um largo superavit no comércio com os EUA. As alfandegas chinesas poderão, por exemplo, dificultar o desembarque de produtos norte-americanos no país, alegando questões sanitárias, ou aumentar os entraves burocráticos a empresas dos EUA que operam no país. O ministério chinês do Comércio disse na quinta-feira que as empresas do país começaram já a pedir valores a fornecedores dos EUA para comprar soja, algodão e sorgo e que algumas novas compras foram feitas, sem detalhar números. O ministério chinês dos Negócios Estrangeiros também sugeriu que a ameaça de Trump pode anular os planos para uma segunda ronda de negociações, em Washington, no próximo mês. Com esta decisão, as alfândegas norte-americanas passam a cobrar taxas sobre todos os produtos oriundos da China, abalando ainda mais as cadeias de distribuição globais. Os dois países impuseram já taxas sobre milhares de milhões de produtos importados um do outro, numa guerra comercial motivada pelas políticas industriais de Pequim, que visam transformar as firmas estatais do país em importantes actores globais em sectores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros eléctricos. Os EUA consideraram que aquele plano, impulsionado pelo Estado chinês, viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da competição externa.
Hoje Macau EventosFadista portuguesa Carminho edita álbum em Setembro e faz digressão pelos EUA [dropcap]A[/dropcap] fadista Carminho editará o seu mais recente álbum, “Maria”, nos Estados Unidos em Setembro, pela editora Nonesuch Records, meses antes de fazer uma série de concertos em palcos norte-americanos e canadianos, revelou a Warner Music. Carminho assinou contrato com a Nonesuch Records para a edição de “Maria”, que acontecerá a 27 de Setembro, no mercado norte-americano. A jovem e reconhecida cantora portuguesa junta-se assim a um catálogo de artistas, que conta com nomes como Bjork, David Byrne, Brian Eno, João Gilberto, Caetano Veloso, Mariza e Carlos Paredes. Editado em Novembro de 2018 em Portugal, “Maria” é o quinto álbum de Carminho e é apresentado como o mais pessoal da carreira, assinando pela primeira vez a produção e a escrita de algumas canções. A editora norte-americana diz que a cantora portuguesa põe ainda em diálogo duas referências do fado: Beatriz da Conceição e Teresa Siqueira, mãe da artista. Nas próximas semanas, Carminho terá uma agenda intensa de concertos em Portugal e noutros palcos europeus. A 8 de Novembro inicia então uma série de actuações na América do Norte, a começar por Boston (EUA), onde a fadista se vai apresentar no Berklee Performance Center. No dia 9 estará em Toronto e a 10 em Montreal, para dois espectáculos em palcos canadianos, seguindo a 17 de Novembro para São Francisco (EUA) e a 19 para Alexandria (Canadá). Currículo de luxo Maria do Carmo Rebelo de Andrade, conhecida como Carminho, estreou-se discograficamente a solo em 2009, com “Fado”, apesar de em anos anteriores ter cantado na casa de fados da mãe, a Taverna do Embuçado, em Lisboa, e em vários espectáculos dedicados ao fado. Nesta última década, a fadista tem gravado com artistas de outras áreas musicais, como os grandes nomes brasileiros Chico Buarque, Milton Nascimento, Marisa Monte, Ney Matogrosso e Nana Caymmi, e com o espanhol Pablo Alborán. “Maria” sucede ao álbum “Carminho Canta Jobim”, editado em Dezembro de 2016.
Hoje Macau SociedadePonte HKZM | Transporte em carro privado disponível [dropcap]A[/dropcap] empresa VIT – Asia Services foi a primeira companhia a conseguir licença de serviço de transporte privado na ponte HKZM, avançou o canal de rádio da TDM na passada sexta-feira. O serviço permite a ligação entre Macau e Hong Kong pela ponte, sendo possível a ligação ao aeroporto. Para já, está disponibilizada uma frota de quatro veículos, cada um com capacidade máxima para transportar seis pessoas. A recolha e entrega de passageiros é feita porta a porta. Relativamente aos custos, as tarifas variam consoante o serviço seja diurno ou nocturno, no último caso são mais caras. O valor de base para chegar de Macau ao Aeroporto Internacional de Hong Kong é 2800 dólares de Hong Kong. Yany Kwan, presidente VIT – Asia Services, disse à TDM – Canal Macau que a ligação ao aeroporto é particularmente vantajosa para os residentes de Macau: “(A ligação para) o aeroporto de Hong Kong é óptima para os residentes de Macau porque podem estar lá numa hora e quinze minutos, da porta de casa directamente para o aeroporto de Hong Kong. Não têm sequer de se preocupar em transportar a bagagem”, apontou à mesma fonte. Relativamente aos valores apresentados, o responsável avançou que “se dividirmos, dá 400 e tal dólares por pessoa. Se considerarmos o bilhete do ferry e o táxi, acho que vale a pena”.
Hoje Macau SociedadeMetro Ligeiro | Lam U Tou quer mais formas de pagamentos [dropcap]O[/dropcap] presidente da Associação da Sinergia de Macau, Lam U Tou, considera que o uso de um “cartão individual para o Metro Ligeiro” é irracional, dado que os cidadãos precisam de mais um passe para apanhar transportes públicos. Além disso, o dirigente associativo alerta para o facto de a existência de dois passes impossibilitar mudar de transporte sem beneficiar da viagem grátis, como acontece quando se muda de autocarro. Lam U Tou está também preocupado que a ausência desta viagem grátis “reduza o uso e as vantagens do Metro Ligeiro”, dificultando a concretização do objectivo de o metro passar a ser o principal transporte na Taipa, em detrimento dos autocarros. Portanto, o presidente da associação apela às autoridades a introdução de outros meios de pagamento electrónico antes da circulação do Metro Ligeiro, bem como a facilitação de transferência de passageiros entre transportes. O presidente da associação espera que o Governo possa apresentar medidas para resolver o monopólio da MPay nos autocarros, algo que considera um problema. Para tal, Lam U Tou sugere que a tutela dos Transportes e Obras Públicas comunique com a secretaria de Lionel Leong para encontrar outros meios de pagamento electrónico.
Hoje Macau SociedadeIAM | Museu Natural e Agrário reabre hoje [dropcap]O[/dropcap] Instituto para os Assuntos Municipais [IAM] anunciou que o Museu Natural e Agrário, no Parque de Seac Pai Van, vai reabrir portas hoje, depois de ter sofrido obras de reparação e remodelação. Além disso foi criada uma nova zona a pensar nos mais novos, conhecida como a Zona de Répteis, onde “há dez caixas de exposição, incluindo eublepharis macularius [geco-leopardo], correlophus ciliatus [animal semelhante a largarto], ctenosaura acanthura [semelhante a iguana], python regius [cobra] e boa constrictor [cobra]. Esta exposição tem por objectivo aprofundar o conhecimento do público acerca dos répteis e divulgar a importância da protecção de animais”, declarou o IAM, em comunicado. O Museu Natural e Agrário e a Zona de Répteis funcionam das 10h às 17h.
Hoje Macau SociedadeJogo | Bloomberg justifica queda de receitas com protestos em Hong Kong Analistas citados pela agência Bloomberg justificam quebra de receitas do jogo em Julho com a instabilidade provocada pelos protestos em Hong Kong. Além disso, a guerra comercial, o abrandamento da economia chinesa e o crescente escrutínio sobre os junkets são outros possíveis “travões” do sector VIP [dropcap]N[/dropcap]a passada quinta-feira, a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos revelou que os casinos de Macau terminaram Julho com receitas brutas de 24,45 mil milhões de patacas, menos 3,5 por cento do que em igual período do ano passado. Julho foi o quarto mês de queda das receitas face ao período homólogo do ano passado. Um artigo da agência Bloomberg elenca, entre outras justificações, a turbulência política e os protestos em Hong Kong como factor negativo para os resultados das receitas da indústria que move a economia de Macau. Ainda assim, a agência refere que o sector do jogo se tem aguentado, apesar dos ventos desfavoráveis gerados pelas incertezas da guerra comercial e o enfraquecimento da economia chinesa, com a entrada em Macau de números recorde de turistas que alavanca o segmento do jogo de massas. É no segmento VIP que a realidade económica ganha contornos mais pessimistas. Neste capítulo, a Bloomberg cita a instabilidade vivida em Hong Kong e o possível aperto por parte de Pequim aos operadores junkets como razões que amedrontam os grandes apostadores chineses. “A procura no mercado VIP sofreu uma acentuada deterioração a partir da segunda metade de Julho, sem razão aparente. Pode-se explicar como um pequeno desvio de curto-prazo num contexto de grande mediatização da escalada dos conflitos em Hong Kong”, lê-se numa nota de analistas da JPMorgan citada pela agência. O documento destaca também a pressão sobre os junkets como possível justificação, nomeadamente depois da intensificação do escrutínio na sequência da polémica das apostas online alegadamente promovidas pelo grupo Suncity no interior da China. A outra margem Apesar dos resultados, os analistas não encontram razão para achar que o mês de Julho será um ponto de viragem com consequências a longo-prazo. Indicação disso é a pouco significativa reacção dos investidores, que não fizeram soar alarmes. O índice da Bloomberg Intelligence para os operadores de Macau caiu 1,1 por cento na passada quinta-feira, depois do anúncio de 2,7 por cento de queda das receitas. As acções dos casinos têm apresentado alguma volatilidade, que incluiu uma queda na ordem dos 20 por cento em Maio. No entanto, o Índice mantém a previsão de subida anual de 11 por cento, liderado pela Melco Resorts & Entertainment Ltd. e a SJM Holdings Ltd. O panorama da indústria havia melhorado recentemente graças aos números fortes da entrada de turistas e com sinais de que a retracção do sector VIP teria batido no fundo. Porém, os resultados de Julho voltaram a levantar questões quanto à capacidade de retoma. A Ponte HKZM foi apontada por analistas como uma espécie de escudo protector dos casinos contra a instabilidade vivida em Hong Kong, permitindo aos apostadores chegarem a Macau sem porem o pé na região vizinha. Ainda assim, apesar de ainda não haver números oficiais de visitantes para Julho, teoriza-se que Macau possa ser penalizado devido à quebra das vendas de pacotes turísticos que incluem as duas regiões administrativas especiais.
Hoje Macau PolíticaNação | Chefe do Executivo recebe jovens para sessão “Eu e a minha Pátria” [dropcap]S[/dropcap]ábado foi dia de exaltação nacional dirigido à juventude. O Chefe do Executivo, apresentou a sessão temática “Eu e a minha Pátria”, um evento no qual participaram 500 jovens de Macau. A sessão surgiu no seguimento de uma série de viagens, organizadas pelo Governo Central e o Gabinete de Ligação em Macau, que levou cinco delegações de estudantes a cinco províncias chinesas entre 14 e 25 de Julho. A iniciativa, intitulada «Caminhar juntos na Nova Era» teve como objectivo permitir que os jovens reafirmem “o amor e vontade de retribuição à Pátria, mostrando maior determinação no caminho conjunto e partilha de convicções”. “Em todos os momentos da visita de estudo, testemunhei a vitalidade e o entusiasmo dos jovens amigos. O intercâmbio que mantive com estes jovens deixou-me profundamente satisfeito, pois pude verificar que têm ideais, são cheios de vitalidade e trabalham arduamente”, referiu Chui Sai On. O Chefe do Executivo acrescentou ainda que a juventude de Macau está empenhada “na transmissão da tradição honrosa do patriotismo e do amor a Macau”. As iniciativas fazem igualmente parte das celebrações do 70º aniversário da implantação da República Popular da China e também do 20º aniversário do Retorno de Macau à Pátria.
Hoje Macau China / Ásia MancheteHong Kong | Fim-de-semana voltou a ser marcado por protestos. Bandeira da China atirada ao mar Na noite de sábado para domingo os protestos chegaram em força às ruas de Hong Kong, tendo sido detidas 20 pessoas, noticiaram as agências internacionais. Os manifestantes atiraram a bandeira da China ao porto de Vitória e voltaram às ruas este domingo [dropcap]M[/dropcap]ilhares de manifestantes pró-democracia voltaram ontem a desfilar nas ruas de Hong Kong para manter a pressão sobre as autoridades. A antiga colónia britânica, que atravessa a sua maior crise política desde que passou a ser território chinês em 1997, vai já no oitavo fim-de-semana consecutivo de grandes manifestações, frequentemente seguidas de confrontos entre pequenos grupos radicais e as autoridades. Para a tarde de ontem estavam previstas duas manifestações, que precedem a uma greve geral convocada para hoje. Milhares de manifestantes marcharam nas ruas do bairro residencial de Tseung Kwan O. “Estou mais preocupada do que optimista”, disse à AFP, no meio da multidão, Florence Tung, uma advogada estagiária de 22 anos. “Parece-nos que, independentemente de quantos somos, não podemos mudar o nosso Governo”, acrescentou, em referência ao facto de os dirigentes da cidade não serem eleitos por sufrágio universal. Kai Hou, de 41 anos, disse, por seu lado, não apoiar as tácticas violentas da franja mais radical de manifestantes, embora concorde com os objectivos gerais. “Ninguém concorda com as acções radicais, mas o seu objectivo é simples: querem fazer de Hong Kong um lugar melhor”, explicou. Entretanto, a China declarou ontem que não vai ficar “de braços cruzados” face às “forças abjectas” que minam a unidade nacional, no rescaldo dos confrontos entre manifestantes e polícia na noite passada em Hong Kong, adiantou a AFP, citando a Xinhua. “O Governo central não vai ficar de braços cruzados e não deixará que a situação avance”, adverte a agência. Dezenas de detenções Mais de 20 manifestantes foram detidos após os protestos que ocorreram entre sábado e a madrugada de ontem, acusados de reunião ilegal e agressão em Tsim Sha Tsui, Mong Kok e Wong Tai Sin, onde decorreram novos confrontos entre activistas e a polícia. A polícia disse que alguns “manifestantes radicais” lançaram extintores, tijolos, garrafas de vidro e outros objectos contra as autoridades, depois de se recusarem a dispersar. Em sentido contrário, a polícia de choque lançou gás lacrimogéneo e ‘spray’ pimenta para forçar a dispersão, levando muitos moradores a juntarem-se ao protesto contra a polícia, que acusaram de perturbar a comunidade. Num comunicado, a polícia salientou que os manifestantes se desviaram da rota autorizada para a manifestação, causaram cortes de trânsito e reuniram-se ilegalmente em frente à esquadra da polícia de Wong Tai Sin. No sábado, os manifestantes ignoraram os limites impostos pela polícia e ultrapassaram o local definido para o fim da manifestação, que junta milhares de pessoas nas ruas da ex-colónia britânica, adiantaram agências internacionais. De acordo com a Associated Press (AP), a rua onde decorre o protesto, na zona de Mong Kok, esteve repleta de manifestantes. De frisar que Mong Kok tem um histórico de acolhimento de manifestações pró-democracia, nomeadamente as de 2014, no período em que decorreu o movimento dos guarda-chuvas amarelos. Num ‘briefing’ antes da manifestação marcada para esta zona, a polícia alertou que seria considerado ilegal ultrapassar o limite imposto para o término da manifestação e disse que qualquer protesto que não tenha sido autorizado será considerado assembleia ilegal, adiantou a AP. A manifestação foi num primeiro momento proibida pela polícia, que a autorizou depois de um recurso, refere a AFP. Num outro parque público juntaram-se milhares de manifestantes pró-Governo, empunhando bandeiras chinesas, acrescenta a mesma agência. Na sexta-feira à noite, milhares de funcionários públicos juntaram-se, também num parque público, para mostrar solidariedade com o movimento, que cresceu e agora inclui exigências de eleições directas para o cargo de Chefe do Executivo e uma investigação a alegada brutalidade policial. Os residentes de Hong Kong acusaram a polícia de negligência depois de 44 pessoas terem ficado feridas no mês passado num ataque que aparentemente era dirigido aos manifestantes. As autoridades declararam que os seus recursos estão no limite devido às manifestações prolongadas. Bandeira desprezada Depois dos protestos e da vandalização ocorrida no edifício do Gabinete de Ligação do Governo Central em Hong Kong, os manifestantes voltaram a cometer actos contra os símbolos da China. No sábado foi retirada uma bandeira chinesa do mastro que foi depois atirada à água no icónico porto de Vitória após a manifestação pró-democracia ter desrespeitado o percurso aprovado pela polícia. Numa manifestação separada, milhares de pessoas vestidas de branco juntaram-se num parque de Hong Kong para expressar o apoio à polícia, empunhando cartazes onde podia ler-se “Give Peace a Chance”. Os manifestantes pró-democracia começaram a instalar postos de primeiros socorros e a distribuir capacetes algumas horas antes da manifestação e quando um grupo chegou à zona do porto, vários manifestantes subiram a um dos mastros em frente a um hotel de luxo e retiraram a bandeira chinesa. Depois de algum debate sobre se deveriam pintar a bandeira de preto, decidiram atirá-la à água antes que a polícia pudesse intervir. Pouco depois, Paladin Cheng, um manifestante de 38 anos, colocou-se ao lado dos mastros com um conjunto de bandeiras, onde podia ler-se “Hong Kong Independence.” Entretanto, o Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado condenou este acto, tendo o seu porta-voz afirmado que a prática de atirar a bandeira ao mar viola a lei da bandeira nacional da República Popular da China, bem como o diploma “The National Flag and National Emblem Ordinance”, da Região Administrativa Especial de Hong Kong. Por estas razões, constitui “uma flagrante ofensa à dignidade nacional, ultrapassando o princípio “Um País, Dois Sistemas”, e prejudicando os sentimentos do povo em relação ao país. O Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado voltou a expressar o seu apoio à polícia de Hong Kong e aos órgãos judiciais, esperando que os “criminosos” sejam punidos com a lei. O porta-voz desta entidade considerou ainda que este acto foi levado a cabo por um “pequeno número de radicais extremistas”, e que mostrou que os protestos vão muito além da livre expressão de opiniões, devendo este tipo de actos ser punidos severamente de acordo com a lei. Também o Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEHK emitiu uma declaração condenando veementemente “os actos ilegais dos manifestantes extremistas de Hong Kong”, que têm insultado a bandeira nacional e desafiado a soberania do país, esperando que os autores da ocorrência sejam punidos de acordo com a lei. Activista detido Além dos protestos que têm marcado o ambiente social e político de Hong Kong, ocorreram mais detenções nos últimos dias. O activista pró-independência Andy Chan foi preso, juntamente com sete pessoas, durante uma rusga policial. De acordo com um comunicado da polícia de Hong Kong, sete homens e uma mulher foram detidos na quinta-feira à noite num edifício industrial em Sha Tin, no norte do território, sob acusações de posse de armas e posse ilegal de explosivos. Apesar de a nota de imprensa não identificar os suspeitos, fonte policial garantiu à agência France-Presse (AFP) que o activista pró-independência Andy Chan era um dos oito. “Andy Chan foi detido e uma bomba de gás foi apreendida” disse a fonte, que pediu para não ser identificada. Em resposta ao comunicado da polícia, centenas de manifestantes reuniram-se à porta de duas esquadras, durante toda a noite, exigindo a libertação dos activistas. O Partido Nacional de Hong Kong (HKNP), um pequeno partido pró-independência liderado por Chan, foi proibido pelas autoridades em Setembro do ano passado, por motivos de “segurança nacional”. Também na quinta-feira Pequim voltou a pronunciar-se sobre os protestos, uma vez que o conselheiro de Estado da China, Yang Jiechi, acusou os Estados Unidos e outros países ocidentais de “atiçarem as chamas” nos protestos em Hong Kong, visando minar a prosperidade, estabilidade e segurança da região. De acordo com a imprensa estatal chinesa, Yang acusou Governos ocidentais de se reunirem com altos funcionários e líderes dos protestos e incentivarem as acções. “É preciso salientar que os Estados Unidos e outros Governos ocidentais (…) estão constantemente a alimentar as chamas da situação em Hong Kong”, disse Yang, citado pela agência de notícias oficial chinesa Xinhua. “A China expressa indignação e firme oposição (…) e exige que parem imediatamente de interferir nos assuntos de Hong Kong”, declarou. No início da semana passada, um ex-quadro do governo de Hong Kong fez acusações semelhantes sobre os Estados Unidos e Taiwan, afirmando que estavam por detrás dos distúrbios. A Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, e outras autoridades e diplomatas chineses fizeram acusações semelhantes, enquanto o chefe do sindicato da polícia de Hong Kong, também citado pela imprensa chinesa, pediu uma investigação sobre o alegado papel dos EUA nos protestos. O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, descreveu aquelas alegações como “ridículas”. “Eu acho que os protestos são da responsabilidade exclusiva do povo de Hong Kong e julgo que eles estão a exigir que o governo os ouça”, disse Pompeo. Já o Presidente norte-americano, Donald Trump, ao ser questionado na quinta-feira sobre os protestos, considerou tratarem-se “de motins” e indicou que os EUA vão ficar de fora de um assunto que afirmou ser “entre Hong Kong e a China”. Governos ocidentais e organizações de defesa dos direitos humanos emitiram já declarações em que expressaram preocupação relativamente à proposta de alteração da lei de extradição e à violência entre a polícia e os manifestantes.
Hoje Macau China / ÁsiaDetido em Hong Kong activista pró-independência Andy Chan [dropcap]O[/dropcap]ito pessoas, incluindo o activista pró-independência Andy Chan, foram detidas esta quinta-feira em Hong Kong durante uma rusga policial, num momento em que a ex-colónia britânica atravessa uma grave crise política. De acordo com um comunicado da polícia de Hong Kong, sete homens e uma mulher foram detidos na quinta-feira à noite num edifício industrial em Sha Tin, no norte do território, sob acusações de posse de armas e posse ilegal de explosivos. Apesar de a nota de imprensa não identificar os suspeitos, fonte policial garantiu à agência France-Presse (AFP) que o activista pró-independência Andy Chan era um dos oito. “Andy Chan foi detido e uma bomba de gás foi apreendida” disse a fonte, que pediu para não ser identificada. Em resposta ao comunicado da polícia, centenas de manifestantes reuniram-se à porta de duas esquadras, durante toda a noite, exigindo a libertação dos activistas. O Partido Nacional de Hong Kong (HKNP), um pequeno partido pró-independência liderado por Chan, foi proibido pelas autoridades em Setembro do ano passado, por motivos de “segurança nacional”. Foi a primeira vez desde a transferência de soberania de Hong Kong, em 1997, que um partido político foi dissolvido desta forma. Apesar de o HKNP ter apenas um punhado de membros, o seu carácter independentista provocou a fúria das autoridades chinesas. Pouco tempo depois, o executivo de Hong Kong recusou-se a renovar o visto do jornalista do Financial Times Victor Mallet, que tinha convidado Chan para uma conferência no Clube de Correspondentes Estrangeiros de Hong Kong (FCC, sigla em inglês). A proibição do HKNP e a decisão sobre Mallet foram vistos como dois exemplos de um declínio das liberdades em Hong Kong. Hong Kong vive há dois meses um clima de contestação social, com milhares de pessoas nas ruas contra uma proposta de lei que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial chinesa a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental. A proposta foi, entretanto, suspensa, mas as manifestações generalizaram-se e denunciam agora o que os manifestantes afirmam ser uma “erosão das liberdades” na antiga colónia britânica.
Hoje Macau PolíticaTrabalho | TNR sem necessidade de registo criminal [dropcap]C[/dropcap]om as alterações da lei da contratação de trabalhadores não-residentes, a importação de mão-de-obra vai continuar dispensada de apresentação de registo criminal. A explicação foi avançada, ontem, por Vong Hin Fai, presidente da 3.ª reunião da Comissão Permanente da Assembleia Legislativa que está a debater na especialidade este assunto. “Não é preciso apresentar registo criminal devido a dois factores. O primeiro passa por não haver no sector um consenso sobre este aspecto, há divergências sobre esta obrigação”, começou por dizer. “O segundo é justificado com a grande complexidade que estes documentos exigem para ser reconhecidos, devido aos procedimentos administrativos. Tudo isto é uma inconveniência para os trabalhadores e para os empregadores locais”, acrescentou. De acordo com as indicações actualmente em vigor, apenas os trabalhadores vietnamitas têm de apresentar registo criminal. Outro dos pontos em discussão prende-se com a possibilidade de um trabalhador vir para Macau como turista, arranjar um contrato e sair para outros destinos que o não o de origem. Depois só precisa de voltar a entrar com a autorização de permanência e fica contratado. Alguns deputados questionaram o Governo sobre a possibilidade de obrigar trabalhadores a virem da região de origem para terem autorização de permanência. Segundo Vong, esta sugestão foi recusada, uma vez que há trabalhadores que já não estão a trabalhar nos países originais. O deputado deu como exemplo o caso de um trabalhador filipino que tenha a vida profissional em Hong Kong ou Zhuhai e que se queira mudar para Macau. Neste caso, segundo a explicação do Governo, não faz sentido que se peça a essa trabalhadora que volte às Filipinas para poder ter licença de trabalho na RAEM.
Hoje Macau China / ÁsiaTurismo | Taiwan critica decisão de proibir visitas individuais à ilha O Governo de Taiwan criticou ontem a decisão da China de proibir viagens individuais à ilha, considerando que Pequim está a impedir o seu povo de visitar um país “livre e tolerante” [dropcap]D[/dropcap]everia ser-lhes permitido juntarem-se a mais e mais viajantes de todo o mundo para vivenciarem um país onde a liberdade, a abertura e a tolerância estão na ordem do dia. O que há a temer?”, questionou o ministro dos Negócios Estrangeiros taiwanês. Joseph Wu deixou a mensagem na rede social Twitter, apelidando de “triste” a restrição que entrou ontem em vigor. A China anunciou na quarta-feira que vai proibir viagens individuais a Taiwan, alegando o deteriorar das relações com a ilha democraticamente governada, em mais uma medida para aumentar a pressão financeira e diplomática sobre Taipé. Os chineses estão agora limitados a visitarem Taiwan como participantes de excursões de grupo, que diminuíram drasticamente depois de Pequim ter ordenado que as agências de viagens diminuíssem o número de visitas à ilha. Em comunicado, o ministério chinês da Cultura e do Turismo anunciou a suspensão das viagens a partir de quinta-feira, “face às actuais relações entre os dois lados”. O comunicado não detalha se também as viagens em grupo serão suspensas. A China só permite aos residentes das suas 47 maiores cidades que visitem Taiwan. Todos os outros têm de pedir permissão, através de agências de viagens seleccionadas, e de viajar em excursões em grupo. Não é claro o impacto da medida na indústria do turismo de Taiwan, que também recebe visitantes da Coreia do Sul, Japão e Sudeste da Ásia, atraídos pelas praias, regiões montanhosas e comida de rua. Amizades complicadas A China está também alarmada com os sinais de aumento do apoio militar pelos EUA a Taiwan. Embora Washington não tenha laços diplomáticos formais com Taipé, a lei norte-americana determina que forneça a Taiwan equipamentos e serviços de defesa suficientes para autodefesa. No início deste mês, os EUA aprovaram provisoriamente a venda de 2,2 mil milhões de dólares de armamento a Taiwan, incluindo tanques e mísseis de defesa anti-aérea.
Hoje Macau EventosExposição | SJM apresenta “Art in Motion – Video art from Portugal” [dropcap]V[/dropcap]ídeos produzidos por artistas portugueses estão em exibição, desde ontem, em diferentes espaços da Sociedade de Jogos de Macau (SJM). A exposição “Art in Motion – Video art from Portugal” integra-se numa série de sete mostras públicas que a SJM está a promover até Outubro, no âmbito de um festival de arte internacional lançado este ano pelo Governo. Com curadoria de Paulo Corte-Real, a mostra reúne 17 peças de artistas portugueses com “diferentes formações e percursos”, mas com o traço comum de terem adoptado o vídeo “como meio de expressão” artística. Durante o mês de Agosto, João Pombeiro, Rui Calçada Bastos e Rodrigo Oliveira vão ter vídeos da sua autoria exibidos em diferentes locais da SJM: hotel Grand Lisboa, hotel Lisboa, casino Jai Alai Oceanus e Ponte 16 (Sofitel). Com o apoio das concessionárias e subconcessionárias de jogo, o festival Arte Macau prolonga-se até Outubro e quer afirmar-se como uma nova marca cultural internacional.
Hoje Macau EventosPlataforma 1220 pede participação de cineastas para Festival de Busan [dropcap]A[/dropcap] 1220 – Produção de Filmes pretende levar para o Festival Internacional de Cinema de Busan, na Coreia do Sul, cineastas de Macau para que mostrem o seu trabalho num dos mais importantes festivais de cinema. De acordo com um comunicado, há quatro vagas disponíveis para cineastas independentes e outros profissionais ligados ao marketing, financiamento e distribuição. São também convidados a submeter candidaturas profissionais que tenham participado em produção de curtas-metragens. Os projectos devem ser submetidos em inglês e chinês, sendo também pedida carta de referência caso o candidato esteja empregado numa empresa. Com esta iniciativa, a plataforma 1220 possibilita aos “profissionais de Macau uma oportunidade única de interagir com outros cineastas de todo o mundo”, além de poderem partilhar “as suas experiências em termos de filmagens e procurar por oportunidades de negócio com produtoras estrangeiras”. Apoios do FIC O mesmo comunicado dá conta do optimismo da plataforma 1220 para o Festival Internacional de Cinema de Busan, uma vez que, no passado, “obteve uma resposta positiva no que diz respeito ao recrutamento de trabalhadores locais da área do cinema para aderirem aos mercados estrangeiros”. “A 1220 pretende descobrir mais produções locais de cinema que promovam a competitividade do sector em Macau, para que a indústria do cinema do território siga em frente”, lê-se ainda. A empresa foi uma das beneficiárias do Fundo das Indústrias Culturais no segundo trimestre deste ano, recebendo duas tranches no valor total aproximado de duas milhões de patacas. O valor de 1,780 milhões de patacas diz respeito à “atribuição da primeira prestação de apoio financeiro ao projecto “Plano de Apoio Financeiro Específico da Plataforma de Serviço Integrada de Cinema e Televisão 1220”, enquanto as 54 mil patacas constituem a “última prestação de apoio financeiro ao projecto ‘Plataforma de Serviços de Emissão, Venda Internacional e Pós-Produção Cinematográfica e Acesso a Feira de Exposição Internacional’”.
Hoje Macau SociedadeJogo | Receitas dos casinos descem 3,5% em Julho [dropcap]O[/dropcap]s casinos de Macau terminaram Julho com receitas brutas de 24,45 mil milhões de patacas, menos 3,5 por cento do que em igual período do ano passado, foi ontem anunciado. Este é o quarto mês em que os casinos do território registam uma queda das receitas face ao período homólogo de 2018, indicou a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ). Ao mesmo tempo, as receitas brutas acumuladas nos primeiros sete meses do ano registaram um decréscimo de 0,9 por cento, em relação a 2018. Entre Janeiro e Julho, as receitas brutas foram de 173,96 mil milhões de patacas, segundo os dados publicados na página da DICJ.
Hoje Macau SociedadeComércio | Macau regista crescimento de importações do bloco lusófono [dropcap]M[/dropcap]acau importou dos países lusófonos, no primeiro semestre de 2019, bens avaliados em 432 milhões de patacas, mais 9,8 por cento do que em igual período do ano passado, anunciaram as autoridades do território. Em sentido inverso, Macau exportou para os países de língua portuguesa, entre Janeiro e Junho, mercadorias no valor de 969 mil patacas, indicou a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). No total, Macau importou no primeiro semestre de 2019 mercadorias no valor de 42,42 mil milhões de patacas, menos 1,7 por cento do que no primeiro semestre do ano passado, e exportou bens no valor de 6,40 mil milhões de patacas, mais 3,3 por cento em termos anuais homólogos. Por conseguinte, o défice da balança comercial atingiu, no primeiro semestre, 36,02 mil milhões de patacas, indicou a DSEC. Na primeira metade do ano, a DSEC destacou o valor importado de vestuário e calçado (4,10 mil milhões de patacas) e de produtos de beleza, de maquilhagem e de cuidados da pele (3,02 mil milhões de patacas), que cresceram, respectivamente, 19,4 por cento e 35,1 por cento. As importações do interior da China desceram 5,8 por cento entre Janeiro e Junho, mas continuam a representar um terço do valor total das importações: 14,06 mil milhões de patacas. Em sentido crescente estão as importações da União Europeia e dos países ao longo da iniciativa “Uma Faixa, uma Rota”: mais 5 por cento e 85,9 por cento, respectivamente, segundo a DSEC. Do lado das exportações, saíram de Macau para o interior da China, no primeiro semestre, bens no valor de mais de 780 milhões de patacas, sendo que cerca de 96 por cento teve como destino as nove províncias da região do delta do rio das Pérolas.
Hoje Macau SociedadeBanca | BNU contribui com 33 milhões de euros para lucros da CGD [dropcap]A[/dropcap] Caixa Geral de Depósitos (CGD) registou lucros de 282,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2019, o que corresponde a um aumento de 46 por cento face ao período homólogo do ano passado em que totalizou 194 milhões de euros. O contributo para os lucros da actividade consolidada veio também do BNU Macau (com 33 milhões de euros), do BCI de Moçambique (com 19 milhões de euros) e ainda da sucursal de França (10 milhões de euros), tendo outros contributos totalizado 24 milhões de euros. De acordo com o comunicado do banco, a actividade em Portugal gerou um lucro de 196,5 milhões de euros no primeiro semestre, o que compara com 118,7 milhões no mesmo período de 2018. “Estes são resultados positivos, são resultados expressivos, mas numa conjuntura como todos sabem bastante difícil”, disse Paulo Macedo.
Hoje Macau SociedadeMetro Ligeiro | Rosário defende sistema de pagamento [dropcap]O[/dropcap] secretário para os Transportes e Obras Públicas defendeu ontem o mecanismo de pagamento dos bilhetes de metro, que exigem a compra de um cartão. Este sistema foi alvo de críticas por não ter uma câmara incorporada que permite o pagamento através de QR code ou com as carteiras electrónicas. Ontem, quando questionado sobre o assunto, de acordo com o canal chinês da Rádio Macau, Raimundo do Rosário afirmou que houve um contrato assinado em 2010 para o fornecimento dos meios de pagamento e que esse vínculo tem de ser respeitado. O secretário não afastou a hipótese de posteriormente a empresa responsável pela gestão do metro adoptar um novo sistema, mas só depois de tudo já estar em funcionamento. Ainda sobre o metro, Rosário frisou que a prioridade passa por abrir ao público a linha da Taipa.
Hoje Macau SociedadeSacos de plástico no supermercado vão custar uma pataca cada [dropcap]C[/dropcap]ada saco de plástico fornecido por estabelecimentos comerciais a clientes vai custar uma pataca. A informação foi dada ontem pelo presidente da 3ª Comissão Permanente, Vong Hin Fai, após a reunião de assinatura do parecer sobre a proposta de lei de restrição ao fornecimento de sacos de plástico. “Se os lojistas forneceram sacos de plástico têm de cobrar o valor do despacho que é de uma pataca”, disse. Se este valor não for cobrado o estabelecimento tem de pagar uma multa de 1000 patacas por saco, acrescentou. Do parecer assinado ontem também consta a alteração legislativa relativamente à versão inicial, que agora isenta os estabelecimentos de uma multa de 600 patacas, caso não tenham “em local bem visível, os materiais de divulgação sobre o fornecimento de sacos de plástico. “Na opinião de alguns membros da comissão, os materiais de divulgação em si já não são amigos do ambiente e a sua fixação em todos os lados também não é estética, pelo que não devia ser necessário obrigar a esta afixação”, aponta o parecer para justificar a alteração. O diploma prevê ainda que apenas sacos de plástico que tenham contacto directo com os produtos “frescos e crus ou produtos alimentares “estejam isentos de cobrança, sendo que para garantir uma maior protecção ambiental o Governo exclui as situações que envolvem a venda de “produtos alimentares ou medicamentos não hermeticamente embalados e os que devam ser mantidos em estado frio ou quente”. “Estas duas situações passaram a estar isentas de cobrança, para reduzir ainda mais o uso de sacos de plástico, destacando-se a intenção legislativa de redução de resíduos a partir da fonte”, aponta o parecer.
Hoje Macau PolíticaHabitação social | Ho Ion Sang desapontado com idade mínima de candidatura [dropcap]O[/dropcap] presidente da 1.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa, Ho Ion Sang, sente-se desiludido com o facto de não ter conseguido levar o Executivo a definir os 18 anos como idade mínima para as candidaturas a habitação social. Na proposta da alteração da lei da habitação social, o Governo aumentou a idade de candidatura dos 18 para os 23 anos. Mas a comissão não queria que esta alteração fosse em frente. “Estamos desapontados. Queríamos que a idade mínima se mantivesse nos 18 anos e até propusemos um esquema de 18 anos com pontuação extra, ou seja em que as pessoas ganhavam mais pontos e prioridade caso fossem mais velhas”, admitiu o presidente da comissão. “Também há pessoas que aos 18 anos acabam os estudos e estão numa situação complicada em que precisam de ajuda”, acrescentou. O Governo fez algumas cedências, como o facto de órfãos poderem candidatar-se a este tipo de apoio social logo aos 18 anos e também por uma medida extra, em que é o Chefe do Executivo fica com poderes, desde que com uma justificação adequada, para garantir que qualquer pessoa pode concorrer, mesmo que tenha menos de 23 anos. O Executivo também cedeu no fim da proibição de atribuir habitação social a candidatos individuais com menos de 18 anos, se ainda forem estudantes. Estas cedências não foram ignoradas por Ho Ion Sang, que disse ter ficado “satisfeito” com a postura de abertura do Executivo. A lei da habitação económica foi aprovada em Novembro de 2017 e foi discutida na especialidade até ontem. Sobre os quase dois anos de discussão, o presidente da comissão afirmou que geraram resultados positivos: “Passou muito tempo desde a aprovação, mas posso dizer que usámos este tempo bem. Acho que valeu a pena”, considerou.
Hoje Macau PolíticaEfeméride | Chui elogia Exército de Libertação do Povo Chinês [dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo visitou ontem a Guarnição em Macau do Exército como parte das comemorações do 92.º aniversário do Exército de Libertação do Povo Chinês. Chui Sai On elogiou a importância na protecção do país e a forma como tem contribuído para o sucesso do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’: “O Exército de Libertação do Povo Chinês é o exército do povo, é o herói que assume plenamente a missão sagrada da protecção da Pátria e do Povo, pois contribui para a salvaguarda da conjuntura estável da reforma e desenvolvimento do País”, afirmou. “A Guarnição em Macau do Exército de Libertação do Povo Chinês […] têm-se empenhado na promoção dos valores tradicionais […]e desempenhou de forma distinta diversas missões em cumprimento das suas atribuições de defesa, sendo o reflexo de um exército poderoso e civilizado, o que lhe granjeou o grande reconhecimento dos compatriotas de Macau”, acrescentou. Ainda de acordo com o Chefe do Executivo até os membros da Guarnição já se sentem em casa, devido à ligação com os residentes. “Ao longo destes anos, a Guarnição e a RAEM têm comungado dos mesmos objectivos, trabalhando em união de esforços. A Guarnição, que considera Macau como a sua terra natal e os seus residentes como família, tem prestado todo o apoio ao Governo da RAEM na sua governação segundo a lei”, sublinhou.
Hoje Macau PolíticaAcordo | DSAJ também rejeita acusações da Ordem dos Advogados [dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços para os Assuntos de Justiça (DSAJ) também rejeita as acusações de inconstitucionalidade do acordo de entrega de infractores em fuga vindas de Portugal. Num comunicado ontem divulgado, a tutela de Sónia Chan esclarece que o aquilo que foi assinado entre os dois territórios “satisfaz plenamente os padrões internacionais no respectivo domínio, nomeadamente o Acordo-Modelo das Nações Unidas sobre a Extradição, bem como está em conformidade com a lei interna das duas jurisdições”. Além disso, o acordo “tem em plena consideração o facto de as duas jurisdições partilharem o mesmo sistema jurídico-penal e uma série de princípios fundamentais no âmbito da legislação, nomeadamente o princípio da dupla-incriminação, o princípio da reciprocidade, o princípio da recusa de entrega dos infractores com vista à protecção dos seus direitos e garantias, entre outros”. O Governo da RAEM dá também conta do facto da redacção das disposições do acordo “corresponder a um modelo-tipo geralmente adoptado a nível internacional”, além de estar “patente semelhante ideia numa série de convenções ou tratados análogos celebrados entre Portugal e outros países ou regiões (por exemplo com a China, Índia, Argélia)”. Também a DSAJ, à semelhança do Ministério da Justiça, se baseia no acordo já assinado entre China e Portugal em matéria de extradição, “pelo que o pedido de entrega pode ser feito directamente entre a China e Portugal”.