Hoje Macau China / Ásia MancheteHong Kong | Polícia detém 40, activistas visam aeroporto [dropcap]P[/dropcap]elo menos 40 pessoas foram detidas em Hong Kong na sequência de protestos não autorizados de sábado passado, durante os quais 31 pessoas ficaram feridas, cinco em estado grave, informaram ontem as autoridades. Ao final da noite de sábado e início da madrugada de domingo registaram-se violentos confrontos entre a polícia e manifestantes em vários pontos da ex-colónia britânica. Cerca de um milhar de manifestantes anti-governamentais que protestou junto à sede do Governo de Hong Kong abandonou o local pelas 19:00, após confrontos com a polícia, que tinha proibido a iniciativa. As cenas de violência demoraram um par de horas, com os manifestantes a arremessarem tijolos e bombas incendiárias sobre as forças de segurança e com a polícia a responder com gás lacrimogéneo e canhões de água. Para trás, nas ruas, ficou um cenário de destruição, com o jornal South China Morning Post a noticiar que os manifestantes também causaram alguns focos de incêndio junto do quartel-general da polícia em Wan Chai, também no centro da cidade. Ataques variados Em Victoria Park, dois polícias foram cercados e atacados por um grupo, obrigando-os a dispararem dois tiros de aviso para o ar, informaram as forças de segurança num comunicado no qual se condena a “escalada de violência” e o uso de “armas letais” por parte dos manifestantes. Após um protesto pacífico que juntou milhares de pessoas no centro da cidade, alguns manifestantes envolveram-se em confrontos com a polícia junto à sede do Governo, para rumarem depois para Wan Chai, Causeway Bay e North Point, bloqueando ainda várias outras ruas na ilha de Hong Kong, numa das quais atearam fogo a uma barricada que representou “um sério perigo para os moradores”, indicou a polícia. Milhares de pessoas também se manifestaram ilegalmente em vários distritos de Kowloon, cercaram esquadras, bloquearam estradas e vandalizaram edifícios públicos e estações de metro. Numa delas, em Prince Edward, foram realizadas dezenas de detenções, com a polícia a perseguir os manifestantes e a lançar gás pimenta sobre estes, depois de muitos deles terem trocado de roupa para se misturarem com os passageiros. Nos últimos dias, a polícia deixou de fazer policiamento a pé pelas ruas para evitar quaisquer emboscadas às forças de segurança. Esta semana, um activista foi atacado com tacos de basebol por homens com o rosto tapado. Um polícia foi alvo também de um violento ataque com uma faca à saída de um turno, na sexta-feira. Metro para o aeroporto suspenso Entretanto, a empresa gestora do metro de Hong Kong decidiu ontem suspender os serviços para o aeroporto internacional do território, um dos mais movimentados do mundo, devido aos protestos na antiga colónia britânica. De acordo com a estação RTHK, a operadora MTR anunciou a decisão por volta das 13:30, com base num parecer do Governo e da Autoridade Aeroportuária de Hong Kong. Manifestantes pró-democracia tinham já planeado interromper as ligações rodoviárias e ferroviárias para o aeroporto durante a tarde de ontem, um dia depois de se terem registado violentos confrontos entre a polícia e manifestantes em vários pontos da cidade. De acordo com o jornal South China Morning Post, centenas de manifestantes estavam já reunidos no aeroporto, onde formavam barricadas. O objectivo é bloquear os transportes no aeroporto internacional de Hong Kong na tarde de domingo. Os activistas estão a pedir ao público que sobrecarregue as estradas e as ligações ferroviárias para o aeroporto no domingo e segunda-feira para que os voos sejam cancelados, numa repetição esperada das suas acções de há duas semanas. Dois outros grupos de manifestantes também planeiam protestar em Tin Shui Wai, e no exterior do consulado britânico em Admiralty. Os activistas pretendem pedir a Londres que dê ao portador de passaporte nacional britânico (estrangeiro) o direito de viver no Reino Unido.
Hoje Macau China / Ásia MancheteHong Kong | Polícia detém 40, activistas visam aeroporto [dropcap]P[/dropcap]elo menos 40 pessoas foram detidas em Hong Kong na sequência de protestos não autorizados de sábado passado, durante os quais 31 pessoas ficaram feridas, cinco em estado grave, informaram ontem as autoridades. Ao final da noite de sábado e início da madrugada de domingo registaram-se violentos confrontos entre a polícia e manifestantes em vários pontos da ex-colónia britânica. Cerca de um milhar de manifestantes anti-governamentais que protestou junto à sede do Governo de Hong Kong abandonou o local pelas 19:00, após confrontos com a polícia, que tinha proibido a iniciativa. As cenas de violência demoraram um par de horas, com os manifestantes a arremessarem tijolos e bombas incendiárias sobre as forças de segurança e com a polícia a responder com gás lacrimogéneo e canhões de água. Para trás, nas ruas, ficou um cenário de destruição, com o jornal South China Morning Post a noticiar que os manifestantes também causaram alguns focos de incêndio junto do quartel-general da polícia em Wan Chai, também no centro da cidade. Ataques variados Em Victoria Park, dois polícias foram cercados e atacados por um grupo, obrigando-os a dispararem dois tiros de aviso para o ar, informaram as forças de segurança num comunicado no qual se condena a “escalada de violência” e o uso de “armas letais” por parte dos manifestantes. Após um protesto pacífico que juntou milhares de pessoas no centro da cidade, alguns manifestantes envolveram-se em confrontos com a polícia junto à sede do Governo, para rumarem depois para Wan Chai, Causeway Bay e North Point, bloqueando ainda várias outras ruas na ilha de Hong Kong, numa das quais atearam fogo a uma barricada que representou “um sério perigo para os moradores”, indicou a polícia. Milhares de pessoas também se manifestaram ilegalmente em vários distritos de Kowloon, cercaram esquadras, bloquearam estradas e vandalizaram edifícios públicos e estações de metro. Numa delas, em Prince Edward, foram realizadas dezenas de detenções, com a polícia a perseguir os manifestantes e a lançar gás pimenta sobre estes, depois de muitos deles terem trocado de roupa para se misturarem com os passageiros. Nos últimos dias, a polícia deixou de fazer policiamento a pé pelas ruas para evitar quaisquer emboscadas às forças de segurança. Esta semana, um activista foi atacado com tacos de basebol por homens com o rosto tapado. Um polícia foi alvo também de um violento ataque com uma faca à saída de um turno, na sexta-feira. Metro para o aeroporto suspenso Entretanto, a empresa gestora do metro de Hong Kong decidiu ontem suspender os serviços para o aeroporto internacional do território, um dos mais movimentados do mundo, devido aos protestos na antiga colónia britânica. De acordo com a estação RTHK, a operadora MTR anunciou a decisão por volta das 13:30, com base num parecer do Governo e da Autoridade Aeroportuária de Hong Kong. Manifestantes pró-democracia tinham já planeado interromper as ligações rodoviárias e ferroviárias para o aeroporto durante a tarde de ontem, um dia depois de se terem registado violentos confrontos entre a polícia e manifestantes em vários pontos da cidade. De acordo com o jornal South China Morning Post, centenas de manifestantes estavam já reunidos no aeroporto, onde formavam barricadas. O objectivo é bloquear os transportes no aeroporto internacional de Hong Kong na tarde de domingo. Os activistas estão a pedir ao público que sobrecarregue as estradas e as ligações ferroviárias para o aeroporto no domingo e segunda-feira para que os voos sejam cancelados, numa repetição esperada das suas acções de há duas semanas. Dois outros grupos de manifestantes também planeiam protestar em Tin Shui Wai, e no exterior do consulado britânico em Admiralty. Os activistas pretendem pedir a Londres que dê ao portador de passaporte nacional britânico (estrangeiro) o direito de viver no Reino Unido.
Hoje Macau ReportagemHong Kong | Moisés ou como usar a religião [dropcap]À[/dropcap] frente do protesto ‘religioso’ de sábado em Hong Kong, havia um manifestante destacado entre os demais. Intitula-se Moisés e exibe num cartaz os “cinco mandamentos” do movimento pró-democracia. O cuidado na escolha de todos os acessórios para ‘encarnar’ a figura bíblica esconde também a vontade de não querer ser identificado. “Eu sou um mensageiro. O meu nome é Moisés e tenho uma mensagem para a população de Hong Kong: são os cinco mandamentos”, disse à Lusa. Os ‘mandamentos’ são inspirados nas cinco reivindicações do movimento pró-democracia : “Retirem a lei ‘chinesa’ da extradição; revoguem o termo motim; retirem todas as acusações que pendem sobre os manifestantes; criem uma comissão independente de inquérito [à actuação da polícia], e finalmente, o 5.º mandamento, verdadeira democracia para a população de Hong Kong”, enumerou o manifestante. Um dos pontos de ‘peregrinação’ foi a Catedral de São João, com muitos dos manifestantes a transformarem-se em ‘devotos fiéis’ para reforçarem o cariz ‘religioso’ da manifestação, para “rezar pelos pecadores’. Os bancos de madeira da igreja anglicana foram oferecendo descanso aos manifestantes que iam entoando cânticos de inspiração religiosa, entre estandartes onde se podia ler “Sigam Cristo: Fé na cidade”. A manifestação terminou junto aos acessos para a residência da chefe do Governo de Hong Kong, Carrie Lam, cortados pela polícia antimotim. Uma manifestante mais idosa ajoelhou-se, ou para rezar ou para meditar, a poucos metros das forças de segurança, munidas de espingardas, escudos e bastões. ‘Moisés’ juntou-se à idosa e, à distância, dirigiu-se aos polícias: “Deus abençoe a polícia de Hong Kong. Vocês serão protegidos do perigo. Tenham fé no vosso juramento”. Lusa (editado)
Hoje Macau ReportagemHong Kong | Moisés ou como usar a religião [dropcap]À[/dropcap] frente do protesto ‘religioso’ de sábado em Hong Kong, havia um manifestante destacado entre os demais. Intitula-se Moisés e exibe num cartaz os “cinco mandamentos” do movimento pró-democracia. O cuidado na escolha de todos os acessórios para ‘encarnar’ a figura bíblica esconde também a vontade de não querer ser identificado. “Eu sou um mensageiro. O meu nome é Moisés e tenho uma mensagem para a população de Hong Kong: são os cinco mandamentos”, disse à Lusa. Os ‘mandamentos’ são inspirados nas cinco reivindicações do movimento pró-democracia : “Retirem a lei ‘chinesa’ da extradição; revoguem o termo motim; retirem todas as acusações que pendem sobre os manifestantes; criem uma comissão independente de inquérito [à actuação da polícia], e finalmente, o 5.º mandamento, verdadeira democracia para a população de Hong Kong”, enumerou o manifestante. Um dos pontos de ‘peregrinação’ foi a Catedral de São João, com muitos dos manifestantes a transformarem-se em ‘devotos fiéis’ para reforçarem o cariz ‘religioso’ da manifestação, para “rezar pelos pecadores’. Os bancos de madeira da igreja anglicana foram oferecendo descanso aos manifestantes que iam entoando cânticos de inspiração religiosa, entre estandartes onde se podia ler “Sigam Cristo: Fé na cidade”. A manifestação terminou junto aos acessos para a residência da chefe do Governo de Hong Kong, Carrie Lam, cortados pela polícia antimotim. Uma manifestante mais idosa ajoelhou-se, ou para rezar ou para meditar, a poucos metros das forças de segurança, munidas de espingardas, escudos e bastões. ‘Moisés’ juntou-se à idosa e, à distância, dirigiu-se aos polícias: “Deus abençoe a polícia de Hong Kong. Vocês serão protegidos do perigo. Tenham fé no vosso juramento”. Lusa (editado)
Hoje Macau SociedadeSinal de tempestade tropical baixou de 3 para 1 às 13h00 [dropcap]O[/dropcap]s Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) decidiram baixar o sinal de tempestade tropical de 3 para 1 esta tarde, por volta das 13h00. O sinal deverá manter-se ao longo do dia de hoje. De acordo com um comunicado, às 14h00 a tempestade localizava-se a cerca de 580 quilómetros a sudoeste de Macau, estando a afastar-se gradualmente do território.
Hoje Macau China / ÁsiaChina expulsou jornalista que escreveu sobre familiar de Xi Jinping [dropcap]A[/dropcap] China expulsou um jornalista do jornal norte-americano The Wall Street Journal, depois de aquele ter escrito uma reportagem sobre um familiar do Presidente Xi Jinping, disseram fontes do jornal citados pela imprensa. As autoridades chinesas rejeitaram a renovação das credenciais de imprensa de Chun Han Wong, um repórter do The Wall Street Journal, o que o impede de também renovar o visto de residência na China, que expirou ontem. Segundo fontes da empresa proprietária do jornal, Dow Jones, citadas pelo próprio The Wall Street Journal e pelo The New York Times, as autoridades não deram ainda qualquer explicação para o cancelamento das credenciais. Numa declaração ontem divulgada, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China limitou-se a dizer que se “opõe de forma resoluta a que um jornalista estrangeiro ataque maliciosamente a China”, concluindo que “tais jornalistas não são bem-vindos”. Chun Han Wong, 33 anos, tem nacionalidade de Singapura e trabalha para o The Wall Street Journal, a partir de Pequim, desde 2014. Em Julho, o jornalista participou numa reportagem sobre Ming Chai, primo do Presidente Xi Jinping, cujas actividades estão a ser investigadas pelas autoridades policiais da Austrália. Segundo a direcção de informação do jornal, o Governo da China pediu para que a peça não fosse publicada, ameaçando com “consequências indeterminadas”. Mais recentemente, Wong publicou uma peça questionando o estado de saúde de Xi Jinping e a sua capacidade física para continuar a governar a China. De acordo com o The New York Times, o Clube de Correspondentes Estrangeiros na China já condenou “de forma veemente” a expulsão de Chun Han Wong, dizendo que ela contraria as afirmações de dirigentes chineses que se dizem apostados em “apoiar a transparência e a inclusão” no regime do país.
Hoje Macau China / Ásia MancheteHong Kong | Governo português acompanha situação que ainda não afectou nacionais [dropcap]O[/dropcap] Governo português indicou ontem estar a acompanhar “com especial atenção” a onda de protestos em Hong Kong, desde logo por temer que as tensões cheguem a Macau, e adiantou não haver, para já, cidadãos nacionais afectados. “Estamos a acompanhar [a situação] com especial atenção, sem dúvida, até porque tudo o que queremos que não aconteça é que haja um ‘spill-over’ [alastrar desta situação] a Macau”, disse à agência Lusa a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, falando no final da reunião informal dos chefes da diplomacia da União Europeia (UE), em Helsínquia, no âmbito da presidência comunitária finlandesa. A governante acrescentou que, “de momento, as coisas estão bem” neste aspecto, recordando que “o novo chefe do executivo de Macau acabou de ser designado”. Além disso, “não temos tido queixas ou observações por parte de cidadãos portugueses”, apontou. “É um tema que temos de continuar a acompanhar e que esperemos que haja um diminuir de tensões e que isso se consiga pelo diálogo, que é o papel da UE”, sublinhou Ana Paula Zacarias. Este tema foi abordado na reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União, que decorreu em Helsínquia, e na qual Portugal esteve representado pela secretária de Estado dos Assuntos Europeus. Segundo Ana Paula Zacarias, foi o próprio ministro britânico, Dominic Raab, a falar na situação, referindo que o Reino Unido está “muito empenhado em acompanhar a situação”. Também ontem, a chefe da diplomacia europeia afirmou que a situação em Hong Kong “é extremamente preocupante” para a UE, e apelou às autoridades que respeitem a liberdade de expressão e as manifestações pacíficas. “Os desenvolvimentos em Hong Kong, especialmente os das últimas horas, são extremamente preocupantes. Nós esperamos que as autoridades de Hong Kong respeitam a liberdade de expressão colectiva, assim como o direito de as pessoas se manifestarem pacificamente”, vincou a Alta Representante da UE para a Política Externa, Federica Mogherini. Falando em conferência de imprensa à margem da reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, a responsável notou que a União irá “continuar a acompanhar muito de perto” a situação. “Não só ao nível da UE, como também em coordenação com os Estados-membros, sobretudo no que toca aos direitos dos cidadãos europeus e aos interesses da União em Hong Kong”, precisou Federica Mogherini. A chefe da diplomacia europeia adiantou que, “nas últimas semanas, os Estados-membros mostraram uma grande união sobre este caso”. “E vamos, de forma privada ou publicamente, continuar a passar a mensagem e a trabalhar para que este caso tome um rumo correto”, concluiu. Os protestos em Hong Kong duram quase há mais de três meses.
Hoje Macau China / ÁsiaActivistas libertados prometem continuar luta pela democracia em Hong Kong [dropcap]O[/dropcap]s activistas políticos Joshua Wong e Agnes Chow foram hoje libertados e prometeram continuar a luta pela democracia em Hong Kong, depois de serem detidos e acusados de incitamento à participação num protesto não autorizado em Junho. “Vamos continuar a nossa luta, não importa como nos detenham e nos processem”, disse Wong aos jornalistas logo após a sua libertação. “Nós, pessoas de Hong Kong, não desistiremos e não teremos medo (…) Continuaremos a lutar pela democracia”, acrescentou Chow. Para além das detenções de dois dirigentes do partido Demosisto, há que somar pelo menos outras quatro conduzidas pelas forças de segurança esta semana. Andy Chan, líder de um movimento pró-independência, foi detido no aeroporto quinta-feira à noite. Três outras pessoas foram detidas no início desta semana por vandalizarem o edifício do parlamento de Hong Kong durante a invasão ao Conselho Legislativo a 1 de Julho. Sobre a detenção de Andy Chan, a polícia informou que pende sobre o activista a suspeita de ter participado em motins, sendo ainda acusado de agressões a polícias. Já Wong e Agnes Chow, que saíram sob fiança, estão a ser investigados pelo seu papel num protesto não autorizado em 21 de Junho, no exterior de uma esquadra. Ambos são responsáveis, de acordo com as autoridades, por participarem no protesto e incitarem outras pessoas a manifestarem-se. Wong também é responsável por organizar o protesto. Wong é secretário-geral de Demosisto e Chow uma das suas dirigentes proeminentes. Isaac Cheng, vice-presidente do partido, disse que as detenções são uma tentativa de espalhar o medo e entre a população de Hong Kong. Logo pela manhã, o Demosisto publicou nas redes sociais a informação de que Wong foi empurrado para um carro particular quando se dirigia para uma estação de metro por volta das 07:30 e foi levado para a sede da polícia. Mais tarde, o partido referiu que Chow também havia sido detida, em casa. Em Junho, Wong tinha cumprido uma sentença de dois meses relacionada com as manifestações pró-democracia de 2014, um movimento de desobediência pública que ficou conhecido pela “Revolução dos Guarda-Chuvas” e na qual se exigia o sufrágio universal. O dia de hoje ficou marcado também pelo cancelamento de uma manifestação e uma marcha previstas para sábado. O anúncio foi feito pelo próprio movimento que tem liderado desde Junho os maiores protestos em Hong Kong, após perder o recurso contra a decisão da polícia de proibir as iniciativas. A organização lamentou que, com a proibição do protesto, as autoridades de Hong Kong estejam “a violar um direito básico da população”. Bonnie Leung sublinhou que, a partir deste momento, os habitantes de Hong Kong têm legitimidade para se interrogarem: “’Como vamos fazer para que ouçam o nosso descontentamento?’”. “E isso pode ser perigoso”, avisou. Na quinta-feira, a polícia de Hong Kong proibiu a manifestação e a marcha pró-democracia, sublinhando que quem desobedecer pode enfrentar até cinco anos de prisão. Wong, que chegou a ser indicado para o prémio Nobel da Paz em 2018, voltou a envolver-se nos protestos pró-democracia “para fazer pressão sobre o Governo”, apostado “em mostrar ao mundo a determinação do povo de Hong Kong para lutar pela liberdade”, explicou, em entrevista à Lusa, a 20 de Agosto. As detenções efectuadas pela polícia surgem, também, um dia após a entrada de tropas chinesas na cidade para renderem as que estão estacionadas na guarnição do Exército de Libertação do Povo. Uma operação de rotina, segundo Pequim, uma forma de intimidação, de acordo com deputados e activistas pró-democracia. Os protestos, que duram quase há três meses em Hong Kong, focaram-se inicialmente na rejeição das emendas propostas pelo Governo à lei da extradição, que permitiria o envio de suspeitos para a China.
Hoje Macau China / Ásia MancheteUE diz que situação em Hong Kong é extremamente preocupante [dropcap]A[/dropcap] chefe da diplomacia europeia afirmou hoje que a situação em Hong Kong “é extremamente preocupante” para a União Europeia (UE), e apelou às autoridades que respeitem a liberdade de expressão e as manifestações pacíficas. “Os desenvolvimentos em Hong Kong, especialmente os das últimas horas, são extremamente preocupantes. Nós esperamos que as autoridades de Hong Kong respeitam a liberdade de expressão colectiva, assim como o direito de as pessoas se manifestarem pacificamente”, vincou a Alta Representante da UE para a Política Externa, Federica Mogherini. Falando em conferência de imprensa à margem da reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, em Helsínquia, no âmbito da presidência comunitária finlandesa, a responsável notou que a União irá “continuar a acompanhar muito de perto” a situação. “Não só ao nível da UE, como também em coordenação com os Estados-membros, sobretudo no que toca aos direitos dos cidadãos europeus e aos interesses da União em Hong Kong”, precisou Federica Mogherini. A chefe da diplomacia europeia adiantou que, “nas últimas semanas, os Estados-membros mostraram uma grande união sobre este caso”. “E vamos, de forma privada ou publicamente, continuar a passar a mensagem e a trabalhar para que este caso tome um rumo correcto”, concluiu. Os protestos em Hong Kong, que duram quase há mais de três meses, focaram-se inicialmente na rejeição das emendas propostas pelo Governo à lei da extradição, que permitiria o envio de suspeitos para a China. Contudo, a lista de reivindicações tem sido alvo de ajustes. Os manifestantes exigem agora a retirada definitiva da lei da extradição, a libertação dos manifestantes detidos, que as acções dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial, a demissão da chefe de governo Carrie Lam e sufrágio universal nas eleições para este cargo e para o Conselho Legislativo, o parlamento de Hong Kong. Hoje o movimento que tem liderado desde Junho os maiores protestos em Hong Kong cancelou a manifestação e a marcha previstas para sábado, após perder o recurso contra a decisão da polícia de proibir as iniciativas. Antes, na quinta-feira, a polícia de Hong Kong proibiu a manifestação e a marcha pró-democracia, sublinhando que quem desobedecer pode enfrentar até cinco anos de prisão. Durante os protestos, centenas de pessoas têm sido detidas, incluindo alguns dos activistas políticos, como Joshua Wong e Agnes Chow, dois dirigentes do partido Demosisto que foram detidos quinta-feira e hoje libertados.
Hoje Macau PolíticaDSAJ | Lou Soi Cheong assume subdirecção efectiva [dropcap]L[/dropcap]ou Soi Cheong tomou ontem posse como Subdirector da Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça (DSAJ), numa cerimónia presidida pela secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan. O responsável, que já exercia funções de subdirector substituto daquele organismo desde 1 de Junho de 2019, assume agora o lugar efectivo, para o qual possui “elevada competência profissional na área jurídica”, depois de anos de vasta experiência nas áreas do registo, notariado e administração pública. Licenciado em Direito pela Universidade Chengchi de Taiwan, Lou Soi Cheong ingressou na função pública em 1993, como técnico superior do Gabinete para a Tradução Jurídica, adjunto de conservador e notário público, conservador da Conservatória dos Registos Comercial e Automóvel, conservador da Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça e notário do 1º Cartório Notarial. No discurso de tomada de posse, o responsável afirmou que “iria dedicar todos os esforços para melhorar os serviços de registo e de notariado”, articular o “desenvolvimento e promoção dos serviços electrónicos”, “simplificar os procedimentos e elevar a eficiência”, para facilitar a vida dos cidadãos. Prometeu ainda contribuir para “os objectivos das linhas de acção governativas do Governo da RAEM” no contexto da região da Grande Baía.
Hoje Macau Manchete SociedadeWynn Resorts faz doação de 80 milhões à Universidade de Macau [dropcap]A[/dropcap] operadora de jogo norte-americana Wynn Resorts, com dois casinos em Macau, anunciou hoje ter doado 80 milhões de patacas à Universidade de Macau. A doação foi feita à Fundação de Desenvolvimento da Universidade de Macau (UMDF), para dar “apoio educacional e desenvolvimento da Universidade de Macau (UM) e da sua Academia de Economia da Ásia-Pacífico e Gestão (APAEM)”, explicou a operadora norte-americana em comunicado. Para esta doação, justificou a Wynn Resorts, contou o facto de a Universidade de Macau, através da sua academia de economia, organizar “regulamente conferências internacionais e seminários sobre temas diferentes, que promovem a cooperação entre muitos outros líderes empresariais e profissionais”. Este anúncio surge uma semana depois do chefe do Governo de Macau, capital mundial do jogo, ter dito que as empresas norte-americanas são bem-vindas a expandirem os seus negócios no território, num momento marcado pela guerra comercial China-EUA. Num encontro com a congressista dos Estado Unidos democrata Dina Titus, Fernando Chui sai On, que termina este ano o seu segundo e último mandato à frente do Governo de Macau, sublinhou que, nos últimos dez anos, as empresas norte-americanas “registaram um desenvolvimento positivo com receitas favoráveis” naquele território administrado pela China. Em Macau três empresas dos Estados Unidos exploram o jogo. O governante enalteceu ainda o facto de as empresas norte-americanas terem registado “um desenvolvimento positivo com receitas favoráveis”.
Hoje Macau China / Ásia MancheteAtacado coordenador do movimento que lidera protestos pró-democracia em Hong Kong [dropcap]O[/dropcap] movimento que tem liderado desde Junho os maiores protestos pró-democracia em Hong Kong disse ontem que um dos seus coordenadores foi atacado por dois homens com o rosto coberto, armados com tacos de basebol. A Frente Civil de Direitos Humanos (FCDH) explicou que Jimmy Sham foi atacado num restaurante na zona de Kowloon, mas foi um outro colaborador do movimento que acabou por ser ferido quando tentou evitar a agressão, sendo obrigado a receber tratamento hospitalar. O incidente aconteceu depois de, durante a manhã, a polícia ter sido obrigada a intervir, sem realizar quaisquer detenções, para afastar um grupo de elementos pró-governamentais que cercara Sham, segundo a imprensa local. A polícia de Hong Kong proibiu a manifestação e a marcha pró-democracia que estavam agendadas para sábado. Em conferência de imprensa, esta tarde (manhã em Lisboa), a polícia justificou a medida por recear que o protesto pudesse resultar numa “destruição em larga escala”, alegando que a organização seria incapaz de controlar muitos dos manifestantes. A marcha deveria terminar simbolicamente junto do Gabinete de Ligação do Governo Central em Hong Kong, para assinalar o 5.º aniversário do anúncio de Pequim de uma reforma política conservadora que estipulava uma triagem para as eleições do chefe do Executivo por sufrágio universal. A proposta foi rejeitada pelo parlamento de Hong Kong e a recusa de Pequim em aceitar as reivindicações de sufrágio universal levou ao movimento de desobediência civil que ficou conhecido como a “revolução dos Guarda-Chuvas”, quando activistas pró-democracia ocuparam a zona central da cidade e bloquearam as principais estradas do território durante 79 dias. O último protesto organizado pela FCDH terá juntado, segundo o movimento, mais de 1,7 milhões de pessoas nas ruas, numa marcha pacífica que também fora proibida pelas autoridades, que estimaram em pouco mais de 100 mil o número de participantes na iniciativa de 18 de Agosto. Tal como já acontecera anteriormente, após este protesto voltaram a registar-se episódios de violência entre manifestantes e as forças de segurança, com confrontos nos subúrbios de Tsuen Wan, nos quais a polícia de Hong Kong recorreu ao uso de canhões de água e efectuou um disparo com arma de fogo para o ar. A chefe de Governo de Hong Kong, Carrie Lam, que regista o índice de popularidade mais baixo de sempre, anunciou na passada semana a criação de uma plataforma de diálogo com a sociedade, mas avisou que se os protestos violentos continuarem vai usar todos os meios legais para os enfrentar. O movimento pró-democracia tem ajustado as reivindicações ao longo destes quase três meses. O FCDH exige a retirada definitiva das emendas à lei da extradição, a libertação dos manifestantes detidos, que as acções dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial, a demissão da chefe do Governo, Carrie Lam, e sufrágio universal nas eleições para chefe do Executivo e para o Conselho Legislativo.
Hoje Macau PolíticaConsulta pública | Governo prepara relatório para a ONU sobre Direitos da Criança [dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços para os Assuntos de Justiça (DSAJ) está a elaborar o terceiro relatório relativo à aplicação em Macau da Convenção sobre os Direitos da Criança e do Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo à Venda de Crianças, à Prostituição Infantil e à Pornografia Infantil da Organização das Nações Unidas (ONU). Para isso, o Governo inicia hoje um período de consulta pública sobre este assunto, estando aberto a receber opiniões da população até ao dia 30 de Setembro. O relatório a elaborar pela DSAJ abrange o período compreendido entre Janeiro de 2013 e 31 de Dezembro de 2018, e irá fazer parte dos quinto e sexto relatórios periódicos “combinados da República Popular da China a apresentar nos termos da Convenção”, aponta um comunicado oficial. No documento, o Governo predispõe-se a abordar temas como os “principais desenvolvimentos relativos às crianças”, tal como a adopção da lei sobre a prevenção e combate à violência doméstica, em 2016, ou as alterações ao Código Penal relacionadas com a liberdade sexual e com a autodeterminação sexual, que entraram em vigor em 2017. O Governo pretende também mostrar à ONU o trabalho feito com o estabelecimento do Juízo de Família e de Menores nos tribunais da RAEM, bem como com a criação do Conselho para os Assuntos das Mulheres e Crianças e “seus objectivos para promover os direitos e interesses das crianças”. Vistos à lupa No que diz respeito a matérias de direitos humanos, o relatório do Governo vai incidir também sobre o trabalho desenvolvido ao nível da provedoria de justiça e “outros mecanismos de monitorização da RAEM” em matéria de direitos humanos, tais como o Conselho de Juventude, a Comissão para a Protecção às Vítimas de Crimes Violentos, a Comissão de Acompanhamento das Medidas de Dissuasão do Tráfico de Pessoas, a Comissão para os Refugiados e a Comissão para os Assuntos de Reabilitação. Além disso, entre outras medidas, o Governo quer dar a conhecer à ONU o Plano para os Próximos Dez Anos para o Desenvolvimento do Ensino Não Superior (2011-2020), que incluem “medidas para garantir o acesso ao ensino obrigatório gratuito a todas as crianças, incluindo crianças em situação de vulnerabilidade”, como é o caso de crianças em situação de pobreza, crianças refugiadas e crianças de migrantes.
Hoje Macau China / ÁsiaPolícia de Hong Kong proíbe protesto e sublinha risco de cinco anos de prisão [dropcap]A[/dropcap] polícia de Hong Kong proibiu a manifestação e a marcha pró-democracia agendadas para sábado pelo movimento que tem liderado os protestos na ex-colónia britânica, sublinhando que quem desobedecer pode enfrentar até cinco anos de prisão. A decisão das autoridades foi justificada à Frente Cívica de Direitos Humanos (FCDH) por razões de segurança, dada a natureza violenta que tem caracterizado desde o início de Junho muitas das manifestações em Hong Kong, segundo um documento à qual a agência Lusa teve acesso. No mesmo documento, a polícia sublinhou que aqueles que desobedecerem à proibição podem incorrer em crimes com uma moldura penal que pode chegar aos cinco anos de prisão. A marcha deveria terminar simbolicamente junto do Gabinete de Ligação do Governo Central em Hong Kong, para assinalar o 5.º aniversário do anúncio de Pequim de uma reforma política conservadora que estipulava uma triagem para as eleições do Chefe do Executivo por sufrágio universal. A proposta foi rejeitada pelo parlamento de Hong Kong e a ‘nega’ de Pequim às reivindicações de sufrágio universal levou ao movimento de desobediência civil que ficou conhecido como a “revolução dos Guarda-Chuvas”, quando activistas pró-democracia ocuparam a zona central da cidade e bloquearam as principais estradas do território durante 79 dias. O último protesto organizado pela FCDH terá juntado, segundo o movimento, mais de 1,7 milhões de pessoas nas ruas, numa marcha pacífica que também fora proibida pelas autoridades. Tal como já acontecera anteriormente, após este protesto voltaram a registar-se episódios de violência entre manifestantes e as forças de segurança, com confrontos nos subúrbios de Tsuen Wan, nos quais a polícia de Hong Kong recorreu ao uso de canhões de água e efectuou um disparo com arma de fogo para o ar. “Cercados, sob ataque e enfrentando perigo de vida, seis polícias retiraram as suas pistolas (…) A fim de proteger a própria segurança e de outros polícias, um agente disparou um tiro de advertência para o ar”, lê-se num comunicado da polícia. De acordo com o mesmo comunicado, pelo menos quinze agentes da polícia ficaram feridos durante os confrontos de domingo e dezenas de manifestantes, incluindo um menor de 12 anos, foram detidos por reunião ilegal, posse de armas e agressão. Em oposição A chefe de Governo de Hong Kong, Carrie Lam, que regista o índice de popularidade mais baixo de sempre, anunciou na passada semana a criação de uma plataforma de diálogo com a sociedade, mas avisou que se os protestos violentos continuarem vai usar todos os meios legais para os enfrentar. “Há cinco anos, o Congresso Nacional do Povo bloqueou o nosso caminho para eleições livres. A sua tentativa de nos privar do sufrágio universal (…) desencadeou o movimento Occupy [Central]”, apontou a FCDH quando convocou o protesto. Agora, lamentou a decisão da polícia em proibir a manifestação e a marcha de sábado, sublinhando que tem feito todos os esforços para que os protestos sejam pacíficos. O movimento pró-democracia tem ajustado as reivindicações ao longo destes quase três meses. O movimento exige a retirada definitiva das emendas à lei da extradição, a libertação dos manifestantes detidos, que as ações dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial, a demissão da Chefe do Governo, Carrie Lam, e sufrágio universal nas eleições para chefe do Executivo e para o Conselho Legislativo.
Hoje Macau China / ÁsiaGuerra comercial | Pequim e Washington em contacto para retomar negociações [dropcap]A[/dropcap] China e os Estados Unidos “mantiveram uma comunicação efectiva” sobre a possibilidade de retomarem, em Setembro, negociações para um acordo que ponha fim à guerra comercial, informou ontem o ministério chinês do Comércio. Em conferência de imprensa, o porta-voz do ministério, Gao Feng, disse que “os dois lados estão a debater” a possibilidade de reunir no próximo mês, conforme planeado após a última ronda de negociações. “Neste momento, o mais importante é criar as condições necessárias para que ambas as partes continuem as negociações”, disse o porta-voz. “A China acredita que se a delegação chinesa for aos Estados Unidos, os dois lados devem trabalhar juntos e criar condições para promover o progresso nas consultas”, afirmou. Estas declarações foram feitas depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter afirmando, na segunda-feira, que uma nova ronda de negociações poderia começar “muito em breve”, e não descartou atrasar ou cancelar a entrada de novas taxas alfandegárias sobre produtos chineses, prevista para os próximos meses. Gao reiterou que a China “se opõe fortemente a uma escalada da guerra comercial e está disposta a resolver o problema através de consultas e cooperação com uma atitude calma”. O porta-voz exigiu que as últimas taxas, anunciadas na sexta-feira passada por Washington, sejam suspensas. Números em causa O governo dos EUA indicou então que aumentaria as taxas de 25 para 30 por cento para importações oriundas da China no valor total de 250.000 milhões de dólares, a partir de Outubro, e de 10 a 15 por cento, para produtos no valor de 300.000 milhões de dólares, a partir de Setembro. O anúncio surgiu após Pequim aumentar as taxas sobre um total de 75 mil milhões de dólares de bens importados dos EUA, de 5 por cento para 10 por cento. A ascensão ao poder de Donald Trump nos EUA ditou o espoletar de disputas comerciais, com os dois países a aumentarem as taxas alfandegárias sobre centenas de milhões de dólares de produtos de cada um. Os EUA temem perder o domínio industrial global, à medida que Pequim tenta transformar as firmas estatais do país em importantes actores em sectores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros eléctricos.
Hoje Macau China / ÁsiaNuclear | Rejeitado acordo com EUA para eliminar mísseis [dropcap]P[/dropcap]equim rejeitou ontem a proposta norte-americana de negociar um tratado trilateral para a eliminação de mísseis nucleares de médio e curto alcance, que incluiria ainda a Rússia, considerando que não é “justo ou razoável”. Washington decidiu este mês não renovar o Tratado de Armas Nucleares de Médio Alcance com a Rússia, que existia desde 1987, e convidou a China a integrar “uma nova era de controlo da corrida às armas”, com a negociação de um acordo entre as três nações. “A participação da China em negociações trilaterais não é justa nem razoável. Os EUA são o país com o maior arsenal nuclear, devem aceitar a sua responsabilidade no controlo do armamento e criar condições para que outros países participem do desarmamento, em vez de se retirarem dos tratados”, afirmou o porta-voz do ministério chinês da Defesa, Ren Guoqiang. Ren lembrou que “logo após os EUA se retirarem do tratado, começaram a testar mísseis, o que prova que as acções não correspondem às palavras. Militares norte-americanos testaram, no domingo passado, um míssil de médio alcance na costa da Califórnia – um lançamento que seria ilegal caso o acordo com a Rússia ainda vigorasse. “Pedimos aos EUA que abandonem a sua mentalidade da Guerra Fria, moderem o desenvolvimento de armamento e façam mais pela estabilidade no mundo”, acrescentou. O porta-voz realçou que “a China segue uma política militar defensiva” e que o seu desenvolvimento de armas nucleares “é muito restrito”, mantendo-se num “nível mínimo”, para garantir as necessidades de defesa. Prontos para agir Assinado em 1987 por Ronald Reagan e Mikhail Gorbachov, então Presidentes dos Estados Unidos e da antiga União Soviética, respectivamente, o tratado aboliu o recurso a um conjunto de mísseis de alcance, entre os 500 e os 5 mil quilómetros, e pôs fim à crise desencadeada na década de 1980, com a instalação dos SS-20 soviéticos, visando capitais ocidentais. Após a retirada do tratado, o secretário de Defesa dos Estados Unidos disse que quer instalar mísseis convencionais de médio alcance na região Ásia-Pacífico, “dentro de alguns meses”. O governo chinês disse então que “não vai ficar de braços cruzados” e que vai tomar contra-medidas, sem avançar mais detalhes. Em Abril de 2017, o então chefe do Comando do Pacífico das forças armadas dos EUA, Harry Harris, afirmou ao Senado norte-americano que a China, que não faz parte de nenhum tratado de desarmamento, possui a “maior e mais diversificada força de mísseis do mundo, com um inventário de mais de 2.000 mísseis balísticos e de cruzeiro”.
Hoje Macau EventosIC | Aceitam-se propostas para “Desfile Internacional de Macau” [dropcap]R[/dropcap]ealiza-se a 8 de Dezembro mais uma edição do “Desfile Internacional de Macau 2019”, organizado pelo Instituto Cultural (IC) em celebração do 20.º Aniversário da Transferência da Administração de Macau para a China. O IC começa a receber propostas de participação de grupos artísticos ou escolas que desejem desfilar por algumas zonas da península de Macau entre os dias 2 e 8 de Setembro. De acordo com um comunicado, “a rota do desfile desta edição é semelhante à do ano anterior, tendo início nas Ruínas de S. Paulo e fim na Praça do Lago Sai Van”. O tema deste ano é “Uma Faixa, Uma Rota”, nome do projecto político chinês, que pretende reconstituir a antiga rota comercial da seda. Os grupos podem participar no desfile em duas modalidades : “Tema do Desfile” e “Desfile de Grupos Artísticos”. Além disso, os participantes podem inscrever-se também nas actividades comunitárias que decorrem na véspera do desfile, tal como o “Mini Desfile de Promoção Artística” e o “Programa da Arte na Comunidade”. O objectivo é levar “diferentes formas de cultura e artes às comunidades de Macau”. Serão ainda atribuídos dois prémios.
Hoje Macau SociedadeTaishan | Incidente na central nuclear sem consequências [dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Polícia Unitários divulgaram ontem que no passado dia 20 de Agosto, terça-feira, a Central Nuclear de Taishan sofreu um incidente ao nível do isolamento. “Pelas 16h50, foi activado o sistema de ventilação eléctrica (DVL) da fábrica de segurança, tendo o pessoal operacional verificado que dois amortecedores de isolamento do sistema de ventilação foram colocados no modo de controlo manual in loco, o que levou a que o sinal de isolamento automático deixasse de funcionar e a função de isolamento ficasse indisponível”, refere o comunicado dos (SPU). Menos de uma hora depois o problema foi resolvido, e os SPU asseguram que, “actualmente, as unidades em funcionamento de Central Nuclear de Taishan mantêm-se em estado seguro e estável”. Segundo as autoridades, “o incidente não afectou o funcionamento, a segurança da central, a saúde do pessoal operacional, da população e do ambiente adjacente à central”.
Hoje Macau SociedadeUM | Professor premiado com Medalha Científica na Suécia [dropcap]S[/dropcap]un Guoxing, professor assistente do Instituto de Física Aplicada e Engenharia de Materiais da Universidade de Macau (UM) foi prestigiado com a Medalha Científica de 2019 na 27ª cerimónia de prémios da Associação Internacional de Materiais Avançados (IAAM), realizada na Suécia, “pelo seu excepcional contributo no campo da ciência avançada de materiais”, anunciou ontem a instituição académica. O docente e investigador da UM é doutorado em Engenharia Civil e Ambiental pela Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, e tem desenvolvido pesquisas nas áreas de materiais poliméricos avançados, nanocompósitos, materiais de cimentação, misturas de betão, e outras inovações aplicadas. Sun Guoxing tem já 43 teses académicas publicadas e sete patentes registadas. Os vencedores da Medalha Científica do IAAM são seleccionados com base na sua contribuição de excelência nos cinco anos anteriores ao da nomeação, para as áreas da física, química, biologia, engenharia, ciências médicas e matemáticas, oceanologia, ciências da terra, da atmosfera e planetárias.
Hoje Macau SociedadeDiamantes | Novas regras de importação e exportação em Outubro [dropcap]O[/dropcap] Governo anunciou ontem que as novas regras de importação e exportação de diamantes no território entram em vigor a 1 de Outubro, para alinhar o território com as regras do comércio internacional. Sem a certificação do processo Kimberley, que estabelece as regras do comércio internacional, as regiões produtoras não poderiam exportar diamantes em bruto para Macau, que no ano passado importou diamantes já trabalhados no valor de 20 milhões de patacas, explicou, no final de Março, o porta-voz do Conselho Executivo, Leong Heng Teng. O regulamento administrativo complementar divulgado ontem estabelece como prazo máximo de dois anos as licenças de operação de importação, exportação, trânsito, compra e venda e transporte de diamantes em bruto em Macau. O pedido deve ser feito junto da Direcção dos Serviços de Economia, já “o prazo de validade do certificado não pode ser superior a 60 dias, e as licenças de exportação, importação e trânsito são válidas por um período de 30 dias”, explicaram as autoridades do território.
Hoje Macau SociedadeHong Kong | Corrida à renovação de passaportes no Consulado [dropcap]D[/dropcap]esde há dois ou três meses a esta parte, notámos um aumento da procura por parte dos utentes que residem em Hong Kong, no que diz respeito à revalidação de passaportes e de cartões de cidadão” portugueses, confirmou ontem o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong à Rádio Macau. Paulo Cunha Alves comentou aos jornalistas que, desde o início dos protestos contra o Governo da ex-colónia britânica, cresceu a procura dos serviços consulares por parte de cidadãos nacionais ali residentes. “Muitos deles são titulares destes documentos, mas não os costumavam renovar regularmente. Eventualmente, agora estarão mais interessados em tê-los regularizados”, justificou. Sobre um maior interesse da população vizinha numa alternativa à instabilidade política e económica que se vive em Hong Kong, o cônsul-geral português adiantou ainda, que não é só a renovação de documentos nacionais que tem aumentado, mas também a emissão de vistos de residência e de investimento em Portugal. O diplomata esteve com a comunicação social ontem, durante a entrega da Medalha de Mérito das Comunidades Portuguesas, atribuída pelo Governo português à Santa Casa da Misericórdia de Macau.
Hoje Macau Manchete SociedadeMisericórdia distinguida com Medalha de Mérito das Comunidades Portuguesas [dropcap]A[/dropcap] Santa Casa da Misericórdia de Macau foi ontem distinguida com a Medalha de Mérito das Comunidades Portuguesas, um reconhecimento que “dá mais força e alento”, disse o provedor da instituição à agência Lusa. “A cerimónia de ontem, na qual se formalizou a distinção feita pela Secretaria de Estado das Comunidades é um honroso reconhecimento do esforço colectivo”, que “dá mais força para continuarmos a defender e valorizar a nossa identidade, bem como o nome de Portugal no Oriente”, sublinhou António José de Freitas. “Dá mais força e mais alento” à “Santa Casa da Misericórdia, que é o espelho solidário de Macau”, acrescentou, lembrando que a distinção sucede também num momento especial: no ano em que se assinala o 20.º aniversário da Região Administrativa Especial de Macau [RAEM] e os 450 anos da instituição, sempre numa “missão de índole social e de cariz humanitário”. A Medalha de Mérito das Comunidades Portuguesas (grau Placa de Honra, neste caso) procura galardoar as pessoas singulares e colectivas, nacionais ou estrangeiras, cuja actividade contribua ou tenha contribuído para o fortalecimento dos laços que unem os Portugueses e lusodescendentes. Em acção A medalha é atribuída quando se verifica a dignificação da presença de Portugal no mundo, a valorização das comunidades portuguesas nas sociedades de acolhimento e a divulgação da língua e cultura portuguesas. Em declarações à Lusa, o embaixador responsável pelo Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong explicou que a importância da distinção justifica-se pelo “esforço e acção solidária e de apoio social de associações como a Santa Casa da Misericórdia de Macau”, essenciais para se apoiar “o desenvolvimento harmonioso da sociedade” no território. No seu discurso, durante a cerimónia, Paulo Cunha-Alves desejou que a Santa Casa da Misericórdia de Macau “prossiga a sua acção de solidariedade e que continue a ser elo de união entre todos os residentes (…), contribuindo para o multiculturalismo da sociedade da RAEM, numa perspectiva social de estabilidade, desenvolvimento e prosperidade”. Contas à vida A Santa Casa da Misericórdia de Macau tem um orçamento superior a 70 milhões de patacas, com uma despesa mensal em salários superior a três milhões de patacas (próximo do valor que a instituição arrecada das rendas do seu património imobiliário) e um subsídio governamental que “representa apenas cerca de 25 por cento”, explicou em Maio o provedor em entrevista à Lusa, no mês em que foi condecorado pelo Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa. A obra social da Misericórdia em Macau abrange áreas como o apoio a deficientes, idosos e crianças. Um centro de apoio a invisuais (80), um lar (135), uma creche (258) e uma loja social são estruturas que traduzem a actividade social da instituição que tem mais de 180 funcionários. Inicialmente designada de “Confraria e Irmandade da Misericórdia de Macau”, foi criada poucos anos após a fundação de Macau, como entreposto português. O fundador, o jesuíta Belchior Carneiro, esteve mesmo ligado à fundação do Senado, em 1853, a primeira instituição política no território. Nesse período, a instituição “contribuiu para a implementação de taxas organizadas sobre diversas actividades até então não reguladas, funcionou como banco, emprestando dinheiro, e promoveu uma lotaria muito popular”, pode ler-se no site da Santa Casa da Misericórdia de Macau. Concessão renovada Foi ontem publicado em Boletim Oficial (BO) um despacho que dá conta da renovação da concessão de um prédio a favor da Santa Casa da Misericórdia de Macau (SCMM). O despacho, assinado pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, determina que o terreno, com uma área de 396 metros quadrados e localizado entre o Largo do Senado e a Travessa da Misericórdia, continua sob alçada da SCMM, destinando-se a “manter a construção nele implantada compreendendo dois pisos, para finalidade de escritório e comércio”. Esta revisão da concessão foi precedida de um pedido, feito pela SCMM, de alteração da finalidade do piso do rés-do-chão do edifício para comércio, pedido esse feito em 2017, apenas aceite em Abril deste ano por parte da Comissão de Terras.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | UE alerta para impacto do sistema de crédito social [dropcap]A[/dropcap] Câmara de Comércio da União Europeia na China apelou ontem às empresas europeias para que se preparem para o sistema de crédito social no país, alertando para interrupções “substanciais e amplas” dos seus negócios. O mecanismo, que será lançado em 2020, implica uma “nova abordagem de conformidade regulamentar”, através do uso de análise de dados em grande escala (Big Data), visando a detecção imediata de não conformidade com as regras do mercado. Cada empresa passa a estar sujeita a um sistema de “pontuação”, que afectará o regime fiscal, condições de crédito, acesso ao mercado ou participação em concursos públicos. Os reguladores chineses, desde o fisco às alfândegas, estão a classificar cada vez mais empresas de acordo com aquele sistema, e a partilhar “listas negras” de firmas que violam regras. Joerg Wuttke, o presidente da Câmara de Comércio, afirmou que “não é exagerado dizer que o Sistema de Crédito Social Corporativo vai ser o sistema mais abrangente criado por qualquer governo para impor um mercado autorregulado”. “Também não é inconcebível que se trate de uma questão de vida ou morte para as empresas”, apontou. Wuttke considerou como “profundamente preocupante” a “esmagadora ausência de preparação pela comunidade empresarial europeia”. Documentos do governo revelam que uma variedade de reguladores chineses, desde da segurança no trabalho ao comércio electrónico ou cibersegurança, estão a compilar classificações de empresas segundo 300 regras específicas, informou a Câmara do Comércio, num relatório. Prós e contras Em muitos casos, as empresas estrangeiras podem até beneficiar do sistema, pois geralmente têm melhor conformidade em áreas como a protecção do ambiente, ressalvou a Câmara. “Empresas europeias cujas operações são frequentemente suspensas, em dias altamente poluídos, a par de competidores que não cumprem com requisitos ambientais, deverão poder continuar a produção, enquanto os poluidores perderão pontos” exemplificou. Em outros casos, uma empresa pode perder pontos devido às acções de um parceiro local. Um caso citado no relatório revela que uma empresa estrangeira foi informada de que a classificação do seu parceiro pelas autoridades alfandegárias afectaria a sua classificação. O controverso mecanismo afectará também indivíduos, com os dados coletados a resultarem em recompensas ou punições, dependendo da pontuação, pelo que críticos consideram tratar-se de um sistema “orwelliano”. O relatório considera que a discussão se tem focado nas implicações para os indivíduos, mas que houve “muito menos discussão” sobre o impacto para os negócios.
Hoje Macau SociedadeCarne fresca de porco deve aumentar 310 patacas por 60 quilogramas [dropcap]O[/dropcap] canal chinês da Rádio Macau noticiou ontem que a carne de porco vivo deve ter um aumento de 310 patacas por cada 60 quilogramas, o que, na prática, significa que o preço mais alto a cobrar deverá ser de 2660 patacas a cada 60 quilogramas. Sobre este ponto, o subdirector-geral do grupo Nam Yuen, Wong, explicou que o aumento dos preços se deve aos valores praticados em Hong Kong, onde se cobram 4700 patacas por cada 60 quilogramas de carne de porco, o dobro face aos preços praticados em Macau. Os porcos vivos exportados para Macau são criados em quintas pelos próprios fornecedores, o que faz com que o preço de aquisição se aproxime do preço por atacado em Macau. Isto resulta numa perda de lucros para os criadores de porcos, o que “não é viável”, disse Wong. O responsável da Nam Yue defende que os preços da venda de carne por atacado devem aumentar no território, para que os fornecedores estejam dispostos a vender para Macau. De acordo com informações publicadas pelo Jornal do Cidadão, os locais de transbordo de mercadorias escolhidos pela Nam Kwong e Nam Yuen, localizados em Zhuhai e Zhongshan, foram rejeitados pelas autoridades chinesas. Por esse motivo, pede-se a intervenção do Governo de Macau nesta matéria, para que se chegue a um acordo com estas cidades, a fim de reduzir os custos com o transporte da carne. Diversificar, é preciso O Jornal do Cidadão deslocou-se ao mercado, tendo noticiado que houve uma quebra no abastecimento de porcos vivos em um quarto quando comparado com os dias anteriores, o que fez com que a carne de porco tenha esgotado pouco depois da hora de almoço, mesmo que o preço, por cada quilo, tenha registado um aumento de cinco a seis patacas. Por forma a colmatar esta problemática com o fornecimento de porcos vivos para Macau, Hoi Long Tong, presidente da direcção da Aliança de Povo de Instituição de Macau, defende que haja uma diversificação das fontes de importação, sugerindo que a Nam Kwong e a Nam Yuen considerem comprar porcos vivos a países estrangeiros. Chan Pou Sam, membro do conselho consultivo do Instituto para os Assuntos Municipais, disse ao jornal Ou Mun que os Serviços de Alfândega devem implementar medidas para combater o possível contrabando de porcos vivos, esperando que as autoridades de Macau e da China actuem em conjunto para prevenir uma possível propagação da peste suína africana. Também este responsável defende a importação de porcos vivos oriundos de outros países que não a China, para que se possa equilibrar os preços da carne fresca praticados no mercado.