Hong Kong | Polícia deteve grupo suspeito de fazer explosivos para usar em protestos

[dropcap]A[/dropcap] polícia de Hong Kong deteve três homens que estavam a testar explosivos caseiros, suspeitando que tinham a intenção de os usar em protestos, noticiou ontem a agência Associated Press (AP).
Estas foram as últimas detenções relacionadas com fabrico ou posse de explosivos desde que começaram, em Junho, os protestos nas ruas contra a lei da extradição que acabou por se transformar num movimento contra o Governo.
Na segunda-feira, a polícia anunciou que tinha desactivado duas bombas cheias de pregos que acredita que teriam como alvo a polícia.
Além disso, tem apreendido várias quantidades de explosivos, com destaque para uma operação realizada em Julho, altura em que confiscou cerca de dois quilos de TATP, muito usado em ataques em todo o mundo por ser um explosivo que pode ser fabricado com substâncias de fácil acesso.
Nos últimos seis meses, Hong Kong tem sido palco de inúmeras manifestações que começaram de forma pacífica, mas que se têm tornado cada vez mais violentos.
Um controverso projecto de lei, que permitiria a extradição de suspeitos de crimes para a China continental, foi o rastilho que levou ao início da luta dos manifestantes que temiam que a proposta de extradição expusesse a população a julgamentos injustos e tratamento violento.
Desde então, centenas de milhares de pessoas têm usado as ruas para protestar. Em Setembro, o projecto de lei foi suspenso, mas os protestos continuaram e a violência aumentou, com destaque para os dias em que a polícia cercou um campus universitário ocupado por manifestantes e ameaçou usar armas de fogo.

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