Praia, a cidade estaleiro em Cabo Verde

[dropcap]A[/dropcap] cidade da Praia, em Cabo Verde, assemelha-se a um estaleiro, com obras públicas e privadas a crescerem em vários sítios e em simultâneo, o que para uns é incomodativo, mas para outros um sinal de esperança.

Avelino Mendes Tavares, conhecido como Caló, é pescador desde “a barriga da mãe”, como faz questão de sublinhar, e a sua vida junto ao mar de Cabo Verde permitiu-lhe assistir a muitas mudanças na orla marítima da cidade da Praia.

E foi junto ao mar que viu erguer-se um edifício majestoso na praia da Gamboa, onde costuma pescar, que faz parte do megaprojeto de hotel e casino da Macau Legend Development Ltd, do magnata David Chow.

Trata-se do maior empreendimento turístico previsto para Cabo Verde, com um investimento superior a 200 milhões de euros, e que consiste num complexo turístico com hotel, marina, centro de convenções e casino.

“Acompanhei esta obra desde o seu início. Digo que é a maior infraestrutura que será feita em Cabo Verde. Quanto estiver tudo pronto, tudo bonito, vai atrair mais turistas, mais câmbio, podemos ser vistos por todo o mundo como algo importante”, disse Caló, que não esconde o entusiasmo com a obra, mesmo que saia com a pescaria prejudicada.

David Chow. Foto HM

E explica: “Para os pescadores é mau porque tapou a praia. Assim muitos peixes já não entram como dantes. Para nós é mau, mas para o Estado de Cabo Verde é bom porque ganha-se mais dinheiro”.

Questionado sobre a beleza da obra, para alguns considerada de dimensão exagerada, dado estar junto ao mar, Caló não tem dúvidas de que “é uma obra bonita que vai trazer muito rendimento para Cabo Verde” e “vai trazer muitos turistas para o país”.

O pescador encontra ainda outra vantagem neste crescimento urbanístico, acreditando que tantas obras estão a dar emprego a quem não o tinha.

“No ano passado não choveu e muitas pessoas do interior não tinham emprego e estão a trabalhar aqui agora. São muitos pedreiros, pintores e muitos vieram [das ilhas] de Santo Antão, São Nicolau”.

Arlindo Gomes, 56 anos, e uma vida dedicada à construção civil, não subscreve o mesmo optimismo.

Junto à obra onde irá nascer o Parque Tecnológico de Cabo Verde, também na Praia, aguardava pelo encarregado enquanto partilhava com a Lusa o desânimo de estar quase a chegar ao fim do ano sem ter faturado nenhum dinheiro.

“Vim aqui procurar trabalho. Estou desempregado. Este ano ainda não consegui nada. Já procurei em várias obras, agora venho aqui para falar com o encarregado para ver se alguém me dá emprego”, disse.

Questionado sobre o impacto de tantas obras no desemprego que atinge tantos cabo-verdianos, Arlindo Gomes disse nada notar.

“Há muitos profissionais sem trabalho, apesar das obras. Está tudo parado”, afirmou.

E o elevado desemprego leva a que muitos aceitem trabalhar muito, em más condições e por menos dinheiro: “Se não estava contente, mudava e arranjava sempre outro trabalho. Agora, mesmo que esteja amargurado, maltratado, tenho que aguentar. Está muito difícil”.

A vida corre melhor para Ailton Rocha, 28 anos, frequentador da praia Quebra-Canela, uma das três que na orla marítima da capital estão a sofrer intervenções devido às construções que aí se erguem.

Gosta da praia “porque é maravilhosa” e ali encontra o que considera o mais importante: “Mulheres”.

Sobre os vários bares e restaurantes que na falésia estão a ser construídos só encontra vantagens, embora reconheça que as obras provocam algum incómodo.

“Talvez incomode”, mas “vale a pena”, porque as obras são “muito importantes para embelezar a praia”.

Além disso, referiu, “as obras são muito importantes para as pessoas que não têm emprego e agora estão a trabalhar”.

Após umas horas de descontração nas areias da Quebra Canela, a enfermeira espanhola Lina Monteiro disse à Lusa que assim que chegou à cidade da Praia se apercebeu do volume de obras na capital.

Considera que este nível de construção é bom para o país, mas só espera que os edifícios sejam construídos até ao fim, coisa que nem sempre acontece na cidade.

A trabalhar no Hospital Agostinho Neto, o principal de Cabo Verde, Lina Monteiro espera que as obras “sejam importantes para o desenvolvimento” do Estado.

Além das praias de Quebra Canela e Gamboa, também a Prainha está cercada por obras: O hotel Jasmin, uma unidade hoteleira de cinco estrelas do grupo Sana, de um lado, a recuperação do farol de D. Maria Pia, também conhecido por farol da ponta Temerosa, no outro, e, paralela à linha do mar, a residência oficial do Presidente da República de Cabo Verde, propriedade do Estado.

As novas construções são vizinhas de edifícios recuperados e de alguma importância, como a nova sede do Banco de Cabo Verde, com a obra em curso, que fica na mesma rua que o Palácio da Assembleia Nacional, ainda com algumas chapas das obras de que foi alvo.

A reabilitação do Palácio da Assembleia Nacional foi financiada pelo Governo chinês, no âmbito da cooperação existente entre Cabo Verde e a China.

Já a obra da nova sede do Banco de Cabo Verde, cujo projeto de arquitetura foi elaborado por uma equipa liderada pelo arquiteto português Álvaro Siza Vieira, movimenta diariamente dezenas de homens e máquinas que ali fazem crescer o edifício numa das principais zonas da cidade, conhecida como a rua das embaixadas, na Achada de Santo António.

Outra das principais obras na Praia é a requalificação da Praça do Palmarejo, a cargo do grupo Khym Negoce, que prevê a ocupação de um quinto da área com infraestruturas, estacionamento, espaços verdes e lojas.

Para já, a parte central da praça está cercada por chapas de metal, sendo visível o avanço das obras através da porta por onde entram e saem os veículos de apoio.

Na terra do pó, estas obras aumentam ainda mais a presença de detritos no ar e nas superfícies, exigindo maiores cuidados de limpeza, principalmente por parte dos estabelecimentos comerciais, como a “Padaria”, uma popular pastelaria portuguesa situada na praça do Palmarejo.

À Lusa, Patrícia Santos, que gere a “Padaria”, disse que os primeiros dias foram os mais complicados e que, para já, as obras só são prejudicais à vista.

Na sua casa, que já ganhou fama, os clientes que optam pela esplanada tiveram de se habituar a aumentar a voz para serem ouvidos, mas todos compreendem a razão do incómodo.

“Compreendemos que as obras são para embelezar aqui o centro do Palmarejo”, reconhecendo que o pó agora é mais que nunca, levando a mais cuidados de higiene.

Ligeiramente afastado do centro da cidade, mas ainda na zona do Palmarejo Grande, o novo Campus Universitário de Cabo Verde é das maiores obras em curso na cidade.

Os carateres chineses que rodeiam as redes de proteção dos edifícios são um primeiro sinal do investimento chinês nesta obra, projetada para cerca de 5.000 estudantes e perto de 500 docentes, 61 salas de aulas e cinco auditórios com 150 lugares.

Com finalização prevista para 2020, o novo campus foi financiado pelo Governo chinês em 15 milhões de dólares. Para já, ocupa uma vasta área na cidade, movimentando trabalhadores, máquinas e material, presença a que os praienses já se habituaram.

4 Nov 2018

Luísa Sobral faz o elogio da imperfeição em “Rosa”, o novo álbum, quase como um concerto

[dropcap]A[/dropcap] cantora e autora Luísa Sobral definiu o seu novo álbum, “Rosa”, a editar na próxima semana, como “um disco de ‘cantautor’, em que as letras são mais importantes”, em que “é quase como estar num concerto”.

Em entrevista à agência Lusa, Luísa Sobral afirmou que pensou neste novo álbum, que é editado na próxima sexta-feira, como “um disco de ‘cantautor’, em que as letras são mais importantes, e que é quase como estar num concerto, porque é tudo muito verdadeiro”,

“Gravámos tudo ao mesmo tempo, os ‘takes’ imperfeitos, deixámo-los imperfeitos, porque tanto eu como o produtor [Raül Refree] gostamos da imperfeição. Foi tudo muito orgânico, muito verdadeiro, e era isso que me importava”, disse.

Relativamente ao novo CD, todo gravado em português, a cantora afirmou que pretendia “algo mais despido, simples e direto”, e daí o convite ao espanhol Raül Refree, que trabalhou com Sílvia Pèrez Cruz e Rosalía, para o produzir.

Luísa Sobral assina, letra e música, das onze canções que constituem o CD, que tomou o nome de “Rosa”, em homenagem à sua filha, pois foi composto durante a sua gravidez, o que influenciou o trabalho final.

“Este disco conta histórias e fala de amor, como todos os meus álbuns, mas este tem uma sonoridade diferente, e as canções estão mais expostas, além da minha voz estar um bocadinho diferente, porque durante a gravidez fiquei muito rouca, o que influenciou a forma como compus, mas decidi gravar assim, com a voz que me fez escrever as canções”, disse.

Luísa Sobral reconheceu existirem expectativas, relativamente a este seu novo álbum, mas disse: “Tentei não pensar muito nisso, para sair tudo de uma forma natural: não pensei, mesmo, muito nisso”.

“O mais diferente é o disco ser todo cantado em português, o facto de ser tão despido, e mudei o grupo de acompanhadores, que anteriormente eram guitarra, piano, bateria e contrabaixo, mas continuo a ser eu na composição, e com as minhas características”.

Neste CD, Luísa Sobral, além da voz, toca guitarra clássica, e é acompanhada pelos músicos Raül Refree, que assina a produção, nas guitarras clássica, acústica, elétrica, ‘Hammond’ e ‘Fender Rhodes’, Antonio Moreno, na percussão, Sérgio Charrinho, no fliscorne, Gil Gonçalves, na tuba, e Ângelo Caldeira, na trompa.

Um disco “simples”, disse, mas que é o que mais gosta na arte, “pois é mais directo e chega ao coração das pessoas”.

“A palavra simples é muitas vezes subestimada, mas, para mim, simples é o melhor, é o mais fácil de chegar às pessoas. E, às vezes, vamos analisar o ‘simples’ e não é nada tão simples assim, mas acaba por parecer, e é o que mais gosto na arte, parecer simples e afinal não é”, argumentou.

Neste CD, a intérprete partilha a canção “Só um Beijo”, com o irmão Salvador Sobral, que poderá vir a ser um dos convidados dos concertos de apresentação do álbum, em Fevereiro, no Porto, dia 9, na Casa da Música, e, no dia 22, no TivoliBBVA, em Lisboa.

“Não pensei ainda nestes concertos, mas, a convidar, seria o meu irmão [Salvador Sobral], a ver se ele pode, e o Raül Refree”, disse.

O CD abre com a canção “Nádia”, que remete para o drama dos migrantes que atravessam o mar Egeu, para alcançarem a Europa, para sobreviverem. E, através de outras, como “Querida Rosa”, “Benjamim”, “Mesma Rua, Mesmo Lado”, “Dois Namorados” ou “Maria do Mar”, Luísa Sobral vai apresentando personagens e contando a suas histórias.

4 Nov 2018

Demógrafo chinês prevê que número de nascimentos no país continue a cair

[dropcap]O[/dropcap] número de nascimentos registados na China vai continuar a cair em 2018, o terceiro ano desde que Pequim aboliu a política de filho único, avisou um demógrafo chinês citado pela imprensa estatal.

Zhai Zhenwu, presidente da organização de estudos demográficos da Associação para a População da China, afirmou que “sem qualquer dúvida, o número de bebés nascidos vai continuar a cair este ano, e nos seguintes”. Segundo dados oficiais, o número total de nascimentos no país fixou-se em 17,23 milhões, em 2017, menos 630.000 do que no ano anterior.

Zhai explica que a queda se deve sobretudo à redução no número de mulheres em idade fértil, um grupo que perde entre cinco e seis milhões de pessoas por ano. “Mesmo que a taxa de natalidade se mantenha, o número total de bebés nascidos vai continuar a cair”, afirmou o também professor na Universidade Renmin, citado pelo jornal oficial China Daily.

Zhai refere ainda que as mulheres que queriam ter um segundo filho engravidaram logo após a abolição da política “um casal, um filho”, em 2016, pelo que o aumento dos nascimentos nesse ano terminou logo a seguir, levando a uma queda homóloga significativa em 2017.

O especialista reconhece, porém, que a medida teve um efeito positivo: “sem a política do segundo filho, o número de nascimentos registaria uma queda ainda mais drástica”. O professor considera que o Governo chinês deve criar um “ambiente mais propício” para os casais terem um segundo filho, inclusive a abertura de mais jardins de infância.

“No entanto, devemos ter em conta que as diversas medidas adoptadas para fomentar o número de nascimentos não travarão a queda, como já mostraram as experiências em outros países, como o Japão e a Coreia do Sul”, afirmou.

A China, nação mais populosa do mundo com cerca de 1.400 milhões de habitantes, aboliu a 1 de Janeiro de 2016 a política de “um casal, um filho”, pondo fim a um rígido controlo da natalidade que durava desde 1980. Pelas contas do Governo, sem aquela política, a China teria hoje quase 1.700 milhões.

4 Nov 2018

Chile anuncia adesão à iniciativa chinesa “Uma Faixa, uma Rota”

[dropcap]O[/dropcap] ministro dos Negócios Estrangeiros chileno anunciou em Pequim que vai formalizar na sexta-feira a adesão à iniciativa chinesa “Uma Faixa, uma Rota”, um programa de investimento multimilionário em projectos de infra-estruturas.

“É uma decisão muito importante, também muito aguardada pela China, que foi adoptada pelo Presidente [Sebastián Pinera]” disse Roberto Ampuero à agência de notícias Efe, à margem da inauguração da semana do Chile que é assinalada no território do gigante asiático.

Para o governante, a iniciativa chinesa é um “elemento novo e adicional” à já “completa” relação bilateral, que abre “perspectivas tremendas” de cooperação, especialmente em matéria de infra-estruturas.

Confrontado com a relutância de alguns países à iniciativa, com medo de se submeterem aos interesses de Pequim, o MNE garantiu que o Chile “analisa previamente e a fundo tudo o que assina” e só o faz “quando está plenamente convencido de que é favorável para os interesses do país”.

“Uma das áreas em que estamos de acordo com a China é na defesa do multilateralismo e os mercados livres, abertos e transparentes”, disse, acrescentando que a iniciativa ‘Uma Faixa, uma Rota’ permite aos dois países trabalhar a um “melhor ritmo e dentro de um quadro conceptual mais amplo”.

O comércio do Chile com a China atinge perto de 30.860 milhões de euros, o que representa entre 26 e 27% do total do comércio exterior do país andino. Só este ano as trocas comerciais entre os dois países cresceram 37%.

Anunciada pelo presidente chinês, Xi Jinping, a iniciativa “Faixa económica da rota da seda e a Rota da seda marítima do século XXI”, mais conhecida como “Uma Faixa, Uma Rota”, está avaliada em 900 mil milhões de dólares e visa reactivar as antigas vias comerciais entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e Sudeste Asiático.

4 Nov 2018

Jornal oficial chinês adverte Bolsonaro do peso da China para a economia brasileira

[dropcap]U[/dropcap]m jornal oficial chinês lembrou que o Presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, “não tem motivos” para perturbar as relações com a China, lembrando o peso do país asiático para a economia brasileira.

Em editorial, o jornal China Daily admite que as autoridades em Pequim e empresas chinesas a operar no Brasil estão a questionar-se até que ponto o novo líder do Brasil vai afectar as relações entre os dois países.

“É uma questão pertinente”, afirma o jornal, apontando que, durante a campanha, Bolsonaro “não pareceu nada amistoso” para com a China.

Bolsonaro acusou o país asiático de ter uma atitude predatória nos investimentos realizados no Brasil e tornou-se, em fevereiro passado, o primeiro candidato presidencial brasileiro a visitar Taiwan, desde que o Brasil reconheceu Pequim como o único Governo chinês, em 1979.

O jornal oficial em língua inglesa China Daily lembra, no entanto, que “virar as costas à China talvez sirva algum propósito político”, mas que os “custos para a economia brasileira podem ser duríssimos”.

“Temos a sincera esperança de que, após assumir a liderança da oitava maior economia do mundo, Bolsonaro vai olhar de forma objetiva e racional para o estado das relações China-Brasil”, escreve o jornal, que se refere a Bolsonaro como “Trump Tropical”.

“Ele estará ciente de que a China é o maior mercado para as exportações brasileiras e a maior fonte de superavit no comércio externo brasileiro”, acrescenta o China Daily, lembrando que as duas economias são “verdadeiramente complementares” e “dificilmente concorrentes”.

Em 2017, o comércio entre o Brasil e a China atingiu 87,53 mil milhões de dólares, uma subida homóloga de 29,55%. A China vendeu bens no valor de 29,23 mil milhões de dólares e importou mercadorias no montante de 58,30 mil milhões de dólares, segundo dados das alfândegas chinesas.

O país asiático é ainda o principal investidor externo no país sul-americano, tendo comprado, nos últimos anos, ativos estratégicos nos setores da energia ou mineração.

“Apesar de Bolsonaro ter adotado o estilo do Presidente dos Estados Unidos, com um discurso chocante e explícito, para capturar a imaginação dos eleitores, não há motivos para copiar as políticas comerciais de Trump”, conclui o China Daily.

4 Nov 2018

Coreias vão formalizar intenção de organizar Jogos Olímpicos 2032

[dropcap]A[/dropcap] Coreia do Sul e a Coreia do Norte vão formalizar, junto do Comité Olímpico Internacional, a intenção de avançar com uma candidatura conjunta à organização dos Jogos Olímpicos de 2032, revelou a imprensa sul-coreana.

Os vice-ministros do Desporto da Coreia do Sul, Roh Tae-kang, e da Coreia do Norte, Won Kil-u, assinaram um acordo para por em prática o processo de candidatura, mas também para apresentar uma equipa conjunta ao Mundial de andebol masculino em 2019 (Alemanha e Dinamarca) e levar várias equipas aos Jogos Olímpicos de 2020.

O acordo é assinado semanas depois de Seul ter proposto a Pyongyang, em setembro passado, uma candidatura conjunta à organização dos Jogos Olímpicos de 2032.

As duas Coreias já tinham discutido a possibilidade de sediar conjuntamente os Jogos Olímpicos de Verão de 1988, mas as negociações fracassaram e Seul teve essa responsabilidade sozinha.

Apesar do processo de candidaturas não ter ainda começado, a cidade australiana de Brisbane, a região alemã da Renânia e a Índia já manifestaram interesse em acolher os Jogos Olímpicos de 2032.

4 Nov 2018

Xi e Trump com telefonema “extremamente positivo” sobre comércio

[dropcap]O[/dropcap] presidente chinês, Xi Jinping, teve uma conversa telefónica “extremamente positiva” com o presidente norte-americano, Donald Trump, sobre comércio e outros assuntos, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.

Os dois líderes acordaram “reforçar as trocas comerciais”, disse o porta-voz do ministério, Lu Kang, sem dar indicações sobre se foram feitos progressos na resolução da escalada na guerra de tarifas sobre a política relativa à tecnologia de Pequim.

Trump tinha referido antes na rede social Twitter que ele e Xi tinham tido uma “muito boa” conversa. “Concordo, esta conversa telefónica foi extremamente positiva”, declarou Lu num contacto com os jornalistas.

Pequim está a investir milhares de milhões de dólares para formar fabricantes de ‘chips’, visando tornar o país no líder global nos sectores robótica ou inteligência artificial.

Os EUA consideram que a estratégia de Pequim viola os seus compromissos em abrir o mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às firmas domésticas, enquanto as protege da competição externa.

O Presidente norte-americano já anunciou taxas de até 25% sobre um total de 250 mil milhões de dólares de importações oriundas da China, visando pressionar o país a recuar nos seus planos. Trump disse que se encontrará com Xi durante um encontro do G20 que decorrer este mês na Argentina.

“Ambos os líderes atribuem grande importância aos laços entre a China e os Estados Unidos e às relações económicas”, disse Lu, adiantando que Trump e Xi concordaram que a disputa comercial “deve ser tratada adequadamente” através de conversas com substância.

4 Nov 2018

Chefe do Executivo de Macau desloca-se a Pequim esta semana

[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo de Macau, Fernando Chui Sai On, desloca-se esta semana a Pequim, onde será recebido pelo Presidente chinês Xi Jinping, anunciou o porta-voz do Governo.

Chui Sai On viaja no próximo sábado para a capital chinesa, onde vai participar num conjunto de actividades no âmbito da celebração de Hong Kong e Macau do 40.º aniversário da reforma e abertura nacional, nos dias 11 e 12, informou o gabinete em comunicado.

Adoptada pelo então líder chinês Deng Xiaoping, em 1978, a política de Reforma e Abertura impulsionou o setor privado, que hoje contribui para mais de metade da receita tributária do país, 60% do Produto Interno Bruto ou 80% dos postos de trabalho nas cidades, segundo dados oficiais.

4 Nov 2018

Cantora Maria Guinot morre aos 73 anos

[dropcap]A[/dropcap] cantora, compositora e pianista Maria Guinot, que representou Portugal no Festival da Eurovisão em 1984, com “Silêncio e Tanta Gente”, morreu hoje, aos 73 anos, avançou o canal de televisão SIC. Maria Guinot – Maria Adelaide Fernandes Guinot Moreno – nasceu em Lisboa, em 1945, fixou-se com a família no Barreiro, ainda na infância, iniciou uma formação musical clássica, em finais da década de 1950, mas foi no modelo de canção que se destacou.

Editou um primeiro ‘single’, em 1968, com “Criança Loura”, “A Canção Que Eu Canto”, “La Mère Sans Enfant” e “Toi, Mon Ami”, revelando-se como autora, na linha dos ‘baladeiros’, que emergia na época.

A perspectiva foi reafirmada num segundo disco, no ano seguinte, com canções como “Balada do Negro Só”, “Silêncios do Luar”, “Escuta Menino”, “Poema de Inverno”. Apesar de ouvida na rádio, ficou afastada dos palcos durante vários anos.

O regresso aconteceu em 1981, com “Um Adeus, Um Recomeço”, que lhe garantiu o 3.º lugar no Festival RTP, a edição de novos discos e a revelação de novas canções: “Falar Só Por Falar”, “Vai Longe O Tempo”, “Um Viver Diferente”.

Foi, porém, em 1984, quando venceu o Festival RTP, com “Silêncio e Tanta Gente”, que o seu nome chegou ao grande público. A interpretação ficou na memória: em solidariedade com os músicos em greve, Maria Guinot recusou o ‘playback’ adotado nessa edição, e acompanhou-se a si mesma ao piano.

Em 1986, compôs “Homenagem às mães da Praça de Maio”, nos dez anos do início da concentração das mulheres que, em Buenos Aires, exigiam saber dos filhos desaparecidos durante a ditadura militar argentina (1976-1983).

A canção foi incluída no duplo álbum da CGTP-Intersindical “Cem anos de Maio” e foi uma das ‘bandeiras’ do programa “Deixem Passar a Música”, da RTP, no qual Maria Guinot foi acompanhada por José Mário Branco, que produziu e dirigiu a orquestra.

Guinot cantou aqui grande parte do seu repertório, destacando-se a sua “Saudação a José Afonso”, canção recusada pelo júri do festival da canção de 1986. “Não podia deixar passar esta oportunidade de homenagear um homem como José Afonso”, disse Maria Guinot no programa, emitido pouco antes da morte do compositor de “Grândola, Vila Morena”. “A orquestração de José Mário Branco é de desespero e de raiva”, acrescentou.

No ano seguinte, lançou o seu primeiro álbum, “Esta Palavra Mulher”, numa edição de autor. Seguir-se-ia, em 1991, “Maria Guinot”, com produção de José Mário Branco, e a participação de músicos como a violoncelista Irene Lima, o contrabaixista Carlos Bica, o saxofonista Edgar Caramelo e o percussionista João Nuno Represas. Até 2004, quando foi editado “Tudo Passa”, não há registo de outros disco de Maria Guinot.

Escreveu, porém, “Histórias do Fado” (1989), com Ruben de Carvalho e José Manuel Osório, e manteve a intervenção política e social: subscreveu a saudação ao 30.º aniversário da Revolução Cubana, em 1989, com o ator Rogério Paulo, os escritores José Saramago e Natália Correia; condenou a política de não admissão de mulheres por bancos privados portugueses, no manifesto “Dizemos Não Aos Bancos Com Preconceitos”, no início dos anos de 1990; fez parte do movimento pela despenalização do aborto e da Frente para a Defesa da Cultura, que, na época, marcou a contestação do setor.

Em 1991, actuou em Cabo Verde, no Dia de Portugal. Em 1994, nos 20 anos do 25 de Abril, montou o espetáculo “Os Poetas de Abril”, com a atriz e encenadora Fernanda Lapa. Afastada do activo desde 2010, por doença, recebeu, em 2011, a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores.

4 Nov 2018

OMS declara Macau livre da Rubéola, autoridades consideram “marco importante”

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau classificaram como “um marco importante na história da saúde pública” o facto da Organização Mundial de Saúde (OMS) ter declarado o território livre do vírus da Rubéola.

“Este ano, (…) a Região Administrativa Especial de Macau [RAEM] tornou-se num dos primeiros cinco países e regiões certificados com a eliminação da Rubéola na região do Pacífico Ocidental, (…) um marco importante na história da saúde pública de Macau”, sublinharam as autoridades em comunicado.

A OMS – Delegação do Pacífico Ocidental anunciou na terça-feira que a RAEM, a Austrália e o Brunei passam a constituir, com a Nova Zelândia e a Coreia do Sul, o grupo das cinco territórios (entre 37 países e regiões da região do Pacífico Ocidental) que estão livres do vírus da Rubéola. A Rubéola é uma doença transmissível aguda do trato respiratório e transmite-se sobretudo pelo contacto com as secreções do nariz e da garganta dos doentes.

As autoridades de Macau prometeram continuar a “fortalecer o sistema de vigilância da Rubéola e melhorar o programa de vacinação de acordo com os padrões da OMS” e destacam o esforço ao nível da política de saúde na área da prevenção.

“O controlo de doenças, através da vacinação disponível, assume fulcral importância, quer no trabalho de prevenção médica e quer na política de saúde, o que tem alcançado resultados notáveis”, destacam as autoridades.

Em 2000, a RAEM foi certificada como zona livre de poliomielite. Quatro anos depois, Macau tornou-se num dos dois primeiros territórios da região do Pacífico Ocidental certificados pelo controlo da hepatite B entre crianças. Já em 2014, a RAEM passou a ser um dos primeiros quatro territórios da região do Pacífico Ocidental livres do sarampo, segundo a OMS.

4 Nov 2018

Indianos querem mais casinos e fazer de Goa “Macau da Índia”

[dropcap]O[/dropcap] analista de jogo Grant Govertsen disse que o Governo indiano quer mais casinos em Goa e já pediu aos operadores para começarem a construir ‘resorts integrados’ em Macau, para a tornar no “próximo Macau”.

Num evento promovido pela Associação Comercial Britânica em Macau (BBAM, na sigla inglesa), o director Executivo da Union Gaming afirmou que o Governo indiano “pediu aos casinos para começarem a construir ‘resorts integrados’ em Goa” para fazer de Goa “Macau da Índia”.

Grant Govertsen apontou para o grande potencial de jogo da Índia e que está subvalorizado: “Os jogos de casinos ainda estão embrionários [na Índia], representam apenas 200 milhões de dólares, apesar de terem uma população de 1,3 mil milhões de pessoas”.

Os casinos em Goa estão geralmente localizados em barcos fluviais e os que estão em terra não são para já apelativos para os milionários indianos, sublinhou o analista. “O Governo não quer mais barcos fluviais e quer que os casinos se desloquem para terra”, afirmou o director executivo da Union Gaming.

Na opinião do analista, os operadores de jogo que não entraram em Macau, quando o jogo foi liberalizado no início do milénio, “não querem perder o barco” de Goa e querem apostar naquele que poderá ser o “próximo Macau”. “O desenvolvimento do jogo na Ásia esmaga o resto do mundo”, apontou o analista.

Riscos asiáticos

O Japão, Coreia, Vietname, Tailândia, Camboja, Laos, Myanmar e Filipinas, são na opinião de Grant Govertsen as principais ameaças ao monopólio do jogo em Macau. “O Japão representa a maior oportunidade para qualquer operador de jogo”, apontou Govertsen. “Vai haver um risco real para Macau”, mas só depois 2025, a data prevista para o arranque dos casinos no Japão.

O parlamento nipónico aprovou em Julho uma lei que permite a abertura de três casinos e várias operadores de Macau já demonstraram interesse garantir uma licença no Japão. “O relacionamento especial entre o Japão e os EUA pode ajudar os operadores norte-americanos”, como a MGM Resorts.

Das seis operadoras em Macau, a Las Vegas Sands, a Wynn e MGM têm a maioria de capital norte-americano. “Acreditamos que a Las Vegas Sands, MGM (…) e a Melco Resorts estão entre os operadores de casinos com maior probabilidade de obter uma licença no Japão”, disse à Lusa, em julho, a analista da Bloomberg, especialista no jogo na Ásia, Margaret Huang.

Nesse mesmo mês em resposta a agência Lusa, a operadora de jogo em Macau Galaxy Entertainment Group demonstrou todo o interesse em conseguir uma das três vagas existentes.

A aposta no Japão acontece no momento em que as licenças de jogo em Macau terminam entre 2020 e 2022. Até à data não é conhecido um calendário para a revisão das licenças, nem é claro se será mantido o modelo de concessões e sub concessões.

“Tenho dificuldade em acreditar que vá haver alguma mudança [nas concessões] com o actual Governo”, afirmou Govertsen.

“Os investidores estão muito focados nas concessões e claro que estão a pensar que a guerra comercial entre os EUA e a China pode não ser bom para os operadores norte-americanos” e por essa razão, o analista da Union Gaming acredita que receios as autoridades de Macau só vão tomar uma decisão em relação às concessões “daqui a sete ou mais anos”.

4 Nov 2018

Instituto Cultural de Macau e Fundação Oriente acordam reforço de cooperação

[dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural e a Fundação Oriente assinaram um protocolo para reforçar a cooperação entre Portugal e Macau, que prevê actividades de investigação e de promoção de actividades.

O objectivo do protocolo passa por “promover e aprofundar a relação mais estreita da cooperação cultural entre Macau e Portugal (…) na área da cultura”, sublinhou o Governo em comunicado.

O âmbito da cooperação inclui actividades conjuntas de investigação e co-edição de estudos, reforço da articulação entre museus e realização conjunta de eventos, bem como o intercâmbio de informação e colaboração na promoção e divulgação de ações organizadas por estas entidades.

A cerimónia foi presidida pela vice-presidente do Instituto Cultural, Leong Wai Man, e o presidente do conselho de administração da Fundação Oriente, Carlos Monjardino.

4 Nov 2018

EUA reafirmam compromisso com defesa de Taiwan

A guerra de palavras entre as duas maiores potências mundiais estende-se também à questão do estatuto da antiga Formosa

[dropcap]O[/dropcap] embaixador de facto dos Estados Unidos em Taiwan reafirmou ontem o compromisso de Washington com a autodefesa da ilha, que se assume como República da China, face às crescentes ameaças por parte de Pequim.

Os EUA consideram qualquer tentativa em determinar o futuro de Taiwan “através de meios não pacíficos” uma ameaça à segurança regional e uma questão de “grande preocupação”, afirmou Brent Christensen, director do Instituto dos EUA em Taiwan, que funciona como uma embaixada, apesar de não ter o estatuto.

“Opomo-nos a tentativas unilaterais para mudar o ‘status quo [de Taiwan]”, afirmou.

Pequim considera Taiwan uma província chinesa, e defende a “reunificação pacífica”, mas ameaça “usar a força” caso a ilha declare independência.

Taiwan, ilha onde se refugiou o antigo governo chinês depois do Partido Comunista tomar o poder no continente em 1949, assume-se como República da China, e funciona como uma entidade política soberana.

As ameaças de Pequim têm subido de tom desde a ascensão ao poder, em Taipé, da Presidente Tsai Ing-wen, do Partido Progressivo Democrático (PPD), pró-independência.

Os EUA cortaram os laços formais com Taipé em 1979, e passaram a reconhecer Pequim, mas os dois lados mantêm fortes relações militares e diplomáticas não oficiais.

Primeiro acto

Essas relações são sustentadas pelo Acto de Relações com Taiwan, aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos em Abril de 1979, e que exige que os EUA garantam a Taiwan a sua capacidade de autodefesa.

A política de Washington “não mudou” desde a aprovação daquele Acto, lembrou Christensen, em conferência de imprensa, exemplificando com a recente venda de armamento ao território, avaliada em 330 milhões de dólares.
E garantiu que Washington vai cooperar no sentido de promover valores democráticos comuns e melhorar as relações económicas com a ilha. Isto inclui promover a participação de Taiwan em organizações internacionais, que Pequim tem procurado restringir.

As autoridades chinesas têm ainda pressionado multinacionais, desde o sector da aviação ao têxtil, a designar Taiwan como território chinês nos seus portais oficiais ou material publicitário.

No total, cinco países romperam relações com Taiwan, nos últimos dois anos, e passaram a reconhecer Pequim como o único governo de toda a China.

1 Nov 2018

Manufactura | Actividade no nível mais baixo em dois anos

Apesar da diminuição das exportações, a culpa do abrandamento resulta em grande parte da queda da procura interna. Economistas aconselham o Governo a baixar impostos e a estimular o sector privado

[dropcap]A[/dropcap] actividade da indústria manufactureira (PMI, na sigla em inglês) da China caiu para o nível mais baixo em dois anos, em Outubro, segundo dados ontem divulgados, numa altura de fricções comerciais entre Pequim e Washington.

O Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) chinês revelou que o PMI recuou para 50,2 pontos, depois de em Setembro se ter fixado nos 50,8.

Quando se encontra acima dos 50 pontos, o PMI sugere uma expansão do sector, abaixo dessa barreira pressupõe uma contracção da actividade.

Os pedidos para exportação recuaram, mas o maior impacto foi a queda na procura interna. As vendas nos sectores automóvel e imobiliário caíram, desde que Pequim dificultou o acesso ao crédito, visando travar o ‘boom’ no endividamento.

“A pressão económica negativa a curto prazo é relativamente grande”, admitiu o economista do GNE, Zhang Liqun, em comunicado.

Pequim precisa de baixar impostos, reduzir as restrições ao crédito e “impulsionar a confiança no sector privado” escreveu em comunicado um grupo de economistas do banco de investimento Citigroup.

A resistir

As exportações chinesas para os EUA têm-se mantido resilientes, apesar de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter imposto taxas alfandegárias sobre metade das importações oriundas da China, numa disputa em torno das ambições chinesas para o sector tecnológico.

Em parte, isto deve-se às fábricas terem respondido aos pedidos antes da entrada em vigor das taxas. Mas produtos de alto valor, como equipamento médico e para fábricas, expressaram confiança de que vão manter as vendas no mercado norte-americano, apesar do aumento dos preços.

“A queda na procura do exterior não parece ser o principal culpado”, escreve Julian Evans-Pritchard, analista na consultora Capital Economics.

As novas encomendas em Outubro recuaram 1,2 ponto, para 50,8, segundo o GNE. Os novos pedidos para exportação caíram 1,1 ponto, para 46,9.

A economia chinesa, a segunda maior do mundo, tem vindo a desacelerar, à medida que a liderança do país enceta a transição no modelo de crescimento do país, visando maior ênfase no consumo doméstico, em detrimento das exportações e investimento.

No último trimestre, o ritmo de crescimento económico fixou-se nos 6,5%, o nível mais baixo desde a crise financeira mundial, em 2009.

Em 2017, a economia chinesa cresceu 6,8%.

1 Nov 2018

Fotografia | Associação “Somos!” cria concurso sobre imagens da lusofonia

[dropcap]A[/dropcap] “Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa” lança em Dezembro um concurso de fotografia intitulado “Somos – Imagens da Lusofonia”, com o tema “Raízes Lusófonas: Veículos de Comunicação”. O objectivo desta iniciativa é, de acordo com um comunicado “disponibilizar mais um canal em Macau de divulgação das tradições e da cultura que mantêm ligados os países e regiões do universo lusófono”.

Os interessados devem inscrever-se entre os dias 1 e 31 de dezembro deste ano e os resultados serão anunciados no mês de Fevereiro do próximo ano, seguindo-se uma exposição fotográfica.

Do júri fazem parte os fotógrafos Gonçalo Lobo Pinheiro, radicado em Macau há oito anos, Lim Choi, Paulo Cordeiro, Rodrigo Cabrita e Rui Caria. A ideia é que os participantes possam “captar momentos, objectos, ideias ou pessoas e que contribuam, de alguma forma, para a transmissão da herança e características lusófonas”. O concurso está aberto a todos os cidadãos dos países falantes de português e Macau, além de que são permitidas fotografias tiradas num destes países. Cada concorrente só pode apresentar três fotografias e estas devem ser originais. Os prémios variam entre duas a cinco mil patacas.

Além da exposição com as imagens vencedoras, deverá ser feita uma outra mostra “com todas as outras fotografias admitidas a concurso que o júri considere relevantes ou de valor tendo em conta o enquadramento com o tema do concurso fotográfico e o propósito da Somos – ACLP, de projectar a dimensão cultural da Lusofonia, assim como o papel de Macau enquanto plataforma que une a China e os países e regiões de Língua Portuguesa”.

1 Nov 2018

Tufões | Aplicação para emergências estreia com o Yutu

[dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Cartografia e Cadastro anunciou ontem o lançamento de uma aplicação móvel dedicada a situações de emergências que vai estreiar-se com a aproximação do tufão Yutu, que mantém içado em Macau o sinal 1 de tempestade tropical desde a manhã de terça-feira. A aplicação móvel “GeoGuide para emergências” permite à população obter informações sobre a previsão de inundação dos diferentes níveis de “storm surge” através de um mapa acessível na versão ‘online’ e ‘offline’. A “GeoGuide para emergências”, com interfaces em chinês (tradicional e simplificado), português e inglês) em português e inglês, é um projecto da Direcção dos Serviços de Cartografia e Cadastro com o apoio dos Serviços de Polícia Unitários e dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG). A ‘app’ oferece previsões, localizações dos centros de acolhimento de emergência, bem como informações sobre as linhas de emergência e um guia de prevenção de riscos/desastres, entre outros dados. Segundo as previsões dos SMG era “moderada a relativamente alta” a probabilidade de ser hasteado o sinal 3. Às 20h de ontem, o Yutu localizava-se a aproximadamente 560 quilómetros de Macau, movendo-se a uma velocidade de 12 km/h.


Aplicados limites de velocidade na Ponte HKZM

Devido à aproximação do tufão Yutu, está a ser ser aplicada desde ontem a medida provisória de limite de velocidade na ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, segundo a conta oficial de Wechat para os shuttle-bus que fazem a tra- vessia, noticiou hoje o canal chinês da Rádio Macau. Os veículos ficam com uma velocidade limitada inferior a 60 quilómetros por hora. Prevê-se que a viagem de shuttle-bus demore mais 15 minutos que o habitual. O fim da medida provisória será anunciada posteriormente de acordo com a evolução do tufão.

1 Nov 2018

AAM volta a insistir em ameaças à independência judicial

[dropcap]A[/dropcap] Associação dos Advogados de Macau (AAM) defende o aumento do número de juízes do Tribunal de Última Instância (TUI) de três para sete. A indicação do número é uma das novidades da segunda opinião enviada pela associação dirigida por Jorge Neto Valente à 3.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa, que está a analisar as alterações à Lei de Bases da Organização Judiciária.

“A AAM tem vindo a defender há muito tempo que é necessário alargar também o quadro de juízes do TUI, tendo em conta o aumento exponencial de processos entrados nos tribunais, e o aumento do número de processos pendentes”, consta no documento enviado à comissão, que está disponível no portal da AAM. “Para solucionar este problema, a AAM defende que o quadro de juízes do TUI seja aumentado de três para sete juízes”, é acrescentado.

Outro dos aspectos que voltou a ser referido é a opção legislativa que estipula que apenas os “juízes com nacionalidade chinesa” e “nomeação definitiva” podem julgar os crimes em que está em causa a segurança do Estado. A AAM receia que com a redacção proposta pelo Governo que “tanto a independência judicial como o princípio do juiz natural” sejam gravemente afectados.

Ontem, a 3.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa esteve reunida com membros do Governo para debater a proposta de lei. A reunião não contou com a participação da secretária Sónia Chan, que esteve no Conselho Executivo.

No final, Vong Hin Fai reconheceu que os deputados também já receberam os pareceres sobre o diploma dos conselhos de Magistrados Judiciais e do Ministério Público. O presidente da comissão não entrou em detalhes sobre os documentos, limitou-se a dizer que são “curtos e bastante técnicos”.

Em relação à reunião, os deputados voltaram a mostrar-se preocupados com a acumulação de funções pelos juízes. Contudo, o encontro chegou ao fim sem conclusões e a matéria vai continuar a ser discutida hoje.

1 Nov 2018

Cheques pecuniários | Poder do Povo pede aumento para 10 mil patacas

[dropcap]A[/dropcap] Associação Poder do Povo entrega hoje uma carta na sede do Governo a pedir o aumento do valor dos cheques pecuniários para um mínimo de 10 mil patacas. Em declarações ao HM, o presidente da associação, Si Tou Fai, recordou que a última actualização do valor dos cheques pecuniários foi em 2014, altura em que se estabeleceu o valor de nove mil patacas. O responsável espera que o Governo proceda a uma nova actualização com um aumento mínimo de mil patacas. “Ao longo dos últimos cinco anos, os preços dos bens têm aumentado, bem como as tarifas de autocarros”, disse. De acordo com Si, os aumentos em alguns produtos atingiram mesmo os 50 por cento pelo que considera que a distribuição de cheques de dez mil patacas “é razoável”. A associação solicita ainda ao Executivo a disponibilização de fracções nos edifícios de habitação económica para arrendar a pessoas com idade inferior a 40 anos.

1 Nov 2018

Portuguesas Fu Yu e Jieni Shao seguem em frente no Open da Suécia de ténis de mesa

[dropcap]A[/dropcap]s portuguesas Fu Yu e Jieni Shao garantiram a presença na terceira ronda preliminar do quadro de singulares do Open da Suécia de ténis de mesa, com Tiago Apolónia, Diogo Chen e João Geraldo a serem eliminados.

Em Estocolmo, Fu Yu bateu a russa Anastasia Kolish por 4-0 (11-7, 11-8, 11-8, 11-3), resultado idêntico ao conseguido por Jieni Shao frente à eslovena Alex Galic (11-8, 11-7, 11-6, 11-7). Na terceira ronda, Fu Yu vai encontrar a norte-coreana Song Kim e Jieni Shao vai jogar com a japonesa Miyu Kato.

No torneio masculino, com Marcos Freitas apurado diretamente para o quadro principal, Tiago Apolónia, João Geraldo e Diogo Chen perderam com o francês Enzo Angles, o indiano Amalraj Anthony e o alemão Benedikt Duda, respetivamente.

Em pares, Diogo Chen e o brasileiro Vitor Ishiy perderam com os polacos Marek Badowski e Jakub Dyjas, na primeira ronda preliminar.

31 Out 2018

Ginasta Simone Biles chega ao 11.º título mundial no regresso à competição

[dropcap]A[/dropcap] ginasta norte-americana Simone Biles conquistou ontem o título mundial do concurso por equipas, nos Mundiais de Doha, na sua primeira competição internacional após os quatro ouros olímpicos no Rio 2016.

Em Doha, Biles conquistou o 11.º título mundial da sua carreira, aos 21 anos, ao vencer a prova de equipas, com Grace McCallum, Morgan Hurd, Riley McCusker e Kara Eaker, num concurso em que somaram 171,629 pontos.

As norte-americanas conquistaram o ouro por nove pontos, à frente da Rússia (162,863) e da China (162,396), países que estão qualificadas desde já para os Jogos Olímpicos de Tóquio2020.

Qualificada para a final do concurso geral, e para as quatro finais individuais de aparelhos, Biles mostrou hoje, uma vez mais, estar na elite da ginástica mundial, com a conquista do seu terceiro título por equipas, após os êxitos de 2014 e 2015.

31 Out 2018

Presidente do Benfica demite-se caso sejam provados “actos menos lícitos” no clube

[dropcap]O[/dropcap] presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira, assegurou hoje que se demite caso sejam apurados pela Justiça “actos menos lícitos” praticados pelo clube da Luz, numa altura em que decorrem vários processos em tribunal.

“[Os casos na Justiça] Afectam-nos mais a nós do que ao Benfica. Sofremos bastante”, afirmou Vieira depois de ter sido questionado numa entrevista concedida à TVI sobre os vários processos judiciais que envolvem o clube.

Sobre as acusações que recaem sobre Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico dos encarnados, Luís Filipe Vieira diz que é necessário esperar pelo veredicto final dos processos.

“Neste momento, [Paulo Gonçalves] não foi condenado. Há a presunção de inocência. O Benfica perdeu um grande profissional”, atirou, realçando: “Não misture o Paulo Gonçalves com o Benfica”.

Segundo o líder das ‘águias’, “tudo o que o Benfica ganhou foi dentro do campo”, pelo que se houver actos de corrupção comprovados, vai pedir a demissão do cargo que exerce há 15 anos. Vieira mostrou-se convencido que “no final a Justiça vai funcionar”.

Vieira quer manter treinador

Luís Filipe Vieira elogiou ontem o trabalho que o treinador da equipa principal de futebol Rui Vitória vem fazendo no clube e quer que o seu contrato, válido até 2020, seja cumprido até ao fim.

“Por minha vontade, garanto que [Rui Vitória] é o treinador até ao final do contrato”, afirmou Vieira numa entrevista concedida à TVI, canal de televisão em Portugal, num momento em que o técnico tem sido contestado depois de o Benfica ter sofrido duas derrotas consecutivas, primeiro, na Liga dos Campeões frente ao Ajax (1-0), e no último sábado contra o Belenenses (2-0), na I Liga.

Segundo o líder das ‘águias’, o treinador “tem feito um trabalho fantástico”, especialmente, no lançamento de jovens jogadores da formação do Benfica. “Lançou dez jogadores em três anos. É o homem certo para o projeto que o Benfica quer”, reforçou Vieira, considerando que “há hoje uma grande injustiça para com Rui Vitória”.

O presidente do Benfica apontou para a conquista de dois campeonatos nacionais de futebol nos dois primeiros anos de contrato de Rui Vitória, bem como para a obtenção do recorde de 88 pontos na época 2015/16, recordando ainda os quartos de final da Liga dos Campeões atingidas nessa mesma época e desvalorizando a falta de títulos na época transata.

“O Rui Vitória não merece as críticas que lhe têm feito. Neste momento, o Rui é o treinador mais qualificado e vai lançar mais três ou quatro jogadores formados no Caixa Futebol Campus na próxima época”, frisou.

E acrescentou: “Todo o nosso projeto assenta no Seixal. O Benfica não deverá fazer o que fez no passado. O Benfica não pode depender de um resultado menos positivo. O Benfica está a preparar-se para dominar o futebol português na próxima década”.

De acordo com Vieira, “a estratégia do Benfica é ganhar com os talentos formados em casa”, realçando os nomes de Rúben Dias, Gedson Fernandes e João Félix como exemplo de jogadores jovens que já têm sucesso na primeira equipa.

“Recebemos ofertas de 20 e 25 milhões de euros por um jovem de 19 anos. E também propostas de 40 milhões de euros e de 35 milhões de euros por outros dois jovens e não saíram”, sublinhou, destacando que Rúben Dias e Gedson já renovaram os seus contratos e estão “blindados com cláusulas muito elevadas” e que João Félix “vai renovar já amanhã [quarta-feira] com cláusula de rescisão bastante alta”.

Para Vieira, a retenção do talento formado no Seixal é “a única possibilidade de o Benfica triunfar na Europa”. “Recusámos 75 milhões de euros por dois jogadores no último verão. O Gedson não está feliz? O Rúben Dias não está feliz?”, salientou.

O presidente do clube da Luz também comentou as notícias que dão conta de uma proposta do Everton no final do ano passado para contratar Rui Vitória. “Não era eu que lhe ia cortar as pernas”, vincou Vieira, revelando que, caso o negócio avançasse, Rui Vitória iria ganhar oito vezes mais no emblema inglês.

31 Out 2018

Sexta e última temporada de “House of Cards” estreia-se na sexta-feira

[dropcap]A[/dropcap] sexta e última temporada da série norte-americana “House of Cards”, que tinha sido suspensa no ano passado na sequência de acusações de assédio sexual ao protagonista, o ator Kevin Spacey, estreia mundialmente na sexta-feira.

A sexta e última temporada da série tem oito episódios, protagonizados pela atriz Robin Wright, que nas temporadas anteriores interpretava o papel de Claire Underwood, mulher de Frank Underwood, a personagem de Kevin Spacey.

Nesta temporada, os actores Diane Lane, Bill Shepard e Greg Kinnear irão juntar-se ao elenco, do qual fazem parte, entre outros, Michael Kelly, Jayne Atkinson, Patricia Clarkson e Boris McGiver. Em Outubro do ano passado, a Netflix anunciou que a sexta temporada da série seria a última.

Esse anúncio foi feito pouco depois de ter surgido a primeiro denúncia contra Kevin Spacey. Nessa altura, o ator Anthony Rapp acusou Spacey de o ter assediado sexualmente numa festa em 1986, quando tinham, respetivamente, 14 anos e 26 anos.

Na sequência da acusação, Kevin Spacey assumiu a sua homossexualidade e garantiu que não se recordava do episódio relatado, apesar de ter dito que, se realmente aconteceu, devia “sinceras desculpas” a Rapp pelo seu comportamento. Entretanto, a produção da série foi suspensa, tendo sido retomada este ano.

Antes disso, Netflix e o estúdio Media Rights Capital anunciaram que cortariam relações com Kevin Spacey, tendo ainda a plataforma tornado público o cancelamento do filme sobre o escritor norte-americano Gore Vidal, autor de obras como “Lincoln” ou “Império”, que seria protagonizado pelo ator.

Entretanto, oito actuais e antigos funcionários de “House of Cards” acusaram Spacey de ter tornado tóxico o ambiente da produção da série, por causa do assédio sexual.

Também no final do ano passado, o teatro Old Vic, em Londres, reuniu testemunhos de 20 pessoas sobre o alegado “comportamento inapropriado” do ator norte-americano, que entre 2004 e 2015 foi diretor artístico daquela estrutura.

Já em Agosto deste ano, o jornal Los Angeles Times avançou que Kevin Spacey estava a ser investigado nos Estados Unidos num novo caso de alegada agressão sexual. Um porta-voz da polícia do condado de Los Angeles explicou que a suposta agressão ocorreu em outubro de 2016 em Malibu, no estado da Califórnia. As autoridades já estavam a investigar o actor por um incidente semelhante que terá ocorrido em Outubro de 1992, em West Hollywood.

31 Out 2018

Arábia Saudita liberta 19 filipinas detidas em festa de Halloween

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades sauditas libertaram hoje 19 filipinas que estavam detidas desde sexta-feira por participarem numa festa de ‘Halloween’, em Riade, aguardando agora julgamento na embaixada do seu país.

Em comunicado, o embaixador filipino na capital do reino, Adnan Alonto, anunciou ter conseguido a identificação das filipinas detidas, que afinal são 19 e não 17, como inicialmente reportado.

As autoridades concordaram em libertar as mulheres da prisão Al Nisa, na capital, e entregá-las “temporariamente” à embaixada das Filipinas, onde devem aguardar julgamento por terem violado a lei islâmica que proíbe a interação em público entre homens e mulheres sem laços familiares, segundo Adnan Alonto.

“As leis da Arábia Saudita proíbem estritamente homens e mulheres solteiros de serem vistos juntos em público”, pode ler-se no comunicado do Departamento de Negócios Estrangeiros das Filipinas.

Este episódio levou a embaixada em Riade a emitir um alerta à comunidade filipina no país, pedindo que esta “leve em conta as sensibilidades locais”. Ao mesmo tempo, apelaram aos trabalhadores filipinos que se encontram no Médio Oriente que respeitem as tradições locais e as leis dos países anfitriões.

De acordo com dados das autoridades filipinas, cerca de três mil filipinos abandonam todos os dias o país, muitos deles rumo a países árabes, onde as mulheres tendem a trabalhar como trabalhadoras domésticas e os homens no sector da construção. Cerca de dez milhões são trabalhadores migrantes no exterior e o envio de suas remessas representou 10,46% do PIB filipino em 2017, segundo o Banco Mundial.

31 Out 2018

Pelo menos quatro mortos na passagem do tufão Yutu pelas Filipinas

[dropcap]P[/dropcap]elo menos quatro pessoas morreram na sequência da passagem do tufão Yutu pelas Filipinas, onde as equipas de resgate continuam as operações para encontrar sobreviventes entre a lama e os destroços, informaram hoje as autoridades.

O prefeito de Natonin, na ilha de Luzón, confirmou à imprensa local que cerca de 30 pessoas estão presas num edifício oficial do Governo, soterrado após um deslizamento de terra, e que as equipas de salvamento continuam as operações de resgate.

O prédio é a sede do Departamento Provincial de Obras Públicas, onde dezenas de pessoas afetadas se refugiaram das chuvas intensas e dos ventos fortes do Yutu. O tufão Yutu atingiu na terça-feira as Filipinas e provocou danos materiais, como a queda de árvores e casas que perderam os telhados, além de forçar a retirada de milhares de pessoas.

A tempestade – que passou a sul da trajetória do tufão Mangkhut, que fez dezenas de mortos no mês passado – provocou trombas de água em Luzón, a ilha mais populosa do arquipélago. Yutu tocou a terra na madrugada de terça-feira, com ventos que sopravam a 150 quilómetros por hora, com rajadas de até 210 quilómetros por hora.

Quase dez mil pessoas que vivem em áreas baixas deixaram as suas casas antes da chegada do tufão devido ao risco de inundações. Os ventos destruíram casas, telhados ficaram desfeitos e postes de iluminação e árvores foram arrancados.

Os responsáveis pela gestão de catástrofes disseram que o Yutu é menos poderoso do que o Mangkhut, que provocou a morte de mais de 100 pessoas, a maioria num deslizamento de terra na região de Itogon.

As Filipinas são atingidas todos os anos por cerca de 20 tufões, que causam centenas de mortes e agravam ainda mais a pobreza que atinge milhões de pessoas. O Haiyan, um dos tufões mais violentos de sempre, devastou o centro do arquipélago em novembro de 2013, deixando mais de 7.350 mortos ou desaparecidos, tendo ainda deixado sem habitação mais de quatro milhões de pessoas.

Ainda não é certo se o tufão Yutu irá atingir Macau, uma vez que a possibilidade de ser içado sinal 8 é, para já, muito baixa.

31 Out 2018