Xi e Trump com telefonema “extremamente positivo” sobre comércio

[dropcap]O[/dropcap] presidente chinês, Xi Jinping, teve uma conversa telefónica “extremamente positiva” com o presidente norte-americano, Donald Trump, sobre comércio e outros assuntos, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.

Os dois líderes acordaram “reforçar as trocas comerciais”, disse o porta-voz do ministério, Lu Kang, sem dar indicações sobre se foram feitos progressos na resolução da escalada na guerra de tarifas sobre a política relativa à tecnologia de Pequim.

Trump tinha referido antes na rede social Twitter que ele e Xi tinham tido uma “muito boa” conversa. “Concordo, esta conversa telefónica foi extremamente positiva”, declarou Lu num contacto com os jornalistas.

Pequim está a investir milhares de milhões de dólares para formar fabricantes de ‘chips’, visando tornar o país no líder global nos sectores robótica ou inteligência artificial.

Os EUA consideram que a estratégia de Pequim viola os seus compromissos em abrir o mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às firmas domésticas, enquanto as protege da competição externa.

O Presidente norte-americano já anunciou taxas de até 25% sobre um total de 250 mil milhões de dólares de importações oriundas da China, visando pressionar o país a recuar nos seus planos. Trump disse que se encontrará com Xi durante um encontro do G20 que decorrer este mês na Argentina.

“Ambos os líderes atribuem grande importância aos laços entre a China e os Estados Unidos e às relações económicas”, disse Lu, adiantando que Trump e Xi concordaram que a disputa comercial “deve ser tratada adequadamente” através de conversas com substância.

4 Nov 2018

Chefe do Executivo de Macau desloca-se a Pequim esta semana

[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo de Macau, Fernando Chui Sai On, desloca-se esta semana a Pequim, onde será recebido pelo Presidente chinês Xi Jinping, anunciou o porta-voz do Governo.

Chui Sai On viaja no próximo sábado para a capital chinesa, onde vai participar num conjunto de actividades no âmbito da celebração de Hong Kong e Macau do 40.º aniversário da reforma e abertura nacional, nos dias 11 e 12, informou o gabinete em comunicado.

Adoptada pelo então líder chinês Deng Xiaoping, em 1978, a política de Reforma e Abertura impulsionou o setor privado, que hoje contribui para mais de metade da receita tributária do país, 60% do Produto Interno Bruto ou 80% dos postos de trabalho nas cidades, segundo dados oficiais.

4 Nov 2018

Cantora Maria Guinot morre aos 73 anos

[dropcap]A[/dropcap] cantora, compositora e pianista Maria Guinot, que representou Portugal no Festival da Eurovisão em 1984, com “Silêncio e Tanta Gente”, morreu hoje, aos 73 anos, avançou o canal de televisão SIC. Maria Guinot – Maria Adelaide Fernandes Guinot Moreno – nasceu em Lisboa, em 1945, fixou-se com a família no Barreiro, ainda na infância, iniciou uma formação musical clássica, em finais da década de 1950, mas foi no modelo de canção que se destacou.

Editou um primeiro ‘single’, em 1968, com “Criança Loura”, “A Canção Que Eu Canto”, “La Mère Sans Enfant” e “Toi, Mon Ami”, revelando-se como autora, na linha dos ‘baladeiros’, que emergia na época.

A perspectiva foi reafirmada num segundo disco, no ano seguinte, com canções como “Balada do Negro Só”, “Silêncios do Luar”, “Escuta Menino”, “Poema de Inverno”. Apesar de ouvida na rádio, ficou afastada dos palcos durante vários anos.

O regresso aconteceu em 1981, com “Um Adeus, Um Recomeço”, que lhe garantiu o 3.º lugar no Festival RTP, a edição de novos discos e a revelação de novas canções: “Falar Só Por Falar”, “Vai Longe O Tempo”, “Um Viver Diferente”.

Foi, porém, em 1984, quando venceu o Festival RTP, com “Silêncio e Tanta Gente”, que o seu nome chegou ao grande público. A interpretação ficou na memória: em solidariedade com os músicos em greve, Maria Guinot recusou o ‘playback’ adotado nessa edição, e acompanhou-se a si mesma ao piano.

Em 1986, compôs “Homenagem às mães da Praça de Maio”, nos dez anos do início da concentração das mulheres que, em Buenos Aires, exigiam saber dos filhos desaparecidos durante a ditadura militar argentina (1976-1983).

A canção foi incluída no duplo álbum da CGTP-Intersindical “Cem anos de Maio” e foi uma das ‘bandeiras’ do programa “Deixem Passar a Música”, da RTP, no qual Maria Guinot foi acompanhada por José Mário Branco, que produziu e dirigiu a orquestra.

Guinot cantou aqui grande parte do seu repertório, destacando-se a sua “Saudação a José Afonso”, canção recusada pelo júri do festival da canção de 1986. “Não podia deixar passar esta oportunidade de homenagear um homem como José Afonso”, disse Maria Guinot no programa, emitido pouco antes da morte do compositor de “Grândola, Vila Morena”. “A orquestração de José Mário Branco é de desespero e de raiva”, acrescentou.

No ano seguinte, lançou o seu primeiro álbum, “Esta Palavra Mulher”, numa edição de autor. Seguir-se-ia, em 1991, “Maria Guinot”, com produção de José Mário Branco, e a participação de músicos como a violoncelista Irene Lima, o contrabaixista Carlos Bica, o saxofonista Edgar Caramelo e o percussionista João Nuno Represas. Até 2004, quando foi editado “Tudo Passa”, não há registo de outros disco de Maria Guinot.

Escreveu, porém, “Histórias do Fado” (1989), com Ruben de Carvalho e José Manuel Osório, e manteve a intervenção política e social: subscreveu a saudação ao 30.º aniversário da Revolução Cubana, em 1989, com o ator Rogério Paulo, os escritores José Saramago e Natália Correia; condenou a política de não admissão de mulheres por bancos privados portugueses, no manifesto “Dizemos Não Aos Bancos Com Preconceitos”, no início dos anos de 1990; fez parte do movimento pela despenalização do aborto e da Frente para a Defesa da Cultura, que, na época, marcou a contestação do setor.

Em 1991, actuou em Cabo Verde, no Dia de Portugal. Em 1994, nos 20 anos do 25 de Abril, montou o espetáculo “Os Poetas de Abril”, com a atriz e encenadora Fernanda Lapa. Afastada do activo desde 2010, por doença, recebeu, em 2011, a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores.

4 Nov 2018

OMS declara Macau livre da Rubéola, autoridades consideram “marco importante”

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau classificaram como “um marco importante na história da saúde pública” o facto da Organização Mundial de Saúde (OMS) ter declarado o território livre do vírus da Rubéola.

“Este ano, (…) a Região Administrativa Especial de Macau [RAEM] tornou-se num dos primeiros cinco países e regiões certificados com a eliminação da Rubéola na região do Pacífico Ocidental, (…) um marco importante na história da saúde pública de Macau”, sublinharam as autoridades em comunicado.

A OMS – Delegação do Pacífico Ocidental anunciou na terça-feira que a RAEM, a Austrália e o Brunei passam a constituir, com a Nova Zelândia e a Coreia do Sul, o grupo das cinco territórios (entre 37 países e regiões da região do Pacífico Ocidental) que estão livres do vírus da Rubéola. A Rubéola é uma doença transmissível aguda do trato respiratório e transmite-se sobretudo pelo contacto com as secreções do nariz e da garganta dos doentes.

As autoridades de Macau prometeram continuar a “fortalecer o sistema de vigilância da Rubéola e melhorar o programa de vacinação de acordo com os padrões da OMS” e destacam o esforço ao nível da política de saúde na área da prevenção.

“O controlo de doenças, através da vacinação disponível, assume fulcral importância, quer no trabalho de prevenção médica e quer na política de saúde, o que tem alcançado resultados notáveis”, destacam as autoridades.

Em 2000, a RAEM foi certificada como zona livre de poliomielite. Quatro anos depois, Macau tornou-se num dos dois primeiros territórios da região do Pacífico Ocidental certificados pelo controlo da hepatite B entre crianças. Já em 2014, a RAEM passou a ser um dos primeiros quatro territórios da região do Pacífico Ocidental livres do sarampo, segundo a OMS.

4 Nov 2018

Indianos querem mais casinos e fazer de Goa “Macau da Índia”

[dropcap]O[/dropcap] analista de jogo Grant Govertsen disse que o Governo indiano quer mais casinos em Goa e já pediu aos operadores para começarem a construir ‘resorts integrados’ em Macau, para a tornar no “próximo Macau”.

Num evento promovido pela Associação Comercial Britânica em Macau (BBAM, na sigla inglesa), o director Executivo da Union Gaming afirmou que o Governo indiano “pediu aos casinos para começarem a construir ‘resorts integrados’ em Goa” para fazer de Goa “Macau da Índia”.

Grant Govertsen apontou para o grande potencial de jogo da Índia e que está subvalorizado: “Os jogos de casinos ainda estão embrionários [na Índia], representam apenas 200 milhões de dólares, apesar de terem uma população de 1,3 mil milhões de pessoas”.

Os casinos em Goa estão geralmente localizados em barcos fluviais e os que estão em terra não são para já apelativos para os milionários indianos, sublinhou o analista. “O Governo não quer mais barcos fluviais e quer que os casinos se desloquem para terra”, afirmou o director executivo da Union Gaming.

Na opinião do analista, os operadores de jogo que não entraram em Macau, quando o jogo foi liberalizado no início do milénio, “não querem perder o barco” de Goa e querem apostar naquele que poderá ser o “próximo Macau”. “O desenvolvimento do jogo na Ásia esmaga o resto do mundo”, apontou o analista.

Riscos asiáticos

O Japão, Coreia, Vietname, Tailândia, Camboja, Laos, Myanmar e Filipinas, são na opinião de Grant Govertsen as principais ameaças ao monopólio do jogo em Macau. “O Japão representa a maior oportunidade para qualquer operador de jogo”, apontou Govertsen. “Vai haver um risco real para Macau”, mas só depois 2025, a data prevista para o arranque dos casinos no Japão.

O parlamento nipónico aprovou em Julho uma lei que permite a abertura de três casinos e várias operadores de Macau já demonstraram interesse garantir uma licença no Japão. “O relacionamento especial entre o Japão e os EUA pode ajudar os operadores norte-americanos”, como a MGM Resorts.

Das seis operadoras em Macau, a Las Vegas Sands, a Wynn e MGM têm a maioria de capital norte-americano. “Acreditamos que a Las Vegas Sands, MGM (…) e a Melco Resorts estão entre os operadores de casinos com maior probabilidade de obter uma licença no Japão”, disse à Lusa, em julho, a analista da Bloomberg, especialista no jogo na Ásia, Margaret Huang.

Nesse mesmo mês em resposta a agência Lusa, a operadora de jogo em Macau Galaxy Entertainment Group demonstrou todo o interesse em conseguir uma das três vagas existentes.

A aposta no Japão acontece no momento em que as licenças de jogo em Macau terminam entre 2020 e 2022. Até à data não é conhecido um calendário para a revisão das licenças, nem é claro se será mantido o modelo de concessões e sub concessões.

“Tenho dificuldade em acreditar que vá haver alguma mudança [nas concessões] com o actual Governo”, afirmou Govertsen.

“Os investidores estão muito focados nas concessões e claro que estão a pensar que a guerra comercial entre os EUA e a China pode não ser bom para os operadores norte-americanos” e por essa razão, o analista da Union Gaming acredita que receios as autoridades de Macau só vão tomar uma decisão em relação às concessões “daqui a sete ou mais anos”.

4 Nov 2018

Instituto Cultural de Macau e Fundação Oriente acordam reforço de cooperação

[dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural e a Fundação Oriente assinaram um protocolo para reforçar a cooperação entre Portugal e Macau, que prevê actividades de investigação e de promoção de actividades.

O objectivo do protocolo passa por “promover e aprofundar a relação mais estreita da cooperação cultural entre Macau e Portugal (…) na área da cultura”, sublinhou o Governo em comunicado.

O âmbito da cooperação inclui actividades conjuntas de investigação e co-edição de estudos, reforço da articulação entre museus e realização conjunta de eventos, bem como o intercâmbio de informação e colaboração na promoção e divulgação de ações organizadas por estas entidades.

A cerimónia foi presidida pela vice-presidente do Instituto Cultural, Leong Wai Man, e o presidente do conselho de administração da Fundação Oriente, Carlos Monjardino.

4 Nov 2018

EUA reafirmam compromisso com defesa de Taiwan

A guerra de palavras entre as duas maiores potências mundiais estende-se também à questão do estatuto da antiga Formosa

[dropcap]O[/dropcap] embaixador de facto dos Estados Unidos em Taiwan reafirmou ontem o compromisso de Washington com a autodefesa da ilha, que se assume como República da China, face às crescentes ameaças por parte de Pequim.

Os EUA consideram qualquer tentativa em determinar o futuro de Taiwan “através de meios não pacíficos” uma ameaça à segurança regional e uma questão de “grande preocupação”, afirmou Brent Christensen, director do Instituto dos EUA em Taiwan, que funciona como uma embaixada, apesar de não ter o estatuto.

“Opomo-nos a tentativas unilaterais para mudar o ‘status quo [de Taiwan]”, afirmou.

Pequim considera Taiwan uma província chinesa, e defende a “reunificação pacífica”, mas ameaça “usar a força” caso a ilha declare independência.

Taiwan, ilha onde se refugiou o antigo governo chinês depois do Partido Comunista tomar o poder no continente em 1949, assume-se como República da China, e funciona como uma entidade política soberana.

As ameaças de Pequim têm subido de tom desde a ascensão ao poder, em Taipé, da Presidente Tsai Ing-wen, do Partido Progressivo Democrático (PPD), pró-independência.

Os EUA cortaram os laços formais com Taipé em 1979, e passaram a reconhecer Pequim, mas os dois lados mantêm fortes relações militares e diplomáticas não oficiais.

Primeiro acto

Essas relações são sustentadas pelo Acto de Relações com Taiwan, aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos em Abril de 1979, e que exige que os EUA garantam a Taiwan a sua capacidade de autodefesa.

A política de Washington “não mudou” desde a aprovação daquele Acto, lembrou Christensen, em conferência de imprensa, exemplificando com a recente venda de armamento ao território, avaliada em 330 milhões de dólares.
E garantiu que Washington vai cooperar no sentido de promover valores democráticos comuns e melhorar as relações económicas com a ilha. Isto inclui promover a participação de Taiwan em organizações internacionais, que Pequim tem procurado restringir.

As autoridades chinesas têm ainda pressionado multinacionais, desde o sector da aviação ao têxtil, a designar Taiwan como território chinês nos seus portais oficiais ou material publicitário.

No total, cinco países romperam relações com Taiwan, nos últimos dois anos, e passaram a reconhecer Pequim como o único governo de toda a China.

1 Nov 2018

Manufactura | Actividade no nível mais baixo em dois anos

Apesar da diminuição das exportações, a culpa do abrandamento resulta em grande parte da queda da procura interna. Economistas aconselham o Governo a baixar impostos e a estimular o sector privado

[dropcap]A[/dropcap] actividade da indústria manufactureira (PMI, na sigla em inglês) da China caiu para o nível mais baixo em dois anos, em Outubro, segundo dados ontem divulgados, numa altura de fricções comerciais entre Pequim e Washington.

O Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) chinês revelou que o PMI recuou para 50,2 pontos, depois de em Setembro se ter fixado nos 50,8.

Quando se encontra acima dos 50 pontos, o PMI sugere uma expansão do sector, abaixo dessa barreira pressupõe uma contracção da actividade.

Os pedidos para exportação recuaram, mas o maior impacto foi a queda na procura interna. As vendas nos sectores automóvel e imobiliário caíram, desde que Pequim dificultou o acesso ao crédito, visando travar o ‘boom’ no endividamento.

“A pressão económica negativa a curto prazo é relativamente grande”, admitiu o economista do GNE, Zhang Liqun, em comunicado.

Pequim precisa de baixar impostos, reduzir as restrições ao crédito e “impulsionar a confiança no sector privado” escreveu em comunicado um grupo de economistas do banco de investimento Citigroup.

A resistir

As exportações chinesas para os EUA têm-se mantido resilientes, apesar de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter imposto taxas alfandegárias sobre metade das importações oriundas da China, numa disputa em torno das ambições chinesas para o sector tecnológico.

Em parte, isto deve-se às fábricas terem respondido aos pedidos antes da entrada em vigor das taxas. Mas produtos de alto valor, como equipamento médico e para fábricas, expressaram confiança de que vão manter as vendas no mercado norte-americano, apesar do aumento dos preços.

“A queda na procura do exterior não parece ser o principal culpado”, escreve Julian Evans-Pritchard, analista na consultora Capital Economics.

As novas encomendas em Outubro recuaram 1,2 ponto, para 50,8, segundo o GNE. Os novos pedidos para exportação caíram 1,1 ponto, para 46,9.

A economia chinesa, a segunda maior do mundo, tem vindo a desacelerar, à medida que a liderança do país enceta a transição no modelo de crescimento do país, visando maior ênfase no consumo doméstico, em detrimento das exportações e investimento.

No último trimestre, o ritmo de crescimento económico fixou-se nos 6,5%, o nível mais baixo desde a crise financeira mundial, em 2009.

Em 2017, a economia chinesa cresceu 6,8%.

1 Nov 2018

Fotografia | Associação “Somos!” cria concurso sobre imagens da lusofonia

[dropcap]A[/dropcap] “Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa” lança em Dezembro um concurso de fotografia intitulado “Somos – Imagens da Lusofonia”, com o tema “Raízes Lusófonas: Veículos de Comunicação”. O objectivo desta iniciativa é, de acordo com um comunicado “disponibilizar mais um canal em Macau de divulgação das tradições e da cultura que mantêm ligados os países e regiões do universo lusófono”.

Os interessados devem inscrever-se entre os dias 1 e 31 de dezembro deste ano e os resultados serão anunciados no mês de Fevereiro do próximo ano, seguindo-se uma exposição fotográfica.

Do júri fazem parte os fotógrafos Gonçalo Lobo Pinheiro, radicado em Macau há oito anos, Lim Choi, Paulo Cordeiro, Rodrigo Cabrita e Rui Caria. A ideia é que os participantes possam “captar momentos, objectos, ideias ou pessoas e que contribuam, de alguma forma, para a transmissão da herança e características lusófonas”. O concurso está aberto a todos os cidadãos dos países falantes de português e Macau, além de que são permitidas fotografias tiradas num destes países. Cada concorrente só pode apresentar três fotografias e estas devem ser originais. Os prémios variam entre duas a cinco mil patacas.

Além da exposição com as imagens vencedoras, deverá ser feita uma outra mostra “com todas as outras fotografias admitidas a concurso que o júri considere relevantes ou de valor tendo em conta o enquadramento com o tema do concurso fotográfico e o propósito da Somos – ACLP, de projectar a dimensão cultural da Lusofonia, assim como o papel de Macau enquanto plataforma que une a China e os países e regiões de Língua Portuguesa”.

1 Nov 2018

Tufões | Aplicação para emergências estreia com o Yutu

[dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Cartografia e Cadastro anunciou ontem o lançamento de uma aplicação móvel dedicada a situações de emergências que vai estreiar-se com a aproximação do tufão Yutu, que mantém içado em Macau o sinal 1 de tempestade tropical desde a manhã de terça-feira. A aplicação móvel “GeoGuide para emergências” permite à população obter informações sobre a previsão de inundação dos diferentes níveis de “storm surge” através de um mapa acessível na versão ‘online’ e ‘offline’. A “GeoGuide para emergências”, com interfaces em chinês (tradicional e simplificado), português e inglês) em português e inglês, é um projecto da Direcção dos Serviços de Cartografia e Cadastro com o apoio dos Serviços de Polícia Unitários e dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG). A ‘app’ oferece previsões, localizações dos centros de acolhimento de emergência, bem como informações sobre as linhas de emergência e um guia de prevenção de riscos/desastres, entre outros dados. Segundo as previsões dos SMG era “moderada a relativamente alta” a probabilidade de ser hasteado o sinal 3. Às 20h de ontem, o Yutu localizava-se a aproximadamente 560 quilómetros de Macau, movendo-se a uma velocidade de 12 km/h.


Aplicados limites de velocidade na Ponte HKZM

Devido à aproximação do tufão Yutu, está a ser ser aplicada desde ontem a medida provisória de limite de velocidade na ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, segundo a conta oficial de Wechat para os shuttle-bus que fazem a tra- vessia, noticiou hoje o canal chinês da Rádio Macau. Os veículos ficam com uma velocidade limitada inferior a 60 quilómetros por hora. Prevê-se que a viagem de shuttle-bus demore mais 15 minutos que o habitual. O fim da medida provisória será anunciada posteriormente de acordo com a evolução do tufão.

1 Nov 2018

AAM volta a insistir em ameaças à independência judicial

[dropcap]A[/dropcap] Associação dos Advogados de Macau (AAM) defende o aumento do número de juízes do Tribunal de Última Instância (TUI) de três para sete. A indicação do número é uma das novidades da segunda opinião enviada pela associação dirigida por Jorge Neto Valente à 3.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa, que está a analisar as alterações à Lei de Bases da Organização Judiciária.

“A AAM tem vindo a defender há muito tempo que é necessário alargar também o quadro de juízes do TUI, tendo em conta o aumento exponencial de processos entrados nos tribunais, e o aumento do número de processos pendentes”, consta no documento enviado à comissão, que está disponível no portal da AAM. “Para solucionar este problema, a AAM defende que o quadro de juízes do TUI seja aumentado de três para sete juízes”, é acrescentado.

Outro dos aspectos que voltou a ser referido é a opção legislativa que estipula que apenas os “juízes com nacionalidade chinesa” e “nomeação definitiva” podem julgar os crimes em que está em causa a segurança do Estado. A AAM receia que com a redacção proposta pelo Governo que “tanto a independência judicial como o princípio do juiz natural” sejam gravemente afectados.

Ontem, a 3.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa esteve reunida com membros do Governo para debater a proposta de lei. A reunião não contou com a participação da secretária Sónia Chan, que esteve no Conselho Executivo.

No final, Vong Hin Fai reconheceu que os deputados também já receberam os pareceres sobre o diploma dos conselhos de Magistrados Judiciais e do Ministério Público. O presidente da comissão não entrou em detalhes sobre os documentos, limitou-se a dizer que são “curtos e bastante técnicos”.

Em relação à reunião, os deputados voltaram a mostrar-se preocupados com a acumulação de funções pelos juízes. Contudo, o encontro chegou ao fim sem conclusões e a matéria vai continuar a ser discutida hoje.

1 Nov 2018

Cheques pecuniários | Poder do Povo pede aumento para 10 mil patacas

[dropcap]A[/dropcap] Associação Poder do Povo entrega hoje uma carta na sede do Governo a pedir o aumento do valor dos cheques pecuniários para um mínimo de 10 mil patacas. Em declarações ao HM, o presidente da associação, Si Tou Fai, recordou que a última actualização do valor dos cheques pecuniários foi em 2014, altura em que se estabeleceu o valor de nove mil patacas. O responsável espera que o Governo proceda a uma nova actualização com um aumento mínimo de mil patacas. “Ao longo dos últimos cinco anos, os preços dos bens têm aumentado, bem como as tarifas de autocarros”, disse. De acordo com Si, os aumentos em alguns produtos atingiram mesmo os 50 por cento pelo que considera que a distribuição de cheques de dez mil patacas “é razoável”. A associação solicita ainda ao Executivo a disponibilização de fracções nos edifícios de habitação económica para arrendar a pessoas com idade inferior a 40 anos.

1 Nov 2018

Portuguesas Fu Yu e Jieni Shao seguem em frente no Open da Suécia de ténis de mesa

[dropcap]A[/dropcap]s portuguesas Fu Yu e Jieni Shao garantiram a presença na terceira ronda preliminar do quadro de singulares do Open da Suécia de ténis de mesa, com Tiago Apolónia, Diogo Chen e João Geraldo a serem eliminados.

Em Estocolmo, Fu Yu bateu a russa Anastasia Kolish por 4-0 (11-7, 11-8, 11-8, 11-3), resultado idêntico ao conseguido por Jieni Shao frente à eslovena Alex Galic (11-8, 11-7, 11-6, 11-7). Na terceira ronda, Fu Yu vai encontrar a norte-coreana Song Kim e Jieni Shao vai jogar com a japonesa Miyu Kato.

No torneio masculino, com Marcos Freitas apurado diretamente para o quadro principal, Tiago Apolónia, João Geraldo e Diogo Chen perderam com o francês Enzo Angles, o indiano Amalraj Anthony e o alemão Benedikt Duda, respetivamente.

Em pares, Diogo Chen e o brasileiro Vitor Ishiy perderam com os polacos Marek Badowski e Jakub Dyjas, na primeira ronda preliminar.

31 Out 2018

Ginasta Simone Biles chega ao 11.º título mundial no regresso à competição

[dropcap]A[/dropcap] ginasta norte-americana Simone Biles conquistou ontem o título mundial do concurso por equipas, nos Mundiais de Doha, na sua primeira competição internacional após os quatro ouros olímpicos no Rio 2016.

Em Doha, Biles conquistou o 11.º título mundial da sua carreira, aos 21 anos, ao vencer a prova de equipas, com Grace McCallum, Morgan Hurd, Riley McCusker e Kara Eaker, num concurso em que somaram 171,629 pontos.

As norte-americanas conquistaram o ouro por nove pontos, à frente da Rússia (162,863) e da China (162,396), países que estão qualificadas desde já para os Jogos Olímpicos de Tóquio2020.

Qualificada para a final do concurso geral, e para as quatro finais individuais de aparelhos, Biles mostrou hoje, uma vez mais, estar na elite da ginástica mundial, com a conquista do seu terceiro título por equipas, após os êxitos de 2014 e 2015.

31 Out 2018

Presidente do Benfica demite-se caso sejam provados “actos menos lícitos” no clube

[dropcap]O[/dropcap] presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira, assegurou hoje que se demite caso sejam apurados pela Justiça “actos menos lícitos” praticados pelo clube da Luz, numa altura em que decorrem vários processos em tribunal.

“[Os casos na Justiça] Afectam-nos mais a nós do que ao Benfica. Sofremos bastante”, afirmou Vieira depois de ter sido questionado numa entrevista concedida à TVI sobre os vários processos judiciais que envolvem o clube.

Sobre as acusações que recaem sobre Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico dos encarnados, Luís Filipe Vieira diz que é necessário esperar pelo veredicto final dos processos.

“Neste momento, [Paulo Gonçalves] não foi condenado. Há a presunção de inocência. O Benfica perdeu um grande profissional”, atirou, realçando: “Não misture o Paulo Gonçalves com o Benfica”.

Segundo o líder das ‘águias’, “tudo o que o Benfica ganhou foi dentro do campo”, pelo que se houver actos de corrupção comprovados, vai pedir a demissão do cargo que exerce há 15 anos. Vieira mostrou-se convencido que “no final a Justiça vai funcionar”.

Vieira quer manter treinador

Luís Filipe Vieira elogiou ontem o trabalho que o treinador da equipa principal de futebol Rui Vitória vem fazendo no clube e quer que o seu contrato, válido até 2020, seja cumprido até ao fim.

“Por minha vontade, garanto que [Rui Vitória] é o treinador até ao final do contrato”, afirmou Vieira numa entrevista concedida à TVI, canal de televisão em Portugal, num momento em que o técnico tem sido contestado depois de o Benfica ter sofrido duas derrotas consecutivas, primeiro, na Liga dos Campeões frente ao Ajax (1-0), e no último sábado contra o Belenenses (2-0), na I Liga.

Segundo o líder das ‘águias’, o treinador “tem feito um trabalho fantástico”, especialmente, no lançamento de jovens jogadores da formação do Benfica. “Lançou dez jogadores em três anos. É o homem certo para o projeto que o Benfica quer”, reforçou Vieira, considerando que “há hoje uma grande injustiça para com Rui Vitória”.

O presidente do Benfica apontou para a conquista de dois campeonatos nacionais de futebol nos dois primeiros anos de contrato de Rui Vitória, bem como para a obtenção do recorde de 88 pontos na época 2015/16, recordando ainda os quartos de final da Liga dos Campeões atingidas nessa mesma época e desvalorizando a falta de títulos na época transata.

“O Rui Vitória não merece as críticas que lhe têm feito. Neste momento, o Rui é o treinador mais qualificado e vai lançar mais três ou quatro jogadores formados no Caixa Futebol Campus na próxima época”, frisou.

E acrescentou: “Todo o nosso projeto assenta no Seixal. O Benfica não deverá fazer o que fez no passado. O Benfica não pode depender de um resultado menos positivo. O Benfica está a preparar-se para dominar o futebol português na próxima década”.

De acordo com Vieira, “a estratégia do Benfica é ganhar com os talentos formados em casa”, realçando os nomes de Rúben Dias, Gedson Fernandes e João Félix como exemplo de jogadores jovens que já têm sucesso na primeira equipa.

“Recebemos ofertas de 20 e 25 milhões de euros por um jovem de 19 anos. E também propostas de 40 milhões de euros e de 35 milhões de euros por outros dois jovens e não saíram”, sublinhou, destacando que Rúben Dias e Gedson já renovaram os seus contratos e estão “blindados com cláusulas muito elevadas” e que João Félix “vai renovar já amanhã [quarta-feira] com cláusula de rescisão bastante alta”.

Para Vieira, a retenção do talento formado no Seixal é “a única possibilidade de o Benfica triunfar na Europa”. “Recusámos 75 milhões de euros por dois jogadores no último verão. O Gedson não está feliz? O Rúben Dias não está feliz?”, salientou.

O presidente do clube da Luz também comentou as notícias que dão conta de uma proposta do Everton no final do ano passado para contratar Rui Vitória. “Não era eu que lhe ia cortar as pernas”, vincou Vieira, revelando que, caso o negócio avançasse, Rui Vitória iria ganhar oito vezes mais no emblema inglês.

31 Out 2018

Sexta e última temporada de “House of Cards” estreia-se na sexta-feira

[dropcap]A[/dropcap] sexta e última temporada da série norte-americana “House of Cards”, que tinha sido suspensa no ano passado na sequência de acusações de assédio sexual ao protagonista, o ator Kevin Spacey, estreia mundialmente na sexta-feira.

A sexta e última temporada da série tem oito episódios, protagonizados pela atriz Robin Wright, que nas temporadas anteriores interpretava o papel de Claire Underwood, mulher de Frank Underwood, a personagem de Kevin Spacey.

Nesta temporada, os actores Diane Lane, Bill Shepard e Greg Kinnear irão juntar-se ao elenco, do qual fazem parte, entre outros, Michael Kelly, Jayne Atkinson, Patricia Clarkson e Boris McGiver. Em Outubro do ano passado, a Netflix anunciou que a sexta temporada da série seria a última.

Esse anúncio foi feito pouco depois de ter surgido a primeiro denúncia contra Kevin Spacey. Nessa altura, o ator Anthony Rapp acusou Spacey de o ter assediado sexualmente numa festa em 1986, quando tinham, respetivamente, 14 anos e 26 anos.

Na sequência da acusação, Kevin Spacey assumiu a sua homossexualidade e garantiu que não se recordava do episódio relatado, apesar de ter dito que, se realmente aconteceu, devia “sinceras desculpas” a Rapp pelo seu comportamento. Entretanto, a produção da série foi suspensa, tendo sido retomada este ano.

Antes disso, Netflix e o estúdio Media Rights Capital anunciaram que cortariam relações com Kevin Spacey, tendo ainda a plataforma tornado público o cancelamento do filme sobre o escritor norte-americano Gore Vidal, autor de obras como “Lincoln” ou “Império”, que seria protagonizado pelo ator.

Entretanto, oito actuais e antigos funcionários de “House of Cards” acusaram Spacey de ter tornado tóxico o ambiente da produção da série, por causa do assédio sexual.

Também no final do ano passado, o teatro Old Vic, em Londres, reuniu testemunhos de 20 pessoas sobre o alegado “comportamento inapropriado” do ator norte-americano, que entre 2004 e 2015 foi diretor artístico daquela estrutura.

Já em Agosto deste ano, o jornal Los Angeles Times avançou que Kevin Spacey estava a ser investigado nos Estados Unidos num novo caso de alegada agressão sexual. Um porta-voz da polícia do condado de Los Angeles explicou que a suposta agressão ocorreu em outubro de 2016 em Malibu, no estado da Califórnia. As autoridades já estavam a investigar o actor por um incidente semelhante que terá ocorrido em Outubro de 1992, em West Hollywood.

31 Out 2018

Arábia Saudita liberta 19 filipinas detidas em festa de Halloween

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades sauditas libertaram hoje 19 filipinas que estavam detidas desde sexta-feira por participarem numa festa de ‘Halloween’, em Riade, aguardando agora julgamento na embaixada do seu país.

Em comunicado, o embaixador filipino na capital do reino, Adnan Alonto, anunciou ter conseguido a identificação das filipinas detidas, que afinal são 19 e não 17, como inicialmente reportado.

As autoridades concordaram em libertar as mulheres da prisão Al Nisa, na capital, e entregá-las “temporariamente” à embaixada das Filipinas, onde devem aguardar julgamento por terem violado a lei islâmica que proíbe a interação em público entre homens e mulheres sem laços familiares, segundo Adnan Alonto.

“As leis da Arábia Saudita proíbem estritamente homens e mulheres solteiros de serem vistos juntos em público”, pode ler-se no comunicado do Departamento de Negócios Estrangeiros das Filipinas.

Este episódio levou a embaixada em Riade a emitir um alerta à comunidade filipina no país, pedindo que esta “leve em conta as sensibilidades locais”. Ao mesmo tempo, apelaram aos trabalhadores filipinos que se encontram no Médio Oriente que respeitem as tradições locais e as leis dos países anfitriões.

De acordo com dados das autoridades filipinas, cerca de três mil filipinos abandonam todos os dias o país, muitos deles rumo a países árabes, onde as mulheres tendem a trabalhar como trabalhadoras domésticas e os homens no sector da construção. Cerca de dez milhões são trabalhadores migrantes no exterior e o envio de suas remessas representou 10,46% do PIB filipino em 2017, segundo o Banco Mundial.

31 Out 2018

Pelo menos quatro mortos na passagem do tufão Yutu pelas Filipinas

[dropcap]P[/dropcap]elo menos quatro pessoas morreram na sequência da passagem do tufão Yutu pelas Filipinas, onde as equipas de resgate continuam as operações para encontrar sobreviventes entre a lama e os destroços, informaram hoje as autoridades.

O prefeito de Natonin, na ilha de Luzón, confirmou à imprensa local que cerca de 30 pessoas estão presas num edifício oficial do Governo, soterrado após um deslizamento de terra, e que as equipas de salvamento continuam as operações de resgate.

O prédio é a sede do Departamento Provincial de Obras Públicas, onde dezenas de pessoas afetadas se refugiaram das chuvas intensas e dos ventos fortes do Yutu. O tufão Yutu atingiu na terça-feira as Filipinas e provocou danos materiais, como a queda de árvores e casas que perderam os telhados, além de forçar a retirada de milhares de pessoas.

A tempestade – que passou a sul da trajetória do tufão Mangkhut, que fez dezenas de mortos no mês passado – provocou trombas de água em Luzón, a ilha mais populosa do arquipélago. Yutu tocou a terra na madrugada de terça-feira, com ventos que sopravam a 150 quilómetros por hora, com rajadas de até 210 quilómetros por hora.

Quase dez mil pessoas que vivem em áreas baixas deixaram as suas casas antes da chegada do tufão devido ao risco de inundações. Os ventos destruíram casas, telhados ficaram desfeitos e postes de iluminação e árvores foram arrancados.

Os responsáveis pela gestão de catástrofes disseram que o Yutu é menos poderoso do que o Mangkhut, que provocou a morte de mais de 100 pessoas, a maioria num deslizamento de terra na região de Itogon.

As Filipinas são atingidas todos os anos por cerca de 20 tufões, que causam centenas de mortes e agravam ainda mais a pobreza que atinge milhões de pessoas. O Haiyan, um dos tufões mais violentos de sempre, devastou o centro do arquipélago em novembro de 2013, deixando mais de 7.350 mortos ou desaparecidos, tendo ainda deixado sem habitação mais de quatro milhões de pessoas.

Ainda não é certo se o tufão Yutu irá atingir Macau, uma vez que a possibilidade de ser içado sinal 8 é, para já, muito baixa.

31 Out 2018

China não precisa de Portugal para entrar em África, mas haver empresas portuguesas ajuda, aponta CCLC

[dropcap]O[/dropcap] presidente da câmara de comércio e indústria luso-chinesa, João Marques da Cruz, considerou que “a China não precisa de Portugal” para entrar em África, mas reconheceu que os negócios com empresas portuguesas são mais viáveis.

“Objectivamente a China não precisa de Portugal para entrar em nenhum país africano”, disse o responsável, acrescentando que “sem dúvida que as empresas portuguesas, com o ‘know-how” que têm em África e na América Latina, conseguem acrescentar valor porque conseguem que, se o negócio envolver uma empresa portuguesa, a cooperação empresarial, de negócios, seja melhor recebida e os negócios têm mais condições de serem viáveis se envolverem empresas portuguesas do que diretamente empresas chinesas”.

Em declarações à Lusa a propósito da gala que se realiza na quarta-feira em Lisboa, para assinalar os 40 anos de relações diplomáticas entre os dois países, com a presença do primeiro-ministro e do embaixador chinês em Portugal, e que acontece antes da visita do Presidente chinês a Portugal, em dezembro, João Marques da Cruz vincou que “o importante é haver uma relação permanente e a um nível elevado de relações económicas entre empresas portuguesas e chinesas e não esteja dependentes dos momentos e altos e baixos”.

Já estamos “a entrar nessa fase de relação estável e de nível elevado entre os dois países”, considerou o também administrador da EDP com o pelouro internacional, vincando acreditar que “as empresas portuguesas possam ser parceiros úteis para negócios entre a China e os países do hemisfério sul, nomeadamente na América Latina e em África”.

Questionado sobre a importância que a iniciativa ‘Rota da Seda’ pode ter para as empresas portuguesas, João Marques da Cruz salientou que Portugal pode beneficiar dessa ideia chinesa.

“Podemos beneficiar dessa iniciativa de investimento, que é a maior iniciativa de investimento em curso no mundo, com investimento muito centrado em infraestruturas, é importante que Portugal se posicione, porque todos os países estão a posicionar-se, mesmo os de maior relevância económica”, disse o administrador da EDP, apontando o exemplo da Alemanha.

“Portugal, com pergaminhos na relação da Europa com a China através de Macau, deve posicionar-se para ser recetor de investimento, fundamentalmente pensado para infraestruturas”, disse, acrescentando: “Julgo saber de um interesse português num investimento no porto de Sines por parte de empresas chinesas e isso encaixa totalmente na lógica da Rota da Seda porque se trata de uma infraestruturas estratégica e há essa propensão chinesa para esse tipo de investimento”.

A nova Rota da Seda foi lançada em 2013 pelo Presidente chinês, Xi Jinping, e inclui uma malha ferroviária intercontinental, novos portos, aeroportos, centrais elétricas e zonas de comércio livre, visando ressuscitar vias comercias que remontam ao Império romano, e então percorridas por caravanas.

Os projetos são sobretudo construídos por empresas chinesas e financiados pelos bancos estatais da China, estendendo-se à Europa, Ásia Central, África e Sudeste Asiático.

Em 2017, as trocas comerciais entre os dois países fixaram-se nos 5,6 mil milhões de dólares, com as exportações chinesas a somarem 3,48 mil milhões de dólares e as vendas de Portugal à China a ascenderam aos 2,12 mil milhões de dólares, uma subida homóloga de 34,69%.

31 Out 2018

Tufão Yutu | Aplicados limites de velocidade na ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau

[dropcap]D[/dropcap]evido ao tufão Yutu, a partir de hoje será aplicada a medida provisória de limite de velocidade na ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, segundo a conta oficial de Wechat para os shuttle-bus que circulam na ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, noticiou hoje o canal chinês da Rádio Macau.

Os veículos só podem movimentar-se a uma velocidade inferior a 60 quilómetros por hora. Prevê-se que a viagem de shuttle-bus demore mais 15 minutos, sendo afectado o tempo de espera dos turistas. O fim da medida provisória será anunciado posteriormente de acordo com a situação do tufão.

31 Out 2018

Fundo das Indústrias Culturais investe 6,3 milhões em programa de apoio

[dropcap]O[/dropcap] Fundo das Indústrias Culturais (FIC) anunciou ontem que vai investir 6,3 milhões de patacas no âmbito do apoio financeiro para a criatividade cultural nos bairros comunitários, um dos dois programas lançados este ano. No total, foram aprovados 23 projectos, os quais vão ser executados por 11 empresas culturais e criativas.

O programa – um dos dois lançados no corrente ano pelo FIC – tem como objectivo impulsionar a integração entre os sectores de venda a retalho/restauração em bairros comunitários e a criatividade cultural. Já o programa de apoio financeiro para a construção de marcas encontra-se na fase de candidaturas, sendo que o prazo termina hoje.

Impulsionar mais empresas de Macau a desenvolverem actividades de cooperação entre diferentes sectores (como moda/vestuário, design, exposições e espectáculos culturais e programas cinematográficos e televisivos), para acelerar a divulgação dos produtos/serviços culturais e criativos de Macau no exterior, designadamente aos mercados da iniciativa “Uma faixa, uma rota” e da “Grande Baía” figura como o objectivo. Vão ser seleccionados, no máximo, cinco projectos. A avaliação deve ser concluída até ao final do ano.

31 Out 2018

Antigo quadro da agência de espionagem líder da Universidade de Pequim

[dropcap]U[/dropcap]ma das mais prestigiadas universidades da China nomeou ontem para novo líder o antigo director da filial em Pequim da agência chinesa de espionagem, ilustrando a crescente pressão do regime chinês sobre o meio académico.

A escolha de Qiu Shuiping para secretário do Partido Comunista (PCC) na Universidade de Pequim surge numa altura em que a liderança chinesa, sob o comando do Presidente Xi Jinping, procura reforçar a conformidade académica e a influência do partido nas universidades do país. Qiu formou-se em Direito, em 1983, pela Universidade de Pequim, onde foi também secretário-geral da Liga da Juventude Comunista da China.

Entre 2013 e 2014, foi secretário do partido no gabinete em Pequim do ministério chinês da Segurança do Estado, o organismo encarregue da espionagem e contra espionagem. A nomeação de Qiu visa formar uma instituição “de classe mundial com características chinesas (…) aproveitando as oportunidades na nova era”, lê-se num comunicado de imprensa emitido pela universidade e que recorre à linguagem oficial do PCC.

Poder reforçado

Sob a liderança de Xi Jinping, que após uma emenda constitucional recente poderá exercer como Presidente vitalício, as autoridades chinesas têm reforçado o controlo sobre a sociedade civil, ensino ou religião.

“No Governo, exército, sociedade ou escolas, norte, sul, este ou oeste – o Partido [Comunista] comanda tudo”, afirmou Xi Jinping, no discurso que inaugurou o XIX Congresso do PCC, em Outubro passado.

O mais poderoso líder chinês desde Mao tem também advertido contra a infiltração de conceitos políticos liberais nas universidades do país, pressionando os académicos a aderirem às noções do regime comunista.
No entanto, centenas de milhares de jovens chineses estudam hoje em universidades fora do país.
A própria filha de Xi formou-se na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

31 Out 2018

China elimina interdição do comércio de partes de tigre e rinoceronte

Numa decisão que contraria a política posta em prática nos últimos anos de combate ao comércio ilegal de espécies em vias de extinção, o Governo chinês volta a abrir portas a caçadores furtivos e contrabandistas. Grupos de protecção dos animais falam de “consequências devastadoras a nível global”

 

[dropcap]A[/dropcap] China vai voltar a permitir o comércio de produtos feitos à base de partes de tigres e rinocerontes em perigo de extinção, sob “circunstâncias especiais”, numa decisão condenada por grupos de protecção dos animais.

Um comunicado divulgado na segunda-feira pelo Governo chinês evita referir qualquer alteração à lei que interdita o comércio, referindo apenas que vai “controlar” a venda e compra, e que os chifres do rinoceronte e ossos de tigre poderão ser comprados apenas a partir de animais criados em cativeiro, para “pesquisa médica e cura [de doenças]”.

“Sob circunstâncias especiais, a regulação da venda e uso destes produtos vai ser reforçada, e qualquer acção relacionada vai ser autorizada. O volume do comércio vai ser rigorosamente controlado”, lê-se na mesma nota.

Ossos de tigre e chifres de rinoceronte são usados na medicina tradicional chinesa, apesar da falta de evidência sobre a sua eficácia no tratamento de doenças e do impacto na vida selvagem.
O Fundo Mundial para a Natureza considerou que a decisão de Pequim vai ter “consequências devastadoras a nível global”, ao permitir que caçadores furtivos e contrabandistas se ocultem por detrás do comércio legal.

“Com a população de tigres selvagens e rinocerontes num nível tão baixo e sob várias ameaças, a legalização do comércio de partes do corpo é simplesmente um risco demasiado grande”, reagiu em comunicado Margaret Kinnaird, directora do Fundo.

“A decisão parece contradizer a liderança que a China tem assumido, recentemente, no combate ao comércio ilegal de espécies selvagens”, afirmou.

Trocas de marfim

A China proibiu o uso e comércio do osso de tigre e chifre de rinoceronte em 1993, depois de aderir à Convenção sobre o comércio internacional de espécies em perigo de extinção, que inclui mais de 170 países.
Nesse ano, eliminou o osso de tigre e o corno de rinoceronte da farmacopeia da medicina tradicional chinesa.
Já no início deste ano, Pequim baniu o comércio e transformação de marfim de elefante.
Desde então, o marfim de elefante deu lugar ao de mamute nos mercados chineses, em Cantão, segundo a agência Lusa.

“Ninguém se atreve a vender marfim de elefante; a polícia mantém vigilância apertada”, explicaram vários vendedores em Hualin, um dos maiores mercados da capital da província de Guangdong.
No entanto, a efectividade da lei está ameaçada pelo comércio nos países vizinhos, com visitantes e intermediários chineses a comprarem marfim de elefante no Japão, Laos ou Vietname, segundo várias organizações de conservação da vida selvagem.

A China é o maior consumidor mundial de marfim, símbolo de estatuto e parte importante da cultura e arte tradicionais chinesas.

31 Out 2018

Içado sinal 1 de tempestade com a passagem do tufão Yutu

[dropcap]O[/dropcap]s Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) içaram esta manhã o sinal 1 de tempestade tropical, prevendo que o mesmo deverá estar içado durante o dia de hoje. Às 11h00 o Yutu localizava-se a 690 quilómetros a sueste de Macau. O estado do tempo na região será afectado pela influência do tufão com uma monção nordeste, a partir de hoje e até ao fim-de-semana, pelo que, segundo as previsões dos SMG, o vento será forte.

Os SMG prevêem ainda que o sinal 3 de tempestade tropical deverá ser içado entre esta madrugada e a manhã desta quinta-feira, 1 de Novembro, sendo essa probabilidade “moderada a relativamente alta”. É baixa a possibilidade de ser içado o sinal 8 de tempestade.

De acordo com um comunicado, o Yutu deverá “desacelerar a velocidade de movimentação e a pouco e pouco deverá tomar o rumo para norte e para a parte nordeste do mar do sul da China”. “Dado que o estado do tempo na região está afectado pela co-influência do Yutu com uma monção nordeste, nos próximos dois dias, o vento será forte, podendo atingir o nível 6”, apontam os SMG.

31 Out 2018