Ponte HMZ também é para turista ver

[dropcap]A[/dropcap] directora dos Serviços de Turismo de Macau, Helena de Senna Fernandes, disse hoje que a maior travessia marítima do mundo que liga Macau, Hong Kong e Zhuhai também vai assumir-se como uma atracção para os viajantes.

“A própria ponte vai ser uma atracção turística, para os turistas tirarem fotografias e para a atravessarem”, afirmou Maria Helena de Senna Fernandes, durante uma entrevista conjunta organizada no âmbito do Fórum de Economia de Turismo Global que teve hoje início em Macau e termina esta quarta-feira.

“Este é o tempo para capitalizar oportunidades para Macau”, tanto no comércio como no turismo, defendeu a responsável, poucas horas depois de ter sido inaugurada a mega ponte que vai servir o projecto da Grande Baía, que visa criar uma metrópole mundial a partir dos territórios de Hong Kong, Macau e nove localidades da província chinesa de Guangdong (Cantão, Shenzhen, Zhuhai, Foshan, Huizhou, Dongguan, Zhongshan, Jiangmen e Zhaoqing), com mais de 60 milhões de habitantes.

Para Senna Fernandes, este é um desafio para o turismo, mas também para outros sectores da economia de Macau. Com a mega ponte, agora inaugurada, e perante o projeto da Grande Baía, “vamos ver como as empresas chinesas vão encarar as oportunidades, bem como as empresas de Macau”, afirmou.

O Fórum de Economia de Turismo Global vai debater “o impacto da cooperação estratégica de turismo China-União Europeia”, segundo a organização.

A sétima edição do evento conta com mais de um milhar de participantes e reúne autoridades e líderes de empresas privadas de vários países do mundo, num encontro em que a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, é um dos oradores convidados.

O impacto no PIB

DR
Helena de Senna Fernandes referiu ainda que “é encorajador” o facto do território ser apontado como o segundo a nível mundial que mais cresceu em 2017 em termos de contributo do turismo para o PIB.

“É encorajador” e “é benéfico para todos os sectores, desde a cultura, indústria criativa e de eventos”, sublinhou Maria Helena de Senna Fernandes, durante uma entrevista conjunta organizada no âmbito do Fórum de Economia de Turismo Global que teve hoje início em Macau e termina esta quarta-feira.

O relatório anual das cidades do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês) divulgado na segunda-feira mostra que Macau foi a segunda que mais cresceu em 2017, com um contributo do turismo para o Produto Interno Bruto (PIB) na ordem dos 14,2%.

Entre as 72 cidades turísticas mais importantes do mundo, Macau ficou atrás do Cairo, capital do Egipto, que registou 34,4% da contribuição do setor do turismo para o PIB.

23 Out 2018

Mourinho afasta possibilidade de regressar ao Real Madrid

[dropcap]J[/dropcap]osé Mourinho afastou a possibilidade de suceder a Julen Lopetegui no comando do Real Madrid, com o treinador português do Manchester United a assegurar que está “muito feliz” a orientar o clube do campeonato inglês de futebol.

“Estou feliz aqui. Estou feliz com o contrato e gostaria de continuar depois do seu termo, só penso no United”, assegurou o treinador luso, que falava na conferência de imprensa de véspera do jogo com a Juventus, para a Liga dos Campeões, em Old Trafford.

Mourinho já foi treinador do Real Madrid, de 2010 a 2013, período em que ganhou uma Liga espanhola, uma Taça do Rei e uma Supertaça de Espanha, falhando, no entanto, a conquista da Liga dos Campeões.

As notícias sobre o possível regresso ao Santiago Bernabéu apareceram à medida que se foi deteriorando a imagem de Lopetegui, em situação delicada devido a uma série de resultados que atiraram os ‘merengues’ para o sétimo lugar na Liga espanhola.

Ao mesmo tempo, as coisas também não correm bem a Mourinho, que vê o United em décimo na Premier League, já a nove pontos do campeão Manchester City. No entanto, o técnico tem contrato até 2020, com uma elevada cláusula de rescisão.

O treinador português confirmou que o chileno Alexis Sanchez não vai jogar na terça-feira. O avançado do United não treinou e Mourinho não quis adiantar mais pormenores: “Os jogadores que treinaram hoje são os que estão. Não há nada a esconder. Alexis está de fora”, assinalou.

Outra baixa certa é a do equatoriano Antonio Valencia, com o treinador português a explicar que ficará dez dias sem treinar, depois de uma cirurgia à boca.

Ausência de peso, mas do lado da Juventus, é a do croata Mario Mandzukic, que não está no grupo escalado por Massimiliano Allegri para este jogo.

Em comunicado, a Juventus não avançou pormenores sobre a lesão de Mandzukic, mas, segundo a imprensa desportiva italiana, estará ‘tocado’ num tendão de Aquiles.

Também de fora ficam os médios alemães Sami Khedira, lesionado na coxa há meses, e Emre Can, dispensado para fazer exames, depois da descoberta de um nódulo na tiroide.

23 Out 2018

“Eu abro oficialmente a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau”

[dropcap]O[/dropcap] Presidente da China, Xi Jinping, inaugurou hoje a ponte que liga Hong Kong, Zhuhai e Macau, considerada a maior travessia marítima do mundo, após nove anos de construção.

“Eu abro oficialmente a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau”, declarou o chefe de Estado chinês, numa curta intervenção durante a cerimónia de inauguração da ponte, na cidade chinesa de Zhuhai, adjacente a Macau.

Antes do discurso de Xi Jinping, a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, teceu palavras de agradecimento ao líder chinês por ter inaugurado a ponte.

Na presença de mais de 700 convidados, o vice-primeiro ministro da China sublinhou que esta mega infraestrutura vai possibilitar mais atividades comerciais e a aproximação económica entre a China e a antiga colónia britânica.

Na segunda-feira, o chefe do Governo de Macau tinha afirmado que o território “vê com bons olhos a abertura oficial da ponte e congratula-se pela conclusão da obra”, cuja abertura à circulação está marcada para quarta-feira.

Fernando Chui Sai On, Chefe do Executivo de Macau, indicou que Macau está preparado “para a abertura oficial da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau” em termos de segurança e transportes.

FOTO: Bobby Yip/REUTERS

A ponte é um marco do projeto de integração regional da Grande Baía, que visa criar uma metrópole mundial a partir dos territórios de Hong Kong, Macau e nove localidades da província chinesa de Guangdong (Cantão, Shenzhen, Zhuhai, Foshan, Huizhou, Dongguan, Zhongshan, Jiangmen e Zhaoqing).

A estrutura principal mede 29,6 quilómetros, com uma secção em ponte de 22,9 quilómetros e um túnel subaquático de 6,7 quilómetros, numa extensão total de 55 quilómetros.

A construção começou em 2009 e previa-se a abertura para 2016, mas vários problemas, como acidentes de trabalho, uma investigação de corrupção, obstáculos técnicos e derrapagens orçamentais obrigaram a um adiamento da inauguração.

Vários observadores consideraram que o objetivo desta ponte, assim como uma nova linha ferroviária de alta velocidade para o interior da China inaugurada a 22 de setembro, é aumentar o controlo da China sob Hong Kong, que tal como Macau, goza de autonomia alargada de liberdade de expressão e poder judicial independente.

A nova linha ferroviária de alta velocidade para o interior da China vai reduzir consideravelmente o tempo de viagem entre os dois territórios, sendo que parte da estação, situada em Hong Kong, fica sob jurisdição chinesa.

As novas infra-estruturas custaram cerca de 10 mil milhões de dólares e as autoridades estimaram que a capacidade de transporte diário é superior a 80 mil passageiros entre o centro financeiro asiático de sete milhões de habitantes e o centro industrial vizinho da província de Guangdong.

O comboio vai de Hong Kong para Shenzhen em apenas 14 minutos, sendo que o anterior demorava quase uma hora a percorrer os 26 quilómetros que separam os dois territórios. Já para a capital de Guangdong, Cantão, os passageiros vão demorar pouco mais de meia hora, cerca de 90 minutos mais rápido que o anterior.

23 Out 2018

Mayra Andrade lança “Manga”, “uma fruta que faz bem ao coração”

[dropcap]A[/dropcap] cantora Mayra Andrade vai subir ao palco do Théâtre des Bouffes du Nord, em Paris, hoje, para apresentar o novo disco, “Manga”, a ser lançado em Janeiro.

O quinto álbum da artista cabo-verdiana, que trocou Paris por Lisboa há três anos, chama-se “Manga”, “uma fruta interessante que faz bem ao coração” e que deve ser consumida “sem muitos limites”, havendo um tema, em crioulo, que também adota o nome daquela que é “considerada a rainha das frutas tropicais”.

“É uma fruta muito sensual, é uma fruta em que a cor evolui, o sabor evolui. Por exemplo, eu vivi no Senegal quando tinha seis anos e lembro-me de ver as pessoas a comer manga verde com malagueta e sal. Essa mesma manga, depois de madura, é degustada como um fruto muito doce. Então é uma fruta interessante que ainda por cima faz bem ao coração”, contou à Lusa.

O novo álbum da intérprete de “Lua”, “Dimokránsa” e “Ténpu ki Bai” é descrito como “um disco intimista” e uma espécie de “auto-retrato”.

“É um disco para o qual eu compus e escrevi mais do que nunca e, de certa forma, onde eu trato temas ou assuntos que me tocam com o objetivo de ultrapassá-los e de resolvê-los sem rancores e sem dores. É um disco interessante porque, ao mesmo tempo, é uma celebração de eu estar a viver um momento em que estou cada vez mais alinhada com o que eu sou, com a época que eu estou a viver”, disse a artista de 33 anos.

Cinco anos após “Lovely Difficult”, o novo disco de Mayra Andrade tem “uma espécie de frescura”, entre afrobeat, música urbana e sons tradicionais de Cabo Verde, tendo sido gravado entre a Costa do Marfim e Paris, com a colaboração do multi-instrumentista cabo-verdiano Kim Alves, do produtor Romain Bilharz, que trabalhou com Stromae, Ayo e Feist, e dos produtores marfinense 2B e senegalês Akatché.

“Há uma espécie de frescura. Talvez por não ter lançado um disco há muito tempo, eu tive tempo de encontrar o caminho que realmente se aproximava mais daquilo que eu queria. Foi um caminho longo… Lancei um disco há cinco anos, comecei a trabalhar neste disco há cerca de três. Portanto, foi um disco que foi amadurecido e que culminou num retrato muito fiel do que eu sou hoje”, afirmou, de sorriso nos lábios.

As sonoridades afro-contemporâneas aliam-se às letras maioritariamente em crioulo cabo-verdiano e quatro em português porque Mayra Andrade está “num momento muito lusófono”, em Lisboa, nunca gravou “tanto em português como agora” e nem sente saudades de Paris, onde chegou com 17 anos.

“Mudei-me para Lisboa há três anos. Eu sinto-me totalmente em casa em Lisboa, devo dizer. Está-me a fazer muito bem, depois de ter vivido 14 anos em Paris, de finalmente pousar-me numa cidade, onde me sinta tão acolhida e com um clima tão bom, as pessoas muito queridas e come-se tão bem. Realmente Lisboa tornou-se casa para mim”, revelou.

Em “Manga”, a maior parte das letras e composições são de Mayra Andrade, mas também há músicas de Sara Tavares, Luísa Sobral e outros compositores.

O primeiro ‘single’, “Afecto”, que foi lançado este mês, é assinado por Mayra Andrade e fala sobre “a ausência de demonstração dos afectos” e a corrida à conquista desses mesmos afectos.

“Às vezes, achamos que demonstrar os nossos sentimentos é um sinal de fraqueza e não é. A ausência destas demonstrações, acaba por esculpir muito a nossa personalidade e a nossa forma de estar na vida. Há carências muito profundas que se criam e há sempre forma de pensar que há gente que tem problemas maiores que a ausência de afeto, mas seja como for, a demonstração do afeto é uma coisa que nós devemos perseguir sempre”, acrescentou.

Hoje, em Paris, acompanhada de uma “banda totalmente nova”, Mayra Andrade vai revelar em palco o disco que chega em janeiro e cantar, ainda, outras músicas “que as pessoas já conhecem”.

Mayra Andrade começou, a 13 de Outubro, a digressão europeia que a vai levar, também, a Estocolmo, Roterdão, Paris, Lisboa (3 de Novembro), Toulouse, Luxemburgo, Almada (17 de novembro), Londres, Berlim, Marselha, entre muitas outras cidades europeias.

23 Out 2018

Facebook encerra 68 páginas e 43 contas ligadas a Bolsonaro

[dropcap]O[/dropcap] Facebook anunciou ter encerrado 68 páginas e 43 contas ligadas ao ultraconservador Jair Bolsonaro, candidato favorito a vencer as eleições presidenciais de domingo, devido a violações da política de autenticação

“Como parte dos nossos esforços contínuos para proteger a nossa comunidade e a plataforma contra o abuso, o Facebook removeu 68 páginas e 43 contas associadas ao grupo brasileiro Raposo Fernandes Associados (FRG), devido a violações da nossa política de autenticação e de e-mails indesejados “, esclareceu a rede social num comunicado divulgado na segunda-feira.

“As pessoas da RFA criaram páginas usando contas falsas ou várias contas com os mesmos nomes” para publicar “uma grande quantidade de artigos” onde redirecionaram os conteúdos para páginas fora do Facebook.

O jornal Folha de São Paulo revelou há dez dias que as páginas e contas controladas pela RFA formaram uma enorme rede de apoio a Jair Bolsonaro.

Segundo a pesquisa do jornal paulista, essas páginas geraram 12,6 milhões de interações – reações, comentários e partilhas, nos 30 dias anteriores à publicação do artigo no jornal, muito mais do que as interações observadas no mesmo período nas contas de celebridades como o jogador de futebol Neymar ou as cantoras pop Anitta e Madonna.

As redes sociais desempenharam um papel fundamental na ascensão de Bolsonaro na corrida presidencial, que se encontra bem colocado para vencer Fernando Haddad.

Jair Bolsonaro fez quase toda a sua campanha através do Facebook, Twitter e Instagram, onde tem 14 milhões de seguidores, contra 2,8 milhões de Haddad.

O final da campanha eleitoral para a segunda volta das presidenciais de 28 de outubro no Brasil tem registado a abertura de várias investigações contra empresas que supostamente criaram ilegalmente mensagens difamatórias que foram disseminadas pela plataforma Whatsapp.

O objetivo da divulgação de milhões de mensagens tem como objetivo propagar conteúdos falsos contra o Partido dos Trabalhadores (PT) e o candidato, Fernando Haddad, para favorecer o líder da extrema direita Jair Bolsonaro.

No domingo, o governo brasileiro alertou que “não existe anonimato na internet” para os responsáveis pelas “notícias falsas” que têm como intenção provocar dúvidas sobre a credibilidade do sistema eleitoral ou para difamar os candidatos presidenciais.

“Não há anonimato na internet, não existe, não há possibilidade. Aqueles que tenham a intenção de cometer crimes contra a credibilidade do sistema eleitoral”, disse o ministro da Segurança, Raul Jungmann.

23 Out 2018

China e ASEAN promovem exercícios militares para reforçar confiança mútua

[dropcap]A[/dropcap] China e Estados-membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) iniciaram ontem as primeiras manobras militares conjuntas no mar da China meridional, um sinal de pacificação na região onde subsistem reivindicações territoriais mútuas.

Do lado chinês, participam oito navios de guerra, que saíram do porto de Zhanjiang, na província de Guangdong, no sul do país, e 1.200 militares, anunciou a televisão pública chinesa CCTV.

A China reivindica quase toda a área do mar da China meridional e alguns Estados vizinhos, como as Filipinas, o Vietname, o Brunei e a Malásia, que têm pretensões territoriais rivais, e cada país controla várias ilhas.

Para dar força aos seus argumentos, Pequim reforçou artificialmente vários ilhéus e recifes e colocou equipamento militar nalguns.

Washington, potência naval tradicionalmente dominante na região, envia regularmente navios de guerra ou aviões que passam perto das ilhas controladas por Pequim, para confrontar a presença chinesa em operações que batizou de “liberdade de navegação”.

Os exercícios militares conjuntos China-ASEAN terminam domingo e as duas partes declararam querer promover a estabilidade e reduzir as tensões no mar da China meridional.

Singapura, co-organizadora das manobras com Pequim, Tailândia, Brunei, Vietname e Filipinas, enviou também navios, anunciou o Ministério da Defesa chinês, citado pela agência francesa AFP. Por sua parte, o Camboja, a Indonésia, a Malásia e a Birmânia enviaram observadores.

As autoridades chinesas anunciaram no passado domingo que as operações permitem “reforçar a confiança mútua” e “promover as relações militares entre a China e os países da ASEAN”.

Relativamente a estas operações conjuntas, o secretário da Defesa norte-americano, Jim Mattis, declarou na semana passada que Washington não as considera “contrárias” aos seus interesses.

“É uma operação transparente, o que é raro no mar da China meridional. Por isso vai correr bem”, acrescentou.

23 Out 2018

BMW inspecciona mais de 65.000 veículos após incêndios na Coreia do Sul

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades da Coreia do Sul anunciaram que o grupo BMW vai fazer a revisão a cerca 65.000 veículos, na sequência de um incêndio em mais de trinta carros da multinacional alemã, vendidos no país asiático.

O plano de inspecção vai ter início dia 26 de Novembro e afetará 65.763 veículos de 52 modelos a diesel das marcas BMW e Mini, informou hoje o Ministério do Território, Infraestrutura e Transportes sul-coreano.

De acordo com a BMW foi detetado em 52 modelos de viaturas, um defeito de fabrico no sistema de recirculação de gás (ERG), causador de dezenas de incêndios registados na Coreia do Sul este ano.

O fabricante de automóveis alemão já tinha feito em agosto uma inspeção na Coreia do Sul a cerca de 106.000 veículos de 42 modelos, e na Europa a 324.000 carros, devido ao perigo de incêndio.

23 Out 2018

Presidente de Taiwan quer investigação rápida sobre acidente ferroviário fatal

[dropcap]A[/dropcap] presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, apelou à realização de uma investigação rápida e transparente que esclareça as causas do pior acidente de comboio do país nas últimas três décadas.

“Todos estamos preocupados em conhecer as causas do acidente e já pedi que fosse feita uma investigação que tornasse clara toda a situação do acidente, para que os cidadãos possam ter um relatório completo”, disse a presidente Tsai Ing-Wen em declarações aos jornalistas.

Segundo anunciou o porta-voz da administração ferroviária de Taiwan, o relatório pode demorar mais de um dia a ser feito devido ao tempo que demoram a ser feitas as entrevistas e a verificação dos registos.

O Puyuma Express tinha oito carruagens e transportava 366 pessoas com destino a Taitung, no sul de Taiwan, quando descarrilou e provocou 18 mortos e 187 feridos.

O acidente aconteceu numa curva e as gravações obtidas pela imprensa local mostram as faíscas provocadas pelo choque do comboio a derrubar as estruturas de metal que se encontravam ao lado da via-férrea.

Os socorristas procuraram vítimas durante a noite de domingo para segunda-feira, antes que outra equipa viesse para remover as carruagens danificadas, onde já foram procurados indícios sobre as causas do acidente.

A velocidade do comboio ainda não foi divulgada, mas não foi descartada como possível causa do acidente.

Alguns sobreviventes disseram à agência de notícias oficial de Taiwan, citada pela Associated Press, que o condutor do comboio acionou várias vezes o travão de emergência antes do acidente.

O comboio teve a sua última inspeção e manutenção em 2017, disse o diretor da Ferroviária de Taiwan Lu, Chieh-shen, numa conferência de imprensa no passado domingo, antes de pedir a demissão.

O ministro da defesa nacional, Chen Chung-chi, anunciou hoje que sete feridos ainda permanecem em cuidados intensivos e que nenhum deles corre risco de vida.

O comboio transportava mais de 360 passageiros numa viagem de rotina entre um subúrbio de Taipei, no norte do país, até à cidade de Taitung, na costa do sudeste do país.

O acidente, uma “grande tragédia” nas palavras da presidente do Taiwan, foi a pior catástrofe ferroviária no país desde 1991 quando 30 passageiros morreram e 112 ficaram feridos na colisão de dois comboios em Miaoli, no noroeste do país.

23 Out 2018

Vice-Presidente chinês chega a Israel para visita de quatro dias

[dropcap]O[/dropcap] vice-presidente chinês Wang Qishan chegou hoje a Israel para uma visita de quatro visitas, a primeira de um responsável chinês deste nível em 18 anos a este país, segundo uma fonte oficial.

Wang, que está acompanhado de uma importante delegação ministerial, deve reunir-se esta noite com o chefe do governo israelita, Benjamin Netanyahu, indicou o gabinete do primeiro-ministro.

Na quarta-feira, os dois dirigentes vão participar na quarta reunião da comissão conjunta sino-israelita sobre cooperação e inovação, que se realiza de forma alternada nos dois países.

A última visita de um alto dirigente chinês a Israel ocorreu em 2000, com a deslocação do então Presidente Jiang Zemin. Netanyahu foi à China em Março de 2017.

Wang, que esteve hoje na parte velha de Jerusalém, deve reunir-se, na terça-feira, em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, com o primeiro-ministro palestiniano, Rami Hamdallah.

Em 2016, a China e Israel lançaram as discussões de um tratado de comércio livre. Os acordos concluídos em 2017 já facilitaram a exportação de laticínios israelitas para a China e autorizaram os chineses a irem trabalhar no setor da construção e das obras públicas em Israel, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Estado judaico.

A China multiplicou os seus investimentos em Israel nos últimos anos, atingindo um total de 25 mil milhões de dólares, segundo a imprensa israelita. Um grupo público chinês assumiu em 2014 o controlo do Tnuva, o principal grupo alimentar de Israel.

Empresas chinesas venceram também os concursos para a gestão, durante 25 anos, dos dois principais portos israelitas, Haifa e Ashdod.

Outras sociedades chinesas estão envolvidas na construção de túneis perto de Haifa e em vias de eléctricos. A presença chinesa em Israel suscitou discussão.

O antigo chefe do serviço de informações israelita Mossad, Ephraim Halevy, alertou para o perigo que representavam os investimentos chineses em setores estratégicos para Israel. O Ministério da Defesa já interditou a participação das empresas chinesas em concursos lançados pelo exército israelita.

Estas inquietações estiveram na origem, segundo a imprensa local, da recusa do Ministério das Finanças em autorizar a aquisição por grupos chineses de dois dos principais fundos de pensões israelitas, por receio que Pequim ficasse a controlar milhares de milhões de dólares e o futuro de mais de um milhão de reformados israelitas.

23 Out 2018

Timor-Leste vai abrir em 2019 novos blocos para exploração de petróleo on-shore

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades timorenses deverão abrir novos blocos de exploração de petróleo on-shore no sul de Timor-Leste em 2019 e, paralelamente, ampliar a zona de exploração no Mar de Timor, anunciou o Governo.

Ministro interino de Petróleo e Recursos Minerais timorense, Agio Pereira, anunciou numa conferência em Díli que a Autoridade Nacional do Petróleo e Minerais (ANPM) lança em 2019 “uma nova ronda para exploração de petróleo on-shore”.

Recorde-se que em abril de 2017 Timor-Leste concedeu as primeiras duas licenças de exploração e produção de petróleo no interior do país.

Esses dois primeiros contratos abrangem uma área de cerca de dois mil quilómetros quadrados e incluem as obrigações mínimas de trabalhos, incluindo levantamentos sísmicos 2D, estudos de impacto ambiental e a perfurações de pesquisa.

Os contratos foram adjudicados à TIMOR GAP Onshore Block, uma subsidiária da empresa pública petrolífera de Timor-Leste (TIMOR GAP), e à Timor Resources Pty Ltd, uma empresa australiana que faz parte do Nepean Group.

A Timor Resources declarou que prevê investir cerca de 42 milhões de dólares americanos no projeto nos primeiros três anos.

Em agosto a empresa anunciou um contrato à BGP Indonesia para conduzir sondagens sísmicas onshore com petróleo descoberto em quatro das 12 perfurações iniciais de exploração.

Além da nova ronda de exploração onshore, o Governo quer ampliar a zona de exploração off-shore, especialmente depois de concluído o processo de ratificação do novo tratado de fronteiras com a Austrália.

Agio Pereira disse que os Governos timorense e australiano estão envolvidos em “contactos intensivos” com as petrolíferas para “garantir que os direitos contratuais são preservados depois da ratificação”.

“A certeza do tratado criou um contexto positivo para empresas participarem na exploração de petróleo e gás no Mar de Timor”, sublinhou.

O governante referiu-se igualmente à decisão do Governo comprar a participação de 30% da ConocoPhillips no consórcio dos campos de Greater Sunrise, que “coloca Timor-Leste numa posição mais vantajosa para o envolvimento direto como parceiro” para conseguir o projeto do gasoduto para o sul do país.

Agio Pereira fez o anúncio no arranque da 4ª Conferência Internacional de Geociência, organizada pelo Instituto do Petróleo e Geologia (IPG) subordinada ao tema “Dados e Informação Geológica de Timor-Leste para a Diversificação Económica e Desenvolvimento”.

Na agenda do encontro, que decorre até sexta-feira, estão temas como recursos hídricos e petrolíferos on shore, impacto de alterações climáticas e estudos sobre risco de sismos e tsunamis.

Apesar de reconhecer que o petróleo e o gás natural continuarão a ser “pilar fundamental” da economia nacional, Agio Pereira reiterou que é prioridade do Governo diversificar a economia, incluindo através da exploração de outros recursos.

Nesse sentido, disse que as sondagens e análises à geologia do país estão a contribuir para suscitar um interesse crescente de investidores internacionais.

Assim, disse, o Governo prevê conseguir aprovar ainda este ano o primeiro Código Mineiro do país, que tem vindo a ser preparado nos últimos dois anos.

O também ministro de Estado na Presidência do Conselho de Ministros sublinhou a importância que “conhecer e entender os dados geológicos do país” tem para definir políticas e “alcançar os objetivos do nosso plano de desenvolvimento estratégico”.

“Entender os dados e informação é indispensável para os nossos esforços de conquistar os planos para o futuro da nação”, disse.

“Conhecimento é poder. Informação sobre os recursos geológicos de um país pode ser escondida ou alterada para servir interesses. É por isso crucial para Timor-Leste reunir e deter dados independências, sérios para que possamos avançar no desenvolvimento da nação, de forma racional e informada”, explicou.

23 Out 2018

MNE | Relações com Pequim atravessam um momento “particularmente auspicioso”

[dropcap]O[/dropcap] ministro dos Negócios Estrangeiros português destacou hoje, em Pequim, o momento “particularmente auspicioso” nas relações com a China, numa deslocação que serviu para preparar a visita do Presidente chinês, Xi Jinping, a Portugal. Antes da visita a Pequim, Augusto Santos Silva esteve em Macau onde reuniu, entre outras entidades, com Chui Sai On, Chefe do Executivo.

“As relações entre os dois países atravessam um momento particularmente auspicioso”, disse Augusto Santos Silva a Yang Jiechi, membro do Gabinete político do Comité Central do Partido Comunista Chinês, durante um encontro em Zhongnanhai, sede oficial do governo chinês, a oeste da Cidade Proibida.

O responsável português garantiu que a visita de Xi a Portugal, agendada para 04 e 05 de dezembro, “será coroada de todo o êxito”.

“Vai ser o assinalar da excelência das relações políticas e diplomáticas entre os nossos países, assim como do desenvolvimento da relação económica entre Portugal e a China”, afirmou Santos Silva, no mesmo dia, durante uma reunião com o homólogo chinês, Wang Yi. “É uma visita à qual damos muitíssima importância”, afirmou.

Augusto Santos Silva agradeceu ainda o apoio da China às candidaturas de António Guterres, para secretário-geral das Nações Unidas, e António Vitorino, para diretor-geral da Organização Internacional das Migrações.

A última visita de um chefe de Estado chinês a Portugal foi em 2010, na altura Hu Jintao. Entretanto, a China tornou-se um dos principais investidores em Portugal, comprando participações em grandes empresas das áreas da energia, seguros, saúde e banca, enquanto centenas de particulares chineses compraram casa em Portugal à boleia dos vistos ‘gold’.

Em 2017, as trocas comerciais entre os dois países fixaram-se nos 5,60 mil milhões de dólares, com as exportações chinesas a somarem 3,48 mil milhões de dólares e vendas de Portugal à China a ascenderam aos 2,12 mil milhões de dólares, uma subida homóloga de 34,69%.

Em declarações à agência Lusa, Santos Silva revelou que as negociações para autorizar a exportação de carne de porco para a China estão na “fase final”.

“Já foi realizada uma missão técnica chinesa, para verificar in loco, em Portugal, a conformidade dos matadouros portugueses envolvidos nesta operação com as respetivas normas sanitárias. Do nosso lado também já enviamos os documentos necessários, para que as autorizações possam ser concluídas”, disse.

A China é o maior consumidor do mundo de carne de porco, que é parte essencial da cozinha chinesa, compondo 60% do total do consumo de proteína animal no país

O ministro português considerou que a “abertura do mercado chinês significará um incremento qualitativo do valor” das exportações agroalimentares, acrescentando que “abrirá certamente o caminho para outras exportações em áreas em que a agricultura portuguesa é muito competitiva, como a área das frutas”.

23 Out 2018

Literatura | Universidade de Milão inaugura cátedra António Lobo Antunes

A Universidade de Milão, em Itália, decidiu homenagear um dos grandes escritores portugueses contemporâneos com a criação da cátedra António Lobo Antunes. A cerimónia de lançamento aconteceu ontem com a presença do escritor

[dropcap]A[/dropcap] cátedra António Lobo Antunes, que visa “promover e potenciar o ensino e a difusão da língua e cultura portuguesas”, foi ontem inaugurada, na Universidade de Milão, com a participação do escritor.

António Lobo Antunes, de 76 anos, encontra-se em Itália, onde recebeu no passado sábado, o Prémio Bottari Lattes Grinzane, no castelo Grinzane Cavour, na região de Piemonte.

“Sob a direcção de Vincenzo Russo, professor de Língua e Literaturas Portuguesa e Brasileira, esta Cátedra tem como finalidade e propósito, promover e potenciar o ensino e a difusão da língua e cultura portuguesa”, afirma em comunicado o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua.

A cerimónia de inauguração da cátedra realizou-se ontem na Sala Crociera Alta di Giurisprudenza, em Milão, durante a qual foi assinado o protocolo entre o Instituto Camões, representado pelo embaixador de Portugal em Roma, Francisco Ribeiro Telles, e o reitor da Università degli Studi di Milano, Elio Franzini.

A inauguração da cátedra “será celebrada com uma ‘lectio magistralis’ proferida pelo escritor mais importante da contemporaneidade portuguesa: António Lobo Antunes, autor desde 1979 de uma rica e vastíssima obra que conta com mais de 30 romances e cinco volumes de crónicas, traduzida, lida e admirada em todo o mundo”, segundo o mesmo comunicado.

António Lobo Antunes publicou recentemente um novo romance, “A última porta antes da noite”, que dedica ao seu amigo George Steiner, crítico literário e professor nas universidades de Cambridge e Genebra, que lhe falou nesta frase, da personagem Judite, da ópera “O castelo do Barba Azul”, de Béla Bartók.

No final da ópera, a personagem “pede que lhe abram ‘a última porta antes da noite’”, explicou Lobo Antunes, numa entrevista à agência Lusa. “Uma frase que não foi criada para este livro, já existe há muito tempo, e foi uma frase que sempre me tocou, e em certo sentido é uma homenagem a um amigo [George Steiner]”.

23 Out 2018

AL | Agendadas propostas de debate de Sulu Sou

[dropcap]A[/dropcap]s propostas para a realização de dois debates de interesse público apresentadas pelo deputado Sulu Sou há um ano foram agendadas para 31 de Outubro e 1 de Novembro, de acordo com o portal da Assembleia Legislativa (AL), estando ambas relacionadas com o tufão Hato.

A primeira diz respeito ao projecto de recuperação e melhoramento do terminal subterrâneo de transportes públicos nas Portas do Cerco, enquanto a segunda insta a uma reforma dos mecanismos de alerta de tufões e da gestão interna dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG).

O atraso tem que ver, pelo menos em parte, com o facto de Sulu Sou ter visto o seu mandato como deputado suspenso durante mais de 100 dias.

23 Out 2018

LAG | Chui Sai On com membros locais da Federação da Juventude da China

[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Chui Sai On, reuniu ontem de manhã com membros de Macau da Federação da Juventude da China para auscultar as suas opiniões acerca das políticas direccionadas aos jovens e aos assuntos sociais, no quadro da apresentação das Linhas de Acção Governativa (LAG) para o próximo ano.
Mais de uma dezena de membros marcaram presença no encontro, onde foram manifestadas preocupações sobre a integração dos jovens no projecto da Grande Baía e a formação de quadros qualificados. Os membros da federação sugeriram ainda a criação de uma plataforma uniformizada da informações acerca do desenvolvimento de projectos culturais e turísticos da Grande Baía, a exploração de oportunidades de estágio em empresas de destaque no mesmo projecto, a revisão do Estatuto dos Contabilistas para facilitar a integração do sector no desenvolvimento nacional, bem como o aperfeiçoamento dos serviços de saúde e cuidados para os idosos de Macau residentes nas cidades integradas na Grande Baía.
Chui Sai On indicou que a prioridade será dada à inclusão de benefícios para os residentes de Macau, garantido que os jovens locais vão ter mais espaço para “criar oportunidades nos sectores da inovação, empreendedorismo, emprego, estudos académicos e pesquisa”. O Chefe do Executivo afirmou ainda estar convencido que o investimento na construção da Grande Baía “pode complementar aspectos menos favoráveis de Macau, assim como contribuir para o desenvolvimento sustentável da cidade”, lê-se.

23 Out 2018

Movimento Democracia 21 apresenta-se à comunidade esta quarta-feira

[dropcap]S[/dropcap]ofia Afonso Ferreira, fundadora do movimento político Democracia 21, está em Macau para falar do projecto que pretende ser a base de um novo partido político em Portugal. Como tal, está programada para esta quarta-feira uma palestra na Livraria Portuguesa.

“Depois de vários eventos de norte a sul em Portugal, no Porto, Braga, Guimarães, Leiria, Coimbra, Lisboa e Tavira, o Democracia 21 avança para eventos com as várias comunidades portuguesas no mundo”, lê-se num comunicado.

A escolha da Livraria Portuguesa prende-se com o facto de ser “um local emblemático da comunidade lusa” no território. A palestra visa “abordar a situação actual e expectativas da comunidade portuguesa residente em Macau e promover um debate de ideias e networking em prol da ponte entre Portugal e as suas comunidades”.

22 Out 2018

FRC | Áreas marítimas e futuro do Brasil depois das eleições em debate

[dropcap]A[/dropcap] Fundação Rui Cunha (FRC) promove, na próxima semana, dois debates em língua portuguesa. Um deles acontece na segunda-feira e tem como tema “A Gestão das Áreas Marítimas da RAEM – Desafios e Oportunidades”, que será protagonizada por Vasco Becker-Weinberg, professor doutor da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, Portugal e Ao Peng Kong, engenheiro e presidente da Macau Society for Ocean and Hydraulics.

De acordo com um comunicado, a conferência “tem como tema a gestão das áreas marítimas da RAEM e visa identificar os principais desafios e oportunidades apresentados pela recém aprovada Lei n.º 7/2018, que estabelece as bases do regime jurídico relativo à gestão das áreas marítimas”. Nas duas apresentações, será “dada especial atenção à articulação com a Faixa Económica da Rota da Seda e da Rota Marítima da seda para o Século XXI e ao desenvolvimento da economia marítima da RAEM”.

No dia seguinte, terça-feira, dia 30, será debatido o futuro do Brasil depois da segunda volta das eleições presidenciais, agendada para o próximo domingo, na palestra “O Brasil depois da eleição: é ainda possível a governabilidade democrática?”.

O orador convidado é Andrés Malamud, professor e investigador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. “A sociedade brasileira é geralmente considerada pacífica e conciliadora. Porém, o Brasil regista o maior número de homicídios do mundo e a sua política tem azedado recentemente até níveis nunca antes vistos. O que aconteceu? É possível sarar as feridas ou o país está condenado à violência social e ao permanente conflito político?”, pode ler-se no comunicado.

A FRC pretende, com esta iniciativa, “identificar as origens da ruptura e perspectivar os cenários possíveis para o País no futuro”. As duas palestras têm entrada livre.

22 Out 2018

China considera um erro retirada dos EUA de tratado nuclear

[dropcap]A[/dropcap] China considerou hoje um erro a retirada unilateral dos Estados Unidos do tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermédio (INF) que Washington assinou com Moscovo em 1987.

“Está errado e ainda pior é colocar a China como uma das razões para o abandono” do tratado, afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Hua Chunying, numa conferência de imprensa.

Hua disse que o tratado desempenha “um importante papel no processo de desarmamento nuclear” e que “ainda é significativo”, sublinhando a importância de atuar através do diálogo.

Pequim reagia ao anúncio feito no sábado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, de que os Estados Unidos se vão retirar daquele tratado.

Trump acusou Moscovo de violar o acordo “há muitos anos”.

“Não vamos deixá-los violar o acordo nuclear e fabricar armas, enquanto nós não somos autorizados. Nós permanecemos no acordo e temos honrado o acordo. Mas a Rússia, infelizmente, não respeitou o acordo”, criticou o presidente norte-americano.

Trump disse ainda que o seu país “terá de desenvolver armas”, a menos que a Rússia e a China expressem a sua vontade de não desenvolver esse tipo de armamento.

O tratado, assinado pelos presidentes norte-americano, Ronald Reagan, e russo, Mikhail Gorbachev, aboliu o uso de uma série de mísseis de alcance entre os 500 e os cinco mil quilómetros.

22 Out 2018

Morreu o Nobel de Química japonês Osamu Shimomura

[dropcap]O[/dropcap] químico e biólogo marinho japonês Osamu Shimomura, vencedor do Prémio Nobel de Química em 2008, morreu aos 90 anos de causas naturais, informou hoje a Universidade de Nagasaki.

Shimomura venceu o prémio Nobel de Química em 2008 com os cientistas norte-americanos Martin Chalfie e Roger Tsien pela descoberta e desenvolvimento de uma proteína verde fluorescente a partir dos órgãos fotoluminescentes da medusa ‘Aequorea victoria’, que contribuiu para os estudos sobre o cancro.

O premiado Nobel de Química nasceu em Kyoto a 27 de agosto de 1928 e estudou em Nagasaki, cidade japonesa onde faleceu na sexta-feira, tendo sobrevivido ao bombardeamento atómico de 9 de Agosto de 1945.

Depois de se ter licenciado em química em 1951, mudou-se para a Universidade de Princeton, onde encontrou a proteína a partir de dez mil amostras de medusas na Costa Oeste dos Estados Unidos, uma descoberta revolucionária na área da saúde.

A descoberta permitiu criar uma ferramenta que os investigadores utilizam para rastrear o movimento de moléculas dentro de uma célula.

22 Out 2018

Presidente chinês promete proteger sector privado para garantir um “amanhã melhor”

[dropcap]U[/dropcap]ma carta aberta, assinada pelo presidente chinês, Xi Jinping, e difundida no domingo, promete que Pequim vai continuar a valorizar e proteger o sector privado, para garantir um “amanhã melhor”, numa altura de abrandamento económico.

Numa mensagem que visa dar confiança aos capitalistas chineses, quando o ritmo de crescimento económico caiu para o nível mais baixo desde 2009, Xi disse que Pequim reconhece plenamente o papel do setor privado, e que o Partido Comunista Chinês (PCC) vai continuar a saudar o seu desenvolvimento.

O contributo histórico do sector privado é “inesquecível” e “não deve ser posto em causa”, lê-se na mesma carta, publicada pela agência noticiosa oficial Xinhua. “Qualquer palavra ou acto que negue ou enfraqueça a economia privada é um erro”, afirmou Xi Jinping.

O líder chinês garantiu que o apoio ao sector privado é uma política “constante” do Comité Central do PCC. “E isso é inabalável”, realçou.

Apesar de as empresas privadas chinesas partilharem do mesmo estatuto legal das firmas estatais, na prática, as segundas têm mais apoio dos bancos, dominados pelo Estado, e gozam de tratamento preferencial por parte das autoridades.

Na sexta-feira, o vice-primeiro ministro chinês, Liu He, o principal assessor económico de Xi, admitiu que a descriminação contra o sector privado é comum nas instituições financeiras do Estado.

“Alguns funcionários acreditam que é sempre seguro emprestar a firmas do Estado, mas que é politicamente sensível emprestar a firmas privadas – eles preferem não agir a cometer qualquer erro político”, explicou, citado pela Xinhua. “Este tipo de ideias e práticas são completamente erradas”, disse.

Historicamente, o PCC teve uma postura hostil para com o setor privado, devido a posições ideológicas anti capitalismo.

Após a fundação da República Popular, em 1949, o Governo apoderou-se do sector privado, num processo designado de “transformação socialista”.

Durante a Revolução Cultural (1966-76), radical campanha política de massas, os bens privados foram confiscados pelas autoridades e os donos de negócios purgados.

Nos anos 1980, a política de Reforma e Abertura, adoptada pelo líder chinês Deng Xiaoping, impulsionou o sector privado, que hoje contribui para mais de metade da receita tributária do país, 60% do Produto Interno Bruto ou 80% dos postos de trabalho nas cidades, de acordo com Governo chinês. A carta de Xi surge numa altura de abrandamento da economia chinesa.

No terceiro trimestre do ano o crescimento económico abrandou para 6,5%, em termos homólogos, o ritmo mais lento desde o primeiro trimestre de 2009, segundo dados publicados na semana passada.

O investimento em activos fixos, motor fundamental do crescimento, abrandou para 5,4%, nos primeiros nove meses do ano, face ao mesmo período do ano passado.

22 Out 2018

Taxa de inflação em Macau foi de 2,66% em Setembro

[dropcap]A[/dropcap] taxa de inflação em Macau foi de 2,66% nos 12 meses terminados em Setembro, em relação a igual período do ano anterior, segundo dados oficiais divulgados hoje.

De acordo com os Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou as maiores subidas nos preços no vestuário e calçado (+5,47%), dos transportes (+4,79%) e da saúde (+4,73%).

Só em setembro, o IPC Geral cifrou-se nos 3,51, mais 0,19 pontos percentuais face a agosto (3,32%).

22 Out 2018

Homens armados matam nove agricultores que ocupavam plantação de cana-de-açúcar

[dropcap]H[/dropcap]omens armados mataram no sábado nove membros de um grupo de agricultores que ocuparam parte de uma plantação de cana-de-açúcar numa província central das Filipinas, informou a polícia.

As vítimas estavam a descansar numa cabana no sábado, quando cerca de dez homens armados abriram fogo, segundo a polícia.

Pelo menos quatro agricultores sobreviveram ao ataque na plantação na cidade de Sagay, na província de Negros Ocidental, que tem uma história de disputas sangrentas pelo direito às terras.

A Federação Nacional dos Trabalhadores do Açúcar condenou o homicídio dos elementos do grupo que incluía quatro mulheres e dois menores.

Dois outros dirigentes da federação foram mortos na cidade de Sagay em Dezembro de 2017 e em Fevereiro deste ano por supostas forças pró-Governo, segundo aquela entidade.

A mesma federação garante que cerca de 45 agricultores que reivindicam o seu direito às terras foram assassinados na ilha de Negros, sob o Governo do Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte.

22 Out 2018

Rússia considera “passo perigoso” retirada dos EUA do acordo de armas nucleares

[dropcap]O[/dropcap] vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia classificou ontem como “um passo perigoso” a retirada dos EUA do tratado sobre armas nucleares, anunciada no sábado pelo Presidente norte-americano, que acusou Moscovo de violar o acordo “há vários anos”.

Serguei Riabkov afirmou à agência do Estado russo TASS que o acordo assinado durante a Guerra Fria é “significativo para a segurança internacional e a segurança nuclear, para a manutenção da estabilidade estratégica”.

A retirada dos Estados Unidos do tratado, anunciada no sábado pelo Presidente Donald Trump, “será um passo muito perigoso que não será cumprido pela comunidade internacional e vai mesmo suscitar condenações sérias”.

O vice-ministro condenou o que chamou de tentativas norte-americanas de obter concessões “com um método de chantagem”. Se os Estados Unidos continuam a agir “de maneira maldosa e grosseira” e se retiram unilateralmente de tratados internacionais, a Rússia “não terá outra alternativa senão “tomar medidas de retaliação, inclusive em relação à tecnologia militar”. “Mas não queremos chegar a esse ponto”, frisou Riabkov.

Fala Donald

Os Estados Unidos acusaram Moscovo de violar o acordo “há muitos anos”. “A Rússia não respeitou o tratado. Então, vamos pôr fim ao acordo e desenvolver as armas”, afirmou Donald Trump, citado pela Agência France-Presse, depois de um comício em Elko, no estado do Nevada.

Trump referia-se ao tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermédio (INF, sigla em inglês), assinado em 1987 pelos então Presidentes norte-americano e soviético, Ronald Reagan e Mikhaïl Gorbachev, respetivamente.
“Eles violam-no há muitos anos”, assegurou Donald Trump. “Não sei por que é que o presidente Obama não o renegociou e não se retirou [do tratado]”, acrescentou, sobre o seu antecessor democrata.

“Não vamos deixá-los violar o acordo nuclear e fabricar armas, enquanto nós não somos autorizados. Nós permanecemos no acordo e temos honrado o acordo. Mas a Rússia, infelizmente, não respeitou o acordo”, criticou o Presidente norte-americano.

A administração norte-americana protesta contra a implantação por Moscovo do sistema de mísseis 9M729, cujo alcance, de acordo com Washington, ultrapassa os 500 quilómetros, o que constitui uma violação do tratado INF.

O tratado, ao abolir o uso de uma série de mísseis de alcance entre os 500 e os cinco mil quilómetros, pôs fim à crise desencadeada na década de 1980 com a implantação dos SS-20 soviéticos visando capitais ocidentais.

22 Out 2018

China vai lançar lua artificial para iluminar a Terra

[dropcap]A[/dropcap] China vai lançar no espaço até 2020 uma “lua artificial”, que reflectirá na Terra a luz do sol durante a noite e permitirá economizar iluminação, anunciou sexta-feira um meio de comunicação do Estado.

Este satélite, equipado com uma película reflectora terá como missão iluminar a grande cidade de Chengdu (sudoeste) e deverá ser oito vez mais luminoso do que o astro lunar, noticiou o jornal China Daily.

Um primeiro exemplar deverá ser enviado para o espaço, seguido, em caso de sucesso, de três outros em 2022, explicou ao diário Wu Chunfeng, chefe da Tian Fu New Area Science Society, organismo responsável pelo projecto.

“A primeira lua será sobretudo experimental, mas as três a enviar em 2022 constituirão o produto final. Terão um grande potencial em termos de serviços à população e do ponto de vista comercial”, acrescentou.

Ao reenviar para a Terra a luz do sol, o satélite, que subirá a 500 quilómetros de altitude, deverá substituir parcialmente as lâmpadas. Poderá também fazer poupar cerca de 1,2 mil milhões de yuan em eletricidade na cidade de Chengdu se conseguir iluminar uma superfície de 50 quilómetros quadrados.

A fonte de iluminação artificial poderá igualmente ser usada após catástrofes naturais, enviando os raios solares para as zonas terrestres onde a iluminação eléctrica tenha sido cortada, sublinhou Chunfeng.

22 Out 2018