Hoje Macau Grande PlanoMacau | Descodificar um milagre económico e social O sucesso da cidade está ligado à proximidade do continente e a uma forte integração económica Por WILLIAM XU, China Daily Foram necessários apenas 25 anos para Macau colocar o seu nome ao lado das cidades mais bem sucedidas do mundo. A Região Administrativa Especial de Macau, com uma área de 33,3 quilómetros quadrados, um pouco mais pequena do que o Aeroporto Internacional de Pequim, está orgulhosamente no topo do ranking mundial do produto interno bruto per capita, da esperança de vida dos seus residentes e da extensão do seu sistema de segurança social. Desde então, Macau tornou-se um destino turístico de classe mundial, com hotéis boutique, monumentos atractivos e uma grande variedade de gastronomia que apela a quase todos os gostos. Através da sua história e património, a cidade é o ponto de encontro entre o Oriente e o Ocidente, o que lançou as bases para o papel de Macau como plataforma de intercâmbio entre as culturas chinesa e ocidental. Num quarto de século, Macau transformou-se de um humilde porto num centro cultural e de lazer. Esta evolução é um testemunho do espírito diligente dos residentes de Macau e constitui um apoio convincente ao princípio “um país, dois sistemas”, que integra Macau no projeto de desenvolvimento da nação e garante um elevado grau de autonomia no seu território. Mais perto, mais forte A chave do sucesso de Macau começa com os seus laços estreitos com a China continental. Todos os dias, cerca de 320.000 passageiros entram ou saem da cidade através da Porta da Fronteira – uma passagem terrestre que liga Macau à cidade vizinha, Zhuhai, na província de Guangdong. Nos primeiros tempos do regresso de Macau, o posto de controlo era muito menos movimentado. Em 2003, o governo central introduziu o Programa de Visita Individual, que permitia aos residentes de determinadas cidades do continente visitarem Macau sem se juntarem a grupos turísticos. Esta política, associada à decisão da RAEM de abrir a sua indústria do jogo um ano antes, alterou o panorama económico da cidade. Entre 2003 e 2019, as chegadas anuais de turistas a Macau aumentaram de 11,9 milhões para 39,4 milhões. A percentagem de visitantes do continente em relação ao número total de turistas aumentou de 48,3 por cento para 70,9 por cento. O afluxo constante de turistas ajudou a criar uma indústria turística lucrativa, trazendo riqueza para restaurantes, lojas de retalho, farmácias, hotéis e casinos. Pressentindo uma oportunidade de negócio de ouro, Chan Kam-tat, na altura com 27 anos, e a sua mulher, abriram uma farmácia em 2011. Hoje, a Healthy Life transformou-se numa cadeia de seis pontos de venda a retalho e dois centros de distribuição. “Os primeiros tempos coincidiram com uma vaga de turistas do continente, pelo que o nosso negócio prosperou”, diz Chan. Ele também atribui à implementação da política de dois filhos em janeiro de 2016 o aumento das vendas de leite em pó nas suas farmácias. “O curso do crescimento do nosso negócio está intimamente ligado à pátria”, disse Chan. Para além do impulso dado pelo turismo, em outubro de 2003, a assinatura do Acordo de Parceria Económica Reforçada entre o Interior da China e Macau (CEPA) concedeu aos comerciantes de Macau um acesso preferencial ao vasto mercado do Interior da China e também facilitou o investimento transfronteiriço. Desde então, foram ratificados 10 suplementos e múltiplos acordos para reforçar o CEPA, aprofundando ainda mais a cooperação no domínio do comércio de bens e serviços e do investimento. Até setembro de 2023, o acordo tinha poupado mais de 90 milhões de patacas (11,3 milhões de dólares) em direitos aduaneiros para as empresas de Macau. O acordo facilita o acesso ao mercado, o investimento e o intercâmbio cultural entre Macau e o Interior da China e reforça a atração da cidade como centro internacional de negócios, disse Francisco Leandro, professor associado da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Macau. “A estratégia também sublinha a importância de Macau para as iniciativas económicas mais amplas do país”, acrescentou Francisco Leandro. Transformação A apenas 10 minutos de carro das Portas do Cerco, encontra-se a colorida baixa da cidade, onde as linhas entre o charme mediterrânico e a cultura Lingnan da região se confundem. Centrada em torno da Avenida de Almeida Ribeiro, de 620 metros, ou “avenida nova”, os mercados e templos chineses, bem como as igrejas e edifícios residenciais de estilo europeu do sul, pontilham as ruas e colinas. Esta zona foi durante séculos o coração comercial de Macau. Adornada com calçadas pretas e brancas de estilo português e com edifícios residenciais e religiosos de baixa altura de design latino e chinês, a baixa de Macau está na lista de desejos da maioria dos turistas. Durante o dia, os visitantes podem provar as iguarias das bancas de comida que servem os favoritos locais, como o pão com porco frito e a carne seca. A próspera zona cultural e comercial, com 22 edifícios emblemáticos, foi inscrita como Património Mundial da UNESCO em 2005 e é conhecida como o “Centro Histórico de Macau”. Wu Zhiliang, presidente do conselho de administração da Fundação Macau, disse que a inscrição era a afirmação pela comunidade internacional das contribuições da cidade para o diálogo entre as culturas oriental e ocidental. A fundação de Wu – um organismo semi-oficial destinado a promover vários sectores da cidade – associou-se ao governo da RAEM para levar a cabo projectos educativos e de investigação no centro histórico. No extremo sul da baixa da cidade, situa-se o Templo A-Ma, um local sagrado dedicado à deusa do mar Mazu. Segundo a tradição local, acredita-se que o templo é a raiz etimológica do nome da cidade – Macau. Em 2023, foi inaugurada uma estação de metro ligeiro perto do templo, oferecendo serviços de trânsito que ligam a Península de Macau à Ilha da Taipa. Numa viagem de comboio de 13 minutos a partir da estação adjacente ao Templo de A-Ma, os passageiros podem ver hotéis opulentos e réplicas da Torre Eiffel e do Big Ben. Este é o novo coração da indústria de lazer de Macau – Cotai. Há vinte e cinco anos, a extensão de 6,1 quilómetros quadrados de terra recuperada estava vazia e aguardava aprovação de planeamento. Com os benefícios resultantes do programa de visitas individuais e da flexibilização das regras de funcionamento dos casinos, o Cotai transformou-se num conjunto de hotéis internacionais, centros comerciais, casinos, salas de espectáculos e instalações desportivas, proporcionando aos turistas novas e excitantes experiências. O Cotai é o lar de outro pilar da economia de Macau, a indústria do jogo. Antes da pandemia da COVID-19, as receitas do jogo representavam mais de 60% do PIB de Macau no seu auge e os operadores de casinos pagavam mais de 100 mil milhões de patacas em impostos todos os anos. O florescimento das indústrias do turismo e do jogo trouxe uma riqueza inimaginável a Macau e aos seus 700 000 habitantes. Esta riqueza permitiu ao governo da RAEM construir um sistema de proteção social abrangente, invejado por muitas outras cidades. Macau oferece serviços médicos gratuitos a todos os residentes com 65 anos ou mais. A cidade inaugurou um programa de educação gratuita de 15 anos no ano lectivo de 2007-2008, que abrange desde o jardim de infância até ao fim do ensino secundário, e subsidia as pessoas que prosseguem os estudos. Em 2008, foi iniciado o programa de comparticipação na riqueza, que consiste na distribuição de dinheiro a todos os residentes titulares de bilhetes de identidade permanentes ou não permanentes da RAEM. Em 2024, cada residente permanente recebeu 10 000 patacas, enquanto os residentes não permanentes receberam 6 000 patacas. Durante mais de duas décadas, Macau manteve uma taxa de desemprego global inferior a 2% e o rendimento médio mensal passou de 4.920 patacas em 1999 para 17.500 patacas em 2023. Economia em evolução No entanto, a riqueza substancial não cegou Macau para as potenciais armadilhas da dependência da indústria do jogo. Nos últimos anos, a cidade adoptou diferentes abordagens para diversificar a sua economia de uma forma saudável e sustentável. Em 2023, o sector não relacionado com o jogo contribuiu com mais de 60% do PIB da cidade, ultrapassando as proporções de há 20 anos. Os principais motores deste aumento foram os sectores imobiliário e dos serviços às empresas, bem como o sector bancário e dos seguros. Os empresários são pioneiros em modelos de negócio inovadores para se adaptarem à evolução da paisagem económica. Chan, o proprietário da cadeia de farmácias, reconheceu a crescente utilização das compras digitais por parte dos clientes do continente. Isto levou-o a aprender comércio electrónico com os seus pares do continente e a renovar os serviços que oferece. Em 2023, o governo da RAEM publicou um plano para a diversificação económica, que traçava roteiros para impulsionar quatro sectores emergentes: a grande saúde, os serviços financeiros, a alta tecnologia, bem como as indústrias de convenções, exposições, comércio, cultura e desporto. Sam Hou-fai, o novo chefe do executivo da cidade, fez da exploração de reformas inovadoras na estrutura económica da cidade uma pedra angular da sua agenda. Outros objectivos incluem a melhoria dos meios de subsistência da população, a integração no desenvolvimento nacional e o reforço da colaboração com os países de língua portuguesa. Entretanto, Macau intensificou os seus laços económicos e sociais com outras cidades da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, o que foi marcado pela inauguração da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau em 2018. Hengqin, uma zona de desenvolvimento sob a jurisdição de Zhuhai, localizada a apenas 4 quilómetros do distrito de Cotai, é uma nova chave para as ambições de transformação de Macau. Em 2021, o governo central publicou um plano abrangente para promover o desenvolvimento da Zona de Cooperação em Profundidade Guangdong-Macau em Hengqin, considerando a área de 106 quilómetros quadrados – três vezes o tamanho do território de Macau – uma base indispensável para a segunda transformação da RAEM de um centro de lazer para uma economia moderadamente diversificada. Incentivar as indústrias A zona, administrada conjuntamente pelas autoridades de Zhuhai e de Macau, dispõe de recursos fundiários e de políticas favoráveis para fomentar as principais indústrias emergentes, essenciais para a estratégia de diversificação económica de Macau. Estes sectores incluem a indústria transformadora de alta qualidade, a medicina tradicional chinesa e os serviços financeiros modernos. Em junho, a zona contava com mais de 17.000 empresas activas em sectores emergentes, um aumento de 20,1 por cento em comparação com o final de 2021, tendo estas empresas contribuído com 47,1 por cento para o PIB da zona. O Novo Bairro de Macau, uma comunidade de 190.000 metros quadrados que integra edifícios residenciais, escolas, instituições de saúde e centros de cuidados a idosos, foi construído na zona de cooperação para proporcionar espaços e serviços de qualidade aos residentes de Macau. Ao incorporar instalações e serviços padrão de Macau, o projeto cria uma transição perfeita para os residentes de Macau que se mudam para Hengqin, disse Duarte Alves, presidente da assembleia geral da Associação da Juventude Macaense. “O projecto, juntamente com os incentivos fiscais únicos de Hengqin e os procedimentos simplificados para negócios transfronteiriços, atrairá talentos e investimentos, criando comunidades vibrantes que apoiam os esforços de diversificação de Macau”, disse Alves. O desenvolvimento da zona de cooperação também beneficia o sólido sector do turismo de Macau. Desde 6 de maio, os viajantes do continente que se juntam a grupos turísticos podem fazer várias entradas entre a zona de cooperação e Macau durante um período de sete dias. Morlin Teng Fong, presidente da Associação de Cultura e Turismo da Área da Grande Baía de Macau, disse que cerca de 1.000 guias turísticos de Macau obtiveram autorizações de trabalho em Hengqin nos últimos anos, o que lhes permite atender mais eficazmente os turistas do continente. Teng disse que o sector do turismo de Macau vai intensificar a formação para aprofundar o conhecimento de toda a indústria sobre as oportunidades de Hengqin no futuro. Com os avanços dos últimos 25 anos firmemente estabelecidos, Macau olha para o próximo quarto de século com optimismo. Estão já em curso planos ambiciosos para aperfeiçoar a sua estrutura económica e solidificar as suas atracções turísticas e culturais, de modo a garantir a prosperidade e a estabilidade das gerações vindouras.
Hoje Macau SociedadeEconomia | Retalho com quebra anual de 13% em Outubro No mês de Outubro, os restaurantes e o comércio a retalho registaram quebras nas vendas que variaram entre 1,8 por cento e 13,3 por cento, respectivamente, em comparação com Outubro do ano passado. Os dados foram revelados ontem no “inquérito de conjuntura à restauração e ao comércio a retalho”, publicado pelos Serviços de Censos e Estatística. Em geral as quebras da restauração foram de 1,8 por cento, porém, no caso dos restaurantes com comida chinesa a redução das receitas foi de 5,8 por cento. Nas vendas a retalho, as quebras anuais foram de 13,3 por cento, com o sector da joalharia a ter uma quebra nas vendas de 25,1 por cento, enquanto as vendas de produtos cosméticos tiveram uma diminuição das receitas de 12,3 por cento. Na comparação entrou Outubro e Setembro, a restauração teve um crescimento do negócio de 6,8 por cento, o que foi explicado com a Semana Dourada. As vendas a retalho cresceram mensalmente 28,6 por cento no mesmo período.
Hoje Macau Grande Plano MancheteRAEM 25 anos | Xi Jinping diz que Macau é uma “pérola na mão da pátria” Xi Jinping chegou ontem a Macau para uma visita que termina amanhã com a tomada de posse do novo Governo. Num discurso proferido à chegada ao Aeroporto Internacional de Macau, o Presidente chinês destacou o “sucesso reconhecido internacionalmente” do princípio “Um País, Dois Sistemas” com características de Macau O Presidente da República Popular da China (RPC), Xi Jinping, disse ontem que durante os primeiros 25 anos após a transferência de administração de Macau, de Portugal para a China, o princípio “Um País, Dois Sistemas” com características de Macau é um “sucesso reconhecido internacionalmente” Xi falou à chegada ao território onde vai estar para uma visita de três dias, que incluem na agenda a tomada de posse do novo Executivo liderado por Sam Hou Fai e as cerimónias celebração dos 25 anos da implementação da RAEM. Rodeado por centenas de estudantes com ramos de flores e bandeiras da China e de Macau, Xi Jinping defendeu que o território tem “um forte impulso” para o desenvolvimento e disse acreditar que “Macau tem um futuro risonho”. Nas primeiras palavras proferidas à chegada, Xi estendeu, “em nome do Governo Central e do povo chinês de todos os grupos étnicos”, sinceras saudações e votos de felicidades a todos os residentes de Macau, acrescentando que o desenvolvimento de Macau e o bem-estar dos residentes sempre estiveram na sua mente. Um lugar feliz Perante uma audiência recheada por governantes locais e representantes das instituições políticas nacionais no território, Xi Jinping disse que cada vez que vem a Macau sente-se “contente” e apontou ao futuro da região. “Cada visita a este belo lugar tem sido muito agradável para mim”, afirmou. O governante manifestou a convicção de que Macau irá criar um futuro ainda mais brilhante, aproveitando plenamente as vantagens institucionais de “Um País, Dois Sistemas”, trabalhando arduamente e promovendo activamente a inovação. “Macau é uma pérola na palma da mão da pátria, presto sempre atenção ao seu desenvolvimento e ao bem-estar da população. Nestes dias vou passear, observar e comunicar bastante com os amigos de todos os sectores a fim de discutir o plano de desenvolvimento para Macau”, frisou. Segundo a Xinhua, Xi Jinping vai “inspeccionar a RAEM” nesta visita. Reunião a pronto Depois de chegar a Macau e de se ter dirigido à população ainda no aeroporto, Xi Jinping reuniu com Ho Iat Seng, cujo trabalho elogiou. Segundo a agência Xinhua, o presidente chinês afirmou que as autoridades centrais reconhecem plenamente o trabalho de Ho Iat Seng e do Executivo que liderou nos últimos cinco anos, acrescentando que o político local enfrentou os desafios de uma forma pragmática e produtiva durante o seu mandato como Chefe do Executivo. “Esta não é uma tarefa fácil, mas o senhor Ho alcançou grandes feitos”, afirmou. epa11783807 Chinese President Xi Jinping meets with Ho Iat Seng, the outgoing chief executive of the Macao Special Administrative Region (SAR), in Macao, south China 18 December 2024. Xi arrived in Macao on Wednesday afternoon to attend a gathering celebrating the 25th anniversary of Macao’s return to China and the inauguration ceremony of the sixth-term government of the Macao Special Administrative Region (SAR). EPA/XINHUA / Yan Yan CHINA OUT / UK AND IRELAND OUT / MANDATORY CREDIT EDITORIAL USE ONLY Xi Jinping afirmou que o Governo de Ho Iat Seng conseguiu unir todos os sectores da sociedade de Macau, implementar de forma abrangente, precisa e inabalável a política de “Um País, Dois Sistemas”, salvaguardar resolutamente a soberania e a segurança nacional. Além disso, o presidente chinês realçou o trabalho de Ho Iat Seng na superação do “grave impacto e dos desafios da epidemia de covid-19”, assim como os esforços para promover a diversificação moderada da economia e deixou um recado: “Espero que apoiem activamente o novo Chefe do Executivo e a sua equipa, em conformidade com a lei, e continuem a contribuir para a causa de ‘Um País, Dois Sistemas’ e para o desenvolvimento de Macau e do país”. Por sua vez, o Chefe do Executivo começou por dar as boas-vindas a Xi Jinping e à sua esposa, Peng Liyuan e expressou gratidão pelo apoio e confiança prestados pelo Governo Central. Ho Iat Seng enalteceu o apoio de Pequim na luta contra a pandemia e comprometeu-se no apoio ao novo Executivo, que irá tomar posse amanhã, e renovou o empenho para ajudar ao desenvolvimento de Macau e do país. Histórico de viagens Da última vez que esteve em Macau, em 2019, Xi Jinping presidiu às celebrações do 20º aniversário da RAEM e deu posse ao Executivo de Ho Iat Seng. Nessa visita, o Presidente declarou que o patriotismo do território constitui a razão mais importante para o sucesso de “Um País, Dois Sistemas”, e destacou a importância da adesão das autoridades e população locais ao princípio definido por Deng Xiaoping. Em 2014 o Presidente do país fez a sua visita inaugural à RAEM nessa qualidade, dando posse ao segundo Executivo liderado por Chui Sai On, quando se celebrou também o 15º aniversário da transição. Há dez anos Xi Jinping deixou vários recados a Macau, alertando já nessa altura para a necessidade de diversificação económica e promoção do patriotismo, ao mesmo tempo que chamou a atenção para o perigo que as “interferências de forças externas” representavam para a estabilidade e prosperidade da região. De modo a evitar os “conflitos profundos e riscos de desenvolvimento que se formaram ao longo dos anos”, Macau deve “promover activamente a diversificação adequada e o desenvolvimento sustentável da economia”, afirmou. Para isso, disse na altura, seria necessário “melhorar o regulamento da indústria de jogo” com “coragem e sabedoria”, recorrendo a “um plano racional” e a “uma visão abrangente e de longo alcance”. Desde então, o sector do jogo tem sido alvo de diversas revisões no que à jurisdição diz respeito. Em 2014, Xi Jinping defendeu ainda que o Governo de Macau deveria ser “diligente, honesto, eficiente e justo”, e actuar “segundo as leis, a fim de garantir que o desenvolvimento da Região Administrativa Especial de Macau permanece na trajectória jurídica”. Da ilha para a península O Presidente chinês viajou para Macau vindo da ilha de Hainão, onde, na terça-feira, se encontrou com dirigentes locais, de acordo com a agência de notícias oficial chinesa Xinhua. No âmbito desta visita, Xi Jinping exortou Hainão a fazer do Porto de Comércio Livre da região “uma importante porta de entrada para a abertura da China na Nova Era, esforçando-se por escrever o seu próprio capítulo na modernização chinesa”. As reacções à visita Banco da China | Presidente da sucursal destaca sector financeiro Por ocasião da chegada de Xi Jinping, a Macau, Jia Tianbing, presidente da sucursal do Banco da China em Macau, disse que o desenvolvimento do sector financeiro será um novo ponto de partida para a estabilidade e prosperidade de Macau, juntamente com outros sectores sociais. A visita do Presidente chinês representa, nas suas palavras, um apoio para que Macau explore a diversificação económica e possa liderar nos avanços do desenvolvimento de uma indústria financeira moderna. O também presidente da Associação de Bancos de Macau garante apoiar o modo de governar do novo Executivo e nunca esquecer das instruções de Xi Jinping. Jia Tianbing disse ainda querer contribuir para um maior impulso na integração de Macau no desenvolvimento nacional e consolidar o papel de Macau na conexão com o conceito de “Um País, Dois Sistemas”. Arnaldo Ho | Uma visita boa para os jovens Arnaldo Ho, filho de Angela Leong e do falecido magnata Stanley Ho, declarou que a visita de Xi Jinping contribui para o surgimento de uma nova dinâmica para que os jovens locais se integrem mais nas políticas nacionais. Arnaldo Ho, que presidente à Associação das Elites da Juventude (The Youth Elites Association), disse também esperar que o novo Governo liderado por Sam Hou Fai, que toma posse amanhã, continue a liderar o processo de maior integração de Macau no projecto da Grande Baía, consolidando o lugar dos jovens de elite de Macau e apoiando a formação de mais líderes que têm amor a Macau e à pátria. UM | Reitor diz que visita de Xi encoraja alunos O reitor da Universidade de Macau (UM), Song Yonghua, disse que a visita de Xi Jinping a Macau revela uma grande atenção do Governo Central em relação a Macau, além de encorajar alunos e docentes da UM. Song Yonghua disse que a UM vai sempre procurar inovar em prol da excelência do ensino, a fim de formar mais quadros qualificados e construir uma plataforma de inovação tecnológica para a Grande Baía. O reitor disse também que Macau pode dar contributos para que a China seja um país com um papel preponderante na área da educação e tecnologia. MUST | Pelo desenvolvimento do ensino superior Joseph Lee, reitor da Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau (MUST, na sigla inglesa), declarou que a visita de Xi Jinping traz mais confiança e coragem para o desenvolvimento de Macau no futuro. O responsável declarou que, com base nas instruções de Pequim, o ensino superior desenvolveu-se bastante nos últimos anos, sendo que o Governo melhorou o quadro legislativo nesta área. Desta forma, segundo Joseph Lee, houve avanços na formação de talentos, maior inovação tecnológica, transmissão cultural e serviços sociais. O reitor adiantou também que estas práticas beneficiam a integração de Macau no desenvolvimento nacional, tendo em conta o conceito de “Um País, Dois Sistemas”.
Hoje Macau EventosÓscares | “Percebes” finalista, “Grand Tour” de Miguel Gomes de fora O filme de animação “Percebes”, de Laura Gonçalves e Alexandra Ramires, está entre os finalistas a uma nomeação para os Óscares 2025, enquanto “Grand Tour”, de Miguel Gomes, ficou de fora, revelou ontem a Academia de Cinema dos Estados Unidos. A academia divulgou a lista de finalistas no processo de selecção dos nomeados para os Óscares, em dez categorias distintas, e entre eles figura o filme de animação “Percebes”, das realizadoras portuguesas Laura Gonçalves e Alexandra Ramires. Premiado em Junho passado no Festival de Cinema de Annecy, “Percebes” entra, assim, na corrida aos Óscares para Melhor Curta-Metragem de Animação, na mesma categoria para a qual esteve nomeado o filme “Ice Merchants”, de João Gonzalez, em 2023. De fora do processo de candidatura aos Óscares fica “Grand Tour”, de Miguel Gomes, que tinha sido proposto pela Academia Portuguesa de Cinema na categoria de Melhor Filme Internacional. Na disputa de uma nomeação nesta categoria de Melhor Filme Internacional segue, entre outros, “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, indicado pelo Brasil. “Percebes” é um documentário, animado em aguarela e digital, sobre o ciclo de vida deste crustáceo no contexto da apanha no Algarve, com as duas realizadoras a abordarem ainda questões sobre a relação dos habitantes locais com o mar, sobre turismo e sobre o desordenamento da costa portuguesa. Produzido pela cooperativa BAP Animation, com coprodução francesa, o filme venceu o Prémio Cristal de Melhor Curta-Metragem do Festival de Annecy, em França e, de acordo com a Agência da Curta-Metragem, soma mais de uma dezena de outras distinções e 91 selecções em festivais. A realizadora Laura Gonçalves chegou a fazer parte da lista de finalistas aos Óscares de 2023 com o filme de animação “O homem do lixo”, mas não chegou às nomeações. A 97.ª edição dos Óscares está marcada para 2 de Março, em Los Angeles, sendo os nomeados revelados a 17 de Janeiro.
Hoje Macau Manchete PolíticaMacau 25 anos | Intérprete de Deng Xiaoping realça Macau como exemplo “Eu diria que, para o Governo Central e para as 1,4 mil milhões de pessoas no continente chinês, Macau tem sido um exemplo de grande sucesso da fórmula ‘Um País, Dois Sistemas'”, disse à agência Lusa Gao Zhikai, que serviu como intérprete do antigo líder chinês Deng Xiaoping e é actualmente um dos mais conhecidos comentadores da televisão chinesa. Aquela fórmula, que permitiu definir para Macau e Hong Kong um elevado grau de autonomia a nível executivo, legislativo e judiciário, foi originalmente proposta por Deng, no final dos anos 1970, como solução para reunificar Taiwan. Em Macau, a “melhoria dos índices”, desde a transferência da administração de Portugal para a China, “falam por si”, destacou Gao. “Macau alcançou estabilidade, crescimento, paz e rápido desenvolvimento económico”, disse. A imprensa estatal chinesa enfatizou igualmente o desenvolvimento da região nos últimos 25 anos. Num artigo intitulado “A prosperidade de Macau dissipa as dúvidas sobre [o modelo] ‘Um País, Dois Sistemas’” a agência noticiosa oficial Xinhua escreveu que “outrora conhecida como a ‘cidade dos casinos’ e cenário frequente de filmes de ‘gangsters’, [Macau] transformou-se numa cidade dinâmica, celebrada pela sua vitalidade económica, baixas taxas de criminalidade e excepcional bem-estar público”. Da passagem da administração portuguesa ficou, entre outros, os edifícios coloniais, a calçada portuguesa, os azulejos, mas também património imaterial como a língua portuguesa, que continua a ser oficial nos serviços públicos e o Direito, que é de matriz portuguesa. Gao Zhikai disse que a China vê como “positiva” a manutenção dessa herança, e estabelece um contraste com a política da Índia para a região de Goa, “onde a influência portuguesa foi eliminada após a integração”. “A China e o seu povo não têm qualquer problema em manter a herança portuguesa em Macau”, sublinhou.
Hoje Macau SociedadeAcadémica fala da criação de uma “identidade única” em Macau Uma académica disse que apesar de se observar uma “crescente valorização” da língua e cultura portuguesas em Macau, esta serve mais a “criação de uma identidade única” para o território do que reflecte o “significado do legado luso-macaense”. “Tem-se assistido a uma crescente valorização da cultura e da língua portuguesa em Macau, mas não necessariamente no sentido de um resgate histórico contextualizado”, disse à Lusa a professora do Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa da Universidade Politécnica de Macau (UPM), Vanessa Amaro. A académica, que se tem dedicado ao estudo da comunidade portuguesa em Macau desde 2012, notou que esta valorização “parece estar mais relacionada com a criação de uma identidade única” para o território, “construída sobre símbolos reconhecíveis da cultura portuguesa”. Símbolos como o pastel de nata, o galo de Barcelos, a calçada portuguesa ou os arraiais “foram apropriados como ícones culturais” e embora de origem portuguesa, servem agora de “ferramentas de ‘branding’ turístico”. Esta “apropriação cultural” tem sido recebida de diferentes formas pela comunidade portuguesa local, explica. Alguns residentes observam a prática como “uma forma de preservação e celebração da herança luso-macaense”, que distingue Macau do resto do país e reforça o papel do território como ponte entre a China e os países lusófonos. Um “parque temático” Há também quem sinta que esta valorização cultural “corre o risco de transformar Macau num ‘parque temático’, onde a cultura é apresentada de forma superficial, mais como um produto turístico do que como uma vivência autêntica e historicamente enraizada”. Este sentimento, continua a investigadora, é acentuado pelo “uso estratégico” destes símbolos, seja em campanhas publicitárias ou eventos que se destinam ao turismo e que muitas vezes “ignoram o contexto histórico e sociocultural mais profundo”. “O resultado é uma narrativa cultural simplificada, que privilegia a estética e o exotismo ao invés de reflectir as complexidades e o verdadeiro significado do legado luso-macaense”, acrescenta. A abordagem, apesar de eficaz no turismo, pode “levar a uma desconexão com as vivências reais da comunidade local e com a história que moldou a identidade única de Macau”, remata. Vanessa Amaro, com tese de doutoramento sobre as dinâmicas da comunidade no período pré e pós-transição, concentra actualmente a investigação na forma como os símbolos culturais portugueses estão a ser apropriados e reinterpretados no contexto pós-colonial de Macau, explorando o papel destes na construção de uma identidade local e na promoção do ‘branding’ turístico da cidade.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Chefe das forças armadas detido devido a rebelião As autoridades sul-coreanas detiveram ontem o chefe das forças armadas, general Park An-su, acusado de rebelião e abuso de poder na sequência da declaração de lei marcial em 3 de Dezembro. Park é o quinto alto funcionário a ser detido desde a polémica medida decretada pelo Presidente Yoon Suk-yeol, revogada após algumas horas, que justificou com uma alegada aproximação da oposição a posições “semelhantes às da Coreia do Norte”. Já tinham sido detidos o ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, o chefe dos serviços secretos, Yeo In-Hyung, o chefe do Comando de Guerra Especial, Kwak Jong-keun, e o chefe do Comando de Defesa da Capital, Lee Jin-woo. O parlamento votou no sábado a destituição do Presidente, que foi ontem intimado pelo gabinete do procurador-geral para depor no âmbito da investigação de rebelião de que é alvo, mas o seu gabinete rejeitou a carta. Trata-se da segunda convocatória enviada a Yoon, de acordo com os meios de comunicação social sul-coreanos citados pela agência espanhola Europa Press. O procurador marcou o testemunho de Yoon para as 10h locais de hoje. Já no domingo, o Presidente evitou depor, alegando que ainda não dispunha de uma equipa jurídica adequada. “O Presidente não vê as acusações de rebelião como uma questão jurídica, mas como uma questão política”, afirmaram os seus advogados sobre o processo de destituição. O processo está agora nas mãos do Tribunal Constitucional, que terá agora de se pronunciar sobre a questão. Os advogados de Yoon disseram que vão contestar em tribunal as acusações de rebelião contra o Presidente. Um dos advogados, Seok Dong-hyeon, considerou que a tentativa de imposição da lei marcial “não se qualifica como rebelião”.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Governo quer renováveis como principais fontes de energia até 2040 O Japão quer fazer das energias renováveis a principal fonte de energia até 2040, para alcançar a neutralidade carbónica em meados do século XXI, de acordo com um plano divulgado ontem pelo Governo japonês Treze anos depois da catástrofe de Fukushima, a energia nuclear vai também desempenhar um papel importante para satisfazer a procura crescente de energia ligada à inteligência artificial (IA) e à produção de semicondutores. O arquipélago japonês já estabeleceu o objectivo de atingir a neutralidade carbónica até 2050. Esta versão preliminar do novo plano estratégico energético do país prevê que as energias renováveis, como a solar e a eólica, venham a fornecer 40 a 50 por cento da produção de electricidade até 2040. Isto representa um aumento significativo em relação ao nível do ano passado de 23 por cento e ao objectivo anteriormente publicado de 38 por cento até 2030. Pobre em recursos naturais, o Japão vai “esforçar-se em maximizar a utilização das energias renováveis como principal fonte de energia”, referiu o projecto de plano, que será examinado por peritos antes de ser apresentado ao Governo para aprovação. Mas o país tem também como objectivo um cabaz energético que não dependa fortemente de uma única fonte, “com vista a assegurar um abastecimento energético estável e a descarbonização”, acrescentou. Em 2023, quase 70 por cento das necessidades de electricidade do país eram cobertas por centrais térmicas. Até 2040, o Governo pretende agora que esta percentagem desça para 30 ou 40 por cento. O objectivo anteriormente anunciado para 2030 era de 41 por cento, ou 42 por cento, se for incluído hidrogénio e amoníaco. Um quinto nuclear Tóquio prevê um aumento de 10 a 20 por cento da produção de electricidade do país até 2040, em relação a 2023. O plano publicado pela Agência de Recursos Naturais e Energia do Japão já não inclui a intenção do país de reduzir a dependência da energia nuclear “tanto quanto possível”, objectivo estabelecido na sequência do desastre nuclear de Fukushima em 2011. O Governo encerrou todas as centrais nucleares do arquipélago depois desta tripla catástrofe: sismo, tsunami e acidente nuclear. Mas, apesar dos protestos de algumas regiões, as centrais têm sido gradualmente recolocadas em funcionamento, no âmbito da política de redução das emissões. O país planeia ter todos os reatores existentes em funcionamento até 2040, com a possibilidade de acrescentar novos reatores. De acordo com os objectivos fixados para 2040, a energia atómica representa cerca de 20 por cento das necessidades energéticas do Japão, aproximadamente o mesmo nível que o actual objectivo para 2030. Mas menos do que os níveis anteriores a 2011 de cerca de 30 por cento. Este valor seria mais do dobro dos 8,5 por cento da produção total de electricidade que a energia nuclear forneceu em 2023. O país, como muitos outros em todo o mundo, registou este ano temperaturas recorde no Verão. As preocupações geopolíticas que afetam o abastecimento de energia, desde a guerra na Ucrânia até à situação no Médio Oriente, são outra razão para a mudança para as energias renováveis e a energia nuclear, de acordo com o projecto.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste | Vice-MNE em visita para reforço da relação bilateral O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Sun Weidong, afirmou que a visita a Timor-Leste visa reforçar a cooperação, depois de no ano passado os dois países terem fortalecido a parceria estratégica. “A minha visita aqui é para fazer avançar a implementação dos consensos acordados pelos nossos líderes, promover a nossa cooperação e para uma reunião de concertação com a minha homóloga, com quem tive uma discussão bastante produtiva”, afirmou Sun Weidong. O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, que iniciou domingo uma visita de 24 horas a Timor-Leste, falava aos jornalistas depois de um encontro com o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão. “O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da China veio para falar sobre a cooperação com Timor-Leste. Não discutimos questões detalhadas, mas partilhámos ideias e reafirmámos a vontade de [a China] continuar a apoiar o desenvolvimento de Timor-Leste”, afirmou Xanana Gusmão. No âmbito da visita, Sun Weidong reuniu-se no domingo com a vice-ministra para os Assuntos da Associação das Nações do Sudeste Asiático, Milena Rangel, tendo também reunido ontem, antes do final da visita, com a presidente do Parlamento, Fernanda Lay. A China e Timor-Leste elevaram em Setembro de 2023 as relações bilaterais para uma “parceria estratégica abrangente”, o segundo nível mais alto no protocolo da diplomacia chinesa, em linha com a iniciativa “Faixa e Rota”. O acordo foi assinado, no ano passado, entre o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, e o Presidente chinês, Xi Jinping, à margem da cerimónia de abertura dos Jogos Asiáticos, evento que se realiza a cada quatro anos. O documento destaca quatro prioritárias, nomeadamente indústria, infra-estruturas, agricultura e melhoria de vida dos cidadãos timorenses.
Hoje Macau China / ÁsiaMongólia Interior | Antigo dirigente condenado a pena de morte por corrupção Um tribunal da região da Mongólia Interior, no norte da China, manteve ontem a condenação à pena de morte de Li Jianping, antigo funcionário público condenado por corrupção, desvio de fundos públicos e conivência com organizações criminosas. A decisão seguiu-se a uma revisão e aprovação da sentença pelo Supremo Tribunal Popular da China, disse o mais alto órgão judicial do país, na conta oficial na rede social chinesa Wechat. Li, antigo secretário do Comité do Partido Comunista na Zona de Desenvolvimento Económico e Tecnológico da capital regional Hohhot, foi condenado em primeira instância em Setembro de 2022 pelo Tribunal Intermédio de Xingan, que lhe impôs a pena de morte, a privação dos direitos políticos para toda a vida e a confiscação total dos bens pessoais. Depois de o arguido ter recorrido da sentença, o Tribunal Superior da Mongólia Interior confirmou o veredicto em Agosto passado e remeteu a decisão para revisão pelo Supremo Tribunal. O mais alto órgão judicial concluiu que, durante o mandato como funcionário público, Li aproveitou-se da posição para desviar ilegalmente fundos estatais no valor de mais de 1,437 mil milhões de yuan. Também aceitou subornos no valor de 577 milhões de yuan em troca de favores e desviou mais 1,055 mil milhões de yuan de fundos públicos. O Supremo Tribunal considerou também que Li violou os deveres de funcionário público ao ser cúmplice da actividade ilegal de uma organização criminosa. O acórdão sublinhou que as acções de Li causaram “prejuízos extraordinários” aos interesses do Estado e da população, com um impacto social “particularmente negativo”. Devido à gravidade dos crimes, a pena de morte foi considerada “legal e adequada”. Antes da execução, foi dada ao preso a oportunidade de se encontrar com os familiares mais próximos, referiu o comunicado do tribunal.
Hoje Macau China / ÁsiaUE | Pequim critica sanções contra empresas por alegado apoio à Rússia A China manifestou ontem forte insatisfação e oposição às “sanções irracionais” impostas pela União Europeia contra algumas empresas chinesas, pelo seu alegado apoio à Rússia na guerra na Ucrânia “A China sempre se opôs a sanções unilaterais que não têm base no direito internacional e não são autorizadas pelo Conselho de Segurança da ONU”, afirmou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, em conferência de imprensa. Lin Jian afirmou que o seu país “sempre tentou facilitar as negociações de paz na Ucrânia” e “nunca forneceu armas às partes em conflito”. “A China controla rigorosamente a exportação de produtos de dupla utilização”, acrescentou o porta-voz, assegurando que o controlo das exportações de veículos aéreos não tripulados (‘drones’) é “o mais rigoroso do mundo”. De acordo com o porta-voz, “os contactos e a cooperação normais entre as empresas chinesas e russas não devem ser interferidos”, acrescentando que “a maior parte dos países, incluindo a Europa e os Estados Unidos, mantêm actualmente relações comerciais com a Rússia”. Lin instou a União Europeia (UE) a “não aplicar dois pesos e duas medidas na questão da cooperação económica e comercial com a Rússia”, “deixar de difamar e culpar a parte chinesa de forma infundada” e “deixar de prejudicar os interesses legítimos das empresas chinesas”. No congelador Na segunda-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE apoiaram a inclusão de 84 nomes na lista de entidades penalizadas: 54 pessoas e 30 empresas consideradas responsáveis por acções que comprometem ou ameaçam a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia. As entidades são principalmente empresas de defesa russas e companhias de navegação responsáveis pelo transporte marítimo de petróleo bruto e produtos petrolíferos, que “proporcionam receitas significativas ao governo russo”, de acordo com a UE. Pela primeira vez foram impostas sanções (proibição de viajar, congelamento de bens e proibição de disponibilizar recursos económicos) a uma série de entidades chinesas que fornecem ‘drones’ e componentes microelectrónicos para apoiar a guerra. Desde o início do conflito na Europa, a China tem mantido uma posição ambígua, apelando ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e à atenção às “preocupações legítimas de todos os países”, em referência à Rússia, com a qual intensificou os seus laços nos últimos anos.
Hoje Macau SociedadeIC | Escolhidas seis propostas de espectáculos para apoios O Instituto Cultural (IC) escolheu seis propostas de espectáculos de palco submetidas no âmbito do programa “Comissionamento de Produções de Artes Performativas”, sendo que estes podem ser apresentados ao público entre o próximo ano e 2026. Assim, foram seleccionados uma obra de dança de autoria do Lam Dance Theater; um musical da Stage Evolution Produção Lda.; uma peça de teatro para bebés da Companhia Cultural e Criativa Milagre Lab Limitada; uma peça de teatro do Estúdio de Arte de PO; uma peça de teatro infantil do Rolling Puppet Alternative Theatre; e uma peça de teatro da Dirks Theatre Arts Association. As candidaturas decorreram entre os meses de Junho e Setembro deste ano, período durante o qual o IC recebeu 35 propostas. O financiamento concedido pelo IC visa apoiar “custos de produção ocorridos na materialização dos conceitos criativos”, além de que está previsto o suporte na estreia e concessão de recursos para novas apresentações em palco, a fim de “impulsionar o desenvolvimento das artes performativas e das indústrias culturais de Macau”.
Hoje Macau Manchete SociedadeRAEM 25 Anos | Comunidade olha para diferenças antes e depois da transferência Os portugueses Rui Furtado e Alexandra Veredas aterraram em Macau com três décadas de distância e olham para a cidade e as mudanças pós-transição de forma distinta A viver há mais de 30 anos em Macau, Rui Furtado, cirurgião, considera-se hoje tanto da região chinesa como de Portugal. Chegou no início dos anos 1990, entrava o território na última década sob domínio português. Para trás, ficou Lisboa e o Hospital de Santa Maria. “O salário e as condições de vida permitiam que as pessoas tivessem uma vida mais sossegada [em Macau]”, começa por dizer o médico à Lusa. Trabalhou no hospital público local mais de 20 anos, transitando, em 2013, para o sector privado. Mas de lá para cá, o que levava tantos clínicos a atravessarem mundo perdeu-se, na perspectiva deste açoriano, natural de Ponta Delgada. Se tivesse hoje os 46 anos que tinha quando aterrou em Macau, não faria a mesma escolha: “Não oferece garantias de estabilidade para quem começa uma vida aqui a trabalhar como médico”. Macau não aceita desde o ano passado novos pedidos de residência para portugueses, para o “exercício de funções técnicas especializadas”, permitindo apenas justificações de reunião familiar ou anterior ligação ao território. As orientações eliminam uma prática firmada após a transição de Macau, em 1999. A alternativa para um português garantir o bilhete de identidade de residente (BIR) passa por uma candidatura aos recentes programas de captação de quadros qualificados. Outra hipótese é a emissão de um ‘blue card’, autorização limitada ao vínculo laboral, sem os benefícios dos residentes, nomeadamente ao nível da saúde ou da educação. A um médico português que chegue hoje ao território é atribuído este estatuto, diz Furtado. “É discriminatória a maneira como são tratados os ‘blue cards’, quando ao fim e ao cabo são a base da vida em Macau”, declara. No final de Outubro, Macau contava com cerca de 182 mil trabalhadores não-residentes, num total de pouco mais de 686 mil habitantes na cidade (números de Setembro), indicam dados oficiais. Mais burocracia A académica da Universidade Politécnica de Macau (UPM) Vanessa Amaro, que se tem dedicado ao estudo da comunidade portuguesa em Macau , nota que quem chega ao território depara-se agora com um contexto socioeconómico e político diferente, “marcado por mais restrições e desafios burocráticos, como a dificuldade em obter residência e contratos de trabalho com menos regalias”. Esta limitação na residência “desmotiva muitos a considerar Macau como uma opção de longo prazo, limitando a estabilidade e o sentimento de pertença”, analisa. Outros factores pesam na altura de escolher esta cidade no sul da China, nomeadamente a “crescente reputação nos meios de comunicação portugueses como uma região” que “está a perder algumas das liberdades e características que anteriormente a distinguiam”, diz. Nos últimos anos, ecos das mudanças políticas em Hong Kong, em resposta às gigantes manifestações anti-governamentais, chegaram a Macau. A deterioração das liberdades tem sido abordada por várias instituições, incluindo UE e ONU, que expressaram preocupação com decisões como a desqualificação de candidatos pró-democracia às legislativas. Críticas repudiadas pelo Governo local. Aposta satisfatória Alexandra Veredas, professora de Matemática e Ciências, chegou a Macau em Agosto de 2023, tendo-lhe sido atribuído um ‘blue card’. Nada que tenha assustado esta natural de Moura, que, depois de leccionar em várias cidades portuguesas e diferentes países, assume viver “em constante descoberta”. “Vim, pelo menos, por um ano, depois vai-se ficando ou não. Para mim, nada é definitivo”, refere a professora da Escola Portuguesa de Macau. Para Alexandra Veredas, de 53 anos, segurança e finanças são vantagens: “é um sítio muitíssimo seguro, onde realmente o vencimento que temos é perfeitamente ajustável às necessidades e é possível fazer uma poupança, o que nos tempos actuais é difícil na Europa”. Os censos de 2021 indicam mais de 2.200 pessoas nascidas em Portugal a viver em Macau. A última estimativa dada à Lusa pelo Consulado-geral de Portugal apontava para mais de 100 mil portadores de passaporte português entre os residentes de Macau e Hong Kong. “Muitos dos novos residentes vêm com contratos de trabalho temporários ou como parte de missões específicas, enquanto a comunidade pré-transição era composta por indivíduos e famílias que geralmente tinham uma ligação mais permanente ao território, em parte devido às condições de estabilidade e maior abertura política e social da época”, avalia a professora. No entanto, salienta Amaro, muitos jovens que chegaram após a transição e com uma perspectiva temporária de Macau, acabaram por constituir família. Um fenómeno que “tem contribuído para a revitalização da comunidade”, com o nascimento de crianças portuguesas, “fortalecendo laços locais e ampliando a presença de uma nova geração luso-descendente”. À Lusa, a académica lembra outro episódio com impacto na presença portuguesa: as rigorosas restrições adoptadas durante a pandemia da covid-19. Apesar disso, observa que “muitas pessoas que partiram decidiram regressar”. “A experiência de viver num território com uma dinâmica multicultural única, combinada com a forte ligação emocional e social estabelecida ao longo dos anos, fez com que o regresso a Macau se tornasse uma escolha natural para aqueles que não se sentiram plenamente integrados no seu país de origem ou noutros destinos”, realça. No que diz respeito à relação com as autoridades, esta varia. A comunidade sente-se valorizada, especialmente no que diz respeito à preservação da língua portuguesa e papel de Macau como plataforma entre a China e os países lusófonos, diz. Mas salienta: existe uma “percepção crescente de perda de visibilidade e de apoio”, nomeadamente em relação à participação em decisões locais. “Tem a ver com o facto de cada vez haver menos portugueses em cargos de decisão e de chefia, por isso as opiniões dos portugueses são cada vez menos levadas em consideração”, explica.
Hoje Macau SociedadeAdolescentes | Inquérito revela pouco desporto e horas de sono Um inquérito realizado pela Associação Geral de Estudantes Chong Wa de Macau sobre a saúde e estilo de vida de adolescentes conclui que os jovens dormem menos do que deviam e praticam pouco desporto. O tempo para a prática desportiva é, em média, 4,97 horas por semana, segundo as respostas, enquanto que o tempo médio de sono é de 6,8 horas. As recomendações internacionais para uma boa noite de sono e prática de desporto é de 8 a 10 horas diárias, pelo que Macau está abaixo desses níveis. A equipa que realizou o inquérito sugere que escolas e famílias disponibilizem mais apoios aos jovens, com a criação de iniciativas de acompanhamento destes e que fomentem um sono de maior qualidade e aumento da prática desportiva. O inquérito foi realizado entre os meses de Outubro e Novembro, tendo sido recolhidas 1185 respostas válidas de estudantes de nove escolas secundárias, além de que foram realizadas 19 entrevistas com alunos.
Hoje Macau PolíticaCGA | Jorge Fão pede processos rápidos para evitar tributação O presidente da Assembleia Geral da Associação dos Aposentados de Macau (APOMAC), Jorge Fão, defende a necessidade de agilizar o processo de emissão da declaração de residência em Macau, que permite evitar o pagamento de impostos em Portugal, por parte dos aposentados que recebem pensão através da Caixa Geral de Aposentações (CGA). Em declarações à Rádio Macau, Jorge Fão desvalorizou o facto de os aposentados terem de passar metade do ano em Macau para obter a declaração do não pagamento de impostos em Portugal, como decorre do Código Fiscal. Segundo as explicações do dirigente da APOMAC, a alteração acaba por não ser relevante porque existe um acordo entre Portugal e Macau que já prevê o não pagamento de impostos e a emissão da declaração necessária. No entanto, o dirigente indicou a necessidade de acelerar os procedimentos na emissão da declaração, dado que, de acordo com os procedimentos actuais, o director dos Serviços de Finanças tem de assinar à mão cerca de 1.800 declarações. As declarações só podem ser apresentadas à DSF em Janeiro e têm de ser enviadas para Portugal até 10 de Janeiro, para evitar a tributação. O tempo é considerado curto, e o procedimento desadequado, o que levou Jorge Fão a pedir alternativas mais rápidas e convenientes.
Hoje Macau PolíticaRAEM 25 anos | John Lee vem a Macau na sexta-feira O Chefe do Executivo de Hong Kong, John Lee, irá chefiar uma delegação de governantes que se desloca a Macau na sexta-feira por ocasião da cerimónia de celebração do 25º aniversário da RAEM e da tomada de posse do VI Governo da RAEM, liderado por Sam Hou Fai. Numa nota do Governo da região vizinha, foi referido que a delegação da RAEHK chega a Macau amanhã, partindo logo na sexta-feira. Além de John Lee, o Executivo de Hong Kong será representado pelo secretário das Finanças Paul Chan, o secretário da Justiça Paul Lam, o secretário para os Assuntos Constitucionais e do Interior Erick Tsang Kwok-wai e a directora do Gabinete do Chefe do Executivo Carol Yip. Na sua ausência, John Lee será substituído pelo Secretário-Chefe da Administração, Chan Kwok-ki. Na mesma nota, John Lee declarou que vem a Macau “felicitar Sam Hou Fai”, tendo descrito a relação de Macau e Hong Kong como “de irmãos, com um frequente intercâmbio” e prometido uma comunicação próxima nos próximos anos. John Lee disse ainda esperar dialogar com o novo Chefe do Executivo de Macau sobre as possibilidades de cooperação em várias áreas no futuro, tendo em conta que ambos os territórios fazem parte do projecto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. A confirmação da vinda de uma delegação governamental de Hong Kong a Macau foi feita ontem numa sessão com jornalistas antes de uma reunião do Conselho Executivo.
Hoje Macau Grande PlanoÁrea da Grande Baía: Integração transforma fronteiras em pontes de oportunidades A Área da Grande Baía (AGB) Guangdong-Hong Kong-Macau é mais do que uma visão para a cooperação económica – é uma realidade próspera que demonstra o poder transformador da integração. Embora o termo “AGB” seja relativamente recente, os princípios que lhe estão subjacentes – combinar inovação, recursos e culturas além fronteiras – têm vindo a moldar a região há décadas. Inovação de alta tecnologia: Materiais para o futuro A parceria entre Macau e a ilha de Hengqin está a impulsionar avanços tecnológicos. Lei Zhen, fundador da Nanometals Technology, está na vanguarda com o seu “fio de prata nanométrico”, um material revolucionário para ecrãs tácteis e ecrãs dobráveis. “A inteligência artificial é o futuro, onde a interação homem-máquina em dispositivos inteligentes será generalizada. O fio de prata nanométrico é o material fundamental para esse futuro”, explica Lei. Os amplos recursos, o espaço e o próspero ecossistema industrial de Hengqin proporcionam o que a paisagem urbana compacta de Macau não consegue, enquanto a reputação de Macau como centro de investigação e porta de entrada global atrai talento e financiamento internacionais. Desde 2015, esta parceria tem transformado as ideias de ponta de Lei em sucessos comerciais. “A substituição de materiais estrangeiros permite às empresas controlar as cadeias de abastecimento, reduzir os custos e aumentar o desempenho dos produtos”, acrescenta Lei. Esta colaboração realça a força da AGB: combinar os conhecimentos de investigação de Macau com o poder de fabrico de Guangdong. Trata-se de uma fórmula que mantém o talento local no terreno e atrai inovadores globais. O Centro de Incubação de Jovens Empreendedores de Macau é um excelente exemplo – mais de 600 empresas iniciantes floresceram desde 2015, com um número crescente de empreendimentos de alta tecnologia. Reformas financeiras: Dar poder aos sonhos das empresas A AGB está também a redefinir os serviços financeiros, proporcionando novas oportunidades tanto para as empresas como para os residentes. Os programas financeiros inovadores da Hengqin são uma tábua de salvação para os empresários de Macau. Amy Wat, uma empresária de Macau que transferiu o seu restaurante para Hengqin, elogia o apoio: “Confiaram-me um empréstimo, apesar de eu nunca ter trabalhado aqui. A ajuda tem sido incrível”. Ao sincronizar os registos de crédito com os sistemas financeiros de Macau, a sucursal de Hengqin do Banco da China oferece agora empréstimos a empresas em fase de arranque até 30 milhões de yuans (cerca de 4 milhões de dólares) sem exigir activos no continente. “Sob a orientação do Banco Popular da China, lançámos também a liquidação de hipotecas transfronteiriças e empréstimos digitais em RMB”, diz Liu Xianghong, Governador da sucursal. “Estas medidas estão a ajudar os residentes de Macau a integrarem-se na economia do continente.” Até à data, foi aprovado um total de 460 milhões de yuans (cerca de 73 milhões de dólares) em empréstimos ao abrigo do regime, beneficiando mais de 100 empresas. As comodidades quotidianas também melhoraram. Os sistemas de pagamento em duas moedas permitem agora aos residentes de Macau fazer compras na sua moeda local, a Pataca de Macau, nos supermercados, cafés e lojas de Hengqin. O poder das estrelas: Os concertos impulsionam o boom económico de Macau A integração regional também reforçou o estatuto de Macau como “Cidade das Artes do Espetáculo”. Só no ano passado, a cidade acolheu mais de 240 concertos de música pop, atraindo multidões que bateram recordes. As novas ligações de transporte e a alfândega aberta 24 horas por dia na fronteira de Hengqin conduziram a um afluxo de visitantes do continente. Jeffrey Jiang, Vice-Presidente Sénior dos Serviços de Entretenimento da Galaxy Entertainment, realça o impacto económico surpreendente destes eventos: “Cada concerto atrai mais de 10.000 participantes, com cada visitante a gastar uma média de 5.600 patacas – a mais elevada entre todos os segmentos de visitantes”, explica Jiang. A arena coberta Galaxy, com 16.000 lugares, pode ser a joia da coroa de Macau, mas a cidade já está de olho em prémios maiores. Os convites para a construção de recintos maiores, com capacidade para 50 000 espectadores, prometem atrair super-estrelas mundiais e audiências internacionais de maior dimensão. Os concertos provaram ser um investimento lucrativo, impulsionando as reservas de hotéis, restaurantes, comércio e desenvolvimento de infra-estruturas no âmbito da Área da Grande Baía (AGB). Reforma e resiliência: Um modelo para o futuro A Área da Grande Baía (AGB) é mais do que uma estratégia regional – incorpora o compromisso inabalável da China com a reforma e a abertura económica em tempos de incerteza. Durante décadas, as empresas de Macau e Guangdong colaboraram naturalmente, capitalizando os pontos fortes únicos de cada região. “O conceito de AGB não é novo – já o fazemos há anos”, diz Charles Choy, presidente da Câmara de Comércio Americana em Macau e copresidente da Macao Beer. Desde os anos 90, a Macao Beer evoluiu de uma pequena fábrica de cerveja de garagem na Ilha de Coloane para umas instalações de ponta e uma joint-venture internacional em Zhuhai. Ao importar lúpulo de cerveja dos Estados Unidos através de um sistema de aprovisionamento internacional resiliente, a empresa tem conseguido ultrapassar as perturbações tarifárias. O papel de Zhuhai como pioneira na reforma económica da China, com a sua mão de obra qualificada, recursos abundantes e políticas favoráveis aos investidores, complementou o espírito empresarial de Macau. Choy acrescenta que a cerveja de Macau, enquanto “produto de destino”, beneficia diretamente do boom turístico da AGB. As parcerias transfronteiriças permitiram às empresas expandir as suas operações, mantendo as suas identidades distintas. Numa altura em que Macau se encontra numa encruzilhada histórica, a AGB demonstra o poder transformador da integração – uma convergência dinâmica de recursos, talento e inovação que promove o crescimento sustentável. Desde as descobertas de alta tecnologia até aos avanços culturais e financeiros, esta sinergia também constitui um exemplo global de como a cooperação regional pode impulsionar a resiliência, a inovação e a prosperidade num mundo interligado. Por Huang Fei, CGTN
Hoje Macau China / ÁsiaUm milhão de palestinianos enfrenta Inverno sem refúgio em Gaza Cerca de um milhão de palestinianos enfrenta o Inverno na Faixa de Gaza sem abrigo adequado, devido à destruição provocada pela ofensiva militar do exército israelita, alertou ontem o Conselho Norueguês para os Refugiados (CNR). Segundo a organização não-governamental (ONG) norueguesa, na Faixa de Gaza, alvo dos ataques israelitas depois de Israel ter sido atingida a 7 de Outubro de 2023 por um ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano Hamas, apenas 23 por cento das necessidades de abrigo foram cobertas no Outono. A ONG afirmou que, em Setembro, eram necessários 2.000 camiões de tendas ou 200 camiões de ‘kits’ de impermeabilização para fornecer protecção básica de Inverno a 1,13 milhões de palestinianos, mas até ao final de Novembro apenas 285.000 pessoas tinham recebido estes materiais. O CNR sublinhou também que, desde o início de Outubro, a “ofensiva e o cerco” do exército israelita no norte de Gaza deslocou mais 100.000 palestinianos, deixando um total de 945.000 a necessitar de assistência e de abrigos, sublinhando que a entrega destes materiais diminuiu, uma vez que foi dada prioridade à entrega de farinha devido ao risco de fome. “Recebemos apenas uma fracção da ajuda necessária para resolver a crise dos abrigos”, afirmou Jeroen Quanjer, presidente do Grupo Refúgio para a Palestina. A ONG criticou as restrições de Israel à entrada de materiais essenciais face às novas vagas de deslocados no norte da Faixa de Gaza “Centenas de milhares de famílias deslocadas estão a suportar o frio e a chuva do inverno sem uma protecção significativa. A repetida recusa das autoridades israelitas em fornecer materiais de abrigo essenciais está a impedir-nos de aumentar a nossa resposta para construir abrigos de emergência que possam resistir às condições de Inverno em Gaza”, afirmou. A este respeito, a organização recordou que a tempestade do final de Novembro inundou vários campos de deslocados internos, destruindo tendas e abrigos e obrigando muitas famílias a deslocarem-se novamente. Segundo Quanjer, pelo menos 101 locais de deslocados internos no sul de Wadi Gaza, onde vivem mais de 450.000 palestinianos, são propensos a inundações. Em movimento Mahmud, um palestiniano deslocado na cidade de Deir al-Bala’a (centro), disse que durante a tempestade de Novembro se levantou porque a água estava a inundar as tendas. “Os nossos filhos estavam a dormir quando a água os atingiu. Os nossos cobertores e roupas ficaram estragados. Agora não resta nada, apenas um lago. Estou a tentar salvar o que resta, mas sinto-me abandonado. Ninguém parece importar-se, nem o mundo árabe, nem os decisores políticos. Fomos deixados sozinhos”, afirmou. As repetidas deslocações provocadas pela ofensiva israelita obrigaram as famílias a deixar para trás materiais de abrigo essenciais, fugindo muitas vezes apenas com o que conseguiram transportar, segundo o NRC, que observou que muitas tendas e provisões entregues ao longo do último ano por organizações de ajuda humanitária estão inutilizáveis devido ao desgaste, não chegando provisões suficientes para as substituir.
Hoje Macau EventosCURB | Conhecidos vencedores de concurso de urbanismo O CURB – Centro de Arquitetura e Urbanismo anunciou ontem os vencedores do concurso “Placeable City | Placemaking no Porto Interior de Macau 2024”, destinado a apresentar soluções de renovação nas áreas de arquitectura e urbanismo para três zonas comunitárias no Porto Interior: a Travessa do Bazar Novo e Travessa do Auto Novo, o Largo do Aquino e Escada do Quebra-Costas até à Travessa do Abreu, junto ao Pátio das Seis Casas. Em primeiro lugar, ficou o projecto para a Travessa do Bazar Novo e Travessa do Auto Novo da autoria de Sun Ruipu, Xie Borui e Chen Zhiyu. Em segundo lugar, foi distinguido o trabalho “Ephemeral Dreams”, de Chan Hoi Wang, proposta feita para a mesma localização do projecto anterior. Em terceiro lugar ficou o projecto desenvolvido pelo arquitecto Sérgio Proença em parceria com Guoliang Chen, com o nome “Camadas da Vida Comunitária”, pensado para a Escada do Quebra-Costas à Travessa do Abreu. Foram ainda atribuídas algumas menções honrosas. Os vencedores foram escolhidos de um total de 24 propostas apresentadas por indivíduos e grupos, que foram avaliados “por um painel de juízes experientes que selecionaram os melhores para o tema do concurso, tendo em conta a sua qualidade artística e técnica e a originalidade da sua visão”, destaca uma nota de imprensa do CURB. A exposição com os projectos a concurso estará patente no espaço do CURB, na Ponte 9 – Plataforma Criativa, situada no Porto Interior, a partir das 18h de quinta-feira.
Hoje Macau EventosTeatro MGM apresenta “Macau 2049”, de Zhang Yimou até Fevereiro Pode ser visto até 2 de Fevereiro o espectáculo “Macau 2049”, realizado por Zhang Yimou, que nasce de uma parceria com a MGM. O espectáculo, que estreou no domingo, sobe aos palcos em várias datas no Teatro MGM. Este é o primeiro espectáculo no formato residência a surgir no sétimo aniversário de existência do Teatro MGM, e logo para celebrar os 25 anos da RAEM, com o cunho do famoso realizador chinês Zhang Yimou. O “Macau 2049” tem 80 minutos de duração e é composto por oito partes: “Drumming-Shadows”, “Khoomei-Ethereal”, “Miao Songs-Transcendent”, “The Crossroads Inn-Masks”, “Yangge – Robots”, “Yi Song-Ocean”, “Lion Dance-Radiance” e “Storytelling-Origin”. O espectáculo funde, segundo uma nota de imprensa da MGM, “tecnologias avançadas de 20 países e regiões, trazendo novas interpretações do património cultural intangível chinês, nomeadamente Hua’er, Khoomei, Canção e Dança do Povo Miao, Ópera de Pequim, Yangge, Canção Yi, Dança do Leão e Narração de Histórias no Norte de Shaanxi”. Uma espécie de fusão Para a MGM, “a fusão dá forma a uma expressão ideológica profunda e sem precedentes em palco”, permitindo que o público “aprecie e compreenda melhor as culturas tradicionais chinesas”, graças à interpretação em oito idiomas. “Se virmos a progresso da civilização através de uma lente linear, uma extremidade representa os 5.000 anos da civilização antiga, enquanto a outra significa um futuro impulsionado pelo rápido avanço tecnológico. ‘Macau 2049’ junta as duas extremidades do tempo e do espaço neste momento, convergindo os horizontes do Oriente e do Ocidente neste local. Procuramos a harmonia sem uniformidade, celebrando assim a diversidade das civilizações de todo o mundo. Espero que este espectáculo em Macau crie uma performance inigualável para todos”, disse, citado pela mesma nota, Zhang Yimou. O espectáculo apresenta-se como uma “produção pioneira que redefine a expressão artística ao fundir a arte tradicional com a tecnologia moderna, criando uma linguagem de palco inovadora”. Com a produção, explora-se “a rica herança cultural de diversos grupos étnicos, incorporando esses tesouros numa narrativa artística unificada, e mostrando o apelo distintivo de Macau como um centro cultural global”.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Presidente destituído rejeita convocatórias da Justiça O Presidente deposto da Coreia do Sul rejeitou citações judiciais para o interrogar sobre a breve imposição da lei marcial, enquanto o Tribunal Constitucional começou a examinar a moção de destituição aprovada pelo parlamento. China espera relação estável após destituição de Yoon Suk-yeol Suspenso desde a votação parlamentar de sábado à noite, Yoon Suk-yeol é objecto de dois inquéritos por rebelião, além do processo aberto na manhã de ontem pelo Tribunal Constitucional. A 3 de Dezembro, Yoon surpreendeu o país ao declarar a lei marcial e enviar o exército para o parlamento, antes de ter de recuar pouco antes do amanhecer, sob pressão da Assembleia Nacional e dos manifestantes. O antigo procurador, de 63 anos, tal como os aliados que também estiveram envolvidos no golpe de Estado, enfrenta a prisão perpétua e, teoricamente, a pena de morte se for considerado culpado de rebelião. Está proibido de sair do país. O Ministério Público, que dirige uma das duas investigações, voltou a enviar uma nova convocatória, depois de Yoon se “ter recusado” a comparecer no dia anterior. A equipa da segunda investigação também pediu autorização para interrogar Yoon, mas o pedido foi rejeitado pelo gabinete presidencial, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap. Se Yoon continuar a recusar, os investigadores poderão solicitar aos tribunais a emissão de um mandado de captura contra o Presidente destituído. O Tribunal Constitucional deverá pronunciar-se sobre a validade da moção de destituição dentro de cerca de seis meses. Se o Tribunal der provimento à moção, Yoon será deposto e terá de se realizar uma eleição presidencial no prazo de dois meses. O vencedor tomará posse no dia seguinte ao resultado, sem o período de transição habitual. Durante este período, que poderá ir até oito meses, o primeiro-ministro sul-coreano, Han Duck-soo, vai assumir as funções presidenciais interinamente e garantir “uma governação estável”. Estabilidade chinesa O Tribunal agendou uma audiência preliminar para 27 de Dezembro, à qual Yoon não será obrigado a comparecer, disse aos jornalistas a porta-voz Lee Jean. “Este caso será considerado de alta prioridade”, assegurou Lee Jean aos jornalistas. De acordo com a maioria dos peritos, existem poucas dúvidas quanto ao resultado do processo, tendo em conta as violações flagrantes da Constituição e da lei de que Yoon Suk-yeol é acusado. Desde o golpe de Estado, têm-se multiplicado as manifestações em grande escala contra Yoon Suk-yeol, bem como as manifestações mais pequenas de apoio, com manifestantes de ambos os lados a afirmar que vão continuar a protestar até que o Tribunal dê o veredicto. Em resposta à turbulência política no país, a China disse ontem que espera manter uma relação estável com a Coreia do Sul. “Promover o desenvolvimento saudável e estável das relações entre a China e a Coreia do Sul é do interesse comum de ambas as partes”, afirmou Lin Jian, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, numa conferência de imprensa, em Pequim. “A Coreia do Sul é um vizinho próximo e um parceiro de cooperação importante e amigável para a China. A promoção de um desenvolvimento saudável e estável das relações sino – sul-coreanas é do interesse comum de ambas as partes”, afirmou Lin Jean. “A política da China em relação à Coreia do Sul é coerente e estável”, disse o porta-voz, acrescentando que a “manutenção da paz e da estabilidade na península coreana é do interesse de todas as partes e exige esforços activos de todos”. No entanto, quando questionado directamente sobre a demissão do Presidente Yoon, o porta-voz recusou-se a comentar, dizendo que se tratava de “um assunto interno da Coreia do Sul”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Produção industrial cresce 5,4% em Novembro A produção industrial na China cresceu 5,4 por cento, em Novembro, em termos homólogos, um valor 0,1 por cento acima da marca registada no mês anterior, indicam dados oficiais divulgados pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE). O valor do penúltimo mês do ano é também ligeiramente superior ao esperado pelos analistas, que previam que se mantivesse nos mesmos 5,3 por cento de Outubro. Os dados mostram ainda que a produção industrial acumulou um crescimento de 5,8 por cento até agora em 2024. Entre os três grandes sectores em que o GNE dividiu este indicador, o que mais aumentou a produção em Outubro foi a indústria transformadora (+6 por cento), superando a indústria extractiva (+4,2 por cento) e a produção e fornecimento de electricidade, aquecimento, gás e água (+1,6 por cento). A instituição destacou ainda o aumento da produção de bens específicos, como veículos eléctricos (+51,1 por cento), robôs industriais (+29,3 por cento) e semicondutores (+8,7 por cento). O GNE também divulgou outros dados estatísticos, como as vendas a retalho, cujo ritmo de crescimento abrandou fortemente de 4,8 por cento em Outubro para 3 por cento em Novembro, enquanto os especialistas previam um ligeiro abrandamento para 4,6 por cento. A taxa oficial de desemprego nas zonas urbanas manteve-se ao mesmo nível do mês anterior, em 5 por cento, e está a caminho de terminar o ano dentro do limite oficial de 5,5 por cento, fixado para este ano por Pequim. O crescimento do investimento em activos fixos caiu para 3,3 por cento no acumulado até Novembro, menos 0,1 por cento do que nos primeiros dez meses do ano, apesar das expectativas dos analistas de que não sofreria tal queda. Na análise por sector, o investimento na indústria transformadora cresceu 9,3 por cento e nas infra-estruturas 4,2 por cento.
Hoje Macau China / ÁsiaAnhui | Cinco detidos por envolvimento em rede de barrigas de aluguer As autoridades da província de Anhui, no leste da China, detiveram cinco pessoas, este fim-de-semana, depois de terem desmantelado uma rede de gestação de substituição, prática conhecida como barrigas de aluguer e ilegal no país. Os investigadores detectaram o envolvimento de uma empresa de tecnologia médica em actividades ilegais de gestação de substituição, entre outras irregularidades, na sequência de uma queixa apresentada por um utilizador nas redes sociais, informou o jornal estatal Global Times. O cidadão denunciou a existência de uma agência de gestação de substituição na cidade de Hefei que, alegadamente, colaborava ilegalmente com pessoal médico e funcionários locais para efectuar recuperações clandestinas de óvulos e falsificar certidões de nascimento. Na sequência da denúncia, foi formada uma equipa de investigação composta pelos departamentos de segurança pública, saúde, inspecção disciplinar, supervisão e regulação do mercado, para dar início às investigações. As autoridades estão também a investigar possíveis violações disciplinares ou actividades ilegais por parte dos funcionários, acrescentou o jornal. A gestação de substituição é proibida na China, tal como o acesso de mulheres solteiras a tecnologias de reprodução assistida, como o congelamento de óvulos, devido aos “riscos para a saúde”, à “falta de provas que apoiem a prática da tecnologia de congelamento de óvulos para adiar a fertilidade” e ao potencial “abuso da tecnologia para fins lucrativos”, tinha afirmado, em 2020, a Comissão Nacional de Saúde do país. Em 2023, a China registou 1.409 milhões de habitantes, menos 0,14 por cento do que em 2022, ano em que a população já tinha diminuído em 850.000, marcando o primeiro declínio desde 1961, quando o Grande Salto em Frente resultou em fome em grande escala.
Hoje Macau China / ÁsiaImobiliário | Preços de casas novas caem pelo 18º mês consecutivo Os preços das casas novas na China caíram pelo 18º mês consecutivo, em Novembro, embora a queda ocorra a um ritmo mais lento do que no mês anterior, face às medidas governamentais de apoio ao sector Os preços em 70 cidades selecionadas caíram 0,2 por cento em relação ao mês anterior, de acordo com os cálculos feitos com base nos números divulgados pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE) chinês, que reflectiram uma contracção de 0,51 por cento em Outubro. Entre as localidades mencionadas, 49 registaram reduções nos preços das casas, em comparação com 63 em Outubro, e 17 – incluindo algumas grandes cidades como Xangai e Shenzhen – registaram aumentos, um salto significativo em relação ao mês anterior (sete). Os cálculos feitos com base nos dados do GNE também reflectem uma redução de 0,35 por cento no preço das casas em segunda mão em Novembro, depois de terem caído 0,48 por cento no mês anterior. No caso deste tipo de imóveis, 58 das 70 cidades registaram descidas, dois mantiveram-se ao mesmo nível de Outubro e 10 registaram subidas. A instituição estatística também anunciou os dados sobre o investimento em promoção imobiliária entre Janeiro e Novembro, que mostram uma queda de 10,4 por cento, uma descida 0,1 por ceto, mais profunda do que a registada até Outubro. O GNE indicou que as vendas de propriedades comerciais medidas pela área útil caíram 14,3 por cento entre Janeiro e Novembro. Embora se trate ainda de uma queda significativa, reflecte também novamente uma tendência de recuperação relativa: as duas leituras anteriores tinham sido de 17,1 e 15,8 por cento. Mangas arregaçadas Nas últimas semanas, as autoridades chinesas continuaram a anunciar medidas para travar a queda do mercado imobiliário, uma questão que preocupa Pequim devido às implicações para a estabilidade social, uma vez que a habitação é um dos principais veículos de investimento das famílias chinesas. Em Novembro, o Governo anunciou novas políticas fiscais para estabilizar o mercado imobiliário, e as principais cidades, como Pequim e Xangai, tomaram a iniciativa de anunciar reduções de impostos sobre as habitações de luxo para impulsionar o mercado. Uma das principais causas do recente abrandamento da economia chinesa é a crise do sector imobiliário, cujo peso no produto interno bruto (PIB) chinês, somando os factores indirectos, foi estimado em cerca de 30 por cento, segundo alguns analistas.