Hoje Macau PolíticaMedicina | Lei Chin Ion nomeado especialista em órgão consultivo De saída do cargo de director dos Serviços de Saúde (SSM), Lei Chin Ion foi nomeado membro do Conselho de Especialidades da Academia Médica de Macau, como especialista na área da medicina. O anúncio foi publicado ontem no Boletim Oficial e entra em vigor a partir de 7 de Março, durante dois anos. Ainda de acordo com o mesmo despacho, o lugar de Lei Chin Ion como representante dos SSM no órgão consultivo vai passar a ser ocupado por Lam Chong, director do Centro de Prevenção e Controlo da Doença. Segundo os SSM, o “Conselho de Especialidades é composto por médicos especialistas do hospital público e do sector privado e profissionais do exterior” e tem como competências “realizar a formação de especialidade, pós-graduação, promover a educação médica contínua e de desenvolvimento profissional após um médico se tonar especialista”.
Hoje Macau China / ÁsiaNúmero de bilionários cresce na China apesar da pandemia A China nunca teve tantos bilionários, apesar da pandemia que abalou a economia mundial, com o país a superar os Estados Unidos e a Índia no número de super-ricos, segundo um relatório divulgado ontem. O país asiático foi o primeiro a sofrer o impacto do novo coronavírus, no primeiro trimestre de 2020, mas também o primeiro a recuperar e a voltar a atingir o crescimento económico. Apesar das medidas de contenção e prevenção da doença sem precedentes que afetaram a atividade no início de 2020, o número de bilionários em dólares aumentou na China, no ano passado, segundo o ‘ranking’ da unidade de investigação Hurun Report Inc, que publica anualmente uma lista dos mais ricos da China. O país asiático somou mais 253 bilionários e domina amplamente o ‘ranking’ mundial, com um total de 992 bilionários. Os Estados Unidos estão em segundo lugar, com 696 bilionários, mas as três maiores fortunas do mundo continuam ser norte-americanas e francesas: Elon Musk (chefe da Tesla), seguido por Jeff Bezos (Amazon) e Bernard Arnault (LVMH). A Índia é o terceiro país do mundo com mais bilionários (177). O homem mais rico da China agora é o chefe da empresa de água engarrafada Zhong Shanshan. A sua fortuna é estimada em 85 mil milhões de dólares. Pela primeira vez na história do ‘ranking’ da Hurun, as maiores fortunas da China não estão ligadas ao mercado imobiliário, um setor do qual o crescimento do país depende há muito tempo. Os proprietários das empresas do sector da Internet Tencent e ByteDance são, respectivamente, o segundo e o terceiro mais ricos. Jack Ma, que há muito tempo ocupa o primeiro lugar do pódio das personalidades mais ricas da China, caiu para o quarto lugar, com uma fortuna estimada em 55 mil milhões de dólares.
Hoje Macau Manchete SociedadeCasinos deixam de exigir apresentação de teste à covid-19 Desde a meia-noite de hoje, quarta-feira, que deixará de ser necessária a apresentação de um resultado negativo do teste à covid-19 para entrar nos casinos. A medida justifica-se com o facto de os visitantes provenientes da China continental, ao entrarem em Macau terem já de apresentar “um relatório de teste de ácido nucleico negativo válido por 7 dias”, mas também com as rigorosas medidas sanitárias impostas pelos operadores de jogo, e ainda por a pandemia na China estar, aparentemente, controlada. “Tendo em conta o cumprimento rigoroso de implementação das várias medidas nos casinos, como a verificação do Código de Saúde, uso de máscaras, barreiras separadoras entre jogadores, distância social e o facto do risco epidémico, desde meados de Fevereiro, no interior da China, estar a reduzir significativamente e, actualmente não existirem zonas de média ou elevada incidência há pelo menos 10 dias consecutivos, nem transmissão local por 24 dias consecutivos, bem como a epidemia será relativamente mais estável à medida que o clima se torne mais quente”, justificaram as autoridades de Macau em comunicado. “Contudo todos os casinos ainda devem continuar a implementar estritamente outras medidas antiepidémicas”, acrescenta-se.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | MNE acusa relatório do CCEC de “enganar o público” O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China respondeu ontem às críticas do Clube de Correspondentes Estrangeiros na China (CCEC), que elaborou um relatório segundo o qual tem existido um “declínio da liberdade de imprensa dos jornalistas internacionais” e a expulsão de profissionais norte-americanos. Segundo o porta-voz Wang Wenbin, o governo chinês nunca reconheceu o CCEC. “Este suposto relatório, repleto de preconceitos ideológicos e calúnias contra a China, foi criado para fins de detecção de falhas. Um autodenominado ‘clube de correspondentes estrangeiros na China’ não pode de forma alguma falar em nome dos quase 500 jornalistas estrangeiros, mas apenas transmitir as ideias paranóicas de um punhado de jornalistas ocidentais. É um exemplo típico de reportagens injustas e tendenciosas. O relatório confunde preto e branco na tentativa de enganar o público”, afirmou. Wang Wenbin entende que “a China dá sempre as boas-vindas às agências e jornalistas de outros países para fazerem reportagens e oferece conveniência e assistência para trabalharem e morarem aqui”. Como exemplo, Wang referiu a ajuda prestada durante o surto de COVID-19. “O governo ajudou mais de 100 jornalistas estrangeiros e as suas famílias, retidas no exterior, a regressarem, facilitou o seu acesso ao mercado de Xinfadi e locais de vacinação em Pequim para entrevistas, coordenou e auxiliou entrevistas da media estrangeira sobre P&D de vacinas e com pessoal do Instituto de Virologia de Wuhan”, entre outros aspectos. “Há uma única palavra neste suposto relatório sobre toda essa facilitação e assistência, concretas e bem documentadas, que a China forneceu aos media estrangeiros?”, atirou o porta-voz. Wang insurgiu-se ainda contra as pretensões dos jornalistas expressas no relatório da CCE. “Todos os chineses e estrangeiros na China devem cumprir os regulamentos de quarentena. Até mesmo os especialistas da OMS em visita à China foram sujeitos a uma quarentena de 14 dias. Por que razão alguém pensaria que os jornalistas não precisavam obedecer a esses regulamentos de controlo epidémico? O relatório denegriu as medidas anti-epidémicas da China como restrições aos jornalistas e fez especulações maliciosas sobre a boa vontade da China. Não passam de manchas inescrupulosas para confundir o certo com o errado.” Quanto à expulsão de jornalistas americanos, o porta-voz passou o ónus da culpa para os EUA. “Culpar a China pela expulsão de jornalistas é uma acusação completamente falsa. Foram os EUA que suprimiram, primeiro e desenfreadamente, os media chineses. A China tem sido forçada responder de forma legítima. Desde 2018, os EUA têm pedido aos media chineses nos Estados Unidos que se registem como ‘agentes estrangeiros’ e se listem como ‘missões estrangeiras’. No ano passado, atrasaram sem justa causa ou negaram visto a mais de 20 jornalistas chineses e limitaram drasticamente o visto para jornalistas chineses a uma estadia máxima de 90 dias. Diante de tal repressão, o lado chinês exerceu grande moderação”, explicou. E Wang foi mesmo mais longe, afirmando que a China ainda não retaliou realmente. “Ainda não retaliámos a medida dos EUA de limitar o visto a todos os jornalistas chineses a um máximo de 90 dias. Por que razão o relatório falha em apresentar toda a história fielmente e apenas ataca a China?” Finalmente, Wang Wenbin acusou, por seu lado, o CCEC, referindo que não é apenas na China que enfrenta problemas. “Essa suposta organização tem sido tendenciosa e distorce os factos há muito tempo. Também ouvimos falar do seu mau comportamento em outras partes do mundo. O que nos opomos é ao preconceito ideológico contra a China, notícias falsas sob a capa da liberdade de imprensa e violação da ética profissional”.
Hoje Macau EventosIIM | Inscrições abertas para concurso de fotografia As inscrições estão abertas para mais uma edição do concurso de fotografia do Instituto Internacional de Macau (IIM) focado no território: “A Macau que eu mais amo”. Além do retrato de aspectos de Macau como monumentos históricos e edifícios classificados, os participantes podem submeter imagens relativas a manifestações de natureza cultural ligadas ao património imaterial, hábitos, costumes e crenças, eventos turísticos ou ainda festividades populares tradicionais e religiosas das culturas chinesa, portuguesa e macaense. A página electrónica do IIM, indica que o concurso é lançado “no intuito de reforçar o sentimento de pertença, e promover um conceito de identidade radicado nos valores culturais e históricos de Macau”. “Destina-se a estimular o conhecimento da população, especialmente entre os jovens, das riquezas do Património Cultural, construído ou não, de Macau, e das tradições que enformam Macau”, descreve a entidade. O concurso é dividido numa categoria para estudantes, voltada para jovens locais do ensino primário, secundário e universitário em Macau ou com estudos no exterior, e uma categoria geral destinada a titulares do BIR permanente ou não permanente. Em cada categoria há 1º, 2º e 3º prémios, cinco menções honrosas e um prémio especial a um trabalho apresentado por sócios da Associação de Fotografia Digital de Macau. O primeiro classificado recebe um troféu e 5.000 patacas. Os trabalhos devem ser do período entre Setembro de 2020 e Agosto deste ano, e há um limite máximo de cinco fotografias por pessoa. Os interessados têm até 27 de Agosto para os entregar.
Hoje Macau EventosCinemateca | Programa de Março destaca “histórias inabaláveis” de cineastas femininas A luta pela igualdade de género ganha este mês um lugar no ecrã da Cinemateca Paixão com a programação a destacar mulheres cineastas. Entre 6 e 19 de Março, vão ser exibidas obras que envolvem temas como casamentos arranjados, candidaturas eleitorais e a herança científica de Marie Curie No mês em que se celebra o dia internacional da mulher, o programa da Cinemateca Paixão tem em destaque “Cineastas Femininas – Encaminhando a sua narrativa”. Esta selecção de filmes é exibida entre os dias 6 e 19, procurando apresentar “as lutas das mulheres para obter igualdade e fortalecimento ao longo da história têm sido dificultadas e constantemente empurradas para trás devido ao que a sociedade (‘outras pessoas’) ditou”, descreve a Cinemateca em comunicado. “Os filmes de Março de 2021 celebram as obras das cineastas não apenas por causa de seu género, mas também pelas suas histórias inabaláveis, urgentes e intransigentes de coragem contra todas as probabilidades”, explica a nota. O programa arranca no sábado com “The Third Wife”, de Ash Mayfair. O filme retrata a vida de May, uma rapariga de 14 anos que no final do século XIX é dada num casamento arranjado no Vietname rural tornando-se a terceira esposa do marido, e a escolha que tem de fazer entre manter-se em segurança ou procurar liberdade pessoal. Segue-se “The Perfect Candidate”, focado numa médica numa cidade pequena da Arábia Saudita que decide concorrer às eleições locais e as restrições que enfrenta dos papéis tradicionais das mulheres. Esta obra de Haifaa Al Mansour foi nomeada para melhor filme no Festival de Cinema de Veneza Leão de Ouro de 2019, e melhor longa-metragem no prémio internacional do Festival de Cinema de Adelaide do ano passado. Das obras anunciadas para Março, inclui-se ainda “Lipstick Under my Burkha” (Índia), que em 2016 foi classificado o melhor filme sobre igualdade de género no Festival de Cinema de Mumbai. Acompanha a vida de mulheres em diferentes fases da vida numa pequena cidade da Índia: uma estudante universitária que veste a burkha e quer ser cantora pop, uma esteticista, uma dona de casa oprimida, e uma viúva de 55 anos que redescobre a sua sexualidade. Avanços científicos A selecção leva ainda ao ecrã “As Boas Maneiras” (Brasil, França), realizado por Juliana Rojas e Marco Dutra, em que uma enfermeira dos arredores de São Paulo é contratada como ama do filho que ainda está por nascer de Ana, com quem desenvolve uma ligação forte, e também Babyteeth (Austrália), no qual se explora até onde se vai por amor, através da história de uma adolescente doente que se apaixona por um traficante de droga. Mais recente, o filme “Radioactive” representa os avanços científicos e as consequências da obra de Marie Curie, interpretada por Rosamund Pike, numa viagem da década de 1870 à era moderna. As produtoras Darkest Hour e Atonement apresentam neste filme uma visão de como a descoberta da radioactividade mudou o mundo do casal Curie e momentos decisivos do século XX.
Hoje Macau SociedadePJ | Pó branco encontrado nas ruas não é venenoso A Polícia Judiciária afirmou que o pó branco que se suspeita que estivesse a ser utilizado para envenenar gatos não é venenoso. A informação foi avançada ontem pelo jornal Exmoo. A substância terá sido deixada em vários pontos da cidade por um cidadão estrangeiro que estava a participar numa actividade semelhante a uma caça ao tesouro. Segundo as declarações da pessoa em questão, que a PJ não identificou, após ser interceptado pela polícia o homem admitiu ter sido ele a deixar o pó nas ruas de forma a marcar os pontos da cidade por onde tinha passado, no âmbito de uma actividade de caça ao tesouro, no passado domingo. No entanto, o caso causou preocupação entre algumas associações de defesa dos direitos dos animais, porque se temia que o pó fosse veneno para matar gatos. Para estes receios contribuiu o facto de no mesmo domingo ter sido encontrado um gato morto num edifício industrial na Avenida de Venceslau de Morais, um dos locais onde tinha sido encontrado o pó. No dia seguinte, foi encontrado outro gato morto, perto da Rua da Bacia Sul. Contudo, face ao primeiro caso, o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) diz não haver suspeitas de crime e na segunda ocorrência, a PJ justificou que a morte deverá ter acontecido devido a uma queda em altura. Em relação ao pó deixado pelo estrangeiro, encontrado no edifício industrial, as autoridades dizem que se trata de pó comestível, pelo que o homem deverá ser multado no âmbito do Regulamento Geral dos Espaços Públicos. Já o pó encontrado na Avenida do Ouvidor Arriaga foi classificado como material de construção.
Hoje Macau SociedadeDois canhões encontrados nas obras do Galaxy O Instituto Cultural (IC) realizou ontem trabalhos de remoção de dois canos de canhões, que tinham sido descobertos no dia anterior nas obras de expansão do hotel e casino Galaxy. O processo de retirada durou cerca de meia hora, de acordo com o jornal Exmoo. Todo o processo de retirada durou cerca de meia hora. Foi na Segunda-feira que o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) recebeu denúncia dos trabalhadores da obra que tinham sido encontrados dois canos de canhão no solo, quando faziam trabalhos de escavação. Após a denúncia, foram chamadas ao local as autoridades, nomeadamente o Corpo de Bombeiros e o pessoal da Secção de Inactivação de Engenhos Explosivos Improvisados do CPSP, que levaram à retirada de 40 pessoas do local, para os trabalhos procederem em condições de segurança. Os canos dos canhões tinham um comprimento de cerca de 1 metro e 1,3 metro, calibres de 50 milímetros e 60 milímetros, respectivamente, e foram conservados no armazém do Museu de Macau. O IC promete agora “proceder ao estudo e análise” dos canhões encontrados.
Hoje Macau PolíticaAL | Pereira Coutinho quer debate sobre desemprego José Pereira Coutinho afirma que vai fazer entrar uma proposta de debate na Assembleia Legislativa sobre a forma como a mão-de-obra não residente está a ser importada para a RAEM. O compromisso foi assumido ontem e deve-se ao facto de terem surgido cerca de 517 desempregados numa visita à Direcção de Serviços para os Assuntos Laborais. A iniciativa era para só contar com cerca de 200 desempregados. “Uma das principais causas do aumento do número de desempregados nos estaleiros de construção civil tem a ver com incontornável importação de mão-de-obra não residente, afectando gravemente a qualidade de vida de pelo menos mais de meio milhar de famílias locais”, defende José Pereira Coutinho. “Sendo assim e face à importância do assunto vimos por este meio informar que vai ser brevemente entregue ao Senhor Presidente da Assembleia Legislativa um pedido de admissão de um Plenário para debate quanto à questão dos TNR com funções de complementaridade dos recursos humanos locais”, acrescentou. Ainda de acordo com o deputado apoiado pela Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, o debate vai servir para “apurar as razões subjacentes do desemprego do mais de meio milhar de residentes locais que ainda não conseguiram emprego, não obstante o orçamento do Governo na área das empreitadas e construção civil”.
Hoje Macau China / Ásia MancheteImprensa | MNE chinês acusa relatório do CCEC de “enganar o público” O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China respondeu ontem às críticas do Clube de Correspondentes Estrangeiros na China (CCEC), que elaborou um relatório segundo o qual tem existido um “declínio da liberdade de imprensa dos jornalistas internacionais” e a expulsão de profissionais norte-americanos. Segundo o porta-voz Wang Wenbin, o governo chinês nunca reconheceu o CCEC. “Este suposto relatório, repleto de preconceitos ideológicos e calúnias contra a China, foi criado para fins de detecção de falhas. Um autodenominado ‘clube de correspondentes estrangeiros na China’ não pode de forma alguma falar em nome dos quase 500 jornalistas estrangeiros, mas apenas transmitir as ideias paranóicas de um punhado de jornalistas ocidentais. É um exemplo típico de reportagens injustas e tendenciosas. O relatório confunde preto e branco na tentativa de enganar o público”, afirmou. Wang Wenbin entende que “a China dá sempre as boas-vindas às agências e jornalistas de outros países para fazerem reportagens e oferece conveniência e assistência para trabalharem e morarem aqui”. Como exemplo, Wang referiu a ajuda prestada durante o surto de COVID-19. “O governo ajudou mais de 100 jornalistas estrangeiros e as suas famílias, retidas no exterior, a regressarem, facilitou o seu acesso ao mercado de Xinfadi e locais de vacinação em Pequim para entrevistas, coordenou e auxiliou entrevistas da media estrangeira sobre P&D de vacinas e com pessoal do Instituto de Virologia de Wuhan”, entre outros aspectos. “Há uma única palavra neste suposto relatório sobre toda essa facilitação e assistência, concretas e bem documentadas, que a China forneceu aos media estrangeiros?”, atirou o porta-voz. Wang insurgiu-se ainda contra as pretensões dos jornalistas expressas no relatório da CCE. “Todos os chineses e estrangeiros na China devem cumprir os regulamentos de quarentena. Até mesmo os especialistas da OMS em visita à China foram sujeitos a uma quarentena de 14 dias. Por que razão alguém pensaria que os jornalistas não precisavam obedecer a esses regulamentos de controlo epidémico? O relatório denegriu as medidas anti-epidémicas da China como restrições aos jornalistas e fez especulações maliciosas sobre a boa vontade da China. Não passam de manchas inescrupulosas para confundir o certo com o errado.” Quanto à expulsão de jornalistas americanos, o porta-voz passou o ónus da culpa para os EUA. “Culpar a China pela expulsão de jornalistas é uma acusação completamente falsa. Foram os EUA que suprimiram, primeiro e desenfreadamente, os media chineses. A China tem sido forçada responder de forma legítima. Desde 2018, os EUA têm pedido aos media chineses nos Estados Unidos que se registem como ‘agentes estrangeiros’ e se listem como ‘missões estrangeiras’. No ano passado, atrasaram sem justa causa ou negaram visto a mais de 20 jornalistas chineses e limitaram drasticamente o visto para jornalistas chineses a uma estadia máxima de 90 dias. Diante de tal repressão, o lado chinês exerceu grande moderação”, explicou. E Wang foi mesmo mais longe, afirmando que a China ainda não retaliou realmente. “Ainda não retaliámos a medida dos EUA de limitar o visto a todos os jornalistas chineses a um máximo de 90 dias. Por que razão o relatório falha em apresentar toda a história fielmente e apenas ataca a China?” Finalmente, Wang Wenbin acusou, por seu lado, o CCEC, referindo que não é apenas na China que enfrenta problemas. “Essa suposta organização tem sido tendenciosa e distorce os factos há muito tempo. Também ouvimos falar do seu mau comportamento em outras partes do mundo. O que nos opomos é ao preconceito ideológico contra a China, notícias falsas sob a capa da liberdade de imprensa e violação da ética profissional”.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China quer vacinar 40% da população até Junho Especialistas em saúde chineses dizem que a China está atrasada na implementação da vacinação contra o novo coronavírus porque tem a doença amplamente sob controlo, mas que planeia vacinar 40% da população até Junho. O líder do grupo de especialistas vinculados à Comissão Nacional de Saúde, Zhong Nanshan, disse que o país distribuiu 52,52 milhões de doses de vacinas para a covid-19 até 28 de Fevereiro. Zhong fez o comentário durante um fórum ‘online’ entre especialistas médicos norte-americanos e chineses, patrocinado pelo Instituto Brookings e pela Universidade Tsinghua. Trata-se da primeira meta que a China estabelece publicamente, desde que começou a sua campanha de imunização em massa para grupos de risco, em meados de Dezembro. A China inoculou apenas 3,56% da sua população, de 1,4 mil milhões de pessoas, até à data, de acordo com Zhong. Em primeiro lugar no mundo está Israel, que vacinou mais de 90% da sua população. Os EUA vacinaram cerca de 22%. Especialistas em saúde chineses dizem que o país tem fornecimento suficiente para a sua população, embora se tenha comprometido a exportar cerca de 500 milhões de doses, sobretudo para os países em desenvolvimento. “O ritmo atual de vacinação é muito baixo, porque o surto está sob controlo na China, mas acho que a capacidade é suficiente”, disse Zhang Wenhong, especialista em doenças infecciosas que também participou no fórum. A China aprovou quatro vacinas, todas desenvolvidas por farmacêuticas chinesas. Estas farmacêuticas asseguraram que podem fabricar 2,6 mil milhões de doses, até ao final deste ano. Ainda assim, vacinar toda a população da China constitui um desafio. Mesmo com uma taxa de vacinação de 10 milhões de pessoas por dia, seria preciso cerca de sete meses para vacinar 70% da população do país, observou Zhang. Todos os especialistas reconheceram também a complexa tarefa de vacinar a população mundial. “A procura vai ultrapassar a oferta durante muitos meses ou anos, a menos que se acelere a manufactura”, disse Tom Frieden, ex-diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA. Eles também alertaram contra a expectativa de um rápido retorno ao normal. O chefe do Centro de Controlo de Doenças da China, Gao Fu, previu que a vida pode recuperar “alguma normalidade” no verão do próximo ano. Gao, junto com Zhong e outros especialistas em saúde chineses, pediu mais cooperação entre os EUA e a China. Gao pediu especificamente aos EUA e à China que cooperem através da COVAX, uma iniciativa das Nações Unidas para distribuir vacinas de forma mais justa em todo o mundo em desenvolvimento. “Vamos trabalhar juntos”, apelou.
Hoje Macau SociedadeHengqin | Quota para carros de Macau duplica A partir de 15 Março, a quota para veículos de Macau a circular na Ilha da Montanha vai subir para 10 mil, face aos actuais 5 mil. O anúncio foi feito ontem pelo Gabinete de Comunicação Social e a medida resultou de negociações entre a RAEM e as autoridades de Zhuhai. O comunicado não explica quanto vai o Governo de Macau pagar às autoridades de Zhuhai pelo aumento da quota. A medida aplica-se a residentes de Macau com 18 anos, e permite registar dois condutores por veículo, desde que tenham uma carta de condução emitida pelas autoridades do Interior da China. A implementação não é automática e está limitada a 300 quotas a cada 30 dias.
Hoje Macau SociedadeServiços de Saúde | Alvis Lo novo director a partir de 1 de Abril Alvis Lo, médico que faz parte da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, vai ser o novo director dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), noticiou ontem a TDM Rádio Macau. Desta forma, Alvis Lo substitui Lei Chin Ion, que está no cargo desde 2008. Alvis Lo é médico pneumologista e deverá assumir as novas funções a 1 de Abril. No passado dia 25 de Janeiro, aquando da entrega das medalhas de mérito pelo Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, Lei Chin Ion deixou no ar a possibilidade de não continuar no cargo. “Independentemente de ser ou não o fim da comissão de serviço, estou muito orgulhoso de ser um dos membros dos Serviços de Saúde que lutou contra a pandemia. Não interessa se estamos a falar do pessoal da linha da frente ou da retaguarda. Trabalhámos arduamente e de forma diligente para combater esta pandemia e estamos muito orgulhosos disso”, disse. Lei Chin Ion viu ser-lhe atribuída a medalha de Mérito Altruístico.
Hoje Macau SociedadeMAWA | Associação denuncia veneno nas ruas que mata animais A Associação de Macau pelo Bem-Estar Animal (MAWA, na sigla em inglês), a par do café Catfree, denunciaram o surgimento de um pó branco nos últimos dias nas ruas de Macau, perto de edifícios industriais, que pode envenenar cães e gatos. Os denunciantes revelaram que pelo menos um gato terá morrido por alegadamente ter ingerido o pó. Ainda de acordo com a MAWA, apesar das autoridades terem sido alertadas para o problema e terem procedido à limpeza, momentos depois a mesma substância terá voltado a surgir nas ruas. Além da ameaça para os animais, a MAWA mostrou-se preocupada com a possibilidade de a próxima vítima poder ser uma criança. Também o deputado Sulu Sou reagiu ao incidente e apelou às autoridades para investigarem este caso.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Centenas protestam contra acusações a activistas pró-democracia Centenas de manifestantes protestaram ontem contra a acusação de 47 ex-legisladores e activistas pró-democracia por “subversão”, no dia em que estes compareceram no tribunal de Kowloon ocidental, em Hong Kong. Os manifestantes gritaram “Libertem os presos políticos” e “De pé por Hong Kong”, com alguns a fazerem a saudação com três dedos, símbolo de resistência em vários países asiáticos. O conselheiro local, Kwan Chun-sang, disse à agência de notícias France-Presse (AFP) que passou a noite na rua, em frente ao tribunal, para garantir um lugar na sala de audiência. “Quero mostrar o meu apoio aos militantes pró-democracia”, disse. Os 47 activistas são acusados de conspirar com o intuito de subverter a lei da segurança nacional por participarem em primárias eleitorais não oficiais para as legislativas do território. Os ex-legisladores e activistas já tinham sido presos em Janeiro, mas foram entretanto libertados. Os réus incluem 39 homens e oito mulheres com idades entre 23 e 64 anos, segundo a polícia. Representantes consulares de vários países europeus, da União Europeia e dos Estados Unidos também estiveram na fila para tentar entrar na sala de audiências.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Correspondentes estrangeiros com piores condições de trabalho As condições de trabalho da imprensa estrangeira na China “deterioraram-se consideravelmente”, em 2020, segundo o Clube de Correspondentes Estrangeiros no país asiático, após a expulsão de 18 jornalistas e o aumento da pressão exercida pelas autoridades. “Pelo terceiro ano consecutivo, nenhum correspondente declarou que as suas condições de trabalho melhoraram”, apontou o Clube de Correspondentes Estrangeiros na China (CCEC) no seu relatório anual. A China expulsou, em 2020, pelo menos 18 jornalistas estrangeiros que trabalhavam para os jornais norte-americanos New York Times, Wall Street Journal e Washington Post. Tratou-se da “maior expulsão de jornalistas estrangeiros desde os dias do massacre de Tiananmen, há mais de 30 anos”, segundo o Clube. A China deixou também de atribuir novas credenciais de imprensa aos correspondentes de órgãos norte-americanos. A validade das credenciais de imprensa de pelo menos 13 correspondentes foi reduzida para seis meses ou menos. O documento, essencial para os jornalistas trabalharem no país, costuma ser válido por um ano. BBC, Globe and Mail, Le Monde ou Voice of America foram alguns dos órgãos afectados. Outro tipo de pressão, dirigida a funcionários chineses de órgãos internacionais, “aumentou” também, no último ano, com ameaças de não renovação das autorizações de trabalho. Lusa
Hoje Macau China / ÁsiaDireitos humanos | Pequim vai publicar relatório que visa Estados Unidos O Conselho de Estado chinês promete divulgar, “num futuro próximo”, um documento sobre a situação dos direitos humanos nos EUA em 2020 e que revela a forma “incompetente” como os norte-americanos geriram a pandemia da covid-19, sem esquecer “a desordem da democracia” no país ou a discriminação racial de que sofrem as minorias O departamento de comunicação do Conselho de Estado chinês vai publicar, “num futuro próximo” um relatório sobre alegadas violações de direitos humanos ocorridas nos EUA em 2020, foi anunciado esta segunda-feira. Segundo a agência Xinhua, o documento, com cerca de 15 mil caracteres chineses tem como título “O relatório das violações dos direitos humanos nos EUA em 2020” e apresenta detalhes sobre “a incompetência dos EUA” na gestão da pandemia da covid-19, “a desordem da democracia que desencadeou o caos político” ou ainda a “discriminação racial de que sofrem as minorias”. O relatório promete ainda apresentar mais detalhes sobre “a agitação social que ameaça a segurança pública”, o aumento da “polarização entre ricos e pobres que agrava a desigualdade social” e o “atropelo dos EUA nas regras internacionais”, o que levou a “desastres humanitários”. “O grande agitador” Relativamente à pandemia, o relatório promete explicitar “a desordem das instituições democráticas americanas que levou ao caos político, o que levou a uma divisão na sociedade”, escreve a Xinhua. É também referido um sistema político com “dinheiro contaminado” que levou à “supressão da opinião pública”, transformando eleições num “espectáculo de um homem só” da classe rica, numa referência ao ex-Presidente Donald Trump. Além disso, o relatório do Conselho de Estado aponta que “a confiança da população no sistema democrático americano caiu para o mais baixo nível dos últimos 20 anos”. Sobre a discriminação, o Conselho de Estado chinês denota que as minorias étnicas nos EUA “sofrem de uma sistemática discriminação racial e que têm estado numa situação difícil”. O relatório dá ainda conta de que as infecções por covid-19 atingiram três vezes mais os afro-americanos do que as pessoas de cor branca, além de que “morreram duas vezes mais”. A Xinhua escreve também que o documento aborda a questão “do comércio de armas e o facto de os incidentes com armas terem registado um número recorde nos EUA, onde a confiança na ordem social diminuiu”. Focando-se no aumento do desemprego devido à pandemia, o Conselho de Estado chinês conclui que a América “está a tornar-se no grande agitador da segurança global e da estabilidade”.
Hoje Macau EventosCinema | Cloee Zhao é a primeira mulher asiática a ganhar um Globo de Ouro O filme “Nomadland – Sobreviver na América” deu, pela primeira vez, um Globo de Ouro nos EUA a uma mulher oriunda do continente asiático. Cloee Zhao, nascida na China mas a viver nos EUA há muitos anos, levou o galardão para casa. Cloee Zhao tornou-se também na primeira mulher a conquistar esta distinção desde Barbara Streisand, em 1984 A realizadora Chloe Zhao, nascida na China, tornou-se ontem na primeira mulher de origem asiática a obter um Globo de Ouro, nos EUA, pela realização do filme “Nomadland – Sobreviver na América”, que obteve igualmente o prémio para melhor drama. Zhao é além disso a primeira mulher a conquistar o prémio desde Barbara Streisand, com “Yentl”, em 1984, numa categoria em que apenas estas duas mulheres receberam aquela distinção. Cloee Zhao nasceu em Pequim em 1982 mas foi criada em Inglaterra e Nova Iorque. Actualmente vive na Califórnia, EUA. O seu filme de estreia foi “Songs My Brothers Taught Me”, lançado em 2015, seguindo-se “Rider”, lançado em 2018 e premiado em Cannes. Em ambos, Cloee Zhao reinventou os célebres westerns norte-americanos. Numa entrevista ao The Guardian, a realizadora declarou que tanto a América como a China são a sua “casa”. “Tenho família lá [na China] e foi onde nasci. Espero pelo dia em que possa ter dupla nacionalidade, porque a China não permite isso actualmente. Não posso esperar pelo dia em que possa ser cidadã de ambas as minhas casas”, acrescentou. A 78ª edição dos Globos de Ouro, prémios de cinema e televisão da Associação da Imprensa Estrangeira em Hollywood, distinguiram também Chadwick Boseman a título póstumo, como melhor actor dramático, numa cerimónia em que a Netflix foi a grande vencedora. O actor, que morreu em 2020, aos 43 anos, foi premiado pelo seu papel no filme “Ma Rainey: a mãe do blues”, de George C. Wolfe. “The Crown” arrecada 4 Globos A plataforma de streaming Netflix, que contava com 42 nomeações, venceu a maioria dos prémios para televisão, com a série “The Crown”, que contava com seis nomeações, a obter quatro globos de ouro, incluindo o prémio para melhor série de drama. A série, que reconstitui a vida da família real britânica, recebeu ainda prémios para os actores Josh O’Connor (no papel de príncipe Charles), Emma Corrin (princesa Diana) e Gillian Anderson (Margaret Thatcher). A popular série “Gambito de Dama” venceu na categoria de melhor minissérie, tendo a protagonista, Anya Taylor-Joy, obtido também o prémio de melhor actriz. O filme “Mank”, de David Fincher, que liderava as nomeações na área do cinema, foi o grande perdedor da noite, não tendo conquistado qualquer prémio. “Mank” estava indicado em seis categorias, incluindo as de Melhor Drama, Realização, Argumento (para Jack Fincher, pai do realizador), e Actor em Drama, para Gary Oldman. O filme “Os 7 de Chicago”, de Aaron Sorkin, também exibido pela Netflix, obteve o Globo de Ouro na categoria de melhor argumento. Sasha Baron Cohen, que estava nomeado na categoria de melhor actor dramático pela participação no filme de Sorkin, acabaria por vencer o prémio como actor de comédia ou musical, por “Borat 2”. “Minari” melhor filme estrangeiro O prémio de melhor actriz num filme dramático foi para a cantora Andra Day, por “The United States vs Billie Holiday”, com a britânica Rosamund Pike a vencer na categoria de comédia ou musical por “I Care a Lot”. Jodie Foster obteve o prémio na categoria de melhor atriz secundária, pelo papel no filme “The Mauritanian”. Daniel Kaluuya conquistou o Globo de Ouro para melhor actor secundário pelo filme “Judas and the Black Messiah”. O Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro foi para “Minari”, de Lee Isaac Chung, batendo “Another round”, de Thomas Vinterberg, “Uma vida à sua frente”, de Edoardo Ponti, protagonizado por Sophia Loren, “La llorona”, de Michael Chaves, e “Deux”, de Filippo Meneghetti. A cerimónia realizou-se dias depois de uma investigação do jornal Los Angeles Times ter questionado a relevância e a credibilidade da Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood (HFPA, na sigla inglesa) na indústria cinematográfica nos Estados Unidos. O jornal traçou uma imagem de actuação duvidosa, proteccionista dos seus membros e desligada da realidade, revelando que há membros da associação a receberem remunerações avultadas, cuja proveniência não é transparente, e nem todos são efectivamente jornalistas. Este ano, a associação foi amplamente criticada por ter excluído das nomeações dos Globos de Ouro várias produções que são potenciais candidatos aos Óscares, como “Da 5 Bloods – Irmãos de armas”, de Spike Lee, “Judas and the Black Messiah”, de Shaka King, e “Ma Rainey: A mãe do blues”, de George C. Wolfe.
Hoje Macau SociedadeHotelaria | Taxa de ocupação com quebra de 12,8 por cento Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que, em Janeiro, a taxa de ocupação média dos quartos de hotel foi de 40,3 por cento, menos 12,8 por cento face a Dezembro do ano passado. A quebra, em termos anuais, foi de 40,7 por cento. Em Janeiro estavam a funcionar 120 hotéis e pensões, menos duas face a Dezembro, com 36 mil quartos de hotel, menos 6,1 por cento. Foram hospedadas 447 mil pessoas, menos 58,6 por cento em termos anuais. Deste bolo, os visitantes do interior da China foram 373 mil, representando 83,5 por cento do total. Pelo contrário, o número de hóspedes locais foi de 49 mil, mais 0,7 por cento. Em Janeiro não se registou nenhum visitante em excursões chegadas a Macau do exterior, sendo que o número de visitantes em excursões locais foi de 1.100. Já o número de residentes de Macau que viajaram para o exterior com recurso a serviços de agências de viagens correspondeu a 7.900, destes 7.600 deslocaram-se ao Interior da China (96,2 por cento do total).
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Vacinação arranca nas Filipinas apesar de dificuldades no abastecimento A campanha de vacinação contra a covid-19 arrancou hoje nas Filipinas, um dos países mais afetados pela pandemia no sudeste da Ásia, apesar das dificuldades de fornecimento. Com mais de 576.000 casos e 12.318 mortes desde o início da pandemia, as Filipinas são o segundo país mais afectado no sudeste da Ásia, depois da Indonésia. O país enfrenta igualmente uma grave crise económica, devido ao confinamento prolongado, que o Presidente, Rodrigo Duterte, prometeu aliviar, quando houver um número substancial de pessoas vacinadas. “A nossa economia está realmente em baixo, por isso quanto mais depressa a vacinação for feita, melhor”, disse Duterte, durante uma conferência de imprensa transmitida pela televisão, no domingo, segundo a agência de notícias Associated Press (AP). Os primeiros a serem vacinados incluem membros do Governo, profissionais de saúde, militares e agentes da polícia, em seis hospitais da capital, em Manila. O país recebeu no domingo 600 mil doses de vacinas do laboratório Sinovac, doadas pela China. Além destas, as Filipinas encomendaram mais 25 milhões de doses do laboratório chinês, ainda sem data prevista de entrega. A chegada ao país das primeiras 525.600 doses da vacina da AstraZeneca, inicialmente prevista para hoje, foi adiada uma semana, informou o secretário da Saúde, Francisco Duque III. A doação da China representa uma pequena fração do total de 148 milhões de doses que o Governo tem estado a negociar para vacinar a população, de 70 milhões de pessoas. O Presidente foi alvo de críticas pelo atraso no início da vacinação, mas Duterte acusou os países mais ricos de açambarcarem grandes quantidades, prejudicando o acesso às vacinas dos países mais pobres. Além dos problemas de fornecimento, o país enfrenta o ceticismo da população em relação à vacina chinesa, com menos eficácia, quando comparada com outras disponíveis. O responsável governamental pela aquisição de vacinas, Carlito Galvez Jr, foi hoje vacinado para dar o exemplo, no Hospital Geral de Manila. “Não devemos esperar pela dita melhor vacina. Não há uma vacina melhor, porque as melhores vacinas são as efectivas e eficientes que chegam cedo”, disse.
Hoje Macau DesportoCampeão chinês de futebol interrompe actividade O Jiangsu FC, actual campeão chinês de futebol, anunciou este domingo ter suspendido as actividades em todas as equipas, devido aos graves problemas económicos no grupo Suning, que detém o clube. Em comunicado publicado na rede social Weibo, a equipa confirmou não ser capaz de cumprir as regras para fazer a inscrição na liga chinesa de futebol, cujo prazo terminou este domingo, assim como na Liga dos Campeões asiática, devido a “factores incontroláveis”. O Jiangsu FC refere que tentou nos últimos seis meses encontrar um novo dono, que tomasse conta do clube e da dívida, que originou atraso no pagamento dos salários aos jogadores durante a última temporada. Todas as equipas do clube, incluindo a feminina e os escalões jovens, são afectados por esta suspensão da actividade do Jiangsu FC, que continua em busca de um comprador. Caso não surjam ofertas para a compra ou ajuda governamental, o grupo Suning teria de ceder o clube de forma gratuita caso algum interessado assumisse a dívida ou fechar o Jiangsu FC. Nas últimas semanas, o grupo Suning, que tem uma participação maioritária no Inter de Milão, tem sido notícia pelos graves problemas económicos que o afectam.
Hoje Macau China / ÁsiaANP | Analisado relatório de trabalho do comité permanente que será discutido em Março Legisladores chineses realizaram discussões em grupo no sábado para deliberar sobre o relatório de trabalho do Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular (ANP), a principal órgão da China. O relatório de trabalho será submetido à assembleia anual em Março para deliberação. Li Zhanshu, presidente do Comité Permanente do ANP, participou da deliberação, que também contou com a presença de membros do Comité Permanente do ANP e membros dos comités especiais do ANP. Os participantes concordaram que, desde a sessão anual anterior do ANP em maio de 2020, “o Comité Permanente alinhou o seu trabalho com o trabalho geral do Partido e do estado, cumpriu escrupulosamente o dever prescrito pela Constituição e pelas leis e fez novos progressos em vários aspectos de seu trabalho”. O comité permanente promoveu a implementação da Constituição salvaguardando a autoridade da Constituição e melhorando as leis relacionadas, de acordo com as discussões do grupo. Os participantes observaram que o comité permanente acelerou a legislação em áreas-chave, com importantes avanços, como saúde pública, segurança nacional, protecção ambiental e governação social. “Ao exercer eficazmente o seu poder de fiscalização, a comissão promoveu o trabalho do governo, da Comissão Nacional de Fiscalização, do Supremo Tribunal Popular e da Suprema Procuradoria Popular”, afirmaram. O comité também facilitou o cumprimento das metas de desenvolvimento económico e social estabelecidas para o período do 13º Plano Quinquenal do país (2016-2020) e auxiliou na elaboração do 14º Plano Quinquenal (2021-2025), de acordo com o grupo discussões. Os membros do Comité Permanente do ANP endossaram o relatório de trabalho e concordaram em submetê-lo à próxima sessão anual do ANP para deliberação. Os presentes propuseram sugestões para modificar o relatório de trabalho e melhorar o trabalho dos congressos populares.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Vigilância digital, alarmes e comités de bairro contra o vírus Reportagem de João Pimenta, da agência Lusa Em Pequim, cidade com 23 milhões de habitantes e 35 casos de covid-19 na altura, Judith Teunissen desafiou as probabilidades ao cruzar-se com um taxista infectado, experimentando prontamente a eficácia da máquina chinesa em suprimir o coronavírus. “Dois dias depois de ter apanhado o táxi, estava no supermercado quando recebi uma chamada”, conta a holandesa à agência Lusa. Do outro lado, um funcionário do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da China (CDC, na sigla em inglês) foi directo ao assunto: “Apanhou um táxi na quinta-feira, certo? Vamos agora buscá-la de ambulância. Onde está?”. Judith pensou tratar-se de uma “brincadeira”. “O funcionário falava extremamente rápido e continuava a repetir que era do CDC”, descreve. “Eu nem sabia o que significa CDC”, conta a holandesa. O episódio remonta a 10 de Janeiro, quando a capital chinesa enfrentava um surto que somava então 35 infectados activos, depois de quase meio ano sem casos. As autoridades de saúde ordenaram que Teunissen fizesse quarentena, por um período de 21 dias, num centro designado fora da cidade. Com a ajuda da embaixada da Holanda em Pequim, no entanto, a holandesa conseguiu acordar que a quarentena fosse feita em casa. Como condição, um alarme foi instalado no apartamento, para alertar as autoridades caso a porta se abrisse. “No espaço de seis horas instalaram o alarme e tive que assinar um documento a prometer que não sairia de casa”, conta. Durante a primeira semana, Teunissen foi testada quatro vezes para a covid-19. O comité do bairro onde mora ficou encarregado de levar comida e compras de supermercado e de recolher o lixo. Desde Março passado, quando o Partido Comunista Chinês declarou vitória sobre a doença, as autoridades têm actuado rapidamente para impedir que novos surtos se alastrem, colocando sob quarentena bairros ou cidades inteiras, enquanto testam massivamente a população local, assim que os primeiros casos são diagnosticados. O relato de Judith Teunissen ilustra a eficácia do sistema chinês em lidar com a doença, mas também o seu lado mais sombrio. O vírus foi mantido sob controle, mas apenas devido ao poder do regime de ditar mudanças colossais, enquanto dispõe de um amplo aparelho de vigilância. Praticamente todas as pessoas que vivem na China são hoje obrigadas a usar um aplicativo no telemóvel que regista em detalhe onde o usuário esteve. O aplicativo é exigido à entrada de edifícios de escritórios, centros comerciais ou supermercados. Comités de Prevenção da Epidemia foram oficialmente criados em todos os bairros, ilustrando a mobilização nacional, depois de o Presidente chinês, Xi Jinping, ter designado o combate ao vírus como uma “guerra popular”. O sucesso permitiu ao Partido Comunista validar o seu governo de partido único, apesar de os estágios iniciais do surto, na cidade de Wuhan, centro da China, revelarem que as autoridades foram lentas a agir. No final de dezembro de 2019, já vários médicos em Wuhan alertavam para os perigos de uma nova doença desconhecida mas, segundo relatos veiculados pelos media na altura, a polícia deteve oito deles para os “educar” sobre os perigos associados a espalhar rumores. Mas assim que a liderança do Partido Comunista se mobilizou, fê-lo com resolução. O anúncio do bloqueio de Wuhan, em 23 de Janeiro, surgiu a meio da noite, sem aviso ou debate público. Durante a primeira semana confinada, Judith Teunissen fez exercício físico e viu documentários. Na segunda, começou a pensar na vida. Mas à terceira, a holandesa já tinha pensado em tudo o que havia para pensar. “Estava já a repetir pensamentos”, lembra. “É muito deprimente”, descreve. “É como se não houvesse mais nada. Só o vazio”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina-EU | Mais cooperação do que competição, diz o Ministério do Comércio O Ministério do Comércio chinês enfatizou que a China e a União Europeia (UE) são parceiros e não rivais, e que a cooperação entre os dois lados é muito maior do que qualquer concorrência. “A China deseja trabalhar junto com a UE para salvaguardar e desenvolver um sistema comercial multilateral”, disse o ministério por meio de um comunicado à imprensa em resposta a um documento de política comercial divulgado pela Comissão Europeia em 18 de Fevereiro. “A China aprecia o facto de que a UE continuará a defender o multilateralismo e uma ordem internacional baseada em regras, apoiar políticas comerciais que caracterizem abertura e engajamento e dar importância às relações económicas e comerciais com a China como sempre, conforme declarado no documento”, diz o comunicado. No entanto, deve ser apontado que a afirmação da UE de que a China segue “um modelo capitalista de estado distinto”, que “apresenta desafios crescentes para o sistema de governação económica global estabelecido”, “não é verdade”, disse o ministério. “Também é infundado dizer que um dos principais motores da crise que a Organização Mundial do Comércio (OMC) enfrenta é que a adesão da China à organização não levou à sua transformação numa economia de mercado. A China rejeita firmemente tais afirmações e acusações”, sublinhou o ministério. “A China tem construído uma economia de mercado socialista de forma abrangente, permitindo que o mercado desempenhe um papel decisivo na alocação de recursos e desempenhando plenamente o papel do governo. A história mostra que o sistema de governação económica do país contribui com a sabedoria chinesa para a governação económica global”, lê-se no comunicado à imprensa. O ministério disse ainda que a China foi sempre um participante activo, um firme apoiante, com importantes contribuições para a OMC. Para a China, “as raízes da crise actual da OMC são o unilateralismo e o protecionismo. Num momento em que a OMC enfrenta sérios desafios, a China e a UE devem trabalhar juntas para salvaguardar a autoridade e representatividade do sistema de comércio multilateral e fortalecer a solidariedade e aumentar a confiança entre os membros da OMC”, concluiu o ministério. De acordo com o documento, a UE adotará restrições mais rígidas na selecção de investimentos estrangeiros, controlo de exportações, compras públicas e subsídios estrangeiros. Por seu lado, a China “espera que a UE aumente a transparência das suas políticas, mantenha a equidade, a justiça e a não discriminação e evite impedir o comércio e os investimentos internacionais normais”, respondeu o ministério, acrescentando que “diferentes sistemas sociais e modelos económicos não devem impedir as duas partes de agirem com uma cooperação mutuamente benéfica”. A China está pronta para trabalhar com a UE para fortalecer o diálogo, aprofundar a cooperação e lidar adequadamente com as diferenças para impulsionar o desenvolvimento estável e de longo prazo das relações económicas e comerciais China-UE. Por outro lado, espera que a UE continue a aderir ao livre comércio e ao multilateralismo, trabalhar com a China para se opor ao unilateralismo e ao protecionismo e facilitar a recuperação da economia mundial o mais rápido possível, lê-se ainda no comunicado.