Hoje Macau China / ÁsiaChina realiza em Junho testes para tradutores e intérpretes chinês-português A China vai realizar a 19 e 20 de Junho os primeiros testes de acreditação de tradutores e intérpretes chinês-português e português-chinês. O Centro de Gestão de Projeto do Teste de Acreditação da China para Tradutores e Intérpretes (CATTI, na sigla inglesa) anunciou que os testes irão decorrer em simultâneo na China continental e em Macau. Os testes exigem “um conhecimento profundo da sociedade, história e cultura da China e dos países de regiões de língua portuguesa”, sublinha o CATTI, num comunicado. A candidatura aos testes, distribuídos por três níveis de proficiência, é aberta não apenas a cidadãos chineses, mas também a estrangeiros que trabalhem na China e residentes em Macau, Hong Kong e Taiwan. Só quem passa nestes testes pode trabalhar na Administração de Publicações em Línguas Estrangeiras da China (CIPG, na sigla inglesa), que tem a tutela do CATTI, ou ingressar em mestrados de tradução e interpretação. O CATTI tinha anunciado no final de fevereiro a criação de um comité para preparar e avaliar este teste. O comité, que conta com 12 peritos em português, seis dos quais baseados em Macau, é liderado pelo presidente do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Macau (IPM), Lei Heong Iok. O CATTI realizava até agora testes de acreditação de tradutores e intérpretes de sete línguas: inglês, francês, alemão, japonês, russo, espanhol e árabe. Cerca de 50 instituições chinesas de ensino superior têm cursos de língua portuguesa, disse à Lusa, em novembro, Gaspar Zhang Yunfeng, coordenador do Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa do IPM. O professor indicou que o interesse pelo português na China registou um “crescimento enorme” nos últimos anos, porque há muitas saídas profissionais, nomeadamente “em empresas chinesas que tenham uma grande colaboração com os países de língua portuguesa”.
Hoje Macau China / ÁsiaGoverno chinês pede ao grupo Alibaba que se desfaça de activos na imprensa O Governo chinês pediu ao gigante do comércio eletrónico Alibaba que se desfaça de activos no sector da imprensa, visando contrariar a influência do grupo fundado por Jack Ma, informou o jornal Wall Street Journal (WSJ). O bilionário, que se retirou oficialmente do Alibaba, em 2019, mas continua a ser um dos principais acionistas do grupo, é há alguns meses alvo das autoridades do país asiático. Os reguladores chineses suspenderam em novembro a entrada em bolsa do Ant Group, uma subsidiária do Alibaba para pagamentos digitais e, no mês seguinte, abriram uma investigação sobre práticas alegadamente monopolistas do grupo. As autoridades pediram agora ao Alibaba que reduza drasticamente a sua presença no setor da imprensa, segundo o jornal norte-americano, que não identifica nenhuma fonte. O Alibaba detém o South China Morning Post (SCMP), jornal de referência em língua inglesa, em Hong Kong. O grupo também tem participações na rede social Weibo, o equivalente ao Twitter na China, e na plataforma de transmissão de vídeos Bilibili, além de outros órgãos e também agências de publicidade. Segundo o Wall Street Journal, os líderes chineses estão preocupados com a crescente influência na opinião pública exercida pelo grupo fundado por Jack Ma. O jornal não detalha se o grupo se deve retirar totalmente do setor ou apenas renunciar parte das suas posições. O Alibaba também arrisca uma multa recorde na China por práticas anticoncorrenciais, informou o mesmo jornal. O valor da multa pode ultrapassar os 815 milhões de euros pagos em 2015 pela fabricante norte-americana de ‘chips’ Qualcomm, a maior multa antimonopólio imposta por Pequim até à data. As autoridades acusaram o Alibaba de obrigar os comerciantes a vender exclusivamente através da sua plataforma, concedendo exclusividade ao grupo, ao se absterem de comercializar os seus produtos ou serviços noutras plataformas de vendas ‘online’.
Hoje Macau SociedadeCovid-19 | Quatro residentes vindos de Taipei testam positivo a anti-corpos Dos 30 residentes de Macau, vindos da Europa e dos Estados Unidos, no voo chegado ao território, via Taipei, este domingo, quatro acusaram positivo a anti-corpos da covid-19 depois da realização de testes serológicos. A informação chegou às redacções esta madrugada, com o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus a informar que as quatro pessoas com resultados anormais foram enviadas para Hospital Conde de São Januário, onde está a ser feita uma análise mais profunda sobre a situação da infecção. O primeiro indivíduo é um homem, de 36 anos de idade, residente de Macau, escriturário, residente permanente na Inglaterra. O segundo indivíduo, é também do sexo masculino, tem 20 anos de idade e estuda em Inglaterra. O terceiro indivíduo, é do sexo feminino, tem 44 anos de idade, e é residente de Macau, sendo dona de casa no Reino Unido. Já o quarto indivíduo, é do sexo masculino, tem 52 anos de idade, é um homem de negócios, residente de Macau e desde Novembro de 2020 tem trabalhado no Gana, em África. Todos estes residentes tinham registado testes de ácido nucleico para a Covid-19 negativos no dia 14 de Março, tendo, no entanto, acusado positivo aos testes anti-corpos efectuados no dia 15 na observação médica feita durante o isolamento no hotel.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | China “acompanha de perto” situação após ataques a fábricas A China disse ontem que está a “acompanhar de perto a situação” no Myanmar (antiga Birmânia), e pediu aos seus cidadãos no país que tenham cautela, após o ataque a fábricas de empresas propriedade de chineses. “A China espera que o Myanmar tome medidas práticas para garantir a segurança dos cidadãos chineses”, disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China Zhao Lijian, em conferência de imprensa. Zhao apelou aos cidadãos chineses no Myanmar que “permaneçam em guarda”. Pelo menos 18 pessoas foram mortas no Myanmar, no domingo, em protestos contra o golpe militar. Em Rangum, a capital económica do país, várias fábricas de propriedade de chineses foram, no domingo, “destruídas, saqueadas e incendiadas”, revelou a embaixada chinesa, acrescentando que alguns cidadãos chineses ficaram feridos. “A China espera que o Myanmar tome medidas concretas para garantir a segurança dos chineses”, disse o porta-voz. Questionado sobre a possibilidade de a China retirar os seus cidadãos do país, o porta-voz afirmou que Pequim “está a monitorar de perto a situação” e está “muito preocupada” com a segurança dos chineses no país. Zhao também exortou as autoridades do Myanmar a “levar os autores [dos ataques] à justiça”. A China é um dos principais parceiros comerciais do Myanmar. Os investimentos chineses naquele país asiático criaram cerca de 400.000 empregos, segundo Pequim.
Hoje Macau China / ÁsiaTempestade de areia envolve Pequim em manto de poluição A proximidade com o deserto de Gobi e a fragilidade do ambiente ecológico da região fazem com que entre Março e Abril as tempestades de areia assolem a capital chinesa Pequim acordou ontem envolta numa espessa nuvem de poluição, que reduziu a visibilidade até 300 metros em algumas partes da capital chinesa, devido às maiores tempestades de areia dos últimos dez anos no norte do país. As autoridades emitiram o alerta amarelo, o terceiro mais alto, numa escala de quatro níveis, que implica a suspensão de todas as actividades ao ar livre e o uso de máscaras de protecção respiratória. A concentração de partículas PM2,5 – as mais finas e susceptíveis de se infiltrarem nos pulmões -, ascendeu a 500 microgramas por metro cúbico, bem acima do limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 25 microgramas. A concentração de partículas PM10 – as segundas mais finas e também susceptíveis de se infiltrarem no sistema respiratório -, chegaram a 10.000 microgramas por metro cúbico em algumas zonas da cidade. Para estas partículas, o limite de concentração recomendado pela OMS é de 50 microgramas. “O fim do mundo está próximo”, ironizaram vários internautas no Wechat, a rede social mais utilizada na China. Um meme com um cenário apocalíptico, retirado do clássico filme de ficção cientifica Perigo Iminente (“Blade Runner”, em inglês), e a icónica torre da televisão estatal chinesa CCTV ao fundo, tornou-se também viral na Internet chinesa. Cerca de um quinto dos voos de e para o Aeroporto Internacional de Pequim – Capital e o Aeroporto Internacional de Daxing, no sul de Pequim, foram cancelados. Segundo o Observatório Meteorológico Central da China, trata-se da maior tempestade de areia no espaço de uma década. A tempestade é resultado dos efeitos combinados do ar frio e dos ciclones na região chinesa da Mongólia Interior e na Mongólia. A desertificação no norte e nordeste da China agravou os seus efeitos. “A tempestade de areia de hoje (ontem) deve-se sobretudo a factores naturais, mas também mostra que o nosso ambiente ecológico ainda é muito frágil”, disse Zhao Yingmin, vice-ministro da Ecologia e Meio Ambiente da China, citado pela imprensa estatal. Luta desigual A China tem tentando reflorestar e restaurar a ecologia da região para limitar a quantidade de areia que atinge a cidade. A capital chinesa plantou uma “grande muralha verde” de árvores para capturar a poeira e tentou criar corredores de ar que canalizam o vento e permitem que a areia e outros poluentes passem mais rapidamente. As tempestades de areia devem deslocar-se para o sul em direcção ao delta do rio Yangtse e desaparecer na quarta ou quinta-feira, previu o ministério do Ambiente da China. Pequim enfrenta tempestades de areia regulares em Março e Abril devido à proximidade com o deserto de Gobi. A Agência Nacional de Gestão de Emergências da Mongólia revelou que as fortes tempestades de areia no país resultaram em seis mortes e 81 pessoas desaparecidas. As tempestades de areia afectaram um total de 12 áreas no norte e noroeste da China, incluindo a região de Xinjiang e as províncias de Shanxi, Gansu e Ningxia.
Hoje Macau VozesMelhorar o Sistema Eleitoral de Hong Kong O Único Caminho para Salvaguardar de Longo Prazo – a Prosperidade e a Estabilidade de Hong Kong Por Liu Xianfa Comissário do Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China na Região Administrativa Especial de Macau Em 11 de março, foi aprovado por maioria de votos na 4ª sessão anual da 13ª Assembleia Popular Nacional (APN), Decisão da Assembleia Popular Nacional sobre a melhoria do sistema eleitoral da Região Administrativa Especial de Hong Kong(RAEHK). O governo central rever e melhorar a nível nacional o sistema eleitoral de Hong Kong, a fim de implementar integralmente o princípio de “patriotas governam Hong Kong”, vai preencher as lacunas do sistema , e será o único caminho para salvaguardar de longo prazo a prosperidade e a estabilidade de Hong Kong . Melhorar o sistema eleitoral de Hong Kong é da competência e responsabilidade da Autoridade Central. A Autoridade Central determinar o sistema eleitoral local é um sistema constitucional e uma prática política comum de todos os Estados Unitários. A China é um Estado Unitário. Hong Kong é uma região administrativa especial da República Popular da China. É do poder da Autoridade Central a criação duma região administrativa especial e a sua ordem. A Autoridade Central, conforme a Constituição e a Lei Básica, tem o poder constitucional, e assume a responsabilidade constitucional para determinar o sistema eleitoral de acordo com as circunstâncias reais de Hong Kong. Melhorar o sistema eleitoral da RAEHK pela Assembleia Popular Nacional e o seu comité permanente atua em plena conformidade com as disposições da Constituição e da Lei Básica. Isto é um acto legítimo, razoável, constitucional e legítimo. Liu Xianfa Melhorar o sistema eleitoral dirigido pelo princípio de “patriotas governam Hong Kong” corresponde com o princípio de “um país, dois sistemas” e a prática global comum. “Patriotas governam Hong Kong” é um requisito necessário e um conceito essencial do princípio de “um país, dois sistemas”, uma exigência inevitável para retomar o exercício da soberania de Hong Kong, uma pre-condição para a plena implementação da política de “um país, dois sistemas”, bem como uma garantia fiável para manter a prosperidade e a estabilidade de Hong Kong a longo prazo. Exigências rigorosas no patriorismo e nas qualificações políticas dos governantes é uma regra global comum . “Patriotas governam Hong Kong” não é de alto padrão, mas sim um padrão mínimo de “Hong Kong a ser governado pelo povo de Hong Kong”. Este requisito também não é exclusivo de Hong Kong, mas sim uma regra aplicável geral em todo o mundo. Melhorar o sistema eleitoral de Hong Kong é o único caminho para um desenvolvimento saudável da política democrática de Hong Kong. Hong Kong não tinha democracia alguma durante a época colonial e só depois da sua devolução é que começou de verdade o processo de desenvolvimento democrático. Mas nos últimos anos, especialmente após a turbulência sobre o projeto de emenda de decreto de Hong Kong em 2019, os elementos anti-China e desestabilizadores em Hong Kong, em conspiração com forças hostis externas, têm espalhado propostas de “independência de Hong Kong”, aproveitado as plataformas eleitorais da RAEHK e as plataformas de deliberação do Conselho Legislativo e dos Conselhos Distritais ou suas posições como funcionários públicos para paralisar, a todos os meios possíveis, o funcionário do Conselho Legislativo e obstruir a administração baseada na Lei do governo da RAEHK, tentando em provocar a Autoridade Central e tomar nas suas mãos, o poder de administrar a cidade. Os tumultos e turbulências revelam que o sistema eleitoral de Hong Kong tem brechas e deficiências claras. As últimas medidas tomadas pela Autoridade Central sirvam para promover o desenvolvimento saudável e ordenado da política democrática em Hong Kong. Melhorar o sistema eleitoral de Hong Kong é uma importante garantia da prosperidade e da estabilidade a longo prazo de Hong Kong. O 14º Plano Quinquenal e os Objetivos de Longo Prazo até o ano de 2035, adoptados pela Assembleia Popular Nacional , define uma série de objectivos importantes para manter a prosperidade e a estabilidade de Hong Kong a longo prazo, bem como uma implementação concreta para aprofundar a cooperação entre o interior da China e Hong Kong, demonstrando a firme determinação da Autoridade Central em manter a prosperidade e a estabilidade de Hong Kong. Os tumultos e as confusões por dentro vão fazer perder a oportunidade de desenvolvimento. Agora, a Autoridade Central está a tomar medidas para melhorar o sistema eleitoral e aplicar o princípio de “Patriotas governam Hong Kong”, tudo isso serve para patriotas leais liderarem Hong Kong a sair do predicamento. Agora, muitos países do mundo estão a tentar em agarrar as oportunidades do desenvolvimento da China, ao mesmo tempo no caso de Hong Kong que fica com apoios da pátria e uma visão global e que tem muitas condições favoráveis e vantagens competitivas únicas, não há razão perder as oportunidades, nem ser desorientado no grande progresso do país. Melhorar o sistema eleitoral de Hong Kong pela Autoridade Central é amplamente compreendida e apoiada pela comunidade internacional. O governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) e todos os setores da sociedade também se expressam os seus apoios para a decisão e as medidas da Autoridade Central. Com a liderança da Autoridade Central, a RAEM tem gradualmente desenvolvido a sua política democrática de acordo com a Constituição e a Lei Básica, construído uns sistemas eleitorais de chefe do executivo e de Assembleia Legislativa correspondentes à realidade, protegido os direitos dos residentes, formando uma boa situação de “Patriotas governam Macau”, assegurando o princípio de “um país, dois sistemas” continuar a seguir no rumo certo. O Comissariado vai continuar a manter uma vigilância rigorosa e a conter com firmeza a interferência de forças externas nos assuntos de Macau, tal como orientado pela Autoridade Central e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, a fim de salvaguardar resolutamente a excelente situação de Macau e defender inabalavelmente a prosperidade, a estabilidade, uma boa governança e uma segurança de longo prazo da RAEM.
Hoje Macau EventosExposição | Maria Imaginário participa na “Art Bodega” em Hong Kong A artista portuguesa Maria Imaginário leva este mês o seu trabalho até ao Oriente, no âmbito da exposição colectiva “Art Bodega”, a ser inaugurada na quinta-feira, em Hong Kong, e que tem a comida como tema central. Em “Art Bodega”, serão apresentados trabalhos da artista portuguesa, bem como de dois artistas britânicos – Jon Bugerman e Timothy Gatenby, um sul coreano, Gunwoo Park, e um outro de Hong Kong, 2timesperday -, segundo informação disponível no comunicado de apresentação da mostra, enviado à agência Lusa. Na exposição será possível ver-se, entre outros trabalhos, esculturas de chupa-chupas e rebuçados, em madeira e cerâmica, em tons pastel, de Maria Imaginário, e as reinterpretações de Timothy Gatenby de famosas personagens de animação, com produtos de ‘fast food’. “Durante a pandemia, é difícil para todos sair de casa ou até fazer uma refeição num restaurante com amigos. Na situação actual, através de ‘Art Bodega’, esperemos que todos possam ser lembrados de que qualquer tipo de interação pessoal deve sempre ser valorizada, enquanto se aprecia ‘comida’ em forma de arte, que também pode ser servida como comida para o pensamento”, lê-se no texto de apresentação da mostra. “Art Bodega” está patente até 26 de Março, no K11 Art Mall de Hong Kong, um centro comercial que integra e funciona como espaço expositivo com programação regular. O trabalho de Maria Imaginário, que vive e trabalha entre Lisboa e Londres, tem sido mostrado em feiras e galerias de arte em países como o Reino Unido, Portugal, França, Itália e os Estados Unidos. Maria Imaginário, que começou por pintar nas ruas em 2004, estudou Ilustração e Banda Desenhada no Ar.Co, em Lisboa. Actualmente, define-se como artista multidisciplinar e, nos últimos anos, tem passado, de forma gradual, as histórias e personagens que cria de pinturas a duas dimensões para uma linguagem tridimensional, com a criação de instalações e esculturas de larga escala.
Hoje Macau EventosPalestra | USJ e Instituto Mateus Ricci discutem Confúcio quarta-feira A palestra “Do Confúcio a Zhu Xi: A adopção do neo-confucionismo pelo jesuíta François Noel na philosophia sinica (1711)”, promovida pela Universidade de São José (USJ) e Instituto Mateus Ricci, vai ter lugar esta quarta-feira e conta com Thierry Meynard como orador. A conferência irá falar da obra “Philosophia Sínica”, do jesuíta francês François Noel, onde este aceita o conceito Taiji “como legítimo conceito de Deus no sentido filosófico”. Isto porque “desde Matteo Ricci que os jesuítas na China sempre reconheceram o autêntico discurso de Deus nos escritos de Confúcio e da sua escola”, mas sempre rejeitaram a Escola do Princípio de Zhu Xi e dos seus conceitos Taiji, Li, Qi e guishen. Mas não foram apenas os missionários jesuítas que afastaram estes princípios dos seus estudos e escritos, mas também os cristãos chineses. “Porque é que Noel era capaz de analisar o novo neo-confucionismo? Como é que ele fez isso? Quais as consequências para a teologia cristã? Estas questões são um convite para prosseguir com o diálogo entre o Confucionismo e o Cristianismo no século XXI”, adianta um comunicado. Thierry Meynard nasceu em França em 1963 e actualmente é professor e director do programa de doutoramentos no departamento de filosofia da Universidade Sun Yat-sen, em Guangzhou, China, onde lecciona filosofia ocidental e os clássicos latinos. A palestra decorre entre as 18h30 e as 20h no espaço Centro de Cultura e Artes Performativas Cardeal Newman de Macau (CCCN), na Calçada da Vitória 55.
Hoje Macau EventosMúsica | Orquestra Chinesa de Macau ao vivo no dia 26 no Centro Cultural Está agendado para o palco do Centro Cultural de Macau mais um espectáculo de música clássica. “Flor da Juventude” é o nome do concerto que será protagonizado pela Orquestra Chinesa de Macau no próximo dia 26 de Março e que conta com a maestrina Chen Bing É já no próximo dia 26 de Março que acontece, no grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM), o concerto de música clássica “Flor da Juventude”, protagonizado pela Orquestra Chinesa de Macau (OCHM), pelas 20h. O espectáculo, que pretende, segundo o Instituto Cultural (IC) “promover a cultura chinesa, mostrar o brilho da juventude, realçar as características de Macau e demonstrar o encanto da música chinesa”, contará com a participação da maestrina Chen Bing. O programa do espectáculo irá contar com a obra “Fantasia de Macau”, escrita por Lin Hsin-Pin, uma jovem compositora de Taiwan, que faz assim a sua estreia mundial no território. Através da sua obra a compositora explora Macau, ouvindo-a e exprimindo o seu apreço pela cultura e história únicas da cidade. Outros destaques do concerto incluem “O Começo”, de Li Bo, “Lu Mu Lian”, de Mo Fan e Ensemble de Música Chinesa “Flores de Primavera e Frutos de Outono”, de Wang Yunfei. Uma experiente maestrina Chen Bing é professora associado do departamento de regência do Conservatório Central de Música e estudou com o prestigiado maestro e educador Professor Xu Xin, já falecido, bem como com o famoso maestro e actual presidente do Conservatório Central de Música, Professor Yu Feng. A maestrina prosseguiu os seus estudos na Metropolitan Opera nos EUA com o mestre Donald Palumbo, tendo sido muito aclamada. Chen Bing também obteve um diploma em ópera como directora de arte do Departamento de Ópera do Instituto de Música de Cincinnati nos Estados Unidos, onde dirigiu óperas cómicas de Rossini como O Barbeiro de Sevilha e O Senhor Bruschino, e também Così fan tutte de Mozart e Cinderela de Massenet, sendo muito elogiada. Segundo o IC, o espectáculo “Flor da Juventude” vai permitir que o público “sinta a beleza da juventude através da música chinesa”. Os bilhetes já estão à venda e os preços variam entre as 120 e as 200 patacas. Devido à impossibilidade do grupo acompanhante da Orquestra Chinesa de Pequim se deslocar a Macau na data prevista por motivo das medidas anti-epidémicas, a programação será alterada, destaca ainda o IC em comunicado.
Hoje Macau SociedadeCotai | Construção de Linha da Ilha da Montanha condiciona trânsito A partir de sábado a circulação da Rotunda Marginal, no Cotai, vai ficar condicionada devido às obras de construção da ligação do Metro à Ilha da Montanha. O objectivo será deslocar tubagens subterrâneas e abrir o poço destinado à escavação do túnel. O condicionamento prolonga-se até 15 de Julho e vai implicar que a circulação seja feita nos dois sentidos pelo lado leste da rotunda. Também a partir de sábado, os condutores vão encontrar a Estrada Flor de Lótus, junto do campo de golfe, encerrada. As obras no local vão prolongar-se até 30 de Abril de 2023 para deslocar tubagens subterrâneas, construir um viaduto para o Metro Ligeiro e um acesso ao túnel subaquático. O encerramento prolonga-se por um período superior a dois anos. Finalmente, também a circulação para o acesso à zona de administração do posto fronteiriço de Hengqin e Macau vai ser afectado, devido à necessidade de demolir as edificações localizadas no anterior posto fronteiriço e libertar o local para a execução da construção da linha na Ilha da Montanha. O condicionamento nesta zona começa a 27 de Março e prolongar-se até 30 de Abril de 2023.
Hoje Macau Manchete PolíticaTDM | AIPIM preocupada com livre exercício do jornalismo A Associação de Imprensa em Português e Inglês de Macau mostrou-se preocupada com o livre exercício do jornalismo na TDM, devido às novas orientações editoriais que proíbem jornalistas de português e inglês de divulgarem opiniões contrárias às da China. O Sindicato dos Jornalistas de Portugal também manifestou “enorme preocupação” e “solidariedade” A Associação de Imprensa em Português e Inglês de Macau (AIPIM) “manifesta enorme preocupação pela gravidade das implicações de alguns aspectos referidos (…) no que diz respeito ao livre exercício do jornalismo e às condições dos jornalistas para exercerem a sua actividade com profissionalismo e dignidade”, apontou a associação em comunicado, reagindo à notícia das novas orientações editoriais da Teledifusão de Macau (TDM). Entre os vários pontos transmitidos às redacções portuguesa e inglesa na reunião da passada quarta-feira onde foram comunicadas as novas directivas, a AIPIM demonstrou muita preocupação com “uma indicação de impossibilidade do pessoal da TDM de ‘divulgar informação ou opiniões contrárias às políticas do Governo Central da RPC’” e ainda o apoio às medidas adoptadas por Macau. “O ponto em questão é particularmente preocupante na medida em que colide com o pluralismo informativo e a busca do contraditório – princípios basilares da actividade profissional dos jornalistas”, para além de gerar “um clima de incerteza e receio, o qual tem um impacto muito negativo no trabalho do jornalista”. Demonstrando respeito pela autonomia da linha editorial dos órgãos de comunicação social, a AIPIM considera também que o ponto em questão pode entrar em colisão com parte do Manual Editorial da TDM: “A ‘regra das duas fontes’ deve ser aplicada rigorosamente pelos [nossos] jornalistas quando transmitem uma notícia ou informação importante”, citou a associação. Um jornalista da TDM, que pediu para não ser identificado, disse na quinta-feira à Lusa que pelo menos um editor já colocou o lugar à disposição. O não cumprimento das novas directrizes dá despedimento por justa causa, adiantou. “Confirmando-se uma abordagem deste género, julgamos ser algo de injustificável e inaceitável”, denunciou na mesma nota a AIPIM. Na reunião com a direcção de informação, foi dito aos cerca de 40 jornalistas de língua portuguesa e inglesa directrizes como: A TDM divulga e promove o patriotismo, o respeito e o amor à pátria e a Macau; A TDM é um órgão de divulgação da informação do Governo Central da República Popular da China e de Macau; O pessoal da TDM não divulga informação ou opiniões contrárias às políticas do Governo Central da China e apoia as medidas adoptadas por Macau. A AIPIM pediu esclarecimentos à TDM “por forma a garantir o pleno exercício da profissão” e demonstrou ainda toda “a solidariedade com os (…) colegas profissionais dos serviços em português e inglês da TDM, que merecem respeito, consideração e apoio”. Mensagem de Lisboa A emissora pública de televisão e rádio de Macau assumiu em comunicado que vai manter a actual política editorial alinhada com o “princípio do patriotismo e do amor por Macau”. “A Teledifusão de Macau (TDM) não irá alterar a sua política actual em matéria de cobertura noticiosa”, indicou a emissora, num comunicado em chinês, sem nunca se referir à reunião de quarta-feira onde foi lida uma directiva que proibia os jornalistas de português e inglês de divulgarem informações e opiniões contrárias às políticas da China, confirmada à Lusa por vários jornalistas da empresa e veiculada pelos ‘media’ locais. “Enquanto organismo público de radiodifusão, a TDM continuará a cumprir a sua responsabilidade social nos meios de comunicação social e a aderir ao princípio do patriotismo e do amor por Macau”, lê-se na mesma nota. O Sindicato dos Jornalistas (SJ) de Portugal manifestou também “enorme preocupação” e “solidariedade” com os jornalistas em língua portuguesa e inglesa da Teledifusão de Macau (TDM. Na nota enviada à Lusa, o Sindicato dos Jornalistas de Portugal alertou “para as implicações de tais orientações para o livre exercício do jornalismo em Macau, onde trabalha um número significativo de profissionais portugueses”. De acordo com a nota, a presidente da Direcção do SJ, Sofia Branco, “já falou ao telefone com o presidente da AIPIM”, José Carlos Matias, “tendo este assegurado que existem canais de diálogo internos para tentar resolver a situação reportada”. O SJ expressou igualmente “a sua solidariedade com os profissionais dos serviços em português e inglês da TDM”, através da AIPIM. O HM contactou João Francisco Pinto, director de informação e programas dos canais portugueses da TDM, e Gilberto Lopes, director-adjunto de informação e programação portuguesa da TDM – Rádio Macau, que não comentaram a situação. TDM | “Acredito que não vai haver mudanças”, Coutinho O deputado e conselheiro das comunidades portuguesas na Ásia, José Pereira Coutinho, considera que “não vai haver grandes mudanças” na TDM depois do aviso que terá sido feito aos jornalistas e produtores dos canais portugueses e ingleses da emissora. Contudo, o deputado mostra-se também preocupado. “Não sei quem é que disse aquilo, não consigo perceber de onde veio [a informação], mas a situação é preocupante. No entanto, acredito que não vai haver mudanças. Como conselheiro das comunidades portuguesas, acredito nas autoridades locais, acredito na Lei Básica e no princípio “um país, dois sistemas” e as coisas estão a funcionar. Veja-se que eu, como deputado, nunca sofri qualquer pressão para falar ou para fazer tudo o que é necessário, porque estamos a trabalhar para o bem da população de Macau”, explicou o deputado à margem de uma reunião na DSAL.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China garante imunidade de grupo até meados de 2022 A China prevê vacinar contra a covid-19 70 a 80% da população até ao fim de 2021 ou meados de 2022, atingindo a imunidade de grupo, afirmou o responsável pelo Centro para o Controlo de Doenças chinês. Com quatro vacinas aprovadas, a China irá vacinar 900 milhões a mil milhões de pessoas, disse Gao Fu, durante uma entrevista à televisão oficial chinesa CGTN. “Esperamos que a China possa liderar a imunidade de grupo no mundo”, afirmou. A China administrou 52,5 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 até ao fim de fevereiro. No entanto, especialistas em saúde do Governo já reconheceram que a China tem sido mais lenta no processo de vacinação do que muitos outros países, incluindo os Estados Unidos, tendo distribuído cerca de 10 vezes mais doses de vacina por outros países do que as que distribuiu internamente. As autoridades chinesas aprovaram quatro vacinas contra a covid-19 de fabrico nacional, duas da empresa detida pelo Estado Sinopharm, uma da Sinovac e outra da CanSino, embora para nenhuma delas tenham sido publicamente divulgados os dados sobre a quarta fase de desenvolvimento. O país tem actualmente 17 vacinas candidatas a ensaios clínicos.
Hoje Macau Grande Plano MancheteHong Kong | Pequim promete medidas contra a “interferência do Ocidente” na reforma eleitoral Os dirigentes chineses disseram este fim de semana que não existe “espaço para recuar” em relação às medidas anunciadas para a reforma do sistema eleitoral de Hong Kong. Isto apesar das críticas e ameaças de sanções de países ocidentais. Para eles, as sanções são medalhas e prometem responder à letra Altos funcionários chineses declararam “a sua determinação inabalável de reparar as brechas na cidade chinesa que foram exploradas pelas forças anti-China, e lutar resolutamente com contra-medidas, se esses países ocidentais continuarem a intrometer-se nos assuntos internos da China”. Na questão de Hong Kong, “o governo chinês não tem espaço para recuar, já que os problemas de Hong Kong não são uma questão de democracia, mas sim de subversão e tomada do poder”, disse Zhang Xiaoming, vice-director do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau. ” Nos últimos anos, forças anti-China exploraram brechas e falhas no actual sistema eleitoral de Hong Kong para colocar em risco a soberania da China, a segurança nacional e os interesses do desenvolvimento, prejudicando gravemente a ordem constitucional e a governação efectiva. Portanto, o governo central deve tomar as medidas necessárias para melhorar o sistema. Tal não apenas cabe à Assembleia Nacional Popular (APN), como é a sua responsabilidade”, referiu Zhang Yong, vice-chefe da Comissão para Assuntos Legislativos do Comité Permanente da APN, em conferência de imprensa na sexta-feira. Pelosi e as mãos negras A China chega mesmo a nomear alguns políticos ocidentais que acusa de serem “mão negras” por detrás “da turbulência social” que agitou a cidade. Países como os Estados Unidos, Austrália e Reino Unido, que têm criticado a China na questão de Hong Kong, apoiam abertamente algumas figuras políticas anti-China na instigação de um movimento antigovernamental e anti-China em Hong Kong, e fazem parte das “mãos negras” por trás da turbulência social que arrastou a cidade da prosperidade e estabilidade à beira do colapso. “Algumas forças estrangeiras participaram da turbulência social e do tumulto que durou meses em Hong Kong em 2019, incluindo a política democrata Nancy Pelosi, que elogiou abertamente os distúrbios como uma “visão linda”, e o líder da maioria no Senado Mitch McConnell e o senador republicano Marco Rubio, que deu apoio aos desordeiros anti-China. Quando a violência no Capitólio estourou em Washington, esses políticos classificaram-na como ‘terrorismo’, o que mostrou a típica duplicidade dos seus padrões, e eu não entendo como têm moral para apontar o dedo aos assuntos de Hong Kong”, Zhang Xiaoming disse. O MNE britânico Dominic Raab e a australiana Marise Payne foram também criticados. Também Rita Fan Hsu Lai-tai, ex-presidente do Conselho Legislativo de Hong Kong (LegCo), afirmou que “os países ocidentais, liderados pelos EUA, muitas vezes falam sobre a situação de Hong Kong fora do contexto”. “Por exemplo, quando a Lei de Segurança Nacional entrou em vigor no ano passado, alguns políticos britânicos disseram que violava a Declaração Conjunta. No entanto, está claramente afirmado na Declaração Conjunta que a defesa nacional e a diplomacia são direito e responsabilidade da China”, disse Fan, sublinhando que a defesa nacional inclui questões de segurança nacional. Para Rita Fan, “os países ocidentais e as forças independentistas de Taiwan são os beneficiários de minar a estabilidade de Hong Kong”. As sanções aplicadas a alguns funcionários chineses pelos EUA parecem ser medalhas, nas palavras de Zhang Xiaoming. “Estamos profundamente orgulhosos de termos sido sancionados pelos EUA”, disse Zhang Xiaoming, ao mesmo tempo que prometia contra-sanções. O governo chinês está a preparar legislação para responder a estas sanções. Por exemplo, ” se Washington tomar mais medidas, a China pode exigir uma redução do Consulado Geral dos EUA em Hong Kong impondo restrições às suas actividades.” Rita Fan vai mais longe e pergunta: “Para alguns grupos políticos de Hong Kong que não entendem isto e clamam por uma democracia definida pelo Ocidente, quero que se sentem e pensem, vale a pena sacrificarem-se pela hegemonia ocidental?”. Londres condena “clara violação” da Declaração Conjunta O Reino Unido disse que a decisão da China de impor “mudanças radicais” para restringir a participação no sistema eleitoral de Hong Kong é uma nova “clara violação” da Declaração Conjunta Sino-Britânica. O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab, lamentou a decisão da China de impor “mudanças radicais” que reduzem o papel dos cidadãos na escolha dos seus líderes territoriais, em vez de dar a uma comissão pró-Pequim o poder de nomear mais legisladores. Segundo o ministro britânico, a decisão da China é parte “de um padrão concebido para assediar e suprimir todas as vozes críticas das políticas da China”. Raab acrescentou que a posição chinesa “marca uma terceira violação, em menos de nove meses, da Declaração Conjunta juridicamente vinculativa”. “A decisão de Pequim de impor mudanças radicais para restringir a participação no sistema eleitoral de Hong Kong é uma clara violação da Declaração Conjunta Sino-Britânica, juridicamente vinculativa”, disse o ministro. “O Reino Unido continuará a defender a população de Hong Kong. A China deve agir de acordo com as suas obrigações legais e respeitar os direitos e liberdades fundamentais em Hong Kong”, acrescentou o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico. Contudo, durante a época colonial, Londres nada fez para dar voz ao povo de Hong Kong, no sentido de escolherem os seus governantes.
Hoje Macau China / ÁsiaJoe Biden | Ofensiva anti-China em cimeira no Pacífico, que altera estilo de Trump O Presidente dos EUA, Joe Biden lançou, durante uma cimeira virtual com os primeiros-ministros da Austrália, Índia e Japão, uma iniciativa conjunta para travar “as ambições expansionistas da China no Pacífico”. Trata-se da primeira vez que esta aliança informal dos quatro países, nascida nos anos 2000 para contrabalançar as ambições expansionistas da China, se reúne ao mais alto nível. “Esta é a primeira cimeira multilateral que tenho a oportunidade de organizar, na qualidade de Presidente”, lembrou Joe Biden na abertura da videoconferência com os primeiros-ministros do Japão, Yoshihide Suga, da Índia, Narendra Modi, e da Austrália, Scott Morrison. “Os Estados Unidos estão determinados a trabalhar com todos os nossos aliados regionais para garantir a estabilidade”, acrescentou Biden. Num outro sinal da prioridade dada à Ásia pelos EUA, o primeiro-ministro japonês será, em abril, o primeiro líder estrangeiro a ser recebido pessoalmente nos Estados Unidos pelo novo Presidente, anunciaram os dois países, esclarecendo que as alterações climáticas e o combate à pandemia de covid-19 estarão no topo da agenda da reunião. “Estamos a lançar uma nova parceria ambiciosa para impulsionar a produção de vacinas para o benefício de todos, em particular da região do Indo-Pacífico”, explicou o Presidente norte-americano. Biden disse que a aliança dos quatro países está empenhada em responder “às graves carências do sudeste asiático, através de veículos financeiros complexos que permitirão um aumento muito importante, francamente drástico, das capacidades de produção de vacinas, até mil milhões de doses em 2022”. Esse esforço será baseado principalmente na produção de vacinas na Índia e na produção aumentada da vacina norte-americana de dose única Johnson & Johnson. Com esta iniciativa, o Presidente dos EUA tenta mostrar que está preocupado com o combate à pandemia, não apenas dentro de fronteiras, mas também através de projetos de cooperação internacional. Ao mesmo tempo, Washington pretende deixar um sinal de multilateralismo no esforço de contenção das ambições expansionistas da China no sudeste asiático. Nenhum dos quatro líderes referiu explicitamente a China, mas, no jargão diplomático, a insistência em expressões como “segurança marítima” e manutenção de uma região “livre e aberta” sugerem o compromisso em contrariar estratégias de controlo por parte de Pequim. “Renovamos o nosso compromisso de garantir que a região seja regida pelo direito internacional, mantenha os valores universais e esteja livre de qualquer coerção”, disse Joe Biden, numa clara alusão a Pequim. Scott Morrison considerou que o encontro destas quatro democracias simboliza “a alvorada de uma nova era” para a região, enquanto Narendra Modi assegurou que este grupo de países continuará a ser “um pilar importante para a estabilidade”. Na próxima semana, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o ministro da Defesa, Lloyd Austin, viajarão ao Japão e à Coreia do Sul, na sua primeira viagem ao estrangeiro. O chefe do Pentágono também viajará para a Índia, enquanto Antony Blinken prepara a primeira reunião com os chefes da diplomacia chinesa, Yang Jiechi e Wang Yi, marcada para o Alasca, no dia 19 de Março.
Hoje Macau Manchete PolíticaReunião na DSAL acaba em manifestação e corte de via pública Uma reunião com a DSAL para acompanhar os pedidos de apoio a 517 trabalhadores da construção civil que estão desempregados, acabou numa demonstração de descontentamento, que levou ao corte da Avenida Dr. Francisco Vieira Machado. O deputado José Pereira Coutinho aponta o dedo ao secretário para a Economia e Finanças por permitir o trabalho de TNR quando há desemprego entre residentes e diz que é “normal” os ânimos exaltarem-se quando é difícil sustentar a família. Saiba mais na próxima edição do Hoje Macau. https://streamable.com/gte57k
Hoje Macau DesportoCovid-19 | Qatar vai vacinar toda a caravana de Moto GP O Estado do Qatar vai vacinar toda a caravana do Mundial de Moto GP antes do arranque do campeonato, em 28 de março, anunciou o promotor da competição. “Tendo implementado de forma acelerada o seu processo de vacinação, o Estado do Qatar está em condições de oferecer a todos os membros do ‘paddock’ o acesso à vacina contra a covid-19”, lê-se no comunicado da Dorna, empresa promotora do Campeonato do Mundo de velocidade. No mesmo comunicado, a Dorna recorda que a parceria com o Qatar remonta a 2004 e que o país recebe duas rondas do campeonato mais os treinos de pré-temporada, que decorrem até domingo. “Para assegurar a saúde e a segurança de toda a caravana enquanto estão no Qatar e nas suas contínuas viagens pelo mundo esta temporada, o Governo do Estado do Qatar ofereceu acesso às vacinas da covid-19”, explicita ainda o mesmo documento. O Mundial de MotoGP arranca em 28 de março, precisamente naquele Estado dos Emirados Árabes Unidos.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Produtos frescos começam a escassear nos mercados de Díli Reportagem de António Sampaio, da agência Lusa Vários produtos agrícolas, bens alimentares essenciais, estão a começar a escassear nos mercados da capital timorense por dificuldades de fornecimento dada cerca sanitária imposta devido à covid-19, assunto que as autoridades já estão a resolver, segundo um responsável. Vendedores no mercado de Taibessi, um dos maiores da cidade, explicaram à Lusa que há vários produtos, incluindo fruta, alface, tomate e outras verduras e legumes, que já esgotaram ou estão praticamente a esgotar. “Temos poucas coisas para vender e não sabemos quando chegará mais produto”, comentou à Lusa uma das vendedoras em Taibessi, mercado onde já estão em vigor medidas sanitárias adicionais para reforço da segurança de vendedores e compradores. “Quase não está a chegar nada a Díli”, comentou outro vendedor. A imposição da cerca sanitária para conter a propagação da pandemia de covid-19 está a condicionar o funcionamento dos mercados, especialmente de produtos agrícolas, a quase totalidade dos quais são ‘importados’ de outros municípios. Alguns fornecedores ouvidos pela Lusa explicaram que decidiram parar a distribuição, outros estão a ter dificuldade em chegar a Díli com produtos frescos – em parte por causa de dúvidas sobre como solicitar autorização para o fazer, ou as condições em que podem depois regressar aos seus municípios. Pedro Klamar Fuik, vice-responsável da Sala de Situação do Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC), explicou à Lusa que as autoridades têm conhecimento do problema e aprovaram novas regras para permitir que os produtos cheguem, que implicam, na prática, mudança de condutores nas entradas. “Independentemente do cerco que é necessário para prevenir as saídas de prováveis ou possíveis contagiados, já discutimos corredores de abastecimento para Díli de produtos frescos essenciais e autorizados”, disse. “O que decidimos fazer é que os motoristas chegam com os produtos até ao limite da cerca, saem e deixam que outro condutor, que está dentro da cerca, transporte os produtos ao mercado e depois regresse com a viatura descarregada novamente ao limite da cerca”, referiu. Esta medida evita a necessidade de obter autorizações para entrada e saída e garante um fluxo mais regular de produtos frescos, explicou, notando que as autoridades verificarão se, de facto, a carga é essencial. “Algumas pessoas gostam de criar situações e depois trazem uma ou outra coisa essencial, a ‘tapar’ carga que não é essencial. Isso não vai ser permitido”, referiu. “Não basta vir com um molho de hortaliça para que possam passar. Mas os bens frescos são essenciais e estes corredores vão funcionar.” Oficialmente, no mercado de Taibessi, como noutros mercados da cidade, deviam estar a ser aplicadas desde terça-feira um conjunto de medidas e limitações definidas num despacho do ministro da Administração Estatal, Miguel Pereira de Carvalho. Circular no interior dos mercados, por exemplo, exige higienização prévia de mãos, uso de máscara e distanciamento social, algo que hoje estava a ser implementado por efetivos da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL). Ficam igualmente proibidos ajuntamentos de mais de cinco pessoas em qualquer zona dos mercados, incluindo estacionamento e passeios. A realidade, porém, é outra e sem a presença policial, a vida é quase normal, com muita gente sem máscara, aglomerações de muitas pessoas e pouca gente a higienizar as mãos, quer vendedores quer compradores. As diretrizes implicam igualmente uma limitação no horário de funcionamento – que passa a ser entre as 06:30 e as 18:30 – sendo que fora de horas não é permitida a permanência de ninguém no mercado, à exceção de pessoal de segurança. A imposição da segunda parte da medida cria dificuldades para alguns dos vendedores, numa cidade onde a mistura entre local de venda e ‘casa’ é, em vários casos, muito comum. Alguns vendedores construíram ‘barracas’ improvisadas de madeira e chapa onde dormem e outros chegam mesmo a dormir ao lado da fruta e verduras que vendem. Tradicionalmente o mercado nunca está vazio. Além disto, o despacho de Miguel Pereira de Carvalho determina que as regras de segurança sanitária também se aplicam no terminal de ‘microlets’ (autocarros públicos) de Taibessi. Timor-Leste tem atualmente 51 casos activos da covid-19, 24 dos quais foram serem confirmados nos últimos dias em vários focos em Díli. O município de Díli está sob cerca sanitária e em confinamento obrigatório pelo menos até 15 de março, período que pode ser alargado por mais uma semana, segundo a resolução do Governo.
Hoje Macau China / ÁsiaChina confirma diálogo estratégico com os Estados Unidos na próxima semana A China confirmou que vai manter o “diálogo estratégico de alto nível” com os Estados Unidos, num encontro no Alasca, na próxima semana, entre os representantes máximos da política externa de ambos os países. Em comunicado, o porta-voz Zhao Lijian explicou que o encontro, que arranca no dia 18 de março, vai decorrer a “convite dos Estados Unidos”. Trata-se da primeira reunião oficial entre as duas potências desde que o Presidente dos EUA, Joe Biden, assumiu o poder, em janeiro passado. Apesar do interesse da China em redirecionar as relações entre as duas maiores economias do mundo, que se deterioram durante a presidência de Donald Trump, a China não mudou as suas premissas em relação a Washington. Zhao exigiu que os EUA tratem o seu país de forma “objectiva e racional”, que “abandonem a mentalidade da Guerra Fria” e “parem de interferir nos seus assuntos internos”. A reunião vai contar com a presença do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e do conselheiro de Segurança Nacional norte-americano, Jake Sullivan. Da parte de Pequim, vão estar presentes o chefe do Partido Comunista da China (PCC) para as Relações Internacionais, Yang Jiechi, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi. O encontro no Alasca decorre após uma viagem que Blinken realizará no início da próxima semana pelo Japão e Coreia do Sul, os seus dois principais aliados no leste da Ásia. Os detalhes sobre a agenda da reunião não foram anunciados.
Hoje Macau EventosAutora transgénero pela primeira vez entre candidatas ao Women’s Prize for Fiction Uma escritora transgénero, Torrey Peters, figura pela primeira vez na lista de candidatas ao Women’s Prize for Fiction, ao lado da já premiada escritora escocesa Ali Smith e da comediante britânica Dawn French. A ‘longlist’ do prémio literário que anualmente distingue ficção escrita por mulheres em todo o mundo foi anunciada pela organização e revela a presença, pela primeira vez entre as finalistas, de uma autora transgénero. Torrey Peters concorre com “Detransition, Baby”, o seu romance de estreia, que segue uma mulher ‘trans’, Reese, a sua antiga parceira Amy, agora Ames, que fez um processo de destransição, e uma mulher ‘cis’, Katrina, com quem Ames tem tido um caso, e que está grávida. “Uma comédia moderna de costumes”, como o descreveu Elizabeth Day, um dos membros do júri, segundo o jornal The Guardian. A nomeação de Torrey Peters surge depois de os organizadores terem esclarecido em 2020 que o prémio era aberto a todas as mulheres, sejam elas “mulheres cis [que se identificam com o género de nascença], mulheres transgénero ou qualquer pessoa que seja legalmente definida como mulher ou do sexo feminino”. “É um prémio para as mulheres, e as mulheres ‘trans’ são mulheres, portanto …”, esclareceu a presidente do júri, a escritora Bernardine Evaristo. A necessidade deste esclarecimento deveu-se ao facto de Akwaeke Emezi, que se identifica como pessoa não binária, e que foi nomeada para o Women’s Prize em 2019, ter afirmado que não iria submeter os seus futuros livros ao prémio, porque os organizadores pediram informações sobre o seu sexo, tal como definido “por lei”. Torrey Peters concorre com autoras já consagradas como Ali Smith, candidata com o último volume da tetralogia sobre as estações, “Summer”, e com a comediante tornada romancista Dawn French, e o seu livro “Because of you”, que lança um olhar sobre a maternidade. “Piranesi”, primeiro romance de Susanna Clarke desde “Jonathan Strange e Mr. Norrell”, também faz parte da lista, assim como “The Golden Rule”, de Amanda Craig, que abre com duas mulheres a conspirar para matar os maridos uma da outra. O tema dos gémeos também está presente na edição deste ano, em que concorrem “The vanishing half”, de Brit Bennett, em que uma de duas irmãs idênticas oriundas de uma comunidade negra constrói uma nova identidade como pessoa branca, “Unsettled Ground”, de Claire Fuller, que segue um par de gémeos de 51 anos que ainda vivem com a mãe, e “Consent”, de Annabel Lyon, em que uma mulher estudiosa põe a sua vida em suspenso quando a sua irmã gémea é ferida num acidente. Da ‘longlist’ constam outros cinco romances de estreia: a autora irlandesa Naoise Dolan, com “Exciting Times”, no qual uma jovem irlandesa vai para Hong Kong e se apaixona por um homem e uma mulher, Avni Doshi, com “Burnt Sugar”, livro que foi finalista do Prémio Booker 2020, Patricia Lockwood, com “No One Is Talking About This”, sobre o cruzamento entre as vidas real e ‘online’ de uma mulher, Raven Leilani, com “Luster”, sobre a relação de uma mulher negra de 23 anos com um homem branco de meia-idade casado, e Cherie Jones, com “How the One-Armed Sister Sweeps Her House”, um conto de homicídio, abuso e violência, em Barbados. Os três candidatos que completam a lista de finalistas são “Small Pleasures”, de Clare Chambers, sobre uma jornalista que cobre a história de um aparente nascimento virgem na década de 1950, “Transcendent Kingdom”, de Yaa Gyasi, que segue uma mulher que conhece a sua história familiar depois de a dependência de opiáceos destruir a vida do seu irmão, e “Nothing But Blue Sky”, de Kathleen McMahon, no qual um homem reflete sobre os seus 20 anos de casamento, após a morte súbita da mulher. A organização do prémio destaca que a lista deste ano homenageia uma gama de géneros e temas que vão da família à maternidade, passando pela pobreza rural e isolamento, a dependência, a identidade e pertença, raça e classe, dor e felicidade, velhice e vida posterior. Os romances abrangem também uma série de cenários globais diferentes, do Sul de Londres ao Sul profundo, Gana, Hong Kong, Barbados, Brooklyn e um reino de fantasia. Seis dos finalistas são de autoras britânicas, cinco são norte-americanas, duas são irlandeses, uma canadiana, outra barbadiana e uma ganense-americana. “Lemos tantos romances brilhantes para o prémio deste ano e tivemos uma sessão de julgamento enérgica onde discutimos as nossas paixões, opiniões e preferências. Infelizmente, tivemos de deixar ir alguns livros muito meritórios, mas estamos confiantes de que escolhemos dezasseis romances de destaque que representam uma gama verdadeiramente vasta e variada de ficção feminina que reflete múltiplas perspetivas, estilos narrativos e preocupações”, disse Bernardine Evaristo. A presidente do júri, autora de “Rapariga, Mulher, Outra”, com que ganhou o prémio Booker, acrescentou: “Estes romances fascinaram, comoveram, inspiraram e desafiaram-nos”. Do painel de jurados fazem ainda parte a escritora e jornalista Elizabeth Day, a apresentadora de televisão e rádio Vick Hope, a colunista Nesrine Malik e a apresentadora Sarah-Jane Mee. No ano passado, o prémio foi atribuído ao romance “Hamnet”, da irlandesa Maggie O’Farrell. A lista de finalistas deste prémio, composta por seis obras, será conhecida no dia 28 de Abril, e a vencedora será anunciada a 7 de julho. Dirigido pela romancista Kate Mosse, o Women’s Prize for Fiction tem por objetivo reconhecer a ficção escrita por mulheres em todo o mundo. Criado em 1992, em Londres, capital britânica, por um grupo de homens e mulheres jornalistas, críticos, agentes, editores, bibliotecários e livreiros, o prémio foi uma resposta ao facto de, no ano anterior, a lista de finalistas do prestigiado prémio literário Booker não ter incluído uma única mulher. Aliás, em 1992, apenas dez por cento das finalistas ao Booker Prize tinham sido mulheres. A residência ou o país de origem não são critérios de elegibilidade para o Women’s Prize for Fiction, que celebra a criatividade feminina. A vencedora recebe um prémio monetário no valor de 30 mil libras.
Hoje Macau SociedadeResidentes estrangeiros podem pedir vistos para a China a partir de segunda-feira Os residentes estrangeiros de Macau, permanentes e não permanentes, podem requerer, a partir de segunda-feira, todas as categorias de vistos para o continente chinês, foi ontem anunciado. A medida pretende “continuar a apoiar a recuperação do intercâmbio de pessoas e o desenvolvimento da economia e sociedade” da região especial chinesa, de acordo com um comunicado divulgado no ‘site’ do Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China em Macau. Por outro lado, os estrangeiros residentes em Macau que tenham recebido a vacina chinesa contra a covid-19 e com certificados de vacinação válidos podem pedir vistos no âmbito de reunião familiar, trabalho ou actividades comerciais, de acordo com os requisitos anteriores à pandemia da covid-19. De um modo geral, o visto emitido será para “uma entrada de três meses de validade e 30 dias de estadia”, referiu o comunicado. Os requerentes devem apresentar, além do bilhete de identidade de residente de Macau, uma prova de permanência no território de pelo menos dois meses consecutivos antes da data do pedido, acrescentou.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Tailândia pronta a receber requerentes de asilo e refugiados O Governo tailandês disse ontem que está preparado para acolher os requerentes de asilo e refugiados que possam chegar ao país em fuga dos militares de Myanmar (antiga Birmânia). A declaração surge após acusações de que estaria a recusar a entrada dos birmaneses que tentam atravessar a fronteira. Numa conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros tailandês Tanee Sangrat afirmou que as autoridades provinciais e as agências de segurança na fronteira têm experiência em acolher requerentes de asilo de Myanmar e de outros países vizinhos. “Tomaram medidas para terem infraestruturas ao longo da fronteira. Mas até agora ninguém atravessou a fronteira para procurar asilo na Tailândia”, disse Tanee, insistindo que, no passado, a Tailândia acolheu birmaneses em fuga do conflito por razões humanitárias. A organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW) instou na quarta-feira as autoridades tailandesas a deixarem de bloquear a entrada de suspeitos de requerentes de asilo após os meios de comunicação locais terem noticiado que um grupo de pessoas, incluindo dois monges e duas mulheres, foram alegadamente deportadas após passarem a fronteira no domingo. Mais de 60 pessoas foram mortas na repressão militar e policial contra manifestantes em protestos pacíficos em Myanmar contra a junta militar, formada após um golpe de estado a 1 de Fevereiro.
Hoje Macau China / ÁsiaAPN | Novo Plano Quinquenal voltado para o consumo interno e indústrias de ponta O órgão máximo legislativo da China, a Assembleia Popular Nacional (APN) aprovou ontem o novo Plano Quinquenal que determina as directrizes políticas e económicas para os próximos cinco anos, focando-se desta vez no desenvolvimento das indústrias de alto valor agregado. O documento visa a autonomia da tecnologia doméstica, para evitar que mudanças geopolíticas afectem as cadeias de abastecimento, numa altura em que enfrenta uma prolongada guerra comercial e tecnológica contra os Estados Unidos. O Plano Quinquenal determina como áreas-chave para o desenvolvimento do país a robótica, veículos eléctricos, equipamento médico, máquinas agrícolas, construção naval, o sistema de navegação global por satélite Beidou ou terras raras – matérias-primas essenciais para o fabrico de telemóveis, computadores e baterias eléctricas. Isto surge numa altura em que a China enfrenta tentativas de conter o seu salto tecnológico, à medida os Estados Unidos bloqueiam exportações de alta tecnologia para o país, incluindo ‘chips’ processadores e outros componentes necessários no fabrico de tecnologia. As sanções norte-americanas visam importantes grupos tecnológicos chineses, como a gigante global das telecomunicações Huawei Technologies Ltd ou o fabricante de semicondutores Semiconductor Manufacturing International Corp. Virar para dentro O plano preconiza também um modelo económico assente no consumo interno, em detrimento das exportações. De acordo com a proposta, o investimento em pesquisa e desenvolvimento vai aumentar 7 por cento, em média, todos os anos, até 2025. Embora o Governo chinês tenha definido uma meta de crescimento económico “superior a 6 por cento” para este ano, o plano quinquenal não estabelece nenhuma meta específica para o período até 2025, referindo apenas que o crescimento deve manter-se numa “faixa razoável”. Uma das diferenças em relação ao plano quinquenal anterior é o foco no desenvolvimento da economia digital, cujo peso no PIB (Produto Interno Bruto) deve passar de 7,8 por cento, em 2020, para 10 por cento, em 2025. Isto implica o desenvolvimento de políticas sobre gestão e segurança de dados, segundo o documento. O plano quinquenal enfatiza a necessidade de intensificar as campanhas anti-monopólio, que nos últimos meses afectaram gigantes do sector como o Alibaba. Sobre o investimento no exterior, embora não tenham sido anunciados detalhes, especialistas consideram que Pequim vai voltar a permitir que as empresas chinesas realizem aquisições além-fronteiras, após ter dificultado a saída de capital nos últimos anos. O plano determina também metas para a redução do consumo de energia por unidade do PIB, em 13,5 por cento, e para as emissões de dióxido de carbono, em 18 por cento, ao longo dos próximos cinco anos. Para 2025, a China quer que 20 por cento do consumo de energia seja oriundo de fontes limpas. O documento foi aprovado por ampla maioria pelos delegados da APN. Com cerca de 3.000 delegados, a APN é, constitucionalmente, o “supremo órgão do poder de Estado” na China.
Hoje Macau China / Ásia MancheteAPN | Os nove artigos que alteram o sistema eleitoral de Hong Kong Motins, interferência estrangeira e os pedidos de “independência” dos últimos anos levaram Pequim a alterar o sistema eleitoral de Hong Kong. Uma comissão de revisão de candidaturas vai apreciar cada um dos candidatos às eleições e decidir se apresentam as qualidades necessárias para concorrerem, quer para o Chefe do Executivo quer para o LegCo. O sufrágio universal não foi sequer referido A Assembleia Popular Nacional (APN) adoptou ontem, quinta-feira, uma decisão sobre o “melhoramento do sistema eleitoral da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK)”, informou a Xinhua. A decisão, aprovada por uma maioria esmagadora de votos na quarta sessão da 13ª APN, contém nove artigos: – Melhorar o sistema eleitoral da RAEHK implica implementar plena e fielmente o princípio “um país, dois sistemas”, segundo o qual o povo de Hong Kong administra Hong Kong com um alto grau de autonomia, manter a ordem constitucional conforme estabelecido pela Constituição e a Lei Básica, garantir a administração de Hong Kong por pessoas de Hong Kong com patriotas nos seus órgãos principais de governo, melhorar efectivamente a eficácia da governação e salvaguardar o direito de voto e o direito de se candidatar a residentes permanentes da RAEHK. – A RAEHK deve estabelecer uma Comissão Eleitoral que seja amplamente representativa, adequada às realidades e representativa dos interesses gerais de sua sociedade. A Comissão Eleitoral será responsável pela eleição do Chefe do Executivo designado e parte dos membros do LegCo. A Comissão Eleitoral também será responsável pela nomeação de candidatos para o Chefe do Executivo e membros do LegCo, bem como por outros assuntos. A Comissão Eleitoral será composta por 1500 membros, dos seguintes cinco sectores: industrial, comercial e financeiro; profissionais; populares; trabalhadores, religiosos e outros; membros do LegCo e representantes de organizações distritais; deputados de Hong Kong na APN, membros de Hong Kong do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês e representantes de membros de Hong Kong de organizações nacionais relacionadas. – O Chefe do Executivo será eleito pela Comissão Eleitoral e nomeado pelo Governo Popular Central. Os candidatos ao cargo de Chefe do Executivo serão nomeados conjuntamente por pelo menos 188 membros da Comissão Eleitoral, entre os quais o número de membros de cada sector não deve ser inferior a 15. A Comissão Eleitoral elegerá o Chefe do Executivo designado em votação secreta, na base de uma pessoa, um voto. A eleição do Chefe do Executivo designado exige a maioria simples dos votos de todos os membros da Comissão Eleitoral. – O LegCo será composto por 90 membros em cada mandato. Os membros do LegCo incluirão os membros nomeados pelo Comité de Eleição, os designados pelas constituintes funcionais e os eleitos directamente por zonas geográficas. – As candidaturas serão apreciadas por uma comissão de revisão da qualificação do candidato. A comissão será responsável por rever e confirmar as qualificações dos candidatos a membros da Comissão Eleitoral, do Chefe do Executivo e dos membros do LegCo. A RAEHK deve melhorar o sistema e os mecanismos relacionados com a revisão de qualificação, para garantir que as qualificações dos candidatos estão em conformidade com a Lei Básica, a Lei de Segurança Nacional, a interpretação do Comité Permanente da APN do Artigo 104 da Lei Básica , a decisão do Comité Permanente da APN sobre a qualificação dos membros do LegCo e as disposições das leis locais relevantes. – O Comité Permanente da APN está autorizado a, de acordo com a decisão sobre a melhoria do sistema eleitoral da RAEHK, alterar o Anexo I da Lei Básica. Segundo a agência Xinhua, “a decisão é mais um grande passo dado pelo Estado para melhorar os sistemas jurídicos e políticos da RAEHK, desde que a Lei de Segurança Nacional foi adoptada”. Ao deliberar um rascunho da decisão, a sessão da APN foi de opinião que “o retorno de Hong Kong à pátria colocou a região sob o sistema de governação geral do país, e que a Constituição e a Lei Básica formam conjuntamente a base constitucional da RAEHK”. O sistema eleitoral da RAEHK, que inclui os métodos de selecção do Chefe do Executivo e de constituição do Conselho Legislativo (LegCo), é “uma parte importante da estrutura política da RAEHK”, de acordo com a APN. Assim, “o sistema eleitoral deve estar em conformidade com o princípio ‘um país, dois sistemas’, atender às realidades da RAEHK e servir para garantir que Hong Kong seja administrado por pessoas que amam o país e Hong Kong”. Por isso, entende a APN que o sistema eleitoral deve ser “favorável à salvaguarda da soberania nacional da China, segurança e interesses de desenvolvimento e ajudar a manter a prosperidade e estabilidade de longo prazo de Hong Kong”.
Hoje Macau EventosTrabalho de alunos da UM em Congjiang pode ser visto a partir de terça-feira O Colégio Chao Kuang Piu, da Universidade de Macau (UM) promove, a partir da próxima terça-feira, dia 16, uma exposição que revela o trabalho voluntário que alunos da UM têm desenvolvido com alunos do ensino primário em Congjiang, província de Guizhou, na China. A exposição, patente até ao dia 28 no Pavilhão de Exposições e Espectáculos Artísticos para Jovens, revela o voluntariado que tem vindo a ser feito desde Dezembro de 2018 numa província onde muitas das vidas dependem ainda da agricultura e onde a pobreza é uma realidade. Os alunos da UM deram aulas na escola primária Gantuan nos meses de Verão e Inverno e a exposição irá revelar fotografias, cartas e trabalhos artísticos desenvolvidos em conjunto com a equipa. Os alunos da UM dividiram-se em grupos de quatro nas deslocações a Congjiang. Segundo um comunicado, esta mostra tem como objectivo levar o público “a ter uma melhor compreensão dos modos de vida das crianças que crescem nas montanhas, bem como comunicar o compromisso das equipas com a mudança da vida das crianças através da educação”. Guizhou na agenda O combate à pobreza em Congjiang tem estado na agenda do Governo de Macau nos últimos anos. Prova disso foi um encontro ocorrido em 2018 entre o então Chefe do Executivo, Chui Sai On, e Chan Son Wui, presidente da Associação Amizade Guizhou de Macau. Nessa reunião, foram discutidas medidas de cooperação no combate à pobreza nesta região. Chui Sai On prometeu então lançar uma série de trabalhos com vários sectores de Macau, defendendo que “ambas as regiões podem pôr em prática um contributo à política nacional de combate à pobreza”. Chan Son Wui disse que estavam a ser financiados novos projectos educativos pensados para o distrito de Guian, também em Guizhou. A exposição pode ser visitada até ao dia 28 deste mês de terça-feira a domingo, com entrada livre no Pavilhão de Exposições e Espectáculos Artísticos para Jovens, ligado à Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude. O pavilhão pretende providenciar espaços de exibição e performance para os mais jovens, dando o apoio necessário no fomento do processo criativo.