Hoje Macau EventosFRC | Macau a partir de Miguel Real e João Morgado Na próxima segunda-feira, dia 26, a Fundação Rui Cunha acolhe a conferência “Macau na obra de Miguel Real e João Morgado”, apresentada por Ana Paula Dias. Inserido na celebração do 9.º aniversário da Fundação, o evento analisa a obra “Contos de Macau”, de João Morgado, e “A Cidade do Fim”, livro que nasce de uma investigação histórica realizada por Miguel Real Para celebrar os nove anos de existência, a Fundação Rui Cunha (FRC) realiza na próxima segunda-feira uma palestra sobre literatura organizada em parceria com a Associação dos Amigos do Livro, intitulada “Macau na obra de Miguel Real e João Morgado”, e que contará com a presença de Ana Paula Dias, doutorada pela Universidade Aberta e especialista em ensino e aprendizagem de língua estrangeira, educação intercultural e pedagogia da paisagem linguística, entre outras áreas relacionadas com políticas de língua em Macau. A palestra acontece às 18h30 e será realizada em língua portuguesa. No caso da obra “Contos de Macau”, João Morgado compila um vasto conjunto de histórias criados a partir do material recolhido aquando da sua estada em Macau, em 2017. Segundo um comunicado da FRC, tratam-se de contos que espelham “um lirismo em estado puro, animado de uma prosa poética, que diferencia este livro dos seus romances históricos”. E este lirismo vem “do realismo social que identifica e singulariza Macau na sua geografia, tradição, história do século XX, grupos sociais diferenciados, sobretudo os portugueses e os chineses”. Trata-se de uma “prosa poética que valoriza mais os sentimentos que a racionalidade, mais o voo da imaginação que a descrição fotográfica da realidade, mais a heterodoxia e a rebeldia do que a hierarquia social e, sem desprezar o elemento masculino, valoriza sobretudo os desejos e os anseios do elemento feminino”, considera a FRC. João Morgado esteve em Macau na qualidade de escritor participante de uma das edições do Festival Literário Rota das Letras. Numa entrevista concedida ao jornal Ponto Final, o autor revelou ter ficado deslumbrado com o território. “Ainda estou naquela fase do espanto, de boca aberta, e estou agora a descobrir Macau, que me parece fascinante. Vou estar por aqui alguns dias e certamente alguma inspiração virá. Para já, tenho um compromisso com o próprio Festival de escrever um conto para a próxima revista do próximo ano [2018], mas certamente escreverei mais sobre Macau e penso voltar cá um dia destes com mais tempo para fazer investigação e trabalho. Desta vez estou cá mais em termos de participação no Festival. Estive na Escola Portuguesa de Macau e vou estar no Instituto Português do Oriente, mas espero um dia poder cá voltar com tempo para fazer pesquisas e trabalhar nesta área literária.” “Rigorosa investigação” No caso do livro “A Cidade do Fim”, de Miguel Real, nasce de uma “rigorosa investigação histórica que celebra os 500 anos de relações entre Portugal e a China”, e onde o autor decide relatar num romance de amor a história de Macau a par de uma biografia ficcionada de Fátimo Martins, professor de Português radicado em Macau em 1941. Esta obra é “homenagem de Fátimo (o protagonista) à sua língua natal, à pátria que o adoptou e, claro, à pequena flor de lótus que fez desabrochar”. Para a FRC, este evento, além de celebrar o aniversário desta entidade, procura “mostrar a multiplicidade de olhares sobre esta cidade e a forma como os mesmos se reflectem na literatura, dando origem a diversas obras”.
Hoje Macau Manchete SociedadeCovid-19 | Governo avança com plano para acelerar vacinação Para contrariar a fraca adesão às vacinas, o Governo vai dar início a um plano de proximidade para inocular a população por grupos sociais. Em primeiro lugar serão vacinados professores e alunos do ensino superior, numa segunda fase trabalhadores de empresas de “larga escala” e, mais tarde, pessoal e pacientes de lares de idosos Até agora, apenas 8 por cento da população de Macau tomou a primeira dose da vacina contra a covid-19, o que corresponde a cerca de 57 mil pessoas, números que não correspondem às expectativas do Governo. Assim sendo, vai arrancar o plano de proximidade, para vacinar sectores da sociedade por etapas, revelou ontem o coordenador do Plano de Vacinação contra a covid-19, Tai Wa Hou, no programa Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau. “A primeira fase será dirigida ao ensino superior, já entrámos em contacto com as universidades e depois passamos para vacinação em empresas de grande escala. Os lares de idosos ficam para uma fase posterior”, informou o responsável, citado pela TDM – Rádio Macau. O plano de proximidade, como foi designado, não será aplicado aos restantes níveis de ensino, porque as vacinas disponíveis em Macau só podem ser administradas a jovens com mais de 16 e 18 anos. Quanto à vacinação de idosos, Tai Wai Hou recordou a inversão da admissibilidade de administrar vacinas a maiores de 60 anos, depois do parecer da Comissão Nacional de Saúde, e que apenas podem ser vacinados em Macau pessoas maiores de 60 anos depois de avaliadas pelas autoridades e comprovada a sua boa saúde. Nem te reconheço Para já, Tai Wa Hou avançou que as autoridades estão a avaliar a possibilidade de acrescentar locais onde são administradas vacinas, depois de ser anunciado que o Hospital de Kiang Wu passaria a estar incluído no plano. Uma coisa é certa, o Governo quer inverter a baixa taxa de vacinação, que o coordenador considera “prejudicial à prevenção da pandemia” e um empecilho ao reconhecimento mútuo das vacinas com o Interior da China. Até ontem, o centro de coordenação de contingência do novo tipo de coronavírus contou ontem 145.906 agendamentos para tomar a vacina e 86.653 doses administradas. No total, apenas 30.902 tomaram a segunda dose da vacina. Até ontem, as autoridades de saúde reportaram um total 373 casos de reacções adversas às vacinas, dois deles considerados graves.
Hoje Macau PolíticaAL | Chan Tak Seng vai liderar lista para as eleições Chan Tak Seng, antigo mandatário da candidatura de Chan Meng Kam e ex-membro da Aliança de Instituição do Povo de Macau, é candidato às eleições legislativas de Setembro e vai liderar uma lista. O anúncio foi feito ontem, aquando da entrega das assinaturas para a constituição da comissão de candidatura, e relatado pelo jornal Ou Mun. Sobre os integrantes da lista, Chan Tak Seng afirmou que está a convidar pessoas e espera atrair membros de vários sectores profissionais e com conhecimento em assuntos jurídicos. Quanto às principais prioridades para a lista, Chan escolheu o planeamento urbano, pensões ilegais e os casamentos falsos. No que diz respeito ao planeamento, o candidato partilhou os receios do corredor visual da Colina da Penha ser bloqueado. Sobre as pensões ilegais, criticou o Governo por não ter alterado as leis e resolvido o problema que afecta a oferta de casas no mercado. Finalmente, o deputado atacou os casamentos falsos, porque considera que as pessoas que obtiveram residência de forma ilegal têm acesso a habitação pública e fundos públicos, e prejudicam os verdadeiros residentes. Por isso, além da punição pelo crime, Chan Tak Seng defende que as pessoas que casaram falsamente devem ser obrigadas a devolver o dinheiro que receberam, como a comparticipação pecuniária.
Hoje Macau SociedadeJogo | Última semana confirma tendência de recuperação A semana de 12 a 18 de Abril voltou a registar melhorias nas receitas da indústria do jogo, de acordo com analistas da JP Morgan Securities e Sanford C. Bernstein. Segundo os analistas da JP Morgan, na semana passada os casinos de Macau tiveram receitas brutas diárias de 300 milhões de patacas por dia, “um dos registos mais elevados para períodos fora de feriados no período depois do início da pandemia”, parcialmente empurrado pelos resultados do sector VIP, cita do portal GGRAsia. A consultora afirma que a procura no mercado do jogo de Macau “está a recuperar confortavelmente”, com uma receita bruta nos primeiros 18 dias de Abril estimada em 5,5 mil milhões de patacas, ou 280 milhões por dia. Números mais optimistas face aos registados nos meses anteriores, 260 e 270 milhões de patacas por dia, apesar de não se estar em época alta. As melhorias, de acordo com a Sanford C. Bernstein, resultaram, principalmente, no aumento da entrada de visitantes durante o fim-de-semana e consequência da boa performance do sector VIP. Os analistas referem que, apesar a primeira metade da última semana ter sido mais calma, a chegada de visitantes na sexta-feira, dia 16, foi a melhor dos últimos 15 meses, com 34,252 entradas. A média diária de turistas que chegaram a Macau entre 9 e 15 de Abril foi de 27.404.
Hoje Macau SociedadeIPM | Docente diz que moeda digital vai prejudicar salas VIP Zeng Zhonglu, professor do Centro Pedagógico e Científico na Área do Jogo do Instituto Politécnico de Macau, acredita que as salas VIP vão sofrer um golpe nas receitas devido à possível implementação de moeda digital. Ho Iat Seng admitiu na Assembleia Legislativa que o Executivo está a planear alterar a legislação em vigor para regular as moedas digitais, que assim poderá ser implementada em Macau. Na sequência deste desenvolvimento, Zeng afirmou ao jornal Ou Mun que a indústria do jogo está em mutação, devido ao combate contra o jogo transfronteiriço no Interior, e que devido ao efeito dissuasor da criminalização da actividade que o volume de apostas nas salas VIP está em quebra. Apontando que as receitas das salas VIP apenas representam 38 por cento do total, Zeng alertou para uma quebra maior neste volume, que poderá ser crítica para os casinos, no caso de a troca de fichas ser substituída por uma moeda digital. Por outro lado, Zeng Zhonglu defendeu que o Governo de Macau deve esclarecer muito bem a futura lei das moedas digitais, antes do lançamento, e que deve clarificar se o Governo Central vai ter a possibilidade de controlar as transacções e aceder aos dados das transacções. Finalmente, em relação à adopção da moeda digital, Zeng considerou que esta deve ser uma possibilidade para os jogadores, mas que não deve representar o abandono da moeda física.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul condiciona aceitação de descarga de água radioactiva de Fukushima A Coreia do Sul aceitará, caso sejam cumpridas algumas condições, o plano do Governo japonês para despejar gradualmente no mar águas tratadas, mas ainda radioactivas, da central nuclear destruída de Fukushima, segundo o Governo sul-coreano. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, Chung Eui-yong, afirmou ontem no Parlamento que o país pode levantar as suas objecções, se forem cumpridos dos padrões da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA). “Se (o Japão) seguir os processos apropriados, de acordo com os padrões da AIEA, (o Governo sul-coreano) não tem nenhuma razão particular para se opor”, disse Chung. Para haver acordo com Seul sobre o assunto, adiantou, o Japão deve apresentar provas e informações científicas suficientes e compartilhá-las, fazer consultas com antecedência e garantir a participação da Coreia do Sul no processo de verificação de segurança da AIEA. “Em vez de se opor ao plano (abertamente), Seul está implacável e consistentemente a solicitar ao Japão (que aceite essas três coisas, enquanto dá prioridade à saúde e segurança da população”, observou o ministro dos Negócios Estrangeiros. O Enviado Presidencial Especial dos EUA para o Clima, John Kerry, afirmou no domingo que Washington está “confiante” sobre a consulta do Japão à AIEA sobre o plano. Desde o anúncio do plano, na semana passada, a Coreia do Sul tem sido palco de protestos de pescadores, grupos ambientalistas e outras associações cívicas, que prosseguiram nos últimos dias. Ontem, em Yeosu, sudoeste do país, cerca de 150 navios de pesca foram mobilizados para uma manifestação marítima, cenário que se repetiu noutros pontos do país. Aprovação internacional A Agência Internacional de Energia Atómica, das Nações Unidas, apoiou o plano do Japão para despejar gradualmente no mar águas tratadas, considerando reunidas as necessárias condições de segurança. “Estou confiante de que o governo [japonês] continuará a interagir com todas as partes de uma forma transparente e aberta enquanto trabalha para implementar a decisão de hoje”, disse o director-geral da AIEA, Rafael Grossi, em comunicado. Salientado que o despejo de águas está de acordo com a prática internacional e é tecnicamente viável, a organização manifesta ainda disponibilidade para dar apoio técnico na monitorização da implementação do plano. De acordo com a AIEA, as descargas controladas de águas radioactivas no mar são usadas de forma rotineira por operadores de centrais nucleares em todo o mundo, sob autorizações regulatórias específicas com base em avaliações de impacto ambiental e de segurança. As instalações de Fukushima Daiichi geraram toneladas de água contaminada que tiveram de ser armazenadas depois de usadas para arrefecer os núcleos parcialmente derretidos de três reatores. Desde há anos que a empresa responsável pela central, a TEPCO, utiliza um sistema para filtrar aquela água e eliminar todos os seus isótopos radioactivos com exceção do trítio.
Hoje Macau PolíticaFórum Macau | Primeira deslocação à China desde início da pandemia Uma delegação do Fórum de Macau parte hoje para a China continental, a primeira vez desde o início da pandemia, estando na agenda apresentações a empresários sobre investimentos nos países lusófonos, disse ontem à Lusa um dos delegados. O delegado de Timor-Leste do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa [Fórum de Macau], Danilo Lemos Henriques, que parte hoje para Pequim, explicou que as delegações vão encontrar-se com os embaixadores dos países de língua portuguesa na capital chinesa para partilhar os trabalhos que o Fórum de Macau tem realizado. “É a primeira missão desde o início da pandemia”, salientou. Depois de Pequim, os delegados vão ainda a uma exposição de Comércio em Xangai e por fim deslocam-se a Qingdao, na província de Shandong, leste da China, onde farão apresentações de investimentos nos países de língua oficial portuguesa, detalhou. A delegação regressa a Macau a 28 de Abril. A China estabeleceu Macau como plataforma para a cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum de Macau. Este Fórum tem um secretariado permanente, reúne-se a nível ministerial a cada três anos e integra, além da secretária-geral e de três secretários-gerais adjuntos, oito delegados dos países de língua portuguesa, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. A 6.ª Conferência Ministerial, prevista para 2020, tem sido adiada por tempo indefinido devido à pandemia da covid-19.
Hoje Macau PolíticaSubsídio a cuidadores | IAS demora em média três meses a apreciar pedidos O Instituto de Acção Social (IAS) demora em média três meses para apreciar pedidos no âmbito do projecto-piloto do subsídio para cuidadores. No entanto, em resposta a uma interpelação escrita de Agnes Lam, rejeitou que esse tempo prejudique os candidatos. “Depois de deferido o pedido, pode ser computado o subsídio a partir do mês em que foi apresentado, pelo que, deste modo, pode evitar-se que o número de prestação/ vez de apreciação do subsídio a que o requerente possa vir a receber, sofra redução causada pelo tempo necessário para a apreciação do pedido”, respondeu o presidente do Instituto de Acção Social (IAS), Hon Wai. Agnes Lam tinha-se mostrado preocupada que a demora dos procedimentos pudesse aumentar a pressão já elevada” dos requerentes. Além disso, Hon Wai apontou que “o tempo de apreciação de pedidos mencionado está contemplado na previsão” do IAS, argumentando que o projecto-piloto é uma iniciativa nova e que os seus procedimentos passam por “vários factores”, como avaliações económicas. O projecto-piloto foi lançado em Novembro, e até 19 de Março deste ano o IAS recebeu um total de 196 pedidos. De entre os 84 casos avaliados, o organismo determinou que 51 reuniam os requisitos para a atribuição do subsídio e indeferiu os restantes 33. Não está garantida a continuidade do subsídio para cuidadores no final do período do projecto-piloto, em Novembro de 2021. “Sobre os respectivos resultados da revisão e a questão de o projecto-piloto durar ou não durante o período de revisão, o Governo da RAEM irá publicá-los em tempo oportuno”, respondeu Hon Wai.
Hoje Macau EventosPintura chinesa vai a leilão com estimativa de 45 milhões de dólares Uma pintura chinesa de 1924 vai a leilão, em Hong Kong, com uma estimativa mínima de 45 milhões de dólares, ilustrando o apetite dos coleccionadores por arte apesar da crise económica provocada pela pandemia da covid-19. A pintura, do artista moderno chinês Xu Beihong, retrata um escravo, escondido numa caverna, e um leão. É baseada na mitologia romana antiga e nas Fábulas de Esopo, segundo a casa de leilões Christie’s. Xu usa frequentemente a figura do leão no seu trabalho, para exemplificar a crença na ascensão da nação chinesa. O leão na pintura surge ferido, mas permanece digno, justo e orgulhoso – um símbolo do espírito chinês, segundo a casa de leilões. A pintura “Escravo e Leão” é considerada uma obra inovadora, que inspirou as pinturas posteriores de Xu, e uma das pinturas a óleo mais importantes da história da arte chinesa. “O próprio Xu Beihong é um dos mais importantes artistas modernos da China, que influenciou gerações de pintores e artistas”, disse Francis Belin, presidente da Christie’s para a Ásia-Pacífico. “Este tipo de trabalho e de prestígio não chegam ao mercado com muita frequência”, descreveu. Estima-se que a pintura facture entre 45 milhões de dólares e 58 milhões de dólares, num leilão de lote único, em 24 de Maio. Belin observou que há um apetite diversificado por obras-primas modernas e contemporâneas e que o mercado deve permanecer forte. No ano passado, uma pintura chinesa de 700 anos intitulada “Cinco Príncipes Bêbados a Retornar a Cavalo”, da Dinastia Yuan, arrecadou 41,8 milhões de dólares, num leilão da Sotheby’s em Hong Kong.
Hoje Macau China / ÁsiaTrip.com sobe 4,55% na estreia na bolsa de Hong Kong A agência de viagens virtual chinesa Trip.com encerrou ontem o dia de estreia na Bolsa de Valores de Hong Kong a subir 4,55%, para 280,2 dólares de Hong Kong por acção. O preço inicial estabelecido pela empresa para a oferta pública de acções foi de 268 dólares de Hong Kong por unidade, o que representou um desconto de 5,5 por cento em relação ao preço de encerramento na última sexta-feira no índice norte-americano Nasdaq. Na abertura da primeira sessão em Hong Kong as acções valorizaram 4,9 por cento, anunciando uma estreia positiva para a empresa, que opera agências de viagens ‘online’ na China, como o Qunar ou o Ctrip, e outras internacionais, incluindo a Skyscanner. Fundada em 1999, a empresa entrou no Nasdaq quatro anos depois. A CEO da Trip.com, Jane Sun, disse que as listagens em Nova Iorque e em Hong Kong reflectem melhor a sua presença e perspectivas internacionais. A empresa torna-se, assim, a última das grandes empresas chinesas de tecnologia a procurar um segundo IPO numa praça financeira chinesa, devido aos receios de que os Estados Unidos possam excluir empresas chinesas da sua bolsa, algo que já aconteceu com alguns grupos que Washington considerou próximos do Exército chinês. Trip.com, anteriormente conhecido como Ctrip, indicou que pretende usar 45 por cento dos recursos do seu IPO para melhorar as ofertas de viagens e a experiência do utilizador, e que gastará o mesmo valor para “melhorar a eficiência operacional”. Os restantes 10 por cento destinam-se a outros fins, que podem incluir investimentos estratégicos, embora a empresa esclareça que, neste momento, não existem negócios em carteira para investir ou adquirir. Custos da pandemia Perante o impacto da pandemia da covid-19, que restringiu o turismo internacional durante quase todo o ano de 2020, a Trip.com teve um prejuízo de 3.247 milhões de yuans, em comparação com ganhos de 7.011 milhões de yuans, no ano anterior. A empresa mostrou a sua confiança na retoma da indústria do turismo, em 2021, principalmente no mercado chinês, onde o coronavírus está sob controle há algum tempo.
Hoje Macau EventosPorto Interior e Taipa recebem novos espectáculos de rua a partir de 1 de Maio O Instituto Cultural (IC) promove, a partir do dia 1 de Maio, 124 sessões de sete espectáculos de rua nas zonas do Porto Interior e na Taipa, nomeadamente nas Casas-museu e Feira do Carmo. A iniciativa intitula-se “Espectáculos no âmbito da Excursão Cultural Profunda nas Zonas do Porto Interior e da Taipa”, tendo sido recrutados vários grupos locais para desenvolver “produções inspiradas em histórias comunitárias do Porto Interior e das Casas da Taipa” e que incluem apresentações de dança, visitas guiadas, peças de teatro e teatro de fantoches. Estes eventos acontecem aos fins-de-semana. O programa inclui iniciativas como “Um Passeio pelo Porto Interior com André Auguste Borget”, inspirado nas obras do artista francês que viveu em Macau, e que será complementado com espectáculos de dança ambiental e visitas guiadas, para mostrar ao público o ambiente do Mercado Municipal do Patane. Outra actividade é ”Truz-truz, Quem Atracou no Porto Interior?” da autoria do MW Dance Theatre, que tem como ponto central a interacção entre o meio ambiente e a realidade, com o aparecimento de um monstro, sendo explorada a zona desde a Rua da Praia do Manduco até à Barra. O cartaz inclui ainda “Regresso de Barco” da autoria da Associação de Dança – Ieng Chi, que conta a história do Porto Interior ao longo de um século através de um guia histórico informativo com descrições completas e complementadas com breves apresentações de dança ambiental ligeira, levando o público a caminhar ao redor da zona da Praça da Ponte e Horta. Para participar nestas três actividades é necessário efectuar registo prévio. Cada espectáculo tem capacidade limitada para 20 pessoas e os lugares são preenchidos por ordem de chegada. Os interessados podem fazer o registo a partir das 10h de hoje no website do IC. CPM apresenta marionetas A Casa de Portugal em Macau (CPM) também participa nesta nova série de espectáculos promovidos pelo IC, com os eventos “O Barbeiro” e “O Arraial”. Tratam-se de dois espectáculos de marionetas que contam “histórias de forma animada e descontraída”, sendo que a primeira apresenta um célebre herói português e a segunda tem como tema as festividades tradicionais portuguesas. O programa inclui ainda “Poema de Pedro e Inês” da autoria da companhia The Funny Old Tree Theatre Ensemble, que propõe uma representação nas Casas da Taipa, reunindo a “Fonte dos Amores”, a arquitectura portuguesa e a obra de um poeta português para encenar uma história de amor tão séria quanto humorística. O cartaz encerra com “O Vendedor de Histórias” da autoria da Dream Association, inspirado na cultura dos vendedores da comunidade de Macau, é uma peça de teatro móvel que combina a narração de histórias com o teatro de marionetas para dar a conhecer ao público o passado e as histórias de família de Macau.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Governo de Nova Deli impõe confinamento total por uma semana na cidade As autoridades de Nova Deli vão impor um confinamento total por uma semana, a partir de hoje à noite, para evitar um colapso do setor de saúde na capital, onde os hospitais estão sobrelotados e há falta oxigénio medicinal. “Decidimos impor um confinamento em Nova Deli das 22:00 de hoje às 06:00 da próxima segunda-feira”, disse o responsável de governo da capital, Arvind Kejriwal, numa mensagem transmitida pela televisão. “Se não impusermos um confinamento agora, a tragédia será maior. Não podemos empurrar Deli para uma situação em que os pacientes esperam nos corredores e as pessoas morrem nas estradas”, lamentou o responsável do Governo. Os hospitais da cidade, com cerca de 20 milhões de habitantes, estão “no limite”, disse Kejriwal, que justificou a necessidade de “medidas drásticas” para evitar “um colapso do sistema de saúde”, embora tenha anunciado que os serviços essenciais continuarão a funcionar normalmente. A cidade, como o resto da Índia, registou um número recorde de infeções do novo coronavírus nos últimos dias, o que disparou o alarme entre as autoridades e levou o governo local a impor um confinamento no último fim de semana e encerrar restaurantes e centros comerciais. Kejriwal lembrou que Nova Deli registou cerca de 23.500 casos nas últimas 24 horas, embora nos últimos dias as infeções tenham rondado 25.000. “Se 25 mil pacientes chegarem todos os dias, o sistema entrará em colapso: não há camas”, explicou o chefe do governo da cidade. Segundo uma página oficial na Internet que informa sobre a disponibilidade de camas nos de cuidados intensivos, reservadas para casos mais graves que necessitam assistência respiratória, só estão livres 113 das 4.220 camas da cidade, ainda que o governo planeie abrir novas vagas nos próximos dias. Kejriwal também apontou a falta crítica de oxigénio medicinal na capital, um problema que outras regiões do país asiático destacaram nos últimos dias. Hoje, a Índia ultrapassou 15 milhões de infeções pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, após registar um novo máximo diário de infeções e mortes. O país asiático está a viver uma segunda onda da pandemia e hoje registou um recorde de 273.810 casos do SARS-CoV-2 em 24 horas, de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde indiano. O número de mortes causadas pela covid-19 agora é de 178.769, após registar um recorde de 1.619 novas mortes em um único dia. Segundo país mais afetado do mundo em termos absolutos, depois dos Estados Unidos (32 milhões de casos), a Índia viu os casos dispararem nas últimas semanas desde fevereiro passado.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Junta militar mostra imagens de jovens torturados, diz associação A junta militar no poder em Myanmar (antiga Birmânia) mostrou na televisão imagens de seis jovens detidos durante os protestos, alguns com sinais de terem sido torturados, afirmaram hoje organizações locais de direitos humanos. As fotografias, tiradas após a detenção e alegadas torturas, mostram rostos ensanguentados no caso de três homens e o rosto visivelmente inchado de uma mulher. As imagens foram divulgadas no domingo à noite pela televisão Myawaddy, propriedade da junta militar. “Encorajada pela impunidade, esta junta [militar] usa a tortura como arma política”, denunciou a Associação de Assistência aos Prisioneiros Políticos (AAPP) numa publicação na rede social Twitter. Nas redes sociais, muitos utilizadores publicam as mesmas fotografias e comparam-nas com fotografias dos jovens tiradas antes da detenção, com o objetivo de reforçar as alegações de tortura. Segundo o ativista Ro Nay San Lwin, os detidos fazem parte de um grupo de manifestantes detido entre sábado e domingo em Rangum. “O facto de Tatmadaw [Exército] não ver nada de errado em partilhar numa televisão nacional fotografias de detidos maltratados é prova da sua crueldade e de décadas de impunidade”, disse a Network for Human Rights Documentation, a rede de organizações que investiga as violações dos direitos humanos em Myanmar desde 2014. Pelo menos 737 pessoas morreram durante a repressão policial e militar contra os protestos contra o golpe de Estado de 01 de fevereiro, de acordo com números corroborados pela AAPP, que adverte que o número real pode ser mais elevado. A associação também contou 3.229 pessoas detidas na sequência da revolta do exército, incluindo a líder deposta, Aung San Suu Kyi. “A AAPP está preocupada com todos os detidos, mas especialmente com aqueles cujo paradeiro é desconhecido. Se a comunidade internacional não agir, as torturas e as mortes continuarão”, disse a associação independente, que já denunciou anteriormente outras torturas cometidas pelas forças de segurança. Apesar da intimidação e violência exercida pelas autoridades golpistas, as manifestações continuam por todo o país. Os manifestantes apelam aos militares para que restaurem a democracia, respeitem os resultados das eleições de novembro e libertem todos os detidos. Os militares liderados pelo general Min Aung Hlaing Min Aung Hlaing justificam o golpe com uma alegada fraude eleitoral, depois de o partido de Suu Kyi ter vencido confortavelmente a votação, como já o tinha feito em 2015, validada por observadores internacionais.
Hoje Macau China / ÁsiaClima | Xi Jinping contra projecto de taxa de carbono da UE O Presidente chinês, Xi Jinping, criticou sexta-feira perante Emmanuel Macron e Angela Merkel as “barreiras comerciais” criadas em nome das alterações climáticas, numa altura em que uma taxa de carbono está a ser estudada pela União Europeia. O chefe de Estado chinês, o seu homólogo francês e a chanceler alemã abordaram sexta-feira por videoconferência as alterações climáticas e a saúde, em preparação de várias reuniões internacionais importantes sobre estas questões. A primeira será a cimeira virtual sobre o clima prevista para 22 e 23 de Abril, uma iniciativa do Presidente norte-americano, Joe Biden. Xi Jinping ainda não confirmou a sua participação. “A resposta às alterações climáticas é a causa comum da humanidade”, declarou o Presidente chinês aos seus interlocutores, segundo a televisão pública CCTV. “Não deve tornar-se uma questão geopolítica, alvo de ataques de outros países ou um pretexto para criar barreiras comerciais”, adiantou. Os eurodeputados abriram caminho em Março para uma taxa de carbono que penalizaria certas importações (electricidade, cimento, aço, alumínio, vidro, etc.) de países fora da União Europeia (UE) com regras ambientais menos rigorosas. A Comissão Europeia proporá até Junho o seu texto antes de o submeter aos Estados membros. O mecanismo deverá entrar em vigor até 2023. Promessas e desejos Xi Jinping reiterou sexta-feira as grandes promessas da China sobre a questão: o primeiro emissor mundial de gás com efeito de estufa começará a reduzir as suas emissões de CO2 “antes de 2030” e atingirá até 2060 a “neutralidade carbónica”. “A China fará o que diz e com o que fizer atingirá os seus objectivos”, comprometeu-se o Presidente chinês. Xi apelou às economias desenvolvidas para “darem o exemplo sobre a redução de emissões” e “fornecerem apoio” financeiro e técnico aos países em desenvolvimento para fazerem face às alterações climáticas. O Eliseu limitou-se a indicar que os dois dirigentes europeus “exprimiram as suas expectativas em relação à China de um objectivo mais ambicioso” de redução dos gases com efeito de estufa e “insistiram na necessidade” de Pequim reduzir o seu financiamento de grandes projectos com impacto carbónico negativo. “Angela Merkel insistiu na relação económica euro-chinesa onde temos expectativas em termos de reciprocidade e de condições justas de concorrência”, referiu ainda a presidência francesa. No que se refere ao tratamento dos uigures, grupo étnico predominantemente muçulmano, e à situação em Hong Kong, Paris assegurou que a França “pede sistematicamente à China para avançar” na questão dos direitos humanos e na ratificação da Convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A videoconferência entres Xi, Merkel e Macron ocorreu numa altura em que o emissário norte-americano para a crise climática, John Kerry, visita a China. Outras reuniões importantes em termos ambientais previstas para este ano são a COP15 biodiversidade (em Outubro na China) e a COP26 clima (em Novembro em Glasgow).
Hoje Macau SociedadeQuem esteve nas Filipinas, Índia e Paquistão tem de cumprir 28 dias de quarentena Desde a meia-noite de hoje, o período de quarentena para quem entra em Macau depois de ter estado nas Filipinas, Índia e Paquistão passa para 28 dias. A informação avançada ontem pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus conclui que após o período de quarentena “estes indivíduos não necessitam de ser submetidos a autogestão de saúde por um período adicional de 7 dias”. As autoridades justificam o aumento do período de observação médica com “a evolução epidemiológica mais actualizada”. A Lusa noticiou que a Índia registou ontem um novo recorde diário de infecções e de mortes, com 261.500 novos casos e 1.501 óbitos, e os estados mais afectados alertam para a pressão do sistema de saúde que poderá entrar em colapso.
Hoje Macau Manchete SociedadeCovid-19 | Vacina da BioNTech pode requerer terceira dose e reforço anual Quem tomou a vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 vai “provavelmente” necessitar de uma terceira dose, bem como uma dose anual, avançou o CEO da farmacêutica norte-americana, que justificou a necessidade de reforço com as novas variantes do vírus Afinal de contas, a vacina da Pfizer/BioNTech pode necessitar de doses adicionais para garantir protecção contra a covid-19, foi o que admitiu Albert Bourla, CEO da farmacêutica que produziu a vacina, em entrevista ao canal norte-americano CNBC. “Um cenário provável é de que precisaremos de uma terceira dose da vacina, algures entre os seis e os doze meses após a primeira toma e, daí em diante, de uma revacinação anual”, disse Alberto Bourla à CNBC. O responsável afirmou ainda que a hipótese carece de verificação. “Tudo isto ainda tem de ser confirmado, mas as variantes da covid-19 vão desempenhar um papel-chave” no processo. Para já, Bourla frisou a extrema importância de proteger os que são mais vulneráveis ao vírus, em particular às variantes com maior capacidade de contágio. Outro aspecto que aponta para a necessidade de reforço de inoculação é a falta de dados científicos que indiquem com clareza por quanto tempo uma pessoa vacinada fica protegida contra o vírus. No início do mês, a Pfizer emitiu um comunicado a referir que a sua vacina tem uma eficácia superior a 91 por cento na protecção contra a covid-19 até seis meses após a administração da segunda dose. O estudo da farmacêutica norte-americana teve como base a inoculação de mais de 12 mil participantes, ainda assim, a equipa de investigadores apontou a necessidade de mais estudos para testar a eficácia da vacina seis meses depois da vacinação. Variante sul-africana Apesar de ainda não haver certezas quanto à possibilidade de a vacina contra a covid-19 se tornar uma realidade anual, à semelhança da vacinação contra a gripe, vários países e regiões preparam-se para administrar o reforço da vacina no final deste ano. A Agência Europeia do Medicamento é uma das entidades internacionais a ponderar a hipótese da terceira toma. Uma das preocupações é saber como as vacinas respondem à B.1.351, a variante do novo tipo de coronavírus identificado pela primeira vez na África do Sul. Também aqui a falta de dados científicos é algo a colmatar, com estudos científicos a sugerir que as vacinas da Pfizer, Moderna, Johnson & Johnson, e AstraZeneca são todas menos eficazes contra a variante sul-africana, no entanto, estes estudos apenas incidiram sobre a protecção imunológica de anti-corpos. Numa entrevista conjunta ao Corriere della Sera, ao El Mundo, ao Les Echos e Handelsblatt, Albert Bourla deixou uma mensagem de esperança, estimando que o hipotético regresso à “quase” normalidade esteja para breve. O CEO da farmacêutica norte-americana indicou que “no Outono” isso pode acontecer, e deu o exemplo de Israel, onde o processo de vacinação segue a um ritmo elevado, com o país a recuperar aos poucos a normalidade.
Hoje Macau PolíticaAL | Sulu Sou quer que Governo ouça deputados antes de apresentar políticas Sulu Sou quer saber se o Governo está disponível para adoptar uma postura mais pró-activa no sentido de ouvir as opiniões dos deputados da Assembleia Legislativa (AL), antes da apresentação de novas políticas. A questão foi colocada numa interpelação escrita, divulgada na sexta-feira, em que o legislador se queixa que o Governo consulta os deputados ao mesmo tempo que recolhe opiniões da população. De acordo com Sulu Sou, uma atitude mais pró-activa do Governo a ouvir os deputados poderia evitar casos com a forte contestação aos cupões de consumo por meios de pagamento electrónicos. Por isso, o membro da Novo Macau pergunta: “No futuro, quando lançar políticas ou consultas públicas será que o Governo vais ser mais consistente, pró-activo e consultar antecipadamente a AL, de forma melhorar tanto quanto possível as propostas ou textos de consulta?”, questiona. Entre os exemplos de documentos, Sulu Sou menciona ainda a Política de Juventude para os anos 2021-2030, o projecto para classe sanduíche e as várias medidas de apoio económico contra os impactos da pandemia. Na mesma interpelação, o democrata sugere ao Governo que crie uma plataforma de comunicação entre os diferentes departamentos e os deputados, à semelhança do que existe para os órgãos de comunicação. “Gostava de saber se o Executivo vai coordenar com os diferentes departamentos e criar um mecanismo especial de contactos para deputados, mais directo e eficiente, que funcione nos dois sentidos, e assim evitar as burocracias actuais?”, pergunta.
Hoje Macau China / ÁsiaProtestos na Coreia do Sul contra descarga de águas de Fukushima pelo Japão O plano do Governo japonês para despejar gradualmente no mar águas tratadas, mas ainda radioactivas, da central nuclear destruída de Fukushima, está a gerar uma onda de protestos na Coreia do Sul. A capital sul-coreana, Seul, foi hoje palco de diversas manifestações de rua, nomeadamente de grupos ligados ao meio ambiente e às pescas, que se concentraram em frente à embaixada japonesa, e ainda de uma coligação de 25 associações laborais e cívicas, a Ação do Povo de Seul, que criticaram também os Estados Unidos, por darem apoio ao plano japonês. “A decisão (da descarga de águas de Fukushima) foi tomada apenas três dias antes da cimeira Estados Unidos-Japão. Portanto, pode-se especular que houve uma discussão antecipada entre os dois lados e que os Estados Unidos estão a apoiar o Japão em benefício próprio”, afirmou o grupo, citado pela agência sul-coreana Yonhap. A Federação da Liberdade da Coreia, uma organização pública conservadora, juntou-se às críticas ao Japão ao realizar um protesto online, com a participação de diretores de capítulos regionais, apelando ao Japão para que reveja a decisão anunciada esta semana. A descarga de águas contaminadas pelo Japão, alertou a federação, poluirá irreversivelmente o oceano e colocará um fardo fatal nas gerações futuras. Tomada ao fim de sete anos de discussão sobre o destino a dar às águas usadas para arrefecer combustível da central nuclear, a decisão japonesa motivou protestos da China, Coreia do Sul, Taiwan, e também de associações japonesas, ambientalistas e ligadas às pescas. Também o Ministério das Relações Exteriores sul-coreano convocou esta semana o embaixador japonês, Koichi Aiboshi, para um protesto formal, depois de Koo Yun Cheol, ministro da Coordenação de Políticas Governamentais, afirmar que Seul “se opõe firmemente” à decisão japonesa. Na quinta-feira, a China convocou o embaixador do Japão em Pequim para protestar formalmente contra a decisão. Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, citado pela agência Kyodo, o ministro-adjunto dos Negócios Estrangeiros, Wu Jianghao, expressou ao embaixador japonês, Hideo Tarumi, a “forte insatisfação e oposição firme” da China ao plano para as águas de Fukushima. Na sequência do anúncio do plano pelo Governo japonês, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, exortou o Japão a não efectuar a descarga “sem permissão” de outros países e da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), das Nações Unidas (ONU). “A China reserva-se o direito de dar novas respostas” à decisão do Japão, disse Zhao à imprensa em Pequim, na terça-feira. Pelo contrário, os Estados Unidos mostraram concordância com o plano japonês, considerando o processo de tomada de decisão de Tóquio “transparente”. “Agradecemos ao Japão pelos esforços transparentes na sua decisão de descartar as águas tratadas de Fukushima Daiichi”, afirmou o secretário de Estado Antony Blinken, através da rede social Twitter, apelando a coordenação contínua do Japão com a AIEA. A Agência Internacional de Energia Atómica, das Nações Unidas, apoiou o plano do Japão para despejar gradualmente no mar águas tratadas, considerando reunidas as necessárias condições de segurança. “Estou confiante de que o governo [japonês] continuará a interagir com todas as partes de uma forma transparente e aberta enquanto trabalha para implementar a decisão de hoje”, disse o director-geral da AIEA, Rafael Grossi, em comunicado. Salientado que a descarga de águas está de acordo com a prática internacional e é tecnicamente viável, a organização manifesta ainda disponibilidade para dar apoio técnico na monitorização da implementação do plano. De acordo com a AIEA, as descargas controladas de águas radioactivas no mar são usadas de forma rotineira por operadores de centrais nucleares em todo o mundo, sob autorizações regulatórias específicas com base em avaliações de impacto ambiental e de segurança. O Governo japonês já tinha afirmado que não era possível adiar a decisão por mais tempo, dado que a capacidade de armazenagem dos tanques de água na central, que continuam a receber líquido usado para arrefecer combustível nuclear, deverá esgotar-se em 2022, 11 anos depois de a central ter sido gravemente afectada por um terramoto e tsunami. As instalações de Fukushima Daiichi geraram toneladas de água contaminada que tiveram de ser armazenadas depois de usadas para arrefecer os núcleos parcialmente derretidos de três reactores. Desde há anos que a empresa responsável pela central, a TEPCO, utiliza um sistema para filtrar aquela água e eliminar todos os seus isótopos radioativos com exceção do trítio.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Junta militar planeia libertar 23.000 presos em amnistia pelo Ano Novo budista As autoridades militares birmanesas planeiam libertar hoje cerca de 23.000 pessoas devido a uma amnistia pelo Ano Novo Budista, embora não se saiba se esta inclui presos políticos após o golpe de Estado de 01 de fevereiro. Do total, pelo menos 800 pessoas já foram libertadas da prisão de Insein, em Rangum, a maior cidade do país, além de outras 2.800 de cinco prisões na região de Mandalay, segundo o meio de comunicação local Eleven Myanmar. Entre os libertados estão alguns dos seis membros do grupo de teatro satírico Peacock Generation, presos em 2019 por criticar os militares, bem como o co-fundador do Myanmar Times, Ross Dunkley, condenado em 2018 a 13 anos de prisão por posse de drogas. As amnistias são comuns no Ano Novo budista, cuja celebração foi boicotada este ano por grande parte da população em protesto contra o golpe liderado pelo chefe da junta militar, general Min Aung Hlaing, em 01 de fevereiro. Não há evidências de que a amnistia inclua os detidos desde o levante militar, incluindo a líder do Governo deposto e vencedora do Prémio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi. Apesar da repressão e da tortura, os birmaneses voltaram hoje para protestar nas ruas em algumas partes do país, enquanto continuam os confrontos entre o exército e os guerrilheiros da minoria étnica Kachin, no nordeste. Desde o golpe militar de 01 de fevereiro em Myanmar (ex-Birmânia), as forças de segurança já mataram 728 civis, incluindo, pelo menos, 40 crianças, e mantêm mais de 3.100 pessoas detidas arbitrariamente, segundo dados da Associação Birmanesa de Assistência a Presos Políticos (AAPP). A AAPP disse que pelo menos dois manifestantes foram mortos na sexta-feira, como resultado de tiros disparados pelas forças de segurança, mas estimou que o número real de mortos é provavelmente “muito maior”, já que soldados e polícias dispersaram protestos violentamente nas regiões de Mandalay e Sagaing. A junta militar mantém uma censura rígida aos meios de comunicação e restrições à Internet, o que dificulta a divulgação de informações por jornalistas e ativistas independentes, que devem trabalhar clandestinamente. Na sexta-feira, os opositores da junta militar formaram um “governo” paralelo de unidade nacional com 26 membros, dos quais 13 pertencem a minorias étnicas e oito são mulheres. O Executivo da Unidade Nacional continua a ser simbolicamente presidido por Win Myint e Suu Kyi continua como Conselheira de Estado, mas a prisão de ambos desde fevereiro coloca um fardo ao governo de Mahn Win Khaing Than, recentemente nomeado primeiro-ministro. O novo Governo foi anunciado pela Comissão de Representantes da Assembleia da União (CRPH), formada por parlamentares eleitos que foram depostos pelo golpe militar. O exército birmanês justificou o golpe com uma alegada fraude eleitoral nas eleições de novembro, nas quais o partido de Suu Kyi saiu vencedor, com o aval de observadores internacionais.
Hoje Macau EventosFotojornalista Nuno André Ferreira alcança 3.º prémio no concurso World Press Photo O fotojornalista Nuno André Ferreira, que trabalha na agência Lusa, conquistou o terceiro lugar na categoria ‘Spot News’ do prémio internacional de fotografia World Press Photo, com um trabalho sobre incêndios em Oliveira de Frades, foi ontem anunciado. A organização do World Press Photo anunciou ontem os 45 vencedores de 28 países, seleccionados entre os finalistas em várias categorias do prémio internacional de fotografia e fotojornalismo. A imagem de Nuno André Ferreira que esteve nomeada no concurso foi captada em setembro de 2020 e mostra, em dois planos, uma criança dentro de um carro, e ao longe o recorte das chamas num incêndio que começou em Oliveira de Frades (Viseu) e se estendeu pelos concelhos vizinhos. Nuno André Ferreira, nascido em 1979, vive em Viseu e trabalha com a agência Lusa desde 2009, e o seu trabalho tem sido premiado, nomeadamente em 2019 quando venceu por unanimidade o Prémio Rei de Espanha de Jornalismo, com a fotografia “O Nosso Presidente Marcelo”, publicada pela agência Lusa em 19 de outubro de 2017.
Hoje Macau EventosObra de Paula Rego avaliada em um milhão de euros falha venda Uma obra da pintora portuguesa Paula Rego que foi ontem a leilão em Londres, cujo valor estava estimado em cerca de um milhão de euros, acabou por não ser vendida. O quadro de pastel sobre papel pintado “The Aunt (Nada), com cerca de 1,80 por 1,20 metros, concluído em 2006, foi a leilão pela Phillips com uma estimativa de entre 800 mil libras (922 mil euros) e 1,2 milhões de libras (1,38 milhões de euros). A obra retrata uma cena inspirada no célebre romance “Nada”, da escritora espanhola Carmen Laforet, publicado originalmente em 1945, que conta a história de uma menina órfã, Andrea, que vai viver para casa de uma tia, em Barcelona. A obra de Paula Rego foi uma das três que não foram licitadas entre 35 lotes de Arte Contemporânea e do Século XX, enquanto outra peça foi retirada antes do início do leilão. O quadro que alcançou o valor mais alto foi “La féconde journée”, de Jean Dubuffet , arrematado por 4.378.500 libras, incluindo prémio de venda, o que equivale a 5,044 milhões de euros, o dobro da estimativa mais alta. No leilão realizado hoje estavam obras de artistas como Banksy, Frank Stella, Alberto Giacometti, Mark Rothko, entre outros, tendo o formato digital atraído compradores de vários países. No total, rendeu 24.828.250 libras, equivalente a cerca de 29 milhões de euros. “O resultado geral da venda envia uma mensagem de força ao mercado. Esperamos com expectativa pelos nossos leilões de Hong Kong e Nova Iorque em junho”, disse Olivia Thornton, responsável pelo departamento de Arte Contemporânea e do Século XX da leiloeira Phillips. Em julho de 2015, um quadro de Paula Rego no qual a pintora aludia à morte do marido, em 1988, foi arrematado num leilão em Londres por 1,6 milhões de euros, estabelecendo um recorde da artista portuguesa. Uma outra obra da artista, “Looking Out” (1997), um pastel sobre papel em suporte de alumínio, com estimativa entre 707 mil euros e 989 mil euros, foi arrematado no mesmo leilão por uma licitação final de 1.360.941 euros.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidentes dos EUA e da Coreia do Sul reúnem-se em Washington em Maio O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai reunir-se em Maio, em Washington, com o homólogo da Coreia do Sul, Moon Jae-in, anunciou a Casa Branca. “O Presidente Biden espera receber o Presidente sul-coreano Moon na Casa Branca na segunda quinzena de maio”, disse a porta-voz governamental Jen Psaki, sublinhando que a administração norte-americana pretende reafirmar “a aliança inabalável entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul”. Em meados de Março, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, deslocaram-se a Seul para reafirmar o compromisso conjunto face à Coreia do Norte e às crescentes ambições de Pequim. A reunião de Biden com Moon segue-se também à reunião tripartida realizada em Abril em Annapolis, no Estado do Maryland, entre os conselheiros de segurança nacional dos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul. A nova Presidência norte-americana está empenhada em solidificar os laços dos Estados Unidos com seus parceiros tradicionais na Ásia, num momento em que a China continua a exibir pretensões hegemónicas na região. O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, será o primeiro líder estrangeiro a ser recebido pessoalmente pelo presidente democrata na Casa Branca, mas já sexta-feira.
Hoje Macau China / ÁsiaUE/Presidência | “Dilema” da China pende sobre relação Europa-Ásia, diz investigador A relação entre a União Europeia (UE) e a Ásia enfrenta o “dilema enorme” do peso da China no continente, que a Europa deve procurar “reequilibrar” buscando parceiros regionais diversos, sustenta o investigador Constantino Xavier. “Todos os países enfrentam um dilema enorme em relação à China”, que tem sido vista como “rival e competidor” por Estados Unidos e União Europeia, realça o académico português de origem goesa, em declarações à Lusa, a partir de Nova Deli, na véspera de ser orador na conferência internacional “UE-Ásia: desafios e futuro”, organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian, em Portugal. Investigador no Centro para o Progresso Social e Económico de Nova Deli, Constantino Xavier considera que o atual “momento de transição e até de turbulência” é motivado pelo “crescimento enorme da China, que aparece claramente como o segundo polo de concentração de poder, para além dos Estados Unidos”, que, por seu lado, revelaram um “desinteresse pelas questões da Ásia” nos últimos anos. É neste contexto que a União Europeia está a “repensar a Ásia” e a desenhar uma política comum que “não seja dependente da posição americana” – situa o doutorado pela universidade americana Johns Hopkins – e, ao mesmo tempo, não seja uma abordagem “tradicional”, apenas fazendo “os negócios de sempre com a China”. Antecipando uma “UE, a longo termo, menos dependente dos EUA e, ao mesmo tempo, mais próxima à China”, Constantino Xavier frisa que a questão está em definir qual a natureza dessa proximidade e quão próxima será essa relação. Recordando os “vários anos de aproximação à China por parte da UE”, com destaque para a assinatura do acordo de investimento no ano passado, Constantino Xavier alerta que “não serve os propósitos, os valores e a estratégia de desenvolvimento, de crescimento da UE, a longo termo, depender excessivamente da China”. Para que tal não aconteça, a UE deve “procurar um grupo de parceiros mais diversificado”, buscando “outras potências para equilibrar” essa relação, como o Japão, a Índia e os Estados do Sudeste asiático. “A Índia assume um papel pivô, porque é o segundo maior país na Ásia, com capacidades económicas e militares, que se oferece como uma alternativa à China”, reflete o investigador, que tem estudado sobretudo a política externa indiana e a relação com os países vizinhos. Porém, sublinha, a relação UE-Ásia não pode ser reduzida “a um jogo de equilíbrio entre China e Índia”, porque o desafio é “encontrar uma Ásia mais multipolar”. Além disso, aponta, também os países asiáticos enfrentam o mesmo “dilema” e “querem uma Europa muito mais ativa e muito mais presente na Ásia”, porque “estão muitas vezes excessivamente dependentes da China e de políticas coercivas chinesas” e “procuram parceiros alternativos”. Os países do Indo-Pacífico estão no meio da “tempestade sino-americana” e, nesse contexto, “a Europa, a Índia e o Japão, em particular, têm um papel importante, como médias potências, para oferecer alternativas a estes países mais pequenos, que não se querem ver prisioneiros de uma rivalidade China-Estados Unidos”. Ora, acontece que a UE não tem ainda uma política comum para a região. Ao contrário, “dentro da Europa, há vários grupos que dão prioridade diferente a este reequilíbrio para o Indo-Pacífico”, reflete. Se “França e Alemanha estão a liderar o esforço” de conseguir “uma estratégia europeia”, há países “mais relutantes, seja porque dependem mais da China ou porque têm tido outras prioridades diplomáticas” e há mesmo “países hostis, especialmente na Europa de Leste e Central, que dependem profundamente da China” e cujas diplomacias já não conseguem fazem uma “leitura objetiva” da realidade, como é o caso de Hungria ou Grécia. Portugal – observa – está a desempenhar “um papel pioneiro” no sentido de fazer valer que “é do interesse da UE ter reequílibrio na política para a Ásia”. A cimeira de alto nível entre a União Europeia e a Índia, prevista para 8 de maio, no Porto, no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da UE, é exemplo de que Portugal está a “liderar”, ao “facilitar a convergência União Europeia-Índia”. Este protagonismo “não é uma coincidência”, nem deve deixar ninguém surpreso. “Isto é um campeonato de todos”, constata. “É justamente para os países mais pequenos que é de importância elementar encontrar uma ordem mundial que não os sufoque, em termos de pressões divergentes entre grandes potências”, assinala. “Os momentos de desequilíbrio, competição, rivalidade sistémica vitimizam primeiro os países pequenos, que perdem a sua autonomia, independência política, estratégia de segurança”, exemplifica. A conferência “UE-Ásia: desafios e futuro”, uma iniciativa do Fórum Futuro da Fundação Calouste Gulbenkian, vai juntar, ‘online’, vários especialistas durante toda a manhã de sexta-feira. Antecipando a cimeira UE-Índia, a conferência, que será encerrada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, “pretende contribuir para o processo de análise e formulação da política externa da União Europeia nas suas relações com a Ásia em geral – e com a Índia em particular”.
Hoje Macau SociedadeComunidades | Novo conselheiro diz que portugueses sofrem com restrições às viagens O novo conselheiro das Comunidades Portuguesas em Macau, Gilberto Camacho, disse ontem à Lusa que a pandemia está a deixar muitos portugueses com saudades de casa, por causa das restrições às viagens, havendo quem pondere regressar a Portugal. O conselheiro explicou que desde que a pandemia de covid-19 chegou ao território, no final de Janeiro de 2020, as viagens a Portugal estão condicionadas, já que o regresso a Macau, que impôs fortes restrições fronteiriças para combater a propagação do vírus, obriga “a fazer uma quarentena de três semanas” e “nem sempre há voos”. Quem sai e não consegue voltar ao território arrisca-se a “perder o emprego”, apontou, uma situação que fez com que muitos portugueses não pudessem regressar a Portugal desde o início da pandemia, há mais de um ano. “É muito complicado ficar tanto tempo sem ver a família. Há pessoas que têm os pais com alguma idade, como é o meu caso, ou têm familiares doentes, e gostavam de voltar a vê-los”, disse Gilberto Camacho, que substituiu José Pereira Coutinho no Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP), após este ter renunciado ao mandato, em 2 de Fevereiro. O engenheiro informático nascido em Macau, que estudou na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e regressou ao território em 2012, apelou, no entanto, à calma dos portugueses que ali vivem. “É preciso serem realistas e saberem que em Portugal as coisas não estão famosas. Se já não estavam famosas, agora menos estão, [porque] as pessoas vivem confinadas”, apontou, contrastando a situação portuguesa com a que se vive no território, considerado um dos locais dos mais seguros do mundo em relação à pandemia. “Temos de manter a calma, porque Macau é provavelmente o melhor sítio para estar no mundo, porque não existe nenhum caso [local] de covid-19 há mais de um ano”, apontou. Gilberto Camacho foi eleito suplente nas últimas eleições para o CCP, em 2015, tendo substituído José Pereira Coutinho após a renúncia deste ao mandato se tornar efectiva, em 3 de Fevereiro.