Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Filipinas adquirem 40 milhões de vacinas da Pfizer O Governo das Filipinas assinou um acordo para adquirir 40 milhões de doses da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Pfizer e BioNTech, a sua maior compra de vacinas até domingo, informaram fontes oficiais. O responsável pela gestão das vacinas no país, Carlito Gálvez, assegurou em comunicado que as doses vão começar a chegar em agosto e explicou que a aquisição só foi possível graças à quebra na procura “por muitos países grandes e ricos”. “A maioria (desses países) já adquiriu vacinas mais do que suficientes para sua população e já vacinou muitos dos seus cidadãos. Isso permitiu que o fabricante se comprometesse connosco para a entrega”, acrescentou Gálvez. Com o acordo, as Filipinas garantem o fornecimento de 113 milhões de doses de vacinas, entre as quais 26 milhões da chinesa Sinovac, 20 milhões da americana Moderna, 17 milhões da anglo-sueca AstraZeneca e 10 milhões da russa Sputnik. As Filipinas esperam obter também 44 milhões de doses através do Covax, o mecanismo acionado pela Organização Mundial de Saúde para os países com menores recursos. As Filipinas iniciaram na semana passada um programa para vacinar 33 milhões de pessoas que trabalham foram de casa e continuam a vacinar trabalhadores de setores prioritários, como a saúde, e idosos, com o objetivo de alcançar a imunidade de grupo este ano. As Filipinas foram um dos países mais afetados pela pandemia no sudeste asiático, com mais de 1,3 milhões de casos confirmados e 23.621 mortes por covid-19 até agora. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.853.859 mortos no mundo, resultantes de mais de 177,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Hoje Macau China / ÁsiaAeroporto em Shenzhen cancela voos após caso positivo de covid-19 O aeroporto de Shenzhen cancelou centenas de voos e aumentou, hoje, o controlo, depois de um funcionário de um restaurante ter testado positivo para a variante delta do coronavírus. Em comunicado publicado na conta oficial na rede social WeChat, o aeroporto informou que, para entrarem no espaço, as pessoas devem apresentar um teste negativo, realizado nas últimas 48 horas. De acordo com a informação, as restrições entraram em vigor às 13:00 e as passagens serão totalmente reembolsadas. Segundo as autoridades locais de saúde, o caso foi detectado na quinta-feira, numa pessoa de 21 anos, no âmbito da testagem de rotina a trabalhadores do aeroporto. De acordo com o ‘site’ VariFlight, foram cancelados quase 400 voos na sexta-feira, assim como dezenas de voos programados para hoje. Shenzhen acolhe grandes empresas asiáticas de tecnologia como a Huawei e a Tencent. A China registou 30 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, seis deles por contágio local na província chinesa de Guangdong, que faz fronteira com Macau e Hong Kong, anunciou hoje a Comissão de Saúde da China. A mesma entidade adiantou que o número total de casos activos é de 503, entre os quais 21 em estado grave. Desde o início da pandemia de covid-19, o país registou 91.564 casos da doença e 4.636 mortos.
Hoje Macau China / ÁsiaEspaço | Nave chinesa com três astronautas acopla na nova estação espacial O Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, enviou, ontem, ao Governo Popular Central, uma mensagem de felicitações a congratular o sucesso do lançamento da nave espacial tripulada Shenzhou-12. «Foi com enorme alegria que tomámos conhecimento do lançamento bem-sucedido da nave espacial Shenzhou-12. Eu, em nome do Governo da Região Administrativa Especial de Macau, endereço os maiores votos de felicitações, pela indústria espacial da nossa pátria que regista novo auge, no âmbito da engenharia espacial tripulada, concretizando a primeira missão de voo espacial tripulado durante a construção da estação espacial, que abre uma nova era da estação espacial da China, bem como aos três astronautas e a todos os investigadores científicos”, pode ler-se na mensagem enviada por Ho Iat Seng. A nave espacial chinesa que partiu ao início do dia de ontem com uma tripulação de três pessoas já acoplou na nova estação espacial da China, para uma missão de três meses, noticia a imprensa estatal chinesa. A nave Shenzhou-12 acoplou no módulo residencial da estação espacial Tianhe cerca de seis horas após ter descolado. A tripulação chinesa vai realizar experiências científicas, trabalhos de manutenção, caminhadas espaciais e preparar a instalação de dois módulos adicionais. “Perante isso, os compatriotas de Macau, como o povo do país inteiro, sentem-se bastante encorajados e entusiasmados por esta experiência espacial e o seu resultado! O Governo da Região Administrativa Especial de Macau e toda a população continuarão a apoiar com todo o empenho o desenvolvimento da indústria nacional do voo espacial tripulado, contribuindo devidamente para a prosperidade e fortalecimento da pátria e para a construção de um país forte no âmbito aeroespacial. Uma vez mais, desejamos que a tecnologia aeroespacial do nosso país e os nossos astronautas obtenham resultados mais frutíferos», acrescenta Ho Iat Seng na mensagem do Governo da RAEM. A crescer Embora a China admita que chegou tarde à corrida das estações espaciais, o país assegura que as suas instalações são de ponta e podem durar mais que a Estação Espacial Internacional, que está a chegar ao fim do seu período útil. O lançamento de ontem também relança o programa espacial tripulado da China após um hiato de cinco anos. Com a tripulação de ontem, a China aumenta para 14 o número de astronautas que lançou para o espaço, desde que alcançou o feito pela primeira vez, em 2003, tornando-se o terceiro país a fazê-lo, depois da antiga União Soviética e dos Estados Unidos. À medida que a economia chinesa começou a ganhar força, no início dos anos 1990, a China formulou um plano para a exploração espacial, que executou numa cadência constante e cautelosa. Na quarta-feira, o director-assistente da Agência Espacial Tripulada da China, Ji Qiming, disse aos jornalistas, no centro de lançamento de Jiuquan, que a construção e operação da estação espacial elevarão as tecnologias da China e “acumularão experiências úteis para todas as pessoas”. O programa espacial é parte de um esforço geral para colocar a China no caminho para missões ainda mais ambiciosas e fornecer oportunidades de cooperação com a Rússia e outros países, principalmente europeus, juntamente com o Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Sideral. O programa espacial da China tem sido grande fonte de orgulho nacional, ilustrando a ascensão desde a pobreza até se tornar segunda maior economia do mundo, nas últimas quatro décadas.
Hoje Macau China / ÁsiaEstaleiro de Dalian constrói maior plataforma petrolífera do mundo O estaleiro chinês Dalian Shipbuilding Industry Corporation (DSIC) anunciou o assentamento da quilha da maior plataforma de exploração de petróleo ‘offshore’ do mundo, encomendada pela petrolífera estatal brasileira Petrobras. Após o assentamento, marcado por uma cerimónia realizada na terça-feira num estaleiro em Dalian, no norte da China, a plataforma FPSO-8 será transferida para as docas, onde irão decorrer os restantes trabalhos, avançou num comunicado a subsidiária da construtora estatal China State Shipbuilding. A plataforma, também conhecida por Bacalhau, será instalada em Búzios, no litoral da Bacia de Santos, litoral dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, onde estão as maiores reservas já descobertas a grande profundidade, abaixo da camada de sal do subsolo marinho. A Petrobras tinha entregado o contrato de construção da plataforma a um consórcio formado pela petrolífera estatal norueguesa Equinor e à construtora japonesa Mitsui Ocean Development & Engineering. A Equinor disse em Outubro de 2020 que a plataforma deverá começar a produzir em 2024. Esta será a maior plataforma de exploração de petróleo ‘offshore’ já construída no mundo, com um comprimento de quase 340 metros, permitindo a extração em simultâneo de crude e de gás natural, avançou o DSIC. Búzios a bombar A Petrobras anunciou na sexta-feira a assinatura de um contrato no valor de 2,3 mil milhões de dólares para a aquisição de uma outra plataforma de exploração de petróleo ‘offshore’. A plataforma P-79, com capacidade de extração de 180 mil barris de óleo e 7,2 milhões de metros cúbicos de gás por dia, deverá ser entregue em 2025 e será a oitava a ser instalada em Búzios. O campo de Búzios conta actualmente com quatro plataformas, que respondem por quase 20 por cento dos quase 2,2 milhões de barris de petróleo que a Petrobras produz por dia. O plano estratégico da Petrobras prevê a instalação de 12 plataformas nesta área até 2030, quando a sua produção pode chegar a 2 milhões de barris por dia.
Hoje Macau EventosArquitectura | Exposição sobre Bienal de Veneza inaugurada hoje É hoje inaugurada, nas Casas Museu da Taipa, às 18h30, a exposição sobre a presença de Macau na Bienal de Arquitectura de Veneza, intitulada “17.ª Exposição Internacional de Arquitectura, La Biennale di Venezia – Trabalhos do Evento Colateral Macau China”. Esta exposição tem curadoria do arquitecto Carlos Marreiros e dos arquitectos e urbanistas Chan Ka Tat, Che Chi Hong, Ho Ting Fong e Lao Man Si. A mostra é composta por quatro obras intituladas “Via de Acesso”, “Conectividade de um ponto a outro”, “Verticalização de Fronteiras – a Colisão de Dois Sistemas Urbanos Diferentes” e “Coexistência”, as quais “interpretam a arquitectura, os terras, a memória colectiva e a vida urbana a partir de múltiplas perspectivas”. A mostra está também patente em Veneza, Itália, tendo sido inaugurada no passado dia 22 de Maio. Em Macau, a exposição está aberta ao público até ao dia 24 de Setembro na Galeria de Exposições e Casa de Nostalgia das Casas da Taipa.
Hoje Macau h | Artes, Letras e IdeiasTentativas de dessemantização da língua e de vocalização da escrita – Aude Locatelli Tradução de Emanuel Cameira Para Mallarmé, que pedia que «não puséssemos Música ao pé dos seus versos», a poesia é, na essência, a própria Música: «não é das sonoridades elementares dos metais, cordas, madeiras, mas, sem dúvida, do ápice da palavra intelectual, que a Música, em toda a sua plenitude e evidência, enquanto conjunto das relações existentes em tudo, deve resultar.» Se é inadequado, segundo essa perspectiva, falar de «musicalização» da linguagem poética, podemos dizer que toda uma parte da poesia experimental se empenhou, à sua maneira, em retomar o seu «contributo» para a música, valorizando a dimensão fónica da linguagem. A este respeito, J.-M. Gleize distingue dois pólos, não deixando de especificar que a polarização «admite todas as práticas intemédias»: por um lado, um «pólo a-semântico ou infra-semântico: poesia fonética (sons, onomatopeias), talvez ruidosa» e, por outro, um «pólo semântico: um texto numa “língua” classificada ou não, mas cujo significado parcial (porventura o essencial, em certos casos) depende da sua realização acústica através da activação dos parâmetros musicais da linguagem falada (timbre, potência, tempo…), com ou sem adjuvantes técnicos (microfones, amplificadores, gravadores, vídeos, etc…)». Ao primeiro pólo correspondem diversas tentativas de dessemantização da língua: a poesia fonética (H. Ball, K. Schwitters) e o movimento letrista de I. Isou são dois exemplos de experimentações que levam assim a uma saturação sonora da escrita, que se transforma numa «música» onomatopaica. Isou usa precisamente, para os seus poemas, indicações de tempo (andante, allegro, lento…), de silêncio (uma pausa de um segundo), de tom (tom selvagem, rouco, patético…). Como destaca F. Escal, «a primazia dada ao aspecto sonoro do texto confere então à língua o mesmo funcionamento simbólico (o simbólico é o que resiste à “degradação” em signos ou em imagens) da música: o seu sentido, não formulável, é a sua forma». O facto de esta música ser capaz de integrar todos os tipos de sons, incluindo os não fonéticos (inspiração, expiração, respiração ofegante, espirro, estalido de língua, crepitação, escarro…) aproxima-nos, segundo ele, do segundo pólo, que nasce de um desejo de vocalizar a escrita. Essa preocupação com a vocalização é ainda mais significativa nas diferentes formas de poesia sonora, se se pensar nos «poemas para gritar e dançar» do precursor P.-A. Birot, nas «permutações» de B. Gysin, nos «grito-ritmos» de F. Dufrêne, nos «audio-poemas» de H. Chopin, na «poesia-acção» de B. Heidsieck ou nos poemas elementares de J. Blaine. A poesia sonora, que nem sempre se empenha no processo de dessemantização da linguagem, mesmo se perde muitas vezes as suas referências semânticas, aspira, antes de mais, à vocalização do poema. B. Heidsieck, que opta por uma «propulsão directa» da poesia durante as leituras públicas e que mobiliza recursos electro-acústicos para multiplicar a sua voz e criar, a partir dela, efeitos de polifonia, afirma que o dever do poeta sonoro é o de «ARRANCAR o texto da página, [de] o descolar do papel, desse suporte que carrega o peso de tantos séculos, para o projectar para uma audiência no momento certo e ao vivo». O poema também não é concebido como um simples objecto sonoro mas como um facto que envolve todo o corpo. Neste sentido, tomando em consideração o corpo e a violênca que pode ser detectada na palavra poética viva, junta-se à poesia sonora (pense-se na vociferação do texto poético a que se presta, por exemplo, J. Blaine) alguém como A. Artaud, proferindo, após mais de vinte anos de censura, o seu poema radiofónico intitulado «Para acabar [de vez] com o juízo de Deus». A problemática da vocalização da escrita convida, por outro lado, a sublinhar a influência do blues, contraparte profana dos espirituais negros que M. Yourcenar se esforçou por traduzir, sobre a literatura americana do século XX, e em particular sobre os poetas da geração beat, conforme testemunha o carácter sincopado dos Mexico City Blues de Kerouac. Se temos criticado o carácter arbitrário dos paralelismos estabelecidos por C. Elsen, «para quem o jazz está para a música o que a poesia está para a literatura e que associa Ellington a Verlaine, Miles a Milosz e Monte a Péret», ou por P.-L. Rossi, que faz corresponder «Monte a Ponge, Parker a Mallarmé, o movimento bop ao movimento dada, o scat ao letrismo, Coltrane a Artaud, Ellington a Reverdy, Mingus a Michaux, O. Coleman a A. Césaire, Rollins a Tzara, a improvisação do jazz à escrita automática», existem muitas relações efectivas entre o jazz e a poesia, de que são prova não só os poemas inspirados pelo jazz, como a recolha Carte noire, de F. Valorbe, mas também experiências poético-musicais originais: por exemplo, quando J. Cocteau, em 1929, recita poemas da sua colectânea Opéra acompanhado pela orquestra de jazz de D. Parrish, ou quando, em 1937, P. Reverdy grava com o trompetista P. Brun e o guitarrista D. Reinhardt um poema intitulado «Fonds secrets». Tradução de: Locatelli, Aude, Littérature et Musique au XXe siècle, Paris, Presses Universitaires de France, 2001, pp. 96-99.
Hoje Macau EventosCasa Garden | Exposição de Ernest Wong inaugura este sábado A galeria principal da Casa Garden recebe, a partir deste sábado e até ao dia 20 de Agosto, a exposição “Em Algum Lugar Ainda Selvagem”, de Ernest Wong Weng Cheong, e que se insere nas celebrações do 10 de Junho – Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas. A mostra inclui seis instalações e quatro fotos que espelham “um mundo selvagem surreal”. Segundo palavras do próprio artista, citadas por uma nota da Fundação Oriente, o público poderá ver trabalhos onde “‘criaturas’ parecidas com ovelhas abandonaram a sua necessidade básica de sobrevivência e que se afastaram da superfície terrestre sem quaisquer reservas”. Estas “criaturas”, à medida que as suas pernas cresciam, “apartavam-se da erva que sustentava a sua vida” e, mesmo enfrentando a fome, “os seus genes não permitem mais que se curvem”. Desta forma, e conforme explicou Ernest Wong, estas “criaturas” continuam a crescer e são capazes de observar tudo o que se passa no mundo. “Apesar da vulnerabilidade da sua posição, não têm predadores neste lugar selvagem. Ironicamente, ao abandonarem a proximidade ao chão e à erva que as alimentava, estes seres podem-se ter tornado o seu único inimigo natural. Por isso, neste mundo selvagem, ao olhar a superfície terrestre, poder-se-á observar o epitáfio final destas criaturas escrito no seu sangue”, adiantou o artista. Ernest Wong estudou no Reino Unido, no London Goldsmith College of Art, de onde regressou “silencioso como antes, realmente como aquelas ovelhas longilíneas do seu país surreal”, descreve James Wong, coordenador da mostra. Desta forma, com esta exposição, “tudo se reflecte a partir do interior”. “Solitário, o resto do mundo provavelmente seria indiferente ao que se apresenta nesta exposição”, descreve James Wong, que não é mais do que “uma onda calma pairando sob o céu cinza, algumas casas de estacas altas à beira da água, que espelha o rebanho de ovelhas vagueando pelas encostas relvadas do vale do rio, poucas imagens de vida, duas aparições vivas”.
Hoje Macau DesportoEuro 2020 | Selecção lusa defronta Alemanha no primeiro teste de fogo Há rivalidades históricas que fazem o coração luso bater mais rápido. Seja contra Inglaterra, França ou Alemanha, o orgulho português torna-se gigante e imbatível. Em termos práticos, os confrontos contra os alemães são como o Evereste. Desde o ano 2000 que Portugal não sorri contra os germânicos. Mas cada Evereste terá um Sir Edmund Hillary, alguém capaz de o escalar Por Martim Silva Nuno Mendes ainda não tinha nascido. João Félix tinha um ano de idade e Cristiano Ronaldo ainda estava nas camadas jovens do Sporting Clube de Portugal. O ano dava início ao milénio e Portugal vencia a Alemanha pela terceira e última vez em 21 anos. Estávamos em território francês e em pleno Euro 2000 quando Sérgio Conceição marcava três golos à Mannschaft no terceiro jogo da fase de grupos da competição. Volvidas duas décadas, Portugal é campeão europeu e a Alemanha campeão mundial de 2014. Parece existir menos desequilíbrio entre ambas as equipas, algo que não concorda com o histórico de confrontos. O grupo F do Euro 2020 é um autêntico grupo da morte. Portugal já passou o primeiro teste com menção de excelência, com a vitória frente à Hungria por 3-0. Já a Alemanha, não parecia a selecção que tantas noites em branco deu aos portugueses quando perdeu por 1-0 frente à França. Os dois jogos são ilustrativos do momento de forma das equipas. Esta selecção germânica não impressiona. Não tem nomes sonantes e já está na calha um novo seleccionador, o ex-treinador do Bayern de Munique, Hans Flick, que tomará conta da equipa depois deste Euro. Contra a França, a Alemanha foi uma nulidade ofensiva, tendo tido bastantes dificuldades em ultrapassar a barreira gaulesa. Não foi um jogo anormal, porque a França não perde em competições oficiais desde Junho de 2019 frente à Turquia. Apesar de qualquer inferioridade alemã, continua a existir poderio do lado do adversário da selecção das quinas, pelo menos no lado mental. Portugal terá uma certa desvantagem por ter de lidar com esse historial negativo de confrontos. Ter de passar esta barreira poderá desbloquear a tal “ansiedade” que Fernando Santos atribuiu à sua equipa no início da segunda parte contra a Hungria. Com isto em mente, Portugal irá defrontar o teste mais difícil desde 2016 quando derrotou a França, conquistando o Euro. Não ter um adversário à altura desde 2016 pode ser problemático para a equipa lusa, mas não há nada melhor que ter logo um embate contra um gigante no segundo jogo da competição de maneira a preparar uma possível reconquista. Chave da experiência Com o teste mais difícil à porta desde que o Euro de Portugal teve início, não há necessidade para o medo se interiorizar no seio desta equipa porque o conjunto luso já mostrou que consegue alcançar grandes conquistas. Sem defrontar a Alemanha desde 2014, e com a consciência da dificuldade da tarefa, jogadores como Pepe, Ronaldo e João Moutinho podem liderar os mais jovens e estreantes jogadores a não pensarem nos aspectos negativos do embate entre os dois gigantes europeus. Os três craques acima nomeados já experimentaram todas as surpresas, todos os sentimentos e todos os ensinamentos que o desporto rei lhes atirou à cara. Ter vozes destas ajudará o balneário português a ficar calmo e a entender que o seu lugar é a batalhar contra os melhores deste mundo. A montanha é grande, e em termos teóricos pode parecer um trajecto impossível, mas para Bruno Fernandes, médio do Manchester United, a confiança é um dado adquirido. “Espero uma selecção a tentar ganhar e o que espero de nós é uma equipa a tentar ganhar. É difícil prever porque o jogo tem vários momentos, decisões tomadas ao segundo e o nosso objectivo passa por ter bola e ganhar”. Ter jogadores a pensar desta maneira só trará indícios positivos ao jogo de sábado para domingo (00:00). Nuno Mendes falhou o treino de quinta-feira devido a uma mialgia na perna esquerda. Com esta baixa, Raphaël Guerreiro irá assumir, novamente, a titularidade na lateral esquerda. A Alemanha só será um adversário complicado se a selecção lusa acreditar que sim. Com confiança e motivação em ser, novamente, campeão europeu, Portugal é capaz de mover mundos e fundos até ao objectivo final. Dia 11 de Julho é o dia mais importante e onde o foco deverá permanecer sempre. Contra os alemães marchar! Itália vence Suíça com dois golos de Locatelli Como a identidade histórica dos azzurri reside quase sempre nos processos defensivos, fica claro que a selecção de Roberto Mancini é muito mais que uma equipa a praticar o catenaccio de Helenio Herrera. Por fim a dizer presente no lote dos favoritos a conquistar o Euro, Itália venceu a Suíça por 3-0 numa exibição completa e premiada pelo puro talento ofensivo. O jogo começou de forma intensa, aliás se existe característica apontada às diversas equipas italianas é a garra, com a Suíça incapaz de sair do seu meio-campo devido à pressão alta que os médios Manuel Locatelli, Nicolò Barella e Jorginho exerceram em Remo Freuler e especialmente Granit Xhaka, os médios helvéticos. Apesar da dificuldade na 1.ª fase de construção, com médios e laterais italianos a pressionarem o lado onde estava a bola, a Suíça não era capaz de ocupar o espaço deixado nas costas de Barella e Locatelli, havendo uma grande distância entre estes dois e o médio mais recuado, Jorginho. Esperava-se mais desta selecção orientada por Vladimir Petkovic mas a noite pertenceu mesmo aos italianos, e, concretamente, a Locatelli. O médio do Sassuolo, cobiçado pela Juventus, marcou dois golos. O primeiro foi logo aos 26 minutos a concluir uma boa jogada iniciada pelo próprio, finalizando após assistência de Domenico Berardi. O segundo, aos 52 minutos, foi através de um remate com o pé esquerdo à entrada da área suíça. O terceiro e último golo foi marcado por Ciro Immobile aos 89 minutos. Mesmo com a vitória expressiva em mente, Mancini desvaloriza o favoritismo “No Euro há França, Portugal e Bélgica. Um destes é campeão mundial, outro é campeão europeu e o último é a melhor selecção no ranking. Estas equipas foram construídas ao longo de anos sendo normal estarem mais à frente que nós, mas tudo acontece no futebol (…)” concluiu o seleccionador italiano. No reino da previsibilidade, venceu a Rússia Depois de a Finlândia ter surpreendido a Dinamarca no jogo de abertura do Grupo B, expectava-se que o mesmo poderia acontecer frente à Rússia. Após a goleada por 3-0 contra a Bélgica, o conjunto russo quis dar outra resposta e o seleccionador Stanislav Cherchesov mexeu no onze procurando dar nova vida à sua equipa. Substituiu o experiente guarda-redes Anton Shunin pelo jovem Matvei Safonov e tirou do onze Yuri Zhirkov e Andrey Semyonov, tendo colocado o médio da Atalanta Aleksey Miranchuk e o defesa Igor Diveev. A Finlândia apenas alterou uma peça no seu onze inicial, trocando Tim Sparv por Rasmus Schüller. As mudanças não melhoraram a estética do encontro. Ambas as equipas tinham processos ofensivos semelhantes, não mostrando grande variedade ou surpresa no ataque à baliza adversária. A organização ofensiva tinha sempre o mesmo tipo de jogada e finalidade, especialmente da parte da Rússia. Os processos ofensivos eram mais colectivos que individuais, no entanto os russos mostravam alguma incapacidade em chegar a zonas de finalização e a criar oportunidades de golo. Quanto à Finlândia, os processos criativos passavam mais pela individualidade de Glen Kamara, Teemu Pukki e Joel Pohjanpalo, também estes incapazes de incomodar a baliza de Safonov. Apesar da falta de poderio ofensivo, Miranchuk acabou por decidir o encontro ainda antes do intervalo. Lançado pelo seu seleccionador, o médio ofensivo concluiu uma jogada de combinação com o avançado Artem Dzyuba dentro da grande área com um belíssimo golo ao canto superior esquerdo da baliza finlandesa. Foi-lhe atribuído o prémio de melhor em campo de forma justa. O médio russo teve uma óptima exibição e um golo ainda melhor.
Hoje Macau Manchete SociedadeTDM | AIPIM preocupada com conteúdos apagados do “Contraponto” A Associação de Imprensa em Português e Inglês de Macau (AIPIM) manifestou ontem “preocupação” com a eliminação de comentários sobre Tiananmen num debate da Teledifusão de Macau (TDM), que levou dois comentadores a abandonarem o programa. “Estas situações e o que veio a público são motivo de atenção e preocupação por parte dos nossos associados”, escreveu a AIPIM, numa declaração enviada ontem à Agência Lusa. Em causa está um caso avançado na terça-feira pelo jornal Expresso, e confirmado ontem à Lusa por um dos comentadores do painel do programa de debate em língua portuguesa “Contraponto”, emitido pela TDM. “Objectivamente não vislumbramos motivo que impeça comentadores de se pronunciarem sobre processos em curso nos tribunais, independentemente da natureza dos mesmos e desde que se respeitem as regras e os princípios aplicáveis, como o segredo de justiça ou a presunção de inocência (…), como aliás tem sido prática”, criticou a associação. “Esta situação, sendo ao que sabemos inédita no referido espaço de opinião e análise, suscita natural surpresa e preocupação”, acrescentou. Nos comentários eliminados, Frederico Rato defendia que a proibição da vigília violava a Lei Básica e que esta “corria o risco de passar a letra morta”, prenunciando “o princípio do fim da [sua] aplicação”. O jurista, que considerou o incidente “completamente inédito”, contestou ainda as justificações da estação. “Eu não fiz qualquer comentário à decisão de qualquer tribunal, fosse ele qual fosse”, disse, criticando ainda a alegação da TDM de que “não é conveniente” comentar processos judiciais em curso. “Para já, pode-se falar [sobre processos em curso], os advogados [nas causas] é que não podem, mas eu não estava lá na condição de advogado, e além disso não falei nem um segundo na gravação sobre qualquer decisão de qualquer tribunal”, acrescentou o jurista, há 37 anos em Macau.
Hoje Macau PolíticaWong Kit Cheng quer medidas para combater transferências de capitais A deputada Wong Kit Cheng quer saber que medidas estão a ser adoptadas pelo Governo para fazer face ao aumento da criminalidade relacionada com o jogo. As questões surgem numa interpelação escrita divulgada ontem pela legisladora ligada à Associação das Mulheres de Macau, e que deverá ter resposta dos responsáveis da pasta da segurança. “Em resposta ao aumento das trocas ilegais de moeda causadas pela recuperação da indústria do jogo e do aumento da criminalidade, será que as autoridades já começaram os trabalhos de prevenção e combate a este tipo de crimes, para evitar que entre nas comunidades?”, questiona. Segundo a deputada, o problema tem as raízes no Interior e na transferência de capitais para Macau. Por isso, Wong pergunta também se há mecanismos de combate na “fonte” para limitar as actividades das redes criminosas envolvidas. Finalmente, a legisladora menciona a necessidade de ser desenvolvida uma campanha, com os hotéis e casinos, para explicar aos residentes e turistas os perigos que correm quando participam nas actividades de troca ilegal de dinheiro. Wong Kit Cheng apontou também baterias às medidas adoptadas pelas forças de segurança face à prática destes crimes e considera que a proibição de entrada para pessoas do Interior, sem pena de prisão, é insuficiente para fazer face ao fenómeno.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Província de Guangdong detecta quatro casos locais A província chinesa de Guangdong, que faz fronteira com Macau e Hong Kong, detectou quatro casos locais de covid-19, nas últimas 24 horas, anunciou hoje a Comissão de Saúde da China. O país asiático registou ainda 15 casos positivos, entre viajantes oriundos do exterior, nas cidades de Xangai (leste) e Pequim (norte) e nas províncias de Guangdong (sudeste), Fujian (sudeste), Yunnan (sudoeste), Jiangsu (leste), Hubei (centro) e Sichuan (centro). A Comissão de Saúde da China adiantou que o número total de casos activos é de 491, entre os quais 16 em estado grave. Desde o início da pandemia de covid-19, o país registou 91.511 casos da doença e 4.636 mortos. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.824.885 mortos no mundo, resultantes de mais de 176,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Hoje Macau EventosLançada em Macau primeira obra em português sobre a História da Literatura Chinesa Foi ontem lançada, pela editora Livros do Meio, na Fundação Rui Cunha “A Literatura Chinesa Antiga e Clássica”, de André Lévy, numa tradução para língua portuguesa de Raul Pissarra. Trata-se da primeira que uma obra que abrange a literatura do País do Meio, das suas origens até ao início do século XX, surge na língua de Camões. “Esta tradução para português é um passo muito importante, um marco, para o conhecimento da nossa literatura. Não só para leitores mas também para tradutores para conhecerem as obras de qualidade que existem na nossa literatura”, disse o professor e poeta Yao Jingming, que falou aos presentes durante a apresentação da obra. De facto, o livro apresenta aos leitores um vasto panorama da literatura chinesa. Como se pode ler na contracapa do volume, “A literatura chinesa mergulha fundo no tempo as suas origens. Este livro parte dessa remota época e percorre um longo percurso até aos primeiros anos do século XX, momento em que se considera o advento da modernidade. Pelo caminho, encontramos alguns dos mais belos textos que a humanidade produziu, pela pena de escritores de excelência, reflexos de uma civilização complexa, de uma História acidentada e de uma cultura caracterizada pela sua profundidade e erudição. Este livro de André Lévy proporciona-nos uma fundamental introdução a uma literatura cuja influência é patente no Oriente e que urge ser descoberta e entendida pelos falantes de língua portuguesa.” Ainda segundo Yao JIngming, “A literatura chinesa é bastante complexa. É muito arriscado traduzir uma obra destas quando não se domina a língua e a cultura chinesas, mas este trabalho é bem conseguido pelo que posso avaliar das traduções dos originais chineses. Pessoalmente, gostei imenso desta obra de André Lévy, que não segue uma abordagem cronológica e tem uma linguagem muito sintética e também viva.” Grosso modo, o livro apresenta-se dividido entre a literatura antiga, ou seja, das suas origens há mais de 3000 anos até ao advento da dinastia Qin (220 a.E.C.), e a literatura clássica, que abrange o longo período do império até ao início do século XX. Carlos Morais José explicou que no primeiro período considerado não tinha ainda sido efectuada uma uniformização dos caracteres e que, estando a China dividida em vários reinos, cada um usava caracteres a seu bel-prazer. Segundo o editor, é com a dinastia Qin que se efectua a referida uniformização o que tem consequências drásticas para a escrita. Depois, graças ao movimento de Maio de 1919, que pugnava pela modernização da China, inicia-se a fase “moderna”, com a simplificação de caracteres e o aparecimento de uma escrita mais simples e directa que virá até aos nossos dias. O livro queda-se nesse momento, não abrangendo a contemporaneidade. A primeira parte da obra, além da literatura propriamente dita, inclui também extensas referências ao pensamento chinês, na medida em que refere os trabalhos de Lao Zi, Confúcio, Mozi e Zhuang Zi, entre outros, todos eles pensadores cuja importância se estende até aos nossos dias e de influência crucial na mentalidade chinesa. Na era clássica, o livro começa por abordar a prosa clássica, fundamentalmente ensaística, que aborda temas variados da História à crítica literária, passando pelos chamados “ensaios fúteis”. Depois passa para a poesia que, geralmente, se considera ter atingido a sua Idade de Ouro durante a dinastia Tang, com nomes como Li Bai, Wang Wei, Du Fu a Bai Juyi. Finalmente, o volume descreve o que chama de “literatura de entretenimento”, na qual inclui o teatro, o romance, a literatura oral e os contos. O tradutor da obra, Raul Pissarra, formado em Filologia Clássica, falou da sua admiração pela “cultura antiga” europeia; “talvez por isso”, acrescentou, uma das coisas que mais o fascinou na China foi “a antiguidade da cultura chinesa”. “Estar a viver num sítio que foi testemunha de milénios de uma cultura tão antiga, sempre me deixou calado, no sentido do respeito. Foi isso que me aproximou da cultura chinesa, a sua antiguidade”. Também o facto desta literatura “não ter sido contaminada por uma cultura exterior”, ser uma expressão pura de um povo, sempre fascinaram Raul Pissarra. Logo, confessou ter iniciado este trabalho devido ao “fascínio” que este “diamante puro” lhe causara. Seguidamente, o tradutor fez leituras esparsas da obra. Os presentes tiveram então a oportunidade de ouvir trechos variados de literatura chinesa de diferentes géneros, da poesia ao conto, separados por extensas fatias temporais. André Levy, sinólogo e tradutor Figura maior da sinologia francesa, nasceu em Tianjin, em 1925, tendo crescido na concessão francesa desta cidade do Norte da China. Foi tradutor de várias obras de ficção chinesas, entre elas as traduções de dois dos quatro grandes ciclos novelísticos, a Peregrinação a Oeste (Xi you ji) e o Lótus de ouro (Jin Ping Mei). André Lévy foi também autor de diversas obras de sinologia, entre elas a que aqui se traduz. Depois de se formar na Escola de Línguas Orientais da Universidade da Sorbonne, seguiu uma vida de investigador e professor em Hanói, Kyoto e Hong Kong. Em 1969 foi nomeado director de Estudos Chineses da Universidade de Bordéus. Em 1974 defendeu a tese de Doutorado de Estado sobre contos chineses em língua falada no século XVII. Entre 1981 e 1984, foi director do Departamento da Ásia Oriental na Universidade de Paris VII. Em 1995 tornou-se Professor Emérito da Universidade de Bordéus III. André Lévy recebeu várias distinções, entre elas, em 1998, a de comendador das Palmas Académicas. Faleceu em 2017.
Hoje Macau SociedadeDST | Encerrado Centro de Promoção e Informação Turística em Lisboa O Governo de Macau decidiu encerrar o Centro de Promoção e Informação Turística de Macau em Lisboa “tendo em conta a racionalização de quadros e simplificação administrativa”, disse ontem a directora dos Serviços de Turismo. O Centro é um projecto do Executivo “cuja intenção original foi estabelecida para o curto prazo, mas que foi prolongada por muito anos”, afirmou à Lusa Maria Helena de Senna Fernandes. “Tendo em conta a racionalização de quadros e simplificação administrativa do Governo da RAEM e a existência da Delegação Económica e Comercial de Macau, em Lisboa” foi decidido agora extinguir o Centro, acrescentou a responsável, à margem da conferência de imprensa sobre a segunda fase do programa “Passeios, gastronomia e estadia para residentes de Macau”. O Centro de Promoção e Informação Turística de Macau em Portugal foi estabelecido em 2005, de acordo com o despacho do primeiro Chefe do Executivo da RAEM, Edmund Ho. A Direcção dos Serviços de Turismo de Macau mantém uma representação em Londres, sendo “uma delegação para promover turismo, mas não um órgão do Governo da RAEM como [era] o Centro de Promoção em Portugal”, explicou. Londres “é como as delegações em Hong Kong, Malásia, Japão”, entre outras, em que são contratadas empresas locais ou são adquiridos serviços destas empresas “através de concursos públicos, a nível internacional, para fazer promoção no país, pelo que não são um órgão externo do Governo da RAEM”, indicou.
Hoje Macau SociedadeMacau Water | Volume de água consumida baixou 25 por cento em 2020 A pandemia da covid-19 e a consequente quebra no número de turistas no território levou a uma redução do volume de água consumida na ordem dos 25 por cento o ano passado, aponta o relatório e contas da Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau (Macau Water) publicado ontem em Boletim Oficial (BO). Este número representa uma “redução anual de 8 por cento ou 93 milhões de metros cúbicos de bombagem anual” em relação a 2019, o que constituiu “um desafio imprevisto”. Ainda assim, a concessionária acredita que conseguiu “cumprir as obrigações ao longo do ano passado ao assegurar a estabilidade no abastecimento de água, mesmo sob a conjuntura adversa da pandemia”. Em 2020 foi também concluída a construção da Estação de Tratamento de Água de Seac Pai Van “com sucesso”. Esta infra-estrutura “irá permitir uma distribuição de água ainda mais abrangente em Macau baseada na complementaridade entre os sistemas do Norte e Sul, contribuindo para garantia e reforço da segurança no abastecimento de água na região”, aponta a empresa.
Hoje Macau China / ÁsiaChina admite que protecções de material nuclear rebentaram em central perto de Macau A China admitiu hoje que cinco barras combustíveis rebentaram na central nuclear de Taishan, próximo de Macau e de Hong Kong, mas negou qualquer fuga de radioatividade, depois de o incidente ter gerado preocupação. O nível de radiação aumentou dentro do reator nº 1 da central nuclear de Taishan, na província de Guangdong, sudeste da China, mas foi contido por barreiras que funcionaram conforme o planeado, explicou o ministério da Ecologia e do Ambiente da China, em comunicado. As autoridades de Macau e Hong Kong disseram na terça-feira que os níveis de radiação registados nas regiões eram normais. Hong Kong pediu detalhes às autoridades de Guangdong, depois de o coproprietário francês da central nuclear ter relatado, na segunda-feira, um aumento de “gases nobres” no reator. Especialistas disseram que as barras de combustível (as primeiras barreiras para impedir saída de material radioativo para o ambiente) rebentaram e deixaram escapar gás radioativo produzido durante a fissão nuclear. Gases nobres como xenónio e criptónio são subprodutos da fissão, tal como as partículas de césio, estrôncio e outros elementos radioativos. “Não há problema de derrame radioativo para o ambiente”, afirmou o ministério no comunicado, acrescentando que a radiação no reator aumentou, mas manteve-se dentro dos “níveis permitidos”. O envelope protetor de cerca de cinco das 60.000 barras de combustível do reator está danificado, disse o ministério. A mesma fonte avançou que os reguladores vão fiscalizar as medidas para controlar os níveis de radiação dentro do reator, mas não avançou detalhes. A central de Taishan, que começou a operar comercialmente em dezembro de 2018, é propriedade do China Guangdong Nuclear Power Group e da Electricite de France. O reator número 1 foi o primeiro EPR (Reator Pressurizado Europeu, na sigla em inglês) a entrar em serviço no mundo, enquanto o segundo está ativo desde setembro de 2019. Mais dois estão a ser construídos na Finlândia e em França. O ministério chinês negou uma notícia da estação televisiva norte-americana CNN que referia que os reguladores aumentaram o nível de radiação permitido fora da central nuclear para evitar que fosse desligada. O ministério disse que os reguladores analisaram um relatório sobre os níveis mais elevados de radiação no reator. A China é um dos maiores utilizadores de energia nuclear do mundo e está a construir mais reatores, numa altura em que poucos países planeiam ter novas instalações, já que o custo da energia solar, eólica e outras alternativas está a descer. A China tem 50 reatores operacionais e está a construir mais 18, de acordo com a Associação Nuclear Mundial.
Hoje Macau China / ÁsiaLíder da Coreia do Norte reconhece que país enfrenta “situação de tensão alimentar” O líder norte-coreano, Kim Jong-un, reconheceu que o país está a enfrentar uma “situação de tensão alimentar”, informaram hoje os meios de comunicação oficiais. O país, cuja economia é alvo de múltiplas sanções internacionais impostas em resposta aos programas nucleares e de mísseis, há muito que é atingido por graves carências alimentares. No ano passado, a pandemia da covid-19, bem como tufões e inundações, afetaram significativamente a economia. Numa reunião plenária do Comité Central do Partido dos Trabalhadores, no poder, o governante afirmou que a situação económica tinha melhorado, com a produção industrial a subir 2% em relação ao ano anterior, informou a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA. O líder reconheceu, contudo, que tinha encontrado uma “série de dificuldades” devido a “muitos desafios” pela frente. “A situação alimentar está agora tensa, uma vez que o setor agrícola não conseguiu cumprir o objetivo de produção de cereais devido aos danos causados pelos tufões no ano passado”, disse Kim. No verão de 2020, milhares de casas e terras agrícolas foram destruídas por tufões acompanhados por inundações. Kim pediu medidas para minimizar o impacto destas catástrofes naturais, dizendo que assegurar “boas colheitas” era uma “prioridade máxima”. Na reunião, foi discutida a “situação duradoura” da pandemia, de acordo com a KCNA. A Coreia do Norte foi um dos primeiros países a impor restrições sanitárias rigorosas, incluindo a decisão de fechar as fronteiras com a vizinha China, para impedir a propagação do novo coronavírus. O regime tem defendido que não foi atingido pela pandemia, algo que muitos especialistas duvidam. O comércio com Pequim, o principal apoiante económico e diplomático do regime, foi significativamente reduzido. O isolamento teve um custo económico elevado, ao ponto de Kim ter reconhecido em abril as dificuldades enfrentadas pelo país e apelado aos responsáveis norte-coreanos para “liderarem com uma nova e ainda mais dura ‘Marcha Forçada’ para ajudar o povo face às dificuldades”. A “Marcha Forçada” é o termo utilizado na Coreia do Norte para a fome dos anos 90 que resultou em centenas de milhares de mortos, na sequência da redução da ajuda de Moscovo após o colapso da União Soviética. É “muito provável” que a pandemia tenha “agravado” a situação humanitária no país, onde 10,6 milhões de pessoas precisam de ajuda, de acordo uma estimativa do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU.
Hoje Macau DesportoBahrein, de Hélio Sousa, goleou Hong Kong por 4-0 O Bahrein, treinado pelo português Hélio Sousa, despediu-se na terça-feira da fase de qualificação asiática para o Mundial de futebol de 2022 com uma vitória por 4-0 sobre Hong Kong, fechando o grupo C no terceiro lugar. Avançam no torneio o Irão e previsivelmente o Iraque, respetivamente primeiro e segundo do grupo, depois de os iranianos, na terça-feira, terem derrotado os seus ‘vizinhos’ por 1-0, num jogo em que o portista Taremi foi titular. O Irão ganha o grupo, com 18 pontos, mais um que o Iraque e três que o Bahrein. Para a terceira fase da qualificação asiática seguem diretamente os iranianos, enquanto os iraquianos ficam muito próximos de passarem como um dos quatro melhores segundos classificados, sendo que ainda há grupos por fechar. Em Riffa, foi fácil a goleada dos comandados de Hélio Sousa, com golos de Dhiya (49), Sayed Hashim (54, de grande penalidade e 70) e Abdullatif (90, de grande penalidade). O Qatar vai receber em 2022 o primeiro Mundial a disputar no Médio Oriente, a partir de 21 de novembro, enquanto a final está prevista para 18 de dezembro. O torneio será disputado em 28 dias, em vez dos 32 em que decorreu o Mundial da Rússia, em 2018, para minimizar a interrupção da temporada europeia.
Hoje Macau China / ÁsiaChina envia esta semana primeiros astronautas para a sua nova estação espacial A China planeia enviar na quinta-feira os três primeiros membros de uma tripulação para a nova estação espacial construída pelo país, revelou hoje a agência espacial chinesa. Dois dos astronautas participaram em missões anteriores, enquanto o terceiro vai para o espaço pela primeira vez, revelou aos jornalistas o diretor assistente da Agência Espacial Tripulada da China, Ji Qiming, no Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, no noroeste da China. A secção principal da estação Tianhe, ou Harmonia Celestial, foi lançada em órbita em 29 de abril. Os três homens que vão partir para a estação espacial na quinta-feira planeiam permanecer por um período de três meses, para realizarem caminhadas no espaço, trabalho de manutenção e experiências científicas. Os astronautas vão viajar na nave Shenzhou-12, lançada pelo foguete Longa Marcha-2F Y12. Trata-se da terceira de 11 missões planeadas até ao final do próximo ano pela China, para construir e manter a estação espacial e enviar tripulantes e suprimentos. Os outros dois módulos da estação devem ser lançados no próximo ano. Trata-se da primeira missão chinesa tripulada em cinco anos. A China enviou 11 astronautas para o espaço desde que se tornou o terceiro país a fazê-lo, em 2003. Todos eles eram pilotos do Exército de Libertação Popular, o braço militar do Partido Comunista Chinês. Embora a primeira tripulação do Tianhe seja toda masculina, as mulheres vão integrar futuras tripulações, disseram as autoridades. O Tianhe baseia-se na experiência adquirida pela China ao operar duas estações espaciais experimentais no início do seu programa espacial. Astronautas chineses passaram 33 dias na segunda das estações anteriores, realizaram uma caminhada no espaço e deram aulas de ciência que foram transmitidas para estudantes de todo o país. A China pousou uma sonda, a Tianwen-1, em Marte, no mês passado, que transportava um ‘rover’, um veículo de exploração espacial. Nos últimos anos, a China também trouxe de volta amostras lunares, as primeiras do programa espacial de qualquer país desde os anos 1970, e pousou uma sonda e um ‘rover’ no lado oculto da lua. Pequim não participa da Estação Espacial Internacional, em grande parte devido às preocupações dos EUA com a opacidade do programa chinês e às suas relações com as Forças Armadas. Espera-se que missões científicas estrangeiras e possivelmente astronautas estrangeiros visitem a estação chinesa no futuro. Depois de concluído, o Tianhe vai permitir estadias de até seis meses, semelhante à muito maior Estação Espacial Internacional. A estação chinesa deverá ter uma durabilidade de 15 anos, enquanto a Estação Espacial Internacional está a chegar ao fim do seu período útil.
Hoje Macau China / ÁsiaJunta militar do Myanmar critica posição de países do G7 contra golpe de Estado A junta militar de Myanmar (antiga Birmânia) criticou a posição dos países do G7 contra o golpe militar, qualificando-a de “parcial” e assegurou que “se baseia em informações fabricadas”, noticiou hoje a imprensa oficial. Os líderes políticos do G7, reunidos em Londres, no domingo, “condenaram veementemente” a tomada do poder pelo exército birmanês e a subsequente violência das forças de segurança contra a população civil, e apelaram para a “libertação imediata” de todos os detidos, incluindo a líder deposta, Aung San Suu Kyi. O Ministério dos Negócios Estrangeiros birmanês, por seu lado, afirmou que “os desenvolvimentos políticos internos (…) baseiam-se em “informação fabricada e tendenciosa de fontes não verificadas”, noticiou o diário pró-governamental The Global New Light of Myanmar. A junta militar afirmou que “é errado” falar de um golpe de Estado militar quando o exército “assumiu responsabilidades estatais” através de um mecanismo que consta da Constituição de 2008. “O Exército e quem aplica a lei desempenham as funções estritamente dentro do quadro legislativo e regulamentos existentes. Em ocasiões em que o uso da força é necessário, as forças de segurança exercem uma utilização de máxima contenção para garantir a segurança pública”, observaram. Mais de quatro meses após a revolta que pôs fim à jovem democracia em Myanmar, o exército não conseguiu tomar o controlo de todo o país, apesar da repressão contra a oposição ao domínio militar. As forças de segurança dispararam a matar sobre manifestantes pacíficos que exigiam a restauração da democracia e a libertação dos líderes eleitos. Pelo menos 864 pessoas foram mortas na violência desencadeada pelas forças de segurança, de acordo com os dados da Associação para a Assistência aos Presos Políticos. Alguns dos manifestantes decidiram pegar em armas contra o exército, cansados do pouco progresso dos protestos pacíficos. O exército birmanês justificou o golpe com uma alegada fraude eleitoral nas eleições de novembro, que o partido liderado por Suu Kyi venceu, tal como em 2015. Observadores internacionais consideraram o escrutínio legítimo.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China soma 21 novos casos, todos oriundos do exterior A Comissão de Saúde da China anunciou hoje que foram diagnosticados 21 casos do novo coronavírus, nas últimas 24 horas, todos oriundos do exterior. As autoridades não relataram nenhum novo caso local na província de Guangdong, que registou um surto que resultou em mais de uma centena de infeções desde 21 de maio. Os 21 casos foram detetados em viajantes oriundos do exterior na cidade de Xangai (leste) e nas províncias de Sichuan (centro), Jiangsu (leste) e Guangdong (sudeste). As autoridades de saúde também informaram hoje sobre a deteção de 36 novas infeções assintomáticas, todas importadas, embora Pequim não as inclua como casos confirmados, a menos que manifestem sintomas. A Comissão Nacional de Saúde detalhou que, até à última meia-noite local, 17 pacientes tiveram alta, após superarem com sucesso a doença. O número total de infetados ativos na China continental fixou-se assim em 487, entre os quais 14 encontram-se em estado grave. Desde o início da pandemia, 91.492 pessoas ficaram infetadas na China, tendo morrido 4.636 doentes. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.813.994 mortos no mundo, resultantes de mais de 176,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Hoje Macau China / ÁsiaMorreu investidor que ficou conhecido como “Primeiro Accionista da China” Um antigo operário fabril que ficou conhecido como o “Primeiro Accionista da China”, depois de acumular uma fortuna a negociar nos incipientes mercados financeiros do país a partir da década de 1980, morreu no domingo, segundo a imprensa local. Yang Huaiding morreu com 71 anos, segundo o jornal estatal Securities Times e outras publicações da área financeira, que citaram uma declaração da sua família. Yang pediu demissão do armazém de uma fábrica em Xangai, a “capital” económica do país, em 1988, e usou as suas poupanças de 20.000 yuan para comprar e vender obrigações emitidas pelo Estado chinês, depois de o Partido Comunista ter permitido a transferência de propriedade, como parte das reformas económicas orientadas para o mercado. Yang tornou-se conhecido publicamente depois de pedir à polícia que o protegesse enquanto carregava caixas de dinheiro e títulos entre províncias. Foi então apelidado de “Yang Milhão”, depois de ganhar um milhão de yuans (165.000 euros, na época), no espaço de um ano. No início da década de 1990, Yang aumentou a sua fortuna ao negociar nas recém-abertas bolsas chinesas. A imprensa escreveu que o último grande feito de Yang foi em 2008, quando previu correctamente a queda dos preços das acções, que gerou a crise financeira global. Yang tornou-se a primeira pessoa na China a contratar um guarda-costas e um advogado particular e a processar uma companhia de valores mobiliários, de acordo com o Securities Times. O mesmo jornal escreveu que Yang foi o primeiro particular a actuar como consultor de bancos e autoridades fiscais. “Como uma das testemunhas da ‘era do despertar’ do mercado de valores mobiliários da China, a sua morte é lamentável”, descreveu o jornal.
Hoje Macau EventosFRC | Obra de André Lévy sobre literatura chinesa apresentada hoje A Fundação Rui Cunha (FRC) acolhe hoje a apresentação do livro “A Literatura Chinesa Antiga e Clássica”, uma obra de André Lévy, traduzida por Raul Pissarra e da editora Livros do Meio. A apresentação decorre pelas 18h30, e conta com a participação de Raul Pissarra, Yao Jingming e Carlos Morais José. “O livro de André Lévy proporciona-nos uma fundamental introdução a uma literatura, cuja influência é patente no Oriente, que urge ser descoberta e entendida pelos falantes de língua portuguesa”, descreve a FRC em comunicado. A obra parte das origens da literatura chinesa e acompanha o seu percurso até aos primeiros anos do século XX. “Pelo caminho, encontramos alguns dos mais belos textos que a humanidade produziu, pela pena de escritores de excelência, reflexos de uma civilização complexa, de uma História acidentada e de uma cultura caracterizada pela sua profundidade e erudição”, acrescenta a nota. A entrada no evento é livre, com limitações de capacidade.
Hoje Macau DesportoEuro 2020 | Espanha empata com Suécia em jogo marcado pelas oportunidades falhadas Em jogo de estreia frente à Suécia, os espanhóis deixaram a pontaria em casa, desperdiçando uma mão cheia de oportunidades de golo. Espanha é um dos candidatos a conquistar o Euro 2020, tendo pela frente uma fase de grupos teoricamente fácil. Mas o futebol não é uma ciência exacta e apresenta muitas surpresas e variáveis. A Suécia não apresentou muitos argumentos ofensivos, mas foi capaz de segurar o nulo frente a uma selecção espanhola cheia de talento Por Martim Silva O favoritismo não ganha jogos. Espanha provou deste lema ao empatar com a Suécia a zero, na passada meia-noite, em Sevilha, a contar para o Grupo E do Euro 2020. O palco era o Olimpico de La Cartuja, estádio onde José Mourinho sagrou-se pela primeira vez campeão europeu com o FC Porto em 2003, mas as condições do relvado não faziam jus ao nome Olimpico. A Espanha é das poucas selecções que mantém a mesma identidade ao longo de décadas. Muita posse de bola e boa reacção à perda da mesma. Mas esta equipa de Luis Enrique, seleccionador de La Roja, é mais previsível que os conjuntos espanhóis vencedores do Euro em 2008 e 2012. Já esta Suécia, sem Zlatan Ibrahimović, não tem também muitos argumentos para fazer mais do que se viu. A Espanha tinha bola, rodando-a de um lado para o outro, procurando espaço do lado contrário, mas a Suécia, sempre fechada no seu 4-4-2 em bloco baixo, não deixava grandes espaços por cobrir. E ainda assim a selecção espanhola criou chances de golo com o guarda-redes sueco, Robin Olsen, em grande plano. Apesar das oportunidades criadas na primeira parte, os espanhóis tinham movimentos ofensivos pouco adaptados à realidade do encontro. Desta maneira, a Suécia não sofria golos, mas também mal conseguia passar do seu meio-campo. Alexander Isak, um jovem sueco de 21 anos, foi o único ponto de luz na escuridão nórdica. O avançado da Real Sociedad mostrava-se ao jogo como ninguém e foi o único protagonista ofensivo da selecção orientada por Janne Andersson. Isak foi quem mais trabalho deu a Aymeric Laporte, defesa central que se estreou em competições oficiais ao serviço de Espanha. Outra estreia marcante para os espanhóis foi a de Pedri González, jogador do Barcelona de apenas 18 anos, que frente à Suécia formou uma parceria letal com Jordi Alba, lateral esquerdo. Mas a primeira parte viu ainda Álvaro Morata, avançado espanhol da Juventus, falhar, novamente, um golo onde só tinha pela frente o guarda-redes. A inépcia de Morata em frente à baliza é chocante, e este tema é recorrente desde que se transferiu do Real Madrid para o Chelsea em 2017. Dani Olmo e Koke foram também responsáveis por não concretizarem as respectivas oportunidades de golo. Mais do mesmo A segunda parte foi o espelho da primeira. A pressão espanhola era constante sempre que perdia a posse de bola, com os suecos a não serem capazes de se organizar ofensivamente. Porém, à medida que o tempo passava, o bloco baixo da Suécia começava a quebrar. A concentração mental e física dos suecos estava nos limites. As tabelas entre Jordi Alba, um lateral que é um autêntico extremo, e Pedri começavam a criar espaços na última linha dos nórdicos e as oportunidades começavam a aparecer. Com Gerard Moreno em campo e Morata no banco, a equipa rematava mais à baliza e com mais perigo. Robin Olsen foi posto à prova por Moreno, Alba e Pedri, tendo sido responsável por 5 defesas no total da partida. A Suécia depositou toda a sua esperança em Olsen nos últimos minutos da partida, visto não conseguir ter posse de bola alguma: Espanha teve 85% da posse de bola. Estando bem patente a incapacidade ofensiva sueca, notou-se a falta de Dejan Kulusevski, avançado sueco da Juventus, que estava indisponível para o jogo de ontem devido à covid-19. O jovem de 21 anos é o novo talento sueco, tendo sido aposta recorrente para jogar ao lado de Cristiano Ronaldo na Vecchia Signora. Os talentos suecos estão todos no ataque. Emil Forsberg, Isak e Kulusevski são as peças fundamentais de uma selecção minada com falta de talento. Apesar de tanta adversidade, a Suécia foi capaz de não sofrer golos contra um dos favoritos a vencer este Euro. Espanha tem um seleccionador melhor, jogadores melhores e uma cultura vencedora superior e não foi além do nulo. Isto não é nada de novo em competições internacionais. O Euro, e o Mundial, são palcos representativos de oportunidades únicas para treinadores e jogadores mostrarem o seu valor. Não há equipas a jogar a meio gás, sendo cada vez mais difícil dominar por completo mesmo os adversários, teoricamente, mais fracos. Com isto em mente, o novo líder do Grupo E, onde Espanha perfila, é agora a selecção da Eslováquia, provando a velha afirmação de João Pinto de que prognósticos só no fim do jogo. Eslováquia vence Polónia por 2-1 em jogo disputado Em jogo de estreia do Grupo E do Euro 2020, Polónia e Eslováquia deram um espectáculo que poucos esperavam. A Polónia, orientada pelo português Paulo Sousa, começou a primeira parte a dominar e a tentar criar ligações exteriores para depois efectuar movimentos de ataque à profundidade, mas a Eslováquia manteve-se concentrada. Quando recuperava a posse de bola, contra-atacava usando Ondrej Duda e Marek Hamsik como elos de ligação para libertar os alas Robert Mak e Lukas Haraslin. E ao minuto 18, o próprio Mak através de uma jogada individual, onde ultrapassa dois adversários, remata ao poste da baliza de Wojciech Szczesny mas a bola bate nas costas do guarda-redes da Juventus, entrando. Szczesny tornou-se no primeiro guarda-redes a marcar um golo na própria baliza na história do Euro. O autogolo premiou o plano estratégico irrepreensível de Stefan Tarkovic, seleccionador eslovaco, na primeira parte. Golpe fatal Se nos primeiros 45 minutos o plano de Paulo Sousa não resultou, foram apenas necessários os 15 minutos de intervalo para o ataque polaco começar a ter mais fluidez. As ligações eram mais recorrentes e funcionavam com outra regularidade, levando a Polónia a marcar logo ao minuto 46 por Karol Linetty. Contudo, a mostragem do segundo cartão amarelo, e subsequente expulsão, ao minuto 62 a Grzegorz Krychowiak ditou o fim de uma segunda parte promissora. Imediatamente após a expulsão do médio polaco, a Eslováquia, através do central Milan Skriniar adianta-se no marcador. O defesa fez aquilo que Robert Lewandowski não conseguiu fazer durante a partida inteira: golo. A Eslováquia não é uma selecção muito competente em organização ofensiva, mas consegue ser compacta em bloco baixo, tendo jogadores mais do que capazes para criar perigo na área adversária. Hamsik tem 33 anos e Duda 26 anos e ambos foram dos melhores em campo. Por vezes, a idade não é um mau trunfo. Patrick Schik bate recorde de 41 anos com golo do meio-campo A primeira parte do jogo entre Escócia e República Checa, correspondente ao Grupo D do Euro 2020, foi um típico jogo inglês. Muita bola longa, muitos duelos aéreos e pouca bola rente ao chão. A organização ofensiva de Escócia e República Checa roçou o rudimentar. A principal fonte de ataque escocesa residia nos pés de Andy Robertson, jogador do Liverpool, que se limitava a bombardear bolas para a área sem grande estratégia. A República Checa pouco fez também, mas saiu para o intervalo por cima, com um golo de cabeça de Patrik Schik aos 42 minutos. A Schik já voltamos mais adiante. Contudo, e após uma primeira parte murcha, o segundo tempo mudou de feição, trazendo mais oportunidades de golos, especialmente para a Escócia. Houve um remate à trave e duas oportunidades de golo que levaram o guardião checo, Tomas Vaclík, a defesas impressionantes. Mas a Escócia sempre com uma organização ofensiva incapaz de solucionar os diversos problemas que a defesa checa lhe colocava. Ryan Gauld, jogador escocês do Farense, foi dos jogadores que mais oportunidades flagrantes criou na Liga NOS na época 2020/2021, e teria sido uma ajuda bem-vinda a esta selecção. A juntar ao desperdício da Escócia, veio o momento alto da partida e talvez do Euro. Ao minuto 52, Patrik Schik volta a marcar. Um golo do meio-campo com uma curva notável que bateu o recorde de distância de um golo na história do Euro. O recorde perdurava desde 1980 e o remate do ponta de lança checo percorreu 45.4 metros até chegar à baliza do guarda-redes, David Marshall. É talvez o golo da competição e com este estrondo, Schik junta-se a Lukaku na lista dos melhores marcadores do Euro e a República Checa sobe ao 1.º lugar do Grupo D.
Hoje Macau SociedadePJ | Detido casal que cultivou planta de canábis em casa A Polícia Judiciária (PJ) deteve ontem uma residente de Macau, de 29 anos, e um de Taiwan, de 35, por cultivo em casa de uma planta de canábis, com altura de um metro. O casal tinha em casa uma estufa pequena com a planta de canábis, que a polícia apreendeu, bem como óleos de canábis, utensílios para fumar e uma balança electrónica, disse um responsável da PJ, em conferência de imprensa. Durante o interrogatório, o suspeito, que trabalhava como relações públicas de um casino, confessou ter comprado, há cerca de dois meses, dez sementes de canábis a um desconhecido por 1.500 patacas numa discoteca do território, tendo depois adquirido ‘online’ equipamento de cultivo. Os dois foram presentes ao Ministério Público acusados de produção, de tráfico e de consumo ilícitos de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas, bem como de detenção indevida de utensílio ou equipamento.