Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping pronto para elevar para “novo nível” relações com Alemanha de Scholz O Presidente chinês, Xi Jinping, felicitou hoje o novo chanceler alemão, Olaf Scholz, e indicou que a China está “pronta” para elevar para um “novo nível” as relações com a Alemanha. As relações sino-alemãs estiveram geralmente em bom plano nos últimos 16 anos, ao contrário das relações de Pequim com outros países europeus, que foram tensas como com a França, Reino Unido ou recentemente a Lituânia. “A China está pronta para consolidar e aprofundar a confiança política mútua e expandir o intercâmbio e a cooperação com a Alemanha em vários campos”, disse Xi, citado pela New China Agency. No poder entre 2005 e 2021, a ex-chanceler Angela Merkel trabalhou sempre por uma reaproximação com a China, por causa do papel diplomático e económico essencial do gigante asiático e da importância do mercado chinês para a indústria alemã. A rapidez de Xi Jinping em felicitar o novo chanceler alemão contrasta com o tratamento recebido pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Num cenário de tensões com Washington, o Presidente chinês demorou mais de duas semanas para reagir à vitória de Biden nas presidenciais norte-americanas de 03 de novembro de 2020. Hoje de manhã, dois meses e meio após as eleições, Scholz foi eleito chanceler federal pelo Parlamento alemão (Bundestag), tendo, depois, seguido para a residência do Presidente Franz-Walter Steinmeier, onde recebeu o “ato de nomeação”, regressando, posteriormente, ao Bundestag para prestar juramento como novo chefe do Governo alemão. Scholz, que assumiu a nona chancelaria desde o final da II Guerra Mundial, sucede no cargo à conservadora Angela Merkel, que passa o poder após 16 anos no executivo germânico e de quem foi vice-chanceler e ministro das Finanças na sua última grande coligação. O novo chanceler eleito, 63 anos, recebeu 395 votos. A coligação de três partidos – sociais-democratas, verdes e liberais – detém 416 dos 734 assentos na câmara baixa do parlamento. O executivo de Scholz assume grandes esperanças em modernizar a Alemanha e no combate às alterações climáticas, mas enfrenta o desafio imediato de lidar com a fase mais difícil do país, associada à pandemia do coronavírus.
Hoje Macau China / ÁsiaFacebook vai banir empresas controladas pela Junta Militar em Myanmar A “casa-mãe” do Facebook, Meta, anunciou hoje que vai banir todas as páginas e contas pertencentes a empresas apoiadas pelo exército birmanês, medida que acentua as restrições à Junta Militar no poder em Myanmar (ex-Birmânia). O exército birmanês tem vastos interesses comerciais em indústrias tão diversas como cerveja, tabaco, transporte, têxteis, turismo e finanças. Segundo ativistas e grupos de direitos humanos, essas indústrias estão a financiar as ações de repressão e de abusos muito antes do golpe militar de 01 de fevereiro, quando a Junta Militar derrubou o regime civil de Aung San Suu Kyi. No final de fevereiro, o Facebook apagou todas as contas vinculadas aos militares, justificando a decisão pelos apelos da Junta Militar ao uso da força contra os opositores do golpe. A empresa também removeu a publicidade de empresas relacionadas com militares nas suas plataformas. Agora a Meta “também vai remover páginas, grupos e contas que representam empresas controladas por militares”, disse o grupo, num comunicado divulgado terça-feira. A decisão, prossegue o comunicado, é baseada “numa extensa documentação” da comunidade internacional sobre o “papel direto das empresas no financiamento da violência contínua e das violações dos direitos humanos” pelos militares em Myanmar. A Meta referiu-se sobretudo ao relatório de uma missão de investigação da ONU sobre os interesses económicos dos militares como “base” para tomar a decisão, acrescentou o grupo. As páginas das empresas Myawaddy Trading Ltd, Myawaddy Bank e Myanma Beer, citadas no relatório de 2019, estavam hoje inacessíveis, assim como a de uma produtora de filmes, apontada como pertencente à filha do líder da Junta, Min Aung Hlaing. Questionado pela agência noticiosa France-Presse (AFP) sobre o tempo necessário para bloquear todas as páginas das empresas incriminadas, a Meta remeteu comentários para mais tarde. O gigante norte-americano – a rede mais popular e influente em Myanmar, foi criticado pela falta de resposta aos apelos à violência, ligados aos massacres de rohingyas, uma minoria muçulmana perseguida, em Myanmar em 2017. Considerado um “genocídio” por investigadores da ONU, a violência provocou o êxodo de cerca de 740.000 rohingyas para o Bangladesh. Segunda-feira, um grupo organizado de refugiados rohingya apresentou uma queixa contra o Facebook, exigindo 150.000 milhões de dólares (132.630 milhões de euros) de indemnização, acusando a rede social de ter permitido que mensagens de ódio dirigidas a esta minoria étnica se propagassem na plataforma. A ação apresentada num tribunal na Califórnia (Estados Unidos), onde o Facebook tem a sede, o grupo refere que os algoritmos usados pelo gigante da tecnologia “fomentaram a desinformação e ideologias extremistas que resultaram em atos violentos no mundo real”. Sob pressão nos Estados Unidos e na Europa para lutar contra as informações falsas, especialmente sobre a epidemia de covid-19 e durante as eleições norte-americanas, o Facebook tem assinado parcerias com diversos meios de comunicação social com o objetivo de verificar publicações ‘online’ e remover as falsas.
Hoje Macau China / ÁsiaTribunal confirma condenação de ex-primeiro-ministro malaio a 12 anos de prisão Um tribunal malaio confirmou hoje a condenação do ex-primeiro-ministro Najib Razak à pena de 12 anos de prisão pelo saque do fundo de investimento estatal 1MDB, um escândalo que levou à queda do Governo em 2018. De acordo com a agência France-Presse (AFP), o tribunal rejeitou o recurso, apresentado mais de oito meses depois de um tribunal superior ter declarado Najib culpado de abuso de poder, violação criminal da confiança e branqueamento de dinheiro. “Confirmamos a condenação do Tribunal Superior em relação às sete acusações”, disse o juiz Abdul Karim Abdul Jalil, do tribunal de recurso de Putrajaya, capital administrativa daquele país do sudeste asiático. Primeiro líder malaio a ser condenado pela Justiça, o ex-chefe do Governo, de 68 anos, argumentou ter sido enganado por banqueiros e disse que este caso é político. A sentença foi parte do primeiro de vários julgamentos por corrupção contra Najib que estão ligados ao escândalo 1MDB (1 Malaysia Developmente Bank), o que desencadeou investigações nos Estados Unidos e em vários outros países. Investigadores norte-americanos alegaram que mais de 4,5 mil milhões de dólares (3,8 mil milhões de euros) foram roubados do 1MDB e branqueados por associados de Najib. Najib, que criou o fundo 1MDB pouco depois de ter assumido a chefia do Governo (2009-2018) malaio, tinha negado todas as irregularidades e a sentença foi suspensa a aguardar o recurso. Em julho do ano passado, antes da leitura da sentença, Najib afirmou desconhecer que 42 milhões de ringgit (8,5 milhões de euros) tinham sido canalizados para as suas contas bancárias da SRC International, uma antiga unidade do 1MDB. O juiz decidiu que o argumento de Najib, de ter sido enganado pelo financeiro malaio Jho Low para acreditar que o dinheiro fazia parte de uma doação da família real saudita, para evitar suspeitas sobre desvios do 1MDB, era rebuscado e fraco. Os investigadores identificaram Jho Low, em fuga e procurado pelas autoridades da Malásia e dos Estados Unidos há cinco anos, como mentor do saque do 1MDB. De acordo com uma reportagem publicada em novembro de 2020 pela cadeia de televisão do Qatar Al Jazeera, Low estará escondido em Macau desde 2018. Antes, em julho desse ano, o Governo de Macau tinha negado que Jho Low estivesse no território, de acordo com um comunicado do Gabinete do Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak. Consultor do fundo estatal da Malásia 1MDB, Low Taek Jho, também conhecido como Jho Low, é acusado de suborno e branqueamento de capitais. O antigo primeiro-ministro malaio poderá ainda apresentar recurso da decisão, e permanecer em liberdade até ao veredicto. A indignação da população malaia com este escândalo de corrupção levou em 2018 à derrota da coligação liderada por Najib Razak, à frente do Governo desde 2009.
Hoje Macau EventosExposição da BABEL sobre arquitectura e urbanismo de Macau na cidade do Porto Foi inaugurada, no passado dia 5, a exposição “In-between this and something else” na Galeria da Biodiversidade – Centro de Ciência Viva, no Porto, Portugal. Esta mostra pode ser vista até ao dia 15 de Janeiro e parte da obra “Macau. Diálogos sobre Arquitectura e Sociedade”, editado pela BABEL e Circo de Ideias em 2019. Este livro reúne um conjunto de entrevistas realizadas por Tiago Saldanha Quadros a Hendrik Tieben, Thomas Daniell, Mário Duque, Wang Weijen, Diogo Burnay, Jianfei Zhu, Jorge Figueira, Werner Breitung e Pedro Campos Costa. Margarida Saraiva, curadora e uma das fundadoras da BABEL, entrevista para este livro o artista Nuno Cera, que participa nesta edição com um ensaio visual. Esta publicação tenta traçar o retrato urbanístico de Macau em relação com as suas memórias e especificidades. Na exposição inaugurada no Porto o visitante é convidado a percorrer Macau através de fotografias e videos realizados por Nuno Cera, acompanhados por uma instalação sonora de Rui Farinha. Esta instalação foi feita a partir do som das entrevistas que constam no livro. Neste sentido, a exposição “In-between this and something else” inclui conteúdos físicos, sonoros e visuais que “aludem ao contexto de incerteza que paira sobre o futuro de Macau”, mas também “à mistura de estilos, à fantasia desenfreada, ao exotismo e à ousadia que caracterizam o seu tecido urbano”. Esta exposição foi produzida não apenas pela BABEL mas também pela ESAD-IDEA construído na confluência de utopias não só díspares como também talvez incompatíveis. A exposição propõe olhares reflexivos, criativos e subjectivos sobre os desafios que a vida urbana em Macau coloca enquanto lugar de experimentação. A exposição, produzida pela Babel – Organização Cultural e ESAD-IDEA [Escola Superior de Artes e Design, em Matosinhos], integra ainda um programa de conversas coordenado por Magda Seifert e Tomé Quadros. Estas conversas contam com a participação de José Bartolo e Pedro Campos Costa. O desenho de exposição é de Bernardo Amaral. Este projecto integra-se também no ciclo de cinema documental DESIGNAgorà, este ano dedicado ao tema Li(ea)ving Utopia.
Hoje Macau EventosInstituto Politécnico de Macau vence 5.ª edição do Concurso Mundial de Tradução chinês-português Uma equipa do Instituto Politécnico de Macau (IPM) venceu a quinta edição do concurso mundial de tradução chinês-português, entre 162 equipas de 40 universidades de todo o mundo, anunciou a organização esta terça-feira. Wang Ting, Li Yumeng e Xiao Ying do IPM ganharam o primeiro lugar do concurso geral, com a segunda posição a ser ocupada por Kam U Ho, Ieong Ian e Gong Shiyuan da Universidade de Estudos Internacionais de Xangai e a terceira por Lai Yueping, Zhang Wenwen e Gao Yishuo da Universidade de Aveiro, indicou, em comunicado, a Direção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) e o IPM, coorganizadores da iniciativa. Esta edição contou com a distinção dos dois primeiros lugares no Prémio especial para as equipas das instituições de ensino superior dos países de língua portuguesa e no Prémio especial para as equipas das instituições de ensino superior da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. Os vencedores foram Shen Man, Li Yangjie e Ma Chi Lam da Universidade de Coimbra, e Anna Pesce, Alexandre Bor Ho Lin e Edson Canela Pais da Silva do Instituto Confúcio para Negócios FAAP, primeiro e segundo lugares, respetivamente, no prémio especial para as equipas das instituições de ensino superior dos países lusófonos. O primeiro lugar do prémio especial para as equipas das instituições de ensino superior da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau foi para Zhai Jingwen, Jia Chenxu e Guo Yanzhi da Universidade de Macau, e o segundo para Chen Dong, Tan Hui e Lin Baoxia da Universidade Xinhua de Cantão. Esta iniciativa contou, desde 2017, com a participação de cerca de 800 equipas de alunos e professores orientadores, provenientes de Macau, da China e dos países e regiões lusófonas.
Hoje Macau EventosFCM | Livro “Seis reitores do Liceu de Macau” lançado em Lisboa Será lançado esta sexta-feira, na sede da Fundação Casa de Macau, em Lisboa, o livro “Seis reitores do Liceu de Macau”, da autoria de António Aresta. O evento acontece às 18h, tendo também transmissão online. A apresentação da obra estará a cargo de Celina Veiga de Oliveira. O livro foi lançado em Abril deste ano em Macau e traça as biografias dos primeiros seis reitores do antigo Liceu de Macau, fundado em 1894 e que teve como primeiro reitor José Gomes da Silva, militar e médico. Seguiu-se Manuel da Silva Mendes, Carlos Borges Delgado e os macaenses Énio da Conceição Ramalho e António Maria da Conceição. A obra termina no período em que Túlio Lopes Tomás esteve no cargo.
Hoje Macau China / ÁsiaIncêndio em central de energia térmica faz oito mortos na China Pelo menos oito trabalhadores morreram e cinco ficaram feridos num incêndio nas instalações de uma central de energia térmica chinesa, na província de Shaanxi, no centro da China, informaram as autoridades. Segundo as autoridades de Shouyang, citadas pela agência noticiosa estatal chinesa Xinhua, o incêndio deflagrou hoje à 01:36, tendo sido controlado três horas depois. A província de Shaanxi é uma das zonas mineiras mais importantes da China, e os acidentes industriais relacionados com o carvão são frequentes. Apesar dos planos de Pequim para eliminar progressivamente a produção de energia através de métodos poluentes como o carvão, o setor ainda representa cerca de 60% da produção total da China, com grande peso económico em províncias como Shaanxi e a Mongólia Interior. A escassez de energia provocada pelo custo elevado das matérias-primas, nos últimos meses, obrigou ao racionamento em alguns centros industriais na China e levou à reativação do setor, a fim de satisfazer a procura energética.
Hoje Macau China / ÁsiaAcções da Evergrande caem para mínimos desde 2010 As acções da construtora chinesa Evergrande caíram hoje para mínimos desde 2010, na bolsa de Hong Kong, após o anúncio do grupo de que poderá não conseguir pagar as dívidas. Pouco depois das 11:00, os títulos da Evergrande caíram 10,2%, com uma perda acumulada de 85,7% este ano. O gigante imobiliário chinês, com uma dívida de 310 mil milhões de dólares, avisou na sexta-feira que pode vir a não conseguir “cumprir as suas obrigações financeiras”. De imediato, os reguladores chineses garantiram que os mercados financeiros chineses podem ser protegidos de um grande impacto. Os economistas consideram baixa a probabilidade de uma crise nos mercados internacionais, mas bancos e obrigacionistas podem sofrer perdas pesadas, uma vez que os dirigentes de Pequim querem evitar o resgate da construtora. Em comunicado divulgado na sexta-feira na bolsa de Hong Kong, a Evergrande informou que, depois de analisar as suas finanças com consultores externos, “não há garantias de que o grupo tenha fundos suficientes para continuar a cumprir as suas obrigações financeiras”. Pouco tempo depois, os reguladores procuraram acalmar os investidores, assegurando que o sistema financeiro chinês é forte e que as taxas de incumprimento são baixas. Acrescentaram que muitos promotores imobiliários são financeiramente saudáveis e que Pequim vai continuar a deixar funcionar os mercados de crédito. “O risco de contágio dos eventos de risco do grupo no funcionamento estável do mercado de capitais é controlável”, asseverou a comissão reguladora do mercado de capitais chinesa, no seu portal na internet. O banco central e o banco regulador fizeram declarações semelhantes. Os dirigentes de Pequim aumentaram no último ano as restrições aos níveis de endividamento dos promotores imobiliários, procurando controlar a crescente dívida empresarial, vista como uma ameaça para a estabilidade económica. O Partido Comunista tem feito da redução dos riscos financeiros uma prioridade desde 2018. Em 2014, as autoridades autorizaram o primeiro incumprimento obrigacionista desde a revolução de 1949. As autoridades chinesas têm permitido incumprimentos de forma gradual, na esperança de forçar credores e investidores a serem mais disciplinados. Não obstante, o endividamento total de empresas, governo e famílias aumentou de cerca de 270% do Produto Interno Bruto de 2018 para cerca de 300% no ano passado, valores pouco vistos em economias de países com rendimentos médios. A Evergrande, o maior devedor da indústria da construção, tem uma dívida de dois biliões de yuans, na maioria devido a bancos domésticos e investidores em obrigações. Também deve 19 mil milhões de dólares a obrigacionistas estrangeiros. A companhia tem vendido ativos para pagar dívidas e anunciou planos para dar a alguns obrigacionistas apartamentos em projetos que está a construir. O presidente da Evergrande, Xu Jiayin, foi chamado na sexta-feira para uma reunião com dirigentes da sua província, Guangdong, informou o governo, em comunicado. Na nota, adiantava-se que uma equipa governamental iria ser enviada para a sede da Evergrande para ajudar a gerir o risco. Os problemas da Evergrande desencadearam alertas para a possibilidade de uma crise financeira no imobiliário – um setor que propulsionou o crescimento económico explosivo da China entre 1998 e 2008 — poder conduzir a problemas para os bancos e a um colapso súbito e politicamente perigoso do crescimento económico. O comunicado da Evergrande adianta que a empresa enfrenta solicitações para honrar um pagamento de 260 milhões de dólares. Se não for capaz de cumprir, previu, então outros credores podem vir a exigir o reembolso antecipado.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Tailândia regista primeiro caso de variante Ómicron As autoridades sanitárias da Tailândia anunciaram hoje que detetaram o primeiro caso da variante Ómicron do vírus SARS-CoV-2, num viajante dos Estados Unidos que chegou ao país num voo proveniente de Espanha. De acordo com a agência de notícias Efe, que cita o diretor-geral do Departamento de Ciências Médicas tailandês, o homem, de 35 anos, teve resultado positivo no teste realizado à chegada àquele país, em 30 de novembro, um diagnóstico confirmado por um novo teste, em 03 de dezembro. A Tailândia reabriu recentemente as fronteiras a estrangeiros, para tentar relançar o turismo e mitigar os danos económicos provocados por mais de ano e meio de portas fechadas aos viajantes, para combater a pandemia de covid-19. O país diagnosticou 2,14 milhões de casos desde o início da pandemia, tendo registado 5.300 mortes. Cerca de 60% da população tem a vacinação completa.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Amnistia Internacional denuncia “acusações falsas” para condenar Aung San Suu Kyi A Amnistia Internacional (AI) criticou hoje a condenação em Myanmar da líder deposta Aung San Suu Kyi a quatro anos de prisão, denunciando “acusações falsas” e acusando a junta militar de “sufocar as liberdades”. “As pesadas penas infligidas a Aung San Suu Kyi com base em acusações falsas são o mais recente exemplo da determinação dos militares em eliminar toda a oposição e sufocar as liberdades”, disse a organização de defesa dos direitos humanos, em comunicado. Aung San Suu Kyi foi hoje condenada por um tribunal especial em Myanmar (antiga Birmânia) a quatro anos de prisão, acusada de incitar à agitação popular e de violar regras sanitários da covid-19, disse um porta-voz da junta militar à agência de notícias France-Presse (AFP). “A decisão absurda e corrupta do tribunal faz parte de um padrão devastador de sanções arbitrárias”, acusou ainda o diretor-adjunto regional da AI, Ming Yu Hah, recordando que a repressão dos militares já fez mais de 1.300 mortos e levou à detenção de milhares de pessoas. Para Richard Horsey, do Grupo Internacional de Crise, um ‘think tank’ fundado em 1995 para prevenir conflitos, sediado em Bruxelas, as condenações “equivalem a vingança e a uma demonstração de poder pelos militares”. “Seria, no entanto, surpreendente se [Aung San Suu Kyi] fosse enviada para a prisão. É mais provável que cumpra esta pena e as seguintes na sua casa ou num alojamento fornecido pelo regime”, comentou à AFP o especialista em Myanmar. A líder deposta pelos militares, de 76 anos, “foi condenada a dois anos de prisão ao abrigo da secção 505(b) e a dois anos de prisão ao abrigo da Lei sobre Desastres Naturais”, disse Zaw Min Tun à AFP. O antigo Presidente Win Myint foi condenado à mesma pena, acrescentou, precisando que, para já, os dois ex-governantes não darão entrada na prisão. “Eles ainda têm de responder a outras acusações, a partir dos locais onde se encontram atualmente”, disse. Desde o golpe militar, em 01 de fevereiro, Aung San Suu Kyi tem sido alvo de várias acusações, incluindo importação ilegal de ‘walkie-talkies’, incitamento à corrupção, sedição e fraude eleitoral. A vencedora do Prémio Nobel da Paz em 1991 arrisca dezenas de anos de prisão se vier a ser condenada pelos crimes de que é acusada. Os jornalistas não podem assistir aos julgamentos do tribunal especial e os advogados de Suu Kyi foram proibidos de falar à imprensa. Desde o golpe de Estado que depôs Aung San Suu Kyi, o exército reprimiu violentamente as manifestações contra o regime, em ações que levaram à detenção de cerca de dez mil pessoas e à morte de pelo menos 1.300 civis, de acordo com a organização não-governamental Associação de Assistência aos Presos Políticos. Os militares justificaram o golpe por uma alegada fraude eleitoral nas eleições de novembro de 2020, ganhas por larga maioria pelo partido liderado por Aung San Suu Kyi, a Liga Nacional para a Democracia (NLD), apesar de o escrutínio ter sido considerado legítimo pelos observadores internacionais.
Hoje Macau SociedadeFórum de Macau lança guias de investimento para países lusófonos O Fórum de Macau lançou a primeira edição dos guias de investimento dos países de língua portuguesa para ajudar empresas chinesas e do território a investir e desenvolver a cooperação económica sino-lusófona. “Os novos Guias de Investimento visam fomentar o investimento e o comércio provenientes do sector empresarial do interior da China e Macau nos países de língua portuguesa, para que Macau possa exercer integralmente o seu papel de plataforma”, afirmou, na cerimónia de lançamento, o secretário-geral adjunto do Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau). Ding Tian disse que estes guias de investimento dos oito países lusófonos (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste), bilingues (chinês-português), contaram com a estreita colaboração dos delegados dos países no Fórum de Macau e as agências de promoção do investimento de cada país. Os guias, produzidos pela empresa local Macaulink com a colaboração da empresa portuguesa Ecospheres, apresentam “toda a informação actualizada (…) na óptica dos investidores chineses”, abrangendo “incentivos e benefícios” para diferentes sectores, “garantias e políticas preferenciais para os investidores”, em termos de lei, regulamentos e formalidades, bem como os “regimes fiscais relativos ao processo de investimento”, salientou. Caminhar em conjunto O Fórum de Macau vai continuar a explorar “novas áreas e novos modelos de cooperação entre a China e os países de língua portuguesa, enquanto mecanismo multilateral que visa promover a cooperação económica e comercial sino-lusófona, com benefícios recíprocos, para melhor responder, em conjunto, aos existentes desafios económicos globais”, sublinhou Ding Tian. À margem da cerimónia, o coordenador do Gabinete de Ligação e delegado de Cabo Verde junto do Secretariado Permanente do Fórum, Nuno Furtado, considerou que o guia sobre o seu país, além de fornecer informações práticas, contribui para um “maior conhecimento das oportunidades de investimento” em Cabo Verde, dotando os investidores chineses de “um instrumento de orientação fundamental”.
Hoje Macau China / ÁsiaPCC | Criticada Cimeira da Democracia virtual a realizar nos Estados Unidos A cimeira virtual arranca na quinta-feira e não conta com a participação de países como a China e a Rússia, entre outros O Partido Comunista da China criticou sábado a democracia norte-americana, censurando duramente a Cimeira da Democracia Global liderada pelo Presidente dos Estados Unidos, que decorre na próxima semana, e exaltando as virtudes do seu sistema de governo. Responsáveis do partido questionaram a capacidade de “um país polarizado que teve uma péssima resposta à [pandemia de] covid-19” dar lições a outros e consideraram que as tentativas de forçar os outros a copiar o modelo democrático ocidental estão “fadadas ao fracasso”. A pandemia expôs defeitos do sistema norte-americano, afirmou o vice-director do Gabinete de Pesquisa Política do Partido Comunista, Tian Peiyan, citado pela agência de notícias Associated Press (AP), que considerou que a culpa pelo grande número de mortes por covid-19 nos EUA é das disputas políticas e de um Governo dividido desde o nível mais alto até ao mais baixo. “Uma democracia assim não traz felicidade, mas sim desastre para os eleitores”, disse, numa conferência de imprensa para divulgar um relatório do Governo. Ao contrário de Taiwan, nem a China nem a Rússia estão entre os cerca de 110 governos que foram convidados para a “Cimeira da Democracia” virtual de Biden, que começa na quinta-feira e que pretende abordar o fortalecimento da democracia, o combate ao autoritarismo, a corrupção e os direitos humanos. As relações entre os EUA e a China continuam tensas, apesar de uma reunião virtual entre Biden e o líder chinês, Xi Jinping, realizada no mês passado. O Presidente norte-americano sublinhou repetidamente as diferenças para com a China na sua narrativa de que os EUA e os seus aliados demonstram que as democracias oferecem à humanidade um caminho melhor para o progresso do que as autocracias. Outros modelos O Partido Comunista governa a China desde 1949. Segundo garante, reflecte várias opiniões através de órgãos consultivos e comités eleitos a um nível municipal. O partido argumenta ainda que uma liderança central forte é necessária para manter a estabilidade de um país extenso que foi dilacerado por divisões e guerras ao longo dos séculos. “Num país tão grande, com 56 grupos étnicos e mais de 1,4 mil milhões de pessoas, se não houver liderança do partido… e nós adoptássemos a chamada democracia do Ocidente, seria fácil que as coisas se desorganizassem rapidamente”, considerou Tian. As recentes dificuldades enfrentadas por algumas democracias ocidentais deram aos líderes do Partido Comunista mais confiança no seu sistema, numa altura em que a China tenta solidificar o seu estatuto de potência global. A imprensa estatal costuma citar o caos da insurreição no Capitólio dos EUA após a última eleição presidencial, tendo sido ontem publicado que “o mundo está a enfrentar os desafios dos excessos da democracia”. As autoridades chinesas frequentemente acusam os EUA e outros países ocidentais de usar a democracia como disfarce para tentar reprimir a ascensão da China, uma acusação ecoada na conferência de imprensa de Xu Lin, o vice-ministro do departamento de propaganda do partido. “Os Estados Unidos autodenominam-se ‘líderes da democracia’ e organizam e manipulam a chamada Cimeira da Democracia”, disse, acrescentando que, “na verdade, isso destrói e prejudica os países com sistemas sociais e modelos de desenvolvimento diferentes”. Xu considerou anti-democrático que outros exijam que seja adoptada a sua forma de democracia, afirmando que os próprios têm altos e baixos nas suas histórias. “As suas formas de governar internamente são confusas, mas apontam o dedo e criticam outras democracias”, concluiu.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Índia confirma primeiros dois casos da variante Ómicron A Índia confirmou quinta-feira os seus primeiros dois casos da variante Ómicron do vírus SARS-CoV-2, recentemente detetada na África do Sul, em homens provenientes do estrangeiro no sul do estado de Karnataka. O Ministério da Saúde indiano não quis adiantar a origem dos dois infetados. De acordo com o secretário-adjunto, Lav Agarwal, todas as pessoas que estiveram em contacto com os dois homens foram identificadas e testadas. A Índia já classificou pelo menos 12 países “em risco” e seis em “risco muito elevado” face à ameaça da Ómicron. Alguns estados indianos emitiram diretrizes de restrição rígidas para chegadas internacionais, como medidas de precaução, incluindo testes à covid-19 obrigatórios para os oriundos da África do Sul, Botswana e Hong Kong. A covid-19 provocou pelo menos 5.223.072 mortes em todo o mundo, entre mais de 262,93 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Hoje Macau China / ÁsiaDidi troca bolsa de Nova Iorque por Hong Kong face a escrutínio das autoridades A empresa chinesa Didi Global disse hoje que vai sair da Bolsa de Valores de Nova Iorque e passar a ser negociada em Hong Kong. O comunicado, emitido pela empresa de serviços de transporte compartilhado Didi, o ‘Uber chinês’, de apenas uma frase, não avançou com uma explicação. As acções da empresa e outros grupos de tecnologia do país, incluindo o gigante do comércio eletrónico Alibaba Group, afundaram, depois de terem sido atingidos por medidas de segurança de dados e anti-monopólio. Os reguladores anunciaram, em julho passado, que intensificariam o escrutínio sobre empresas chinesas de tecnologia cotadas em bolsas estrangeiras. Nos últimos anos, os empresários do setor privado da China, que estão em grande parte excluídos do sistema financeiro estatal, acederam a milhares de milhões de dólares no exterior. Mas Pequim está agora a apertar o controlo sobre as operações no exterior e prometeu criar mais formas de arrecadarem dinheiro na China. “Após uma cuidadosa pesquisa, a empresa vai encerrar as operações na Bolsa de Valores de Nova Iorque, imediatamente, e iniciará os preparativos para ser listada em Hong Kong”, frisou o Didi. A Didi Chuxing, com sede em Pequim, arrecadou cerca de 4,4 mil milhões de dólares, na sua estreia na bolsa, em 30 de junho. Mas o preço das suas ações caiu 25% depois de os reguladores chineses terem anunciado que estavam a investigar a empresa. O regulador do ciberespaço da China disse anteriormente que detetou “violações graves” na forma como o Didi colectou e armazenou informações pessoais dos utilizadores, argumentando que a empresa devia “rectificar os problemas”, mas não avançou mais detalhes. As empresas chinesas começaram, há duas décadas, a emitir ações no exterior, mas os reguladores nunca clarificaram se as estruturas financeiras que usam para esse efeito estão de acordo com a lei da China, que veta de facto o acesso de capital estrangeiro a vários setores.
Hoje Macau China / ÁsiaJustiça filipina autoriza Maria Ressa a viajar para Oslo para receber o Prémio Nobel O Tribunal de Recurso das Filipinas permitiu hoje à jornalista Maria Ressa viajar para a Noruega para a cerimónia de entrega do Prémio Nobel da Paz em Oslo, a 10 de Dezembro. A decisão do tribunal permite a Ressa estar em Oslo durante cinco dias, de 08 a 13 de dezembro, informou o website Rappler, do qual ela é fundadora e diretora executiva. Ressa foi reconhecida com o Prémio Nobel da Paz de 2021, juntamente com o repórter russo Dmitry Muratov, pelos seus esforços “para salvaguardar a liberdade de expressão” nos seus respetivos países. A jornalista precisa da autorização dos tribunais para deixar o país, uma vez que está envolvida em vários processos judiciais nas Filipinas, na sequência das suas investigações sobre a guerra sangrenta contra a droga lançada em 2016 pelo Presidente filipino, Rodrigo Duterte. O Procurador-Geral das Filipinas, José Calida, apresentou há uma semana um recurso ao Tribunal de Recurso para que a jornalista pedisse autorização para viajar a Oslo para receber o prémio negado com o fundamento de que se tratava de “viagem de risco”. A ONU tinha instado o Governo filipino a autorizar Ressa a viajar para receber o Prémio Nobel da Paz. A jornalista, que enfrenta seis casos criminais por alegada evasão fiscal e violação das leis de propriedade dos meios de comunicação social, foi condenada em junho de 2020 por ‘ciberdefamação’ por um tribunal filipino. A jornalista enfrenta até seis anos de prisão por este caso, embora esteja atualmente sob recurso, uma pena que poderá ascender a várias décadas se for condenada pelas outras acusações financeiras. Ressa tem sido sujeita a uma campanha de perseguição judicial desde que começou a investigar a guerra de Duterte contra a droga e por causa da sua luta contra a desinformação e notícias falsas.
Hoje Macau Manchete PolíticaReforçada lei das escutas para responder a desafios tecnológicos e criminais O Conselho Executivo anunciou hoje que vai enviar para a Assembleia Legislativa a nova lei das escutas, com a qual pretende responder aos actuais desafios tecnológicos e criminais. A proposta do Governo é de realizar ajustamentos aos tipos e meios de crimes aplicáveis e de comunicações, bem como nos prazos da intercepção, deixando esta de ficar circunscrita à escuta telefónica, mas aplicável às telecomunicações em geral. Para o Governo, o actual regime, que vigora há mais de 24 anos, está desactualizado, sendo necessário responder ao desenvolvimento da tecnologia de comunicações e à complexidade crescente da actividade criminosa. O Governo garantiu que irá “manter o que está estipulado no vigente sistema da lei processual penal, segundo o qual a intercepção deve ser efectuada só mediante autorização ou ordem antecipada do juiz”. Além disso, “para garantir os direitos fundamentais da população, a presente proposta de lei regulamenta rigorosamente as formalidades das operações e a duração relativas à intercepção das comunicações”, sendo “expressamente estipulado que o pressuposto para a execução da interceção é que esta diligência de investigação seja indispensável para a descoberta da verdade”. Por outro lado, “são aditadas novas disposições nas quais está previsto que a intercepção é adoptada só em caso de não haver outra opção”. Com a nova lei vão ser igualmente “sanções penais específicas, sendo aplicadas sanções penais para o ato de violação do dever de sigilo através da revelação de informações a terceiros, e para a interceção das comunicações sem o despacho do juiz”. “Estes crimes são puníveis com pena de prisão até três anos ou com pena de multa”, acrescenta-se.
Hoje Macau Manchete PolíticaLAG 2022 | Plano director e novo hospital são prioridades do Governo O secretário para os Transportes e Obras Públicas anunciou hoje que o plano diretor da cidade, uma “meta prioritária” do Governo, estará concluído “em breve”, prevendo ainda a conclusão do novo Hospital das Ilhas em 2022. “Em breve estará cumprido um dos trabalhos mais importantes e necessários desta tutela, pelo qual há muito se aguardava e que, aliás, foi definido como uma meta prioritária quando assumi estas funções: dotar a cidade de um Plano Diretor, um instrumento fundamental de planeamento urbanístico”, disse Raimundo do Rosário, durante o debate setorial das Linhas de Acção Governativas (LAG) para 2022, na Assembleia Legislativa. A conclusão do plano permitirá iniciar “a elaboração dos planos de pormenor das diversas zonas, nomeadamente da Zona A, a maior das novas áreas urbanas planeadas”, que o Governo pretende “transformar numa área habitacional moderna”, e “levar a concurso público terrenos para a construção de habitação pelo setor privado”, sublinhou. O governante disse ainda que o novo Hospital das Ilhas, “outro dos trabalhos pelo qual a cidade também tem aguardado com muita expectativa”, deverá estar terminado até ao fim do próximo ano. “Até ao final de 2022, concluiremos a obra da estrutura principal do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas para que seja posteriormente equipado e mobilado”, esclareceu. Durante o discurso que fez perante os deputados, o governante recordou o impacto da pandemia no “dia-a-dia”, apontando que a secretaria que tutela reforçou “o investimento em obras públicas”, para “apoiar a revitalização da economia e melhorar a qualidade de vida da população”. Entre as principais obras previstas estão “a construção de habitação pública, da quarta ponte de ligação entre Macau e Taipa e a extensão da rede do metro ligeiro”, precisou. A “resolução das necessidades habitacionais” foi outra das prioridades apontada por Raimundo do Rosário, recordando que, para “dar resposta a quem mais precisa de um teto”, foram concluídas este ano 768 frações de habitação social e estão em construção “mais de 2.000”. “Vamos concluir a proposta de Lei da Habitação Intermédia no próximo ano e iniciar a obra da superestrutura do projeto de 1.800 residências para idosos no Lote P da Areia Preta, no qual serão utilizados módulos pré-fabricados, um método mais amigo do ambiente”, antecipou ainda. Raimundo do Rosário anunciou também a conclusão, no próximo ano, do Plano de Trânsito e Transportes Terrestres 2021-2030, e a continuação da “expansão da rede do metro ligeiro”. Na área dos transportes, o secretário disse ainda que, no próximo ano, prosseguirão “os trabalhos de construção da estação da Barra, das linhas de Hengqin e de Seac Pai Van, e de construção da quarta ponte Macau-Taipa, prevendo ainda lançar o concurso para a concepção e construção da Linha Leste, que fará a ligação entre a estação do Pac On, na Taipa, e as Portas do Cerco, através da Zona A”. “O túnel de Ká-Hó vai entrar em funcionamento a curto prazo e, em 2022, serão iniciadas as obras de transformação de parte do Terminal Marítimo da Taipa num segundo terminal do Aeroporto”, acrescentou. Para “incentivar a modernização e a digitalização do setor da construção civil” e “responder a preocupações ambientais”, o Governo introduziu também “a medição de trabalhos e materiais (QS) e a modelagem de informação da construção (BIM)”, apostando igualmente “na adoção de novos modelos de construção, nomeadamente de módulos pré-fabricados”, exigências a incluir “nos futuros concursos, sempre que possível”, disse o governante. “Na área da protecção ambiental, será também feita uma análise geral sobre a reciclagem em Macau para podermos otimizar a rede, concluiremos um plano de construção de instalações de água reciclada e da rede de esgotos e daremos continuidade aos trabalhos para a construção de uma nova estação de tratamento de águas residuais, na Ilha Artificial da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau”, concluiu. Leia mais pormenores do debate desta sexta-feira na edição impressa do HM de segunda-feira.
Hoje Macau China / ÁsiaImobiliário | Kaisa Group, da China, alerta para possibilidade de incumprimento no pagamento de dívida Uma construtora imobiliária chinesa alertou hoje para a possibilidade de não conseguir pagar um título de 400 milhões de dólares, que vence na próxima semana, aumentando os receios num setor que atravessa uma grave crise de liquidez na China. O Kaisa Group Holdings Ltd., que tem sede em Hong Kong, disse que tentou renegociar a dívida, que vence na próxima terça-feira, mas foram poucos os detentores de títulos que concordaram com os termos propostos pela empresa. “Não existe garantia de que a empresa vai ser capaz de cumprir as obrigações de reembolso”, informou a Kaisa, num comunicado divulgado pela Bolsa de Valores de Hong Kong. O grupo não informou se existe um período de carência, antes de entrar em incumprimento. Alguns construtores chineses estão a tentar reduzir a sua dívida depois de os reguladores terem imposto limites na alavancagem no setor. Isto alimenta receios sobre possíveis incumprimentos e turbulência nos mercados financeiros. Os investidores temem ainda que o grupo Evergrande, a construtora mais endividada do mundo falhe o pagamento das suas dívidas. Funcionários do banco popular da China (banco central) tentaram tranquilizar os investidores, ao afirmar que o sistema financeiro pode ser protegido dos problemas da Evergrande. Economistas dizem que Pequim pode intervir para garantir que há liquidez suficiente nos mercados de empréstimos, mas que quer evitar enviar o sinal errado ao proteger a Evergrande e outras construtoras. A Kaisa disse que vai analisar opções, incluindo a venda de ativos. A empresa afirma ter mais de 17.000 funcionários, 310 mil milhões de yuans em ativos e propriedades em mais de 50 cidades chinesas. Em outubro, uma outra construtora, de média dimensão, a Fantasia Holdings Group, anunciou que não conseguiu cumprir o pagamento de 205,7 milhões de dólares aos detentores de títulos.
Hoje Macau DesportoChina substitui selecionador devido às dificuldades no apuramento para o Mundial 2022 O treinador Li Tie deixou o comando técnico da seleção chinesa de futebol, sendo substituído por Li Xiaopeng, devido às dificuldades na qualificação para o Mundial2022. A decisão foi anunciada na quarta-feira, após os 14 dias de confinamento a que a seleção chinesa esteve votada, após a permanência nos Emirados Árabes Unidos, onde tem disputado como anfitrião os jogos de qualificação. Li Xiaopeng, de 46 anos, orientava a formação do Wuhan Zall, depois de ter comandado as equipas do Shandong Luneng, do Qingdao Jonoon e a seleção feminina. O antigo médio integrou a seleção que participou pela única vez na fase final de um campeonato do mundo, em 2002, quando não teve de enfrentar na qualificação as ‘potências’ Coreia do Sul e Japão, que asseguraram as suas presenças como anfitriãs da competição. A China ocupa, após seis jornadas, o quinto e penúltimo lugar do Grupo B de qualificação asiática, com cinco pontos, menos 11 do que a líder Arábia Saudita e menos sete do que o Japão. Qualificam-se diretamente para o Mundial2022, que vai ser disputado no Qatar, os dois primeiros de cada grupo, enquanto os terceiros colocados avançam para um ‘play-off’, que dá acesso à ronda de apuramento intercontinental, com o quinto classificado da CONMEBOL. Li Tie, de 44 anos, sucedeu em 2020 no comando da seleção chinesa ao italiano Marcello Lippi, um dos vários treinadores estrangeiros contratados no país nos últimos anos. Apesar dos apelos do Presidente do país, Xi Jinping, para que a China se torne uma superpotência do futebol, a seleção masculina atualmente ocupa a 74.ª posição do ‘ranking’ da FIFA.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Cidade chinesa oferece mais de mil euros a quem testar positivo Os residentes da cidade chinesa de Harbin que fizerem um teste de ácido nucléico para o coronavírus e acusarem positivo vão receber uma recompensa equivalente a 1.386 euros, anunciaram hoje as autoridades locais. Segundo os dados do Governo de Harbin, foram detetados hoje três casos de covid-19, relacionados com o surto na cidade de Manzhouli, na região vizinha da Mongólia Interior. A decisão das autoridades visa “bloquear os canais de transmissão do vírus”, ao estimular a população a fazer o teste. A medida atraiu a atenção nas redes sociais do país, com mais de 100 milhões de leituras na Weibo, semelhante ao Twitter. “Qual é o problema? Os cidadãos são incentivados a fazer o teste e a disseminação do vírus pode ser assim interrompida se o resultado for positivo”, apontou um internauta. Outros não entendem a campanha ou acham que o dinheiro poderia ser investido de outra forma: “fazer o teste é da responsabilidade de todos, por que deveriam de ser recompensados”, questionou outro. As autoridades de saúde da cidade também pediram à população que “evite viagens” e ordenaram o encerramento temporário de estabelecimentos com grande afluência de público, como balneários, discotecas, teatros ou cinemas. As farmácias vão ser proibidas de vender remédios para a tosse ou gripe e antibióticos e se o comprador apresentar “sintomas suspeitos”, como febre, o estabelecimento deve informar as autoridades, caso não queira enfrentar possíveis responsabilidades legais pela disseminação do vírus. A China mantém uma política de tolerância zero contra o vírus. As autoridades locais restringem a movimentação de pessoas e organizam testes em massa sempre que um caso é detetado. Segundo relatos da Comissão Nacional de Saúde da China, desde o início da pandemia, 98.897 pessoas foram infetadas no país, entre as quais 4.636 morreram.
Hoje Macau EventosFestival da Luz | Evento arranca este sábado com sete roteiros distintos Começa este sábado mais uma edição do Festival da Luz, desta vez com o tema “Viajantes de Marte”. O evento, organizado pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST), traz sete roteiros distintos em 17 locais do território, incluindo espectáculos de video mapping. Até ao dia 2 de Janeiro o público poderá ver diversos espectáculos de luz entre as 19h e as 22h, sendo que a última actividade de video mapping acontece às 21h50 em locais como o NAPE, Praia Grande, Nam Van ou zona norte, entre outros. Pela primeira vez, o Festival da Luz apresenta um espectáculo de video mapping no Centro de Ciência de Macau. Neste local será exibido o projecto “Sabor Original de Macau”, trazido por uma equipa oriunda de Changsha, uma das Cidades Criativas da UNESCO em Artes e Média. O programa inclui ainda a apresentação de espectáculos video mapping em outros três locais, nomeadamente “Nós”, no Largo do Pagode do Bazar e “Glid”, projecto de uma equipa criativa de Tóquio, que será exibido no Largo dos Bombeiros, na Taipa. O espectáculo “Em Pares”, de uma equipa de Macau, será exibido na Capela de São Francisco Xavier, em Coloane. Drones e Carnaval O cartaz do festival este ano traz ainda o evento comunitário “Arraial na Ervanário”, bem como diversas actividades interactivas, como um jogo com prémios para a captura de imagens com realidade aumentada. Os premiados têm a oportunidade de receber cupões electrónicos de lojas, podendo, através da plataforma dos cupões electrónicos, deslocar-se a lojas situadas nas proximidades para receberem prendas gratuitas ou descontos. Este sábado a cerimónia de abertura do festival tem lugar na marginal do Centro de Ciência de Macau, sendo que neste dia acontece também a iniciativa “Gala de Drones Brilha sobre Macau”, organizada pela primeira vez. Além disso, começa também no sábado a actividade “Carnaval da Luz”, inserida na série de actividades “Feira de Diversões para Desfrutar Macau”, organizada pela Associação sem Fronteira da Juventude de Macau e co-organizada pela DST.
Hoje Macau Manchete SociedadeHotelaria | Pré-abertura do The Karl Lagerfeld hoje no Grand Lisboa Palace O Karl Lagerfeld Hotel abre hoje ao público, ainda numa versão soft-opening, mas já revelando o cuidado e o requinte característico do homem que ressuscitou a casa Chanel. Os 271 quartos estão repletos de detalhes escolhidos ou concebidos pelo famoso designer O inconfundível imaginário visual de Karl Lagerfeld é uma constante no hotel com o seu nome, que tem hoje a pré-abertura, com a inauguração oficial a ter lugar algures durante o próximo ano. Situado numa das torres do Grand Lisboa Palace, a pérola do Cotai do grupo SJM, o The Karl Lagerfeld Hotel, o primeiro fashion hotel de Macau, começa hoje a receber visitantes, apesar de ser ainda em formato de pré-abertura. No lobby de entrada, é impossível escapar à elegância do balcão de check-in e à parede coberta por mais de um milhar de chaves, imagem inspirada no filme “The Grand Budapest Hotel”, de Wes Anderson, formando o padrão estilizado da silhueta do designer de moda, num degradê de vermelhos. O balcão é emoldurado por um padrão negro ladeado por um vaso de porcelana com 3,5 metros de altura, desenhado por Lagerfeld e feito à mão em Jingdezhen, na província de Jiangxi. Aliás, as porcelanas de estilo chinês são uma constante ao longo do hotel, reinventadas pelo criador de moda num estilo sofisticado e moderno, apesar do fabrico artesanal. O lado esquerdo do lobby é ocupado pelo The Book Lounge, espaço inspirado pela enorme biblioteca que Karl Lagerfeld tinha na sua casa de Paris. Aqui, a ideia é recriar os salões de chá franceses, com uma oferta de snacks normais com um toque de requinte. O ambiente evoca o savoir-vivre tipicamente francês. O design do lounge é centrado numa imensa estante de livros, contendo 4.000 exemplares reais escolhidos pelo designer. Subindo para os quartos, salta à vista que nada foi deixado ao acaso no The Karl Lagerfeld, inclusivamente no caminho para os elevadores e as ombreiras das portas. Cuidado pessoal Todos os 271 quartos estão imbuídos pelo estilo único do designer, em especial as divisórias circulares que separam as suites, inspiradas nas representações tradicionais chinesas dos portões lunares. A decoração invoca cerejeiras em flor, misturando com elegância e naturalidade elementos de art deco europeia e aspectos estilísticos da dinastia Ming, dando corpo à sensibilidade contemporânea e visão estética do estilista. Das cadeiras, à cabeceira da cama, passando pelas paredes, a sofisticação é a palavra de ordem. Outro trunfo do novo hotel é a piscina interior, um espaço que promove intimidade, com lotação limitada a 10 cadeirões e ocupação por tempo condicionada. Neste espaço, o olhar viaja automaticamente para a parede ornamentada com dois mosaicos que, em estilo art deco, representam uma mulher e o reflexo. Além da piscina interior, existe uma outra exterior que está disponível entre Abril e Novembro. Outro dos trunfos do The Karl Lagerfeld é o The Spa, onde o mármore preto e o mosaico dourado prevalecem esteticamente, num local onde o atendimento pessoal e a privacidade são as tónicas principais.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE chinês em Macau defende que uso da Cimeira pela Democracia para isolar China vai falhar O comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês em Macau considerou que a tentativa dos Estados Unidos de usar a Cimeira pela Democracia para “conter e isolar a China” vai terminar “num fracasso”. Num artigo enviado à Lusa, Liu Xianfa afirma que qualquer tentativa de “conter a China”, jogando a “‘carta de Taiwan’” ou de a ilha procurar a independência “confiando nos EUA” será “um beco sem saída”. A Cimeira pela Democracia vai acontecer em formato virtual, de 09 a 10 de dezembro, tendo Washington excluído a China e a Rússia, entre outros, e convidado 110 países e regiões, incluindo Taiwan, num gesto fortemente criticado por Pequim, que considera a ilha parte do seu território. Taiwan, para onde o exército nacionalista chinês fugiu após a derrota contra as tropas comunistas na guerra civil, em 1949, tem um governo autónomo desde então, embora a China considere a ilha uma província e defenda a reunificação. “Convidar a região de Taiwan para participar na Cimeira revela plenamente que os EUA utilizam a democracia como uma ferramenta para interferir nos assuntos internos e infringir a soberania de outros países para servir a sua própria agenda política”, sublinha. “A revitalização da nação chinesa e a reunificação do país são uma grande tendência, correspondendo ao desejo do povo”, escreve. Para o responsável, a Cimeira pela Democracia “é antidemocrática e pseudo democrática”, uma vez que, de cerca de 200 países e regiões, apenas “uma parte da comunidade internacional” vai participar. “O que o mundo de hoje precisa urgentemente não é uma chamada ‘Cimeira pela Democracia’, mas sim a união e a cooperação entre todos os países no sentido de responderem conjuntamente aos desafios globais, tais como a pandemia, mudanças climáticas, proliferação nuclear, terrorismo e segurança cibernética”, salienta. Mas os EUA, “uma grande potência que tem importantes responsabilidades para a comunidade internacional”, continuam a “reviver a mentalidade da Guerra-Fria”, dividindo o mundo em “campos democráticos” e “campos autoritários”. O diplomata chinês defende que “a comunidade internacional está convencida, em geral” que a “verdadeira intenção” dos EUA “é monopolizar o discurso democrático, promover o interesse geopolítico, incitar ao confronto e criar divisões”. Ao contrário, a China está comprometida em promover “a democratização das relações internacionais”, ao contrário dos EUA que, nas últimas décadas, têm “aproveitado a ‘democracia’ como ferramenta para fazer avançar a sua estratégia global e geopolítica (…) causando instabilidade política e desastres humanitários em muitos países”. Liu Xianfa salienta que “a política democrática socialista com características chinesas é amplamente apoiada pelo povo chinês (…), é a democracia socialista mais ampla, mais genuína e mais eficaz”, e rejeitou que a democracia seja “uma patente” de determinados países, lembrando que se trata de “um valor comum a toda a humanidade”. No sábado, os embaixadores da China e da Rússia em Washington, Qin Gang e Anatoly Antonov, respetivamente, tinham criticado a exclusão dos seus países da Cimeira pela Democracia, condenando a iniciativa própria de “uma mentalidade de Guerra Fria”, desenhada por um país que “não é elegível sequer para o estatuto” de país democrático.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Portugal, Suécia e Japão na lista de países de elevado risco de Hong Kong Portugal, Japão e Suécia vão juntar-se à lista de países de elevado risco para a covid-19 em vigor em Hong Kong, na sequência da deteção de casos com a variante Omícron, anunciou o governo. Os não-residentes de Hong Kong, que tenham estado mais de 21 dias naqueles países, não podem entrar na região administrativa especial chinesa, indicou o executivo liderado por Carrie Lam. Os residentes, que regressem de países do grupo A, têm de estar completamente vacinados e cumprir uma quarentena obrigatória de 21 dias num hotel designado pelas autoridades, acrescentou. O grupo A passa a incluir 48 países, como Angola, Brasil, Moçambique, Espanha, Países Baixos, Reino Unido e Estados Unidos, apesar de alguns ainda não terem registado quaisquer casos com a variante Omícron, de acordo com o governo de Hong Kong. Para quem chegar de países que identificaram uma transmissão local com a variante Omícron, ou dos casos “importados” de Hong Kong, têm de cumprir os primeiros sete dias no centro de quarentenas de Penny’s Bay. Na segunda-feira, Portugal detetou 13 casos da variante Omícron num clube de futebol e, no mesmo dia, a Suécia registou um primeiro caso, enquanto o Japão contabilizou um caso da variante Omícron, na terça-feira, o que levou as autoridades de Hong Kong a juntar as três nações ao grupo A de países de elevado risco para a covid-19, a partir de sexta-feira. O governo de Hong Kong, onde foram detetados até agora três infeções com a Omícron, afirmou que as políticas de saúde são “por agora” apropriadas, dado que os cientistas ainda não têm certezas sobre esta variante. “Vamos acompanhar os estudos para ver de que forma esta variante afeta as pessoas”, indicou a secretária para a Alimentação e Saúde, Sophia Chan, em declarações a uma emissora local. Desde o início da pandemia, Hong Kong registou 213 mortos e 12.437 casos de covid-19. A taxa de vacinação ronda atualmente os 70%.