Hoje Macau China / ÁsiaONU | China e África podem “liderar a revolução” das energias renováveis O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou ontem, em Pequim, que China e África podem “liderar a revolução das energias renováveis”. “O notável historial de desenvolvimento da China, em particular na erradicação da pobreza, é uma grande fonte de experiência e conhecimento”, afirmou Guterres, na abertura da cimeira do Fórum de Cooperação China-África, que se realiza na capital chinesa. “A parceria entre a China e África pode liderar a revolução das energias renováveis”, além de poder também “servir de catalisador para transições essenciais nos sistemas alimentares e na conectividade digital”, acrescentou o português. Além disso, continuou Guterres, “enquanto sede de algumas das economias mais dinâmicas do mundo, África pode maximizar o potencial do apoio da China em áreas que vão desde o comércio e a gestão de dados até às finanças e à tecnologia”. A cimeira, a maior reunião diplomática organizada em Pequim desde a pandemia de covid-19, junta mais de 50 líderes africanos até hoje na capital chinesa, segundo a imprensa estatal do país asiático. Em Pequim, encontram-se vários líderes de países africanos de língua portuguesa, nomeadamente o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, e o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva. “É tempo de corrigir certas injustiças históricas” em relação a África, referiu Guterres ainda durante o discurso. “É escandaloso, por exemplo, que o continente africano não tenha um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU”, afirmou.
Hoje Macau China / ÁsiaÁfrica | Pequim promete ajudar a criar um milhão de empregos até 2027 O Fórum de Cooperação China-África, que decorre em Pequim até esta-sexta feira, e que acolhe, além do secretário-geral da ONU, António Guterres, cerca de 50 governantes africanos, foi o palco para Xi Jinping anunciar o compromisso do país para com o continente africano, prometendo intensificar a cooperação e ajudar a criar um milhão de empregos nos próximos três anos O líder da China, Xi Jinping, prometeu ontem apoiar África com 360 mil milhões de yuan até 2027 e ajudar a criar um milhão de empregos no continente africano. Na abertura da cimeira do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), em Pequim, Xi prometeu ainda que o país irá investir pelo menos 70 mil milhões de yuan no bloco africano. Xi disse que o país está “pronto para aprofundar a cooperação” com o continente no domínio económico. As relações entre a China e África vivem o “melhor período da história”, assegurou. “A China e a África devem permanecer unidas e defender os seus direitos legítimos num momento em que o mundo está a passar por mudanças sem precedentes”, acrescentou o líder chinês. Xi anunciou 30 projectos de infraestruturas e renovou a promessa de aumentar as importações agrícolas de África, intenção que já tinha manifestado na edição anterior do FOCAC, em Dacar, em 2021. O dirigente enfatizou ainda que a China ajudará África a “promover a modernização ecológica, o desenvolvimento verde e a transição para a tecnologia de baixo carbono”. Xi disse também que a China vai doar mil milhões de yuan em ajuda militar a África, bem como dar formação a seis mil militares. A China é o maior parceiro comercial do continente africano, com o comércio bilateral a atingir 167,8 mil milhões de dólares na primeira metade do ano, de acordo com a imprensa oficial chinesa. No total, 50 líderes de países africanos e o secretário-geral da ONU, o português António Guterres, estão presentes na cimeira, de acordo com a imprensa chinesa. Uma lista que inclui o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, e o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva. Outras doações Na quarta-feira, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, anunciou durante uma reunião com Correia e Silva que a China vai doar 28,5 milhões de dólares a Cabo Verde. No âmbito da visita de Estado de seis dias que Nyusi está a efectuar ao país asiático, Moçambique assinou na quarta-feira um acordo que irá permitir exportar para a China feijão boer, macadâmia e castanha de caju. Fora da lista de presenças ficou o Presidente angolano, João Lourenço, apesar da China ser o maior credor do país africano e de Angola ser o maior parceiro económico chinês na África subsaariana. De acordo com a Universidade de Boston, Angola contabiliza mais de 45 mil milhões de dólares entre 2000 e 2022, em empréstimos e financiamentos da China para 258 projectos, principalmente na energia e transportes. Luanda está representada em Pequim pelo ministro dos negócios estrangeiros, Téte António. A cimeira, a maior reunião diplomática organizada na China desde a pandemia, termina hoje.
Hoje Macau PolíticaÁsia | Macau ganha prémio de Melhor Cidade de Convenções Macau repetiu o feito do ano passado e voltou a ganhar o prémio de Melhor Cidade de Convenções da Ásia, distinção atribuída na Cerimónia de Entrega de Prémios M&C Asia Stella Awards, num evento que se realizou no território na terça-feira e quarta-feira. Segundo um comunicado divulgado ontem pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento (IPIM), Macau ganhou devido às “condições corpóreas e incorpóreas de convenções e exposições, bem como pela sua competência de organização de exposições, que estão em articulação com os padrões internacionais e que continuam a ser aprimoradas”. O M&C Asia Stella Awards é um prémio para o sector de convenções e exposições, seleccionado por votação de figuras profissionais do sector, organizadores de convenções e exposições, trabalhadores profissionais e outras pessoas estreitamente relacionadas com o sector. O IPIM indica que a “conquista sucessiva pela RAEM do prémio de Melhor Cidade de Convenções da Ásia demonstra que a força de Macau no sector de convenções e exposições e as suas vantagens como plataforma internacional estão constantemente a ser consolidadas e reforçadas, tendo sido reconhecidas pela comunidade internacional”. No primeiro semestre deste ano, foram realizados 702 eventos de convenções e exposições em Macau, um aumento de 209 eventos, ou seja, mais de 42 por cento em relação ao mesmo período do ano passado.
Hoje Macau SociedadeEconomia | Conselheiro pede melhores acessos e transportes Melhorar os acessos entre as diferentes zonas da cidade. É esta a receita de Chan Ka Wa, membro do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da Zona Central, para promover a economia do território. Em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, Chan afirmou que abriram mais lojas na Rua da Felicidade, como parte dos projectos de revitalização do Governo, em parceria com as concessionárias do jogo. Todavia, Chan Ka Wa considerou que agora é necessário melhorar os acessos entre as diferentes zonas da cidade, para que os turistas possam consumir num número mais alargado de locais. O membro do conselho ligado à Associação dos Moradores defendeu também a revitalização do Porto Interior, perto da Ponte-Cais 16 e considerou que isso vai contribuir para promover a economia nas zonas próximas da Avenida Almeida Ribeiro. Mesmo assim, alertou o Governo para a necessidade de se conseguir lidar com o trânsito naquele ponto do teritório. Também ao canal chinês da Rádio Macau, Si Kun Hong, membro do Conselho do Planeamento Urbanístico (CPU), defendeu que face às mudanças nos padrões de consumo dos turistas, que o Governo deve rever os planos de desenvolvimento das diferentes zonas de Macau, e desenvolvê-las para destacar os seus traços característicos. Si considerou que, se as diferentes zonas apostarem nas suas características, aumenta a possibilidade de melhorar a experiência dos turistas e assim fazê-los a passar mais noites do território. Todavia, o membro do CPU destacou que se o Governo quer receber mais turistas, também tem de garantir que a rede de transportes tem capacidade para responder ao aumento dos utilizadores.
Hoje Macau VozesDireito de resposta – Grupo Wai Hung Holdings Limited Request for Correction and Apology Concerning Inaccuracies Related to Wai Hung Group Holdings Limited in light of right of response according to existing governing laws. I am writing on behalf of Wai Hung Group Holdings Limited, specifically addressing concerns regarding the article published by your newspaper on 2 September 2024, which discusses the recent auditor change and subsequent events involving our company. We believe that this article contains several inaccuracies that could mislead readers and unfairly tarnish the reputations of Ms. Rita Santos and Mr. Wu Chou Kit, among others associated with our company. The core inaccuracies we wish to address are as follows: 1.Misrepresentation of the Task Force’s Intentions and ActionsThe article states that the task force chaired by Ms. Rita Santos opposed the investigation recommended by Deloitte. This is a mischaracterization. The task force, after a thorough review, deemed a forensic investigation premature based on the information and context available at the time. This decision was made with professional prudence, not opposition to transparency or accountability. 2. Oversimplification of Complex IssuesThe article simplifies complex legal and financial issues into what could be perceived as intentional wrongdoing by individuals mentioned, without sufficient context or explanation of these complex processes. It is essential to understand that decisions were made in a nuanced business environment, which the article fails to convey adequately. 3. Allegations Without SubstantiationThe presentation of allegations as facts concerning the supposed violations of law related to foreign exchange controls is misleading. Such statements were part of ongoing discussions and investigations and were not established facts at the time of your report Clarification on Payment Transactions – It is crucial to highlight, as detailed in our prior communications and reinforced by findings from the independent forensic investigation, that no actual financial disbursements to the subcontractors have occurred. The reported Deposits, initially categorized under ‘Accounts Receivable’, were internally reclassified as ‘Prepayments’ in the company’s accounting records without an associated cash outflow. This reclassification involved purely internal accounting entries, as confirmed by the independent forensic examination. No funds were transferred out of the company’s bank accounts in relation to these Deposits, negating any actual payment transactions to the subcontractors. This accounting treatment has been thoroughly reviewed and substantiated by the Independent Forensic Accountant, ensuring full compliance with financial reporting standards and corporate governance practices. In light of the above, we respectfully request that your esteemed publication take the following actions immediately: -Issue a Formal Retraction: For the specific segments of the article that misrepresent the actions and intentions of Ms. Rita Santos and Mr. Wu Chou Kit. -Publish an Apology: We believe it is in the interest of fairness that an apology be extended to Ms. Rita Santos, Mr. Wu Chou Kit, and Wai Hung Group Holdings Limited for the potential harm done to their professional reputations and business operations. We trust that your newspaper values accuracy and fairness and will therefore address our concerns promptly. We are prepared to provide further details or documentation should you require them to facilitate a swift resolution to this matter. Thank you for your attention to this serious issue. We look forward to your prompt response and actions to rectify the inaccuracies reported and be published this whole letter. Yours sincerely,For and on behalfof Wai Hung Group Holdings Limited Wong Sze Lok – Company Secretary ——— Comentário à Carta Publicada O HM publica integralmente a carta que tem como remetente o Grupo Wai Hung por considerar que reforça vários dos aspectos relatados no artigo com o título “Suspeitas Públicas” que foi publicado a 2 de Setembro. O artigo do HM limitou-se a relatar o papel desempenhado por Rita Santos e Wu Chou Kit, tendo por base a informação prestada pelo próprio grupo Wai Hung à Bolsa de Hong Kong, a deontologia e as boas práticas jornalísticas. Numa “visão preliminar” o grupo de trabalho presidido por Rita Santos, que também era constituído pela Comissão de Auditoria, integrada por Wu Chou Kit, opôs-se à investigação independente das contas. A frase utilizada no artigo é uma passagem de um comunicado de 17 de Maio de 2022¡. Não há qualquer “descaracterização” das acções do grupo de trabalho nem das intenções, mais não seja porque estas intenções nunca são mencionadas no artigo. E se houvesse qualquer “descaracterização” das acções do grupo de trabalho, esta teria partido da comunicação do Grupo Wai Hung que nunca corrigiu o comunicado que enviou à Bolsa de Hong Kong e que o HM citou no artigo em questão. O artigo não faz considerações sobre se a decisão foi a correcta ou errada, limita-se a apresentar o relato das cartas escritas pela Wai Hung. O que se sabe, devido à informação divulgada pelo Grupo Wai Hung, é que nessa altura a Deloitte considerou que a decisão de não realizar uma auditoria independente era motivo para deixar de auditar as contas do grupo. Também mais tarde o Grupo Wai Hung teve de fazer uma investigação independente, a pedido do supervisor da bolsa de valores de Hong Kong, para assegurar que as suas acções poderiam voltar a ser transaccionadas. A carta acusa o jornal de ter feito uma simplificação excessiva que “pode transmitir a ideia que os indivíduos mencionados cometeram irregularidades de forma intencional”. Nunca é referido que Rita Santos ou Wu Chou Kit cometeram irregularidades nem que tiveram essa intenção. O HM apresenta factos numa sequência temporal. Não nos compete fazer considerações sobre a actuação das pessoas mencionadas. Sobre as acusações de “alegações sem fundamento”, o HM nunca escreveu que a lei do Interior da China sobre controlo de câmbio foi violada. O que consta no artigo são os avisos deixados pela Deloitte para essa possibilidade, e que, mais uma, vez foram relatados pelo próprio Grupo Wai Hung em comunicado à Bolsa de Hong Kong. Em relação aos pagamentos, em dois momentos do artigo consta que foram realizados, nas outras passagens são apresentados como parte da contabilidade. As duas menções não deveriam ter sido feitas, dado que a investigação das autoridades foca efectivamente os métodos de contabilidade da empresa. O HM lamenta a posição estranha, e pouco lógica, em que se encontra na sequência de ser acusado de cometer várias imprecisões, quando se limitou a reproduzir fielmente os relatos feitos pelo próprio grupo. Hoje Macau ¡- “The preliminary view of the Task Force, wich is agreed by the Company and the Audit Comitee, is that a forensic investigation is unnecessary and/or pre-mature since the Matter should be considered by looking at the contractual and pratical aspects in the practice of the constructor industry.”
Hoje Macau China / ÁsiaMais de 50 líderes africanos participam no Fórum de Cooperação China-África O Fórum para a Cooperação China-África arrancou ontem, em Pequim, com a presença de vários líderes do continente africano, num encontro em que a China vai procurar diversificar o comércio bilateral. Os encontros, realizados na segunda-feira entre o Presidente chinês, Xi Jinping, e homólogos africanos, foram marcados pelas promessas chinesas de investimento no continente, antecipando uma nova edição do Fórum para a Cooperação, um mecanismo de diálogo entre China e África, iniciado em Pequim, em 2000. Pelo menos 50 chefes de Estado e de governos africanos vão estar na capital chinesa, até sexta-feira, para participar no Fórum, indicou a diplomacia chinesa, sobre o encontro em que o lema é “dar as mãos para promover a modernização”. O fórum vai incluir uma cimeira empresarial, de acordo com a emissora estatal chinesa CCTV, terminando o evento com dois documentos, uma “declaração” e um “plano de acção” para orientar a cooperação China-África nos próximos três anos. Desde 2000, este fórum tem crescido em importância, tornando-se um evento prioritário que acolhe delegações de alto nível de todos os países africanos, com excepção de Esuatini, que mantém relações diplomáticas com Taiwan e não com a China. A segunda maior economia do mundo tem sido o maior parceiro comercial de África nos últimos 15 anos, com o volume de comércio a atingir um recorde de 282,1 mil milhões de dólares em 2023. No primeiro semestre deste ano, o comércio bilateral atingiu 167,8 mil milhões de dólares, de acordo com os meios de comunicação oficiais chineses. No continente africano, os empréstimos substanciais de Pequim permitiram a construção de numerosos projectos de infra-estruturas, como caminhos-de-ferro, portos e estradas. Procura e oferta Ao longo das duas últimas décadas, a China enviou centenas de milhares de trabalhadores e engenheiros para África para construir estes grandes projectos e obteve acesso privilegiado aos vastos recursos naturais africanos, nomeadamente cobre, ouro e lítio. No entanto, algumas vozes têm também criticado a estratégia do gigante asiático no continente pelas chamadas “armadilhas da dívida”, face à alegada utilização estratégica da dívida para tornar os países africanos cativos dos desejos e exigências de Pequim. O défice comercial de África com a China aumentou no ano passado para 64 mil milhões de dólares, embora a diferença tenha diminuído no primeiro semestre de 2024 graças ao rápido crescimento das importações chinesas de África. Os empréstimos concedidos pela China a países africanos no ano passado atingiram o nível mais elevado dos últimos cinco anos, de acordo com uma base de dados da Universidade de Boston. Os principais países mutuários foram Angola, Etiópia, Egipto, Nigéria e Quénia. Mas o montante dos empréstimos – 4,61 mil milhões de dólares – está muito abaixo dos máximos atingidos em 2016, quando totalizaram quase 30 mil milhões de dólares. De acordo com analistas, o actual abrandamento económico na China está a levar Pequim a reduzir o investimento em África. A cimeira desta semana tem também como pano de fundo a crescente competição entre os Estados Unidos e a China em África pela influência política e pelo acesso aos recursos naturais.
Hoje Macau Manchete SociedadeTrabalho | Não-residentes atingem número mais elevado em quatro anos No final de Julho, Macau tinha mais de 182 mil trabalhadores não-residentes, o valor mais elevado desde Agosto de 2020, e um aumento de quase 2 mil trabalhadores face a Junho Macau empregava, no final de Julho, mais de 182 mil trabalhadores não-residentes, o valor mais elevado desde Agosto de 2020, foi ontem anunciado. Segundo dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), a RAEM tinha 182.307 trabalhadores não-residentes, mais 1.999 do que no final de Junho. As estatísticas, divulgadas ontem pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, mostram que foram contratados mais de 5.600 trabalhadores sem estatuto de residente desde o início do ano. O sector da hotelaria e da restauração foi o que mais contratou este ano, ganhando 1.431 trabalhadores não-residentes, seguido dos casinos e actividades culturais e recreativas (mais 808) e dos empregados domésticos (mais 769). A área da hotelaria e restauração tinha sido precisamente a mais atingida pela perda de mão-de-obra durante a pandemia, tendo despedido mais de 17.600 funcionários não-residentes desde Dezembro de 2019. A cidade perdeu quase 45 mil não-residentes (11,3 por cento da população activa) desde o pico máximo de 196.538, atingido no final de 2019, no início da pandemia. Em Janeiro de 2023, a mão-de-obra vinda do exterior, incluindo o Interior da China, tinha caído para menos de 152 mil, o número mais baixo desde Abril de 2014. Mais de 30 mil e a crescer Desde Janeiro de 2023, o número de trabalhadores não-residentes em Macau aumentou em quase 30.400. O número de trabalhadores não-residentes tem vindo a aumentar há 18 meses seguidos, atingindo em final de Julho o valor mais elevado desde Agosto de 2020. A cidade acolheu nos primeiros sete meses de 2024 mais de 19,7 milhões de turistas, mais 37 por cento do que em igual período do ano passado, e a taxa de ocupação hoteleira foi de 84,6 por cento, uma subida de 4,9 pontos percentuais em termos anuais. No domingo, a Direcção dos Serviços de Turismo anunciou que Macau recebeu em Agosto quase 3,7 milhões de visitantes, um valor mais elevado do que no mesmo mês de 2019, pela primeira vez desde o fim da pandemia. A crise económica criada pela pandemia levou a taxa de desemprego a atingir 4 por cento no terceiro trimestre de 2022, o valor mais alto desde 2006. Apesar da subida do número de trabalhadores não-residentes, a taxa de desemprego caiu para 1,7 por cento no segundo trimestre deste ano, igualando o mínimo histórico de 1,7 por cento atingido antes do início da pandemia. A economia de Macau cresceu 15,7 por cento na primeira metade de 2024, em comparação com igual período do ano passado, graças à retoma do jogo, de acordo com dados oficiais. O produto interno bruto (PIB) representou 86,2 por cento do valor registado na primeira metade de 2019, antes do início da pandemia.
Hoje Macau Política“Um país, dois sistemas” | Sam Hou Fai destaca vantagens do princípio Sam Hou Fai, candidato ao cargo de Chefe do Executivo e ex-presidente do Tribunal de Última Instância (TUI), disse que pretende desenvolver, na qualidade de governante, as vantagens concretas do princípio “um país, dois sistemas”, que vigora em Macau e Hong Kong. No contexto da campanha eleitoral que tem levado a cabo, Sam Hou Fai afirmou, segundo a TDM Rádio Macau, querer também avançar com “medidas efectivas para melhorar a construção” da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, em Hengqin. Estas declarações foram proferidas num encontro com membros de Macau no Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) do 4.º sector da Comissão Eleitoral, um dia depois de ter reunido com deputados de Macau à Assembleia Popular Nacional. Sam Hou Fai quer articular Macau com as políticas traçadas por Pequim “de forma activa e precisa”, tornando o território num “local de concentração de talentos internacionais de alto nível”. Alguns membros de Macau na CCPPC declararam que “o Estado de Direito é o melhor ambiente para a exploração de negócios”, sendo necessário “aperfeiçoar a construção do sistema jurídico e modernizar o sistema jurídico para responder às necessidades prementes do desenvolvimento social, sugerindo o aumento da localização das leis”.
Hoje Macau EventosCinema | Tim Burton ganha estrela no “Passeio da Fama” O realizador de cinema Tim Burton foi homenageado na terça-feira com uma estrela no passeio da fama em Hollywood, numa cerimónia em que esteve acompanhado pelos actores do seu mais recente filme, ‘Beetlejuice Beetlejuice’, que estreia sexta-feira nos cinemas. O cineasta norte-americano, de 66 anos, destapou a estrela número 2.788, aplaudido por centenas de pessoas que se reuniram em frente à ‘Hollywood Toys & Costumes’, uma conhecida loja de Halloween onde foi decidido imortalizar o seu nome. “Quando soube que [a estrela] estaria aqui quase comecei a chorar, porque venho aqui desde pequeno e a loja não mudou nada”, contou. O realizador fez-se acompanhar pelos atores Winona Ryder e Michael Keaton, estrelas de ‘Beetlejuice Beetlejuice’, sequela do filme de sucesso ‘Beetlejuice’, de 1988, que estreia esta sexta-feira e que conta ainda com a participação de Jenna Ortega (‘Wednesday’) e da sua companheira, Monica Bellucci, protagonista do filme ‘Maléna’. Tanto Ryder como Keaton, que fizeram parte do elenco do primeiro filme de ‘Beetlejuice’, celebraram a criatividade, originalidade e contributo do seu “grande amigo” para o cinema. “O Tim tem uma compreensão tão bela e única do coração humano. Ele conhece a dor dos incompreendidos, do estranho e do invulgar. Não só os compreende, como os celebra. Quer sejam párias, esquisitos, assustadores ou engraçados, ele dá-lhes profundidade, humor e sempre um certo cavalheirismo e isso dá-lhes dignidade”, frisou Ryder, num discurso como convidado de honra da cerimónia. Formação na Califórnia Burton cresceu em Burbank, no condado de Los Angeles, e frequentou o California Institute of the Arts (CalArts), onde estudou animação de personagens e criou as suas primeiras curtas-metragens. Enquanto trabalhava na Disney, em 1982, realizou a sua primeira curta-metragem, ‘Vincent’, um filme a preto e branco de seis minutos que conta a história de um introvertido rapaz de 7 anos chamado Vincent Malloy, que sonha ser igual ao seu ídolo, o ator norte-americano Vincent Price. Sob o seu estilo distinto e o seu tema gótico sombrio, as suas obras incluem inúmeros títulos, como ‘Corpse Bride’ (‘A Noiva Cadáver’), ‘Batman’, ‘Edward Scissorhands’ (‘Eduardo Mãos de Tesoura’) o ‘Planet of the Apes (‘O Planeta dos Macacos’). Com ‘Sweeney Todd: O Terrível Barbeiro de Fleet Street’, ganhou o Globo de Ouro de 2007 para Melhor Filme (Musical ou Comédia). Filmes como ‘Ed Wood’ (1994), ‘Sleepy Hollow’ (‘A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça’, 1999), ‘Big Fish’ ou ‘Alice in Wonderland’ (‘Alice no País das Maravilhas’, 2010) recebeu inúmeras nomeações e prémios para os Óscares, BAFTA e Globos de Ouro, consolidando o seu estatuto de um dos maiores cineastas de todos os tempos.
Hoje Macau China / ÁsiaRelatora da ONU teme “violência genocida de Israel” também na Cisjordânia A relatora especial da ONU para os territórios palestinianos, a italiana Francesca Albanese, alertou na segunda-feira que “a violência genocida de Israel” em Gaza corre o risco de se alastrar à Cisjordânia. A perita independente, mandatada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, mas que não fala em nome da organização, tem acusado repetidamente Israel de genocídio dos palestinianos em Gaza. Numa nova declaração, Francesca Albanese frisou que “a violência genocida de Israel corre o risco de se estender para fora de Gaza e de se espalhar por todo o território palestiniano ocupado”. “O apartheid israelita visa Gaza e a Cisjordânia simultaneamente, como parte de um processo global de eliminação, substituição e expansão territorial”, acusou, citada pela agência France-Presse (AFP). Após o ataque do Hamas, a 07 de Outubro, que desencadeou a guerra em Gaza, o Exército israelita intensificou as suas já frequentes incursões na Cisjordânia ocupada e, desde então, mais de 660 palestinianos morreram em incidentes violentos com Israel, incluindo cerca de 150 menores, segundo um balanço da agência Efe com dados dos serviços de saúde palestinianos. Vivem na Cisjordânia cerca de 490 mil israelitas em colonatos, entre três milhões de palestinianos. Acção obrigatória Israel prosseguiu na segunda-feira, pelo sexto dia consecutivo, a incursão militar quer na cidade, quer no campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, que já causou perto de 30 mortos, de acordo com as autoridades palestinianas. “A impunidade há muito concedida a Israel permite a ‘despalestinização’” dos territórios ocupados, “deixando os palestinianos à mercê das forças que procuram eliminá-los enquanto grupo nacional”, frisou ainda Albanese. A relatora da ONU acredita que a comunidade internacional deve “fazer tudo o que estiver ao seu alcance para acabar imediatamente com o risco de genocídio contra o povo palestiniano” e, “em última análise, pôr fim à colonização do território palestiniano por Israel”. O ataque sem precedentes levado a cabo pelo movimento islâmico palestiniano em Israel, a 7 de Outubro, resultou na morte de 1.205 pessoas do lado israelita, sobretudo civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais. Durante este ataque, 251 pessoas foram raptadas, 97 ainda estão detidas em Gaza, incluindo 33 declaradas mortas pelo exército. Em retaliação, Israel realizou uma devastadora ofensiva aérea e terrestre em Gaza que até ao momento fez pelo menos 40.786 mortos, segundo o Ministério da Saúde do Hamas. A maioria das mortes são mulheres e menores, de acordo com a ONU.
Hoje Macau EventosUCCLA | Camões merecia “maior reconhecimento” O secretário-geral da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) considera que “a grandeza da personalidade universalista” de Camões merecia “um maior e mais cuidado reconhecimento”, nomeadamente nas comemorações oficiais do V centenário do nascimento do poeta. Vítor Ramalho falava à Lusa a propósito da homenagem que vai ser feita a Luís Vaz de Camões, assim como ao líder africano Amílcar Cabral, durante o XII Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, que decorre entre esta quinta-feira e domingo na capital cabo-verdiana. “Era necessário, dada a grandeza da personalidade universalista que é o Luís Vaz de Camões, e invulgar ao nível do que representou e tem representado desde o século XVI, um maior e mais cuidado no reconhecimento, sem prejuízo das investigações que estão a ser feitas e das publicações a que deram lugar”, disse. E prosseguiu: “Acho que seria muito mais consequente a missão que foi constituída, e que parece que, do ponto de vista financeiro, não foi dotada das verbas adequadas”. Ainda assim, enalteceu “o conjunto de obras que foram publicadas por várias editoras, quer de escritores consagrados, como foi o Jorge de Sena, quer depois de investigadores; e são inúmeros os livros que foram publicados. A esse nível diria que há um esforço das editoras para o fazer”. Luís de Camões “não é apenas o homem dos Lusíadas, é um homem da lírica, é um viajante do mundo, um homem que esteve em Macau, na ilha de Moçambique, passou por África”, adiantou. “Teria sido interessante, útil e necessário ter-se feito esta mais-valia do que ele representa, enquanto pessoa, e dar a conhecer o orgulho da dimensão que um português tem tido ao longo dos séculos”, observou. O secretário-geral da UCCLA lembra que “não é por acaso que o 10 de Junho [dia de Camões] é, no fundo, o dia de Portugal e das próprias comunidades espalhadas pelo mundo”.
Hoje Macau China / ÁsiaGuiné-Bissau | PR leva governantes e empresários ao Fórum China-África O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, viajou na segunda-feira para Pequim, na companhia de quatro governantes e três empresários, para participar no Fórum sobre a Cooperação China – África (FOCAC), anunciou fonte do Governo, em Bissau. Acompanham Sissoco Embaló os ministros Carlos Pinto Pereira, dos Negócios Estrangeiros, Soares Sambu, da Economia, Plano e Integração Regional, Malam Sambu, dos Recursos Naturais, e Fatumata Djau, secretária de Estado da Cooperação Internacional. Antes de embarcar para Pequim, ainda no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, de Bissau, Embaló afirmou que, “desta vez”, não vai à China pedir. “Não, desta vez não levo nada para pedir. Não podemos ser um país de pedintes”, disse o Presidente guineense, ao responder à pergunta sobre se vai voltar a abordar os pedidos que fez aquando da sua visita oficial à China, em Julho último. Na altura, entre outros assuntos, Umaro Sissoco Embaló disse ter pedido à China a construção de, pelo menos, 300 quilómetros de estradas, um campus universitário para 12 mil estudantes e o reforço de bolsas de estudos para alunos guineenses. O Presidente guineense salientou o facto de ser um dos oradores durante o FOCAC, encontro que “juntará quase todos os chefes de Estado e de Governo” africanos. Na quinta-feira, Umaro Sissoco Embaló fará uma comunicação sobre o tema: “Industrialização da agricultura em África”. “É uma questão ‘júnior’ [de menor importância] ter calhado a mim, como Presidente da Guiné-Bissau, podia ter calhado a outro chefe de Estado guineense”, declarou. Embaló disse esperar que os empresários guineenses e os chineses aproveitem o fórum para desenvolver parcerias. O Presidente guineense anunciou que, após o FOCAC, vai realizar visitas de Estado ao Vietname, um dos principais compradores da castanha do caju guineense, e aos Emirados Árabes Unidos.
Hoje Macau China / ÁsiaShandong | Pelo menos 11 mortos e 24 feridos em acidente Pelo menos 11 pessoas morreram e 24 ficaram feridas ontem quando um autocarro escolar atropelou um grupo de alunos no leste da China, informou a agência de notícias Xinhua num novo balanço. Dos 11 mortos, seis são pais e cinco alunos, referiu a agência oficial chinesa. Num balanço anterior, a Xinhua tinha indicado que 10 pessoas tinham morrido ou ficado feridas no acidente. O acidente ocorreu às 07:27 num cruzamento perto da entrada da Escola Secundária Foshan, em Tai’an, na região de Dongping, província de Shandong. O autocarro, com uma lotação máxima de 52 pessoas, perdeu o controlo e subiu o passeio, atropelando vários estudantes e pais que se dirigiam para a escola, disseram as autoridades locais. Entre os feridos, um encontra-se em estado crítico. As autoridades de Dongping, juntamente com vários departamentos governamentais, estão no local para as operações de socorro e resgate, bem como para gerir a área do acidente, que permanece isolada. O condutor do autocarro foi detido pela polícia, estando em curso uma investigação sobre as causas do acidente. De acordo com meios de comunicação social locais, a escola negou que tenha havido qualquer conflito entre o motorista e os alunos ou o pessoal docente. As autoridades locais anunciaram que vão emitir uma declaração oficial e realizar uma conferência de imprensa esta tarde. Cerca de 60 mil pessoas morrem anualmente em acidentes nas estradas chinesas, disseram os meios de comunicação locais.
Hoje Macau China / ÁsiaFOCAC | Presidente Xi promete a homólogos africanos investimentos sem interferências internas Em diversos encontros bilaterais com responsáveis africanos, o líder chinês deixou a promessa de aumentar o investimento no continente e de não interferir nos assuntos internos das nações africanas. Até ao fim da semana, são esperados em Pequim cerca de 50 chefes de Estado e de governo O Presidente chinês, Xi Jinping, manteve na segunda-feira várias reuniões bilaterais com líderes africanos, no âmbito do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), prometendo mais investimento e cooperação sem interferir nos assuntos internos dos países africanos. De acordo com as agências internacionais de notícias, pelo menos 50 chefes de Estado e de governo são esperados em Pequim até ao final da semana, incluindo os líderes da República Democrática do Congo (RDCongo), Félix Tshisekedi, da Nigéria, Bola Tinubu, e da África do Sul, Cyril Ramaphosa, sendo também esperado um encontro com o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, que esteve em Xangai no âmbito do fórum económico China-Moçambique. Os encontros de segunda-feira foram marcados pelas promessas chinesas de investimento, sendo que no caso da RDCongo, uma das maiores fontes de recursos naturais necessários para a transição energética, e fornecedor de mais de 60 por cento do cobalto comprado pela China, o gigante asiático comprometeu-se a “aprofundar a cooperação em matéria de agricultura e processamento de minérios”. Na reunião com o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, os dois países anunciaram que elevaram o nível de cooperação à categoria de “associação de cooperação estratégica integral para a nova era”. Nas reuniões, Xi Jinping adaptou o discurso público a cada um dos países, tendo defendido, no caso da reunião com o chefe militar do Mali, na sequência do golpe de Estado, “o direito à autodeterminação do povo africano na hora de decidir o seu destino futuro”, o que contrasta com as exigências ocidentais de uma eleição para escolher os líderes locais. O Presidente do Mali, coronel Assimi Goita, de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros chineses, citado pela agência espanhola de notícias, a EFE, elogiou a posição de Pequim de “opor-se à interferência nos assuntos internos de outros países”. Parceiros de valor A cimeira desta semana tem como pano de fundo a crescente competição entre os Estados Unidos e a China em África pela influência política e pelo acesso aos recursos naturais. O FOCAC deste ano terá também uma cimeira empresarial e terminará com dois documentos – uma declaração e um plano de acção para guiar a cooperação entre China e África nos próximos anos. A China é o maior parceiro económico de África, e desde o início deste século até 2022 já emprestou mais 170 mil milhões de dólares para 1.243 iniciativas, de acordo com os dados do Centro de Desenvolvimento Global de Políticas, da Universidade de Boston. Desse total, quase 60 mil milhões de dólares foram canalizados para projectos na área da energia e quase 50 mil milhões foram para projectos no sector dos transportes. Apesar de ainda ser o maior parceiro do continente africano, o financiamento chinês aos países africanos caiu para menos de mil milhões de dólares em 2022, o último ano para o qual há dados compilados, representando o valor mais baixo em quase duas décadas. Desde o pico de 28,5 mil milhões de dólares atingido em 2016, em 2021 a China fez apenas sete empréstimos no valor de 1,22 mil milhões de dólares, e em 2022 o valor caiu para 994 milhões de dólares, com apenas nove financiamentos, o nível mais baixo desde 2004.
Hoje Macau SociedadeMP | Criados mais serviços electrónicos O Ministério Público (MP) irá disponibilizar, de forma faseada, mais serviços digitalizados à população no contexto da entrada em vigor, no passado domingo, das novas versões das leis da “Governação Electrónica” e do “Envio de peças processuais, pagamento de custas e prática de outros actos por meios electrónicos”. Assim, são enviados e recebidos de forma digital as comunicações oficiais e documentos no âmbito judiciário entre o Ministério Público, tribunais ou outros serviços públicos, excepto quando o assunto se refere à fase de inquérito criminal. Além disso, o MP passou também a publicar no website oficial editais e demais documentos, deixando de os afixar no edifício do MP e na sede do Instituto para os Assuntos Municipais. Além disso, até final deste ano será lançado o serviço digital de certidões, que podem ser pedidas na “Conta Única de Macau” desde que o requerimento seja aprovado pelo MP. “Na fase preliminar de lançamento do serviço em causa, os documentos constantes de autos de inquérito criminal são excluídos da certidão electrónica a enviar”, é ainda explicado. O MP promete “impulsionar a electronização dos serviços judiciários, de modo a facilitar a intervenção dos cidadãos em actividades processuais”.
Hoje Macau PolíticaUGAMM | Assuntos sociais preencheram agenda Os deputados Ho Ion Sang, Leong Hong Sai e Ngan Iek Hang, ligados à União Geral das Associações de Moradores de Macau (UGAMM) apresentaram ontem o balanço dos trabalhos legislativos da última sessão no hemiciclo, referindo que os residentes apresentaram mais dúvidas e questões sobre assuntos sociais, nomeadamente em matérias como a segurança social, a saúde e a educação. O deputado Ngan Iek Hang referiu que a recuperação da economia desde a pandemia não beneficiou a sociedade num todo e que as pequenas e médias empresas ainda estão a enfrentar dificuldades financeiras. Por seu turno, Leong Hong Sai sugeriu que o Governo crie apoios e subsídios para os proprietários com casas velhas, a fim de incentivar a sua reconstrução. Ho Ion Sang apontou que há cada vez mais residentes a sofrerem de problemas de saúde mental, pelo que espera que o Executivo reforce a educação nesta área, reforçando a oferta de consultas e tratamentos de psiquiatria. Na última sessão legislativa, os deputados realizaram 1220 sessões de esclarecimento a residentes, tratando das questões e pedidos apresentados.
Hoje Macau PolíticaHabitação | Ng Kuok Cheong critica Ho Iat Seng O ex-deputado António Ng Kuok Cheong fez um balanço da governação de Ho Iat Seng, que deixa o cargo de Chefe do Executivo no final do ano, e criticou as políticas de habitação, por considerar que foram o maior falhanço dos últimos cinco anos. Numa publicação nas redes sociais, Ng afirma ver como positivo o facto de terem sido recuperados vários terrenos concessionados que ficaram anos por construir. No entanto, criticou o Governo de Ho Iat Seng por ter promovido um novo sistema de habitação pública, que não está a funcionar como forma de ascensão social, ao contrário do que se pretendia. Segundo a visão do fundador da Associação Novo Macau, como o Governo de Ho alterou as regras da habitação económica, não permitindo que sejam vendidas no mercado privado com lucro, os compradores deixaram de almejar mudarem-se para uma casa maior e melhor, com o lucro da venda. Para o ex-deputado, esta realidade fez com que a habitação económica tenha deixado de ser encarada como atractiva, porque perdeu a função de “elevador social”. Todavia, as críticas de Ng Kuok Cheong são também fundamentadas no segmento de luxo. Na visão do ex-deputado, as casas no sector privado não desvalorizaram significativamente e vão continuar a ser inalcançáveis para grande parte da população.
Hoje Macau PolíticaZona A | Pedidas explicações sobre estrada que cedeu O deputado Ma Io Fong está preocupado com colapso das estradas do território, depois de parte de um troço na Zona A dos Novos Aterros ter cedido. O assunto é abordado pelo deputado da Associação das Mulheres, através de uma interpelação escrita, com o legislador a indicar esperar que sejam tomadas medidas para evitar a acumulação de águas nas estradas. “Segundo a informação oficial, o sistema de drenagem de chuvas da Zona A foi construído para fazer frente às chuvas mais intensas, o que significa que está equipado com várias bombas de extracção de água”, escreveu Ma. “No entanto, as opiniões sobre o sistema de drenagem indicam que durante as chuvas mais intensas a acumulação de água continua a ser intensa. Qual é a razão para esta situação?”, pergunta Ma Io Fong. “Que medidas vão ser tomadas para melhorar o estado das coisas?”, acrescentou. O deputado abordou também o colapso da estrada, e quer saber se o Governo vai adoptar acções de fiscalização nos vários estaleiros e junto dos edifícios que já foram erigidos na Zona A dos novos Aterros. “Será que as autoridades dispõem actualmente de instrumentos científicos suficientes, como o radar de penetração no solo, para efectuar inspecções científicas do solo próximo da zona do incidente e de outras superfícies rodoviárias?”, pergunta. O membro da Assembleia Legislativa questiona igualmente o Executivo sobre se o sistema de canos e as instalações pedestres na Zona A dos Novos Aterros têm capacidade para lidar com os problemas causados pela água e a erosão dos solos.
Hoje Macau SociedadeAMCM | Residentes com mais dinheiro depositado Os depósitos de residentes cresceram 1,8 por cento em Julho, em comparação com o mês anterior, tendo atingido 743,3 mil milhões de patacas. Os números foram divulgados ontem pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM), com a publicação das estatísticas monetárias e financeiras do sétimo mês do ano. Em comparação com o período homólogo, o aumento dos depósitos foi mais notado, na ordem dos 5,4 por cento, o que significa que os residentes têm cada vez mais dinheiro guardado nos bancos. Ao mesmo tempo, os depósitos dos não-residentes registaram uma quebra de 1,5 por cento, face a Junho, caindo para 338,6 mil milhões de patacas. Quando se tem em conta o período homólogo do ano anterior, os depósitos dos não-residentes cresceram 13,9 por cento. Em termos dos depósitos do sector público, registou-se uma redução de 4,8 por cento para 193,6 mil milhões de patacas. Como consequências das alterações entre Junho e Julho, o total dos depósitos apresentou uma redução de 0,2 por cento, quando comparado com o mês anterior, cifrando-se em 1.275,4 mil milhões de patacas. Entre este número, a proporção de depósitos em patacas era de 19,8 por cento, com o dólar de Hong Kong a ser a moeda mais utilizada, numa proporção de 43,2 por cento. Além disso, 26,7 por cento dos depósitos contava-se em dólares americanos e 8,7 por cento em renminbis.
Hoje Macau China / ÁsiaFerrovia | Temporada de Verão termina com recorde de viagens A temporada de viagens de Verão de 62 dias da China foi concluída, com as ferrovias a contabilizarem um recorde de 887 milhões de viagens de passageiros entre 1 de Julho e 31 de Agosto – um aumento de 6,7 por cento ano a ano – segundo indicou a China State Railway Group Co., Ltd. (China Railway) no domingo. Durante este período, o número médio diário de viagens de passageiros transportados pelos caminhos-de-ferro do país foi de 14,31 milhões, de acordo com a empresa, indica o Diário do Povo. Entretanto, mais de 14,32 milhões de passagens de estudantes foram vendidas durante a temporada de viagens de Verão, de acordo com a China Railway. Um total de 670 milhões de toneladas de mercadorias foram também transportadas pelos caminhos-de-ferro, incluindo 250 milhões de toneladas de carvão térmico durante este período, segundo a empresa. Para garantir viagens seguras e organizadas e operações estáveis, a empresa preparou um plano de transporte, aumentou a capacidade e implementou medidas favoráveis aos passageiros com bastante antecedência, acrescenta a publicação estatal. A azáfama das viagens de Verão costuma ser uma temporada movimentada para o sistema ferroviário do país, pois os estudantes universitários retornam a casa para as férias de Verão. As visitas familiares e as viagens turísticas também aumentam durante este período.
Hoje Macau China / ÁsiaPALOP | Trocas comerciais com China sobem 22% até Junho O volume das trocas comerciais entre a China e os países africanos de língua oficial portuguesa nos primeiros seis meses do ano reflectem o fortalecimento das relações entre o gigante asiático e o continente africano As trocas comerciais entre a China e os países africanos lusófonos subiram, em média, 22 por cento no primeiro semestre deste ano, para 13,7 mil milhões de dólares, segundo dados da alfândega chinesa. O volume de 13,7 mil milhões de dólares em trocas comerciais é liderado por Angola, o maior parceiro económico da China no continente, muito por efeito da venda de petróleo angolano ao gigante asiático, que valeu a quase totalidade das exportações de Angola para a China, num total de 10,6 mil milhões de dólares. Já as exportações da China para Angola valeram apenas 1,5 mil milhões de dólares. Em segundo lugar entre os maiores parceiros chineses nos lusófonos africanos está Moçambique, que vendeu 721 milhões de dólares em bens e serviços, e comprou o equivalente a 1,6 mil milhões de dólares. Na comparação entre o primeiro semestre deste ano e o período homólogo do ano passado, constata-se, segundo os dados das autoridades chinesas, uma subida de 22 por cento nas trocas comerciais, tendo havido, ainda assim, uma quebra de 12,8 por cento e 6 por cento nos casos da Guiné Equatorial e de Moçambique, respectivamente. O aumento das trocas comerciais dos países lusófonos com o ‘gigante asiático’ reflecte um objectivo da China de aumentar não só o relacionamento comercial com África, mas principalmente o volume de importações, para contrapor à crítica de desequilíbrio na balança comercial a favor da China. Em 2021, no mais recente Fórum sobre a Cooperação China-África (FOCAC), a China prometeu aumentar as importações de produtos africanos para 300 mil milhões de dólares até 2024, acima dos 275 mil milhões de dólares exportados nos três anos anteriores, ou seja, entre 2019 e 2021. “Não sendo uma meta demasiado ambiciosa, foi importante, primeiro porque foi a primeira meta de importações africanas, e depois porque foi o primeiro objetivo de importações africanas estipulado por qualquer parceiro de desenvolvimento”, escreveu a analista Rosie Wigmore, da consultora Development Reimagined, num dossier especial feito em conjunto com a revista African Business. No artigo, a propósito de mais um FOCAC, que vai decorre esta semana em Pequim, a analista diz que faltam apenas 14 mil milhões de dólares para a meta ser atingida. Destaca, contudo, que apesar de ter havido um aumento das exportações africanas para a China, as compras dos africanos cresceram mais depressa, agravando o défice da balança comercial. “A boa notícia é que a meta deve ser cumprida, mas a má notícia é que desde 2022 o défice comercial na verdade agravou-se, de 39 mil milhões de dólares em 2021 para 63 mil milhões de dólares em 2023”, escreve Rosie Wigmore. No ano passado, acrescenta, 83 por cento do volume das exportações para a China foram feitas por apenas oito países, todos eles ricos em recursos naturais. Entre as medidas que os líderes africanos e chineses podem aprovar esta semana em Pequim, a analista sugere mecanismos para financiar os bancos africanos, diminuir as taxas alfandegárias e aproveitar as potencialidades do acordo de livre comércio continental em África.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Docentes estrangeiros regressam a universidade norte-coreana Professores estrangeiros da Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang (PUST) regressaram à Coreia do Norte, quatro anos depois de terem sido obrigados a sair devido à política anti-pandemia, disse ontem o Governo sul-coreano. Pyonyang aprovou, no final de Agosto, vistos de entrada para alguns dos professores estrangeiros que trabalharam para a instituição de ensino, a única semiprivada na Coreia do Norte, antes do encerramento do país em 2020, indicou o secretário-geral do conselho consultivo para a Unificação Pacífica, Thae Yong-ho, à agência de notícias sul-coreana Yonhap. A permissão mostra que o regime está disposto a garantir “a segurança” dos académicos, disse Thae, antigo diplomata norte-coreano que desertou para o Sul em 2016 e citou fontes em Genebra, onde a Coreia do Norte tem uma das principais embaixadas na Europa. “De momento é difícil confirmar esta informação”, respondeu um porta-voz do Ministério da Unificação da Coreia do Sul à agência de notícias espanhola EFE. Desde que a Coreia do Norte começou a reabrir parcialmente as fronteiras, em Agosto do ano passado, já aprovou a entrada de alguns estrangeiros, como diplomatas de países próximos, como China e Cuba, e permitiu a entrada de grupos de turistas de nacionalidade russa. A confirmar-se, a entrada dos académicos marca a primeira vez, desde o início da pandemia, que a Coreia do Norte concede acesso a pessoas de países não alinhados com o regime do líder, Kim Jong-un. Todo o corpo docente estrangeiro da PUST, constituído por europeus e norte-americanos, foi obrigado a abandonar a Coreia do Norte quando o Governo encerrou as fronteiras em 2020. Desde então, as aulas, leccionadas em inglês, têm sido ministradas ‘online’. A PUST funciona nos arredores da capital norte-coreana desde 2010 e é o resultado de um acordo entre instituições norte-coreanas e uma organização evangélica coreano-americana.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Tempestade Yagi faz dois mortos em Luzon Pelo menos duas pessoas morreram e 10 ficaram feridas quando uma tempestade tropical atingiu a ilha de Luzon, no norte das Filipinas, forçando a emissão de alertas de inundação em Manila, declararam ontem as autoridades. A tempestade Yagi, baptizada de Enteng nas Filipinas, trouxe chuvas torrenciais para o norte do país e tem ventos sustentados de 75 quilómetros por hora e rajadas máximas de até 90 quilómetros por hora, disse o gabinete meteorológico. Prevêem-se inundações e aluimentos de terras, de acordo com um comunicado da mesma agência. O Conselho Nacional para a Redução e Gestão do Risco de Catástrofes filipino registou duas mortes e dez feridos na primeira avaliação. A tempestade levou também ao cancelamento de dezenas de voos domésticos devido às condições meteorológicas adversas, indicou a autoridade aeroportuária de Manila. As autoridades da capital suspenderam todas as aulas na área metropolitana, onde se receia que a tempestade provoque inundações. As Filipinas registam cerca de 20 tufões e tempestades tropicais por ano, especialmente durante a estação das chuvas, que normalmente começa em Junho e termina em Novembro ou Dezembro.
Hoje Macau China / ÁsiaIsrael | Vinte e cinco detidos em manifestação sob custódia policial Vinte e cinco manifestantes que participaram, no domingo à noite, em Telavive, num protesto pelo cessar-fogo em Gaza, para permitir o retorno dos reféns no enclave, estão sob custódia policial, informou ontem o jornal israelita Haaretz. Alguns continuam a ser interrogados, avançou o diário. A polícia israelita deteve na noite de domingo 29 pessoas durante a grande manifestação em Telavive, declarou a polícia num relatório. “A polícia deteve 29 suspeitos por conduta desordeira, agressão a agentes e vandalismo brutal na autoestrada Ayalon e no local do protesto na passagem de Azrieli”, disseram as autoridades. O Haaretz citou um grupo de manifestantes médicos que afirmaram que a carga policial deixou várias pessoas feridas, incluindo um manifestante com golpes no peito e na cabeça, um jovem atingido por uma granada de atordoamento, um manifestante que caiu de um lugar alto e partiu as duas pernas e uma idosa com ferimentos no rosto. De acordo com a polícia, os tumultos começaram no final da manifestação, quando “centenas de manifestantes abandonaram a zona autorizada e marcharam em direção à autoestrada Ayalon com a intenção de perturbar o trânsito e a ordem pública”. No domingo à noite, centenas de manifestantes marcharam ao longo da autoestrada, sempre seguidos por um cordão policial e polícias a cavalo. O grupo era constituído maioritariamente por jovens manifestantes, cuja presença no protesto geral foi considerada por outros participantes como um sinal positivo, uma vez que as habituais manifestações de sábado em Telavive reúnem um público mais adulto. Nos momentos finais do protesto na autoestrada, a polícia e os militares agarraram e atiraram por diversas vezes ao chão manifestantes violentos, de acordo com a agência de notícias espanhola EFE, presente no local. No total, de acordo com estimativas do jornal Haaretz, cerca de 300 mil pessoas manifestaram-se no domingo em Telavive, num dos maiores protestos de sempre para exigir ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, um cessar-fogo na Faixa de Gaza. As forças armadas israelitas anunciaram, no domingo, que recuperaram em Gaza os corpos de seis das mais de 250 pessoas raptadas nos ataques do movimento islamita palestiniano Hamas em Israel, a 07 de Outubro de 2023, que desencadearam a guerra em curso e mataram cerca de 1.200 pessoas.