Pyongyang | Reforçado desenvolvimento de mísseis antes de exercícios EUA-Coreia do Sul

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ordenou um aumento na produção de mísseis, avançou ontem a imprensa estatal, dias antes da Coreia do Sul e dos EUA iniciarem exercícios militares anuais.

A agência de notícias estatal norte-coreana KCNA disse que Kim deu a ordem na sexta-feira e sábado, durante uma visita de inspecção às principais fábricas que produzem mísseis tácticos, plataformas móveis de lançamento, veículos blindados e projécteis de artilharia no país.

Durante uma paragem numa fábrica de mísseis, Kim estabeleceu uma meta de “aumentar drasticamente” a capacidade de produção para que a instalação possa produzir mísseis em massa e responder às necessidades das unidades militares da linha de frente, disse a KCNA.

“O nível qualitativo dos preparativos de guerra depende do desenvolvimento da indústria de munições e a fábrica tem uma responsabilidade muito importante em acelerar os preparativos de guerra” do exército, disse Kim.

Em outras fábricas, o líder da Coreia do Norte pediu a construção de plataformas móveis de lançamento de mísseis mais modernas e falou da necessidade urgente de aumentar “de uma forma exponencial” a produção de projécteis para lançadores de foguetes de grande calibre.

Kim também conduziu um novo veículo blindado de combate utilitário, disse a KCNA, uma semana depois de outra visita semelhante a várias fábricas de armas do país.

Os EUA e a Coreia do Sul irão começar no final do mês exercícios militares anuais, que a Coreia do Norte defenderem serem a preparação de uma invasão, uma acusação que os aliados rejeitam.

De acordo com a KCNA, Kim disse que a Coreia do Norte deve ter “uma força militar esmagadora e estar totalmente preparada para enfrentar qualquer guerra” com o poder de “certamente aniquilar” os inimigos do país.

Velhos amigos

No final de Julho, o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, efectuou uma rara visita a Pyongyang, durante a qual se encontrou com Kim Jong-un.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse acreditar que Shoigu estava na Coreia do Norte para garantir o fornecimento de armas necessárias para a guerra na Ucrânia. “Vemos a Rússia a procurar desesperadamente apoio, armas, onde quer que as possa encontrar, para continuar a agressão contra a Ucrânia”, acrescentou o norte-americano.

“Vemos isso com a Coreia do Norte, vemos isso com o Irão, que forneceu à Rússia muitos drones, usados para destruir infraestruturas civis e matar civis na Ucrânia”, continuou Blinken.

A Rússia, aliada histórica da Coreia do Norte, é um dos poucos países com os quais Pyongyang mantém relações amistosas.

14 Ago 2023

Cineasta Ali Ahmadzadeh vence Leopardo de Ouro em Locarno

O cineasta iraniano Ali Ahmadzadeh venceu o Leopardo de Ouro no Festival de Locarno, na Suíça, com o filme “Mantagheye bohrani (Critical Zone)”, “um hino à liberdade e resistência no Irão”, filmado em segredo, anunciou a organização.

No comunicado com a lista de vencedores desta edição do Festival de Locarno é referido que a obra foi filmada em segredo nas ruas de Teerão, sem a permissão das autoridades iranianas.

Nas restantes principais categorias do concurso internacional, o Prémio Especial do Júri foi para “Do not expect much from the end of the world”, do romeno Radu Jude, enquanto o prémio de Melhor Direção foi para a cineasta ucraniana Maryna Vroda.

As actrizes Dimitra Vlagopoulou (Grécia), em “Animal” de Sofia Exarchou, e Renée Soutendijk (Países Baixos), em “Sweet Dreams” de Ena Sendijarević, venceram os prémios de melhor performance.

O festival entregou ainda uma menção especial a “Nuit Obscure – Au revoir ici, n’import où, do francês Sylvain George.

A edição do Festival de Locarno que terminou no fim-de-semana tinha sete filmes portugueses ou com produção nacional em competição, que não obtiveram qualquer galardão.

Na competição internacional estiveram “Baan”, a primeira longa-metragem de ficção de Leonor Teles, e “Manga d’Terra”, uma longa-metragem do luso-suíço Basil da Cunha.

Rodado entre Lisboa e Banguecoque, “Baan” acompanha uma viagem emocional de L., uma jovem entre o fim de um relacionamento e a possibilidade de outro, e regista um tempo de gentrificação, imigração e precariedade laboral.

Também na competição internacional esteve “Manga d’Terra”, que Basil da Cunha voltou a rodar nos bairros clandestinos da Reboleira (Amadora, no distrito de Lisboa), desta vez centrando-se em Rosa, uma imigrante de 20 anos que deixa os filhos em Cabo Verde para procurar trabalho em Lisboa. Ameaçada por ‘gangsters’ e pela violência policial, Rosa procura solidariedade de outras mulheres, mas o escape encontra-o na música, indica a sinopse.

Outras fitas

Na secção “Pardi di Domain”, dedicada a novos valores do cinema, estiveram “Nocturno para uma floresta”, curta-metragem de Catarina Vasconcelos que sucede ao premiado “A metamorfose dos pássaros”, a curta-metragem de animação “De Imperio”, de Alessandro Novelli, e “Slimane”, de Carlos Pereira.

Por causa das greves dos argumentistas e dos actores em Hollywood, o Festival de Locarno registou algumas baixas de convidados internacionais, nomeadamente do actor Riz Ahmed, que iria receber um prémio de carreira, e do actor Stellan Skarsgard que decidiu renunciar ao prémio Leopard Club em solidariedade com as paralisações nos Estados Unidos. A 76.ª edição de Festival de Cinema de Locarno começou em 02 de Agosto e terminou sábado.

14 Ago 2023

Hong Kong | Parcialmente anuladas condenações de sete activistas

Um tribunal de Hong Kong anulou ontem parte das condenações de sete dos mais proeminentes defensores pró-democracia de Hong Kong, sentenciados pelos seus alegados papéis num dos maiores protestos em 2019.

Jimmy Lai Chee-ying, fundador do agora extinto jornal Apple Daily, Martin Lee Chu-ming, presidente e fundador do Partido Democrático, e cinco ex-legisladores pró-democracia, incluindo a advogada Margaret Ng Ngoi-yee, tinham sido considerados culpados de organizar e participar numa manifestação não autorizada.

Jimmy Lai, Lee Cheuk-yan, Leung Kwok-hung e Cyd Ho tinham sido condenados a penas de prisão entre oito e 18 meses. Martin Lee, um octogenário apelidado de “pai da democracia” da cidade, Margaret Ng e Albert Ho foram condenados a penas de prisão suspensas. As condenações, há dois anos, foram vistas como mais um golpe para o movimento pró-democracia.

O juiz Andrew Macrae disse ontem que ele e outros juízes do Tribunal de Recurso anularam unanimemente as condenações relacionadas com a organização de uma manifestação não autorizada. Mas mantiveram as condenações por terem participado nessa manifestação.

Todos os condenados já cumpriram as penas no âmbito deste processo. Mas Lai, Leung, Ho e Lee Cheuk-yan continuam detidos, uma vez que também foram alvo de outra acusação ao abrigo da lei de segurança nacional imposta por Pequim em 2020, na sequência dos maciços protestos.

As acusações surgiram após uma manifestação em Agosto de 2019 que levou cerca de 1,7 milhões de pessoas às ruas de Hong Kong, cidade com cerca de sete milhões de habitantes, para exigir maior democracia e a responsabilização da polícia.

14 Ago 2023

Diplomacia | Ministro da Defesa vai à Rússia e Bielorrússia esta semana

O ministro da Defesa chinês, Li Shangfu, vai visitar esta semana a Rússia e a Bielorrússia, informou ontem o ministério, num período de crescente intercâmbio entre Pequim e Moscovo, apesar da guerra na Ucrânia.

“Entre os dias 14 e 19 de Agosto, Li Shangfu vai visitar a Rússia, onde participará na 11.ª Conferência de Moscovo sobre Segurança Internacional, e a Bielorrússia”, disse um porta-voz do ministério da Defesa chinês, Wu Qian, em comunicado. Para além de proferir um discurso na referida conferência, Li vai encontrar-se com autoridades de Defesa da Rússia.

“Durante a sua visita à Bielorrússia, vai reunir-se com líderes nacionais e militares bielorrussos e visitar unidades militares bielorrussas”, acrescentou a mesma nota.

No mês passado, um assessor diplomático de Vladimir Putin disse que o líder russo pretende visitar a China em Outubro, respondendo ao convite feito pelo seu homólogo chinês, Xi Jinping, durante uma visita a Moscovo, em Março.

Trata-se da primeira viagem de Putin à China desde o início da ofensiva militar russa na Ucrânia. Algumas semanas antes do início da invasão, o Presidente russo visitou Pequim, por ocasião dos Jogos Olímpicos de Inverno. Os dois países reiteraram o seu desejo comum de combater a “hegemonia” dos Estados Unidos.

Os intercâmbios militares, através da realização de exercícios conjuntos, foram desde então reforçados, assim como as trocas comerciais, permitindo a Moscovo atenuar o impacto das sanções impostas pelo Ocidente.

14 Ago 2023

Pequim tenta atrair mais investimento estrangeiro para relançar economia

O executivo da China publicou, no domingo à noite, novas directrizes para “intensificar esforços para atrair investimento estrangeiro”, num momento em que a recuperação pós-pandemia da economia chinesa desacelerou.

De acordo com um comunicado divulgado no portal do Conselho de Estado chinês na Internet, o objectivo das novas orientações é “optimizar ainda mais o ambiente para o investimento estrangeiro”.

As directrizes pretendem “melhorar o equilíbrio geral entre a conjuntura nacional e internacional” e “promover um ambiente empresarial de classe mundial, orientado para o mercado, baseado na lei e internacionalizado”, referiu o executivo chinês.

O Conselho de Estado apelou às empresas para “aproveitarem as vantagens do enorme mercado chinês” e “fazerem mais esforços para atrair e utilizar o investimento estrangeiro e fazê-lo de forma mais eficaz”.

O executivo admitiu que ainda é necessário mais trabalho para garantir que as empresas com investimento estrangeiro serão tratadas como de forma igual às locais, “reforçar a sua protecção” e “fornecer apoio fiscal e tributário”. O comunicado não revelou, no entanto, pormenores sobre as medidas concretas que serão implementadas.

Jogo económico

As empresas estrangeiras presentes na China, principalmente as europeias e norte-americanas, têm nos últimos anos pressionado as autoridades a reduzir os sectores ou actividades proibidas ou restritas ao investimento estrangeiro.

Os governos e instituições da UE têm acusado Pequim de falta de reciprocidade no acesso das empresas europeias ao mercado chinês, alegando ainda que as empresas chinesas desfrutam de subsídios e muito mais liberdade para operar, investir ou comprar entidades na Europa.

Por outro lado, a China alterou, em Julho, a Lei de Contraespionagem para incluir a “colaboração com organizações de espionagem e seus agentes” na categoria de espionagem e proibir a transferência de qualquer informação relacionada com a segurança nacional.

Em Maio, a polícia chinesa entrou nos escritórios de duas consultoras, a Bain & Co. e Capvision, e de uma empresa de diligência prévia, a Mintz Group.

Estas investigações semearam preocupação no sector e entre potenciais investidores estrangeiros, apesar de Pequim ter defendido de que se tratavam de acções isoladas.

Na quarta-feira, o Presidente dos EUA, Joe Biden, assinou uma ordem executiva que limita o investimento em tecnologias mais avançadas, como a inteligência artificial ou em computação quântica, na China.

Após um início de ano promissor, a recuperação pós-pandemia da economia chinesa tem mostrado sinais de desaceleração, crescendo 6,3 por cento em termos homólogos no segundo trimestre, menos do que o esperado.

O índice de preços ao consumidor, o principal indicador da inflação na China, registou uma queda homóloga, de 0,3 por cento, em Julho, num fenómeno designado como deflação, que reflecte debilidade no consumo doméstico e investimento.

14 Ago 2023

Country Garden | Acções afundam após construtora falhar pagamentos

A crise do imobiliário na China conheceu mais um episódio com a queda colossal das acções da Country Garden na praça financeira de Hong Kong

 

As acções da Country Garden, uma das maiores construtoras da China, afundaram ontem mais de 15 por cento na Bolsa de Valores de Hong Kong, numa altura em que a precária saúde financeira da empresa preocupa os mercados.

A situação da Country Garden é consequência directa de uma crise de liquidez sem precedentes no imobiliário da China, suscitada por uma campanha lançada por Pequim para reduzir os níveis de alavancagem no sector, que representa um quarto do PIB chinês.

A Country Garden está presente sobretudo em cidades de pequena e média dimensão e emprega dezenas de milhares de funcionários. O grupo consta na lista das 500 maiores empresas do mundo da Forbes e a sua líder, Yang Huiyan, era até recentemente a mulher mais rica da Ásia.

Mas a Country Garden não conseguiu na segunda-feira passada cumprir com o pagamento do cupão de dois títulos obrigacionistas. O grupo corre assim o risco de entrar oficialmente em incumprimento após um período de carência de 30 dias.

A empresa estimou a sua dívida em cerca de 150 mil milhões de euros, no final de 2022. A agência Bloomberg estima que a dívida ascende a cerca de 176 mil milhões de euros. As acções da Country Garden tombaram 16,3 por cento na Bolsa de Valores de Hong Kong, a meio da sessão de ontem.

Crise geral

A dona da Country Garden admitiu na sexta-feira passada numa carta que a empresa enfrenta as “maiores dificuldades” desde a sua criação por causa da conjuntura económica.

Yang Huiyan, que se tornou bilionária aos 25 anos ao herdar as acções do grupo fundado pelo pai, disse, no entanto, que a Country Garden vai lutar pela sua sobrevivência.

Tal como no caso da Evergrande, cujo passivo supera os 300 mil milhões de euros, qualquer colapso da Country Garden teria repercussões catastróficas no sistema financeiro e na economia chinesa. O grupo, que deve publicar os seus resultados semestrais ainda este mês, diz esperar um prejuízo líquido entre 5,6 e 7 mil milhões de euros.

Segundo a agência de ‘rating’ Moody’s, 3,9 mil milhões de euros em títulos de dívida emitidos pela empresa vão vencer em 2024. A Moody’s baixou na quinta-feira a classificação da dívida do grupo para “Caa2”, sinónimo de “risco de crédito muito alto”.

A reforma habitacional na China, no final da década de 1990, levou a um ‘boom’ no sector, alimentado pelas normas sociais. A aquisição de casa própria é muitas vezes pré-requisito para casar.

No entanto, em 2021, os reguladores chineses passaram a exigir às construtoras um tecto de 70 por cento na relação entre passivo e activos e um limite de 100 por cento da dívida líquida sobre o património, suscitando uma crise de liquidez no sector.

A falta de liquidez no sector fez com que várias obras em todo o país fossem obrigadas a parar, o que resultou, no Verão passado, num “boicote às hipotecas”, que se estendeu a mais de uma centena de cidades, com os compradores de apartamentos inacabados a deixarem de pagar a prestação mensal aos bancos.

Nos últimos meses, o Governo mudou de rumo e anunciou várias medidas de apoio, inclusive a abertura de linhas de crédito, cujo objectivo prioritário é finalizar empreendimentos cujas obras ficaram por completar.

14 Ago 2023

Part-time | PJ alerta para casos de burla

A Polícia Judiciária (PJ) emitiu ontem um alerta de burlas que estão a ser cometidas através de falsos anúncios de recrutamento, nas redes sociais, para trabalhos a tempo parcial.

Segundo um comunicado, as denúncias dão conta que, “quando as vítimas fizeram o contacto, alguém lhes respondeu que já não havia vaga de emprego anunciada, tendo-lhes então recomendado um outro emprego em part-time”. Para concorrerem a essa vagas, bastava fazerem “like” nas publicações e inscreverem-se no site, concluindo as tarefas exigidas, sendo que, após estas tarefas, poderiam receber um vencimento. “Todavia, para que recebesse a remuneração, deveria preencher imediatamente os seus dados pessoais, da conta bancária, bem como transmitir código de verificação do banco enviado por SMS”, descreve a PJ, sendo que as vítimas não receberam quaisquer fundos depois de terem realizado as tarefas pedidas, mas perceberam que “alguém desconhecido tinha levantado dinheiro da sua conta bancária”.

Desta forma, a PJ “apela aos cidadãos para terem cuidado quando procurarem um emprego e para não revelarem os seus dados pessoais e nem o código de verificação do banco”.

14 Ago 2023

Táxis pretos | Associação desenvolve aplicação para marcações

A Associação de Mútuo de Condutores de Táxi de Macau está a desenvolver uma aplicação de telemóvel para marcações de táxis de cor preta, cujo lançamento deverá acontecer ainda este ano.

Segundo o jornal Ou Mun, o presidente da associação, Tony Kuok, adiantou que a aplicação está ainda em fase de testes, precisando de ser melhorada. Prevê-se ainda que o serviço seja gratuito numa fase inicial, cobrando-se depois uma pequena taxa de marcação aos clientes. Tony Kuok lembrou que, actualmente, existem cerca de 1,3 mil táxis de cor preta a operar em Macau e que a futura aplicação será conveniente tanto para residentes como para turistas, pois, além de servir para chamar uma viatura, terá informação sobre o tempo que esta demora a chegar ao destino e outros dados do veículo e condutor. O responsável acredita ainda que o uso da aplicação poderá levar a um aumento das receitas dos táxis. Desta forma, Tony Kuok considera que as autoridades não precisam de implementar uma legislação específica sobre as plataformas digitais de marcação de veículos, devendo o Governo emitir apenas mais 200 licenças de táxis que podem depois corresponder às plataformas online.

Já o presidente da Associação dos Comerciantes e Operários de Automóveis de Macau, Leng Sai Wai, sugeriu que seja incluído, no sistema central dos táxis, o serviço de marcação e pedido de viaturas, para que se aproveitem os recursos já existentes e se resolva o problema das dificuldades em apanhar um táxi.

14 Ago 2023

Turismo | Macau apontado como principal destino do Interior

Um comunicado do Gabinete de Comunicação Social destaca que mais de 50 por cento dos turistas do Interior elegeram Macau como principal destino de férias

 

Macau é o principal destino turístico dos residentes do Interior China, segundo os em dados oficiais sobre a primeira metade do ano. A afirmação foi feita no passado domingo pelas autoridades de Macau, que têm apostado no regresso dos turistas, depois da implementação durante quase três anos da política de zero casos de covid-19.

O relatório sobre o turismo externo no primeiro semestre de 2023, divulgado pela Academia de Turismo da China, “mostra que Hong Kong, Macau e Taiwan representam 80 por cento dos destinos de viagens escolhidos pelos residentes do interior da China, durante o primeiro semestre do corrente ano, com Macau a ficar no primeiro lugar do ‘ranking’, com uma taxa de 50 por cento”, aponta o comunicado emitido Gabinete de Comunicação Social.

“O relatório indica que, no primeiro semestre do corrente ano, os diversos destinos turísticos receberam no total 40,37 milhões de turistas da China, enquanto Hong Kong, Macau e Taiwan são as regiões principais de turismo dos residentes do interior da China, tendo recebido cerca de 79,89 por cento de turistas chineses, dentro dos quais Macau representa 50,9 por cento, Hong Kong 26,66 por cento e Taiwan 2,33 por cento”, pode ler-se na mesma nota.

De acordo com os dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos de Macau (DSEC), o número acumulado de visitantes da China continental entre Janeiro e Junho “representa uma recuperação de 52,7 por cento, comparativamente ao período homólogo do ano de 2019, a mais rápida entre as regiões vizinhas, em comparação”.

Mais visitantes

Só em Junho, Macau registou 2,2 milhões de visitantes, mais 480 por cento do que em igual mês de 2022, mas ainda assim sem alcançar os três milhões contabilizados no mesmo período de 2019, pré-pandemia de covid-19.

A maioria dos visitantes continua a ser da China continental: 1,4 milhões. Na primeira metade do ano chegaram a Macau 11,6 milhões de visitantes, indicou a DSEC.

O número representa mais 236,1 por cento do que em igual mês do ano passado, mas ainda assim quase metade em relação ao primeiro semestre de 2019.

Macau, que à semelhança da China seguia a política ‘zero covid’, anunciou em meados de Dezembro o cancelamento gradual da maioria das medidas de prevenção e contenção, depois de quase três anos de rigorosas restrições. A RAEM reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo turistas, a partir de 8 de Janeiro.

Recorde de entradas

No sábado entraram em Macau cerca de 139.000 turistas, o maior volume diário registado dos últimos três anos e meio, com a taxa de ocupação hoteleira a ultrapassar os 90 por cento, relevou ontem o vice-director dos Serviços de Turismo (DST), Cheng Wai Tong, em declarações ao canal chinês da Rádio Macau.

O responsável acrescentou que desde que começou o período de férias de Verão, em Julho, o fluxo de turistas que chegaram a Macau aumentou, evolução que traz optimismo ao Governo em relação à performance da indústria do turismo na segunda metade do ano.

O vice-director da DST comentou ainda o facto de Macau ter surgido em primeiro lugar na lista de destinos turísticos entre turistas chineses, divulgado pela Academia de Turismo da China, mostrando-se muito satisfeito com os resultados e afirmou que as campanhas promocionais organizadas pela DST estão a resultar.

14 Ago 2023

Ringue de patinagem | Pedida mais transparência no projecto

O deputado Ron Lam U Tou queixa-se de falta de transparência no projecto de construção de um ringue de patinagem nos lotes de terreno que o Governo vai leiloar na Taipa, e que inclui ainda um parque de estacionamento e uma zona de lazer.

Segundo o jornal Ou Mun, o responsável considera que as autoridades devem ser transparentes neste processo ao invés de tomar decisões de forma imprudente. Ron Lam U Tou disse que ouviu alguns detalhes sobre o projecto no último debate no hemiciclo que contou com a presença do Chefe do Executivo, frisando que o Governo deve ter argumentos fortes que justifiquem a urgência do projecto, ouvindo todas as partes interessadas no mesmo.

O deputado lembrou ainda que muitos atletas locais de patinagem se queixam de espaços para treinos com base em normas internacionais, lacuna sentida por praticantes de outras modalidades.

14 Ago 2023

Apoios | FAOM quer mais ajuda a desfavorecidos

A deputada Ella Lei considera que o Governo precisa de lançar mais apoios aos grupos desfavorecidos do território, como os idosos, pessoas com limitações física e mentais e desempregados.

Foi desta forma que a legisladora ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) reagiu, de acordo com o Jornal do Cidadão, ao facto de Ho Iat Seng ter declarado que o Executivo se encontra a trabalhar no orçamento do próximo ano.

Para Lei, é urgente que o Governo tenha em conta os grupos vulneráveis, porque apesar de reconhecer que houve muitos apoios durante a pandemia, as pessoas estão mais pobres e o contexto actual exige uma política social. A deputada argumentou ainda que embora o Governo não deseje aumentar os números do orçamento, deve ter uma política de apoios sociais mais bem orientada, para canalizar os fundos para quem realmente precisa.

14 Ago 2023

Energia | Governo admite proibir veículos a gasolina

Apesar de não ter um calendário, o Governo admite proibir os veículos a gasolina no território. A informação consta do parecer da Comissão de Acompanhamento para os Assuntos da Administração Pública, que analisou a “política da RAEM sobre a promoção da utilização de veículos movidos a novas energias”.

A questão foi suscitada por alguns deputados, não identificados, que se mostraram preocupados com a possibilidade de os veículos clássicos também ficarem proibidos de circular na RAEM. Contudo, os representantes do Executivo admitiram à comissão prestar atenção ao assunto: “No futuro, ao lançar-se o calendário referente à proibição da circulação dos veículos movidos a gasolina, a questão relativa aos veículos antigos, será, com certeza, tida em consideração”, pode ler-se no parecer.

No encontro com os legisladores, o Governo anunciou ainda estar a preparar “a elaboração de um regulamento administrativo para regular a circulação e a utilização de veículos antigos”. Actualmente, estes veículos clássicos podem circular nas vias públicas, desde que passem as inspecções anuais.

Sobre o futuro regulamento, os deputados vincaram a necessidade de ser feita uma auscultação pública que oiça não só os cidadãos, mas também as associações. Os deputados defenderam ainda que o regulamento seja “publicado e implementado com a maior brevidade possível”.

14 Ago 2023

ONU | Preocupação com repatriações forçadas para a Coreia do Norte

A Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos manifestou grande preocupação com o repatriamento forçado de norte-coreanos da China e outros locais, depois de críticas de algumas organizações, que apontaram à ONU um “silêncio inaceitável”.

Na sexta-feira, vários grupos de defesa dos direitos humanos emitiram uma declaração, que visa o alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, e o seu gabinete, afirmando que “não é demasiado tarde” para “instar publicamente a China a pôr termo ao desaparecimento forçado e ao repatriamento forçado dos fugitivos norte-coreanos” e permitir avaliações individuais para determinar se podem ser considerados refugiados.

Estes grupos incluem famílias de pessoas que foram raptadas e enviadas de volta para a Coreia do Norte, desertores norte-coreanos e a entidade ‘Transitional Justice Working Group’, sedeada em Seul, na Coreia do Sul, que monitoriza e analisa o historial dos direitos humanos da Coreia do Norte.

As organizações alertaram para a possibilidade de os repatriamentos chineses de fugitivos norte-coreanos poderem aumentar se a Coreia do Norte aliviar as restrições fronteiriças após um prolongado encerramento devido à covid-19, o que pode permitir “o recomeço do repatriamento forçado de cerca de 2.000 norte-coreanos detidos como ‘migrantes ilegais’ na China”, citando um relatório da ONU sobre o historial dos direitos da Coreia do Norte apresentado à Assembleia Geral da organização em Outubro.

A questão acontece ainda no período que antecede os Jogos Asiáticos em Hangzhou, na China, no final de Setembro e início de Outubro.

14 Ago 2023

Japão e EUA vão desenvolver novo sistema antimísseis hipersónicos

O Japão e os Estados Unidos decidiram desenvolver conjuntamente um novo sistema antimísseis destinado a interceptar mísseis hipersónicos, perante os avanços da China, Rússia e Coreia do Norte neste campo, noticiaram no domingo os ‘media’ nipónicos.

A iniciativa visa melhorar a preparação conjunta para ameaças de armas que seriam difíceis de combater com a actual rede de defesa antimíssil, e poderá ser anunciada durante a visita do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, a Washington no final da semana, disseram fontes governamentais ao diário japonês Yomiuri.

Se o projecto for para a frente, será o segundo sistema interceptor de mísseis desenvolvido conjuntamente pelos EUA e pelo Japão, depois do SM3 Block 2A.

O objectivo é que o novo sistema seja capaz de interceptar mísseis como os utilizados pela Rússia na guerra da Ucrânia, os testados pela China ou os que estão a ser desenvolvidos pela Coreia do Norte, e que esteja operacional dentro de uma década, segundo o jornal japonês.

Parceria defensiva

Os mísseis hipersónicos são capazes de voar a velocidades até cinco vezes superiores à velocidade do som (Mach 5) e a baixas altitudes e em trajectórias irregulares, o que os torna particularmente difíceis de detectar e interceptar com as tecnologias actuais.

O projecto poderá ser anunciado durante a cimeira entre Kishida e o Presidente dos EUA, Joe Biden, prevista para sexta-feira. O encontro vai acontecer no âmbito da visita do líder japonês a Washington para participar numa reunião trilateral com Biden e o líder sul-coreano, Yoon Suk-yeol.

As reuniões poderão também anunciar novos passos no sentido de uma cooperação trilateral mais estreita para melhorar as capacidades conjuntas de detecção de mísseis e aproveitar o que já se alcançou na partilha de dados de radar em tempo real.

O Japão também pretende intensificar a colaboração em tecnologia de satélites com os Estados Unidos, com o objectivo de reforçar as capacidades de defesa aeroespacial, como parte da estratégia para expandir o âmbito do poder militar face ao que classifica de ameaças crescentes da China e da Coreia do Norte.

14 Ago 2023

Bienal Arte Macau | Four Seasons acolhe exposição de três artistas locais

“Além as Formas: Estética da Arte Contemporânea” é o nome da exposição do trio de artistas Lei Ieng Wei, Leong Chi Mou e Lai Sio Kit, que integra o cartaz da Bienal Internacional de Arte de Macau. A mostra pode ser vista até Outubro na Sands Gallery

 

É mais uma iniciativa cultural integrada no extenso cartaz da edição deste ano da Arte Macau – Bienal Internacional de Arte de Macau. Inaugurada esta quarta-feira, a exposição “Além das Formas: Estética da Arte Contemporânea” é o nome da mostra com obras do trio de artistas Lei Ieng Wai, Leong Chi Mou e Lai Sio Kit. Esta iniciativa pode ser visitada até ao dia 15 de Outubro na Sands Gallery, no sexto piso do Grand Suites do empreendimento Four Seasons.

Com curadoria de Kitman Leong, esta exposição conta com a co-organização da Sociedade de Artistas de Macau e coordenação artística da Associação de Arte Juvenil de Macau.

Trata-se de uma mostra que pretende ser “uma plataforma para a promoção do intercâmbio e cooperação entre talentos locais e internacionais”, sendo que os três artistas “revelam o seu próprio entendimento sobre vários temas em torno do desenvolvimento económico de Macau”, nomeadamente no que diz respeito aos dados, valores e crenças, tendo em conta que o tema central da Bienal deste ano é “A Estatística da Fortuna”.

Com os trabalhos artísticos em exposição, os três artistas “mostram as memórias da sua terra natal, os sentimentos que possuem pelo país e ainda a paixão pela arte através de técnicas artísticas únicas”, revelando, ao mesmo tempo, uma ligação profunda ao “património cultural de Macau”.

Lok Hei, presidente da Sociedade de Artistas de Macau, afirmou que a aposta foi feita na reunião de artistas locais, “especialmente jovens, com o objectivo de promover o seu desenvolvimento, inspirando assim mais pessoas na cidade a envolverem-se em actividades espirituais que enriquecerão as suas vidas”. Esta mostra pretende ainda, segundo o responsável, “chamar a atenção para a importância das ideias por detrás das obras de arte, ao mesmo tempo que promove o crescimento dos artistas emergentes locais”.

Citada por um comunicado divulgado pela Sands, Lai Sio Kit declarou que tanto ele como os restantes artistas tiveram “total liberdade criativa na produção das obras”. “Tanto quanto sei, nas últimas duas edições da Arte Macau, foram apresentadas, sobretudo, obras de artistas estrangeiros. Por isso, estamos entusiasmados com o apoio dado aos artistas locais na edição deste ano”, apontou.

Formas e visões

No caso dos trabalhos de Lei Ieng Wai, o tema central é a “Luz”, demonstrando-se “espectros virtuais em telas repletas de cores e frequências deslumbrantes”. Já Lai Sio Kit resolveu contar “histórias de uma cidade através de azulejos gastos”, tendo recorrido à temática do “Tempo”. Leong Chi Mou, por sua vez, “visualizou a forma como as pessoas conferem um valor real à moeda em circulação” através da série “Projecto Alquimista”.

Lei Ieng Wai formou-se na Academia de Belas Artes de Guangzhou com um mestrado e licenciatura, possuindo uma especialização em pintura a óleo. As suas obras já estiveram expostas, além de Macau, na China, Hong Kong, Taiwan, Singapura, Malásia, Austrália, Estados Unidos, França e Portugal. As suas muitas exposições individuais incluem “Steal Into”, “Emptiness”, “Dimensional Sequence” e “Time Spectrum”. Actualmente, é vice-presidente da Associação de Arte Juvenil de Macau.

Por sua vez, Leong Chi Mou é artista a tempo inteiro e fundador do Estúdio Chi-Mou. Licenciado em pintura a óleo pela Universidade Politécnica de Macau, Leong começou desde a infância a aprender técnicas de pintura chinesa, sem qualquer orientação. Mais tarde, partiu para a exploração de diferentes técnicas da pintura ocidental e oriental. Actualmente, é também membro da Sociedade de Artistas de Macau e da Associação de Arte Juvenil de Macau.

Lai Sio Kit tem também formação superior em pintura a óleo pela Academia Central de Belas Artes de Pequim, tendo já exposto em países e regiões como a China, Hong Kong, Macau, Taiwan, Singapura, Portugal e Estados Unidos. Realizou mais de 17 exposições individuais, incluindo “Splashing Brilliance”, “Eternity in an Hour” e “The Secret Garden”.

11 Ago 2023

HK | Polícia prende 10 pessoas acusadas de apoiar activistas

A polícia de Hong Kong deteve ontem 10 pessoas sob suspeita de colocarem em risco a segurança nacional, através do alegado envolvimento com um fundo entretanto extinto, que visava apoiar manifestantes detidos durante os protestos pró-democracia de 2019.

Os quatro homens e seis mulheres são suspeitos de conspirar com o 612 Humanitarian Relief Fund, para receberem doações do exterior e fornecerem apoio financeiro a pessoas que fugiram de Hong Kong ou a organizações que pediram sanções contra a cidade, disse a polícia.

O comunicado da polícia não identificou os suspeitos ou as pessoas e organizações que supostamente foram apoiadas por eles.

Desde 2020, mais de 260 pessoas foram presas em Hong Kong, sob uma lei de segurança nacional imposta por Pequim ao território, incluindo muitos dos principais activistas pró-democracia da cidade.

No ano passado, os ex-administradores do fundo, incluindo o cardeal católico Joseph Zen, a cantora Denise Ho e a ex-parlamentar pró-democracia Margaret Ng foram também presos. A prisão de Zen, em particular, chocou a comunidade católica.

Embora as acusações não incluam violações contra a segurança nacional, foram multados num processo separado, em Novembro passado, por não terem registado o fundo, que encerrou operações em 2021.

A polícia intensificou também a sua campanha para atingir oito activistas de Hong Kong radicados no exterior, incluindo os ex-deputados pró-democracia Nathan Law, Ted Hui e Dennis Kwok, que estão acusados de violar a lei de segurança nacional.

As autoridades ofereceram recompensas de um milhão de dólares de Hong Kong por informações que levem à prisão de cada um deles.

11 Ago 2023

Lusofonia | Pequim volta a permitir viagens organizadas a quatro países

A China incluiu ontem a Guiné Equatorial, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe, países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP), num terceiro lote de destinos para onde vai permitir viagens de turismo em grupo.

A decisão, anunciada pelo ministério do Turismo e da Cultura do país asiático, abrange um total de 82 países, para além dos 40 incluídos nos dois primeiros lotes.

Destinos populares entre os viajantes internacionais, como os Estados Unidos ou o Reino Unido, passam assim a estar novamente disponíveis para os turistas chineses que viajam em grupos organizados.

No início de Fevereiro, Pequim voltou a permitir o turismo em grupo para cerca de 20 países, incluindo destinos como Tailândia ou Indonésia. Portugal foi incluído no segundo lote, aprovado no mês seguinte, assim como Brasil, França e Espanha.

A China, que era o maior emissor de turistas do mundo até ao eclodir da pandemia da covid-19, manteve as fronteiras encerradas durante quase três anos, no âmbito da política de ‘zero casos’ do novo coronavírus, que foi desmantelada, em Dezembro passado, após protestos ocorridos em várias cidades do país.

No âmbito daquela política, quem chegava ao país tinha que cumprir um período de quarentena de até três semanas em instalações designadas. O número de voos internacionais foi reduzido até 2 por cento face ao período anterior à pandemia.

11 Ago 2023

Hong Kong | Brasileiro detido no aeroporto com droga

A droga, avaliada em cem mil euros, vinha escondida em 77 cápsulas no interior do corpo do homem de 27 anos

A polícia de Hong Kong anunciou ontem ter detido um passageiro que voou do Brasil para a região chinesa com 700 gramas de cocaína, no valor de quase cem mil euros, no interior do corpo.

Num comunicado, a Alfândega de Hong Kong revelou que detectou na terça-feira um homem que chegou ao aeroporto do território vindo do Brasil através do Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e de Banguecoque, capital da Tailândia.

O passageiro foi considerado “suspeito de ter drogas perigosas escondidas no corpo”, tendo sido levado para um hospital para ser submetido a exames, referiu a Alfândega.

Os exames confirmaram que o homem tinha engolido um total de 77 cápsulas de cocaína, com um valor de mercado de 850 mil dólares de Hong Kong, acrescentou a polícia.

O homem de 27 anos foi detido e a polícia sublinhou que a investigação está ainda a decorrer.

As autoridades sublinharam que, “após a retoma das viagens e deslocações normais com o Interior [da China] e outras partes do mundo, o número de visitantes em Hong Kong tem aumentado constantemente”.

Desde meados de Dezembro que a metrópole abandonou a política chinesa de ‘zero covid’, com a restrição das entradas no território, aposta em testagens em massa, confinamentos de zonas de risco e quarentenas.

A Alfândega de Hong Kong prometeu “continuar a aplicar uma abordagem de avaliação de risco e concentrar-se na seleção de passageiros de regiões de alto risco”.

Bagagem brasileira

O crime de tráfico de droga é punido na região chinesa com uma multa de até cinco milhões de dólares de Hong Kong e uma pena de prisão que pode ser perpétua.

Em Junho, a polícia de Hong Kong deteve uma passageira que voo do Brasil para a cidade com quase um quilo de cocaína, no valor de 124 mil euros, escondida dentro de latas de perfumes.

Em Maio, a polícia do território deteve, em dois dias consecutivos, três passageiros que voaram do Brasil para a região com um total de 1,6 quilos de cocaína, no valor de 1,3 milhões de dólares de Hong Kong, no interior do corpo.

Um deles, um homem, de 22 anos, tinha também partido do Brasil e passado pelo Dubai e pela Tailândia antes de aterrar na região chinesa.

Em Setembro de 2022, a polícia anunciou a apreensão de 16,5 quilos de cocaína, com um valor de mercado de 14 milhões de dólares de Hong Kong, no interior de contentores, vindos do Brasil, com fibras de algodão.

11 Ago 2023

Wynn Macau regressa aos lucros após três anos de prejuízos

A operadora de jogo Wynn Macau anunciou ontem um lucro de 121,7 milhões de dólares no segundo trimestre, o primeiro resultado positivo depois de três anos consecutivos com prejuízos devido à pandemia de covid-19.

A concessionária tinha registado um prejuízo de 49,7 milhões de dólares no trimestre anterior e uma perda de 185,3 milhões de dólares em igual período de 2022.

A última vez que a Wynn Macau registou lucros foi no último trimestre de 2019, antes do início da pandemia de covid-19, que levou as seis concessionárias de jogo em casino a acumularem prejuízos sem precedentes.

“Em Macau, a recuperação pós-covid acelerou durante o trimestre, com força particular nos nossos negócios de jogos de massas, retalho de luxo e hotéis”, afirmou, em comunicado, Craig Billings, o presidente executivo da empresa mãe, a Wynn Resorts.

A Wynn Macau regressou aos lucros graças à recuperação das receitas dos dois casinos, que cresceram seis vezes em comparação com o segundo trimestre de 2022, atingindo 243 milhões de dólares.

Uma subida que se deveu sobretudo ao segmento de jogo de massas, cujas receitas nos casinos da Wynn Macau atingiram 216,4 milhões de dólares, sete vezes mais do que em igual período do ano passado.

As receitas do segmento VIP também quadruplicaram, para 57,8 milhões de dólares, mas este valor representa apenas 20,2 por cento das receitas registadas em igual período de 2019.

Efeitos mais profundos

Além da pandemia, o segmento VIP sofreu o impacto da detenção, em Novembro de 2021, do líder da maior empresa angariadora de apostas VIP do mundo, a Suncity. Alvin Chau Cheok Wa foi condenado em Janeiro a 18 anos de prisão por exploração ilícita de jogo.

Entre Janeiro e Julho, as receitas da indústria do jogo em Macau cresceram 263 por cento, em comparação com igual período de 2022, atingindo 96,8 mil milhões de patacas, contra 174 mil milhões de patacas arrecadados em igual período de 2019.

A Wynn Macau não é a primeira operadora a apresentar lucros entre Janeiro e Junho deste ano, anteriormente a MGM China tinha anunciado um lucro de 820,9 milhões de dólares. Por sua vez, também a Melco havia apresentado uma melhoria nos resultados face ao tempo da pandemia, mas ainda assim com perdas de 104,7 milhões de dólares americanos.

11 Ago 2023

Emprego | Abertas inscrições para feiras com 357 vagas

Estão abertas a partir de hoje, e até ao meio-dia de 16 de Agosto, inscrições para três feiras de emprego organizadas pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), onde serão disponibilizadas 357 vagas de emprego.

A primeira sessão, marcada para a manhã do dia 17 de Agosto, será dedicada ao sector de restauração, proporcionando 27 vagas para supervisor da loja, auxiliar do supervisor da loja, operador de caixa, agente dos serviços de restauração, cozinheiro e auxiliar do cozinheiro.

No dia 18 de Agosto, na parte de manhã, serão disponibilizadas 177 vagas para o sector da hotelaria para os cargos de empregado de recursos humanos e administrativo, empregado de assuntos financeiro, técnico de redes, coordenador da secção de limpeza e arrumação de quartos, agente dos serviços no lobby do hotel, agente dos serviços de VIP, auxiliar de rouparia e secção de uniforme, agente dos serviços de restauração e cozinheiro.

Na parte da tarde do mesmo dia, será realizada a sessão de emparelhamento para o sector dos serviços integrados de entretenimento, com 153 vagas de emprego, envolvendo agente de aquisição, agente de armazém, operador de caixa, agente dos serviços de loja, embaixador de serviços de cinema, projeccionista, agente de serviços de restauração, cozinheiro e detalhista automóvel.

A sessão do dia 17 de Agosto realiza-se na sede da FAOM na Rua da Ribeira do Patane, n.º 2-6, enquanto as sessões do dia seguinte estão marcadas para o 16.º andar do Treasure Island Resort World Hotel em Macau.

11 Ago 2023

Mar do Sul da China | Pequim acusa Filipinas de se deixarem manipular pelos EUA

O Ministério das Relações Exteriores da China, pela segunda vez em poucos dias, instou as Filipinas a rebocar imediatamente o navio militar “encalhado” no recife Ren’ai Jiao (também conhecido Recife Ren’ai) e restaurar o seu estado original de não ter pessoal ou instalações naquela ilhota, de acordo com uma declaração de terça-feira do ministério, enfatizando que o recife Ren’ai faz parte do Nansha Qundao (Ilhas Nansha) da China.

“As Filipinas prometeram explicitamente várias vezes rebocar o navio militar deliberada e ilegalmente ‘encalhado’ em Ren’ai Jiao. No entanto, 24 anos se passaram e, em vez de rebocá-lo, as Filipinas procuraram repará-lo e reforçá-lo em grande escala, a fim de ocupar permanentemente Ren’ai Jiao”, lê-se no comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Também na terça-feira, Wu Qian, porta-voz do Ministério da Defesa Nacional chinês, disse, em resposta à última declaração do Departamento de Defesa dos EUA sobre o assunto, que “as observações dos EUA ignoram os factos e acusam sem fundamento a China das suas acções legítimas e legais de aplicação da lei marítima. A China opõe-se firmemente a esta atitude”.

O porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, Patrick Ryder, disse no domingo no X (antigo Twitter) que “estamos ao lado dos nossos aliados filipinos na condenação dos esforços da RPC para impedir as operações legais no Second Thomas Shoal”.

Wu afirmou que “os EUA não são parte na questão do Mar do Sul da China e não têm o direito de interferir na mesma. Exigimos que os EUA deixem imediatamente de utilizar a questão do Mar do Sul da China para criar problemas e semear a discórdia, e respeitem genuinamente a soberania territorial da China e os direitos e interesses marítimos no Mar do Sul da China, bem como os esforços positivos desenvolvidos pelos países da região para manter a paz e a estabilidade no Mar do Sul da China”.

Os navios da Guarda Costeira da China (CCG) interceptaram legalmente e tomaram medidas de aplicação de avisos. Perante a ineficácia dos avisos através de múltiplas comunicações verbais, foram utilizados canhões de água como forma de evitar o confronto directo e a colisão, observou Wu.

“As operações no local foram razoáveis, legais, profissionais e em conformidade com os regulamentos. A China continuará a tomar as medidas necessárias para salvaguardar firmemente a sua soberania nacional e apela às Filipinas para que cumpram os seus compromissos e cessem imediatamente todas as acções provocatórias”, afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa chinês.

“O exército chinês cumprirá resolutamente os seus deveres e missões e salvaguardará firmemente a soberania nacional e os direitos e interesses marítimos”, disse Wu.

Os analistas afirmaram que a China continua a insistir numa via diplomática para resolver o problema e que continua a instar as Filipinas a cumprirem a sua promessa, e que as forças policiais chinesas não prejudicarão o pessoal das Filipinas, mas impedirão Manila de reforçar a embarcação militar na região. “Se as forças armadas dos EUA se envolverem e incitarem Manila a provocar ainda mais a China para agravar a tensão, as forças armadas chinesas estão também totalmente preparadas para qualquer eventual escalada da situação, a fim de salvaguardar eficazmente a soberania e os direitos legítimos da China, embora esta não queira que a tensão aumente”, afirmaram.

Divulgação de provas

Na terça-feira, o CCG divulgou um vídeo que mostra como o navio do CCG reagiu com uma contenção racional durante todo o processo. O vídeo, que tem a duração de 2 minutos e 40 segundos e foi gravado às 9h40 do dia 5 de agosto, mostra que o navio 5201 da CCG lançou um canhão de água de aviso contra um navio das Filipinas.

Analistas que viram o vídeo disseram, na terça-feira, que o navio CCG não alterou a sua rota durante toda a operação e que foi quando o barco filipino mostrou a sua determinação em entrar nas águas perto do recife Ren’ai que a parte chinesa disparou canhões de água contra ele para o avisar e afastar.

“O CCG demonstrou grande contenção nas suas acções face à intrusão das Filipinas. Foi precisamente devido à contenção profissional da China, e não ao uso intencional da força como outros países teriam feito em casos semelhantes, que o incidente não se transformou numa grande colisão”, disse Tian Shichen, capitão reformado da Marinha e fundador do grupo de reflexão independente Global Governance Institution e director do instituto não governamental International Center for the Law of Military Operations na terça-feira.

“Foi o departamento de aplicação da lei da China que se envolveu no incidente e não os navios de guerra militares chineses, o que torna a natureza do conflito diferente”, salientou Tian. “No entanto, nenhum país deve ser ingénuo ao ponto de encarar a contenção da China como uma forma de sucumbir, ser intimidado ou ser forçado a fazer concessões”, sublinhou Tian.

A posição da China de exigir que as Filipinas rebocassem o navio de guerra “encalhado” nunca foi alterada nos últimos anos, nem o será desta vez, disse Ge Hongliang, diretor do Centro de Investigação de Segurança Marítima China-ASEAN da Universidade de Nacionalidades de Guangxi.

Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China esclareceu na terça-feira que a causa da actual situação no recife de Ren’ai se deve ao facto de a parte filipina ter ignorado a boa vontade e a sinceridade da China e ter avançado com o envio de materiais de construção para reparar e reforçar o navio militar “encalhado” em grande escala.

Mais tarde, na terça-feira, a Embaixada da China nas Filipinas divulgou um comunicado afirmando que, desde o início deste ano, a China propôs uma série de iniciativas marítimas às Filipinas, incluindo a gestão da situação no recife de Ren’ai, e tem estado a aguardar a reação do lado filipino.

“O Mar do Sul da China não é um “parque de caça” para países de fora da região fazerem maldades e semearem a discórdia”, disse a embaixada chinesa, opondo-se a quaisquer palavras ou actos que criem tensão e provoquem confrontos no Mar do Sul da China, e instando os EUA a respeitarem seriamente a soberania territorial da China e os direitos e interesses marítimos no Mar do Sul da China. O porta-voz criticou a acção das Filipinas como uma grave violação do direito internacional e da Declaração sobre a Conduta das Partes no Mar do Sul da China (DOC) assinada entre a China e os países membros da ASEAN.

Apesar do diferendo, a China tem continuado a insistir que está aberta ao diálogo para encontrar uma solução. Na declaração de terça-feira, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros apelou às Filipinas para que tratassem correctamente as questões marítimas através do diálogo. “A China está disposta a continuar a trabalhar com as Filipinas para lidar correctamente com as questões marítimas através do diálogo e da consulta e defender conjuntamente as relações bilaterais e a estabilidade marítima”, afirmou o porta-voz do ministério.

Durante a reunião entre o embaixador chinês nas Filipinas, Huang Xilian, e a subsecretária dos Negócios Estrangeiros das Filipinas, Theresa Lazaro, na segunda-feira, Huang afirmou que o recurso a propaganda e a introdução de terceiros não ajudará a resolver a questão e só complicará a situação. Huang apelou às Filipinas para que iniciem o processo de negociação o mais rapidamente possível.

“A China tem estado a aguardar as reacções das Filipinas e espera que as duas partes possam lançar diálogos o mais rapidamente possível para salvaguardar conjuntamente a paz e a tranquilidade nas águas relevantes”, lê-se num comunicado divulgado pela Embaixada da China nas Filipinas.

Não se deixem usar

“Os Estados Unidos têm vindo a apoiar descaradamente as Filipinas, que infringem a soberania da China, mas essas manobras não serão bem sucedidas”, afirmou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China numa declaração de segunda-feira, criticando os Estados Unidos por terem, “à revelia dos factos, atacado as acções legítimas e legais da China no mar, destinadas a salvaguardar os seus direitos e a fazer cumprir a lei”.

“A tentativa dos Estados Unidos de fazer da chamada decisão arbitral sobre o Mar do Sul da China, que viola o direito internacional, incluindo a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, não afectará a firme determinação da China em salvaguardar a sua soberania territorial, os seus direitos e interesses marítimos em conformidade com a lei”, disse o porta-voz chinês. O porta-voz instou os EUA a deixarem de utilizar a questão do Mar do Sul da China para semear confusão e discórdia.

Ge disse que, com base na contínua propaganda das Filipinas, pode dizer-se que Manila está claramente a tentar “tirar partido” ou “ganhar interesses indevidos” na questão do Mar do Sul da China com a ajuda dos EUA. O incitamento dos EUA sobre a disputa em torno do recife de Ren’ai poderia levar as Filipinas a tomar mais acções provocatórias que poderiam ser inesperadas ou incontroláveis. Tal incitamento equivale a activar a promessa do tratado de aliança entre os EUA e as Filipinas, o que significa que as Filipinas seriam arrastadas para uma guerra entre grandes potências, a China e os EUA, ou entre países regionais. Esta é uma receita para o desastre para as próprias Filipinas, disse Ge.

Comentando algumas vozes dos meios de comunicação social ocidentais que afirmam que a China está, na verdade, a testar o compromisso de defesa dos EUA para com as Filipinas, utilizando o canhão de água para afastar a intrusão das Filipinas, Song Zhongping, um perito militar chinês e comentador televisivo, disse que se trata de uma questão relativa à soberania territorial da China. O facto de os Estados Unidos ajudarem ou não as Filipinas não irá influenciar a posição da China de defender a sua soberania territorial e os seus direitos marítimos.

9 Ago 2023

Economia regista deflação de 0,3%

O índice de preços ao consumidor (IPC), o principal indicador da inflação na China, registou ontem uma queda homóloga, de 0,3%, em julho, num fenómeno designado como deflação, segundo dados oficiais divulgados.

A deflação consiste numa queda dos preços ao longo do tempo, por oposição a uma subida (inflação). O fenómeno reflete debilidade no consumo doméstico e investimento e é particularmente gravoso, já que uma queda no preço dos ativos, por norma contraídos com recurso a crédito, gera um desequilíbrio entre o valor dos empréstimos e as garantias bancárias. Os analistas apontavam para uma queda de 0,4%, em relação aos preços registados há um ano.

Os preços ao consumidor, que caíram para território negativo pela última vez em fevereiro de 2021, estava à beira da deflação há meses, indicando que a recuperação nos gastos não se materializou, depois de as autoridades terem abolido a política de ‘zero’ casos de covid-19, no início do ano.

Dong Lijuan, estatístico do Gabinete Nacional de Estatística da China, assegurou que a queda do IPC é uma questão temporária: “Com a recuperação da economia chinesa, a expansão sustentada da procura no mercado, a melhoria contínua da relação entre oferta e procura e a eliminação gradual dos efeitos da última alta base comparativa do ano, espera-se que o IPC recupere gradualmente”.

A comparação mensal dos preços ao consumidor, que estava em território negativo há cinco meses consecutivos, acelerou em julho, para 0,2%, surpreendendo os analistas, que esperavam uma nova queda, desta vez de 0,1%. O especialista indicou que o núcleo da inflação – indicador que elimina a volatilidade dos preços dos alimentos ou energia – subiu 0,8%, na comparação anual, o valor mais alto desde janeiro, e que os preços dos serviços atingiram o máximo dos últimos 17 meses, ao subir 1,2%.

Depois de o IPC da China ter subido 2%, no ano passado, Pequim estabeleceu uma meta de crescimento de cerca de 3% para 2023. “Estamos cépticos de que a China esteja a entrar num período prolongado de deflação”, apontou Evans-Pritchard, analista da consultora Capital Economics, num relatório.

O índice de preços ao produtor (PPI), que mede os preços à saída das fábricas, caiu 4,4%, em julho, menos um ponto percentual do que no mês anterior. Os analistas previam uma queda em torno de 4,1%. A Capital Economics atribuiu a evolução do PPI à volatilidade dos preços das matérias-primas, desta vez devido ao aumento do custo do petróleo e do gás.

9 Ago 2023

Cheias no sudoeste da China fazem sete mortos

As inundações que atingiram o sudoeste da China fizeram pelo menos sete mortos na província de Sichuan, informou a televisão estatal CCTV, após chuvas fortes terem causado dezenas de mortos no norte do país. Imagens transmitidas pela CCTV mostram pessoas a serem arrastadas pela corrente, enquanto lutam para manterem a cabeça à tona da água.

Em Pequim, o número de mortes causadas por inundações subiu para 33, incluindo cinco membros de equipas de resgate. Outras 18 pessoas continuam desaparecidas, numa altura em que grande parte do norte do país está sob a ameaça de chuvas excepcionalmente fortes.

Dias de chuva torrencial atingiram áreas montanhosas nos arredores da capital da China, causando o desabamento de 59.000 casas e a inundação de mais de 15.000 hectares de terras agrícolas, de acordo com o governo local. Dezenas de estradas e mais de 100 pontes ficaram danificadas, disse hoje Xia Linmao, vice-prefeito de Pequim, em conferência de imprensa.

Outras partes da China também sofreram fortes inundações, em parte devido ao impacto do tufão Doksuri. A província de Hebei, no norte da China, sofreu algumas das piores inundações da região. As enchentes na cidade de Zhuozhou começaram a diminuir no sábado, permitindo que alguns dos 125.000 moradores retirados voltassem a suas casas.

Outras áreas no país estão a sofrer com ondas de calor extremo e seca, ameaçando a saúde dos moradores e a colheita do outono. Fortes chuvas atingiram o norte da China desde o final de julho, prejudicando a vida de milhões de pessoas.

Seis pessoas morreram e quatro desapareceram na cidade de Shulan, na província de Jilin, no nordeste do país, que sofreu cinco dias consecutivos de chuvas, transformando ruas em rios. A província de Heilongjiang também viu rios transbordarem.

9 Ago 2023

Registados 36 casos de contrabando de cigarros

Nos primeiros seis dias do mês, os Serviços de Alfândega detectaram 36 casos suspeitos de contrabando de tabaco, que envolvem 16 mil cigarros, o equivalente a 800 maços com 20 unidades.

Entre os casos revelados, as autoridades deram o exemplo de uma mulher que foi apanhada porque quando atravessou a fronteira e a máquina de detecção de metais fez vários movimentos pouco naturais.

Aborda pelas autoridades, a mulher tinha na cintura 20 maços de tabaco. Também um homem foi detido por levar numa mochila o equivalente a 2 mil cigarros, ou seja 100 maços. Todos os suspeitos eram residentes locais ou do Interior e tinham idades entre os 29 e 76 anos. Segundo as autoridades, as pessoas apanhadas a fazer contrabando de cigarros podem ser sujeitas a uma multa que pode chegar às 100 mil patacas, além de perderem os bens.

9 Ago 2023