Israel | Guterres condena ataque a hospital de Gaza e apela a cessar-fogo humanitário imediato

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou hoje o ataque a um hospital no norte da Faixa de Gaza, no qual se registaram centenas de mortos e feridos, num bombardeamento cuja responsabilidade nem o Hamas nem Israel reconhecem.

“Estou chocado com as centenas de pessoas mortas no ataque ao hospital al-Ahli em Gaza, que condeno, e apelo a um cessar-fogo humanitário imediato para aliviar o sofrimento humano a que estamos a assistir. Muitas vidas e o destino da região estão em jogo”, disse Guterres, num fórum internacional em Pequim.

O secretário-geral da ONU afirmou que, apesar de compreender o profundo sofrimento histórico dos palestinianos, “tal não pode justificar atos de terror”. Também “o castigo coletivo” contra o povo palestiniano “não pode ser justificado”.

António Guterres tem sido uma das vozes mais proeminentes a pedir a Israel que abra a Faixa de Gaza para permitir a passagem de ajuda humanitária. “Fiz dois apelos, e cada um deles é válido por si só. Não devem tornar-se moeda de troca e devem ser implementados por si só, porque é a coisa certa a fazer. A minha mensagem é dirigida tanto ao Hamas como a Israel, para que o primeiro liberte os reféns que mantém em cativeiro e para que o segundo permita a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza”, afirmou.

O enclave, que alberga mais de dois milhões de pessoas, está sob um bloqueio total desde 07 de outubro, sob bombardeamento constante das forças israelitas e no limite da possibilidade de uma invasão terrestre por parte de Israel, que se recusou a permitir a entrada de ajuda humanitária até que os reféns do Hamas sejam libertados.

“As necessidades mais básicas da população de Gaza, incluindo a maioria das mulheres e crianças, têm de ser satisfeitas”, afirmou. Guterres descreveu a situação como “uma catástrofe”, afirmando que a região está “à beira de um precipício”.

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