A nossa vez

[dropcap]D[/dropcap]izem que demora tudo a chegar e a acontecer no Alentejo, em Portugal, porque somos lentos e queremos é dormir a sesta debaixo do chaparro. Sem casos de infecção da Covid-19 no distrito, mas estando a uma hora de Lisboa e tão perto de Espanha, permanecemos nas nossas casas e cancelamos todos os nossos compromissos. Lá fora, na cidade pequena, as ruas permanecem pouco diferentes do que sempre foram, mas os cafés fecharam quase todos.

Há uns velhos teimosos na taberna que continuam a fugir à excessiva pacatez do lar. Jogam-se cartas, bebem-se uns tintos e mandam-se umas piadas sobre a Covid-19. Piadas de quem passou por guerras e quem já viveu com pouca comida, a trabalhar de sol a sol.  Agora há ainda menos que fazer. Observamos as árvores, o campo, o sol e o céu azul, ouvimos os pássaros, privilégio que quem está em Macau não tem.

Amigos de Macau, chegou a nossa vez de resistir. Aguardamos tempos difíceis e esperamos que venha o mais que provável Estado de Emergência, talvez decretado hoje, quarta-feira. O mundo parou ainda mais num Alentejo parado. Amigos perguntam-me se podem sair um pouco nas ruas de Lisboa porque não aguentam mais. Desligamos as televisões para não ficarmos paranóicos. O mundo está a dar-nos lições importantes e a inverter peças que julgávamos paradas no seu lugar. Enquanto isso, sonho e penso num mundo livre e de fronteiras abertas.

18 Mar 2020

Aeroporto | CAM acusada de má gestão e de falhas na segurança

Um sistema de gestão de bagagens que custou 70 milhões de patacas, mas que nunca foi devidamente implementado, causando graves problemas de segurança. Um hangar provisório onde foram gastos 240 milhões de patacas para um período de apenas oito anos. O Comissariado de Auditoria acusa a CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau de má gestão financeira de ter uma “atitude passiva”

 

[dropcap]A[/dropcap] CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau é acusada pelo Comissariado de Auditoria (CA) de má gestão financeira e de não ter resolvido problemas de segurança graves no aeroporto. O relatório de investigação foi ontem tornado público e remete ao período compreendido entre Janeiro de 2008 e Abril de 2019.

Os problemas de segurança referem-se à actualização do sistema de gestão de bagagens do Aeroporto Internacional de Macau (AIM), uma vez que “estas eram recolhidas pelos próprios passageiros e levadas até ao balcão de check-in para serem despachadas”, pelo que, “durante este percurso, podia haver o risco de serem colocados explosivos nas bagagens verificadas”.

Perante esta “falha de segurança grave”, a CAM actualizou o sistema de gestão de bagagens, intitulado Baggage Handling System Upgrade (BHS, na sigla inglesa), a fim de implementar “um sistema automático de detecção de explosivos composto por quatro níveis”. Esta actualização custou aos cofres da CAM 70 milhões de patacas mas, devido a falhas de funcionamento, a Autoridade de Aviação Civil de Macau rejeitou o sistema.

O CA acusa a CAM de ter tido “uma atitude passiva”, além de ter “ignorado os requisitos definidos nas especificações da concepção do projecto original do BHS sobre a instalação de equipamentos de disponibilização de imagens de raio-X”.

Em 2014 ficou definida uma futura actualização, mas o novo equipamento nunca entrou em funcionamento. “Só em Junho de 2018, e após o Governo da RAEM ter instruído a CAM a melhorar a segurança do aeroporto, é que foi criado um grupo de trabalho para acompanhar as questões em causa, tendo o plano de actualização do BHS sido aprovado nove meses depois”, escreve o CA. No entanto, o organismo liderado por Ho Veng On aponta que esta actualização “não foi capaz de resolver completamente os problemas com o BHS, [pois] os riscos mantinham-se”.

No hangar

O relatório do CA dá ainda conta dos gastos excessivos com a construção de um hangar provisório para aeronaves executivas, no valor de 240 milhões de patacas, para um prazo de utilização de oito anos e meio.

“Além de não ter havido suficientes estudos e discussões sobre os rendimentos provenientes do investimento, e de o hangar definitivo para a manutenção de aeronaves executivas entrar em serviço dentro de três anos e cinco meses, os órgãos de administração insistiram em investir 240 milhões de patacas na construção de um hangar provisório que terá de ser demolido dentro de nove anos (excluindo a fase de construção, o hangar terá apenas oito anos e meio de funcionamento efectivo).”

Desde a entrada em funcionamento do hangar provisório até à sua demolição, as perdas financeiras, de acordo com preços actuais, “rondariam entre 80 e 166 milhões de patacas”, aponta o CA.

O hangar provisório passou a funcionar na óptica da manutenção, reparação e revisão de aeronaves, mas quando o contrato com a empresa que presta serviços terminou, a CAM não encontrou outra entidade substituta. Perante isto, o hangar provisório passou a servir apenas para estacionar aeronaves, com uma taxa de ocupação inferior a 75 por cento. O CA conclui, assim, que “não havendo serviços de manutenção para atrair mais clientes, o hangar provisório de aviação executiva acabou por não alcançar os benefícios económicos previstos”.

Como resposta, a CAM declarou que “o resultado das medidas aplicadas não é satisfatório”, uma vez que “os departamentos e entidades da especialidade envolvidos poderiam ter intensificado esforços na coordenação, assim como o órgão de administração poderia ter intervindo mais activamente”. A CAM frisou também que estão a ser adoptadas “medidas para reforçar a inspecção dos departamentos envolvidos”, além de estarem a ser estudadas “as situações e questões referidas no relatório de auditoria”.

CAM | Secretário diz que “empresa tem de resolver os problemas”

O secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, disse ontem não ser necessário um segundo relatório de acompanhamento à resolução dos problemas apontados pelo Comissariado de Auditoria, mas garantiu que a Autoridade de Aviação Civil de Macau (AACM) vai assegurar a fiscalização.

“Falei com a AACM no sentido de reforçar a fiscalização relativamente a tudo, mas em particular às matérias que estão referidas no relatório. A empresa [a CAM] é uma entidade autónoma, não é do Governo, mas a sua actividade está sujeita a regulação da AACM, mas não compete a esta resolver o problema, mas sim à companhia. Os problemas que estão no relatório têm de ser resolvidos e é a empresa que tem de fazer isso”, declarou.

18 Mar 2020

Aeroporto | CAM acusada de má gestão e de falhas na segurança

Um sistema de gestão de bagagens que custou 70 milhões de patacas, mas que nunca foi devidamente implementado, causando graves problemas de segurança. Um hangar provisório onde foram gastos 240 milhões de patacas para um período de apenas oito anos. O Comissariado de Auditoria acusa a CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau de má gestão financeira de ter uma “atitude passiva”

 
[dropcap]A[/dropcap] CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau é acusada pelo Comissariado de Auditoria (CA) de má gestão financeira e de não ter resolvido problemas de segurança graves no aeroporto. O relatório de investigação foi ontem tornado público e remete ao período compreendido entre Janeiro de 2008 e Abril de 2019.
Os problemas de segurança referem-se à actualização do sistema de gestão de bagagens do Aeroporto Internacional de Macau (AIM), uma vez que “estas eram recolhidas pelos próprios passageiros e levadas até ao balcão de check-in para serem despachadas”, pelo que, “durante este percurso, podia haver o risco de serem colocados explosivos nas bagagens verificadas”.
Perante esta “falha de segurança grave”, a CAM actualizou o sistema de gestão de bagagens, intitulado Baggage Handling System Upgrade (BHS, na sigla inglesa), a fim de implementar “um sistema automático de detecção de explosivos composto por quatro níveis”. Esta actualização custou aos cofres da CAM 70 milhões de patacas mas, devido a falhas de funcionamento, a Autoridade de Aviação Civil de Macau rejeitou o sistema.
O CA acusa a CAM de ter tido “uma atitude passiva”, além de ter “ignorado os requisitos definidos nas especificações da concepção do projecto original do BHS sobre a instalação de equipamentos de disponibilização de imagens de raio-X”.
Em 2014 ficou definida uma futura actualização, mas o novo equipamento nunca entrou em funcionamento. “Só em Junho de 2018, e após o Governo da RAEM ter instruído a CAM a melhorar a segurança do aeroporto, é que foi criado um grupo de trabalho para acompanhar as questões em causa, tendo o plano de actualização do BHS sido aprovado nove meses depois”, escreve o CA. No entanto, o organismo liderado por Ho Veng On aponta que esta actualização “não foi capaz de resolver completamente os problemas com o BHS, [pois] os riscos mantinham-se”.

No hangar

O relatório do CA dá ainda conta dos gastos excessivos com a construção de um hangar provisório para aeronaves executivas, no valor de 240 milhões de patacas, para um prazo de utilização de oito anos e meio.
“Além de não ter havido suficientes estudos e discussões sobre os rendimentos provenientes do investimento, e de o hangar definitivo para a manutenção de aeronaves executivas entrar em serviço dentro de três anos e cinco meses, os órgãos de administração insistiram em investir 240 milhões de patacas na construção de um hangar provisório que terá de ser demolido dentro de nove anos (excluindo a fase de construção, o hangar terá apenas oito anos e meio de funcionamento efectivo).”
Desde a entrada em funcionamento do hangar provisório até à sua demolição, as perdas financeiras, de acordo com preços actuais, “rondariam entre 80 e 166 milhões de patacas”, aponta o CA.
O hangar provisório passou a funcionar na óptica da manutenção, reparação e revisão de aeronaves, mas quando o contrato com a empresa que presta serviços terminou, a CAM não encontrou outra entidade substituta. Perante isto, o hangar provisório passou a servir apenas para estacionar aeronaves, com uma taxa de ocupação inferior a 75 por cento. O CA conclui, assim, que “não havendo serviços de manutenção para atrair mais clientes, o hangar provisório de aviação executiva acabou por não alcançar os benefícios económicos previstos”.
Como resposta, a CAM declarou que “o resultado das medidas aplicadas não é satisfatório”, uma vez que “os departamentos e entidades da especialidade envolvidos poderiam ter intensificado esforços na coordenação, assim como o órgão de administração poderia ter intervindo mais activamente”. A CAM frisou também que estão a ser adoptadas “medidas para reforçar a inspecção dos departamentos envolvidos”, além de estarem a ser estudadas “as situações e questões referidas no relatório de auditoria”.

CAM | Secretário diz que “empresa tem de resolver os problemas”

O secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, disse ontem não ser necessário um segundo relatório de acompanhamento à resolução dos problemas apontados pelo Comissariado de Auditoria, mas garantiu que a Autoridade de Aviação Civil de Macau (AACM) vai assegurar a fiscalização.
“Falei com a AACM no sentido de reforçar a fiscalização relativamente a tudo, mas em particular às matérias que estão referidas no relatório. A empresa [a CAM] é uma entidade autónoma, não é do Governo, mas a sua actividade está sujeita a regulação da AACM, mas não compete a esta resolver o problema, mas sim à companhia. Os problemas que estão no relatório têm de ser resolvidos e é a empresa que tem de fazer isso”, declarou.

18 Mar 2020

Aeroporto | CAM acusada de má gestão e de falhas na segurança

Um sistema de gestão de bagagens que custou 70 milhões de patacas, mas que nunca foi devidamente implementado, causando graves problemas de segurança. Um hangar provisório onde foram gastos 240 milhões de patacas para um período de apenas oito anos. O Comissariado de Auditoria acusa a CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau de má gestão financeira de ter uma “atitude passiva”

 
[dropcap]A[/dropcap] CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau é acusada pelo Comissariado de Auditoria (CA) de má gestão financeira e de não ter resolvido problemas de segurança graves no aeroporto. O relatório de investigação foi ontem tornado público e remete ao período compreendido entre Janeiro de 2008 e Abril de 2019.
Os problemas de segurança referem-se à actualização do sistema de gestão de bagagens do Aeroporto Internacional de Macau (AIM), uma vez que “estas eram recolhidas pelos próprios passageiros e levadas até ao balcão de check-in para serem despachadas”, pelo que, “durante este percurso, podia haver o risco de serem colocados explosivos nas bagagens verificadas”.
Perante esta “falha de segurança grave”, a CAM actualizou o sistema de gestão de bagagens, intitulado Baggage Handling System Upgrade (BHS, na sigla inglesa), a fim de implementar “um sistema automático de detecção de explosivos composto por quatro níveis”. Esta actualização custou aos cofres da CAM 70 milhões de patacas mas, devido a falhas de funcionamento, a Autoridade de Aviação Civil de Macau rejeitou o sistema.
O CA acusa a CAM de ter tido “uma atitude passiva”, além de ter “ignorado os requisitos definidos nas especificações da concepção do projecto original do BHS sobre a instalação de equipamentos de disponibilização de imagens de raio-X”.
Em 2014 ficou definida uma futura actualização, mas o novo equipamento nunca entrou em funcionamento. “Só em Junho de 2018, e após o Governo da RAEM ter instruído a CAM a melhorar a segurança do aeroporto, é que foi criado um grupo de trabalho para acompanhar as questões em causa, tendo o plano de actualização do BHS sido aprovado nove meses depois”, escreve o CA. No entanto, o organismo liderado por Ho Veng On aponta que esta actualização “não foi capaz de resolver completamente os problemas com o BHS, [pois] os riscos mantinham-se”.

No hangar

O relatório do CA dá ainda conta dos gastos excessivos com a construção de um hangar provisório para aeronaves executivas, no valor de 240 milhões de patacas, para um prazo de utilização de oito anos e meio.
“Além de não ter havido suficientes estudos e discussões sobre os rendimentos provenientes do investimento, e de o hangar definitivo para a manutenção de aeronaves executivas entrar em serviço dentro de três anos e cinco meses, os órgãos de administração insistiram em investir 240 milhões de patacas na construção de um hangar provisório que terá de ser demolido dentro de nove anos (excluindo a fase de construção, o hangar terá apenas oito anos e meio de funcionamento efectivo).”
Desde a entrada em funcionamento do hangar provisório até à sua demolição, as perdas financeiras, de acordo com preços actuais, “rondariam entre 80 e 166 milhões de patacas”, aponta o CA.
O hangar provisório passou a funcionar na óptica da manutenção, reparação e revisão de aeronaves, mas quando o contrato com a empresa que presta serviços terminou, a CAM não encontrou outra entidade substituta. Perante isto, o hangar provisório passou a servir apenas para estacionar aeronaves, com uma taxa de ocupação inferior a 75 por cento. O CA conclui, assim, que “não havendo serviços de manutenção para atrair mais clientes, o hangar provisório de aviação executiva acabou por não alcançar os benefícios económicos previstos”.
Como resposta, a CAM declarou que “o resultado das medidas aplicadas não é satisfatório”, uma vez que “os departamentos e entidades da especialidade envolvidos poderiam ter intensificado esforços na coordenação, assim como o órgão de administração poderia ter intervindo mais activamente”. A CAM frisou também que estão a ser adoptadas “medidas para reforçar a inspecção dos departamentos envolvidos”, além de estarem a ser estudadas “as situações e questões referidas no relatório de auditoria”.

CAM | Secretário diz que “empresa tem de resolver os problemas”

O secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, disse ontem não ser necessário um segundo relatório de acompanhamento à resolução dos problemas apontados pelo Comissariado de Auditoria, mas garantiu que a Autoridade de Aviação Civil de Macau (AACM) vai assegurar a fiscalização.
“Falei com a AACM no sentido de reforçar a fiscalização relativamente a tudo, mas em particular às matérias que estão referidas no relatório. A empresa [a CAM] é uma entidade autónoma, não é do Governo, mas a sua actividade está sujeita a regulação da AACM, mas não compete a esta resolver o problema, mas sim à companhia. Os problemas que estão no relatório têm de ser resolvidos e é a empresa que tem de fazer isso”, declarou.

18 Mar 2020

Ambiente | DSPA começa a receber elogios dos activistas 

Director dos Serviços de Protecção Ambiental desde 2016, Raymond Tam está a fazer um bom trabalho, de acordo com activistas ouvidos pelo HM, implementando políticas de reciclagem e contenção de resíduos e melhorando a comunicação com associações de defesa do meio-ambiente. No entanto, a activista Annie Lao diz ser necessário ir mais além

 

[dropcap]D[/dropcap]ois activistas de defesa do meio ambiente em Macau defendem que Raymond Tam está a fazer um bom trabalho ao leme da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), cargo que ocupa desde 2016 e que vai manter até Março de 2021. No entanto, e apesar da implementação de mais medidas de reciclagem e da taxa pelo uso de sacos de plástico, faltam acções mais efectivas, defende a activista Annie Lao. Por outro lado, Joe Chan mostra-se mais optimista.

“No último ano, a DSPA lançou uma série de programas para promover a reciclagem eficiente, tal como a recolha de lixo electrónico e a cobrança por sacos de plástico”, recordou Joe Chan ao HM. O activista aponta ainda o facto da DSPA ter “aumentado o número de pontos de recolha de reciclagem e investido mais na promoção e educação para a área ambiental”.

“Sem dúvida que houve uma mudança significativa com tomada de posse de Raymond Tam”, frisou Joe Chan, que acrescenta ainda a melhoria ao nível da comunicação como um dos trunfos do director da DSPA.
“[Raymond Tam], se compararmos com os anteriores directores, é mais eficiente a implementar mudanças e corajoso o suficiente para assumir responsabilidades. Faço uma avaliação positiva, pois as associações ambientais locais conseguiram reunir directamente com ele quando, no passado, a DSPA olhava para nós como criadores de problemas em vez de parceiros.”

Não chega

Annie Lao, que iniciou a luta pela redução do uso do plástico, contou ao HM que notou “melhorias” no trabalho desempenhado pela DSPA. No entanto, a situação “está ainda longe de ser ideal”, uma vez que “todo o trabalho levado a cabo pelo Governo continua a ser muito básico”.

“Peço ao Executivo que implemente um calendário com carácter de urgência e uma nova lei segundo a regra do ‘poluidor-pagador’, além de decretar a reciclagem obrigatória o mais depressa possível”, disse.

A activista recorda, contudo, que o trabalho desenvolvido pela DSPA teve uma evolução positiva a partir do momento em que os residentes iniciaram várias acções em 2018 e 2019, tal como a petição para reduzir ou banir o uso do plástico ou os pedidos para a remoção de lixo nas zonas costeiras.

A escolha de Raymond Tam para o cargo de director da DSPA marcou o regresso às funções de chefia na Administração pública depois do processo judicial em que foi absolvido do crime de prevaricação.

18 Mar 2020

Ambiente | DSPA começa a receber elogios dos activistas 

Director dos Serviços de Protecção Ambiental desde 2016, Raymond Tam está a fazer um bom trabalho, de acordo com activistas ouvidos pelo HM, implementando políticas de reciclagem e contenção de resíduos e melhorando a comunicação com associações de defesa do meio-ambiente. No entanto, a activista Annie Lao diz ser necessário ir mais além

 
[dropcap]D[/dropcap]ois activistas de defesa do meio ambiente em Macau defendem que Raymond Tam está a fazer um bom trabalho ao leme da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), cargo que ocupa desde 2016 e que vai manter até Março de 2021. No entanto, e apesar da implementação de mais medidas de reciclagem e da taxa pelo uso de sacos de plástico, faltam acções mais efectivas, defende a activista Annie Lao. Por outro lado, Joe Chan mostra-se mais optimista.
“No último ano, a DSPA lançou uma série de programas para promover a reciclagem eficiente, tal como a recolha de lixo electrónico e a cobrança por sacos de plástico”, recordou Joe Chan ao HM. O activista aponta ainda o facto da DSPA ter “aumentado o número de pontos de recolha de reciclagem e investido mais na promoção e educação para a área ambiental”.
“Sem dúvida que houve uma mudança significativa com tomada de posse de Raymond Tam”, frisou Joe Chan, que acrescenta ainda a melhoria ao nível da comunicação como um dos trunfos do director da DSPA.
“[Raymond Tam], se compararmos com os anteriores directores, é mais eficiente a implementar mudanças e corajoso o suficiente para assumir responsabilidades. Faço uma avaliação positiva, pois as associações ambientais locais conseguiram reunir directamente com ele quando, no passado, a DSPA olhava para nós como criadores de problemas em vez de parceiros.”

Não chega

Annie Lao, que iniciou a luta pela redução do uso do plástico, contou ao HM que notou “melhorias” no trabalho desempenhado pela DSPA. No entanto, a situação “está ainda longe de ser ideal”, uma vez que “todo o trabalho levado a cabo pelo Governo continua a ser muito básico”.
“Peço ao Executivo que implemente um calendário com carácter de urgência e uma nova lei segundo a regra do ‘poluidor-pagador’, além de decretar a reciclagem obrigatória o mais depressa possível”, disse.
A activista recorda, contudo, que o trabalho desenvolvido pela DSPA teve uma evolução positiva a partir do momento em que os residentes iniciaram várias acções em 2018 e 2019, tal como a petição para reduzir ou banir o uso do plástico ou os pedidos para a remoção de lixo nas zonas costeiras.
A escolha de Raymond Tam para o cargo de director da DSPA marcou o regresso às funções de chefia na Administração pública depois do processo judicial em que foi absolvido do crime de prevaricação.

18 Mar 2020

Ambiente | DSPA começa a receber elogios dos activistas 

Director dos Serviços de Protecção Ambiental desde 2016, Raymond Tam está a fazer um bom trabalho, de acordo com activistas ouvidos pelo HM, implementando políticas de reciclagem e contenção de resíduos e melhorando a comunicação com associações de defesa do meio-ambiente. No entanto, a activista Annie Lao diz ser necessário ir mais além

 
[dropcap]D[/dropcap]ois activistas de defesa do meio ambiente em Macau defendem que Raymond Tam está a fazer um bom trabalho ao leme da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), cargo que ocupa desde 2016 e que vai manter até Março de 2021. No entanto, e apesar da implementação de mais medidas de reciclagem e da taxa pelo uso de sacos de plástico, faltam acções mais efectivas, defende a activista Annie Lao. Por outro lado, Joe Chan mostra-se mais optimista.
“No último ano, a DSPA lançou uma série de programas para promover a reciclagem eficiente, tal como a recolha de lixo electrónico e a cobrança por sacos de plástico”, recordou Joe Chan ao HM. O activista aponta ainda o facto da DSPA ter “aumentado o número de pontos de recolha de reciclagem e investido mais na promoção e educação para a área ambiental”.
“Sem dúvida que houve uma mudança significativa com tomada de posse de Raymond Tam”, frisou Joe Chan, que acrescenta ainda a melhoria ao nível da comunicação como um dos trunfos do director da DSPA.
“[Raymond Tam], se compararmos com os anteriores directores, é mais eficiente a implementar mudanças e corajoso o suficiente para assumir responsabilidades. Faço uma avaliação positiva, pois as associações ambientais locais conseguiram reunir directamente com ele quando, no passado, a DSPA olhava para nós como criadores de problemas em vez de parceiros.”

Não chega

Annie Lao, que iniciou a luta pela redução do uso do plástico, contou ao HM que notou “melhorias” no trabalho desempenhado pela DSPA. No entanto, a situação “está ainda longe de ser ideal”, uma vez que “todo o trabalho levado a cabo pelo Governo continua a ser muito básico”.
“Peço ao Executivo que implemente um calendário com carácter de urgência e uma nova lei segundo a regra do ‘poluidor-pagador’, além de decretar a reciclagem obrigatória o mais depressa possível”, disse.
A activista recorda, contudo, que o trabalho desenvolvido pela DSPA teve uma evolução positiva a partir do momento em que os residentes iniciaram várias acções em 2018 e 2019, tal como a petição para reduzir ou banir o uso do plástico ou os pedidos para a remoção de lixo nas zonas costeiras.
A escolha de Raymond Tam para o cargo de director da DSPA marcou o regresso às funções de chefia na Administração pública depois do processo judicial em que foi absolvido do crime de prevaricação.

18 Mar 2020

Covid-19 | Macau impõe quarentena a todos os países à excepção da China, Taiwan e Hong Kong

[dropcap]O[/dropcap] Governo de Macau anunciou ontem que a partir das 00h00 de terça-feira quem chegar ao território, com excepção da China continental, Taiwan e Hong Kong, terá de ficar em quarentena de 14 dias.

Esta medida é imposta a “todos os indivíduos que viajaram para estes países nos 14 dias anteriores à entrada no território”, disse, reforçando: “Têm de estar sujeitos a 14 dias de observação médica”, afirmou a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, em conferência de imprensa.

A responsável explicou que o local onde será feita a quarentena é indicado pelos Serviços de Saúde.
“Não é ele [a pessoa] a optar onde fica sujeito a observação médica, quem escolhe são os serviços de saúde”, frisou.

Qualquer pessoa, quer seja residente, trabalhador não residente, ou turista, que tenha estado num país considerado de alta incidência epidémica será reencaminhado para um hotel designado pelas autoridades.
Caso o país não seja considerado de alta incidência epidémica, Ao Ieong U explicou que depois de avaliação, podem ficar isolados em casa para serem sujeitos a observação médica de 14 dias.

Haja ponderação

A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, pediu ainda ponderação a todos os que estejam a regressar do estrangeiro para Macau, incluindo residentes e estudantes. “As pessoas que residem no exterior, quando tomarem uma decisão devem reconsiderar bem se voltam a Macau ou não e devem ponderar todos os riscos durante a viagem. Para quem decide ficar deve tomar todas as medidas de precaução”, disse.

O Governo de Macau providencia ajuda no transporte do Aeroporto Internacional de Hong Kong para residentes de Macau que viajem entre hoje e domingo, dia 22. Para providenciar uma segunda ronda de transporte, o Governo promete analisar a medida de apoio.

“Se não conseguirem viajar entre os dias 17 e 22, podem comprar bilhete de avião para depois e tentarem inscrever-se, para que tentemos enviar transporte”, disse Inês Chan, representante da Direcção dos Serviços de Turismo (DST).

Até ao momento o Gabinete de Gestão de Crises de Turismo (GGCT) recebeu 246 pedidos de registo, havendo 19 pessoas ainda sem voo marcado.

17 Mar 2020

Covid-19 | Macau impõe quarentena a todos os países à excepção da China, Taiwan e Hong Kong

[dropcap]O[/dropcap] Governo de Macau anunciou ontem que a partir das 00h00 de terça-feira quem chegar ao território, com excepção da China continental, Taiwan e Hong Kong, terá de ficar em quarentena de 14 dias.
Esta medida é imposta a “todos os indivíduos que viajaram para estes países nos 14 dias anteriores à entrada no território”, disse, reforçando: “Têm de estar sujeitos a 14 dias de observação médica”, afirmou a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, em conferência de imprensa.
A responsável explicou que o local onde será feita a quarentena é indicado pelos Serviços de Saúde.
“Não é ele [a pessoa] a optar onde fica sujeito a observação médica, quem escolhe são os serviços de saúde”, frisou.
Qualquer pessoa, quer seja residente, trabalhador não residente, ou turista, que tenha estado num país considerado de alta incidência epidémica será reencaminhado para um hotel designado pelas autoridades.
Caso o país não seja considerado de alta incidência epidémica, Ao Ieong U explicou que depois de avaliação, podem ficar isolados em casa para serem sujeitos a observação médica de 14 dias.

Haja ponderação

A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, pediu ainda ponderação a todos os que estejam a regressar do estrangeiro para Macau, incluindo residentes e estudantes. “As pessoas que residem no exterior, quando tomarem uma decisão devem reconsiderar bem se voltam a Macau ou não e devem ponderar todos os riscos durante a viagem. Para quem decide ficar deve tomar todas as medidas de precaução”, disse.
O Governo de Macau providencia ajuda no transporte do Aeroporto Internacional de Hong Kong para residentes de Macau que viajem entre hoje e domingo, dia 22. Para providenciar uma segunda ronda de transporte, o Governo promete analisar a medida de apoio.
“Se não conseguirem viajar entre os dias 17 e 22, podem comprar bilhete de avião para depois e tentarem inscrever-se, para que tentemos enviar transporte”, disse Inês Chan, representante da Direcção dos Serviços de Turismo (DST).
Até ao momento o Gabinete de Gestão de Crises de Turismo (GGCT) recebeu 246 pedidos de registo, havendo 19 pessoas ainda sem voo marcado.

17 Mar 2020

Covid-19 | Macau impõe quarentena a todos os países à excepção da China, Taiwan e Hong Kong

[dropcap]O[/dropcap] Governo de Macau anunciou ontem que a partir das 00h00 de terça-feira quem chegar ao território, com excepção da China continental, Taiwan e Hong Kong, terá de ficar em quarentena de 14 dias.
Esta medida é imposta a “todos os indivíduos que viajaram para estes países nos 14 dias anteriores à entrada no território”, disse, reforçando: “Têm de estar sujeitos a 14 dias de observação médica”, afirmou a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, em conferência de imprensa.
A responsável explicou que o local onde será feita a quarentena é indicado pelos Serviços de Saúde.
“Não é ele [a pessoa] a optar onde fica sujeito a observação médica, quem escolhe são os serviços de saúde”, frisou.
Qualquer pessoa, quer seja residente, trabalhador não residente, ou turista, que tenha estado num país considerado de alta incidência epidémica será reencaminhado para um hotel designado pelas autoridades.
Caso o país não seja considerado de alta incidência epidémica, Ao Ieong U explicou que depois de avaliação, podem ficar isolados em casa para serem sujeitos a observação médica de 14 dias.

Haja ponderação

A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, pediu ainda ponderação a todos os que estejam a regressar do estrangeiro para Macau, incluindo residentes e estudantes. “As pessoas que residem no exterior, quando tomarem uma decisão devem reconsiderar bem se voltam a Macau ou não e devem ponderar todos os riscos durante a viagem. Para quem decide ficar deve tomar todas as medidas de precaução”, disse.
O Governo de Macau providencia ajuda no transporte do Aeroporto Internacional de Hong Kong para residentes de Macau que viajem entre hoje e domingo, dia 22. Para providenciar uma segunda ronda de transporte, o Governo promete analisar a medida de apoio.
“Se não conseguirem viajar entre os dias 17 e 22, podem comprar bilhete de avião para depois e tentarem inscrever-se, para que tentemos enviar transporte”, disse Inês Chan, representante da Direcção dos Serviços de Turismo (DST).
Até ao momento o Gabinete de Gestão de Crises de Turismo (GGCT) recebeu 246 pedidos de registo, havendo 19 pessoas ainda sem voo marcado.

17 Mar 2020

Altamiro da Costa Pereira, director da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto: “Negação em nada ajuda”

Horas antes do Conselho Nacional de Saúde reunir, em Portugal, e dias antes das escolas encerrarem por todo o país devido à pandemia da Covid-19, o director da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto escreveu uma carta a destacar o bom exemplo de Macau. Em entrevista, diz que o território “tomou medidas que se vieram a verificar correctas” e que o sistema de saúde público português não está preparado para este surto

 

 

[dropcap]A[/dropcap] Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto do novo coronavírus uma pandemia. É uma declaração que peca por tardia?

Acho que sim. Na verdade, há muito que existiam critérios técnicos para essa declaração, mas talvez a OMS tenha preferido adiar esta designação por critérios de natureza política, de modo a minorar o impacto público dessa declaração.

Na carta que enviou ao Conselho Nacional de Saúde, destacou o facto de, à altura, Macau já não ter doentes ou novas infecções com a Covid-19. É um exemplo que as autoridades portuguesas deveriam ter seguido desde o início?

Cada território tem as suas particularidades. Sejam elas geográficas, culturais ou políticas. E é muito difícil fazer julgamentos quando não estamos na pele de quem tem o poder, a legitimidade e a obrigação de tomar este tipo de decisões. Mas os factos falam hoje por si. E sim, acho que Macau tomou todo um conjunto de decisões e de medidas que se vieram a revelar correctas. E, contra os factos já conhecidos em Macau não há argumentos.

O Governo português não viu os sinais de alerta a tempo, quando teve meses para se preparar desde os primeiros casos, em Dezembro?

Repito o que já disse. É muito difícil fazer julgamentos quando não estamos na pele de quem tem a legitimidade e a obrigação de tomar este tipo de decisões. Na verdade, desconheço as razões porque o não fizeram, mas tenho também a certeza de que haverá muitas variáveis que, por não estar nessa pele, desconheço. Mas sim, neste momento acho que estaremos todos de acordo que se deveria ter feito mais. E que ainda falta fazer mais!  Não só em Portugal, mas em muitos outros países.

O que mais o preocupa na capacidade de resposta do sistema de saúde em Portugal? 

A eventual falta de sensibilização ou de reconhecimento, tanto por parte dos responsáveis da saúde como da população em geral, relativamente ao grave risco que a pandemia de Covid-19 representa para as pessoas e a sustentabilidade do sistema nacional de saúde. Na verdade, nem o nosso Serviço Nacional de Saúde nem qualquer outro sistema está preparado para uma sobrecarga destas. Mas o estado de negação em nada ajuda a nos preparar para o pior.

Na carta que escreveu menciona “os graus de liberdade inerentes às democracias”. Considera que as medidas restritivas impostas pela China foram as mais adequadas e necessárias. Há aqui uma politização da questão?

Não creio. Sou um fervoroso adepto da liberdade e da democracia. E não defendo por isso mesmo qualquer ditadura ou sequer democracias musculadas. Mas, em alguns casos, os “graus de liberdade inerentes às democracias” e até poderia acrescentar “ocidentais” podem não ajudar a uma tomada de decisão firme e atempada. Mas isso dependerá, sobretudo, do tal grau de reconhecimento do risco por parte de um dado governo. E, nalguns casos, dependerá ainda muito de quem num dado momento influencia as decisões desses governos ou autoridades de saúde.

Como devemos olhar para este novo coronavírus em termos de metodologias terapêuticas e formas de abordar esta pandemia?

Penso que ninguém terá dúvidas acerca do desconhecimento deste vírus. Mas, penso também que enquanto não existirem medicamentos mais específicos e inovadores, a utilização de métodos de tratamento convencionais, e já provados como eficazes, será uma medida adequada.

 

A carta de alerta

Em busca de “medidas mais restritivas”

Foi no passado dia 11 de Março, quando Portugal ainda não tinha chegado a uma centena de casos de infecção pelo vírus SARS-CoV-2 e quando as escolas estavam a dias de fechar portas, que Altamiro da Costa Pereira disse de sua justiça numa carta enviada ao Conselho Nacional de Saúde. O especialista em Epidemiologia e Saúde Pública alertou para a necessidade se tomarem, “com urgência, medidas mais restritivas que possam ainda vir a conter esta grave pandemia” em Portugal.

O director da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto frisou o caso bem-sucedido de Macau no combate ao novo coronavírus. “Na China, uma vez reconhecida a magnitude do problema, rapidamente foram colocadas em prática medidas de quarentena cuja efectividade é hoje por demais notória. De facto, Wuhan começa a voltar à normalidade, Macau já não tem novos casos há mais de um mês, e em território chinês teme-se agora os casos importados! Já a Itália demorou mais tempo a tomar medidas mais restritivas, agindo maioritariamente de forma reactiva à medida que o número de novos casos disparava (e com os graus de liberdade inerentes às democracias)”, aponta.

De frisar que Macau teve, entretanto, um caso importado, precisamente, da cidade do Porto, depois de ter estado 40 dias sem novas infecções.

Uma questão de “timing”

Na mesma carta, Altamiro da Costa Pereira defende que “o ‘timing’ para adopção das inevitáveis medidas mais restritivas em Portugal poderá ter importantes consequências. Na verdade, é possível fazê-lo agora e prevenir ao máximo o número de novos casos de infecção, ou é possível manter a atitude que tem sido adoptada de apenas actuar quando surgem novos casos”.

“Por mais problemas sociais ou prejuízos económicos que venham a existir, no imediato – face às eventuais medidas de contenção que urge serem tomadas –, estes serão certamente bem menores do que aqueles que poderão advir dentro de duas a quatro semanas quando enfrentarmos o pico da epidemia, já com um SNS exaurido e uma população desamparada e desiludida”.

Neste seu contributo no âmbito da pandemia de Covid-19, em Portugal, Altamiro da Costa Pereira afirma que a sua “principal preocupação tem que ver com a limitada capacidade de resposta do SNS para enfrentar uma sobrecarga de procura”.

“Se as dificuldades do SNS já eram evidentes antes da pandemia por Covid-19 (algo que se verifica, por exemplo, na dificuldade de manter urgências abertas e funcionais de alguns serviços hospitalares) e se a Linha de Saúde SNS24 já não consegue dar resposta a todas as chamadas neste preciso momento, é de esperar o pior – ou seja, uma situação mais próxima do colapso – com o passar do tempo e subsequente aumento exponencial do número de casos de infecção Covid-19”, sustentou.

Actuar de forma rápida

Considerando que a voz do Conselho Nacional de Saúde Pública será muito importante para o aconselhamento das autoridades de saúde e do Governo português, Altamiro da Costa Pereira defende que “actuar rapidamente de forma preventiva e efectiva parece-me ser uma absoluta necessidade nesta fase de evolução da epidemia”.

“De facto, embora o enfrentamento de uma epidemia destas proporções e num mundo de tal forma globalizado seja algo inédito para todos nós, o facto de os primeiros casos de infecção Covid-19 em Portugal terem sido diagnosticados mais tardiamente que na maioria dos restantes países europeus abre-nos uma janela de oportunidade para implementarmos medidas efectivas de forma preventiva”, considerou o director da Faculdade de Medicina do Porto.

Em seu entender, “é ilusório pensar que os próximos dias/semanas não trarão consigo muitos mais novos casos de infecção Covid-19. Nesse sentido, vale a pena olhar para os dois países com um maior número de casos confirmados de infecção e para o modo como foram capazes de responder à mesma”.

No final, sublinha o especialista, Itália acabou por ter de decretar quarentena, mas quando o fez já mais de 9000 pessoas tinham sido infectadas e mais de 400 tinham morrido. Acresce que nos hospitais italianos, já há relatos da necessidade de fazer opções relativamente a quem tratar, e o descontrolo italiano foi parte da causa da rápida disseminação da infecção a outros países europeus.

“A Itália mostra-nos que este último caminho pode revelar-se demasiadamente perigoso, tanto em termos humanos como em termos socioeconómicos”, frisa.

17 Mar 2020

Covid-19 | Residentes de Macau enviam máscaras para Portugal 

No início da crise epidémica, as máscaras eram enviadas da Europa para a Ásia, mas com o aumento do número de casos da Covid-19 são vários os residentes que estão a mandar máscaras para Portugal para amigos e familiares. Temem a falta deste tipo de equipamento que, aos poucos, começa a ser usado nas ruas, mas cujo uso não é ainda obrigatório

[dropcap]C[/dropcap]om cada vez mais casos de Covid-19 na Europa, muitos residentes de Macau revelam-se preocupados com a falta de material de protecção em Portugal, numa altura em que, com 245 casos de infecção confirmados, continua a não ser obrigatório o uso de máscara. Neste sentido, são várias as pessoas que, de Macau, têm vindo a adquirir máscaras nas farmácias ou em plataformas de comércio online, como o Taobao, e as têm enviado para Portugal, para amigos e familiares.

Rita Gonçalves, professora de yoga, enviou cinco pacotes de máscaras, em que cada um contém 50 máscaras simples, incluindo protecção para crianças. “Fartei-me de ver pessoas a dizer que não conseguiam arranjar máscaras e, em vez de ficar preocupada e frustrada, resolvi passar à acção. Se toda a gente enviar ajuda é mais fácil evitar tanta contaminação”, disse.

A residente de Macau defende que as autoridades portuguesas não estão a ser tão rápidas a reagir na prevenção do surto como as autoridades de Macau. “Lá continuam a papaguear aos profissionais de saúde que a máscara é só para quem apresenta sintomas. Tenho dois primos que são enfermeiros e esse foi um factor decisivo, porque posso ajudar quem está mesmo perto de quem já está contaminado”, disse ao HM.

Catarina Baptista, que trabalha como bibliotecária, também tem vindo a ouvir relatos directos de profissionais de saúde portugueses, um alerta que a fez agir. “Há um receio que faltem materiais e eles notam mesmo que os outros profissionais de saúde não estão muito atentos ou têm comportamentos de risco.”

Cada residente tem direito a levantar 10 máscaras para 10 dias providenciadas pelos Serviços de Saúde de Macau (SSM), mediante a apresentação do Bilhete de Identidade de Residente (BIR). No entanto, fora desta remessa há outras máscaras, provenientes de outros locais, que podem ser adquiridas. Catarina Baptista diz já ter visto máscaras coreanas ou mesmo portuguesas.

“Vou mandar máscaras para Portugal por duas razões. Tenho familiares que estão em grupos de risco, como idosos ou doentes cardiovasculares e diabetes. E vejo que em Portugal ninguém está a levar esta situação a sério, além de que as recomendações não são as mais adequadas”, frisou.

Ajudas mútuas

Nas redes sociais, há relatos de filas para o envio de remessas para Portugal, bem como de pessoas que enviaram centenas de máscaras. No caso de Tatiana Rocha, vai voltar a enviar máscaras que já tinha adquirido em Portugal, quando o surto da Covid-19 chegou à China.

“Comprei máscaras em Portugal e trouxe-as para cá para nós usarmos e para darmos a amigos, mas agora vou enviar de volta”, contou ao HM.

“Sinto que em Macau não nos falta ajuda nessa questão, portanto não precisamos de ter tantas em casa. Vou enviar apenas para prevenção da minha família, amigos e pessoas que precisarem. Se tiverem de se deslocar a algum local com multidões ou se tiverem de ir a um centro de saúde, acho que faz sentido estarem protegidos.”

Se no início a comunidade chinesa em Portugal enviou centenas de máscaras para a China, constituindo a principal clientela das farmácias na compra deste tipo de produto, a situação agora inverteu-se. Tendo cumprido quarentenas voluntárias aquando do regresso da China, por altura do Ano Novo Chinês, são agora estas pessoas que encomendam máscaras para ajudar os portugueses. É o caso da Associação Portuguesa dos Amigos da Cultura Chinesa, que está a promover uma encomenda colectiva de máscaras. A professora Wang Suoying está a promover esta iniciativa junto de sócios e pessoas próximas da associação, sendo que cada caixa, com 50 máscaras, custa cerca de 150 renmimbis. De frisar que, até à data, não há qualquer cidadão chinês a residir em Portugal infectado com o novo coronavírus.

Falta de material

No sábado, a ministra portuguesa com a pasta da Saúde, Marta Temido, referiu que vão ser adquiridas um milhão de máscaras destinadas aos profissionais de saúde, tendo admitido que existem nos hospitais poucas quantidades de máscaras de protecção. “O equipamento de protecção individual (máscaras) tem de ser gerido muito criteriosamente, mas temos a preocupação de que os profissionais não se sintam desprotegidos para trabalhar”, sublinhou a governante.

Marta Temido expressou a intenção de generalizar o uso de máscaras cirúrgicas junto dos profissionais de saúde e anunciou um reforço de mais um milhão, que terá sido entregue nos últimos dois dias. “Aquilo que nos temos apercebido é que algumas instituições partiram para este surto com stocks relativamente baixos e, portanto, isso representou uma dificuldade adicional”, apontou.

Entretanto, farmácias de Espinho, cidade no norte do país, uma das zonas mais afectadas pela Covid-19, têm de reservar 10 por cento de máscaras e afins para Protecção Civil, uma medida com efeito até 9 de Abril. A reserva nas farmácias e outros fornecedores aplica-se a “máscaras cirúrgicas, máscaras FFP2 [contra aerossóis sólidos e/ou líquidos identificados como perigosos ou irritantes], óculos de protecção e batas impermeáveis”, destinando-se a “uso exclusivo dos agentes de protecção civil”.

Estudante chinesa de Macau deixou de utilizar máscara por ninguém usar

Chegou ao Porto quando Wuhan entrou no léxico mundial pelas piores razões. Assistiu à distância ao encerramento de Macau durante o combate à propagação do novo coronavírus e sentiu na pele a aflição de ver os números de infectados subirem em Portugal.

Peggy Chan, uma jovem residente de Macau, mudou-se para o Porto em Fevereiro para estudar ao abrigo de um programa de intercâmbio entre dois estabelecimentos de ensino superior da RAEM e da cidade invicta.

Quando aterrou no Porto, Peggy levava na bagagem máscaras cirúrgicas, objecto indispensável na Ásia, mas que é raro em Portugal. Antes de o surto do novo coronavírus começar a afectar severamente a Europa, a estudante foi a uma farmácia tentar reforçar o stock, tentativa que viria a ser frustrada.

Não precisou esperar muito até receber uma recarga enviada pelo namorado. Cedo se apercebeu que era das poucas pessoas que tinham máscaras para usar.

“Quando o surto chegou ao Porto, reparei que ninguém usava máscara, o que me fez sentir mal por usar”, contou ao HM a estudante. Peggy Chan não queria dar nas vistas, ou motivar reacções xenófobas, fenómeno que se espalhou pelo mundo fora em reacção à origem do novo coronavírus e que não lhe passou despercebido. Além disso, a situação não lhe parecia assustadora ao ponto de furar a convenção social. “Não havia muitos casos em Portugal, e os que havia não eram na minha zona”, recorda.

Regresso marcado

Quando o número de infectados começou a subir, Peggy decidiu que o melhor seria evitar saídas da residência universitária.

Desde então, a estudante teve sempre presente a ideia de regressar a Macau. Hoje faz parte de um grupo de largo de estudantes que pediram ajuda ao Gabinete de Gestão de Crises do Turismo e já tem viagem de regresso marcada para quarta-feira.

Após o anúncio das medidas de contenção aplicadas em Hong Kong e Macau, encontrar voos tornou-se numa tarefa hercúlea. Até chegar ao aeroporto de Hong Kong, a estudante residente de Macau terá de fazer duas escalas (Zurique e Singapura). Quando chegar à RAEM irá cumprir os 14 dias de quarentena em Coloane, abdicando da hipótese de o fazer em casa.

15 Mar 2020

Covid-19 | Residentes de Macau enviam máscaras para Portugal 

No início da crise epidémica, as máscaras eram enviadas da Europa para a Ásia, mas com o aumento do número de casos da Covid-19 são vários os residentes que estão a mandar máscaras para Portugal para amigos e familiares. Temem a falta deste tipo de equipamento que, aos poucos, começa a ser usado nas ruas, mas cujo uso não é ainda obrigatório

[dropcap]C[/dropcap]om cada vez mais casos de Covid-19 na Europa, muitos residentes de Macau revelam-se preocupados com a falta de material de protecção em Portugal, numa altura em que, com 245 casos de infecção confirmados, continua a não ser obrigatório o uso de máscara. Neste sentido, são várias as pessoas que, de Macau, têm vindo a adquirir máscaras nas farmácias ou em plataformas de comércio online, como o Taobao, e as têm enviado para Portugal, para amigos e familiares.
Rita Gonçalves, professora de yoga, enviou cinco pacotes de máscaras, em que cada um contém 50 máscaras simples, incluindo protecção para crianças. “Fartei-me de ver pessoas a dizer que não conseguiam arranjar máscaras e, em vez de ficar preocupada e frustrada, resolvi passar à acção. Se toda a gente enviar ajuda é mais fácil evitar tanta contaminação”, disse.
A residente de Macau defende que as autoridades portuguesas não estão a ser tão rápidas a reagir na prevenção do surto como as autoridades de Macau. “Lá continuam a papaguear aos profissionais de saúde que a máscara é só para quem apresenta sintomas. Tenho dois primos que são enfermeiros e esse foi um factor decisivo, porque posso ajudar quem está mesmo perto de quem já está contaminado”, disse ao HM.
Catarina Baptista, que trabalha como bibliotecária, também tem vindo a ouvir relatos directos de profissionais de saúde portugueses, um alerta que a fez agir. “Há um receio que faltem materiais e eles notam mesmo que os outros profissionais de saúde não estão muito atentos ou têm comportamentos de risco.”
Cada residente tem direito a levantar 10 máscaras para 10 dias providenciadas pelos Serviços de Saúde de Macau (SSM), mediante a apresentação do Bilhete de Identidade de Residente (BIR). No entanto, fora desta remessa há outras máscaras, provenientes de outros locais, que podem ser adquiridas. Catarina Baptista diz já ter visto máscaras coreanas ou mesmo portuguesas.
“Vou mandar máscaras para Portugal por duas razões. Tenho familiares que estão em grupos de risco, como idosos ou doentes cardiovasculares e diabetes. E vejo que em Portugal ninguém está a levar esta situação a sério, além de que as recomendações não são as mais adequadas”, frisou.

Ajudas mútuas

Nas redes sociais, há relatos de filas para o envio de remessas para Portugal, bem como de pessoas que enviaram centenas de máscaras. No caso de Tatiana Rocha, vai voltar a enviar máscaras que já tinha adquirido em Portugal, quando o surto da Covid-19 chegou à China.
“Comprei máscaras em Portugal e trouxe-as para cá para nós usarmos e para darmos a amigos, mas agora vou enviar de volta”, contou ao HM.
“Sinto que em Macau não nos falta ajuda nessa questão, portanto não precisamos de ter tantas em casa. Vou enviar apenas para prevenção da minha família, amigos e pessoas que precisarem. Se tiverem de se deslocar a algum local com multidões ou se tiverem de ir a um centro de saúde, acho que faz sentido estarem protegidos.”
Se no início a comunidade chinesa em Portugal enviou centenas de máscaras para a China, constituindo a principal clientela das farmácias na compra deste tipo de produto, a situação agora inverteu-se. Tendo cumprido quarentenas voluntárias aquando do regresso da China, por altura do Ano Novo Chinês, são agora estas pessoas que encomendam máscaras para ajudar os portugueses. É o caso da Associação Portuguesa dos Amigos da Cultura Chinesa, que está a promover uma encomenda colectiva de máscaras. A professora Wang Suoying está a promover esta iniciativa junto de sócios e pessoas próximas da associação, sendo que cada caixa, com 50 máscaras, custa cerca de 150 renmimbis. De frisar que, até à data, não há qualquer cidadão chinês a residir em Portugal infectado com o novo coronavírus.

Falta de material

No sábado, a ministra portuguesa com a pasta da Saúde, Marta Temido, referiu que vão ser adquiridas um milhão de máscaras destinadas aos profissionais de saúde, tendo admitido que existem nos hospitais poucas quantidades de máscaras de protecção. “O equipamento de protecção individual (máscaras) tem de ser gerido muito criteriosamente, mas temos a preocupação de que os profissionais não se sintam desprotegidos para trabalhar”, sublinhou a governante.
Marta Temido expressou a intenção de generalizar o uso de máscaras cirúrgicas junto dos profissionais de saúde e anunciou um reforço de mais um milhão, que terá sido entregue nos últimos dois dias. “Aquilo que nos temos apercebido é que algumas instituições partiram para este surto com stocks relativamente baixos e, portanto, isso representou uma dificuldade adicional”, apontou.
Entretanto, farmácias de Espinho, cidade no norte do país, uma das zonas mais afectadas pela Covid-19, têm de reservar 10 por cento de máscaras e afins para Protecção Civil, uma medida com efeito até 9 de Abril. A reserva nas farmácias e outros fornecedores aplica-se a “máscaras cirúrgicas, máscaras FFP2 [contra aerossóis sólidos e/ou líquidos identificados como perigosos ou irritantes], óculos de protecção e batas impermeáveis”, destinando-se a “uso exclusivo dos agentes de protecção civil”.

Estudante chinesa de Macau deixou de utilizar máscara por ninguém usar

Chegou ao Porto quando Wuhan entrou no léxico mundial pelas piores razões. Assistiu à distância ao encerramento de Macau durante o combate à propagação do novo coronavírus e sentiu na pele a aflição de ver os números de infectados subirem em Portugal.
Peggy Chan, uma jovem residente de Macau, mudou-se para o Porto em Fevereiro para estudar ao abrigo de um programa de intercâmbio entre dois estabelecimentos de ensino superior da RAEM e da cidade invicta.
Quando aterrou no Porto, Peggy levava na bagagem máscaras cirúrgicas, objecto indispensável na Ásia, mas que é raro em Portugal. Antes de o surto do novo coronavírus começar a afectar severamente a Europa, a estudante foi a uma farmácia tentar reforçar o stock, tentativa que viria a ser frustrada.
Não precisou esperar muito até receber uma recarga enviada pelo namorado. Cedo se apercebeu que era das poucas pessoas que tinham máscaras para usar.
“Quando o surto chegou ao Porto, reparei que ninguém usava máscara, o que me fez sentir mal por usar”, contou ao HM a estudante. Peggy Chan não queria dar nas vistas, ou motivar reacções xenófobas, fenómeno que se espalhou pelo mundo fora em reacção à origem do novo coronavírus e que não lhe passou despercebido. Além disso, a situação não lhe parecia assustadora ao ponto de furar a convenção social. “Não havia muitos casos em Portugal, e os que havia não eram na minha zona”, recorda.

Regresso marcado

Quando o número de infectados começou a subir, Peggy decidiu que o melhor seria evitar saídas da residência universitária.
Desde então, a estudante teve sempre presente a ideia de regressar a Macau. Hoje faz parte de um grupo de largo de estudantes que pediram ajuda ao Gabinete de Gestão de Crises do Turismo e já tem viagem de regresso marcada para quarta-feira.
Após o anúncio das medidas de contenção aplicadas em Hong Kong e Macau, encontrar voos tornou-se numa tarefa hercúlea. Até chegar ao aeroporto de Hong Kong, a estudante residente de Macau terá de fazer duas escalas (Zurique e Singapura). Quando chegar à RAEM irá cumprir os 14 dias de quarentena em Coloane, abdicando da hipótese de o fazer em casa.

15 Mar 2020

Covid-19 | Residentes vindos do Espaço Schengen sujeitos a quarentena 

Todos os residentes que estejam a viajar para Hong Kong oriundos do Espaço Schengen, EUA, Nova Zelândia e Austrália são obrigados a cumprir uma quarentena obrigatória de 14 dias a partir de amanhã. Para estudantes, a quarentena vigora desde sábado. Governo de Macau disponibiliza transporte para residentes a partir do Aeroporto Internacional de Hong Kong entre amanhã e o dia 22, mediante registo

[dropcap]D[/dropcap]epois de Hong Kong ter incluído, na sexta-feira, vários países do Espaço Schengen, onde consta Portugal, na lista de países com alta incidência epidémica, no sábado foi a vez de Macau tomar a mesma decisão, alargando a medida a vários países não europeus como os EUA, Austrália ou Nova Zelândia.

Isso obriga a que todos os residentes da RAEM que viajem destes países para Macau e que aterrem no Aeroporto Internacional de Hong Kong tenham de cumprir uma quarentena obrigatória de 14 dias, incluindo estudantes que estejam a frequentar cursos no estrangeiro. Esta medida entra em vigor para residentes amanhã, dia 17, mas vigora desde sábado para estudantes. Ontem, na habitual conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, foi anunciado que será disponibilizado transporte a pensar nos residentes que podem fazer a sua quarentena em casa, em Macau, evitando permanecer em Hong Kong. Nesse sentido, o Governo decidiu disponibilizar transporte entre o aeroporto e Macau, mas, para já, esse serviço funciona apenas entre amanhã, 17, e domingo, 22. Dos 136 pedidos de apoio e informações feitos junto do Gabinete de Gestão de Crises de Turismo (GGCT), 86 pertencem a estudantes. O GGCT enviou 671 sms para números de Macau na Europa.

“A Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) e o GGCT apelam a que todos os que regressem da Europa entrem em contacto connosco antes de chegar a Macau”, disse um representante da DSEJ, que declarou já existir um formulário no website da DSEJ para o efeito, apenas destinado a estudantes. Os restantes residentes podem registar-se junto do GGCT.

“Todos os residentes que venham para Macau precisam de fazer o seu registo para que o Governo possa enviar carros”, disse Inês Chan, representante da Direcção dos Serviços de Turismo (DST). “Só vamos enviar carros para os residentes que cheguem a Hong Kong de aviação, sendo que estes precisam de declarar o itinerário da sua viagem. Se os residentes chegarem antes do dia 17 podem entrar em Macau sem problemas”, adiantou.

Caso os residentes não tenham condições nas suas casas para realizarem o período de quarentena, poderão ficar alojados na Pousada Marina Infante. “A todos aqueles que regressam do estrangeiro fazemos um inquérito no posto fronteiriço e fazemos uma avaliação de saúde, para sabermos se tiveram contactos com os locais. Se tiverem sintomas serão de imediato encaminhados para o hospital para terem acompanhamento médico. Os que não apresentam sintomas são encaminhados para o local de quarentena”, disse Leong Iek Hou, coordenadora do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde.

Segunda ronda?

Leong Iek Hou explicou porque é que a imposição de quarentena chegou mais cedo para estudantes no estrangeiro. “Tendo em conta que os nossos estudantes no estrangeiro tiveram um contacto próximo com os locais [nos países estrangeiros], pelo que possuem um risco mais elevado do que os restantes residentes. Quando regressam a Macau têm contacto com familiares e risco de contágio é mais elevado.”

Inês Chan declarou que, para todos os que regressam depois de 22 de Março, ainda está a ser pensado um plano de transporte. “Muitas pessoas dizem que não conseguem ter um voo antes do dia 22, mas esta operação não é apenas decidida pelo Governo de Macau, e precisamos de comunicar com o Governo de Hong Kong. Só podemos, agora, disponibilizar este serviço neste período, mas se alguém não conseguir voltar antes do dia 22 também pode comunicar connosco.”

A responsável da DST frisou que há estudantes que estão a combinar regressar a Macau no mesmo voo, algo que torna “mais fácil” as operações de transporte do Governo. Inês Chan deixou claro que ficar em Hong Kong a cumprir quarentena pode ser uma possibilidade.

“Depois do dia 22 vamos tentar fazer o registo [dos residentes] e tentaremos fazer uma coordenação para a transferência directa de Hong Kong para Macau, mas teremos de coordenar com os serviços de emigração de Hong Kong. Se for necessário terão de ficar em Hong Kong.”

15 Mar 2020

Covid-19 | Residentes vindos do Espaço Schengen sujeitos a quarentena 

Todos os residentes que estejam a viajar para Hong Kong oriundos do Espaço Schengen, EUA, Nova Zelândia e Austrália são obrigados a cumprir uma quarentena obrigatória de 14 dias a partir de amanhã. Para estudantes, a quarentena vigora desde sábado. Governo de Macau disponibiliza transporte para residentes a partir do Aeroporto Internacional de Hong Kong entre amanhã e o dia 22, mediante registo

[dropcap]D[/dropcap]epois de Hong Kong ter incluído, na sexta-feira, vários países do Espaço Schengen, onde consta Portugal, na lista de países com alta incidência epidémica, no sábado foi a vez de Macau tomar a mesma decisão, alargando a medida a vários países não europeus como os EUA, Austrália ou Nova Zelândia.
Isso obriga a que todos os residentes da RAEM que viajem destes países para Macau e que aterrem no Aeroporto Internacional de Hong Kong tenham de cumprir uma quarentena obrigatória de 14 dias, incluindo estudantes que estejam a frequentar cursos no estrangeiro. Esta medida entra em vigor para residentes amanhã, dia 17, mas vigora desde sábado para estudantes. Ontem, na habitual conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, foi anunciado que será disponibilizado transporte a pensar nos residentes que podem fazer a sua quarentena em casa, em Macau, evitando permanecer em Hong Kong. Nesse sentido, o Governo decidiu disponibilizar transporte entre o aeroporto e Macau, mas, para já, esse serviço funciona apenas entre amanhã, 17, e domingo, 22. Dos 136 pedidos de apoio e informações feitos junto do Gabinete de Gestão de Crises de Turismo (GGCT), 86 pertencem a estudantes. O GGCT enviou 671 sms para números de Macau na Europa.
“A Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) e o GGCT apelam a que todos os que regressem da Europa entrem em contacto connosco antes de chegar a Macau”, disse um representante da DSEJ, que declarou já existir um formulário no website da DSEJ para o efeito, apenas destinado a estudantes. Os restantes residentes podem registar-se junto do GGCT.
“Todos os residentes que venham para Macau precisam de fazer o seu registo para que o Governo possa enviar carros”, disse Inês Chan, representante da Direcção dos Serviços de Turismo (DST). “Só vamos enviar carros para os residentes que cheguem a Hong Kong de aviação, sendo que estes precisam de declarar o itinerário da sua viagem. Se os residentes chegarem antes do dia 17 podem entrar em Macau sem problemas”, adiantou.
Caso os residentes não tenham condições nas suas casas para realizarem o período de quarentena, poderão ficar alojados na Pousada Marina Infante. “A todos aqueles que regressam do estrangeiro fazemos um inquérito no posto fronteiriço e fazemos uma avaliação de saúde, para sabermos se tiveram contactos com os locais. Se tiverem sintomas serão de imediato encaminhados para o hospital para terem acompanhamento médico. Os que não apresentam sintomas são encaminhados para o local de quarentena”, disse Leong Iek Hou, coordenadora do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde.

Segunda ronda?

Leong Iek Hou explicou porque é que a imposição de quarentena chegou mais cedo para estudantes no estrangeiro. “Tendo em conta que os nossos estudantes no estrangeiro tiveram um contacto próximo com os locais [nos países estrangeiros], pelo que possuem um risco mais elevado do que os restantes residentes. Quando regressam a Macau têm contacto com familiares e risco de contágio é mais elevado.”
Inês Chan declarou que, para todos os que regressam depois de 22 de Março, ainda está a ser pensado um plano de transporte. “Muitas pessoas dizem que não conseguem ter um voo antes do dia 22, mas esta operação não é apenas decidida pelo Governo de Macau, e precisamos de comunicar com o Governo de Hong Kong. Só podemos, agora, disponibilizar este serviço neste período, mas se alguém não conseguir voltar antes do dia 22 também pode comunicar connosco.”
A responsável da DST frisou que há estudantes que estão a combinar regressar a Macau no mesmo voo, algo que torna “mais fácil” as operações de transporte do Governo. Inês Chan deixou claro que ficar em Hong Kong a cumprir quarentena pode ser uma possibilidade.
“Depois do dia 22 vamos tentar fazer o registo [dos residentes] e tentaremos fazer uma coordenação para a transferência directa de Hong Kong para Macau, mas teremos de coordenar com os serviços de emigração de Hong Kong. Se for necessário terão de ficar em Hong Kong.”

15 Mar 2020

Quarentena em Hong Kong | Governo prepara medidas de apoio para residentes

Com Lusa

 

[dropcap]O[/dropcap] Gabinete de Gestão de Crises de Turismo (GGCT) adiantou este sábado ao HM que estão a ser preparadas medidas de apoio a todos os residentes de Macau que cheguem a Hong Kong de países pertencentes ao Espaço Schengen, onde se inclui Portugal, e que tenham de cumprir uma quarentena obrigatória de 14 dias.

De frisar que, devido à pandemia causada pela Covid-19, Hong Kong decidiu, esta sexta-feira, incluir na lista de países de alto risco todos os Estados pertencentes ao Espaço Schengen, uma medida também já adoptada pelas autoridades de Macau.

Na resposta enviada pelo GGCT ao HM, é referido que este organismo “está a acompanhar atentamente as necessidades dos residentes que planeiam regressar do Espaço Schengen a Macau fazendo uso do aeroporto de Hong Kong”. “Em relação às medidas a serem tomadas para apoio aos residentes que regressam a Macau via Hong Kong, serão posteriormente anunciados detalhes quando finalizadas”, acrescenta ainda a mesma resposta.

O GGCT apela aos  residentes de Macau que planeiem regressar do Espaço Schengen para prestar informações acerca dos seus planos de regresso ao território através da Linha Aberta para o Turismo – 24 Horas +853 2833 3000.

A decisão do Governo de Hong Kong irá afectar centenas de pessoas que têm viagens programadas para a próxima semana, com origem em vários países europeus, incluindo Portugal, para Hong Kong. Coloca-se a questão de muitos serem residentes da RAEM e poderem, por isso, fazer a quarentena nas suas casas, ao invés de ficarem no território vizinho durante 14 dias.

Quarentena em Macau

Este sábado Macau anunciou que, a partir da meia-noite de terça-feira, quem chegar de praticamente toda a Europa, incluindo Portugal, e dos Estados Unidos, Canadá, Brasil, Egipto, Austrália e Nova Zelândia, terá de ficar em quarentena de 14 dias.

A partir da meia-noite de terça-feira quem tenha estado nestes países nos 14 dias anteriores à entrada no território será sujeito a uma observação médica de 14 dias, “devido à evolução epidémica” do Covid-19 nestes países, disse a coordenadora do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Leong Iek Hou, em conferência de imprensa.

Áustria, Bélgica, República Checa, Dinamarca, Estónia, Finlândia, Grécia, Hungria, Islândia, Letónia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Noruega, Polónia, Eslováquia, Eslovénia, Suécia, Suíça, Reino Unido e Rússia são os restantes países europeus incluídos na lista, devido ao número de casos de infecção do vírus SARS-CoV-2 que se têm registado no continente europeu.

Aos residentes do território é lhes permitida a quarentena em casa, por outro lado as restantes pessoas terão de ficar em isolamento num hotel escolhido pelas autoridades e terão que pagar a estadia.

14 Mar 2020

Quarentena em Hong Kong | Governo prepara medidas de apoio para residentes

Com Lusa
 
[dropcap]O[/dropcap] Gabinete de Gestão de Crises de Turismo (GGCT) adiantou este sábado ao HM que estão a ser preparadas medidas de apoio a todos os residentes de Macau que cheguem a Hong Kong de países pertencentes ao Espaço Schengen, onde se inclui Portugal, e que tenham de cumprir uma quarentena obrigatória de 14 dias.
De frisar que, devido à pandemia causada pela Covid-19, Hong Kong decidiu, esta sexta-feira, incluir na lista de países de alto risco todos os Estados pertencentes ao Espaço Schengen, uma medida também já adoptada pelas autoridades de Macau.
Na resposta enviada pelo GGCT ao HM, é referido que este organismo “está a acompanhar atentamente as necessidades dos residentes que planeiam regressar do Espaço Schengen a Macau fazendo uso do aeroporto de Hong Kong”. “Em relação às medidas a serem tomadas para apoio aos residentes que regressam a Macau via Hong Kong, serão posteriormente anunciados detalhes quando finalizadas”, acrescenta ainda a mesma resposta.
O GGCT apela aos  residentes de Macau que planeiem regressar do Espaço Schengen para prestar informações acerca dos seus planos de regresso ao território através da Linha Aberta para o Turismo – 24 Horas +853 2833 3000.
A decisão do Governo de Hong Kong irá afectar centenas de pessoas que têm viagens programadas para a próxima semana, com origem em vários países europeus, incluindo Portugal, para Hong Kong. Coloca-se a questão de muitos serem residentes da RAEM e poderem, por isso, fazer a quarentena nas suas casas, ao invés de ficarem no território vizinho durante 14 dias.

Quarentena em Macau

Este sábado Macau anunciou que, a partir da meia-noite de terça-feira, quem chegar de praticamente toda a Europa, incluindo Portugal, e dos Estados Unidos, Canadá, Brasil, Egipto, Austrália e Nova Zelândia, terá de ficar em quarentena de 14 dias.
A partir da meia-noite de terça-feira quem tenha estado nestes países nos 14 dias anteriores à entrada no território será sujeito a uma observação médica de 14 dias, “devido à evolução epidémica” do Covid-19 nestes países, disse a coordenadora do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Leong Iek Hou, em conferência de imprensa.
Áustria, Bélgica, República Checa, Dinamarca, Estónia, Finlândia, Grécia, Hungria, Islândia, Letónia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Noruega, Polónia, Eslováquia, Eslovénia, Suécia, Suíça, Reino Unido e Rússia são os restantes países europeus incluídos na lista, devido ao número de casos de infecção do vírus SARS-CoV-2 que se têm registado no continente europeu.
Aos residentes do território é lhes permitida a quarentena em casa, por outro lado as restantes pessoas terão de ficar em isolamento num hotel escolhido pelas autoridades e terão que pagar a estadia.

14 Mar 2020

O Presidente Covfefe 

[dropcap]M[/dropcap]uitos se lembrarão decerto do famoso tweet de Donald Trump em que este escreveu “Covfefe”. Nada dizia, nada significava, todos tentavam saber aquele significado. Mantendo as devidas diferenças e distâncias, Portugal tem um Presidente da República cujas acções ou palavras significam, muitas das vezes, Covfefe. Ou seja, nada.

Isto a propósito do surto ligado ao Covid-19. Parece que Marcelo Rebelo de Sousa esteve em contacto com uma turma de alunos que por sua vez estiveram em contacto com uma professora infectada e resolveu fazer o teste. Não está infectado. Decide fazer quarentena. Até aqui tudo bem.

Mas depois segue-se todo um circo mediático em torno disto. Escreve-se sobre o que o Presidente vai fazer durante a quarentena, pergunta-se, e ele responde. Faz-se uma peça televisiva sobre o Presidente a ter comportamentos diferentes, em que primeiro beija as pessoas e depois diz que não se deve beijar por causa do vírus. Brincam-se com recomendações da Direcção-geral de Saúde, e todos nós assistimos a este vazio noticioso, até ao nível do discurso do Presidente, que fala sempre, todos os dias, em todas as ocasiões. Cavaco Silva, seu antecessor, falava pouco, este fala em demasia. Tanto que chega a ser Covfefe.

13 Mar 2020

ANIMA | Deputados em Portugal pressionados a proibir corridas de galgos

[dropcap]U[/dropcap]m total de 70 organizações de defesa dos direitos dos animais, onde se inclui a Sociedade Protectora dos Animais de Macau (ANIMA), assina uma carta entregue aos deputados da Assembleia da República (AR) a fim de proibir as corridas de galgos no país. “Lançámos uma campanha internacional apelando à proibição total das corridas de cães em Portugal e esperamos que nos apoie e se junte a nós na defesa deste importante passo.”

Na carta, é dado como exemplo o fecho da Canídromo. “Durante vários anos, as associações de bem-estar animal trabalharam juntas para fechar a única pista legal de galgos na China. Em 2018, a pista de corridas de Macau (Yat Yuen) Canidrome, que operava na península de Macau, outrora administrada por Portugal e agora pela China, foi fechada. No final, 647 cães sobreviventes foram libertados para adopção em todo o mundo, constituindo uma boa publicidade para o Governo de Macau. A nossa rede de mais de cem abrigos, grupos de adopção e associações realojaram esses cães por todo o mundo.”

Em Portugal, as últimas notícias sobre os galgos maltratados, na posse do cavaleiro João Moura, originaram um debate sobre as apostas em corridas com estes animais. Para os assinantes da carta, não deve haver qualquer tipo de regulamentação desta actividade.

“Para o bem desses animais e das populações, a autorização de corridas informais de cães em Portugal ou qualquer tentativa de introdução de qualquer regulamentação para esse tipo de corridas deve parar. A ideia de normalizar tal crueldade deve ser rejeitada. Isso representaria um retrocesso cultural de humanitário e poria em causa as ancestrais tradições humanas de Portugal”, pode ler-se.

13 Mar 2020

ANIMA | Deputados em Portugal pressionados a proibir corridas de galgos

[dropcap]U[/dropcap]m total de 70 organizações de defesa dos direitos dos animais, onde se inclui a Sociedade Protectora dos Animais de Macau (ANIMA), assina uma carta entregue aos deputados da Assembleia da República (AR) a fim de proibir as corridas de galgos no país. “Lançámos uma campanha internacional apelando à proibição total das corridas de cães em Portugal e esperamos que nos apoie e se junte a nós na defesa deste importante passo.”
Na carta, é dado como exemplo o fecho da Canídromo. “Durante vários anos, as associações de bem-estar animal trabalharam juntas para fechar a única pista legal de galgos na China. Em 2018, a pista de corridas de Macau (Yat Yuen) Canidrome, que operava na península de Macau, outrora administrada por Portugal e agora pela China, foi fechada. No final, 647 cães sobreviventes foram libertados para adopção em todo o mundo, constituindo uma boa publicidade para o Governo de Macau. A nossa rede de mais de cem abrigos, grupos de adopção e associações realojaram esses cães por todo o mundo.”
Em Portugal, as últimas notícias sobre os galgos maltratados, na posse do cavaleiro João Moura, originaram um debate sobre as apostas em corridas com estes animais. Para os assinantes da carta, não deve haver qualquer tipo de regulamentação desta actividade.
“Para o bem desses animais e das populações, a autorização de corridas informais de cães em Portugal ou qualquer tentativa de introdução de qualquer regulamentação para esse tipo de corridas deve parar. A ideia de normalizar tal crueldade deve ser rejeitada. Isso representaria um retrocesso cultural de humanitário e poria em causa as ancestrais tradições humanas de Portugal”, pode ler-se.

13 Mar 2020

Lei sindical | Projecto de deputados da FAOM votado segunda-feira 

[dropcap]A[/dropcap] Assembleia Legislativa (AL) vota na próxima segunda-feira, 16 de Março, o projecto de lei sindical apresentado pelos deputados Lam Lon Wai e Lei Chan U, ligados à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM). O documento foi entregue e aprovado para votação em Outubro do ano passado e, desde então, que tem estado parado, uma vez que em Dezembro os deputados decidiram congelar temporariamente o projecto de lei para preparar melhor a discussão.

Na altura, em declarações à TDM Rádio Macau, o deputado Lam Lon Wai disse querer esperar pelo estudo que o Governo encomendou e que já foi apresentado ao Conselho Permanente de Concentração Social, mas que ainda não foi tornado público.

Na nota justificativa, Lam Lon Wai e Lei Chan U recordam que “como se trata de um assunto que já vem sendo discutido na sociedade há muito tempo, e com vista a dar resposta à referida exigência legislativa, em 2016 o Governo encarregou um terceiro órgão [para a realização] de um estudo sobre as condições em que a sociedade deve reunir para se poder proceder à discussão da Lei Sindical”.

Lê-se ainda que “o relatório de estudo foi concluído no segundo trimestre de 2019, o que permite que se fiquem a conhecer as posições e opiniões dos diversos sectores da sociedade e que se impulsione os respectivos trabalhos legislativos”. Os deputados entendem que “este é o momento adequado para se exercer, novamente a mesma iniciativa legislativa”.

Será desta?

A tentativa de legislar o artigo 27 da Lei Básica não é algo novo no panorama político de Macau. Da parte dos deputados ligados aos Operários é a terceira vez que se apresenta um projecto de lei, tendo sido apresentados projectos por parte do deputado José Pereira Coutinho e dos ex-deputados David Chow e Jorge Fão. No total, foram 10 as vezes em que se tentou regulamentar, na AL, o funcionamento de organizações sindicais.

Ao HM, o deputado José Pereira Coutinho disse esperar que o projecto de Lei Sindical seja aprovado desta vez. Questionado sobre as diferenças entre os projectos de lei que apresentou e este que é votado na segunda-feira, José Pereira Coutinho explicou que “são projectos diferentes quer na estruturação, quer no âmbito de execução, incluindo as formas de representatividade que podem divergir quando são aplicadas na prática”.

13 Mar 2020

Lei sindical | Projecto de deputados da FAOM votado segunda-feira 

[dropcap]A[/dropcap] Assembleia Legislativa (AL) vota na próxima segunda-feira, 16 de Março, o projecto de lei sindical apresentado pelos deputados Lam Lon Wai e Lei Chan U, ligados à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM). O documento foi entregue e aprovado para votação em Outubro do ano passado e, desde então, que tem estado parado, uma vez que em Dezembro os deputados decidiram congelar temporariamente o projecto de lei para preparar melhor a discussão.
Na altura, em declarações à TDM Rádio Macau, o deputado Lam Lon Wai disse querer esperar pelo estudo que o Governo encomendou e que já foi apresentado ao Conselho Permanente de Concentração Social, mas que ainda não foi tornado público.
Na nota justificativa, Lam Lon Wai e Lei Chan U recordam que “como se trata de um assunto que já vem sendo discutido na sociedade há muito tempo, e com vista a dar resposta à referida exigência legislativa, em 2016 o Governo encarregou um terceiro órgão [para a realização] de um estudo sobre as condições em que a sociedade deve reunir para se poder proceder à discussão da Lei Sindical”.
Lê-se ainda que “o relatório de estudo foi concluído no segundo trimestre de 2019, o que permite que se fiquem a conhecer as posições e opiniões dos diversos sectores da sociedade e que se impulsione os respectivos trabalhos legislativos”. Os deputados entendem que “este é o momento adequado para se exercer, novamente a mesma iniciativa legislativa”.

Será desta?

A tentativa de legislar o artigo 27 da Lei Básica não é algo novo no panorama político de Macau. Da parte dos deputados ligados aos Operários é a terceira vez que se apresenta um projecto de lei, tendo sido apresentados projectos por parte do deputado José Pereira Coutinho e dos ex-deputados David Chow e Jorge Fão. No total, foram 10 as vezes em que se tentou regulamentar, na AL, o funcionamento de organizações sindicais.
Ao HM, o deputado José Pereira Coutinho disse esperar que o projecto de Lei Sindical seja aprovado desta vez. Questionado sobre as diferenças entre os projectos de lei que apresentou e este que é votado na segunda-feira, José Pereira Coutinho explicou que “são projectos diferentes quer na estruturação, quer no âmbito de execução, incluindo as formas de representatividade que podem divergir quando são aplicadas na prática”.

13 Mar 2020

SSM | Portugal pode vir a integrar lista de países de risco

Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde de Macau, disse ontem que Portugal pode vir a integrar a lista de países com alta incidência da pandemia causada pela doença Covid-19, o que obrigaria a qualquer pessoa vinda do país a cumprir um período de quarentena de 14 dias. Há, contudo, uma “ponderação”, uma vez que ainda só existem “dezenas de casos”

[dropcap]P[/dropcap]ortugal tem actualmente 78 casos confirmados de infecção com o vírus SARS-CoV-2, que causa a Covid-19, com especial incidência no norte do país. Perante este cenário, e caso aumentem o número de casos nos próximos dias, os Serviços de Saúde de Macau (SSM) não descartam a possibilidade de colocar Portugal na lista de países com alta incidência do vírus, o que obrigaria todas as pessoas que viajem para Macau a partir do país a cumprir obrigatoriamente um período de quarentena de duas semanas.

“Caso haja um aumento de casos confirmados em Portugal, ou haja casos confirmados relacionados com Portugal, ou casos importados [para Macau], não descartamos a possibilidade de incluir Portugal na nossa lista de países de alta incidência [do vírus]”, adiantou Lei Chin Ion, director dos SSM.

Numa altura em que na Europa se vive um panorama difícil, com centenas de mortes a acontecer em Itália e Espanha no espaço de poucas horas, Lei Chin Ion declarou que “nenhum especialista, na fase inicial, poderia prever o que está a acontecer na Europa”.

“Caso haja um aumento de casos confirmados em Portugal, ou haja casos confirmados relacionados com Portugal, ou casos importados [para Macau], não descartamos a possibilidade de incluir Portugal na nossa lista de países de alta incidência [do vírus]”, Lei Chin Ion, director dos SSM

Leong Iek Hou, coordenadora do Centro de Controlo de Doenças de Macau, disse ontem, na conferência de imprensa diária sobre a Covid-19, que uma eventual inclusão na lista vai depender de vários factores de ponderação.

“Não podemos comparar Macau aos EUA e Noruega, e também temos de considerar o ritmo do aumento de casos confirmados e as medidas adoptadas pelo país. Estamos atentos à evolução da situação nesses países. Temos a mesma ponderação com Portugal e o número de casos em Portugal são dezenas”, disse.

A Noruega é o país mais recente a entrar para esta lista, uma medida que está activa desde o meio-dia de ontem. No país existem 277 casos de infecção. Até à data, o Gabinete de Gestão de Crises do Turismo enviou sms aos números de telemóvel de Macau que estão activos no território.

Casos importados

Um dia depois da Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar a Covid-19 como uma pandemia, Lei Chin Ion declarou que Macau “não pode baixar a guarda”. “Há 37 dias que não temos casos, e na província de Guangong há alguns casos, alguns deles importados, mas há um abrandamento [da situação] no Interior da China. Não podemos baixar a guarda. A OMS, ao adoptar o termo pandemia, teve toda a seriedade e precaução”, frisou.

Lei Chin Ion disse ainda esperar casos importados em Macau. “Não descartamos a possibilidade, porque há sempre casos importados noutros países, e isso tem acontecido na China e Hong Kong, sobretudo de pessoas que vêm de países europeus, por isso não podemos baixar a guarda.”

Lei Chin Ion voltou ainda a fazer referência ao caso de sucesso de Macau. “Fizemos os nossos trabalhos de prevenção e só assim tivemos resultados positivos. Caso contrário havia uma pressão das instituições médicas e seria um problema para a sociedade. Insistam até ao fim.”


Máscaras | Arranca sexta ronda

Começa hoje a sexta ronda de distribuição de máscaras à população, com regras semelhantes à ronda anterior. No total, há 84 locais onde as pessoas podem adquirir este material, estando disponíveis cinco máscaras para crianças, cinco para adultos ou dez para cada adulto. Há máscaras disponíveis para crianças com idades compreendidas entre os 3 e 8 anos que nasceram entre os anos de 2011 e 2017. Lei Chin Ion assegurou que só pode adiantar o montante gasto pelo Governo na compra de máscaras quando a pandemia da Covid-19 chegar ao fim. Foram adquiridas 1 milhão de máscaras para crianças e vendidas 100 mil até ao momento. Questionado sobre o uso de máscaras no regresso às aulas, Lei Chin Ion declarou que “ainda temos algum tempo” para tomar medidas. Nas primeiras cinco rondas foram adquiridas, no total, 28 milhões de máscaras. “Está a ser cada vez mais difícil a aquisição de máscaras com a evolução da epidemia, mas estamos preparados para a sexta ronda”, explicou Lei Chin Ion.

Pousada | Fumo gera queixa

Um homem, actualmente a cumprir quarentena na Pousada Marina Infante, queixou-se junto das autoridades pelo facto de outro homem estar a fumar no quarto ao lado com a porta aberta. “Fizemos o apelo para que o examinado não continue com esta acção”, disse Inês Chan, representante da Direcção dos Serviços de Turismo. Até ao momento existem 206 pessoas em quarentena neste local. Inês Chan disse ainda que foram feitos pedidos de ajuda para a compra de medicamentos.

Europa | Excursões ainda este mês

Inês Chan, representante da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), adiantou que há excursões para países europeus organizadas a partir de Hong Kong que deverão regressar em meados deste mês. “Segundo as exigências da DST não há excursões para a Europa e EUA, mas há residentes que participam em excursões organizadas por Hong Kong. Para a Alemanha há quatro excursões, com 12 pessoas, uma para a Noruega, com 16 pessoas. Algumas excursões para Espanha serão canceladas.”

13 Mar 2020

SSM | Portugal pode vir a integrar lista de países de risco

Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde de Macau, disse ontem que Portugal pode vir a integrar a lista de países com alta incidência da pandemia causada pela doença Covid-19, o que obrigaria a qualquer pessoa vinda do país a cumprir um período de quarentena de 14 dias. Há, contudo, uma “ponderação”, uma vez que ainda só existem “dezenas de casos”

[dropcap]P[/dropcap]ortugal tem actualmente 78 casos confirmados de infecção com o vírus SARS-CoV-2, que causa a Covid-19, com especial incidência no norte do país. Perante este cenário, e caso aumentem o número de casos nos próximos dias, os Serviços de Saúde de Macau (SSM) não descartam a possibilidade de colocar Portugal na lista de países com alta incidência do vírus, o que obrigaria todas as pessoas que viajem para Macau a partir do país a cumprir obrigatoriamente um período de quarentena de duas semanas.
“Caso haja um aumento de casos confirmados em Portugal, ou haja casos confirmados relacionados com Portugal, ou casos importados [para Macau], não descartamos a possibilidade de incluir Portugal na nossa lista de países de alta incidência [do vírus]”, adiantou Lei Chin Ion, director dos SSM.
Numa altura em que na Europa se vive um panorama difícil, com centenas de mortes a acontecer em Itália e Espanha no espaço de poucas horas, Lei Chin Ion declarou que “nenhum especialista, na fase inicial, poderia prever o que está a acontecer na Europa”.

“Caso haja um aumento de casos confirmados em Portugal, ou haja casos confirmados relacionados com Portugal, ou casos importados [para Macau], não descartamos a possibilidade de incluir Portugal na nossa lista de países de alta incidência [do vírus]”, Lei Chin Ion, director dos SSM

Leong Iek Hou, coordenadora do Centro de Controlo de Doenças de Macau, disse ontem, na conferência de imprensa diária sobre a Covid-19, que uma eventual inclusão na lista vai depender de vários factores de ponderação.
“Não podemos comparar Macau aos EUA e Noruega, e também temos de considerar o ritmo do aumento de casos confirmados e as medidas adoptadas pelo país. Estamos atentos à evolução da situação nesses países. Temos a mesma ponderação com Portugal e o número de casos em Portugal são dezenas”, disse.
A Noruega é o país mais recente a entrar para esta lista, uma medida que está activa desde o meio-dia de ontem. No país existem 277 casos de infecção. Até à data, o Gabinete de Gestão de Crises do Turismo enviou sms aos números de telemóvel de Macau que estão activos no território.

Casos importados

Um dia depois da Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar a Covid-19 como uma pandemia, Lei Chin Ion declarou que Macau “não pode baixar a guarda”. “Há 37 dias que não temos casos, e na província de Guangong há alguns casos, alguns deles importados, mas há um abrandamento [da situação] no Interior da China. Não podemos baixar a guarda. A OMS, ao adoptar o termo pandemia, teve toda a seriedade e precaução”, frisou.
Lei Chin Ion disse ainda esperar casos importados em Macau. “Não descartamos a possibilidade, porque há sempre casos importados noutros países, e isso tem acontecido na China e Hong Kong, sobretudo de pessoas que vêm de países europeus, por isso não podemos baixar a guarda.”
Lei Chin Ion voltou ainda a fazer referência ao caso de sucesso de Macau. “Fizemos os nossos trabalhos de prevenção e só assim tivemos resultados positivos. Caso contrário havia uma pressão das instituições médicas e seria um problema para a sociedade. Insistam até ao fim.”


Máscaras | Arranca sexta ronda

Começa hoje a sexta ronda de distribuição de máscaras à população, com regras semelhantes à ronda anterior. No total, há 84 locais onde as pessoas podem adquirir este material, estando disponíveis cinco máscaras para crianças, cinco para adultos ou dez para cada adulto. Há máscaras disponíveis para crianças com idades compreendidas entre os 3 e 8 anos que nasceram entre os anos de 2011 e 2017. Lei Chin Ion assegurou que só pode adiantar o montante gasto pelo Governo na compra de máscaras quando a pandemia da Covid-19 chegar ao fim. Foram adquiridas 1 milhão de máscaras para crianças e vendidas 100 mil até ao momento. Questionado sobre o uso de máscaras no regresso às aulas, Lei Chin Ion declarou que “ainda temos algum tempo” para tomar medidas. Nas primeiras cinco rondas foram adquiridas, no total, 28 milhões de máscaras. “Está a ser cada vez mais difícil a aquisição de máscaras com a evolução da epidemia, mas estamos preparados para a sexta ronda”, explicou Lei Chin Ion.

Pousada | Fumo gera queixa

Um homem, actualmente a cumprir quarentena na Pousada Marina Infante, queixou-se junto das autoridades pelo facto de outro homem estar a fumar no quarto ao lado com a porta aberta. “Fizemos o apelo para que o examinado não continue com esta acção”, disse Inês Chan, representante da Direcção dos Serviços de Turismo. Até ao momento existem 206 pessoas em quarentena neste local. Inês Chan disse ainda que foram feitos pedidos de ajuda para a compra de medicamentos.

Europa | Excursões ainda este mês

Inês Chan, representante da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), adiantou que há excursões para países europeus organizadas a partir de Hong Kong que deverão regressar em meados deste mês. “Segundo as exigências da DST não há excursões para a Europa e EUA, mas há residentes que participam em excursões organizadas por Hong Kong. Para a Alemanha há quatro excursões, com 12 pessoas, uma para a Noruega, com 16 pessoas. Algumas excursões para Espanha serão canceladas.”

13 Mar 2020