Trabalhador do Hotel Tesouro pode ter sido infectado por caso importado

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As autoridades de saúde consideram que o caso de covid-19 detectado num trabalhador do Hotel Tesouro, e que obrigou várias pessoas a prolongar a quarentena por mais cinco dias, terá tido origem num caso importado e que não foram encontradas falhas ou problemas na gestão do circuito-fechado.

“Estamos ainda a investigar o caso. O hotel em causa recebe pessoas que regressam do estrangeiro ou de Taiwan, e verificámos que nas últimas semanas há uma elevada taxa de casos positivos. Por isso, não excluímos a possibilidade de esta infecção ter origem num caso importado”, disse Leong Iek Hou, coordenadora do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.

O trabalhador, cujo caso foi detectado na segunda-feira, é responsável pela entrega de objectos, refeições e pela recolha do lixo num piso do hotel. No entanto, todos os residentes que estavam a fazer quarentena tiveram de adiar a saída, tendo sido informados da alteração minutos antes da hora prevista para o check-out.

“Não verificamos qualquer falha ou problema e iremos acompanhar o caso”, adiantou a responsável, alertando para a ocorrência de vários casos positivos importados tendo em conta o período de férias de verão e o aumento das viagens para o exterior.

“Os trabalhadores dos hotéis têm de se testar a cada dois dias, mas desde segunda-feira os Serviços de Saúde comunicaram aos trabalhadores para reforçar a frequência dos testes. Há cada vez mais pessoas a voltar a Macau, muito deles apresentam um período de incubação mais longo, e há cada vez mais casos importados. Os trabalhadores devem usar a máscara KN95 ou até usar mais uma máscara para sua protecção”, foi referido.

Testes para um novo ano

Na mesma conferência, o subdirector da Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) Wong Ka Ki explicou que os alunos das instituições de ensino superior e não superior devem apresentar um teste de ácido nucleico negativo com prazo de validade de 72 horas para o regresso às aulas. Os alunos transfronteiriços podem, a partir do dia 29, registar-se nos seis hospitais disponíveis para o efeito através dos dados do cartão de estudante. O resultado deste teste não serve para passar a fronteira mas apenas para o regresso às aulas.

Relativamente ao facto de já não ser exigido certificado de vacinação para entrar em Macau, as autoridades explicaram que tal se deve ao facto de a maioria das pessoas já estar vacinada contra a covid-19.

“Estas pessoas precisam ainda de apresentar um teste negativo e tal não significa que não damos importância à vacinação. Hoje em dia, a maior parte das pessoas tem duas doses da vacina e queremos facilitar o seu regresso”, disse Leong Iek Hou.

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