24 de Junho | CCCM celebra data histórica com conferência

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Foi há 400 anos que Macau venceu os holandeses na célebre batalha ocorrida a 24 de Junho de 1622, e que manteve o território sob administração portuguesa. Em Lisboa, o Centro Científico e Cultural de Macau recebe, na sexta-feira, uma palestra em jeito de celebração

 

O Centro Cultural e Científico de Macau (CCCM) promove, esta sexta-feira, uma conferência de celebração do aniversário da vitória de Macau sobre os holandeses. “24 de Junho de 1622: História e Memória” é o nome da iniciativa que decorre em Lisboa e que conta com a presença de dois oradores.

Um deles é Rui Loureiro, investigador do Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes, também associado ao Centro de História Além-Mar da Universidade Nova de Lisboa. Mariana Pereira, doutoranda do Cambridge Heritage Research Centre, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido), e também investigadora associada do Instituto Internacional de Macau (IIM), será outra das convidadas.

Segundo um comunicado, o CCCM pretende, com este evento, “assinalar a passagem dos 400 anos da celebrada data do 24 de Junho”, uma data “com indiscutível relevância histórica e patrimonial para Macau”.

As visões de uma data

Mariana Pereira irá falar dos “Retratos do 24 de Junho Macaense em Portugal: uma visão patrimonial”. Recorde-se que a investigadora lançou o projecto de um website dedicado a este acontecimento histórico, apoiado pelo IIM. Mariana Pereira, macaense e arqueóloga, está actualmente a fazer um doutoramento na área do património cultural.

Ao HM, aquando do lançamento do site, no ano passado, disse esperar que, no futuro, este se torne “numa plataforma onde se possa colocar informação disponível sobre o 24 de Junho, que se desdobra em muito mais do que aquilo que as pessoas veem e as celebrações que decorrem”.

Por sua vez, Rui Loureiro vai falar do tema “Macau e a ameaça holandesa: génese do ataque de 1622”. O evento encerra-se com um debate onde se prevê “a participação de intervenientes da comunidade macaense e outros, sobretudo orientado para os aspectos patrimoniais”, que terá a moderação de Mariana Pereira.

Aquando do lançamento do website, a investigadora declarou ao HM que estão em causa “vários tipos de 24 de Junho”, tendo em conta que é o “único evento macaense” que não se celebra em mais nenhum outro lugar, estando ainda “associado à história de Macau como cidade”.

“O que está a acontecer é que o 24 de Junho está muito associado a uma festa portuguesa que parece ser mais recente do que a celebração da batalha. O arraial [ocorrido em Macau] está a ter uma maior visibilidade e gostaríamos de trazer algum equilíbrio, com outras componentes, porque tudo forma o 24 de Junho em Macau”, acrescentou.

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