João Luz SociedadeCasinos | Analistas estimam que segmento VIP desça para um terço até 2022 [dropcap]O[/dropcap] mercado de massas tem cada vez mais peso nas receitas dos casinos de Macau. Uma tendência que os analistas da Sanford C. Bernstein estimam que continue a acentuar-se nos próximos anos. Do outro lado do espectro, o segmento VIP tende a diminuir. Até 2022, a equipa de análise de mercado da Bernstein, citada pelo portal GGRAsia, prevê que as receitas anuais apuradas pelo segmento VIP baixem até 34 por cento, incluindo também os negócios não-jogo. Um fenómeno que se sentiu recentemente, depois de no terceiro trimestre as receitas das mesas de bacará VIP terem caído 22,5 por cento, em relação ao período homólogo de 2018, de acordo com dados da Direcção de Inspecção de Coordenação de Jogos (DICJ). A proporção das receitas apuradas pelo bacará VIP em relação ao bolo inteiro de receitas de jogo também está em queda, aliás do terceiro para o segundo trimestre caiu de 47,2 para 43,9 por cento. Num relatório divulgado ontem, os analistas da Bernstein escrevem que “a percentagem das receitas VIP tem caído consideravelmente na última década”. “Em 2011, o segmento VIP equivalia aproximadamente a 70 por cento das receitas brutas (incluindo negócios não-jogo). Em 2018, esse número desceu para 41 por cento. Estimamos que até 2022 caia para cerca de 34 por cento das receitas dos casinos de Macau”. Mercado sólido Por outro lado, a análise projecta que o sector do jogo continue a ser conduzido pelo crescimento a longo-prazo do mercado de massas, apesar dos desafios trazidos pelo arrefecimento da economia chinesa e dos efeitos colaterais da guerra comercial. A melhoria nas áreas dos transportes e infra-estruturas são elencadas como importantes elementos para o crescimento do consumo “premium” chinês, ou seja, o sustento do crescimento a longo-prazo do mercado de massas. Os dados da DICJ dão corpo à boa performance das receitas dos jogos de massa, que cresceram 17,7 por cento no terceiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2018. A nota dos analistas da Sanford Bernstein destaca ainda a estabilidade do segmento de massas. “Historicamente, o mercado VIP tem mostrado muito mais volatilidade do que o de massas. Daqui para a frente, com o expectável crescimento estrutural do jogo de massas e a redução do contributo VIP, esperamos que a indústria se torne menos volátil”, lê no comunicado.
Hoje Macau SociedadeEstudo | Alunos dizem ter boa relação com os pais, mas falta-lhes afecto [dropcap]U[/dropcap]m estudo desenvolvido pela Associação Geral de Estudantes Chong Wa de Macau e pela Associação de Pesquisa Sobre Juventude de Macau conclui que 65 por cento dos estudantes do ensino secundário, de um total de 899 inquiridos, diz ter uma boa relação com os pais. Em média, estes estudantes dizem conversar diariamente com os pais durante uma hora, falando essencialmente do aproveitamento escolar. O inquérito revelou ainda, por outro lado, que mais de 50 por cento dos entrevistados consideram que os seus pais não confiam muito neles nem estão satisfeitos, com 60 por cento dos estudantes a afirmar ter recebido poucos afectos dos pais ou orientação por parte dos seus pais. Neste sentido, as duas associações sugerem que os pais mudem a sua forma tradicional de agir com os filhos, baseada numa relação de poder, aumentando as actividades interactivas com os mais pequenos, respeitando as suas vontades e descobrindo as suas qualidades. Além disso, foi também sugerido ao Governo que se crie uma escola para que os pais possam receber orientações para educar os seus filhos, noticiou o canal chinês da Rádio Macau.
Hoje Macau SociedadeEstudo | Alunos dizem ter boa relação com os pais, mas falta-lhes afecto [dropcap]U[/dropcap]m estudo desenvolvido pela Associação Geral de Estudantes Chong Wa de Macau e pela Associação de Pesquisa Sobre Juventude de Macau conclui que 65 por cento dos estudantes do ensino secundário, de um total de 899 inquiridos, diz ter uma boa relação com os pais. Em média, estes estudantes dizem conversar diariamente com os pais durante uma hora, falando essencialmente do aproveitamento escolar. O inquérito revelou ainda, por outro lado, que mais de 50 por cento dos entrevistados consideram que os seus pais não confiam muito neles nem estão satisfeitos, com 60 por cento dos estudantes a afirmar ter recebido poucos afectos dos pais ou orientação por parte dos seus pais. Neste sentido, as duas associações sugerem que os pais mudem a sua forma tradicional de agir com os filhos, baseada numa relação de poder, aumentando as actividades interactivas com os mais pequenos, respeitando as suas vontades e descobrindo as suas qualidades. Além disso, foi também sugerido ao Governo que se crie uma escola para que os pais possam receber orientações para educar os seus filhos, noticiou o canal chinês da Rádio Macau.
Hoje Macau SociedadeFIC | Presidente de saída anuncia financiamentos de 502 milhões em 6 anos Em dia de dizer adeus, Leong Heng Teng anunciou que o Fundo das Indústrias Culturais de Macau (FIC) financiou, desde a sua criação em 2013, um total de 256 projectos e procura agora “apoiar cada vez mais os jovens” [dropcap]A[/dropcap]s contas estão feitas no dia da saída de Leong Heng Teng. O Presidente do Conselho de Administração do Fundo das Indústrias Culturais de Macau (FIC) abandona o cargo que ocupa desde a sua criação em 2013, e mostra-se satisfeito com o trabalho realizado e o caminho percorrido pelo FIC nos últimos 6 anos. “A decisão de sair nesta altura foi tomada há dois anos e seis anos não são um período curto. Faço parte desta área há muito tempo e, na verdade, o Fundo já promoveu muitas iniciativas que me deixam muito feliz”, sublinhou Leong Heng Teng na Apresentação de Trabalhos de 6 anos do FIC. A reforçar a produção do Fundo, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, elogiou também Leong Heng Teng pela “liderança e excelente desempenho no exercício das suas funções públicas”, num louvor publicado via Boletim oficial. “A lealdade, espírito empreendedor, grande dedicação, a busca constante por inovação e determinação com que Leong Heng Teng enfrentou os desafios, granjearam-lhe respeito e muitos elogios entre colegas e no sector das indústrias criativas e culturais”, pode ler-se. No imediato, a presidência do FIC, ficará temporariamente a cargo de Davina Chu, membro do Conselho de Administração do fundo cultural, que marcou também presença na sessão de apresentação de resultados. Quando questionada sobre se a nomeação do sucessor de Leong Heng Teng não deveria ser divulgada nos próximos dias, Davina Chu remeteu todas as responsabilidades para o governo. “O mandato do nosso Presidente termina hoje. A nomeação é com o Governo e eu fico até nova nomeação”, vincou Davina Chu. Marca na cultura Desde que foi criado em 2013 até Outubro deste ano, o FIC recebeu um total de 926 candidaturas, sendo que destas acabaram financiados 256 projectos, com o valor total concedido a ser de 502 milhões de patacas. Segundo os relatórios de fiscalização de 136 projectos recebidos, o investimento total das iniciativas implementadas foi de 650 milhões de patacas, o que permitiu criar, segundo o FIC, 1.687 postos de emprego. O financiamento concentrou-se sobretudo em áreas como o Design, media digital, moda, cinema, televisão, animação, software e jogos. Focado na importância do fomento da participação dos mais jovens no sector cultural, além das candidaturas regulares, o FIC lançou também 11 programas específicos, que procuraram colocar o intercâmbio e o apoio à massa mais jovem do sector da cultura, no centro da equação. De entre os programas referidos foram especificados o “crescimento das empresas”, “criatividade cultural nos bairros comunitários”, “turismo cultural”, “plataformas de serviços”, “exposições e espectáculos culturais” e ainda “promoção de marcas”. “É preciso colocar as pessoas a falar”, apontou Davina Chu. “A indústria cultural é uma área muito difícil, com rendimentos geralmente baixos e por isso as empresas, sobretudo as mais jovens, têm de conseguir procurar mais investimentos”, acrescentou. Exemplo disso mesmo, o programa dedicado à “criatividade cultural nos bairros comunitários” tem como função unir empresas criativas a lojas ou estabelecimentos específicos para as ajudar a desenvolver a sua marca e com isso atrair mais consumidores e aumentar o fluxo de pessoas num determinado bairro. Em relação a 2019, o FIC recebeu um total de 306 candidaturas. Após a avaliação, foram aprovados 82 projectos, com o apoio financeiro concedido no valor total de 147 milhões de patacas, dos quais, 78 milhões foram para subsídios a fundo perdido e 69 milhões para empréstimos sem juros.
Hoje Macau SociedadeFIC | Presidente de saída anuncia financiamentos de 502 milhões em 6 anos Em dia de dizer adeus, Leong Heng Teng anunciou que o Fundo das Indústrias Culturais de Macau (FIC) financiou, desde a sua criação em 2013, um total de 256 projectos e procura agora “apoiar cada vez mais os jovens” [dropcap]A[/dropcap]s contas estão feitas no dia da saída de Leong Heng Teng. O Presidente do Conselho de Administração do Fundo das Indústrias Culturais de Macau (FIC) abandona o cargo que ocupa desde a sua criação em 2013, e mostra-se satisfeito com o trabalho realizado e o caminho percorrido pelo FIC nos últimos 6 anos. “A decisão de sair nesta altura foi tomada há dois anos e seis anos não são um período curto. Faço parte desta área há muito tempo e, na verdade, o Fundo já promoveu muitas iniciativas que me deixam muito feliz”, sublinhou Leong Heng Teng na Apresentação de Trabalhos de 6 anos do FIC. A reforçar a produção do Fundo, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, elogiou também Leong Heng Teng pela “liderança e excelente desempenho no exercício das suas funções públicas”, num louvor publicado via Boletim oficial. “A lealdade, espírito empreendedor, grande dedicação, a busca constante por inovação e determinação com que Leong Heng Teng enfrentou os desafios, granjearam-lhe respeito e muitos elogios entre colegas e no sector das indústrias criativas e culturais”, pode ler-se. No imediato, a presidência do FIC, ficará temporariamente a cargo de Davina Chu, membro do Conselho de Administração do fundo cultural, que marcou também presença na sessão de apresentação de resultados. Quando questionada sobre se a nomeação do sucessor de Leong Heng Teng não deveria ser divulgada nos próximos dias, Davina Chu remeteu todas as responsabilidades para o governo. “O mandato do nosso Presidente termina hoje. A nomeação é com o Governo e eu fico até nova nomeação”, vincou Davina Chu. Marca na cultura Desde que foi criado em 2013 até Outubro deste ano, o FIC recebeu um total de 926 candidaturas, sendo que destas acabaram financiados 256 projectos, com o valor total concedido a ser de 502 milhões de patacas. Segundo os relatórios de fiscalização de 136 projectos recebidos, o investimento total das iniciativas implementadas foi de 650 milhões de patacas, o que permitiu criar, segundo o FIC, 1.687 postos de emprego. O financiamento concentrou-se sobretudo em áreas como o Design, media digital, moda, cinema, televisão, animação, software e jogos. Focado na importância do fomento da participação dos mais jovens no sector cultural, além das candidaturas regulares, o FIC lançou também 11 programas específicos, que procuraram colocar o intercâmbio e o apoio à massa mais jovem do sector da cultura, no centro da equação. De entre os programas referidos foram especificados o “crescimento das empresas”, “criatividade cultural nos bairros comunitários”, “turismo cultural”, “plataformas de serviços”, “exposições e espectáculos culturais” e ainda “promoção de marcas”. “É preciso colocar as pessoas a falar”, apontou Davina Chu. “A indústria cultural é uma área muito difícil, com rendimentos geralmente baixos e por isso as empresas, sobretudo as mais jovens, têm de conseguir procurar mais investimentos”, acrescentou. Exemplo disso mesmo, o programa dedicado à “criatividade cultural nos bairros comunitários” tem como função unir empresas criativas a lojas ou estabelecimentos específicos para as ajudar a desenvolver a sua marca e com isso atrair mais consumidores e aumentar o fluxo de pessoas num determinado bairro. Em relação a 2019, o FIC recebeu um total de 306 candidaturas. Após a avaliação, foram aprovados 82 projectos, com o apoio financeiro concedido no valor total de 147 milhões de patacas, dos quais, 78 milhões foram para subsídios a fundo perdido e 69 milhões para empréstimos sem juros.
Hoje Macau SociedadeAlimentação | Apreendidas 23 toneladas de comida desde 2013 [dropcap]D[/dropcap]esde que a lei da segurança alimentar entrou em vigor, em 2013, o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) apreendeu mais de 23 toneladas de alimentos não inspeccionados. Isto segundo Lei Wai Nong, vice-presidente do (IAM), em declarações ao Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau. As 23 toneladas apreendidas foram o resultado de mais de 60 mil inspecções a 6.500 estabelecimentos de restauração. O IAM investigou ainda 130 casos suspeitos de intoxicação alimentar. A quantidade de alimentos não inspeccionados detectados pelo IAM está a descer. Entre Janeiro e Setembro deste ano foram apanhados 1.238 quilos, um número que contrasta com as 7,7 toneladas referentes a 2016 e 2,1 toneladas em 2018. Por outro lado, o vice-presidente do IAM revelou que as infracções à lei da segurança alimentar estão em queda. Entre Janeiro e Setembro deste ano, registaram-se 48 irregularidades, em 2015 as infracções foram 84 e em 2018 registaram-se 66 casos.
Hoje Macau SociedadeAlimentação | Apreendidas 23 toneladas de comida desde 2013 [dropcap]D[/dropcap]esde que a lei da segurança alimentar entrou em vigor, em 2013, o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) apreendeu mais de 23 toneladas de alimentos não inspeccionados. Isto segundo Lei Wai Nong, vice-presidente do (IAM), em declarações ao Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau. As 23 toneladas apreendidas foram o resultado de mais de 60 mil inspecções a 6.500 estabelecimentos de restauração. O IAM investigou ainda 130 casos suspeitos de intoxicação alimentar. A quantidade de alimentos não inspeccionados detectados pelo IAM está a descer. Entre Janeiro e Setembro deste ano foram apanhados 1.238 quilos, um número que contrasta com as 7,7 toneladas referentes a 2016 e 2,1 toneladas em 2018. Por outro lado, o vice-presidente do IAM revelou que as infracções à lei da segurança alimentar estão em queda. Entre Janeiro e Setembro deste ano, registaram-se 48 irregularidades, em 2015 as infracções foram 84 e em 2018 registaram-se 66 casos.
João Santos Filipe Manchete SociedadeTrânsito | Operação do Grande Prémio envolve 700 efectivos O evento que decorre entre 14 e 17 de Novembro vai afectar a circulação do trânsito e alterar o percurso normal de mais de 40 autocarros. A organização apela aos residentes para que nesses dias reservem mais tempo para as deslocações e optem por andar a pé [dropcap]A[/dropcap] organização do Grande Prémio de Macau vai envolver um contingente com cerca de 700 pessoas, entre agentes do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), Corpo de Bombeiros e agentes da Polícia Judiciária. Os números envolvidos foram revelados ontem por Lao Sio Hap, subintendente do CPSP, na conferência de imprensa sobre as alterações do trânsito para os dias 14 e 17 de Novembro, da próxima semana. Os agentes do CPSP vão ser destacados principalmente para os cruzamentos e pontos em que há mais pressão sobre o trânsito devido ao corte de várias vias para a realização das corridas. “Vamos assegurar o funcionamento das vias durante a realização das provas. Mas estamos à espera que o trânsito seja mais afectado nas zonas Norte e Centro da cidade, porque vai haver nessas áreas uma maior concentração de circulação de veículos”, afirmou Lao Sio Hap. O representante da CPSP revelou igualmente que no ano anterior não foram multados condutores por infracções relacionadas com as modificações de trânsito, como o estacionamento ou a paragem em áreas proibidas. “Houve um grande apoio da população ao evento e durante as provas não houve multas relacionadas com infracções devido aos arranjos do trânsito. As pessoas estavam bem informadas e esperamos que o apoio da população volte a estar presente na edição deste ano”, disse o subintendente. Este aspecto, explicou ainda Lao, não impediu que fossem detectadas infracções em outros pontos da cidade durante o evento. Artérias cortadas Nos quatro dias de provas 46 autocarros que vão ser afectados, com mudanças nos respectivos percursos. No caso do autocarro H2, que circula entre a Habitação do Fai Chi Kei e Hospital Conde São Januário, o serviço vai mesmo ser suspenso. No sentido oposto, são criados os percursos especiais 12T, entre o Terminal Marítimo do Porto Exterior e a Praça Ferreira Amaral, e 31T, entre o Terminal Marítimo do Porto Exterior e a Paragem Provisória do Fórum Macau. As viagens nestes autocarros são gratuitas. Ao mesmo tempo, vai ser criada junto ao casino Jai Alai uma zona de paragens para os autocarros de transporte de turistas para os casinos. Devido a fazerem parte do circuito, as artérias Avenida de Amizade, Avenida Venceslau Morais, Ramal dos Mouros e Rua dos Pescadores serão cortadas ao trânsito, o que vai fazer com que a Rua Cidade de Sintra, junto ao Hotel Starworld, tenha trânsito nos dois sentidos, quando normalmente apenas se circula de Este para Oeste. Também a zona circundante do Jardim da Montanha Russa vai sofrer alterações no sentido do trânsito. Em várias artérias da cidade vai ainda haver supressão de lugares de estacionamento para permitir a circulação de mais viaturas. Este ano a organização instalou 151 portões nas barreiras de metal e espera-se que o circuito possa abrir todos os dias ao trânsito entre as 17h30 e as 18h00, de acordo com o programa das provas. Estas alterações levaram também o Coordenador da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau, Pun Weng Kun, a apelar à compressão dos cidadãos: “Os cidadãos estão habituados a esta situação, até porque esta já é a 66.ª edição. Porém, apelo a que se desloquem a pé nesses dias e que utilizem mais os autocarros públicos”, sublinhou.
João Santos Filipe Manchete SociedadeTrânsito | Operação do Grande Prémio envolve 700 efectivos O evento que decorre entre 14 e 17 de Novembro vai afectar a circulação do trânsito e alterar o percurso normal de mais de 40 autocarros. A organização apela aos residentes para que nesses dias reservem mais tempo para as deslocações e optem por andar a pé [dropcap]A[/dropcap] organização do Grande Prémio de Macau vai envolver um contingente com cerca de 700 pessoas, entre agentes do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), Corpo de Bombeiros e agentes da Polícia Judiciária. Os números envolvidos foram revelados ontem por Lao Sio Hap, subintendente do CPSP, na conferência de imprensa sobre as alterações do trânsito para os dias 14 e 17 de Novembro, da próxima semana. Os agentes do CPSP vão ser destacados principalmente para os cruzamentos e pontos em que há mais pressão sobre o trânsito devido ao corte de várias vias para a realização das corridas. “Vamos assegurar o funcionamento das vias durante a realização das provas. Mas estamos à espera que o trânsito seja mais afectado nas zonas Norte e Centro da cidade, porque vai haver nessas áreas uma maior concentração de circulação de veículos”, afirmou Lao Sio Hap. O representante da CPSP revelou igualmente que no ano anterior não foram multados condutores por infracções relacionadas com as modificações de trânsito, como o estacionamento ou a paragem em áreas proibidas. “Houve um grande apoio da população ao evento e durante as provas não houve multas relacionadas com infracções devido aos arranjos do trânsito. As pessoas estavam bem informadas e esperamos que o apoio da população volte a estar presente na edição deste ano”, disse o subintendente. Este aspecto, explicou ainda Lao, não impediu que fossem detectadas infracções em outros pontos da cidade durante o evento. Artérias cortadas Nos quatro dias de provas 46 autocarros que vão ser afectados, com mudanças nos respectivos percursos. No caso do autocarro H2, que circula entre a Habitação do Fai Chi Kei e Hospital Conde São Januário, o serviço vai mesmo ser suspenso. No sentido oposto, são criados os percursos especiais 12T, entre o Terminal Marítimo do Porto Exterior e a Praça Ferreira Amaral, e 31T, entre o Terminal Marítimo do Porto Exterior e a Paragem Provisória do Fórum Macau. As viagens nestes autocarros são gratuitas. Ao mesmo tempo, vai ser criada junto ao casino Jai Alai uma zona de paragens para os autocarros de transporte de turistas para os casinos. Devido a fazerem parte do circuito, as artérias Avenida de Amizade, Avenida Venceslau Morais, Ramal dos Mouros e Rua dos Pescadores serão cortadas ao trânsito, o que vai fazer com que a Rua Cidade de Sintra, junto ao Hotel Starworld, tenha trânsito nos dois sentidos, quando normalmente apenas se circula de Este para Oeste. Também a zona circundante do Jardim da Montanha Russa vai sofrer alterações no sentido do trânsito. Em várias artérias da cidade vai ainda haver supressão de lugares de estacionamento para permitir a circulação de mais viaturas. Este ano a organização instalou 151 portões nas barreiras de metal e espera-se que o circuito possa abrir todos os dias ao trânsito entre as 17h30 e as 18h00, de acordo com o programa das provas. Estas alterações levaram também o Coordenador da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau, Pun Weng Kun, a apelar à compressão dos cidadãos: “Os cidadãos estão habituados a esta situação, até porque esta já é a 66.ª edição. Porém, apelo a que se desloquem a pé nesses dias e que utilizem mais os autocarros públicos”, sublinhou.
Hoje Macau SociedadeSeac Pai Van | Preocupações com inauguração de centro de saúde [dropcap]W[/dropcap]ong Lai I, membro do Conselho Consultivo de Serviço Comunitário das Ilhas, disse estar preocupada com a data de inauguração do novo centro de saúde do complexo habitacional de Seac Pai Van. De acordo com o jornal Cheng Pou, na reunião plenária deste Conselho Consultivo, realizada esta terça-feira, foi levantada a questão de o espaço destinado ao centro de saúde estar ainda com muitos materiais de construção no seu interior, não existindo nenhum andamento das obras. A data de inauguração do centro de saúde foi já adiada por duas vezes, estando prevista agora para depois de 2020. Em declarações ao jornal Ou Mun, Liu Fengming, coordenadora-adjunta do Conselho Consultivo, adiantou que os representantes dos Serviços de Saúde explicaram que dois andares do espaço destinado ao centro de saúde serão utilizados pelo Instituto de Acção Social para ali abrir um novo lar de idosos e um centro de reabilitação para doentes mentais. Desta forma, o centro de saúde de Seac Pai Van vai funcionar em apenas dois pisos do Complexo Comunitário de Seac Pai Van ao invés dos quatro inicialmente previstos. Liu Fengming disse que a alteração do projecto está a ser analisada pela Direcção dos Serviços de Solo, Obras Públicas e Transportes.
Hoje Macau SociedadeSeac Pai Van | Preocupações com inauguração de centro de saúde [dropcap]W[/dropcap]ong Lai I, membro do Conselho Consultivo de Serviço Comunitário das Ilhas, disse estar preocupada com a data de inauguração do novo centro de saúde do complexo habitacional de Seac Pai Van. De acordo com o jornal Cheng Pou, na reunião plenária deste Conselho Consultivo, realizada esta terça-feira, foi levantada a questão de o espaço destinado ao centro de saúde estar ainda com muitos materiais de construção no seu interior, não existindo nenhum andamento das obras. A data de inauguração do centro de saúde foi já adiada por duas vezes, estando prevista agora para depois de 2020. Em declarações ao jornal Ou Mun, Liu Fengming, coordenadora-adjunta do Conselho Consultivo, adiantou que os representantes dos Serviços de Saúde explicaram que dois andares do espaço destinado ao centro de saúde serão utilizados pelo Instituto de Acção Social para ali abrir um novo lar de idosos e um centro de reabilitação para doentes mentais. Desta forma, o centro de saúde de Seac Pai Van vai funcionar em apenas dois pisos do Complexo Comunitário de Seac Pai Van ao invés dos quatro inicialmente previstos. Liu Fengming disse que a alteração do projecto está a ser analisada pela Direcção dos Serviços de Solo, Obras Públicas e Transportes.
Juana Ng Cen SociedadeMUST | Fundo financiou projectos com 340 milhões de patacas [dropcap]O[/dropcap] Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau financiou 260 projectos de investigação científica com 340 milhões de patacas entre Janeiro e Outubro. Os números foram apresentados ontem com o relatório das actividades do Fundo presidido por Frederico Ma, numa conferência de imprensa que teve lugar na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST, em inglês). A principal novidade entre o ano passado e o actual foi o aumento do orçamento, que mais do que duplicou, ao passar de 247 milhões de patacas, em 2018, para 535 milhões no corrente ano. Em relação à taxa de aprovação dos projectos científicos este ano, a taxa de aprovação foi de 43 por cento, uma vez que houve 604 pedidos de financiamento que resultaram em 260 projectos apoiados. No evento de ontem estiveram igualmente presente alguns dos autores dos projectos apoiados, entre eles Lok Ka In, investigador ligado ao Instituto de Enfermagem do Kiang Wu, que foca a eficácia das aplicações para dispositivos móveis na gestão, ao nível dos valores do sangue, na doença Diabetes de Tipo 2. De acordo com Lok, a aplicação permite gravar a informação sobre a glicose, pressão arterial e comunicação em tempo real com a equipa de médicos que acompanha o doente. “A situação de download do Apps ainda não é ideal, mas existe a possibilidade de trazer verdadeiros benefícios médicos para o território. Muitas vezes os doentes crónicos têm muita falta de disciplina no controlo da doença, mas assim é possível mudar essa hábito e controlar os diabetes de forma mais eficaz”, afirmou Lok sobre as vantagens do projecto. O Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia aposta também num aumento da cooperação com o exterior e lançou, em conjunto com o Departamento de Ciência e Tecnologia da Província de Cantão, um apoio para projectos das área que chega aos 20 milhões de patacas.
Juana Ng Cen SociedadeMUST | Fundo financiou projectos com 340 milhões de patacas [dropcap]O[/dropcap] Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau financiou 260 projectos de investigação científica com 340 milhões de patacas entre Janeiro e Outubro. Os números foram apresentados ontem com o relatório das actividades do Fundo presidido por Frederico Ma, numa conferência de imprensa que teve lugar na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST, em inglês). A principal novidade entre o ano passado e o actual foi o aumento do orçamento, que mais do que duplicou, ao passar de 247 milhões de patacas, em 2018, para 535 milhões no corrente ano. Em relação à taxa de aprovação dos projectos científicos este ano, a taxa de aprovação foi de 43 por cento, uma vez que houve 604 pedidos de financiamento que resultaram em 260 projectos apoiados. No evento de ontem estiveram igualmente presente alguns dos autores dos projectos apoiados, entre eles Lok Ka In, investigador ligado ao Instituto de Enfermagem do Kiang Wu, que foca a eficácia das aplicações para dispositivos móveis na gestão, ao nível dos valores do sangue, na doença Diabetes de Tipo 2. De acordo com Lok, a aplicação permite gravar a informação sobre a glicose, pressão arterial e comunicação em tempo real com a equipa de médicos que acompanha o doente. “A situação de download do Apps ainda não é ideal, mas existe a possibilidade de trazer verdadeiros benefícios médicos para o território. Muitas vezes os doentes crónicos têm muita falta de disciplina no controlo da doença, mas assim é possível mudar essa hábito e controlar os diabetes de forma mais eficaz”, afirmou Lok sobre as vantagens do projecto. O Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia aposta também num aumento da cooperação com o exterior e lançou, em conjunto com o Departamento de Ciência e Tecnologia da Província de Cantão, um apoio para projectos das área que chega aos 20 milhões de patacas.
Andreia Sofia Silva SociedadeStartups | Macau com representação inédita na WebSummit A Direcção dos Serviços de Economia de Macau levou à WebSummit um total de 11 projectos desenvolvidos por startups locais, duas associações e quatro professores universitários. É a primeira vez que a RAEM tem um lugar próprio na maior cimeira de tecnologia do mundo [dropcap]C[/dropcap]hega hoje ao fim mais uma edição da WebSummit, que decorre em Lisboa, mas este ano a maior cimeira de tecnologia do mundo conta com uma novidade, uma vez que as startups de Macau fazem-se representar, pela primeira vez, num espaço próprio. A Direcção dos Serviços de Economia (DSE), em parceria com a Fábrica de Startups, em Portugal, levou um total de 11 projectos ao Centro de Incubadoras de Macau presente no Parque das Nações, onde decorre o evento. Edgar Cheong, responsável pelo Centro, disse ao HM que a ideia é expandir cada vez mais a presença das empresas de Macau no evento de tecnologia que reúne as startups mais inovadoras do momento. “Queremos, em primeiro lugar, que os membros do nosso Centro mostrem os seus projectos na WebSummit e também dizer às pessoas que Macau funciona como uma plataforma”, adiantou. A lista de interessados para participar na WebSummit era grande, frisou Edgar Cheong. “Por limitações de espaço trouxemos apenas 11 projectos”, mas há a possibilidade de cada vez mais startups de Macau poderem viajar para Lisboa nos próximos anos. “Este é um passo muito importante e penso que no próximo ano será diferente”, acrescentou. Estreias e não só Marco Rizzolio, fundador da startup Follow Me Macau, é um dos rostos que este ano integra o Centro de Incubadoras de Macau. Há dois anos fundou a empresa que mostra tudo o que se pode fazer no território fora dos casinos, e, desde a sua fundação, já foram vendidas 2300 experiências. A Follow Me Macau trabalha sobretudo com empresas do ramo de exposições e convenções que, aquando da sua passagem pelo território, procuram proporcionar aos seus funcionários um dia de entretenimento, organizado pela startup. O responsável adiantou ao HM que esta presença na WebSummit é muito importante para Macau e para o seu sector empresarial. “Está a ser dado um passo firme. Este Centro de Incubadoras foi lançado há dois anos e o Governo tem esta área como uma das prioridades. Não é de um ano para o outro mas acredito que esta (presença de Macau) se vai intensificar ao longo dos anos.” Para Jonathan Lok, fundador da DianDian Macau, a presença na WebSummit é uma estreia. “Está a ser uma experiência muito interessante e espero que possamos ligar-nos a outras pessoas e empresas para vivenciar mais este ecossistema de negócios e levar estas experiências para Macau. Também queremos ver se temos oportunidades em Portugal como porta de entrada para a Europa”, adiantou. A DianDian Macau dedica-se à criação de um software ligado ao sistema de gestão de clientes para Pequenas e Médias Empresas, para que, através da aplicação, tudo seja feito de forma digital, com menor recurso ao papel.
Andreia Sofia Silva SociedadeStartups | Macau com representação inédita na WebSummit A Direcção dos Serviços de Economia de Macau levou à WebSummit um total de 11 projectos desenvolvidos por startups locais, duas associações e quatro professores universitários. É a primeira vez que a RAEM tem um lugar próprio na maior cimeira de tecnologia do mundo [dropcap]C[/dropcap]hega hoje ao fim mais uma edição da WebSummit, que decorre em Lisboa, mas este ano a maior cimeira de tecnologia do mundo conta com uma novidade, uma vez que as startups de Macau fazem-se representar, pela primeira vez, num espaço próprio. A Direcção dos Serviços de Economia (DSE), em parceria com a Fábrica de Startups, em Portugal, levou um total de 11 projectos ao Centro de Incubadoras de Macau presente no Parque das Nações, onde decorre o evento. Edgar Cheong, responsável pelo Centro, disse ao HM que a ideia é expandir cada vez mais a presença das empresas de Macau no evento de tecnologia que reúne as startups mais inovadoras do momento. “Queremos, em primeiro lugar, que os membros do nosso Centro mostrem os seus projectos na WebSummit e também dizer às pessoas que Macau funciona como uma plataforma”, adiantou. A lista de interessados para participar na WebSummit era grande, frisou Edgar Cheong. “Por limitações de espaço trouxemos apenas 11 projectos”, mas há a possibilidade de cada vez mais startups de Macau poderem viajar para Lisboa nos próximos anos. “Este é um passo muito importante e penso que no próximo ano será diferente”, acrescentou. Estreias e não só Marco Rizzolio, fundador da startup Follow Me Macau, é um dos rostos que este ano integra o Centro de Incubadoras de Macau. Há dois anos fundou a empresa que mostra tudo o que se pode fazer no território fora dos casinos, e, desde a sua fundação, já foram vendidas 2300 experiências. A Follow Me Macau trabalha sobretudo com empresas do ramo de exposições e convenções que, aquando da sua passagem pelo território, procuram proporcionar aos seus funcionários um dia de entretenimento, organizado pela startup. O responsável adiantou ao HM que esta presença na WebSummit é muito importante para Macau e para o seu sector empresarial. “Está a ser dado um passo firme. Este Centro de Incubadoras foi lançado há dois anos e o Governo tem esta área como uma das prioridades. Não é de um ano para o outro mas acredito que esta (presença de Macau) se vai intensificar ao longo dos anos.” Para Jonathan Lok, fundador da DianDian Macau, a presença na WebSummit é uma estreia. “Está a ser uma experiência muito interessante e espero que possamos ligar-nos a outras pessoas e empresas para vivenciar mais este ecossistema de negócios e levar estas experiências para Macau. Também queremos ver se temos oportunidades em Portugal como porta de entrada para a Europa”, adiantou. A DianDian Macau dedica-se à criação de um software ligado ao sistema de gestão de clientes para Pequenas e Médias Empresas, para que, através da aplicação, tudo seja feito de forma digital, com menor recurso ao papel.
Hoje Macau PolíticaHabitação económica | Leong Sun Iok quer fogos em terrenos recuperados [dropcap]O[/dropcap] deputado Leong Sun Iok pegou no relatório que mediu a necessidade de habitação pública, elaborado pelo Governo em 2017, para sugerir a construção de fogos destinados a habitação económica em terrenos recuperados a concessionários. Em declarações ao jornal Ou Mun, o legislador recordou que o estudo revelou a carência de 19.585 apartamentos para o ano de 2021. Um número que Leong considera não representar a nova realidade, desde que se abriu o apoio social à habitação à classe média com os ajustes aos limites dos rendimentos para candidatura. O deputado ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau entende que ao mesmo tempo que o alargamento dos requisitos beneficia a classe média, prejudica as famílias com problemas financeiros, ainda mais se estes agregados familiares tiverem muitos membros. A justificação dada por Leong Sun Iok prende-se com a falta de correspondência entre os aumentos dos limites de rendimentos para a candidatura e os aumentos salariais. Recorde-se que foram divulgados na terça-feira os limites mínimos e máximos de rendimento mensal e o limite máximo de património líquido dos candidatos a compra de fracções de habitação económica. Os limites mínimos passaram de 8490 patacas para 11640 patacas, e os máximos ficam 38910 patacas depois de um aumento de 7160 patacas. A última vez que o Governo mexeu nestes limites foi em Maio de 2014.
Hoje Macau PolíticaHabitação económica | Leong Sun Iok quer fogos em terrenos recuperados [dropcap]O[/dropcap] deputado Leong Sun Iok pegou no relatório que mediu a necessidade de habitação pública, elaborado pelo Governo em 2017, para sugerir a construção de fogos destinados a habitação económica em terrenos recuperados a concessionários. Em declarações ao jornal Ou Mun, o legislador recordou que o estudo revelou a carência de 19.585 apartamentos para o ano de 2021. Um número que Leong considera não representar a nova realidade, desde que se abriu o apoio social à habitação à classe média com os ajustes aos limites dos rendimentos para candidatura. O deputado ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau entende que ao mesmo tempo que o alargamento dos requisitos beneficia a classe média, prejudica as famílias com problemas financeiros, ainda mais se estes agregados familiares tiverem muitos membros. A justificação dada por Leong Sun Iok prende-se com a falta de correspondência entre os aumentos dos limites de rendimentos para a candidatura e os aumentos salariais. Recorde-se que foram divulgados na terça-feira os limites mínimos e máximos de rendimento mensal e o limite máximo de património líquido dos candidatos a compra de fracções de habitação económica. Os limites mínimos passaram de 8490 patacas para 11640 patacas, e os máximos ficam 38910 patacas depois de um aumento de 7160 patacas. A última vez que o Governo mexeu nestes limites foi em Maio de 2014.
Hoje Macau PolíticaPequim | Chui Sai On promete transmitir directrizes a Ho Iat Seng [dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo garantiu ontem que “o Executivo da RAEM está a acompanhar os trabalhos preparatórios relativos à mudança de Governo, e prometeu comunicar e transmitir da melhor forma as directrizes destas reuniões, como continuar a impulsionar os vários trabalhos em andamento, com o objectivo de se concretizar a Grande Baía.” O compromisso assumido por Chui Sai On, citado num comunicado do seu gabinete, foi feito na reunião plenária do Grupo de Líderes para Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, em Pequim. A reunião foi presidida pelo vice-primeiro-ministro do Conselho de Estado, Han Zheng. O comunicado do gabinete de Chui Sai On destaca ainda as medidas levados a cabo pelo Governo Central no âmbito projecto regional. Nomeadamente, medidas que promovem “a participação dos residentes de Macau no desenvolvimento das cidades da Grande Baía, em vários sectores, especialmente no regime fiscal, no apoio aos jovens empreendedores, no desenvolvimento de inovação, ciência e tecnologia, no reforço da facilitação ao fluxo de pessoas e logístico”.
Hoje Macau PolíticaPequim | Chui Sai On promete transmitir directrizes a Ho Iat Seng [dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo garantiu ontem que “o Executivo da RAEM está a acompanhar os trabalhos preparatórios relativos à mudança de Governo, e prometeu comunicar e transmitir da melhor forma as directrizes destas reuniões, como continuar a impulsionar os vários trabalhos em andamento, com o objectivo de se concretizar a Grande Baía.” O compromisso assumido por Chui Sai On, citado num comunicado do seu gabinete, foi feito na reunião plenária do Grupo de Líderes para Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, em Pequim. A reunião foi presidida pelo vice-primeiro-ministro do Conselho de Estado, Han Zheng. O comunicado do gabinete de Chui Sai On destaca ainda as medidas levados a cabo pelo Governo Central no âmbito projecto regional. Nomeadamente, medidas que promovem “a participação dos residentes de Macau no desenvolvimento das cidades da Grande Baía, em vários sectores, especialmente no regime fiscal, no apoio aos jovens empreendedores, no desenvolvimento de inovação, ciência e tecnologia, no reforço da facilitação ao fluxo de pessoas e logístico”.
João Santos Filipe Manchete PolíticaDados Pessoais | Admitida abordagem a fuga de informação que focou Jorge Menezes O acesso de cidadãos a dados online disponibilizados pelo Governo poderá ser feito com recurso a dados biométricos, como reconhecimento facial ou impressões digitais. Os legisladores dizem estar preocupados com a protecção dos dados pessoais [dropcap]A[/dropcap] protecção dos dados pessoais dos cidadãos e o caso da fuga de informação do Bilhete de Identidade de Residente (BIR) de um familiar de Jorge Menezes – utilizada para ameaçar o advogado – vão ser alguns dos assuntos abordados pelos deputados da 2.ª Comissão Permanente na discussão da Lei da Governação Electrónica. A comissão presidida pelo deputado Chan Chak Mo esteve ontem reunida pela primeira vez para debater na especialidade esta lei e a principal preocupação dos deputados recaiu sobre a protecção dos dados pessoais. “A maior parte dos deputados está preocupada com a privacidade e a protecção dos dados pessoais”, afirmou Chan. “Acho que vão questionar o Governo sobre o tratamento dos dados pessoais”, acrescentou. Nas declarações iniciais, o presidente da comissão afirmou não ter havido casos conhecidos publicamente de fugas de informação em relação a dados pessoais dos cidadãos. Porém, quando questionado sobre o caso que envolve o advogado Jorge Menezes, Chan admitiu estar mal informado face à situação, mas colocou a hipótese de serem levantadas questões junto do Executivo. “Foi um caso pontual. Não tenho muita informação sobre o caso, nem sei se houve fuga de informação. Desconheço como tiveram acesso ao documento ou como acederem à senha de acesso online…”, indicou. “Acho que os deputados vão questionar o Governo sobre o tratamento dados pessoais. Claro que podem abordar essa questão um bocadinho. Se calhar o sistema dele não era seguro. Mas podemos falar um bocadinho sobre o assunto com o Governo”, acrescentou. Em Outubro, Jorge Menezes denunciou ter sido alvo de uma ameaça através da digitalização do BIR de um familiar. Na carta em que relatou a denuncia às autoridades, o causídico afirmou que o BIR nunca tinha sido utilizado ou digitalizado. Com protecção Ainda em relação ao acesso à informação online, o Executivo vai definir as diferentes formas de autenticação dos cidadãos. Em cima da mesa está a possibilidade de o acesso ser feito através dos dados biométricos dos envolvidos, além das tradicionais passwords, com recurso ao reconhecimento facial ou a impressões digitais. Este tipo de informação poderá ser trocado entre os diferentes departamentos governamentais, mas Chan Chak Mo sublinhou que será de acordo com a lei que regula a protecção dos dados pessoais. “Só podem ter acesso as pessoas qualificadas, ou seja as que precisam de lidar com os dados. Se uma pessoa não estiver qualificada não vai poder aceder”, apontou. Como forma de segurança, o deputado defendeu ainda que os programas em vigor permitem registar as diferentes pessoas que visualizam os dados e que esse mecanismo também é uma forma de proteger os dados.
João Santos Filipe Manchete PolíticaDados Pessoais | Admitida abordagem a fuga de informação que focou Jorge Menezes O acesso de cidadãos a dados online disponibilizados pelo Governo poderá ser feito com recurso a dados biométricos, como reconhecimento facial ou impressões digitais. Os legisladores dizem estar preocupados com a protecção dos dados pessoais [dropcap]A[/dropcap] protecção dos dados pessoais dos cidadãos e o caso da fuga de informação do Bilhete de Identidade de Residente (BIR) de um familiar de Jorge Menezes – utilizada para ameaçar o advogado – vão ser alguns dos assuntos abordados pelos deputados da 2.ª Comissão Permanente na discussão da Lei da Governação Electrónica. A comissão presidida pelo deputado Chan Chak Mo esteve ontem reunida pela primeira vez para debater na especialidade esta lei e a principal preocupação dos deputados recaiu sobre a protecção dos dados pessoais. “A maior parte dos deputados está preocupada com a privacidade e a protecção dos dados pessoais”, afirmou Chan. “Acho que vão questionar o Governo sobre o tratamento dos dados pessoais”, acrescentou. Nas declarações iniciais, o presidente da comissão afirmou não ter havido casos conhecidos publicamente de fugas de informação em relação a dados pessoais dos cidadãos. Porém, quando questionado sobre o caso que envolve o advogado Jorge Menezes, Chan admitiu estar mal informado face à situação, mas colocou a hipótese de serem levantadas questões junto do Executivo. “Foi um caso pontual. Não tenho muita informação sobre o caso, nem sei se houve fuga de informação. Desconheço como tiveram acesso ao documento ou como acederem à senha de acesso online…”, indicou. “Acho que os deputados vão questionar o Governo sobre o tratamento dados pessoais. Claro que podem abordar essa questão um bocadinho. Se calhar o sistema dele não era seguro. Mas podemos falar um bocadinho sobre o assunto com o Governo”, acrescentou. Em Outubro, Jorge Menezes denunciou ter sido alvo de uma ameaça através da digitalização do BIR de um familiar. Na carta em que relatou a denuncia às autoridades, o causídico afirmou que o BIR nunca tinha sido utilizado ou digitalizado. Com protecção Ainda em relação ao acesso à informação online, o Executivo vai definir as diferentes formas de autenticação dos cidadãos. Em cima da mesa está a possibilidade de o acesso ser feito através dos dados biométricos dos envolvidos, além das tradicionais passwords, com recurso ao reconhecimento facial ou a impressões digitais. Este tipo de informação poderá ser trocado entre os diferentes departamentos governamentais, mas Chan Chak Mo sublinhou que será de acordo com a lei que regula a protecção dos dados pessoais. “Só podem ter acesso as pessoas qualificadas, ou seja as que precisam de lidar com os dados. Se uma pessoa não estiver qualificada não vai poder aceder”, apontou. Como forma de segurança, o deputado defendeu ainda que os programas em vigor permitem registar as diferentes pessoas que visualizam os dados e que esse mecanismo também é uma forma de proteger os dados.
Andreia Sofia Silva SociedadeComunidade portuguesa em Macau | Novo livro apresentado hoje em Portugal É hoje lançado, no auditório Carvalho Guerra da Universidade Católica Portuguesa do Porto, um novo livro sobre a comunidade portuguesa de Macau, que traça um quadro histórico das idas e vindas dos portugueses a Oriente e das suas motivações. “Portugueses em Macau” é uma obra da autoria de Susana Costa e Silva e Victor Teixeira e conta com o apoio do Instituto de Estudos Europeus de Macau [dropcap]E[/dropcap]migrámos para Macau, fizemos negócios, desistimos, regressámos, voltámos novamente. As gerações mais velhas ficaram para sempre, as mais novas buscam novas experiências profissionais e crescimento pessoal. A comunidade portuguesa em Macau tem sido constituída por diferentes cenários e motivações ao longo dos séculos, que são agora vistos à lupa num novo livro. O projecto académico “Portugueses em Macau”, da autoria de Susana Costa e Silva e Victor Teixeira, ex-residentes do território e professores da Universidade Católica Portuguesa (UCP), é hoje lançado no auditório Carvalho Guerra, na UCP do Porto. A apresentação insere-se numa palestra intitulada “Macau, 20 anos depois do handover”. Apesar dos muitos estudos feitos sobre a comunidade portuguesa em Macau, os autores ressalvam o facto de esta obra procurar ser transversal às várias fases de emigração dos portugueses. “Apesar de já se ter escrito muita coisa sobre Macau, não existe aquilo que é uma articulação da história da presença e da população portuguesa, com uma caracterização sociológica daquilo que são os portugueses, os macaenses e outras identidades portuguesas. Não havia um estudo que se articulasse com a história da presença portuguesa depois do handover”, começou por dizer Victor Teixeira. O livro traça, assim, um retrato de antigas gerações de emigrantes e dos jovens que decidem mudar-se, nos dias de hoje, de armas e bagagens para Macau. “Este trabalho resulta de um interesse manifestado pelo Instituto de Estudos Europeus de Macau (IEEM), que deu o suporte à ideia quando estávamos em Macau. Há um enquadramento histórico dos portugueses que chegaram a Macau até à idade contemporânea, enquanto que eu procurei compreender os portugueses que chegaram há muito tempo em Macau e aqueles que, tendo a oportunidade de regressar a Portugal aquando do handover, resolveram ficar”, adiantou Susana Costa e Silva. O crescimento profissional Tendo como base inúmeras entrevistas realizadas a portugueses que residem em Macau, Susana Costa e Silva identificou factores “ligados ao crescimento pessoal, mais ao nível micro, factores ligados ao crescimento profissional e um nível mais macro factores que se relacionam com interesse ou não pelo território. A facilidade dos portugueses de se ligarem ao Oriente, de aprenderem culturas diferentes”. A ida para Macau no contexto de crise económica que se viveu em Portugal foi uma das fases de emigração identificada pelos autores, protagonizada por profissionais qualificados que partiram em busca de novas oportunidades. Estes “procuraram num território longínquo do ponto de vista geográfico, mas que do ponto de vista cultural não é tão longínquo assim”. “Concluímos que há sempre um elo de ligação ao território, um familiar ou até algum conhecido, há uma rede que faz com que os factores de atracção de Macau sejam mais significativos do que em relação a outras localizações”, frisou a autora. “São as motivações profissionais e não de ligação afectiva que atraíram esta nova leva de jovens para Macau”, disse ainda Susana Costa e Silva. Além disso, a ida para Macau representa uma oportunidade posterior de emigração para outros países. “O facto de terem estado em Macau faz com que haja outras oportunidades a Oriente que se afigurem atractivas, tal como a própria China ou Xangai. Isso acontece sobretudo nas gerações mais novas. Entrevistámos várias pessoas que disseram que já não saem de Macau, e os que ficam em Macau para sempre tem mais de 55 anos. Os mais jovens não têm essa ligação a Macau tão enraizada e vão mais à aventura em busca de oportunidades profissionais”, disse Susana Costa e Silva. Difícil avaliação Victor Teixeira fala de diversos comportamentos dentro de uma só comunidade. “Temos uma comunidade quase difícil de avaliar. Conhecemos algumas figuras dos restaurantes, jornalistas, advogados, mas existe uma massa grande de população que se casou e que vive na grande zona chinesa da cidade, que submergiu e que é muito difícil de apanhar. Existem muitos que não gostam de aparecer e há muitos que vão ficando na sua vida.” Actualmente “a comunidade é composta por portugueses temporários, não é uma comunidade que vive a sua vida toda em Macau e o crescimento da comunidade depende de muitos factores económicos ou de novas fases”, adiantou o professor universitário, frisando que “nos últimos dois anos temos assistido ao regresso de muitos portugueses desta vaga após 2008 e de muitos dos que estavam em Macau antes de 1999”. Desta forma, “é muito vasto e instável do ponto de vista estatístico e numérico desenharmos uma tendência (de evolução da comunidade), porque é uma população oscilante, sobretudo do pós século XXI”. Contudo, nem sempre foi assim. Tempos houve em que os portugueses emigraram para Macau por questões de negócio do Império ou para cumprirem serviço público ou militar. O próprio posicionamento de Macau no Império português foi mudando. “Há vários exemplos, várias fases. Numa primeira fase é uma extensão daquilo que são os negócios da Índia, Malaca e uma abertura do Japão até 1639. Existia o tráfego com o Japão e com o sudeste asiático, e Macau era uma terra de oportunidades, de aventureiros e mercadores, a parte informal do império formal. A população tinha o atractivo essencialmente de negócios”, disse Victor Teixeira. Em 1884, com a chegada do Governador Ferreira do Amaral, o panorama altera-se. Aí criam-se os interesses próprios de Macau, que passa a ser uma ponte entre a China e o Império Ultramarino. “Os portugueses em Macau vão-se fixando, uns morrem lá, outros regressam, sentem a população do ponto de vista do negócio, de outras actividades relacionadas com a Índia e com o sudeste asiático”, aponta o académico. Ferreira do Amaral é assassinado já no século XIX e, uma vez que os ingleses já se encontram em Hong Kong desde 1842, Macau “muda também e passa a ser uma cidade que acorda de uma letargia desse comércio com Goa”. “Vai conhecer uma nova reorganização do ponto de vista de inserção no Império, vai ter uma regularização em termos institucionais embora não seja factor de atracção como Hong Kong ou Pequim”, acrescentou Victor Teixeira. Em 1966 dá-se o movimento “1,2,3” que marca “o começo do abandono do estatuto perpétuo da administração portuguesa em Macau”, seguindo-se, gradualmente, “o abandono de algumas franjas portuguesas e de macaenses até 1999”. E o futuro? Victor Teixeira não tem dúvidas de que, até 2049, haverá comunidade portuguesa em Macau, protegida legalmente e respeitada. “Pelo menos até 2049 está tudo enquadrado na Lei Básica. E é óbvio que é observado e cumprido pela China, de acordo com as palavras dos dirigentes e da comunidade portuguesa, da existência de uma simpatia e um desejo que os portugueses permaneçam em Macau. Não podemos escamotear isso, existe teórica e juridicamente esse respeito e vontade. Mas se me perguntar, na prática, penso que existe uma vontade da comunidade portuguesa e macaense de se manterem além de 2049”, concluiu Victor Teixeira. Desafios na Grande Baía O advogado Óscar Madureira, ex-residente de Macau e professor na UCP, é outro dos oradores da palestra de hoje, que visa mostrar ao público português mais sobre a RAEM. “Achamos que ainda existe pouca visibilidade”, disse o causídico ao HM, que vai falar sobre o sistema jurídico local. Sobre este tema, Óscar Madureira defendeu que existem alguns desafios no contexto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, mas não só. “Há alguns desafios que estão na calha, um deles é o da modernização do Direito que é transversal à maioria das jurisdições. Quanto a Macau no contexto da Grande Baía, temos de ver como é que, em termos jurídicos e políticos, o sistema jurídico de Macau se vai integrar. Há outros dois sistemas jurídicos que são muito díspares”, concluiu. A palestra de hoje conta também com a presença de Isabel Castro, ex-editora do HM e ex-directora do Ponto Final, Jorge Pereira, Sara Medina e Manuel Fontaine.
Andreia Sofia Silva SociedadeComunidade portuguesa em Macau | Novo livro apresentado hoje em Portugal É hoje lançado, no auditório Carvalho Guerra da Universidade Católica Portuguesa do Porto, um novo livro sobre a comunidade portuguesa de Macau, que traça um quadro histórico das idas e vindas dos portugueses a Oriente e das suas motivações. “Portugueses em Macau” é uma obra da autoria de Susana Costa e Silva e Victor Teixeira e conta com o apoio do Instituto de Estudos Europeus de Macau [dropcap]E[/dropcap]migrámos para Macau, fizemos negócios, desistimos, regressámos, voltámos novamente. As gerações mais velhas ficaram para sempre, as mais novas buscam novas experiências profissionais e crescimento pessoal. A comunidade portuguesa em Macau tem sido constituída por diferentes cenários e motivações ao longo dos séculos, que são agora vistos à lupa num novo livro. O projecto académico “Portugueses em Macau”, da autoria de Susana Costa e Silva e Victor Teixeira, ex-residentes do território e professores da Universidade Católica Portuguesa (UCP), é hoje lançado no auditório Carvalho Guerra, na UCP do Porto. A apresentação insere-se numa palestra intitulada “Macau, 20 anos depois do handover”. Apesar dos muitos estudos feitos sobre a comunidade portuguesa em Macau, os autores ressalvam o facto de esta obra procurar ser transversal às várias fases de emigração dos portugueses. “Apesar de já se ter escrito muita coisa sobre Macau, não existe aquilo que é uma articulação da história da presença e da população portuguesa, com uma caracterização sociológica daquilo que são os portugueses, os macaenses e outras identidades portuguesas. Não havia um estudo que se articulasse com a história da presença portuguesa depois do handover”, começou por dizer Victor Teixeira. O livro traça, assim, um retrato de antigas gerações de emigrantes e dos jovens que decidem mudar-se, nos dias de hoje, de armas e bagagens para Macau. “Este trabalho resulta de um interesse manifestado pelo Instituto de Estudos Europeus de Macau (IEEM), que deu o suporte à ideia quando estávamos em Macau. Há um enquadramento histórico dos portugueses que chegaram a Macau até à idade contemporânea, enquanto que eu procurei compreender os portugueses que chegaram há muito tempo em Macau e aqueles que, tendo a oportunidade de regressar a Portugal aquando do handover, resolveram ficar”, adiantou Susana Costa e Silva. O crescimento profissional Tendo como base inúmeras entrevistas realizadas a portugueses que residem em Macau, Susana Costa e Silva identificou factores “ligados ao crescimento pessoal, mais ao nível micro, factores ligados ao crescimento profissional e um nível mais macro factores que se relacionam com interesse ou não pelo território. A facilidade dos portugueses de se ligarem ao Oriente, de aprenderem culturas diferentes”. A ida para Macau no contexto de crise económica que se viveu em Portugal foi uma das fases de emigração identificada pelos autores, protagonizada por profissionais qualificados que partiram em busca de novas oportunidades. Estes “procuraram num território longínquo do ponto de vista geográfico, mas que do ponto de vista cultural não é tão longínquo assim”. “Concluímos que há sempre um elo de ligação ao território, um familiar ou até algum conhecido, há uma rede que faz com que os factores de atracção de Macau sejam mais significativos do que em relação a outras localizações”, frisou a autora. “São as motivações profissionais e não de ligação afectiva que atraíram esta nova leva de jovens para Macau”, disse ainda Susana Costa e Silva. Além disso, a ida para Macau representa uma oportunidade posterior de emigração para outros países. “O facto de terem estado em Macau faz com que haja outras oportunidades a Oriente que se afigurem atractivas, tal como a própria China ou Xangai. Isso acontece sobretudo nas gerações mais novas. Entrevistámos várias pessoas que disseram que já não saem de Macau, e os que ficam em Macau para sempre tem mais de 55 anos. Os mais jovens não têm essa ligação a Macau tão enraizada e vão mais à aventura em busca de oportunidades profissionais”, disse Susana Costa e Silva. Difícil avaliação Victor Teixeira fala de diversos comportamentos dentro de uma só comunidade. “Temos uma comunidade quase difícil de avaliar. Conhecemos algumas figuras dos restaurantes, jornalistas, advogados, mas existe uma massa grande de população que se casou e que vive na grande zona chinesa da cidade, que submergiu e que é muito difícil de apanhar. Existem muitos que não gostam de aparecer e há muitos que vão ficando na sua vida.” Actualmente “a comunidade é composta por portugueses temporários, não é uma comunidade que vive a sua vida toda em Macau e o crescimento da comunidade depende de muitos factores económicos ou de novas fases”, adiantou o professor universitário, frisando que “nos últimos dois anos temos assistido ao regresso de muitos portugueses desta vaga após 2008 e de muitos dos que estavam em Macau antes de 1999”. Desta forma, “é muito vasto e instável do ponto de vista estatístico e numérico desenharmos uma tendência (de evolução da comunidade), porque é uma população oscilante, sobretudo do pós século XXI”. Contudo, nem sempre foi assim. Tempos houve em que os portugueses emigraram para Macau por questões de negócio do Império ou para cumprirem serviço público ou militar. O próprio posicionamento de Macau no Império português foi mudando. “Há vários exemplos, várias fases. Numa primeira fase é uma extensão daquilo que são os negócios da Índia, Malaca e uma abertura do Japão até 1639. Existia o tráfego com o Japão e com o sudeste asiático, e Macau era uma terra de oportunidades, de aventureiros e mercadores, a parte informal do império formal. A população tinha o atractivo essencialmente de negócios”, disse Victor Teixeira. Em 1884, com a chegada do Governador Ferreira do Amaral, o panorama altera-se. Aí criam-se os interesses próprios de Macau, que passa a ser uma ponte entre a China e o Império Ultramarino. “Os portugueses em Macau vão-se fixando, uns morrem lá, outros regressam, sentem a população do ponto de vista do negócio, de outras actividades relacionadas com a Índia e com o sudeste asiático”, aponta o académico. Ferreira do Amaral é assassinado já no século XIX e, uma vez que os ingleses já se encontram em Hong Kong desde 1842, Macau “muda também e passa a ser uma cidade que acorda de uma letargia desse comércio com Goa”. “Vai conhecer uma nova reorganização do ponto de vista de inserção no Império, vai ter uma regularização em termos institucionais embora não seja factor de atracção como Hong Kong ou Pequim”, acrescentou Victor Teixeira. Em 1966 dá-se o movimento “1,2,3” que marca “o começo do abandono do estatuto perpétuo da administração portuguesa em Macau”, seguindo-se, gradualmente, “o abandono de algumas franjas portuguesas e de macaenses até 1999”. E o futuro? Victor Teixeira não tem dúvidas de que, até 2049, haverá comunidade portuguesa em Macau, protegida legalmente e respeitada. “Pelo menos até 2049 está tudo enquadrado na Lei Básica. E é óbvio que é observado e cumprido pela China, de acordo com as palavras dos dirigentes e da comunidade portuguesa, da existência de uma simpatia e um desejo que os portugueses permaneçam em Macau. Não podemos escamotear isso, existe teórica e juridicamente esse respeito e vontade. Mas se me perguntar, na prática, penso que existe uma vontade da comunidade portuguesa e macaense de se manterem além de 2049”, concluiu Victor Teixeira. Desafios na Grande Baía O advogado Óscar Madureira, ex-residente de Macau e professor na UCP, é outro dos oradores da palestra de hoje, que visa mostrar ao público português mais sobre a RAEM. “Achamos que ainda existe pouca visibilidade”, disse o causídico ao HM, que vai falar sobre o sistema jurídico local. Sobre este tema, Óscar Madureira defendeu que existem alguns desafios no contexto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, mas não só. “Há alguns desafios que estão na calha, um deles é o da modernização do Direito que é transversal à maioria das jurisdições. Quanto a Macau no contexto da Grande Baía, temos de ver como é que, em termos jurídicos e políticos, o sistema jurídico de Macau se vai integrar. Há outros dois sistemas jurídicos que são muito díspares”, concluiu. A palestra de hoje conta também com a presença de Isabel Castro, ex-editora do HM e ex-directora do Ponto Final, Jorge Pereira, Sara Medina e Manuel Fontaine.
Hoje Macau China / ÁsiaAcordo de Paris | China, Rússia e França lamentam saída dos EUA [dropcap]F[/dropcap]rança, China, Alemanha e Rússia lamentaram ontem a formalização da intenção dos Estados Unidos de deixar o Acordo de Paris sobre o clima, decisão anunciada em 2017 pelo Presidente norte-americano, Donald Trump. Os Estados Unidos informaram na segunda-feira a Organização das Nações Unidas (ONU) de que iniciaram o processo de retirada do acordo de combate às alterações climáticas, assinado em Paris em 2015. A China, maior emissor mundial de gases com efeito estufa, anunciou ontem lamentar esta formalização dos Estados Unidos diante da ONU. “Esperamos que os Estados Unidos mostrem mais responsabilidade e contribuam mais para o processo de cooperação multilateral, em vez de adicionar energia negativa”, disse o porta-voz da diplomacia chinesa, Geng Shuang, aos jornalistas. A França declarou também lamentar a oficialização pelos Estados Unidos, uma medida que “já se esperava”.”Lamentamos e isso torna ainda mais necessária a parceria franco-chinesa sobre o clima e a biodiversidade”, indicou a Presidência francesa, no momento em que o Presidente Emmanuel Macron inicia o seu segundo dia de visita à China. A Alemanha sublinhou ontem que a decisão do governo dos EUA de se retirar o acordo climático de Paris é “lamentável”, mas não surpreende. A ministra do Meio Ambiente alemã, Svenja Schulze, disse que os EUA anunciaram o seu plano de se retirar do Acordo há dois anos e “felizmente permaneceram sozinhos ao fazê-lo”. Svenja Schulze declarou que o “efeito dominó” que alguns temiam depois que o anúncio de Donald Trump não ocorreu. “O resto do mundo está unido na protecção do clima”, disse num comunicado a ministra alemã, observando que até a Rússia, exportadora de combustíveis fósseis, aderiu recentemente ao pacto. A formalização da saída dos EUA do Acordo representa um “sério” golpe neste pacto pela luta contra as mudanças climáticas, disse por seu lado o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. “Isso prejudica o acordo da maneira mais séria, porque é um país líder em termos de emissões de gases de efeito estufa”, disse Peskov, acrescentando que “sem a maior economia do mundo, é ainda difícil falar de um acordo climático”. O Chile, como presidente da próxima cimeira do clima da ONU (COP25) e a Espanha, como país anfitrião da conferência, expressaram em conjunto o seu desejo de que os Estados Unidos “reconsiderem essa decisão o mais rapidamente possível”, a fim de contar com sua contribuição neste acordo. As ministras enfatizaram o “apoio global ao Acordo de Paris”, ratificado até hoje por 187 países, o que mostra um claro sinal de compromisso da comunidade internacional. De mal a pior O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, afirmou na segunda-feira que tinha submetido à ONU o pedido formal de retirada do Acordo. Este pedido inicia o processo de saída que, contudo, vai demorar pelo menos um ano. Na declaração, Pompeo considera que o Acordo de Paris constitui “um peso económico injusto” para os EUA. Os conservadores norte-americanos saudaram a decisão da administração Trump, mas a presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, considerou tratar-se de “uma nova decisão contrária à ciência (…) que vende o futuro do planeta e das crianças”. Cerca de 200 nações assinaram o acordo de Paris, no qual cada Estado fixa os seus próprios objectivos para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa que provocam a crise climática. O Acordo enunciou a meta de impedir um agravamento da subida já verificada na temperatura média mundial em mais entre 0,5 e 1 grau Celsius. Mas os compromissos avançados pelos participantes em 2015 são insuficientes para impedir aqueles níveis de aquecimento. O aquecimento global, provocado pela queima de carvão, petróleo e gás, já causou o aumento da temperatura média global em um grau centígrado desde o final do século XIX. Entre os seus resultados estão a fusão dos gelos, eventos extremos e a acidificação dos oceanos. E os cientistas asseguram que, dependendo da quantidade de dióxido de carbono emitido, a situação só vai piorar até ao final do século, com a temperatura a aumentar vários graus e o nível médio do mar em pelo menos um metro.