Comércio | Pequim salienta necessidade de igualdade nos negócios

[dropcap]O[/dropcap] porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lu Kang, disse esta segunda-feira que a igualdade é uma obrigação para se chegar a um acordo comercial com os Estados Unidos.

O Presidente norte-americano Donald Trump disse na segunda-feira no Japão que Washington não está pronto para fazer um acordo comercial com a China, mas deixa aberta a possibilidade de que as duas nações possam chegar a um acordo em breve.

Trump previu um “bom acordo com a China no futuro, porque não acredito que a China possa continuar a pagar estas centenas de milhões de dólares em taxas”.

A posição da China tem sido consistente, disse Lu. “O atrito comercial deve ser resolvido através de consultas e negociações amigáveis, que devem basear-se no respeito mútuo, igualdade e benefício mútuo”, acrescentou.

Caso à parte

O vice-reitor e professor da Escola Nacional de Desenvolvimento da Universidade de Pequim, Huang Yiping, disse que as partes normalmente se esforçam para chegar a uma resolução de ganhos mútuos nas consultas comerciais, mas o governo dos EUA é diferente, porque quer garantir apenas as suas vantagens nas negociações comerciais, disse.

Huang disse recentemente num seminário em Pequim que o governo dos EUA é, em certa medida, “irracional” nas conversações com a China. Com este pano de fundo, é difícil prever se os dois países podem alguma vez chegar a um acordo, acrescentou.

Já Wei Jianguo, ex-vice-ministro do comércio, disse que as frequentes acusações do governo dos EUA contra a China impediram a possibilidade de um acordo. Os EUA não perceberam a firme determinação da China em defender seus interesses nacionais. É impossível impor um acordo unilateral”, disse Wei, vice-presidente do Centro para o Intercâmbio Económico Internacional da China, um grupo de think tank em Pequim.

Zhang Yansheng, investigador sénior do Centro para o Intercâmbio Económico Internacional da China, disse que o governo dos EUA tem feito comentários ou movimentos inesperados, muitas vezes contraditórios, como as diversas afirmações em que se as negociações China-EUA terminassem, uma tarifa adicional de 25 por cento seria imposta às importações chinesas. Zhang Yansheng questiona ainda por que é que Washington implementou novas taxas enquanto a 11ª ronda de negociações estava em andamento. E afirma que “uma explicação é necessária.”

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