China / ÁsiaONU | Pequim e Moscovo ajudam países do BRICS a ter mais voz Hoje Macau - 5 Set 2017 [dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]hina e Rússia, membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, comprometeram-se ontem a ajudar os restantes países do bloco de economias emergentes BRICS a ter um maior papel na ONU. “Reafirmamos a necessidade de uma reforma completa das Nações Unidas, incluindo do seu Conselho de Segurança”, lê-se na declaração conjunta dos líderes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A mesma declaração reconhece o desejo do Brasil, Índia e África do Sul de ter maior voz na ONU. “É necessário aumentar a representação dos países em desenvolvimento, para que [as Nações Unidas] possam responder adequadamente aos desafios globais”, refere. A Índia, o Brasil e outros países, como o Japão e Alemanha, reclamam o direito de serem membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, um privilégio ostentado desde o fim da Segunda Guerra Mundial por apenas cinco países: EUA, França, Reino Unido, China e Rússia. A declaração de ontem aludiu também à necessidade do diálogo em crises internacionais como na Síria, Israel e Palestina, ou no Iraque, e manifestou a oposição dos cinco países do BRICS ao uso de armas químicas. Ameaça de Trump sobre Pyongyang considerada inaceitável [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China classificou ontem de inaceitável e injusta a ameaça do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de suspender o comércio com países que fazem negócios com a Coreia do Norte. Trump escreveu no domingo na rede social Twitter que Washington está a considerar suspender o comércio com “qualquer país que faça negócios com a Coreia do Norte”. O comentário do Presidente dos Estados Unidos surgiu após Pyongyang ter realizado o seu sexto nuclear e o mais poderoso de todos até à data.“É inaceitável uma situação em que, por um lado, trabalhamos para resolver esta questão pacificamente, mas por outro lado, os nossos interesses são sujeitos a sanções e ameaças”, disse ontem Geng Shuang, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros. “Isto não é nem objectivo, nem justo”, acrescentou. A China é o maior aliado diplomático e parceiro comercial do regime de Kim Jong-un.