Ensino | Mais conhecimento da China é importante, mas não chega

O “amor pela pátria” já é parte do currículo das escolas do território. Mais conhecimento acerca da China é tido como fundamental para “intensificar o sentimento pelo país”, considera o subdirector da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), Lou Pak Sang. A questão é, para Paul Pun, se este conhecimento chega e se está adaptado aos dias de hoje

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m maior conhecimento do país é fundamental, mas não chega. A ideia é deixada pelo director da Escola São João de Brito, Paul Pun, em reação às declarações do subdirector da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), Lou Pak Sang, ao Jornal do Cidadão.

De acordo com o responsável da DSEJ “o ‘amor pela pátria´ já está espalhado em todas as disciplinas, incluindo as de língua chinesa, de literatura chinesa, de geografia e de história”, sendo que, continua, “desta forma os alunos podem conhecer o seu grandioso país, e intensificar o sentimento em relação à China”.

Já para Paul Pun, a necessidade de ensino acerca da China é evidente. Em causa está se, nos dias de hoje, é suficiente. “É necessário que as crianças tenham o conhecimento básico acerca do seu país, da sua história, geografia e cultura. No entanto, o conhecimento do país não é suficiente. É necessário conhecer o mundo”, afirmou ao HM.

Num mundo global, Paul Pun considera que a preparação desde pequeno deve ter em conta todo o contexto da actualidade. O responsável pela escola que está sob a alçada da Cáritas Macau dá exemplos: “Para as crianças não falamos de problemas, mas temos de lhes dar uma perspectiva global: na Geografia, temos de saber onde estamos, onde Macau está, onde Macau está em relação à China, onde estão ambos em relação ao mundo”.

Macau especial

Macau é uma região com particularidades próprias, pelo que Paul Pun vai mais longe e, pensa, “é importante, na história, falar da história do território como parte da China, mas também falar da história quando Macau estava sob administração portuguesa e falar da história de Portugal”. A razão, aponta, é serem questões que se reflectem no presente.

“Há que existir uma perspectiva mundial em todas as disciplinas escolares capaz de transmitir que vivemos todos juntos no mundo para que nos compreendamos melhor”, considera Paul Pun, sem que as disciplinas se limitem a um país ou região.

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