Turismo | Visitas por motivo de jogo diminuíram em 2016

Há menos turistas a visitar Macau apenas para jogar nos casinos. Dados relativos ao ano passado mostram que houve uma quebra de 1,5 por cento no número de visitantes que se deslocaram ao território apenas para este fim. Férias e compras estão no topo da tabela

 

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]a cidade do Jogo não são apenas os casinos que importam. Dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), relativos ao ano de 2016, revelam que houve uma quebra de 1,5 por cento no número de turistas que vieram a Macau apenas para jogar. Se o ano passado este tipo de visitantes representou 6,6 por cento do total, em 2015 os números foram ligeiramente mais animadores: 8,1 por cento.

A DSEC aponta que os turistas vindos de Hong Kong “superaram [os visitantes] de outros países ou territórios” no que ao jogo diz respeito, ainda que também tenha existido uma quebra de 3,8 por cento, já que 21,7 por cento dos turistas veio de propósito a Macau para ir aos casinos, face aos 25,5 por cento registados em 2015. Relativamente aos turistas vindos de Taiwan, as visitas por motivos de jogo representaram apenas 2,2 por cento.

Em relação aos turistas vindos da China continental, a DSEC não apresenta dados referentes ao jogo, mas aponta que a despesa per capita destes turistas situou-se nas 1975 patacas, uma ligeira subida de 0,5 por cento. Os gastos foram feitos, na sua maioria, em compras (51,8 por cento) e alojamento (24,7 por cento). Em relação aos visitantes com visto individual, houve um decréscimo de despesas de 1,4 por cento, tendo os gastos sido feitos em compras (61,2 por cento).

Férias e compras são os dois principais motivos para a vinda de turistas. Olhando para o quadro geral, mais de metade dos visitantes vieram a Macau por motivo de férias (50,2 por cento), um aumento anual de 5,9 por cento face a 2015. As compras surgem em segundo lugar, com 9,6 por cento, mais 0,6 por cento em relação a 2015.

A vinda devido a “visitas a familiares ou amigos” representou cinco por cento, menos 0,2 por cento em relação ao ano anterior. Também as visitas por motivos de “negócio e assuntos profissionais” registaram uma ligeira quebra, tendo passado de 4,7 por cento para 4,1 por cento em 2016. Houve também uma quebra de 4,5 por cento de visitas dos que utilizaram Macau como ponto de passagem.

Transportes satisfazem menos

Em relação às infra-estruturas de turismo, quem visitou Macau revelou estar menos satisfeito com o funcionamento dos transportes públicos. Os níveis de satisfação fixaram-se nos 69,4 por cento, uma descida de 3,3 por cento face a 2015.

Ainda assim, a DSEC aponta que “diminuíram em 1,6 por cento, para 11,7 por cento, o número de visitantes que se declaram a favor da necessidade de melhoria dos transportes públicos”.

Os estabelecimentos de jogo registaram uma satisfação de 84,2 por cento, enquanto que a higiene ambiental deixou satisfeitos 81,9 por cento dos visitantes. A categoria “hotéis e similares” registaram uma satisfação na ordem dos 90 por cento, enquanto que os restaurantes obtiveram um menor grau de satisfação, em 1,4 por cento.

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