Visita a Portugal | “Zona de Cooperação é algo novo” para o país

Ho Iat Seng falou, na última sexta-feira, de alguns objectivos a atingir com a visita a Portugal, que começa amanhã. “Queremos que vários sectores [económicos] de Portugal possam perceber ou compreender quais as oportunidades de investimento para os países lusófonos. Vamos ter esta visita porque a Zona de Cooperação de Macau e Guangdong em Hengqin é nova para Portugal. Iremos ter representantes de empresas para podermos desenvolver as nossas funções e para que Portugal saiba quais são as oportunidades de desenvolvimento. Vamos convidar empresários portugueses para participar numa exposição que vamos realizar”, disse. Até ao fecho desta edição não foi ainda divulgada a agenda oficial cumprida pela delegação chefiada pelo Chefe do Executivo nas cidades de Lisboa e Porto.

O HM confirmou junto do Grupo Delta que a visita pensada para a fábrica de café em Campo Maior, e para a qual chegaram a ser feitos contactos por parte das autoridades de Macau, já não será realizada por motivos de agenda.

17 Abr 2023

Visita | Ho Iat Seng prepara viagem oficial a Portugal

Na sua primeira viagem oficial ao Ocidente, o Chefe do Executivo vai a Portugal transmitir a mensagem de que a língua e a cultura portuguesa continuam a ser vistas como factores diferenciadores

Ho Iat Seng vai deslocar-se Portugal, numa visita que deverá decorrer por volta do mês de Abril. A notícia foi avançada na sexta-feira pelo jornal Plataforma, que cita fontes anónimas. Segundo a publicação, esta vai ser a primeira viagem oficial do Chefe do Executivo ao Ocidente e os preparativos estão a avançar “de forma intensa pelos canais diplomáticos de ambos os lados”.

A visita conta ainda com “o envolvimento directo da Presidência da República”, uma consequência de o facto da política externa em Portugal ter uma dupla competência. Estes preparativos significam também que Ho Iat Seng deverá ser recebido pelo Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa.

Apesar das fontes oficiais terem recusado comentar a deslocação ao jornal Plataforma, este aponta que Ho Iat Seng vai a Portugal tentar transmitir a imagem de que em Macau “a importância da língua e da cultura portuguesas” continuam a ser vistas como um factor “diferenciador e uma vantagem competitiva” em relação “a outras regiões da China”.

Tempos de êxodo

A deslocação de Ho Iat Seng surge após três anos de restrições à circulação que isolaram o território do resto do mundo. Em consequência, as pessoas com familiares em Portugal depararam-se com inúmeros obstáculos burocráticos, que na prática impediram as deslocações.

As medidas fizeram com que vários residentes portugueses perdessem momentos importantes para cada família, como nascimentos, casamentos ou funerais.

O número de imigrantes vindos de Portugal caiu para níveis históricos que só encontram paralelo em 2000, o primeiro ano após a transição. Segundo a informação do Observatório da Emigração, órgão ligado ao Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, apenas 18 portugueses vieram viver para Macau em 2021. Por contraste, em 2020 o número de portugueses a chegar à RAEM tinha sido de 67.

A escolha de Portugal como primeiro destino de Ho no Ocidente pode ser assim vista como um sinal político relevante numa altura em que as circunstâncias da crise pandémica paralisaram os contactos políticos no exterior, mas também alguma desconfiança por parte da comunidade portuguesa residente em Macau sobre o seu futuro.

13 Fev 2023

Diplomacia | Ho Iat Seng vai a Portugal quando epidemia acabar

O cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong avançou que o Chefe do Executivo da RAEM deve deslocar-se a Lisboa, quando a epidemia chegar ao fim. Em entrevista à Rádio Macau, recusou ainda ter aconselhado os portugueses a fugirem da RAEM devido ao Covid-19

 

[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo deverá visitar Portugal quando a crise do Covid-19 chegar ao fim. A informação foi avançada pelo cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Paulo Cunha Alves, em entrevista à Rádio Macau.

“É, como disse, uma tradição, todos os Chefes do Executivo têm visitado Portugal e deve acontecer também com Ho Iat Seng logo que seja possível depois de ultrapassada a crise do Covid-19”, afirmou Paulo Cunha Alves.

Ainda em relação ao chefe do Governo local, o embaixador acredita denota que continua a haver uma atenção especial para a comunidade portuguesa. “Dos contactos que tenho mantido com o novo Chefe do Executivo, tenho notado uma preocupação especial com o bem-estar da comunidade portuguesa”, considerou.

Por este motivo, o cônsul-geral diz que a comunidade vai ser bem tratada, como tem acontecido desde a transição. “Acho que vamos continuar a ser bem tratados, integrados e considerados nesta comunidade geral que são os residentes e não residentes da RAEM”, apontou.

Palavras ditas

Ainda em relação ao Covid-19, Paulo Cunha Alves veio esclarecer as declarações prestadas anteriormente, quando sugeriu que os portugueses em Macau visitassem famílias e amigos, caso não estivesse a trabalhar.

“Membros da comunidade portuguesa que não estejam no activo, que não estejam neste momento a trabalhar ou não pertençam à massa activa da comunidade, talvez esta seja uma oportunidade para rever a família e amigos. Foi isso que eu disse”, defendeu-se.

“Em nosso entender, faz todo o sentido porque vamos considerar o caso de pessoas reformadas, o caso de pessoas que estavam dispensadas do serviço durante 15 dias ou um mês, porque não aproveitar para fazer uma viagem até Portugal e ver a família? Numa altura em que a Europa não estava ainda afectada por esta crise da Covid-19”, completou.

Paulo Cunha Alves vincou que a posição tinha sido coordenada com a Embaixada de Portugal em Pequim e que o conselho nunca foi uma indicação para que os portugueses fugissem do território.

Mês de Portugal avança

Face ao Covid-19 e às medidas de controlo da epidemia são vários os eventos que têm sido cancelados. Contudo, Paulo Cunha Alves considera que o já tradicional mês de Portugal na RAEM tem condições para ser realizado.

A iniciativa conta com diferentes expressões artísticas que envolvem nomes ligados a Portugal e deverá voltar a acontecer, apesar do cônsul-geral reconhecer que se verificam alguns atrasos.

“As coisas estão, devo dizer, um pouco atrasadas por razões óbvias. Não tem havido reuniões e tem havido alguns contratempos gerados pela Covid-19”, declarou. “Abrangem actividades ligadas ao cinema, exposições, concertos, teatro, algumas palestras também e quem sabe também alguns espectáculos de dança”, completou.

9 Mar 2020

Diplomacia | Ho Iat Seng vai a Portugal quando epidemia acabar

O cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong avançou que o Chefe do Executivo da RAEM deve deslocar-se a Lisboa, quando a epidemia chegar ao fim. Em entrevista à Rádio Macau, recusou ainda ter aconselhado os portugueses a fugirem da RAEM devido ao Covid-19

 
[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo deverá visitar Portugal quando a crise do Covid-19 chegar ao fim. A informação foi avançada pelo cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Paulo Cunha Alves, em entrevista à Rádio Macau.
“É, como disse, uma tradição, todos os Chefes do Executivo têm visitado Portugal e deve acontecer também com Ho Iat Seng logo que seja possível depois de ultrapassada a crise do Covid-19”, afirmou Paulo Cunha Alves.
Ainda em relação ao chefe do Governo local, o embaixador acredita denota que continua a haver uma atenção especial para a comunidade portuguesa. “Dos contactos que tenho mantido com o novo Chefe do Executivo, tenho notado uma preocupação especial com o bem-estar da comunidade portuguesa”, considerou.
Por este motivo, o cônsul-geral diz que a comunidade vai ser bem tratada, como tem acontecido desde a transição. “Acho que vamos continuar a ser bem tratados, integrados e considerados nesta comunidade geral que são os residentes e não residentes da RAEM”, apontou.

Palavras ditas

Ainda em relação ao Covid-19, Paulo Cunha Alves veio esclarecer as declarações prestadas anteriormente, quando sugeriu que os portugueses em Macau visitassem famílias e amigos, caso não estivesse a trabalhar.
“Membros da comunidade portuguesa que não estejam no activo, que não estejam neste momento a trabalhar ou não pertençam à massa activa da comunidade, talvez esta seja uma oportunidade para rever a família e amigos. Foi isso que eu disse”, defendeu-se.
“Em nosso entender, faz todo o sentido porque vamos considerar o caso de pessoas reformadas, o caso de pessoas que estavam dispensadas do serviço durante 15 dias ou um mês, porque não aproveitar para fazer uma viagem até Portugal e ver a família? Numa altura em que a Europa não estava ainda afectada por esta crise da Covid-19”, completou.
Paulo Cunha Alves vincou que a posição tinha sido coordenada com a Embaixada de Portugal em Pequim e que o conselho nunca foi uma indicação para que os portugueses fugissem do território.

Mês de Portugal avança

Face ao Covid-19 e às medidas de controlo da epidemia são vários os eventos que têm sido cancelados. Contudo, Paulo Cunha Alves considera que o já tradicional mês de Portugal na RAEM tem condições para ser realizado.
A iniciativa conta com diferentes expressões artísticas que envolvem nomes ligados a Portugal e deverá voltar a acontecer, apesar do cônsul-geral reconhecer que se verificam alguns atrasos.
“As coisas estão, devo dizer, um pouco atrasadas por razões óbvias. Não tem havido reuniões e tem havido alguns contratempos gerados pela Covid-19”, declarou. “Abrangem actividades ligadas ao cinema, exposições, concertos, teatro, algumas palestras também e quem sabe também alguns espectáculos de dança”, completou.

9 Mar 2020

MNE | Visita de Chui a Portugal visa tornar Fórum Macau mais operacional

Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros português, garantiu ao HM que a visita do Chefe do Executivo de Macau a Portugal visa reforçar a “operacionalidade do Fórum Macau”, bem como as relações comerciais entre a RAEM e o país

 

[dropcap]É[/dropcap] já na próxima semana, a 11 de Maio, que se realiza a última visita de Chui Sai On a Portugal na qualidade de Chefe do Executivo, e que termina no dia 19 deste mês. Numa resposta enviada pelo gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, ao HM, fica claro que a visita oficial, que acontece nas cidades de Lisboa e do Porto, se reveste de objectivos concretos.

“Sendo esta a 6ª reunião da Comissão Mista, será também a terceira realizada durante o mandato deste Governo, o que demonstra bem a intensificação do nosso relacionamento. A relação desenvolve-se já num quadro de excelência, em que esperamos incrementar dois aspectos: as relações comerciais entre Portugal e Macau e a operacionalidade do Fórum Macau, que ainda não realizou plenamente o seu elevado potencial.”

O funcionamento do Fórum Macau, criado há 15 anos, tem sido alvo de críticas por parte de algumas entidades oficiais, tanto chinesas como portuguesas. Isso mesmo deu conta o Presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, que terminou ontem uma viagem oficial à China, com passagem por Macau. “Há o objectivo de dar mais força ao Fórum Macau: isso foi muito sentido em todos os encontros, nomeadamente no encontro com a delegação liderada pelo Presidente Xi Jinping”, afirmou.

Na resposta ao HM, o MNE português adiantou também que a 6ª Comissão Mista Portugal-RAEM vai focar-se “nas relações económicas entre as duas partes, tendo em perspectiva as relações entre a China, Portugal e os demais países de língua portuguesa”, bem como “as relações nas áreas da língua, da cultura e da educação”.

Além do circunstancial

Chui Sai On deixa este ano o cargo de Chefe do Executivo da RAEM que desempenhou durante dois mandatos consecutivos. Numa altura em que as relações entre China e Portugal se estreitam cada vez mais, Augusto Santos Silva considera que o futuro das ligações à RAEM é risonho.

“Não cabendo a Portugal pronunciar-se sobre a dinâmica político-institucional de Macau, uma coisa é certa: o relacionamento continuará a desenvolver-se porque não é meramente circunstancial, antes resulta de laços históricos e da vontade dos dois Estados em continuá-los e aprofundá-los.”

Num comunicado enviado à comunicação social, o Governo de Macau adiantou que, na capital portuguesa, “o Chefe do Executivo será recebido, em audiência, pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa e, mais tarde, pelo primeiro-ministro de Portugal, António Costa, com os quais trocará ideias a respeito da consolidação das relações de amizade entre Macau e Portugal e do reforço da cooperação bilateral”.

No Porto será assinado “um memorando de entendimento para o quadro de cooperação na promoção de amizade” com a câmara municipal, presidida por Rui Moreira. Depois da assinatura, o Chefe do Executivo “será agraciado com as Chaves da Cidade, um alto galardão municipal”.

3 Mai 2019

Presidente Xi Jinping inicia visita a Lisboa com agenda económica e política

[dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, inicia hoje uma visita de dois dias a Lisboa, sendo recebido pelas três primeiras figuras do Estado português, com parcerias económicas em pano de fundo.

Dois dias depois de ter participado na cimeira do G20, em Buenos Aires, e uma semana depois de uma visita a Espanha, Xi Jinping desloca-se hoje a Lisboa para uma visita de dois dias com uma agenda política e comercial para discutir ao mais alto nível do Estado português.

O Presidente chinês já afirmou que Portugal é uma peça importante da estratégia de internacionalização da economia, pela relevância que ocupa no mapa da União Europeia e pela sua influência em África, especialmente junto dos países de língua oficial portuguesa.

Xi Jinping começa a sua visita a Portugal ao início da tarde de hoje, na Praça do Império, em Lisboa, onde será acolhido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para a fotografia oficial, numa cerimónia com honras militares.

A poucos metros dali, Xi Jinping irá colocar uma coroa de flores no túmulo de Luís de Camões, no mosteiro dos Jerónimos, antes de se deslocar para o Palácio de Belém, onde assinará o Livro de Honra da Presidência da República e reunirá com Marcelo Rebelo de Sousa.

À noite, Xi Jinping terá um jantar oficial oferecido pelo Presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio da Ajuda.

Quarta-feira, o Presidente chinês e a sua delegação serão recebidos na Assembleia da República pelo seu Presidente, Eduardo Ferro Rodrigues, com honras militares.

No Palácio Nacional de Queluz, Xi Jinping será recebido pelo primeiro-ministro português, António Costa, para um encontro bilateral, antes da partida do Presidente chinês, ao início da tarde.

4 Dez 2018