China | Produção anual de veículos de energia nova supera 10 milhões de unidades

A produção de veículos de energia nova (NEV) na China ultrapassou pela primeira vez, este ano, os 10 milhões de unidades, indicou a Associação de Fabricantes de Automóveis Chinesa, reflectindo o rápido desenvolvimento do sector no país.

A produção de NEV, termo que se refere principalmente aos eléctricos, mas também a outras tecnologias minoritárias, como as alimentadas por células de combustível de hidrogénio, cresceu de forma constante na última década, de apenas 18.000 unidades em 2013 para um milhão em 2018, de acordo com um relatório da associação.

Em 2022, o número anual ultrapassou os cinco milhões e, este ano, a produção aumentou 4,3 por cento em relação às 9,58 milhões de unidades do ano passado, ultrapassando os 10 milhões a mais de um mês e meio do fim do ano.

A Associação de Fabricantes de Automóveis Chinesa prevê que a produção total possa ultrapassar as 12 milhões de unidades até ao final deste ano, impulsionada pelas políticas governamentais que facilitaram as melhorias tecnológicas e de infra-estruturas.

Este aumento da produção surge num contexto de tensões comerciais entre a China e a UE, decorrentes das acusações de Bruxelas de que os fabricantes chineses de veículos eléctricos recebem subsídios estatais que lhes permitem vender os produtos a preços significativamente mais baixos no mercado europeu, o que é considerado uma prática de concorrência desleal.

Dente por dente

Em resposta, a Comissão Europeia impôs, em Outubro, taxas alfandegárias provisórias sobre os eléctricos oriundos da China, incluindo de 35,3 por cento à SAIC e de 17 por cento à BYD, invocando a necessidade de proteger a indústria automóvel europeia.

Estas medidas afectaram igualmente os fabricantes ocidentais que produzem na China, incluindo a Tesla, cujos automóveis produzidos no país asiático passaram a estar sujeitos a uma taxa de 7,8 por cento.

A China negou as acusações e apresentou queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC), alegando que as taxas violam as regras comerciais. Pequim também iniciou investigações sobre importações europeias, como produtos lácteos e carne de porco.

Apesar das tensões, ambas as partes demonstraram progressos nas negociações e comprometeram-se a prosseguir o diálogo para evitar uma escalada que afectaria o comércio bilateral e a indústria automóvel mundial, anunciou o Ministério do Comércio da China, na semana passada.

15 Nov 2024

Veículos | Crescimento abaixo de 3%

Nos últimos cinco anos, a taxa de crescimento do número de veículos na RAEM ficou abaixo de 3 por cento. O número foi indicado na sexta-feira pelo director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), Lam Hin San, no programa Fórum da Ou Mun Tin Toi.

Além disso, Lam Hin San defendeu que 85 por cento das passadeiras do território foram melhoradas nos últimos anos, com a instalação de mais semáforos.

Na sexta-feira, esteve também presente no Fórum Macau a directora dos Serviços para os Assuntos Marítimos e da Água, Susana Wong, que revelou que entre Janeiro e Outubro deste ano, o número de passageiros a recorrer ao transporte marítimo transfronteiriço foi de oito milhões e que houve uma média de 220 ligações marítimas diárias a outros destinos, o que indicou ser uma recuperação de 70 por cento, face ao período pré-pandemia.

5 Nov 2024

Pequim acusa Bruxelas de exigir informação sem precedentes aos fabricantes de automóveis

A China disse ontem que não há precedentes para a quantidade e o tipo de informações solicitadas pela Comissão Europeia (CE) no âmbito da investigação aos subsídios atribuídos pelo Estado chinês aos fabricantes de veículos eléctricos.

“O tipo, o âmbito e a quantidade de informações recolhidas pela parte europeia não têm precedentes e excedem em muito os requisitos da investigação”, disse o porta-voz do Ministério do Comércio da China, He Yadong, em conferência de imprensa.

He afirmou que a CE exigiu pormenores sobre os componentes e as fórmulas das baterias, os custos de produção dos veículos, o fornecimento de peças e de matérias-primas, os canais de venda e os métodos de fixação de preços, os dados relativos aos clientes na Europa e a estrutura das cadeias de fornecimento.

“A CE indicou repetidamente, durante o inquérito, que a não-cooperação resultaria numa decisão desfavorável, obrigando as empresas a entregar essas informações”, acusou o porta-voz.

Apesar das empresas chinesas terem cooperado “tanto quanto possível”, a Comissão “continua a acusá-las injustamente de não cooperarem plenamente e aplicou taxas [alfandegárias] elevadas como punição”.

“As empresas chinesas estão chocadas e desiludidas”, acrescentou o porta-voz, acusando a CE de “não ter uma base objectiva e jurídica, desrespeitar as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e prejudicar a concorrência leal, a transformação ‘verde’ global e a cooperação aberta”.

“A China opõe-se totalmente a esta situação e tomará todas as medidas necessárias para defender firmemente os direitos legítimos das empresas chinesas”, afirmou.

Contra-ataque a postos

No dia 12, a CE anunciou tarifas adicionais de 21 por cento, em média, sobre as importações de carros eléctricos chineses, oferecendo uma taxa mais baixa às empresas que cooperaram (BYD, 17,4 por cento, e Geely, 20 por cento e uma taxa mais elevada de 38,1 por cento às que não cooperaram, visando especificamente a SAIC.

A queixa do Ministério do Comércio da China surge dias depois de uma conta de uma rede social operada pela televisão estatal CCTV ter acusado a Comissão Europeia de estabelecer requisitos “extremamente severos” e de reclamar segredos comerciais para a investigação.

Na segunda-feira, Pequim anunciou uma investigação sobre concorrência desleal contra certas importações de carne de porco da União Europeia (UE), uma aparente e antecipada retaliação pelas tarifas sobre carros eléctricos.

Dado que as tarifas sobre os veículos eléctricos vão entrar em vigor provisoriamente antes de 4 de Julho, mas só se tornarão definitivas em Novembro, Pequim exige que Bruxelas recue e aumenta a pressão comercial.

A imprensa oficial chinesa já avançou possíveis aumentos dos direitos de importação sobre os automóveis de grande porte ou uma nova investigação ‘antidumping’ sobre os produtos lácteos europeus.

21 Jun 2024

Baía de Shenzhen | Veículos de Macau autorizados a circular

A partir de 1 de Dezembro, os veículos com matrícula da RAEM vão poder circular na Baía de Shenzhen, enquanto os veículos de Hong Kong vão poder atravessar pelo posto fronteiriço de Hengqin para a Ilha da Montanha. Arrancou ontem uma nova de ronda de atribuição de 535 quotas para conduzir até Hong Kong

Vem aí a segunda fase do programa “Quotas para a Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau da Grande Baía”, que irá permitir aos condutores com matrículas da RAEM atravessar o posto fronteiriço da Baía de Shenzhen a partir do dia 1 de Dezembro. A decisão conjunta dos três governos de Macau, Hong Kong e Guangdong foi anunciada ontem pela Direcção dos Serviço para os Assuntos de Tráfego (DSAT).

A segunda fase pressupõe uma relação de reciprocidade com as zonas de cooperação com as regiões administrativas especiais. Na prática, os veículos de Macau vão poder atravessar pelo posto fronteiriço da Baía de Shenzhen, enquanto os veículos de Hong Kong vão ser permitidos passar pelo posto fronteiriço de Hengqin para a Ilha da Montanha.

A DSAT indicou que, até ao passado dia 8 de Novembro, mais de um milhar de veículos ligeiros de Macau reuniam condições para participar no plano de circulação rodoviária para Shenzhen. Os interessados podem consultar o website da DSAT a partir das 10h de 1 de Dezembro para conferir se preenchem os requisitos de participação no programa.

O Governo ressalva ainda que caso seja necessário substituir o condutor ou o veículo depois de feito o visto de circulação no posto fronteiriço, “devem tratar-se simultaneamente das formalidades de substituição no Interior da China, em Hong Kong e em Macau, para evitar qualquer impedimento no tratamento das formalidades ou no processo de passagem fronteiriça”.

A caminho da RAEHK

Também ontem, foi anunciada a atribuição de 535 quotas regulares para circulação de veículos particulares de Macau entre Macau e Hong Kong na Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, que começaram ontem a ser atribuídas. A DSAT salienta que, “desta vez, as quotas disponíveis serão atribuídas, sucessivamente, aos requerentes segundo a ordem decrescente, constantemente no resultado do sorteio das quotas”.

Para aceder ao programa, o requerente terá de entregar nas instalações da DSAT, na Estrada de D. Maria II, até 26 de Fevereiro do próximo ano.

21 Nov 2023

Hong Kong | Ponderada 2ª fase de circulação de carros de Macau

O secretário dos Transportes de Hong Kong, Lam Sai-hung, afirmou ontem que o Governo da RAEHK terá de pensar muito bem antes de autorizar a entrada de automóveis de Macau e Guangdong em Hong Kong. As declarações do responsável foram prestadas em entrevista à emissora pública da região vizinha RTHK. Recorde-se que a partir do próximo ano, os veículos com matrículas de Guangdong e Macau vão poder viajar para Hong Kong, mas terão de ficar estacionados no parque da Ponte Hong Kong – Zhuhai – Macau.

Porém, o programa de integração de trânsito entre as três regiões prevê uma segunda fase em que a circulação será permitida dentro das cidades, à semelhança do que já se passa na província de Guangdong. Apesar dos planos, Lam Sai-hung indicou que o Governo da RAEK terá de considerar cuidadosamente se a segunda fase é plausível.

“Hong Kong é muito pequena. E todos nós conhecemos as nossas zonas turísticas em Tsim Sha Tsui, ou em ambos os lados do Victoria Harbour, onde o estacionamento é realmente um problema. Por isso, temos de analisar em pormenor as disposições relativas aos carros vindos do continente e de Macau, se são necessárias limitações ou algo do género”, afirmou.

7 Nov 2023

Carros no Norte | Ron Lam pergunta se limite é imposto pelo Interior

O deputado Ron Lam considera que o limite de quotas diárias do programa “Circulação de veículos de Macau na província de Cantão” contraria as políticas nacionais de integração no desenvolvimento nacional

 

Ron Lam considera que o Governo deve revelar se a manutenção do número de quotas diárias para entrar no Interior no âmbito do programa “Circulação de veículos de Macau na província de Cantão” é uma imposição das autoridades do Interior da China. Face aos vários pedidos aumentar as vagas diárias para entrar de automóvel em Cantão, o deputado apelou ao Executivo para explicar os motivos da hesitação.

Actualmente, o número de quotas diárias para condutores de veículos com matrículas de Macau circularem em Cantão está limitado a 2 mil. Contudo, a medida tem causado polémica, uma vez que as quotas dependem de reserva anterior e esgotavam rapidamente, face à elevada procura.

Segundo Ron Lam, em Agosto, numa “sessão de perguntas e respostas, o Chefe do Executivo afirmou que, face às imperfeições da rede viária da Zona A dos novos aterros, não ia, com certeza, aumentar o número de quotas para a circulação de veículos de Macau no Interior”. Contudo, a 1 de Outubro, Ho Iat Seng adoptou outra explicação e afirmou que a “política [do número de quotas] não pode ser decidida unilateralmente pelo Governo da RAEM” e que o aumento só vai acontecer “se o Interior da China concordar”.

Face às duas explicações, Ron Lam pediu ontem no plenário da Assembleia Legislativa que o Governo clarifique o assunto: “Afinal, as actuais 2.000 quotas não podem ser aumentadas por iniciativa de Macau ou do Interior da China? Isto deve-se à pressão das vias na Zona A ou às restrições impostas pelo Interior da China?”, questionou “O Governo da RAEM deve esclarecer a população”, acrescentou.

Dificultar políticas nacionais

Ron Lam criticou também a incompatibilidade entre os programas “Circulação de veículos de Macau na província de Cantão” e “Circulação de veículos com matrícula única na Ilha da Montanha”, que se destina aos carros de Macau com matrícula especial para circular em Hengqin.

Actualmente os condutores de Macau só podem escolher participar num dos programas, ou seja, para poderem circular na província de Cantão têm de abdicar de poder entrar tantas vezes quantas quiserem de carro na Ilha da Montanha. Se optarem por circularem na Ilha da Montanha, deixam de poder ir de carro ao resto da província de Cantão.

“A circulação de veículos com matrícula única na Ilha de Hengqin não tem limite de deslocações, e é aberto a todos os candidatos, mas muitas pessoas tiveram de desistir desse programa, uma vez que os dois programas são incompatíveis”, lamentou Ron Lam.

“A ideia original da circulação de veículos de Macau no Interior China é uma política de abertura do país, que visa promover a cooperação na Grande Baía e apoiar o plano de integração de Macau no desenvolvimento nacional”, vincou o deputado “Solicito ao Governo da RAEM que lute, activamente, com o Interior da China, pelo aumento do número de quotas e dos respectivos postos fronteiriços, e que concretize, quanto antes, a compatibilização entre as políticas de circulação de veículos de Macau no Interior da China e dos veículos com matrícula única de Hengqin”, apelou.

17 Out 2023

Zhuhai | Nick Lei pede melhorias no sistema de quotas

O deputado Nick Lei apelou ao Governo para introduzir melhorias no sistema de marcação de quotas no âmbito do programa “Circulação de veículos de Macau na província de Guangdong”. Num artigo publicado ontem no Jornal do Cidadão, Lei considera que a iniciativa é um sucesso, mas que o sistema de marcações, limitado a quotas diárias de 2 mil, tem problemas inconvenientes.

Com uma corrida às poucas vagas existentes e sem haver um limite rigoroso nas marcações, há vagas que não são aproveitadas, apesar de estarem reservadas. Ao mesmo tempo, estão a ser utilizados softwares que têm acesso privilegiado ao sistema online de marcações e que prejudicam o utilizador normal, sem conhecimentos avançados de informática. Face a esta realidade, muitos cidadãos aceitam pagar a “intermediários”, para conseguirem deslocar-se de carro a Cantão. Nick Lei espera que o problema seja resolvido pelas autoridades, para não haver pagamentos desnecessários.

Questionada criminalização de marcação de vagas

O advogado Ho Kam Meng considera que as leis actuais não permitem afirmar que a reserva de vagas no âmbito do programa “Circulação de veículos de Macau na província de Guangdong” realizadas por intermediários, que cobram comissão, ou marcações com recurso a um software de acesso privilegiado são crime.

Em causa estão as queixas constantes dos cidadãos sobre as dificuldades em marcar uma vaga para ir a Cantão de carro. Para fazer face ao fenómeno dos intermediários, Ho Kam Meng sugere que as marcações tenham associadas uma matrícula e um número de telemóvel, para evitar a venda posterior da vaga, e obrigar o responsável pela reserva a utilizá-la.

O também presidente da Aliança de Sustento e Economia de Macau, associação que tem como membro a deputada Lo Choi In, vincou que em caso de acidente, os procedimentos são conduzidos com a lei chinesa. Porém, defendeu que o Governo de Macau pode compilar a informação com alguns casos para os residentes terem acesso a informação.

28 Ago 2023

Energia | Governo admite proibir veículos a gasolina

Apesar de não ter um calendário, o Governo admite proibir os veículos a gasolina no território. A informação consta do parecer da Comissão de Acompanhamento para os Assuntos da Administração Pública, que analisou a “política da RAEM sobre a promoção da utilização de veículos movidos a novas energias”.

A questão foi suscitada por alguns deputados, não identificados, que se mostraram preocupados com a possibilidade de os veículos clássicos também ficarem proibidos de circular na RAEM. Contudo, os representantes do Executivo admitiram à comissão prestar atenção ao assunto: “No futuro, ao lançar-se o calendário referente à proibição da circulação dos veículos movidos a gasolina, a questão relativa aos veículos antigos, será, com certeza, tida em consideração”, pode ler-se no parecer.

No encontro com os legisladores, o Governo anunciou ainda estar a preparar “a elaboração de um regulamento administrativo para regular a circulação e a utilização de veículos antigos”. Actualmente, estes veículos clássicos podem circular nas vias públicas, desde que passem as inspecções anuais.

Sobre o futuro regulamento, os deputados vincaram a necessidade de ser feita uma auscultação pública que oiça não só os cidadãos, mas também as associações. Os deputados defenderam ainda que o regulamento seja “publicado e implementado com a maior brevidade possível”.

14 Ago 2023

Automóveis | Exportação cresce 75,7% até Junho

A exportação de automóveis da China para o resto do mundo aumentou 75,7 por cento no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados da associação patronal da indústria automóvel citados ontem pela agência de notícias estatal Xinhua.

Os números da Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis mostram que, entre Janeiro e Junho, a China exportou um total de 2,14 milhões de veículos.

Desse número, cerca de 534 mil unidades eram carros eléctricos, cujas vendas para o exterior aumentaram 160 por cento em relação ao mesmo período de 2022.

Os dados da Administração Geral das Alfândegas mostram que, no primeiro trimestre, a China tornou-se o maior exportador mundial de automóveis, ultrapassando o Japão.

“Os automóveis fabricados na China tornaram-se cada vez mais competitivos no mercado mundial graças a um controlo de qualidade rigoroso, a uma cadeia industrial sofisticada e a serviços de manutenção avançados”, afirmou o engenheiro geral adjunto da associação de fabricantes chinesa, Xu Haidong, citado pelo jornal oficial Global Times.

De acordo com um relatório recente da associação patronal, divulgado pela imprensa local, os principais destinos internacionais dos veículos chineses são a Rússia, o México e a Bélgica. No caso dos veículos eléctricos, os três primeiros são a Bélgica, o Reino Unido e a Tailândia.

16 Jul 2023

Prolongado apoio a abate de veículos a gasóleo

Os apoios financeiros para abate de veículos antigos a gasóleo e para a substituição de motos antigas por eléctricas vão ser prolongados até 2025. As medidas visam melhorar a qualidade do ambiente no território

 

A Direcção de Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) anunciou ontem que vai prolongar o plano de concessão de apoio financeiro para o abate de veículos antigos movidos a gasóleo e o plano de concessão de apoio financeiro ao abate e substituição de motociclos obsoletos por eléctricos. A informação foi divulgada ontem através de dois comunicados, que se seguiram a despachos publicados no Boletim Oficial.

A extensão do programa para abate de veículos antigos movidos a gasóleo foi justificada com o objectivo de melhorar “a qualidade do ar”, “garantir a saúde dos residentes” e a concretizar a “dupla meta de carbono”. Esta é uma política nacional, promovida por Xi Jinping, que tem por base o objectivo de alcançar os níveis máximos de emissão de carbono do país até 2030, para depois iniciar uma redução gradual das emissões.

Neste sentido, o Governo da RAEM pretende “impulsionar os proprietários a abater os motociclos e ciclomotores obsoletos altamente poluidores e a generalizar ainda mais o uso de motociclos eléctricos”.

O programa para a substituição de motos tem apoios que variam entre as 8.000 e 8.800 patacas. Ao apoio financeiro directo de 3.500 patacas para a compra de um ciclomotor/motociclo eléctrico, junta-se uma isenção de 900 patacas da taxa de “chapas de experiência” e a isenção da “taxa da primeira matrícula”, que no caso dos ciclomotores é de 3.600 patacas, e dos motociclos de 4.400 patacas.

O programa é divido em duas fases. A primeira decorre entre 1 de Junho e 31 de Maio de 2024 e destina-se aos proprietários de motociclos e ciclomotores obsoletos, matriculados ou registados até 31 de Dezembro de 2010. A segunda fase será aberta de 1 de Junho de 2024 a 31 de Maio de 2025 e destina-se aos proprietários de motociclos obsoletos matriculados ou registados no período entre 1 de Janeiro de 2011 e 31 de Dezembro de 2013.

 

Movidos a gasóleo

Também o prolongamento do plano de apoio financeiro para o abate de veículos antigos movidos a gasóleo foi justificado com o objectivo de “melhorar a qualidade do ar e assegurar a saúde da população”.

As candidaturas são feitas junto do Fundo para a Protecção Ambiental e a Conservação Energética e o montante do apoio financeiro por veículo abatido varia entre as 25 mil e 155 mil patacas, dependendo do número de lugares e do peso.

À semelhança do programa anterior, também este tem as candidaturas divididas em duas fases. A primeira fase decorre entre 1 de Junho e 31 de Maio de 2024 e destina-se aos proprietários de veículos antigos movidos a gasóleo matriculados e registados até 31 de Dezembro de 2008. A segunda fase será aberta de 1 de Junho de 2024 a 31 de Maio de 2025 para os proprietários de veículos antigos movidos a gasóleo matriculados e registados entre 1 de Janeiro de 2009 e 31 de Dezembro de 2013.

23 Mai 2023

Automóveis | Pequim vai adoptar padrões de emissão mais rígidos

A China vai aplicar, a partir de Julho, uma versão nova e mais rígida de padrões de emissão para veículos, anunciou ontem o Ministério do Meio Ambiente do país asiático.

Após a entrada em vigor da Norma Nacional VI B, que inclui restrições mais rigorosas a elementos poluentes como o monóxido de carbono e os óxidos de azoto, vai ser proibida a venda, produção e importação de automóveis que não cumpram os novos requisitos, informou ontem o jornal oficial Global Times.

O novo regulamento implica a realização de testes na estrada em condições reais, algo que não era exigido no sistema actual.

A Associação de Fabricantes de Automóveis da China disse na terça-feira que existem actualmente cerca de 1,89 milhão de veículos no país que não atendem aos novos padrões.

O analista Wu Shuocheng, citado pelo jornal, disse que a implementação dos novos padrões “vai acelerar o desenvolvimento de veículos eléctricos entre os fabricantes que não são capazes de adoptar as mudanças tecnológicas necessárias para os novos padrões”.

O Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou, em 2020, que o país atingiria o pico de emissões de carbono em 2030, e a neutralidade de carbono até 2060, face a crescentes preocupações globais com as mudanças climáticas.

No ano passado, foram vendidos na China quase seis milhões de carros eléctricos, mais do que em todos os outros países do mundo juntos.

A China é o maior emissor de gases poluentes do mundo, devido à dependência do carvão, mas é também líder global em energias renováveis. Em 2022, o país asiático acrescentou tanta capacidade instalada de energia eólica e solar quanto todos os outros países do mundo combinados.

11 Mai 2023

Integração | Quase 100 mil veículos cruzaram a fronteira desde Janeiro

Desde Janeiro que os governos de Macau e de Cantão aprovaram a medida que permite a entrada de viaturas na província vizinha. Em consequência, quase 100 mil carros, só com a matrícula de Macau, já atravessaram a fronteira

 

Perto de 100 mil veículos particulares circularam entre o território e o Interior, desde o lançamento da medida que permite a entrada de viaturas na província de Guangdong, anunciaram as autoridades.
Desde 1 de Janeiro, 93.195 veículos apenas com a matrícula de Macau atravessaram a fronteira, de acordo com o portal da Alfândega de Gongbei.

“Antes, muitos residentes tinham de atravessar a pé a fronteira entre Zhuhai e Macau. Agora podem usar veículos próprios nas viagens transfronteiriças”, indicaram as autoridades de Gongbei.

Para obter a licença que permite circular do outro lado da fronteira, os residentes de Macau devem ter mais de 18 anos e serem titulares do salvo-conduto para deslocação ao Interior da China, um documento que só é atribuído a cidadãos chineses e não a estrangeiros.

Os veículos podem entrar e sair de Guangdong várias vezes, desde que o período da estadia não exceda a validade da licença, a permanência por cada entrada em Guangdong não seja superior a 30 dias consecutivos e a permanência anual não ultrapasse 180 dias acumulados.

Do outro lado

Em Fevereiro, as autoridades de Macau anunciaram também que os detentores de cartas de condução do território, incluindo os residentes permanentes de nacionalidade estrangeira, vão poder conduzir na China a partir de 16 de Maio.

O director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), Lam Hin San, confirmou à Lusa que a dispensa de exame para o reconhecimento das cartas de condução de Macau inclui os residentes sem nacionalidade chinesa, embora para estes seja muito mais difícil obterem um visto de entrada no Interior.

A medida de reconhecimento das cartas de condução foi encarada pela população como altamente polémica e apenas foi aprovada, depois de vários deputados democratas terem sido excluídos das eleições. Antes disso, tinha sido deixada cair pelo Governo, devido à forte contestação.

Também entre os deputados eleitos pela via directa das associações tradicionais, nomeadamente ligados aos Operários, têm sido feitos pedidos para uma fiscalização eficaz, para evitar a fuga, pelos condutores do Interior, a eventuais responsabilidades civis e criminais, que decorram de acidentes de trânsito. Outra das preocupações do campo tradicional, eleito pela via directa, é a possibilidade de os condutores do Interior ficarem com postos de trabalho como motoristas, profissão que de acordo com a legislação em vigor apenas pode ser desempenhada por residentes.

Longas filas

Os residentes que tentaram levar ontem os seus carros para o Interior, de forma a celebrar o Cheng Ming (Dia de Finados) com os familiares, defrontaram-se com longas filas para atravessar a fronteira. De acordo com informações que circularam online, a passagem da fronteira para as viaturas particulares demorou mais de uma hora. No momento mais caótico, a fila prolongava-se da Ilha Artificial da Ponte Hong Kong-Zuhai-Macau, onde é feita a passagem da fronteira, até à Rotunda da Pérola Oriental.

5 Abr 2023

DSAT | Multado veículo que excedeu permanência em Guangdong

Desde 1 de Janeiro que foi detectada apenas uma infracção após a entrada em vigor da política de circulação de veículos de Macau na província de Guangdong.

Segundo um comunicado da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), trata-se de um carro que excedeu o período permitido para ficar na região. A DSAT apela, assim, a que os condutores qualificados cumpram os regulamentos de circulação definidos pelas autoridades de Guangdong, nomeadamente no que diz respeito ao tempo de permanência na região.

As regras determinam que os veículos qualificados possam entrar e sair do Interior da China com frequência, mas, a cada entrada, não é permitido ficar além de um período de 30 dias. Os carros também não podem acumular mais de 180 dias de permanência na região.

A DSAT explicou ainda que as violações ao regime, sem que sejam apresentadas explicações legítimas, leva a que os carros tenham de ser conduzidos de volta para Macau, sendo que os infractores perdem o direito de conduzir para o Interior da China, além de não poderem fazer novo pedido de autorização no prazo de dois anos.

15 Fev 2023

Guangdong | Veículos de Macau aceites a partir de Janeiro

A partir de 1 de Janeiro, será permitida a circulação de veículos de Macau na província de Guangdong. Os condutores precisam ter “salvo-conduto e requerer uma licença provisória para conduzir no Interior. Ho Iat Seng agradeceu ao Governo Central e referiu que a medida criou “um novo espaço para os residentes de Macau viverem”

 

Ano novo, vias novas. 2023 trará a possibilidade de circulação nas estradas da província de Guangdong a veículos particulares registados em Macau. O Governo Central divulgou ontem os “procedimentos de administração da política ‘circulação de veículos de Macau em Guangdong’, que entra em vigor a partir de 1 de Janeiro. O Executivo estima que a medida seja aplicada a cerca de 80 mil veículos locais.

A política de circulação implica o cumprimento de determinados requisitos. O condutor deve ser portador de salvo-conduto para deslocação à China, o que afasta os residentes estrangeiros de Macau, o veículo tem de estar registado em Macau e é preciso requerer licença provisória do veículo para entrada e saída do Interior da China.

A Direcção dos Serviço para os Assuntos de Tráfego (DSAT) afirma que a medida promove “a facilidade de circulação de pessoas e veículos entre Guangdong e Macau” através de “uma política de plena abertura à circulação dos veículos”.

A DSAT recebe pedidos para a licença electrónica de entrada provisória, que terá prazo de validade coincidente com o do “seguro obrigatório de responsabilidade por acidente rodoviário para veículos motorizados” do Interior da China. Quem está autorizado a circular na Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau já cumpre este requisito, porém a validade da licença não pode exceder um ano.

O veículo autorizado a circular em Guangdong poderá ser conduzido por duas pessoas. A travessia fronteiriça terá de ser feita através do Posto Fronteiriço de Zhuhai da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, mas o período de estadia não pode exceder 30 dias consecutivos e a permanência anual não pode ultrapassar 180 dias acumulados.

Vai formoso e seguro

Outro requisito essencial é a adesão a um plano de seguros. Nesse sentido, a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) coordenou com as seguradoras locais, o lançamento de “produtos de seguros para veículos transfronteiriços de Guangdong e de Macau”. No contexto da política de “reconhecimento recíproco dos seguros equivalentes”, os efeitos dos produtos de seguros para veículos transfronteiriços de Guangdong e de Macau são idênticos aos do seguro obrigatório de responsabilidade civil para acidente de trânsito e ao seguro de responsabilidade perante terceiros no Interior da China. As autoridades acrescentam que este seguro será um produto adicional à apólice de seguro obrigatório de responsabilidade civil de automóvel de Macau.

Além disso, os veículos que preenchem os requisitos para obter a licença provisória “gozam da ‘Política sem garantias’, ou seja, não têm de prestar caução ou garantia bancária junto das autoridades alfandegárias do Interior da China; usufruem da política de ‘Reconhecimento recíproco dos seguros equivalentes dos veículos transfronteiriços’ e, quanto à passagem alfandegária, é adoptada a política ‘Partilha comum, tratamento no próprio território’.

Mil obrigados

O Chefe do Executivo, que está hoje de partida para Pequim, agradeceu vigorosamente a política de circulação viária.

“Esta política traduz a atenção e o apoio do Governo Central à RAEM, constitui uma resposta activa aos residentes de Macau, que traz maior conveniência aos residentes de Macau no Interior da China, designadamente aos que pretendem desenvolver actividades comerciais temporárias, estudar, trabalhar, viver e viajar, disponibilizando assim um novo espaço de vida, o que facilita o intercâmbio entre as cidades da zona de Grande Baía”, comentou Ho Iat Seng.

O Chefe do Executivo agradeceu ainda o forte apoio do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado, do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM, dos ministérios competentes, do Comité provincial do PCC e do Governo da província de Guangdong. Ho Iat Seng salientou ainda que a política de circulação irá criar “um novo espaço para os residentes de Macau viverem”, e que “será favorável à participação de Macau na construção da zona de Grande Baía e à integração acelerada no desenvolvimento nacional”.

Assinatura em breve

A assinatura do acordo que irá estabelecer o reconhecimento mútuo de cartas de condução entre Macau e o Interior da China irá acontecer em breve, revelou ontem o director dos Serviços para os Assuntos do Tráfego, Lam Hin San.

O responsável caracterizou a reconhecimento das habilitações para conduzir como uma medida “gémea” da política de “circulação de veículos de Macau em Guangdong”. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, o director da DSAT enfatizou o papel que as duas iniciativas irão desempenhar na facilitação da vida dos residentes e na integração na Grande Baía.

21 Dez 2022

DSEC | Mais veículos matriculados e menos voos em Outubro

No final do mês de Outubro havia 248.679 veículos matriculados em Macau, o que representa um crescimento de 0,9 por cento, face ao período homólogo. Os dados oficiais foram revelados ontem pela Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

No mês passado, o número de automóveis ligeiros (113.882) e o de motociclos (107.564) subiram 1,1 por cento e 2,3 por cento, respectivamente, face a Outubro de 2021. Ainda em Outubro deste ano, houve 853 veículos com matrículas novas, dos quais 258 eram eléctricos.

Nos primeiros dez meses deste ano, o número de veículos com matrículas novas foi de 8.276, menos 18,8 por cento, face ao mesmo período de 2021. No entanto, houve 1.080 acidentes de viação, o que representa um aumento de 21,5 por cento dos sinistros.

Também em comparação com os primeiros dez meses de 2021, 2022 regista mais duas mortes, três contra cinco, e quase o triplo dos feridos, 3.484 em 2021 contra 9.287, este ano. Em relação ao sector da aviação, em Outubro deste ano realizaram-se 893 voos comerciais, mais 17,0 por cento, em termos anuais.

No período de Janeiro a Outubro deste ano, efectuaram-se 8.044 voos comerciais, menos 32,0 por cento, relativamente ao período homólogo de 2021 e o peso bruto da carga aérea situou-se em 42.539 toneladas, mais 12,9 por cento.

1 Dez 2022

Trânsito | Número de veículos subiu em Novembro

No final de Novembro a RAEM registava 247.049 veículos matriculados, mais 1,5 por cento, face ao final de Novembro de 2020, de acordo com dados publicados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

Os automóveis ligeiros aumentaram 1,8 por cento, para 112.985, e os motociclos de 3,1 por cento, para 105.606. Em relação aos primeiros onze meses do ano, o número de veículos com matrículas novas fixou-se em 11.368, mais 1,7 por cento, face ao mesmo período de 2020.

Entre Janeiro e Novembro, três pessoas morreram em acidentes de viação, menos duas mortes face aos primeiros onze meses do ano passado. Durante o mesmo período, o número de feridos nas estradas da RAEM foi de 4.036. Em relação a 2020, houve mais acidentes de viação, com um crescimento de 27,5 por cento, para os 11.700 acidentes.

Ainda em Novembro de 2021, os postos fronteiriços somaram 374.512 movimentos de automóveis, entradas e saídas, mais 12,8 por cento, em termos anuais. Em particular, os movimentos de automóveis ligeiros subiram 12,5 por cento, para 339.807. Ao mesmo tempo, o peso bruto da carga contentorizada nas entradas e saídas de Macau por via terrestre fixou-se em 3.286 toneladas, mais 15,6 por cento, em termos anuais.

31 Dez 2021

Pequim inaugura área experimental para veículos autónomos

O município de Pequim abriu ontem uma área experimental de cerca de 20 quilómetros quadrados para promover a circulação de veículos autónomos, que transportarão passageiros, informou a imprensa estatal.

A superfície inclui, no conjunto, 100 quilómetros de extensão de estradas e ruas, no sudeste da capital. A experiência dos passageiros ao andar nestes carros é semelhante a “apanhar um autocarro”, segundo a televisão oficial CCTV. Os veículos são operados pelas empresas Pony.ai e Baidu.

De acordo com Wang Shengnan, director de operações automotivas autónomas do Baidu, “colocar paragens em áreas com alto índice de acidentes” foi evitado e “a segurança dos passageiros é a prioridade”.

Em “qualquer tipo de acidente” envolvendo os veículos, a empresa licenciada vai ser “responsabilizada”, disse Teng Xuebei, representante da Pony.ai, citado pela imprensa local.

O director do gabinete oficial responsável pela área de testes, Jie Fei, explicou que esta zona foi escolhida pela sua “baixa densidade de tráfego”, mas os veículos autónomos devem “evitar circular nas horas de ponta da manhã e da tarde”. Os veículos devem anunciar “claramente” a sua natureza como carros de teste autónomos na sua carroçaria.

Plano b

Por enquanto, as empresas têm que designar um operador de segurança para se sentar ao volante e ficar atento à estrada, apesar de não conduzir, e somente quando tiverem “quilómetros de deslocamento autónomo acumulado” poderão prescindir do operador, disse Jie.

Durante a fase piloto, também vai ser oferecida uma tarifa reduzida, de modo que uma viagem que custaria cerca de 30 yuans está actualmente com um preço inferior a dois yuans. Outras cidades da China, como Xangai, lançaram circuitos piloto semelhantes para esta tecnologia.

26 Nov 2021

Governo garante que há lugares de estacionamento suficientes para veículos ligeiros

[dropcap]M[/dropcap]acau tem lugares de estacionamento suficientes para veículos, mas o mesmo não acontece para motos e veículos pesados. A garantia foi dada ontem pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário.

“Temos 147 mil lugares nas ruas e parques de estacionamento e são lugares mais do que suficientes para os veículos ligeiros, que são 117 mil. Mas quanto aos motociclos e veículos pesados já não é assim.” Raimundo do Rosário disse ainda que há 1000 parquímetros com sensores, uma instalação experimental, mas “cara”. “Estou contente por saber que se trata de um aparelho que surte efeitos, mas não é nada barato”, concluiu.

7 Mai 2020

Veículos | Elevados requisitos sobre emissão de gases

[dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) e Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) procederam à revisão dos valores-limite dos gases emitidos por parte de veículos e motociclos. De acordo com um comunicado, “propõe-se na revisão que sejam ainda mais elevados os requisitos relativos às emissões de gases de escape para os novos veículos importados e em circulação”.

Nesse sentido, “quanto aos novos veículos importados, após a elevação em 2018 das normas de emissão dos veículos normais ligeiros movidos a gasolina para as equivalentes à Norma Euro 6, propõe-se na presente revisão que as normas de emissão para os veículos a gasóleo e os veículos pesados movidos a gás natural passem das equivalentes à Norma Euro 5 para as equivalentes à Norma Euro 6”. Além disso, o Executivo determina que “as normas de emissão dos veículos pesados a gasolina provenientes da União Europeia devam obedecer às normas equivalentes à Norma Euro 6”. As mudanças entram em vigor hoje.

A mesma revisão tem ainda por objectivo “elevar os valores-limite de emissão das motocicletas em circulação com método de medição à velocidade de rotação lenta”, além de “definir os correspondentes valores-limite de emissão conforme a data do primeiro registo para atribuição de matrícula”. Tudo para que haja uma diminuição das emissões de gases de escape. Este último despacho entrará em vigor no dia 1 de Julho deste ano.

21 Mai 2019

DSAT | Pagamento de imposto automóvel até Abril

[dropcap]O[/dropcap]s proprietários de veículos têm até 1 de Abril para efectuar o pagamento do imposto de circulação, de acordo com uma nota emitida pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT). “A DSAT apela aos proprietários de veículos que ainda não efectuaram o pagamento do imposto de circulação de veículos para que o façam o mais brevemente possível a fim de não incorrerem em multa por pagamento em atraso”, pode ler-se no comunicado. O imposto é referente ao ano de 2019 e abrange automóveis, ciclomotores, motociclos e máquinas industriais.

 

1 Mar 2019

Grande Baía | Leong Sun Iok quer mais alternativas para circulação de veículos

Com o projecto da Grande Baía é necessário promover a circulação de veículos entre as regiões envolvidas. De modo a evitar a concentração de tráfego nas Portas do Cerco ou mesmo na Ponte HKZM, é urgente preparar outros postos fronteiriços para o efeito, nomeadamente na Ilha da Montanha, considera Leong Sun Iok

[dropcap]O[/dropcap] deputado Leong Sun Iok pede ao Governo que divulgue os planos que tem para permitir a circulação de automóveis com matrícula de Macau entre as regiões adjacentes tendo em conta o plano da Grande Baía recentemente divulgado. Em interpelação escrita, o tribuno sublinha que para atingir os objectivos definidos por esta política regional, nomeadamente no que toca à circulação de pessoas e de bens, é necessário, em primeiro lugar, “promover a rede de transportes dentro da Grande Baía bem como o seu alargamento a outras localizações dentro do Delta do Rio das Pérolas”. Por outro lado, o alargamento da circulação automóvel é condição para “fazer das cidades que integram Guangdong, Hong Kong e Macau, um grande aglomerado de cidades de classe mundial”, acrescenta.

“É necessária a implementação de medidas políticas no sentido de alargar a circulação dos veículos automóveis com matrícula local no Continente”, aponta. É também urgente, “melhorar as políticas de circulação dos veículos de Guangdong, Hong Kong e Macau de modo a que estes possam circular livremente entre as regiões” podendo utilizar diferentes postos fronteiriços.

Carros distribuídos

O deputado recorre aos números para justificar a necessidade de abrir mais fronteiras à circulação de veículos. “Em 2018, havia 1 150 738 veículos ligeiros a circular através do posto das Portas do Cerco. Em comparação com 2014, os números indicam um aumentou de 91,3 por cento”, refere.

O trânsito na Ponte HKZM também poderá vir a aumentar, até porque os “governos regionais estão a ponderar a implementação da quota única , medida que não impõe limite do número de veículos de cada região que podem utilizar a estrutura”.

Macau deve assim optimizar “as instalações de apoio em vários postos fronteiriços o mais rapidamente possível, incluindo a conclusão do Posto de Qingmao e a deslocação da Flor de Lótus para a Ilha da Montanha”, lê-se. “Faremos um bom trabalho ao desviar passageiros e fornecer condições para aprofundar a cooperação regional no futuro”, aponta.

Agora Leong apela ao Governo que divulgue o ponto da situação dos trabalhos que estão ser feitos para este efeito.

28 Fev 2019

Trânsito | Mais carros e menos motas

[dropcap]N[/dropcap]o ano passado o número de automóveis ligeiros a circular no território aumento 0,8 por cento para 108.442 veículos, de acordo com as estatísticas publicadas ontem, pelos Serviços de Estatística e Censos. Também no que diz respeito aos motociclos houve um aumento de 0,9 por cento para 97.822. No entanto, ao nível dos ciclomotores uma redução de 10,5 por cento para as 26.256 unidades. Segundo as informações reveladas ontem, no quarto trimestre de 2018 foram atribuídas matrículas novas a 3.6622 veículos, uma redução de 27,2 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior. No que diz respeito aos acidentes, em 2018 houve uma redução de 6,5 por cento para as 13.764 ocorrências face a 2017. Porém houve um aumento de vítimas mortais para 10, quando em 2017 tinham sido 8 mortos.

 

1 Fev 2019

Great Wall Motor quer vender veículos eléctricos na Europa

[dropcap]O[/dropcap] maior fabricante de veículos todo-o-terreno urbanos (SUV) da China, a Great Wall Motor, planeia chegar ao mercado europeu em 2020 com a sua marca de eléctricos Ora, informou ontem o diário South China Morning Post.

A Great Wall está a estudar formas de estabelecer o seu “sistema global de distribuição de veículos eléctricos”, com o objectivo final de vender na Europa, explicou o vice-presidente, Ning Shuyong.

No entanto, Ning Shuyong não quis esclarecer se esta iniciativa faz parte da Spotlight Automotive, empresa lançada no passado mês de Julho – com um investimento total de 5,1 bilhões de yuans – para produzir veículos eléctricos com a empresa alemã BMW.

“O nosso objectivo é tornarmo-nos líderes de mercado no segmento de veículos eléctricos na China. Os nossos carros são projectados e montados de acordo com padrões internacionais e, sem dúvida, colocamos os nossos olhos nos mercados internacionais, incluindo a Europa”, sublinhou o CEO da Ora.

A nova marca lançou em setembro o seu primeiro modelo, o todo-o-terreno SUV iQ, com uma autonomia de 360 quilómetros e que já conta com mais de 10.000 pedidos.

O próximo modelo da Ora vai estar pronto ainda este mês com o nome R1. O todo-o-terreno tem quatro lugares, 350 quilómetros de autonomia e um preço de cerca de 110 mil yuans.

O governo chinês espera que os fabricantes nacionais produzam cerca de três milhões de veículos eléctricos por ano. A Great Wall quer alcançar números anuais de 450.000.

A China já é o primeiro mercado mundial nos “novos veículos de energia”, com 777 mil vendidos em 2017, um aumento de 53% em relação ao ano anterior.

Contudo, o mercado automóvel chinês está a passar por um mau momento, esperando-se uma queda nas vendas dos todo-o-terreno dos fabricantes nacionais pela primeira vez desde 1992.

4 Dez 2018

Governo volta a reduzir o valor limite de emissão de gases poluentes

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s valores limite de emissão de gases poluentes foram revistos e vão entrar em vigor no próximo dia 1 de Julho. A alteração acontece um ano depois de passar a vigorar o regulamento administrativo relativo aos valores-limite de emissão de gases de escape poluentes dos veículos em circulação e métodos de medição.

De acordo com o comunicado oficial, o conteúdo da alteração consiste, principalmente, na melhoria dos valores-limite de emissão de gases de escape dos automóveis a gasolina medidos a duas velocidades de rotação e dos automóveis a gasóleo medidos em aceleração livre. A medida insere-se num plano de políticas ambientais que têm como objectivo reduzir a emissão dos gases de escape. Por outro lado, é também intuito do Governo a promoção da manutenção e reparação regular dos veículos considerados altamente poluentes. A par destas medidas o Executivo tem ainda a intenção de aumentar as acções de fiscalização de forma a controlar a emissão de gases poluentes.

Inspecções de sucesso

Relativamente aos dados da inspecção de veículos, e após a sua análise, o Executivo concluiu que “a maioria dos veículos, após a reparação e manutenção ordinária, conseguiu atingir as respectivas normas”, lê-se no documento, sendo que com os novos valores, o Governo espera que as partículas suspensas inaláveis, provenientes dos veículos ao circularem, sejam cada vez menos.

Quando foi anunciada a alteração que entrou em vigor no ano passado, o porta-voz do Conselho Executivo, Leong Heng Teng, disse em conferência de imprensa que já em 2010 haviam sido fixados limites, atendendo a que “os gases de escape emitidos pelos veículos motorizados são uma das principais fontes poluidoras do ar em Macau”.

Com o diploma, os Serviços para os Assuntos de Tráfego passaram a poder, sempre que necessário, medir os poluentes contidos nos gases de escape dos motociclos e dos automóveis ligeiros na realização da inspecção obrigatória, para os veículos que circulam há já oito anos. Para os veículos com 10 ou mais anos, este tipo de fiscalização passou a fazer parte da inspecção. A mesma regra aplica-se aos ciclomotores, mas com prazos mais curtos.

Os valores e os métodos de emissão constam de um anexo do regulamento administrativo, e podem ser alterados por despacho do Chefe do Executivo, sob proposta dos Serviços de Protecção Ambiental. Esta direcção de serviços ficou obrigada a fazer, pelo menos uma vez por ano, a revisão dos valores-limites e dos métodos de medição.

5 Jun 2018