Turismo | Deputados preocupados com elevado número de visitantes no Ano Novo Chinês

As multidões que tomaram as ruas de Macau durante o Ano Novo Chinês serviram ontem de mote a uma série de intervenções dos deputados que expressaram preocupação com o cenário vivido durante a semana dourada

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s incómodos causados aos residentes ou as recorrentes queixas de abusos na cobrança de tarifas por parte de taxistas e preços inflacionados nos restaurantes e hotéis foram alguns dos problemas identificados pelos deputados durante a semana dourada, que trouxe a Macau mais de 960 mil visitantes. Um número que representa um aumento de 6,5 por cento face ao mesmo período do ano passado.

Apesar de reconhecer que as medidas de controlo de multidões no centro produziram “certos efeitos para escoar os turistas e assegurar a ordem e a segurança nas horas de ponta”, Ho Ion Sang recordou que os turistas concentram-se particularmente em três pontos – Almeida Ribeira, Ruínas de S. Paulo e Leal Senado – o que “afecta não só trânsito e a vida diária dos residentes, como também as experiências dos turistas”.

Além disso, foram “muitas” as “notícias negativas” que surgiram depois dos feriados do Ano Novo Chinês, como as de que os restaurantes “aumentaram os preços de forma abusiva” e as de que os quartos dos hotéis estavam ao “preço do marisco”. Em paralelo, enquanto o metro ligeiro não chega, “os transportes públicos existentes”, ou seja, os autocarros e os táxis, mesmo somados aos ‘shuttle’ dos casinos, “não conseguem, sem dúvida, resolver as deslocações de 30 milhões de turistas por ano, sustentou o deputado.

“Para Macau ser um verdadeiro Centro Internacional de Turismo e Lazer, além da necessidade de resolver o problema do grande número de visitantes, deve também encontrar novos recursos turísticos e criar condições, de modo a atrair os turistas para irem a outros bairros”, defendeu, por seu turno, Kou Hoi In, antes da ordem do dia na Assembleia Legislativa. Uma intervenção subscrita também pelos deputados Chui Sai Peng e Ip Sio Kai. “Já apresentamos muitas sugestões: por exemplo, transformar a Avenida Almeida Ribeiro numa zona pedonal em certos períodos, durante os feriados e domingos”, continuou. No entanto, “o Governo não implementou nenhum plano substancial”, constatou.

Lei Chan U chamou a atenção para o “fenómeno de abuso na cobrança de tarifas e recusa de transporte por parte dos táxis e de cobrança desregrada de taxas adicionais por parte dos restaurantes” algo que, a seu ver, criou “uma experiência pouco feliz, tanto para residentes como para visitantes. Este fenómeno não é novo, mas um mal irreversível”, especialmente no que toca aos táxis, afirmou, destacando que, entre 14 e 19 de Fevereiro, a PSP sinalizou 254 irregularidades, a maioria das quais por abuso de cobrança de tarifas.

Outro tema de “acesa discussão na sociedade” prende-se com a cobrança desregrada de taxas adicionais” por parte dos estabelecimentos de comida que, segundo a imprensa, foi na ordem dos 10 a 20 por cento, afirmou o deputado dos Operários, indicando que o Conselho de Consumidores recebeu 58 consultas e queixas, dois terços das quais de turistas. “Durante as festividades, Macau demonstrou que tem muitas carências ao nível da qualidade dos serviços prestados”, resumiu.

 

 

Aprovado Regime de Garantia de Depósitos

Os deputados aprovaram ontem, por unanimidade, na especialidade, a proposta de lei de alteração ao Regime de Garantia de Depósitos, sem que tenha havido qualquer intervenção por parte dos deputados. O diploma, que entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação em Boletim Oficial, propõe que na determinação do valor da compensação a pagar sejam levados em conta os saldos dos depósitos acrescidos dos juros contados até à data de accionamento da garantia pelo Fundo de Garantia de Depósitos. O regime prevê um limite máximo de reembolso de 500 mil patacas a cada depositante e por banco.

1 Mar 2018

Turismo | Visitantes diminuíram em Janeiro devido ao Ano Novo Lunar

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]m Janeiro deste ano chegaram a Macau 2.741.465 visitantes, o que corresponde a uma queda anual de 4,7 por cento, justificada pelo facto de o Ano Novo Lunar de 2017 ter calhado em Janeiro, ao passo que em 2018 se celebra em Fevereiro. Em termos mensais, a quebra foi de 10,2 por cento.

Registaram-se 1.258.358 excursionistas e 1.483.107 turistas. Os visitantes permaneceram no território por um período médio de 1,3 dias, isto é, mais 0,2 dias em termos anuais. Mantiveram-se os períodos médios de permanência dos turistas e dos excursionistas, em 2,1 dias e 0,2 dias, respectivamente, informam os serviços.

Em Janeiro entraram 1.927.642 visitantes oriundos da China Continental, -3,5 por cento, em termos anuais. Entretanto registou-se um aumento de 20,2 por cento de visitantes da República da Coreia (97.861), ultrapassando pela primeira vez Taiwan (83.591) e tornando-se o terceiro principal mercado de visitantes.

Já os visitantes provenientes dos Estados Unidos da América (14.474), do Canadá (6.011) e do Reino Unido (3.812) diminuíram em termos homólogos, ao passo que aumentaram os turistas oriundos da Austrália (9.924).

27 Fev 2018

Turismo | Número de visitantes excedeu as expectativas

Cerca de 660 mil pessoas entraram em Macau até segunda-feira. As imagens das multidões a tentar atravessar a fronteira em Gongbei ou a preencherem o Leal Senado e a Rua do Campo inundaram as redes sociais e levaram ao velho debate sobre a capacidade de Macau para receber tanta gente. Helena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo, garante que há espaço para todos

[dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]odos os anos o cenário repete-se, mas desta vez o Ano Novo Chinês trouxe ainda mais pessoas a Macau. Segundo dados da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), entraram em Macau cerca de 660 mil pessoas até segunda-feira, um aumento de 9,2 por cento em relação ao ano passado. Do continente chegaram 484 mil pessoas, mais 16,8 por cento.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) registou, até às 11 horas de ontem, a entrada de 141 mil pessoas, sendo que a principal fronteira utilizada para entrar em Macau continua a ser nas Portas do Cerco.

Em declarações ao HM, a directora dos Serviços de Turismo, Helena de Senna Fernandes, disse que os números vão além das suas expectativas. “Este ano, por causa do bom tempo, os números estão além das nossas expectativas. Mesmo assim estamos bem preparados para receber um grande número de turistas.”

Nas redes sociais circularam várias imagens de milhares de pessoas a cruzar as ruas adjacentes à zona do Leal Senado e das Ruínas de São Paulo, sem esquecer a notória dificuldade em atravessar a fronteira. Ainda assim, Helena de Senna Fernandes considerou que o caos ainda não chegou ao território e que as autoridades têm conseguido manter a situação controlada.

“Esta é a época em que todos os chineses estão a viajar. Acho que esta situação não acontece apenas em Macau mas também em Hong Kong, onde também entrou muita gente. Em todo o país há muitos chineses a viajar em viagens domésticas. Mas estamos preparados para receber grandes multidões nesta época do ano. A polícia e outros departamentos públicos estão preparados para receber multidões. A polícia tem de utilizar medidas de controlo no centro da cidade, e mesmo com muita gente não tivemos problemas”, afirmou a directora da DST.

Helena de Senna Fernandes fez também referência às multas aplicadas aos taxistas, que, segundo a Macau News Agency, chegaram ao número de 254 violações entre os dias 14 e 19 de Fevereiro. “Houve taxistas multados mas penso que a nossa cidade é de hospitalidade, e vamos continuar a fazer o nosso melhor para receber os muitos turistas que nos visitam de diferentes partes do mundo.”

E a qualidade?

Nas redes sociais a partilha de fotografias com as multidões gerou novamente o velho debate sobre a capacidade do território para receber tão grande número de pessoas.

Quem vive cá evita ir às zonas mais turísticas, conforme relatou Nuno Caladçada Bastos, um dos residentes que partilhou as imagens da multidão. Nuno alerta, sobretudo, para a má qualidade do turismo que possa advir desse factor. “Acho que a experiência destas pessoas não deve ser muito agradável, a travessia das fronteiras para Macau são bastante complicadas de fazer. Acho que Macau tem capacidade mas precisava de arranjar outras fronteiras. Mantenho mais ou menos as mesmas rotinas, se bem que fujo das zonas mais turísticas, como o Leal Senado ou as Ruínas de São Paulo, mas também não é um sítio onde vá com frequência. Não vou lá fazer nada, as coisas são mais caras, e acabamos por não andar muito nos pontos turísticos. Quem for tem uma experiência super- desagradável.”

Nuno Calçada Bastos considerou também que o território ainda não tirou partido da abertura do novo terminal marítimo da Taipa, porque mantém os velhos problemas em termos de circulação viária, autocarros e obras nas vias públicas. “Por enquanto isso ainda não está a acontecer, porque continuamos a ter um problema com as estradas e a má gestão de obras, e os autocarros que causam engarrafamentos à cidade toda. Os transportes não estão bem planeados para facilitar a circulação de pessoas. Obviamente que o novo terminal da Taipa traz alguma facilidade. Mas Macau é uma grande cidade, as pessoas não se podem queixar, só tem coisas a melhorar.”

Apesar de esta ser uma época em que os residentes aproveitam para viajar para outros destinos, Helena de Senna Fernandes adiantou que não existe um problema de excesso de pessoas. “A maioria das pessoas de Macau mostram a sua hospitalidade para os turistas. Claro que é sempre difícil nesta altura, porque é uma época com muita concentração de pessoas. Mas acho que os residentes compreendem e acho que temos de agradecer aos residentes que têm ajudado a dar uma sensação de hospitalidade aos turistas”, rematou.

21 Fev 2018

Turismo à procura de adrenalina traz dinheiro a região pobre

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap]poiada no braço de uma amiga, Fang Bing atravessou a mais longa ponte de vidro do mundo, suspensa num desfiladeiro no noroeste da China, numa experiência de “adrenalina”, onde o truque é “não olhar para baixo”. “Arrependi-me quando cheguei a meio”, admite à agência Lusa Fang, uma das curiosas que viajou até ao parque natural de Hongyagu, para caminhar a quase 218 metros de altitude sobre uma plataforma transparente.

Inaugurada em Dezembro passado, a ponte de Hongyagu é constituída por 1.077 placas de vidro – cada uma com quatro centímetros de espessura -, e tem 488 metros de comprimento. Fang Bing, que se deslocou cerca de 80 quilómetros desde Shijiazhuang, a capital da província de Hebei, assume ter sentido “muito medo” ao caminhar sobre a ponte. “Mas também se não tivesse sentido, não tinha valido a pena gastar 398 yuan”, acrescenta, referindo-se ao preço do bilhete de acesso à plataforma.

Para alcançar a ponte é necessário subir 2000 degraus, num percurso de quase uma hora, que poderá ser evitado a partir de Maio, quando a organização inaugurar um teleférico. Em redor da estrutura, erguem-se até perder de vista dezenas de montanhas, áridas devido ao inverno seco do noroeste chinês.

Outros visitantes revelam-se mais corajosos: “No início senti medo, mas quando cheguei a meio já estava bem”, conta Sheng Yuxiao, que vive a poucos quilómetros do parque. Sentada ao lado de uma amiga sobre a plataforma, Sheng diverte-se a tirar ‘selfies’, indiferente à vertigem sentida por outros visitantes.

Pontes de vidro não são novidade na China, que conta já com 60 estruturas deste género, segundo a imprensa local. É também no país asiático que se encontra a ponte de vidro mais alta do mundo, suspensa a 300 metros do solo, no parque de Zhangjiajie, que inspirou as Montanhas Aleluia do filme “Avatar”.

“As pontes de vidro são muito populares na China”, explica à Lusa Liu Qiqi, engenheiro-chefe da estrutura em Hongyagu.

Sentado num dos restaurantes da cidade antiga de Hongyagu, onde são servidos pratos típicos da região, incluindo massa com carne de javali, Liu revela que o vidro usado nesta obra é de “tecnologia militar”. “Cada bloco de um metro tem capacidade para suportar 500 quilos”, diz. “Este tipo de vidro é apenas frágil ao impacto de objectos pequenos: varas com pontas de ferro, bengalas, ou objectos bicudos”. Liu revela que o custo de construção da ponte fixou-se em 150 milhões de yuan.

Hongyagu pertence ao condado de Pingshan, no extremo noroeste de Hebei, junto à fronteira com a província de Shanxi. Hebei produz mais aço do que qualquer país no mundo – com excepção da própria China. Shanxi é o núcleo da indústria do carvão no gigante asiático – o maior consumidor de carvão do planeta. No dia em que a agência Lusa esteve em Hongyagu, um espesso manto de poluição cobria ambas as províncias e persistia no ar o cheiro a carvão.

Na auto-estrada que liga Shijiazhuang e Hongyagu, a circulação de camiões carregados daquele minério negro era constante, num fluxo que o Governo chinês espera diminuir, através da promoção de outras fontes energéticas, como o gás natural ou as renováveis, parte da sua “guerra à poluição”. Só nas indústrias do aço e do carvão, a China deverá extinguir 1,8 milhão de empregos ao longo dos próximos anos.

A ponte de vidro de Hongyagu parece assim ligar uma região pobre e isolada à emergente indústria do turismo chinesa, que só no ano passado facturou 5,4 biliões de yuan. “Queremos dinamizar o turismo na região, torna-lo mais competitivo”, afirma Liu. “Por isso, erguemos aqui esta ponte”.

5 Fev 2018

O turismo e a cidade

“There can be little doubt that tourist areas are dynamic, that they evolve and change over time. This evolution is brought about by a variety of factors including changes in the preferences and needs of visitors, the gradual deterioration and possible replacement of physical plant and facilities, and the change (or even disappearance) of the original natural and cultural attractions which were responsible for the initial popularity of the area.”
“The Tourism Area Life Cycle, Vol. 1: Applications And Modifications” – Richard Butler

[dropcap]O[/dropcap] turismo está a passar por mudanças fundamentais em relação ao mercado, à estrutura da indústria e ao produto em si, sendo transformações impulsionadas por uma fundamental transição para padrões pós-modernos de consumo, tornando o turismo, uma das marcas de referência dos modos de produção e consumo na economia do conhecimento. Os modelos tradicionais de gestão do turismo e planeamento estão a adaptar-se rapidamente a uma nova realidade em que o turismo joga, quantitativa e qualitativamente, um papel sem precedentes na formação do desenvolvimento económico.

Tendo em consideração as interconexões entre o turismo e a cidade do ponto de vista da pesquisa orientada para as políticas, o turismo penetra e influencia cada vez mais as decisões políticas em todas as áreas do desenvolvimento da cidade, tais como o uso da terra, desenvolvimento de locais, regulamentos de construção, infra-estruturas, inovação, qualidade ambiental, inclusão social, empreendedorismo e governança urbana, o que torna urgente incluir perspectivas de turismo nos modelos implementados para enfrentar questões e desafios urbanos.

O turismo pode apoiar as cidades na construção da sua reputação, promoção do seu capital relacional na arena global, ao propor e apoiar um modelo de qualidade do desenvolvimento urbano. Além disso, o turismo urbano é, por si, um fenómeno multifacetado. Os diversos tipos de viajantes chegam a uma cidade com propósitos muito diferentes, e as suas múltiplas interacções com os moradores e com as atracções e infra-estruturas da cidade, dão origem a uma variedade de tipos de turismo, daí a existência de uma ampla gama de modelos de turismo sobreposto (e modelos de negócios) que coexistem.

O turismo é uma função essencial de contextos urbanos contemporâneos. O potencial e as limitações da integração do turismo nas políticas urbanas são realizados por meio de uma variedade multifacetada e multidisciplinar de contribuições. A partir de diferente perspectivas, pode ser analisada a forma como a procura do desempenho do turismo pode contribuir para qualidade da vida urbana e para o bem-estar das comunidades locais (qualidade dos espaços, emprego, acessibilidade, inovação e aprendizagem), mas também pode criar riscos, tensões e conflitos, como é atestado pelo aumento de acções anti-turismo em reacção à mercantilização cultural e ao turismo de gentrificação induzida.

A esse respeito, a integração do turismo na agenda urbana é condição (tanto intelectual e política), por abordar de forma crítica e positiva as assimetrias produzidas pelo fenómeno do turismo urbano. Tais assimetrias levam a uma (manejável) troca entre os interesses dos residentes e os dos turistas ou desencadeiam um jogo positivo, para o bem-estar dos residentes permanentes e temporários. É de considerar que um ressurgimento do interesse no fenómeno do turismo urbano deve ser conectado com uma variedade de factores de natureza contingente e estrutural.

O turismo tem vindo a crescer e a diversificar-se na última década, e num contexto global em rápida mudança, a indústria de viagens tem-se vindo a transformar. As previsões da “Organização Mundial de Turismo (OMT) ”, apontam que o número de chegadas internacionais de turistas no mundo aumentará 3,3 por cento anualmente, em média, até 2030, enquanto, o “Fórum Económico Mundial”, que se realiza anualmente em Davos, prevê que o sector de viagens e turismo crescerá 4 por cento anualmente, a uma velocidade maior do que outros sectores económicos, como a produção, transportes e serviços financeiros.

Além das tendências crescentes, a diversificação e a transformação global do fenómeno do turismo tem estado a ser observado e questionado. Os tipos de inovação devem ser analisados, como resumindo os campos em que a novidade e as trajectórias emergentes podem ser procuradas; a inovação a novos nichos de mercado, concentrando-se na abertura de novas oportunidades de mercado através do uso de tecnologias; a inovação regular que segue padrões históricos de acréscimo de mudança; a inovação revolucionária, que deriva do uso intensivo de tecnologias em produtos ou serviços específicos, ainda não envolvendo toda a indústria do turismo; e, finalmente, a inovação arquitectónica que afecta a indústria do turismo como um todo.

É importante considerar que um dos desafios actuais no domínio da pesquisa do turismo consiste na identificação de inovações turísticas e na análise dos seus aspectos sociais, efeitos económicos e culturais, bem como da sua capacidade de mudar profundamente a forma como os viajantes, por um lado, e os operadores turísticos se envolvem com desenvolvimento do turismo. O turismo é um fenómeno situado e ao longo da sua evolução na sociedade global, não foi um insignificante factor nas trajectórias evolutivas das cidades. E, no entanto, o turismo urbano parece persistir à margem do debate sobre as cidades, pois raramente é estudado como parte de uma economia, sendo principalmente confinado como um agente de gentrificação e como resultado directo (e quase aceite) da regeneração liderada por processos de cultura. Quais são os motivos da marginalização do turismo em estudos urbanos?

A resposta tem em parte a ver com uma história intelectual de que o turismo é relegado a desempenhar o papel de alternativa fácil por atraso das regiões periféricas que permaneceram fora dos processos de industrialização. Têm sido propostos dois tipos ideais, como sejam o turismo de urbanização e a urbanização do turismo, sendo ambos destinados a sinalizar a incorporação do turismo em processos de urbanização. O último (urbanização do turismo), identifica o turismo como o principal motor de moldagem física, social e económica da cidade. O turismo urbano e o lazer desempenham um papel predominante na produção local. O turismo de urbanização não prevalece na economia urbana, e é uma das muitas dimensões para explicar a trajectória evolutiva das cidades. Existe consciência do crescimento no discurso global do turismo, sobre a necessidade de convergir em um caminho do turismo sustentável que parece coincidir com o turismo de urbanização racional, onde o turismo não assume a liderança na economia local, mas contribui para a diversidade urbana, lazer e cultura atmosférica de consumo.

A conceitualização sustentável do turismo urbano é a principal resposta aos efeitos negativos que o seu rápido crescimento tem provocado. Todavia, esforços significativos de pesquisa devem abordar o turismo de urbanização, as suas formas, políticas e práticas que o caracterizam e os seus efeitos e limites. O papel do turismo na formação do desenvolvimento social, económico e tecido físico das cidades, faz pressupor a necessidade da existência de aprofundamento de muitas formas intermediárias que o turismo carrega em contextos urbanos. O desenvolvimento do turismo global está intimamente interligado com a trajectória de transformação urbana e urbanização. A população residente deve ser articulada com uma população temporária e oscilante de visitantes, com impacto no tecido físico e socioeconómico urbano.

O crescimento desproporcionado em números, aumento de receitas e expansão da presença de turistas em várias áreas urbanas analisados por estudos de vizinhança, instam ao tratamento do turismo como facto urbano significativo. As cidades não são apenas os principais destinos ou pontos de atenção dos itinerários dos viajantes, mas também são a origem da maioria dos viajantes, dado que 80 por cento dos turistas são provenientes das cidades, e esta é uma das razões fundamentais para a reconsideração do turismo como um factor crucial no desenvolvimento da cidade, como afirma a “Declaração de Istambul de 2012”, promovida pelo OMT, que é a agência da ONU encarregada da promoção turística sustentável e universalmente acessível. Muitos são os países que aceitam que o turismo é um recurso fundamental para as cidades e seus residentes, porque pode contribuir para o rendimento local, bem como para a manutenção de infra-estruturas e prestação de serviços públicos.

A “Declaração de Istambul” descreveu o turismo como a maior indústria do mundo, criadora de benefícios económicos e promoção da cultura e bem-estar, bem como da coesão e preservação do património. A OMT enfatizou a importância das políticas públicas que impulsionam os impactos positivos do turismo urbano, enquanto evitam ou mitigam os efeitos negativos, ou seja, se a maioria das políticas de turismo forem concebidas como estratégias autónomas de mercadologia e promoção, em tempo, realizarão uma reflexão estruturada sobre as políticas urbanas integradas. A questão crucial é a de saber em que medida as instituições de ensino superior podem ajudar a comprovar estas afirmações e orientar o debate para a definição de base teórica e acção empírica, responsável, sustentável e acessível ao turismo.

Os impactos das viagens nas cidades de destino que recebem visitantes são significativos das perspectivas comerciais, sociais e culturais do turismo. Os gastos dos visitantes constituem uma fonte de negócios cada vez mais importante, constituindo receitas para as cidades de destino, abrangendo a hospitalidade, vendas a retalho, transportes, desporto e indústrias culturais. É um importante motor económico para o emprego e fonte de rendimento para as cidades, e conjuntamente com o fluxo de visitantes, agrega o conjunto de novas ideias e experiências que beneficiam os visitantes e as cidades de destino.

Se, por um lado, o turismo é representado como uma panaceia panglossiana para muitos (em alguns casos, até para todos), os problemas de desenvolvimento (como fonte de receita, ideias, emprego, conexão e dinamismo), por outro lado, a consciência dos muitos efeitos negativos do turismo tem alimentado interpretações cada vez mais críticas dos seus impactos e papel nas áreas urbanas, marcando o fim da lua-de-mel das cidades com o turismo urbano, com o surgimento de movimentos anti-turismo pela reivindicação dos moradores ao seu direito à cidade.

É de considerar os argumentos esgrimidos na descrição dos efeitos desiguais de aumento de rendimento e deslocamento induzido pela dinâmica urbana associada ao turismo, lazer e consumo, com as consequentes implicações sociais, económicas e exclusão política. O turismo urbano continua a ser um campo imaturo de pesquisa simplista e as descrições sobre o fenómeno turístico da cidade são o resultado, e não se entende como é possível a feitura de legislação sem suporte científico. A falta de estudos científicos sobre o turismo abundam, e desde logo ressaltam os estudos de negligência do turismo nas cidades e das cidades que negligenciam o turismo.

É evidente que tem havido uma espécie de consenso implícito sobre a negligência do turismo no processo de urbanização e desenvolvimento económico. A imaturidade do turismo urbano como domínio analítico tem raízes históricas, pois até à década de 1980, a literatura académica sobre o turismo urbano era muito limitada para não dizer quase inexistente, posteriormente, o turismo urbano começou a tornar-se parte integrante dos estudos de turismo, embora como um fenómeno bastante distinto e consequente área de pesquisa, pois uma profunda visão rural continuou a caracterizar o turismo por longo tempo.

O preconceito anti-urbano caracterizou especialmente o contexto anglo-americano, onde o turismo estava principalmente ligado à ideia de recreação ao ar livre, no campo, onde o contacto directo com a natureza podia ser experimentado, e por contraste, na visão industrial, as cidades foram concebidas como lugares para o trabalho árduo, para as tarefas sérias dos serviços, comércio e governo. Desde a década de 1980, o interesse no turismo urbano cresceu rapidamente, em paralelo com a crescente atenção dada à necessidade de regular e contrariar as externalidades negativas do turismo em cidades históricas. O modelo de férias marinhas ao sol que surgiu na década de 1960 começou a diminuir, enquanto o turismo urbano cresceu. Esta tendência foi impulsionada pelo surgimento e fortalecimento do transporte aéreo de baixo custo, conjuntamente com a melhoria da conectividade das cidades europeias.

A liberalização do transporte aéreo na União Europeia significou uma revolução no turismo, uma vez que afecta fortemente os fluxos de viajantes, tanto quantitativamente quanto qualitativamente. As “Transportadoras de Baixo Custo (LCCs na sigla na língua inglesa)” estão a deslocar viajantes para fora das rotas tradicionais, criando novos destinos. Os destinos emergentes são muitas vezes cidades pequenas, geralmente não famosas, onde as companhias aéreas de baixo custo pagam tarifas e taxas aeroportuárias mais baixas. O entusiasmo por um cenário turístico radicalmente dinâmico levou à concepção das LCCs como uma oportunidade não só para expandir a geografia do turismo, mas também para reposicionar destinos bem estabelecidos.

O governo de Malta, por exemplo, em 2006, ofereceu incentivos às companhias aéreas de voos baratos em uma tentativa de favorecer curtas férias urbanas e expandir o turismo cultural/patrimonial na despesa do modelo sol e praia. O resultado foi um aumento no número de chegadas, mesmo que não tenham ocorrido mudanças estruturais na procura turística. Ao mesmo tempo, as LCCs desencadearam uma nova onda de discussão sobre a contribuição do turismo para o desenvolvimento local. Tem sido defendido que o facto de o maior número de turistas fluírem, como os permitidos pelas LCCs, nem sempre significam desenvolvimento do turismo local e que nos negócios do destino turístico, sendo necessários modelos que maximizem os benefícios e mitiguem as externalidades negativas.

2 Fev 2018

Turismo | Mais de três milhões de visitantes

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau recebeu, em Dezembro passado, mais de três milhões de visitantes, o número mensal mais elevado desde Agosto de 2014. De acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), estes 3,053 milhões de visitantes representam um aumento de 8,5 por cento em termos anuais e de 7,8 por cento no mês.

No ano passado chegaram a Macau 32,61 milhões de visitantes, mais 5,4 por cento do que em 2016, indicou a DSEC, confirmando os dados preliminares avançados pela directora dos Serviços de Turismo, Helena Senna Fernandes, na quarta-feira passada.

Em 2017, os visitantes da China continental (22,196 milhões) subiram 8,5 por cento, seguidos pelos da Coreia do Sul (874.253), que aumentaram 32 por cento. Ao contrário, Hong Kong (6,165 milhões) e Taiwan (1,06) recuaram 4,0 por cento e 1,3 por cento, respectivamente.

O número de visitantes dos Estados Unidos, Austrália, Canadá e Reino Unido também registou quedas anuais. O período médio de permanência dos visitantes situou-se em 1,2 dias, tal como em 2016. Mantiveram-se também os períodos médios de permanência dos turistas e dos excursionistas em 2,1 dias e 0,2 dias, respectivamente, indicou a DSEC.

O visitante refere-se a qualquer pessoa que tenha viajado para Macau por um período inferior a um ano, um termo que se divide em turista (aquele que passa pelo menos uma noite) e excursionista (aquele que não pernoita).

24 Jan 2018

Turismo | Número de visitantes subirá entre 1 a 3 por cento

Helena de Senna Fernandes espera que Macau possa registar este ano um ligeiro aumento do número de turistas, entre 1 a 3 por cento, mas sem que haja um grande afastamento da fasquia dos 32 milhões de pessoas. Quanto ao orçamento da Direcção dos Serviços de Turismo, regista uma “ligeira subida” de 3,4 por cento

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] discurso oficial do Executivo em relação ao número de visitantes mantém-se optimista e nem a passagem do tufão Hato mudou o rumo das coisas. Dados oficiais ontem relevados na conferência anual da Direcção dos Serviços de Turismo (DST) revelam que, o ano passado, o território recebeu mais de 32,6 milhões de visitantes, número que deverá manter-se este ano.

“Temos uma atitude mais conservadora. O ano passado tínhamos um número muito elevado e temos algumas preocupações. O ano passado o mercado indonésio registou uma ligeira subida, mas este ano com a mudança do Governo, e por ser o ano das eleições, afectou as visitas ao exterior. Para este ano as estimativas mantém-se”, referiu Helena de Senna Fernandes, directora da DST.

A governante espera uma “pequena subida” entre 1 a 3 por cento. Contudo, a DST prefere pensar em termos qualitativos. “Estamos a ver uma subida nas pernoitas em Macau e vamos colocar mais foco neste ponto.”

O ano passado o número de pessoas que ficaram instalados em hotéis em Macau mais do que uma noite registou uma subida de dez por cento, contrariando a tendência de estagnação dos últimos anos.

Na verdade os turistas que pernoitaram por mais do que uma noite representaram 52,9 por cento do total de visitantes, “tendo-se atingindo um novo recorde, tanto na proporção como no número de visitantes”. “Durante dez meses consecutivos o número de visitantes que pernoitaram na cidade superou o número dos que não pernoitaram”, adiantou ainda Helena de Senna Fernandes. Foram, no total, 17,2 milhões de pessoas, mais 9,9 por cento face a 2016.

Do total de 32,6 milhões de turistas registados, 29,4 milhões vieram da China, ainda que o número de estrangeiros a visitar a RAEM tenha aumentado. Houve um aumento do número de visitantes na ordem dos 5,4 por cento em relação a 2016. Isto porque “o número de visitantes internacionais marcou um novo recorde, com um aumento de 6,2 por cento, representando dez por cento do total de visitantes”, apontou a DST. A Coreia do Sul continua a estar no topo da lista como principal fonte de visitantes internacionais de Macau.

Menos pessoas de Hong Kong

China, Hong Kong e Taiwan continuam a dominar em termos de origem dos visitantes de Macau, apesar do território ter recebido menos quatro por cento de pessoas vindas da região vizinha. Contudo, Helena de Senna Fernandes desvalorizou estes números.

“Este ano vamos ter novos hotéis e creio que este pode ser um dos pontos atractivos para que os visitantes de Hong Kong venham a Macau. Além disso temos alguns planos e projectos a realizar em Hong Kong, e iremos fazer algumas promoções. Creio que no futuro possamos atrair mais visitantes de Hong Kong. Sabemos que as pessoas de Hong Kong têm muitas escolhas e temos muitos concorrentes”, adiantou.

Maior orçamento

Helena de Senna Fernandes anunciou ontem um orçamento para a sua direcção de serviços na ordem dos 321 milhões de patacas, um “ligeiro aumento” explicado pela inflação e por um maior número de actividades de gestão realizadas este ano.

Quanto ao Fundo de Turismo para este ano será de 1,011 milhão de patacas, com uma “ligeira subida” na ordem dos 2,3 por cento.

Relativamente aos hotéis de baixo custo continua a existir uma grande diferença face aos hotéis com preços mais elevados. De um total de 37.901 quartos disponíveis, apenas 1700 quartos são de baixo custo. Helena de Senna Fernandes admitiu que o Governo não pode obrigar as pessoas a investirem em pensões ou hotéis low-cost.

“Temos de ver a intenção dos investidores, mas claro que iremos tentar facilitar o processo quando forem apresentados pedidos, temos pessoal para acompanhar os pedidos. O Governo não pode obrigar os investidores [a investir na área do alojamento de baixo custo]”, concluiu.

Para este ano, a directora dos Serviços de Turismo promete rever o sistema de alerta do turismo, em consonância com os serviços de protecção, além de avançar, até ao terceiro trimestre deste ano, com uma base de dados sobre o sector. Houve ainda a promessa de melhorar o serviço e o ambiente turístico.

 

 

Museu do Grande Prémio com novidades até Fevereiro

Helena de Senna Fernandes disse ontem que até ao Ano Novo Lunar deverá ser revelada a empresa responsável pelo projecto do novo Museu do Grande Prémio. “Estamos na apreciação das propostas do concurso público, recebemos 11 propostas e uma foi retirada porque não reúne as condições. A apreciação é muito complexa e teremos um investimento de 300 milhões de patacas, e temos de fazer uma apreciação escrupulosa.” Em relação ao museu do vinho, a DST ainda está a avaliar novas localizações além de Coloane.

18 Jan 2018

Turismo | Preços subiram depois de dois anos em queda

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] turismo em Macau ficou mais caro em 2017, com o índice que reflecte a variação de preços dos bens e serviços adquiridos pelos visitantes a recuperar depois de dois anos consecutivos de queda, foi ontem anunciado.

O Índice de Preços Turísticos (IPT) médio registou no ano passado um aumento de 0,77 por cento, impulsionado sobretudo pela subida dos preços do alojamento em hotéis, dos serviços de restauração, bem como dos pastéis e doces chineses, segundo dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

Apesar de a diminuição de preços do vestuário, das malas e dos bilhetes de avião ter compensado parte do acréscimo, como refere a DSEC, tal não foi suficiente para travar uma retoma do IPT no ano passado.

Essa retoma tem lugar depois de dois anos consecutivos de quedas: em 2016 o IPT médio caiu 5,44 por cento, depois de ter recuado 0,86 por cento em 2015.

Segundo dados oficiais, Macau recebeu, entre Janeiro e Novembro, mais de 29,5 milhões de visitantes, devendo o total relativo a 2017 ser divulgado na próxima semana.

O visitante refere-se a qualquer pessoa que tenha viajado para Macau por um período inferior a um ano, um termo que se divide em turista (aquele que passa pelo menos uma noite) e em excursionista (aquele que não pernoita).

16 Jan 2018

Ella Lei exige gestão do número de visitantes

[dropcap style≠‘circle’]M[/dropcap]acau não consegue acolher o número crescente de turistas que vem ao território e, por isso, são necessárias medidas que visem o controle das entradas de visitantes. A situação é denunciada pela deputada Ella Lei em interpelação escrtita. Em causa, está a qualidade de vida quotidiana dos residentes mas também o as condições de estadia e circulação dos próprios turistas.

De acordo com com a deputada com ligações à FAOM, o número de visitantes que tem dado em entrada em Macau, tem rondado os 30 milhões anualmente. Mas, “nos primeiros onze meses do ano passado já ía em 29.556.816, um aumento de 5,1 por cento em relação ao mesmo período de 2016”, revela.

Com a abertura da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macao, os turistas vão ser cada vez mais e os números vão bater recordes, “estimando-se que, em 2025, rodem os 40 milhões por ano”.

Ora, Macau não tem capacidade para receber tantas pessoas sublinha Ella Lei. Faltam estruturas de transito e ambientais para conseguir proporcionar, por um lado qualidade na estadia dos turistas, e por outro, qualidade de vida dos residentes. De modo a salvaguardar um turismo sustentável, a deputada quer saber que estudos estão a ser feitos que tenham em conta o controle do turismo local e o seu planeamento de modo a que a concretização de Macau como Centro de turismo possa ser concretizada, sendo que, considera, a situação actual boicota esta ambição das políticas do Governo.

15 Jan 2018

Macau já recebeu mais de 29,5 milhões de visitantes 

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]ntre Janeiro e Novembro deste ano, o número de turistas que visitaram Macau subiu 5,1 por cento, de acordo com dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), para um total superior a 29,5 milhões de pessoas. Sem surpresas, a larga maioria dos turistas são oriundos do Interior da China, 20,1 milhões, representando um crescimento de 7,8 por cento em relação ao período homólogo do ano transacto.

O país de proveniência de turistas que cresceu mais entre Janeiro e Novembro foi a Coreia do Sul, que subiu 34,7 por cento para um total de 797.112 visitantes. Os turistas provenientes de Hong Kong e Taiwan diminuíram, respectivamente, 3,8 por cento e 0,8 por cento nos primeiros 11 meses deste ano, em relação ao período homólogo de 2016. Até Novembro vieram da região administrativa especial vizinha 5,5 milhões de turistas, enquanto que os visitantes de Taiwan totalizaram 971.516.

Fora dos países asiáticos, a DSEC revela que os turistas provenientes dos Estados Unidos foram 168.633, da Austrália foram 79.528, do Canadá chegaram 67.103 visitantes, enquanto que os turistas oriundos do Reino Unido se ficaram pelos 52.622. Só no mês de Novembro chegaram a Macau 2,83 milhões de visitantes, mais 9,4 por cento, em termos anuais e menos 1,4 por cento em termos mensais. É de referir que Macau foi o destino escolhido por mais de 30 milhões de visitantes em 2016.

28 Dez 2017

Grande Baía: Macau, Hong Kong e Guangdong lançam federação turística

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau, Hong Kong e Guangdong assinaram na segunda-feira o acordo da federação turística da região metropolitana da grande baía, que integra também nove cidades da província de Guangdong, indicou um comunicado oficial.

O objectivo é promover a interacção e cooperação entre os membros da federação através da integração de recursos e promoção conjunta da imagem do destino da região da Grande Baía.

Além de Guangdong, Hong Kong e Macau, a federação abrange nove localidades: Guangzhou, Shenzhen, Zhuhai, Foshan, Huizhou, Dongguan, Zhongshan, Jiangmen e Zhaoqing.

Criada sob a orientação da Administração do Turismo da China, a Federação é uma iniciativa da Administração do Turismo de Guangdong, da Comissão para o Turismo de Hong Kong e da Direção dos Serviços de Turismo de Macau e insere-se na aplicação do acordo-quadro para o reforço da cooperação Guangdong-Hong Kong-Macau e promoção da construção da grande baía. A população da província de Guangdong, juntamente com a de Hong Kong e Macau, conta mais de 110 milhões de habitantes.

13 Dez 2017

Turismo | Portugal negoceia acolhimento de estagiários

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] secretária de Estado do Turismo de Portugal, Ana Mendes Godinho, disse ontem em Macau que terá várias reuniões na cidade, nomeadamente para promover a ida de estagiários para Portugal. O objectivo é ajudar a hotelaria a capacitar-se para receber turistas deste mercado.

“Vou ter encontros com investidores de Macau, vou ter reuniões com o instituto de formação [para Macau] para dinamizarmos o intercâmbio de alunos e de estagiários numa lógica de levarmos estagiários de Macau para os hotéis portugueses que, neste momento, querem receber chineses”, disse Ana Mendes Godinho à margem do 43.º Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que começou ontem no território.

Medidas que permitirão ajudar “também a capacitar” a oferta hoteleira portuguesa “para estar preparada para receber melhor o mercado chinês”, acrescentou.

“Os estágios, por exemplo, são para o que antecipamos de crescimento, queremos que continue a crescer ainda mais”, assegurou Ana Mendes Godinho.

A governante diz não ter dúvidas de que “o mercado chinês é um mercado de futuro”, tal como o indiano. Daí que, “temos que estar presentes e garantir que temos a capacitação da nossa oferta para saber receber os chineses”.

Antes, a secretária de Estado do Turismo já tinha dito que o número de hóspedes chineses em Portugal cresceu 40 por cento para 191 mil nos primeiros nove meses do ano, face ao período homólogo, acrescentando que o ritmo é para manter.

Quando questionada sobre perspectivas de novas ligações para a Ásia, Ana Mendes Godinho afirmou que este ano já se conseguiu “uma vitória histórica, que foi conseguir um voo directo entre Lisboa e Pequim”, uma “conquista enorme”, que teve uma “demonstração clara do crescimento do mercado chinês” em Portugal.

Sobre o que procuram os turistas chineses em Portugal, a governante afirmou que “procuram história, cultura, gastronomia, segurança e experiências diferentes”.

24 Nov 2017

APAVT | Macau concretiza papel de plataforma em congresso de turismo

A realização, ontem, do 43.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo foi, de acordo com Alexis Tam, a plena concretização do território enquanto plataforma entre a China e os países de língua portuguesa. O evento vem ainda reforçar a denominação local de capital de turismo e lazer

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau enalteceu ontem o uso da cidade anfitriã do congresso da APAVT como plataforma de relações entre a China e os países de língua portuguesa.

No discurso de abertura do 43.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que arrancou na manhã de ontem em Macau, Alexis Tam afirmou que nesta reunião magna dos agentes de viagens portugueses na cidade se foi “ainda mais longe, com Macau e a APAVT a fazerem pleno uso do papel da cidade como plataforma de relações entre a China e os países de língua portuguesa”.

“Um dos pontos altos do congresso” foi “a realização de um ‘workshop’ [reuniões de trabalho] que juntou operadores de várias grandes cidades do Interior da China com profissionais de turismo portugueses. Trata-se de uma oportunidade significativa para os dois lados explorarem possibilidades de negócios e tirarem partido da aproximação que Macau proporciona entre operadores chineses e portugueses”, afirmou Alexis Tam.

O encontro, segundo o mesmo responsável, “atraiu operadores turísticos de cerca de meia centena de agências de viagens do Interior da China interessadas em dinamizar o mercado ‘outbound’ e ‘inbound’ [de e para] de Portugal-Europa-China”.

Alexis Tam saudou estes empresários “por se terem deslocado a Macau para o encontro de negócios de hoje com parceiros portugueses”.

Realização dupla

“O acolhimento do Congresso da APAVT em Macau insere-se plenamente no duplo desígnio do Governo Central para o desenvolvimento da nossa Região Administrativa Especial: de por um lado, transformar Macau num centro mundial de turismo e lazer e, por outro, de funcionar como uma plataforma de serviços para a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa”, reforçou.

Ao nível da dinamização da aproximação entre a China e os países de língua portuguesa, o responsável referiu que as iniciativas têm decorrido sobretudo no âmbito do mecanismo de relacionamento multilateral criado em 2003 com o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, cujo Secretariado Permanente é em Macau e que conta com delegados dos oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Portugal no coração

“Devido às nossas relações históricas, além do Fórum de Macau, o relacionamento bilateral com Portugal é naturalmente privilegiado e mais próximo, com trocas de visitas regulares e cooperação nas mais diversas áreas. Ainda em Setembro passado tive oportunidade de visitar Portugal para encontros com as autoridades e aprofundamento das relações nas áreas da saúde, educação e cultura”, lembrou, exemplificando “o resultado das boas relações” com “o sucesso da candidatura conjunta do Arquivo de Macau e do Arquivo Nacional da Torre do Tombo de Portugal, da colecção denominada “Chapas Sínicas” (Registos Oficiais de Macau durante a Dinastia Qing), inscritas há poucas semanas no Registo da Memória do Mundo da UNESCO”.

O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura disse ainda que, enquanto destino anfitrião do evento deste ano, “é extremamente gratificante verificar a mobilização que o congresso nacional da APAVT em Macau gerou”, aludindo aos mais de 700 congressistas presentes, 650 dos quais, segundo fonte oficial da APAVT, são portugueses.

Este número de congressistas é “a maior afluência dos últimos 20 anos, tendo ultrapassado todas as expectativas”, disse a mesma fonte à Lusa, o que obrigou pela primeira vez na história da associação a suspender inscrições.

24 Nov 2017

Festival da Luz de Macau arranca a 3 de Dezembro com o tema “Amor Macau”

A partir do próximo dia 3 de Dezembro e até ao final do ano Macau brilhará com mais intensidade. Começa o Festival da Luz que promete encher a cidade com projecções e jogos luminosos com produção cem por cento local. O evento custará 18 milhões de patacas, menos dois milhões que no ano passado

[dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]al como descrito no Génesis, em Dezembro haverá luz. A dirigente máxima da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), Helena de Senna Fernandes, anunciou a abertura da terceira edição do Festival de Luz de Macau. O evento começa no próximo dia 3 de Dezembro e decorre até ao final de Dezembro, todos os dias entre as 19 e as 22 horas.

Este ano, a produção estará a cargo de mais de uma centena de produtores inteiramente locais, com eventos a decorrer um pouco por toda a cidade sob o tema “Amor Macau”. Helena de Senna Fernandes explicou que o tema do festival foi escolhido devido ao período complicado que Macau atravessou depois da passagem do tufão Hato. “Houve muito sofrimento, mas também solidariedade entre diversos sector de Macau”, explicou a directora da DST que acrescentou que o festival celebrará os laços de fraternidade e amor entre todos.

No menu deste ano estão espectáculos de vídeo mapping, instalações luminosas, jogos interactivos, exposições em que a luz será o ingrediente principal, concertos de bandas locais e cinema ao ar livre. Os custos desta edição do festival são de 18 milhões de patacas, menos dois milhões do que na edição do ano anterior.

As Ruínas de São Paulo foram o palco escolhido para a cerimónia de abertura, intitulada “Desejo Feito debaixo das Estrelas”, que decorre no dia 3 de Dezembro, às 18h45. O mesmo local acolhe mais dois espectáculos de video mapping, onde serão projectadas luzes que interagem com o relevo do monumento em alusão à confluência de culturas, religiões e etnias que marcam o território. Em “Amor Ilimitado” a narrativa passa pela viagem da frota portuguesa, ligando a Rota da Seda a Macau. No outro espectáculo, “Amor Interligado”, os espectadores embarcam num jogo interactivo que lhes possibilita a participação nas projecções de luz nas Ruínas de São Paulo.

Lago de Luz

O ponto central do festival acontece no Lago Nam Van, onde será instalado o “Labirinto das Flores”, que irá ter várias configurações. O labirinto é um velho sonho de James Chu, presidente da Associação de Designers de Macau e um dos artistas que participa na exposição que a Casa Garden acolhe no âmbito do festival. Na tenda do Lago Nam Van serão projectadas imagens em luz, sendo permitido ao público participar com frases e haverá uma paragem de autocarro em holograma. Haverá ainda música, dança e jogos para públicos de todas as idades.

A fachada da Igreja de Santo António será palco para “O Farol da Guia da Vida”, com uma projecção que pretende aliar histórias de amor e os marcos históricos da igreja. Na Igreja de São Lázaro será projectado o espectáculo visual “Misericórdia e Amor para Todos”, numa experiência que junta a música à profusão de luzes.

A luz do festival vai também inundar a Freguesia de São Lázaro e as imediações do Jardim de Luís de Camões, enquanto que na zona das Casas-Museus da Taipa será montado um palco para concertos de bandas locais.

Helena de Senna Fernandes estima que esta edição do Festival de Luz de Macau tenha mais visitantes, ultrapassando os 200 mil registados no ano passado. O optimismo da directora do DST é justificado por o festival ter mais locais e elementos. Ao mesmo tempo, a líder dos serviços de turismo conta com o maior reconhecimento que o evento tem na sua terceira edição. “O programa deste ano integra a história e a cultura da cidade e queremos torná-lo num evento de marca de Macau”, conta Helena de Senna Fernandes.

Em simultâneo, a responsável máxima pelo turismo acrescenta que o Festival de Luz de Macau também pode beneficiar dos múltiplos eventos que acontecem ao longo do mês. Mais precisamente, a Maratona Internacional de Macau, que ocorre no mesmo dia da abertura do evento, o Festival Internacional de Cinema, o Festival de Compras de Macau, o Desfile Internacional de Macau, o Aniversário da RAEM, assim como a quadra natalícia que se avizinha.

Jardim iluminado

A Casa Garden recebe a exposição “A luz na alma – Exposição de Luz de Macau”, que conta com a participação de José Drummond, João Ó e James Chu.

“Este trabalho é um pouco a continuação de preocupações anteriores, com linhas de infinito que traçam metáforas sobre a vida, o amor e existência. A minha peça maior será muito proeminente porque obriga as pessoas a uma circulação especial dentro dela”, conta José Drummond. A obra em questão tem como título “There Is a Light That Never Goes Out”, em alusão à música dos britânicos The Smiths. A experiência imersiva é composta por uma coreografia de luzes projectadas “numa espécie de corredor que as pessoas atravessam”, ao som da música dos The Smiths reinventada pelo artista, ao ponto de ser praticamente irreconhecível.

José Drummond participa com mais duas peças em néon vermelho que funcionam como um antagonismo escrito. “Each man kills the things he loves”, de Oscar Wilde e “Find what you love and let it kill you” do poeta norte-americano Charles Bukowski.

James Chu, outro dos artistas convidados a expor na Casa Garden, aventurou-se pela primeira vez numa experiência de projecção de vídeo. No entanto, o novo elemento será adicionado num contexto familiar, um quadro abstracto de nuvens coloridas. “Vou usar o vídeo para tentar projectar uma ideia que tenho na mente em cima da pintura. É a primeira vez que faço algo assim, ainda estou no processo criativo mas está a ser muito excitante”, conta o artista.

Apesar de não ter concluído o trabalho, e de confessar que ainda não está satisfeito com os resultados alcançados até agora, James Chu tem tempo até à abertura do Festival de Luz de Macau.

23 Nov 2017

Turismo | Congresso arranca hoje e reúne mais de 700 pessoas

Começa hoje o 43.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, na Torre de Macau. O evento bate, nesta edição, o recorde de participantes. A organização teve de recusar candidaturas e vai receber mais de 700 agentes ligados ao sector do turismo

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] 43.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) começa hoje, na Torre de Macau, e reunirá mais de 700 congressistas de todas as áreas, para debater o sector.

A reunião anual destes agentes de turismo vai contar, nesta edição, com “mais de 700 congressistas, sendo 650 portugueses”, disse fonte oficial da APAVT à agência Lusa.

“Podemos dizer que é a maior afluência dos últimos 20 anos, tendo ultrapassado todas as expectativas, o que nos obrigou pela primeira vez a suspender inscrições”, acrescentou.

Uma nota da APAVT já referia, anteriormente, que “o sucesso” da iniciativa tinha obrigado “a condicionar a aceitação de novas inscrições à disponibilidade de alojamento que, caso a caso, se consiga obter, facto que acontece pela primeira vez na história deste evento”.

Uma vez mais, sublinha a APAVT, “o congresso deste ano reflecte nos seus painéis a transversalidade desta actividade, voltando a assumir-se como o mais importante fórum do sector turístico nacional”.

Abertura de honra

No primeiro dia de congresso, a abertura oficial tem como oradores a secretária de Estado do Turismo de Portugal, Ana Mendes Godinho, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau, Alexis Tam, e o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira.

“Os desafios e a responsabilidade de ser português”, que contará, entre outros, com o ex-presidente da Assembleia da República Jaime Gama e com o politólogo e empresário Jaime Nogueira Pinto, e o ‘workshop’ Portugal – China preencherão o primeiro dia do congresso.

Nos restantes dias, abordar-se-ão, entre outros, temas como “Turismo – a transformação digital no caminho das oportunidades”, “O papel do Turismo na reinvenção do crescimento económico em Portugal” ou “O valor económico da distribuição turística em Portugal”.

Relações de proximidade

A 16 de Fevereiro, quando foi enunciado o evento, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) de Macau lembrava que tem vindo a manter uma relação de proximidade histórica com a APAVT, tendo Macau acolhido quatro congressos da associação no passado”, o último em 2008.

“A parceria tem sido crucial no sucesso da atractividade de Macau junto dos operadores e turistas portugueses”, afirmavam então os Serviços de Turismo de Macau.

Nessa altura, eram esperados cerca de 500 profissionais do turismo português, em particular operadores turísticos e agentes de viagens.

A directora da DST, Helena de Senna Fernandes, considerou “uma honra acolher uma vez mais este importante congresso” e destacou a relevância do evento “ao contribuir simultaneamente para a diversificação da indústria turística de Macau, e para o reforço da estratégia de promoção e de crescimento do número de turistas internacionais”.

O presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, também citado no comunicado, afirmava que “o anúncio desta decisão constitui uma enorme alegria para todos”, já que revela que a “atmosfera económica e a dinâmica da procura em Portugal” está agora “mais positiva e confiante”, permitindo à associação “voltar a optar por um congresso fora das fronteiras de Portugal”.

“Macau é um destino histórico que, estando em permanente desenvolvimento, reúne todas as condições para cativar o interesse dos nossos operadores turísticos e agentes de viagens, e através deles os clientes nacionais”, acrescentava.

23 Nov 2017

Justiça | Criada “Aliança dos serviços jurídicos”

[dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]oi criada a “Aliança dos Serviços Jurídicos do Interior da República Popular da China (RPC), de Macau, e dos Países de Língua Portuguesa”. Segundo um despacho publicado em Boletim Oficial esta quarta-feira, esta associação “não tem fins lucrativos” e tem como objectivo “incentivar as relações entre os escritórios de advogados membros, advogados membros e outras instituições jurídicas”. Esta cooperação será feita “através da realização de fóruns sobre questões relacionadas com assuntos de Direito, actividade de intercâmbios e cooperação nessas matérias e referenciação de clientes relativamente aos mercados da RPC, de Macau e dos Países de Língua Portuguesa”.

Turismo | Governo prepara segunda fase de base de dados

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Turismo (DST) lançou novas funções à base de dados “Macao Tourism News plus”, lançada o ano passado, estando a “realizar os trabalhos da segunda fase da construção do sistema”. Segundo um comunicado, é objectivo “convidar a indústria turística a usar esta base de dados no próximo ano, com o intuito de continuar a elevar a eficácia e qualidade de comunicação”. A DST explica que “na primeira fase a base de dados tem vindo a ser continuamente actualizada, disponibilizando actualmente mais de 1.500 notas de imprensa, 7.300 textos com informações sobre actividades e perto de 8.000 imagens, num total mais de 16.600 registos”.

DSAL | Trânsito condicionado em Coloane até 15 de Dezembro

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), anunciou que até 15 de Dezembro, a Estrada da Aldeia, em Coloane, e a área junto ao Largo Tam Kong Miu, vão ter o trânsito condicionado. Será ainda proibido o estacionamento de veículos na zona. O comunicado da DSAT refere que entre o Cemitério Municipal de Coloane e a Estrada de Choc Van não existem sinais claros de trânsito sendo frequente o estacionamento ilegal na zona. O Governo anunciou que vai aumentar a zona de estacionamento para veículos ligeiros e motas na referida estrada, assim como barreiras de ferro e sinais de trânsito. Por outro lado, o Governo vai ajustar o estacionamento no Largo Tam Kong Miu restringido a tomada de largada de passageiros e de mercadorias.

17 Nov 2017

Turismo | Congresso da APAVT arranca na próxima semana

[dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] já no próximo dia 23 que Macau acolhe o 43º congresso da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT), em parceria com a Direcção dos Serviços de Turismo, que decorre até ao dia 27. O lema desta edição do evento é “Turismo: A Oriente, tudo de novo!”.

Segundo um comunicado oficial, participam este ano cerca de 650 delegados. Haverá ainda lugar a um debate entre Jaime Gama, ex-presidente da Assembleia da República portuguesa e Jaime Nogueira Pinto, politólogo e empresário. Esta conversa será moderada pelo jornalista José Manuel Fernandes.

A lista de oradores de Portugal inclui ainda o antigo ministro da Economia e consultor, Augusto Mateus, empresário e actual administrador da TAP Air Portugal, Diogo Lacerda Machado, académico e empresário, Paulo Amaral, consultor internacional, Jeff Archambault, director-geral para a região da Grande China da Travelport, Ming Foong, entre outros.

Na cerimónia de abertura participam o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, a secretária de Estado do Turismo de Portugal, Ana Mendes Godinho, e o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira.

O mesmo comunicado aponta que “as sessões de trabalho do congresso irão debruçar-se sobre temas como Portugal e as relações com o oriente, as oportunidades trazidas para o turismo pela transformação digital, o papel do turismo na reinvenção do crescimento económico em Portugal, entre outros”. Será ainda realizado um workshop e uma bolsa de contactos para “promover oportunidades de negócios em turismo entre o Interior da China e Portugal, tirando partido do papel de Macau como plataforma de relações entre a China e os países de língua portuguesa”.

14 Nov 2017

Portugueses lançam portal de turismo “Follow me Macau”

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]ois portugueses lançaram um portal para vender experiências de lazer em Macau, com os olhos postos no mercado chinês.

Desde sexta-feira quem deseje visitar Macau pode adquirir, através do portal “Follow Me Macau”, actividades que abrangem tanto experiências gastronómicas, como culturais, desportivas, de aventura ou mesmo de beleza e relaxamento.

“É uma plataforma que agrupa todas as experiências de entretenimento e lazer em Macau. Vai daquelas ‘mainstream’, desde o [espectáculo] House of Dancing Water ou o salto da Torre de Macau, a outras, que podem ser um jogo de ténis, um ‘biking tour’ ou um ‘hiking’ em Coloane”, explicou à Lusa o fundador da ‘start-up’, Marco Duarte Rizzolio.

Segundo o empresário, as actividades podem ainda abranger os casinos ou “experiências fornecidas por pequenas e médias empresas, como [actividades com] ‘personal trainers’ ou, por exemplo, ioga”,

O “Follow Me Macau” foi lançado na passada sexta-feira durante a Feira Internacional de Macau e inspirou-se em projectos como o “A Vida é Bela” ou “Odisseias”. A diferença é que estes produtos apenas podem ser adquiridos ‘online’, disse Rizzolio.

Actualmente há 60 experiências à venda. “Mas nos próximos meses vamos chegar rapidamente a mais de 100”, sublinhou, já que estão a ser ultimados contratos com várias grandes empresas, nomeadamente operadoras de jogo.

Entre as “top experiencies” estão uma refeição no restaurante giratório da Torre de Macau, um passeio num junco, um ‘bootcamp’ urbano, uma viagem de limusine ou num iate, ou ‘paintball’, entre outras.

O portal está disponível em inglês e em chinês tradicional e simplificado. Segundo Rizzolio, o público-alvo são os turistas chineses, já que representam a maioria do grande mercado turístico de Macau. “Se juntarmos Macau e Hong Kong temos aqui o maior ‘hub’ de visitantes do mundo. É um mercado muito grande, considerando os 30 quilómetros quadrados deste território”, apontou.

Além do potencial numérico, Rizzolio salientou também o facto de os chineses terem uma nova geração que “está sempre conectada à Internet” e é adepta das compras ‘online’. Com o aumento gradual do poder de compra dos chineses, estes estão também a investir cada vez mais em lazer e entretenimento, destacou.

Actualmente, o “Follow Me Macau” conta com quatro funcionários, três em Macau e um em Xangai (leste da China). A expansão do conceito para outros países, como o Brasil, é uma possibilidade, mas “numa segunda fase”. “Agora queremos é sobreviver”, disse.

27 Out 2017

Alexis Tam | UE será a próxima parceira no Fórum de Turismo Global

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau, Alexis Tam, anunciou que a União Europeia (UE) será convidada para parceira da próxima edição do Fórum de Economia de Turismo Global.

Alexis Tam falava no encerramento do sexto Fórum de Economia de Turismo Global de Macau, este ano dedicado à cooperação com a Europa de leste.

“A participação dos 16 países da Europa central e de leste nesta edição do fórum abre outra janela de oportunidades para uma maior cooperação regional na área do turismo. Tirando partido do bom momento das relações entre a China e a Europa, iremos aumentar a extensão da cooperação e convidar a União Europeia como Região Parceira da próxima edição do fórum”, disse Alexis Tam.

O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura sublinhou que os países europeus, incluindo os do leste, “são importantes parceiros internacionais da China”.

Por outro lado, observou que a iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’ “tem-se tornado numa importante chave condutora do progresso da economia e turismo global”, e que, em apoio a esta estratégia nacional, Macau vai “envidar todos os esforços para contribuir activamente para o aprofundamento da cooperação turística e trocas culturais entre a China e a Europa”.

Além da cooperação regional com Hong Kong e Guangdong, Alexis Tam disse ainda que Macau está a desenvolver esforços “para elevar o efeito sinérgico dos projectos nacionais no posicionamento enquanto centro mundial de turismo e lazer, e numa plataforma de serviços para a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa”.

18 Out 2017

Pansy Ho diz que Macau precisa de “novas ofertas”

Macau precisa de inovar na oferta que disponibiliza aos turistas. A ideia foi deixada por Pansy Ho, empresária e secretária-geral do Fórum de Economia de Turismo Global

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] secretária-geral do Fórum de Economia de Turismo Global de Macau, Pansy Ho, afirmou ontem que a cidade vai “liderar a invenção de novas experiências turísticas” e continua a ser um local privilegiado para entender as preferências dos chineses.

“Precisamos desesperadamente de novas ofertas, caso contrário não conseguimos acompanhar, as pessoas já cá vieram e podem desviar-se para outro lado. Como podemos garantir que vamos continuar a atrair 30 e tal milhões de turistas por ano? Claramente temos de nos reinventar”, disse a também presidente da MGM China, num encontro com a imprensa durante a 6.ª edição do fórum. 

“Da próxima vez que [os turistas] vierem não será só para ver um excelente ‘resort’, experimentar um restaurante de que nunca tinham ouvido falar. De cada vez que vêm queremos que pensem que Macau é o local onde haverá sempre a próxima nova experiência. Não apenas a nova, mas a próxima nova. Vamos liderar a invenção de novas experiências turísticas. Por isso temos de dizer às pessoas que estamos comprometidos em fazê-lo”, afirmou.

Pansy Ho lembrou que Macau “experienciou um crescimento acelerado” no ramo do turismo, atraindo “os principais operadores de hotelaria”, mas que agora quer desenvolver uma “personalidade única” que vá além de “marcas de hotel”.

“As pessoas não vão gostar mais de Macau devido a um fórum. Mas temos de ter algo para usar como meio de promover, de dizer às pessoas que conquistámos um certo progresso”, disse, referindo-se ao evento que termina esta terça-feira.

Do ponto de vista do sector, afirmou, Macau continua a ser um local privilegiado, ao entender bem as preferências dos turistas chineses.

“Se vens para esta parte do mundo queres cobrir os diferentes segmentos. A China é tão grande, é o maior mercado do mundo [de turismo]. É preciso compreender as divisões geográficas, culturais. Como promover? É diferente no norte e no sul. Se querem perceber as preferências [dos chineses] devem vir a Macau. Porquê? Porque Macau e Hong Kong, as duas regiões administrativas especiais, foram as primeiras a beneficiar da abertura aos turistas chineses. Tivemos um grande papel a moldar forma como os turistas chineses entendem as suas férias”, explicou.

MGM abre mesmo em Janeiro

Para Pansy Ho, “Macau mudou, transformou-se e vai continuar a transformar-se”. Os parceiros do fórum “vão perceber que Macau tem a capacidade de ser pioneiro, porque beneficia do número de visitantes, podemos ser pioneiros na próxima geração do desenvolvimento do turismo”.

Em 2016 Macau recebeu cerca de 31 milhões de turistas, a maior parte vindos da China.

A empresária confirmou ainda que o novo projecto da MGM na ‘strip’ de casinos do Cotai vai ser inaugurado a 29 de Janeiro, após sofrer “alguns atrasos”, também devido ao impacto do tufão Hato, que atingiu a cidade a 23 de Agosto.

17 Out 2017

Alexis Tam quer liderar grupo interdepartamental sobre turismo

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, propôs, segundo o Jornal do Cidadão, ser o responsável máximo pelo grupo interdepartamental que vai executar o Plano Geral do Desenvolvimento da Indústria do Turismo de Macau. A ideia é que a sua participação possa fomentar a participação de outros departamentos públicos no processo.

No que diz respeito ao desenvolvimento do sector, Alexis Tam lembrou que está em causa a existência privilegiada da cultura chinesa no território, em ligação com outras culturas, pelo que é fundamental essa cooperação entre departamentos, para que o novo plano possa ser implementado o mais depressa possível.

Alexis Tam espera que os trabalhos de reparação do parque de estacionamento junto ao local onde se realiza o Grande Prémio de Macau possam ficar concluídos no prazo de um mês.

9 Out 2017

Turismo | DST prevê 40 milhões de turistas por ano em 2025

A Direcção dos Serviços de Turismo estima que no ano 2025 o número de visitantes possa chegar aos 40 milhões, mais nove milhões do que no ano passado. É expectável que tanto os quartos de hotel como os profissionais do sector cresçam também substancialmente

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Turismo (DST) apresentou o Plano Geral do Desenvolvimento da Indústria do Turismo de Macau para os próximos quinze anos. Durante a apresentação do documento foram elencados as habitais apostas das autoridades que regem o sector turístico, tais como aproveitar as grandes políticas “uma faixa, uma rota”, o projecto da Grande Baía, por aí fora.

Porém, um dos pontos mais salientes foi os desafios criados pelo enorme número de turistas que visitam Macau anualmente. No ano passado, o território que tem pouco mais de 30 quilómetros quadrados, recebeu quase 31 milhões de visitantes.

Durante a apresentação do plano quinquenal, o subdirector da DST, Cheng Wai Tong, mencionou a forma como a escassez de área faz com que o turismo estrangule a vida dos residentes. Aliás, a população ouvida na consulta pública sobre a matéria insurgiu-se contra este aspecto. Cheng Wai Tong explicou que uma das prioridades da DST é gerir as multidões e reduzir o impacto do turismo no ambiente, nomeadamente através dos gastos energéticos e emissão de resíduos.

Macau recebeu quase tantos turistas no ano passado quanto Barcelona, uma cidade com uma área três vezes maior que Macau. Ora, um dos números alarmantes saídos do plano apresentado é a previsão da entrada de 40 milhões de turistas anualmente no ano 2025. Um crescimento de quase nove milhões de pessoas, cerca de 29 por cento a mais do número de turistas que vieram à RAEM no ano passado.

“Temos de ter planos concretos para que no caso desses cenários se concretizarem podermos dar resposta. Temos de criar novas zonas e possibilidades de gerir melhor o fluxo de turistas”, explica Helena de Senna Fernandes. A directora acrescentou ainda que não se trata de uma situação de os serviços procurarem activamente mais turistas, mas sim de estarem preparados para tal. Uma das medidas é desviar a entrada de visitantes do posto fronteiriço congestionado das Portas do Cerco para a posto da Flor de Lótus.

A directora da DST revelou ainda que Macau está em contacto com autoridades do Interior da China para impedir que haja um grande aumento do foco de maior origem de turistas que chegam ao território.

Quartos e trabalhadores

Cheng Wai Tong acredita que se consiga chegar a um equilíbrio entre o número de turistas e o conforto da população.

Outra das previsões é que Macau em 2025 tenha 295 mil trabalhadores na indústria do turismo, contra os 242 mil que se registaram no ano passado. Ou sejam, mais 53 mil funcionários. Um aumento considerável de mão-de-obra, cerca de 21,9 por cento. Se olharmos para o número total de pessoas empregadas em Agosto deste ano em todos os sectores profissionais, 384.200, reparamos que este aumento representaria nos dias de hoje quase 14 por cento, um número enorme.

Helena de Senna Fernandes diz que este salto de necessidade de recursos humanos poderia ser suprido pelo uso de novas tecnologias e da importação de trabalhadores não residentes. Porém, a directora da DST salienta que a entrada de mão-de-obra de fora seria para ocupar posições inferiores, sendo dada prioridade aos trabalhadores locais.

Também o número de quartos de hotel tiveram uma previsão de crescimento considerável, tendo os serviços de turismo estimado poder passar dos 37.634 quartos no ano passado para 51.900 em 2025. Um crescimento 14,266 quartos, o que representa um acréscimo de quase 38 por cento.

Neste capítulo e tendo em conta a falta de terrenos em Macau, Helena de Senna Fernandes revela que ainda não existe nenhuma área reservada para hotéis nos novos aterros, apenas nos terrenos actuais.

Estas projecções de aumento de visitantes a Macau é algo explicado pelos serviços pelas múltiplas características do território, com a legalização do jogo à cabeça. De resto, o posicionamento geográfico, a história da cidade e a diversidade de eventos culturais que Macau oferece também desempenham um papel na atracção de visitantes.

A abertura do parque temático da Hello Kitty foi um assunto que Helena de Senna Fernandes também abordou. A directora da DST explicou que este não será “da envergadura do Disney ou Ocean Park porque não há espaço”.

A líder dos serviços de turismo esclareceu que este tipo de projectos terá forçosamente de ser mais pequeno, apenas numa perspectiva de acrescentar novas atracções para quem visita Macau.

29 Set 2017

Piscinas privadas | Governo recusa presença obrigatória de nadadores-salvadores

Os Serviços de Turismo não admitem hipótese de rever a lei para obrigar as entidades privadas com piscinas abertas ao público a terem nadadores-salvadores nesses espaços

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo recusou o pedido da deputada Kwan Tsui Hang para que as piscinas privadas abertas ao público sejam obrigadas, por lei, a contar com a presença de nadadores-salvadores. A resposta da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), datada de 12 de Setembro, não é directa, mas não se compromete com a possibilidade de legislar sobre o assunto.

A questão tinha sido trazida a público a 28 de Junho por Kwan Tsui Hang, pouco tempo depois de uma criança coreana ter morrido afogada na piscina de um dos hotéis do território. Após o caso, a deputada questionou o Governo sobre se a presença de nadadores-salvadores nas piscinas privadas abertas ao público ia passar a ser obrigatória.

No entanto, na resposta assinada por Maria Helena de Senna Fernandes, o Governo não admite a possibilidade de legislar sobre o assunto, apesar de dizer que a presença de um nadador-salvador é altamente recomendável, tanto em hotéis como condomínios privados.

“A entidade administradora do condomínio ou dos condóminos podem, consoante a realidade, tomar como referência as ‘Orientações para Piscinas em Estabelecimentos Hoteleiros’ na operação da piscina, e é elevadamente recomendável a existência de nadador-salvador no local durante o horário de funcionamento da piscina, em prol da segurança dos utentes”, é explicado na resposta do Executivo.

Mesmo no caso das piscinas dos hotéis, a presença também não é obrigatória, limitando-se a ser uma das recomendações das orientações elaboradas pelo Executivo.

“É recomendável nas ‘Orientações para Piscinas em Estabelecimentos Hoteleiros’ a existência de nadador-salvador durante o funcionamento da piscina e a afectação de, pelo menos, dois nadadores-salvadores na piscina com um plano de água inferior a 250m2”, esclarece a resposta de Maria de Helena de Senna Fernandes.

“Caso a superfície de plano de água de piscina seja superior a 250m2, por cada acréscimo de 250m2 ou inferior, deve adicionar-se mais um nadador-salvador fixo no local”, é acrescentado.

Hotéis aprovados

Sobre as orientações para as piscinas nos hotéis, Kwan também questionou quando seriam revistas. Face a esta questão, o Governo esclareceu que as instruções estão em constante reavaliação e que serão actualizadas e revistas “oportunamente”.

Com base nas inspecções do ano passado, a DST informa que se verifica “um cumprimento satisfatório”, por parte dos hotéis, das orientações emitidas pelo serviços competentes.

Já sobre as qualificações dos nadadores-salvadores de Macau, os Serviços de Turismo esclarecem que o Instituto do Desporto encarrega o Centro de Produtividade e Transferência e Tecnologia de Macau de realizar todos os anos um curso de formação, “que visa a elevação da qualidade profissional”.

27 Set 2017

Turismo | Mais agências de turismo e menos trabalhadores em 2016

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]o ano passado existiam em Macau 256 agências de viagens em actividade, o que representou um acréscimo de seis em relação a 2015. Porém, o número de trabalhadores empregados nestas empresas diminuiu em 2016, quando comparando com o ano anterior. O decréscimo foi de 239 funcionários para um total de 4.246.

No que diz respeito às receitas e despesas das agências de viagens, os montantes chegaram aos 6,53 mil milhões e 6,30 mil milhões de patacas, respectivamente. Estes valores representam crescimentos ligeiros na ordem dos 0,5 e 0,9 por cento, respectivamente face ao ano de 2015.

O valor acrescentado bruto, que reflecte o contributo económico do sector, foi de 944 milhões de patacas, tendo descido 1 por cento em termos anuais. Já a formação bruta de capital fixo foi de 142 milhões de patacas, o que representa um decréscimo de 11,4 por cento.

O excedente bruto do sector das agências de viagens situou-se em 2016 nos 229 milhões de patacas, uma descida de 11,4 por cento em relação ao ano anterior.

Dividindo as diferentes receitas, as provenientes de excursões chegaram às 2 mil milhões de patacas, os serviços de reservas de quartos acumularam 1,12 mil milhões de patacas e o aluguer de automóveis de turismo com motorista apuraram 977 milhões de patacas. Números que face a 2015 representaram aumentos de 2,5, 2 e 15,6 por cento, respectivamente.

No campo das despesas efectuadas pelas agências de viagens, destaque para a aquisição de bens e serviços, assim como comissões pagas (75 por cento do total), que se chegaram às 4,73 mil milhões de patacas, ainda assim menos 1,6 por cento em relação ao ano anterior.

26 Set 2017