Turismo | Número de visitantes sobe 7,4 por cento até Julho

[dropcap style=’circle’]M[/dropcap]acau foi o destino escolhido por 19,8 milhões de visitantes nos primeiros sete meses do ano. Número que representa um aumento de 7,4 por cento, de acordo com dados divulgados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). O maior mercado continua a ser, sem surpresas, a China, de onde chegaram mais de 13,8 milhões (quase 70 por cento do total), reflectindo uma subida de 12,3 por cento. Segue-se a vizinha Hong Kong, cujo número de visitantes diminuiu 3,5 por cento para 3,5 milhões. Já de Taiwan chegaram 626.865, mais 0,5 por cento, enquanto da Coreia do Sul vieram 483.403 visitantes, mais 4,8 por cento comparativamente aos primeiros sete meses do ano passado. Só em Julho, chegaram a Macau 3,03 milhões de visitantes, traduzindo aumentos de 4 e 16 por cento, respectivamente, em termos anuais e mensais. No ano passado, Macau bateu um novo recorde ao receber mais de 32,6 milhões de visitantes. O visitante refere-se a qualquer pessoa que tenha viajado para Macau por um período inferior a um ano, um termo que se divide em turista (aquele que passa pelo menos uma noite) e excursionista (aquele que não pernoita).

24 Ago 2018

Turismo | Despesa fora dos casinos subiu 20 por cento no segundo trimestre

[dropcap style=’circle’]E[/dropcap]xcluindo o dinheiro gasto em casinos, os visitantes que escolheram Macau como destino entre Abril e Junho gastaram 16,50 mil milhões de patacas, um aumento de 20 por cento em termos anuais homólogos, segundo dados divulgados ontem pelos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).
A par do aumento global verificou-se também uma subida de 11,6 por cento dos gastos ‘per capita’ para 1.996 patacas. Os visitantes procedentes da China foram os que mais abriram os cordões à bolsa, com a despesa ‘per capita’ a corresponder a 2.367 patacas – mais 9,5 por cento comparativamente ao segundo trimestre do ano passado. Em alta estiveram também as despesas dos visitantes provenientes de Singapura (1.704 patacas), Japão (1.681 patacas) e de Taiwan (1.510 patacas), bem como da Austrália (1.461 patacas) ou dos Estados Unidos (1.284 patacas). Já a despesa ‘per capita’ dos visitantes da Malásia (1.476 patacas) recuou.
Entre os gastos dos visitantes no segundo trimestre, excluindo em jogo, predominaram as compras (46,3 por cento), seguindo-se o alojamento (27,8 por cento) e alimentação (18,7 por cento). Quanto ao principal motivo de vinda a Macau, os que visitaram o território para participar em convenções/exposições foram os que mais gastaram, com a despesa ‘per capita’ a atingir 3.826 patacas, ou seja, mais 15,8 por cento. Quanto os gastos ‘per capita’ de quem veio de propósito para fazer compras foi de 3.426 patacas, valor que traduz um ‘pulo’ de 39,3 por cento, em termos anuais homólogos. O pódio das despesas mais avultadas completa-se com aqueles que escolheram Macau para passar férias (2.500 patacas) que, no entanto, diminuíram ligeiramente.
Já a despesa ‘per capita’ de quem veio para jogar nos casinos – que representaram um peso de apenas 2,8 por cento na estrutura de visitantes – foi na ordem das 1.387 patacas, traduzindo um aumento de 36,5 por cento face ao segundo trimestre do ano passado.

22 Ago 2018

Turismo | Alexis Tam lidera delegação em visita à Grande Baía

 

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam liderou uma comitiva de visita às cidades que integram o projecto de integração regional da Grande Baía. A iniciativa foi organizada pela Direcção de Serviços de Turismo (DST) e teve como objectivo “aprofundar o turismo multi-destinos e promover os trabalhos da ‘Federação Turística da Região Metropolitana da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau’, lê-se em comunicado. A DST aproveitou a oportunidade para organizar, durante o fim-de-semana, uma promoção turística da marca Macau na última paragem do itinerário, em Shenzhen, para divulgar os recursos locais dando ênfase ao território enquanto Cidade Criativa de Gastronomia.

20 Ago 2018

Turismo | Primeiro semestre com mais de 6,8 milhões em hotéis

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de 6,8 milhões de pessoas alojaram-se nos hotéis e pensões de Macau no primeiro semestre do ano, um acréscimo de 7,8 por cento comparativamente ao período homólogo de 2017, indicam dados oficiais ontem divulgados.

Segundo a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), ao todo pernoitaram 6.869.000 hóspedes, numa média de 1,5 noites, o que representa uma ligeira subida (0,1 por cento) em comparação com os primeiros seis meses de 2017.

A taxa de ocupação média atingiu 88,6 por cento, mais quatro pontos percentuais do que no mesmo período do ano passado. No final de Junho estavam registados no território de Macau 116 hotéis e pensões, representando, em conjunto, 39 mil quartos, mais 7,8 por cento que no período homologo de 2017. A oferta nos hotéis de cinco estrelas foi de 25 mil, mais 10,8 por cento, em termos anuais. Os hotéis de cinco estrelas representam 62,2 por cento do total de quartos disponíveis no território, uma ligeira subida de 0,13 pontos percentuais, face ao mês anterior.

De acordo com a DSEC, só no mês de Junho alojaram-se nos hotéis e pensões da região 1.158.000 hóspedes, uma subida de 6 por cento em termos anuais. O número de hóspedes provenientes da China continental (764.000) registou um aumento de 11 por cento, em termos anuais, enquanto os de Taiwan (44.000) subiram 4,5 pontos percentuais, no mês de Junho.

Em queda está o número de hóspedes de Hong Kong, que diminuiu 8,2 por cento, para 138 mil. Também o número de turistas sul-coreanos registou uma descida de 8,3 pontos, para os 39.000.

Ao todo visitaram o território 16,814 milhões de pessoas entre Janeiro e Junho de 2018.

O território recebeu, entre Janeiro e Dezembro de 2017, mais de 29,5 milhões de visitantes e as unidades hoteleiras de Macau receberam mais de 13,155 milhões de hóspedes.

31 Jul 2018

Fogo-de-Artifício | Dez equipas concorrem ao concurso internacional em Setembro

[dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]ilipinas, Coreia do Sul, Japão, Bélgica, França, Portugal, Alemanha, Áustria, Itália e China vão mostrar as suas habilidades na arte da pirotecnia no 29.º Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício de Macau (CIFAM). O evento, apresentado ontem, vai ter lugar nos dias 1, 8, 15 e 24 de Setembro e 1 de Outubro na baía em frente à Torre de Macau.

Das dez empresas participantes, quatro (oriundas da Coreia do Sul, Bélgica, França e China) vão fazer a sua estreia no CIFAM, iniciativa de cariz anual organizada pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST). Paralelamente às cinco noites de explosões de cores nos céus vai realizar-se um Arraial (entre as 17h e as 23h), que reunirá gastronomia, espectáculos, jogos, entre outros, numa iniciativa em cooperação com a União Geral das Associações dos Moradores de Macau.

O canal chinês da TDM vai assegurar a transmissão em directo dos espectáculos pirotécnicos, enquanto o canal chinês da Rádio Macau vai transmitir em directo a música das exibições (às 21h e às 21h40). Há também vários programas de divulgação, patrocinados pela Wynn Resorts, incluindo o Concurso de Composição de Canção para o próximo 30.º Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício de Macau, mantendo-se ainda a organização dos Concursos de Fotografia, de Desenho para Estudantes e de Design do Troféu do CIFAM.

24 Jul 2018

Turismo | Mais de 16,5 milhões de visitantes no primeiro semestre

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de 16,5 milhões de pessoas visitaram Macau no primeiro semestre do ano, um aumento de 8 por cento em relação ao período homólogo de 2017, indicaram ontem as autoridades. De acordo com os Serviços de Estatística e Censos de Macau (DSEC), ao todo visitaram o território 16,814 milhões de pessoas entre Janeiro e Junho de 2018.

O número de turistas (8,767 milhões) e o número de excursionistas (8,047 milhões) cresceu 8,3 por cento e 7,8 por cento, respectivamente, em termos anuais.

O visitante refere-se a qualquer pessoa que tenha viajado para Macau por um período inferior a um ano, um termo que se divide em turista (aquele que passa pelo menos uma noite) e excursionista (aquele que não pernoita).

No primeiro semestre do ano, entraram em Macau 11.705.164 visitantes oriundos da China continental, um aumento de 13,3 por cento. De Taiwan, chegaram à região 529.947 visitantes, mais 0,9 por cento que em igual período de 2017.

Já o número de visitantes da Coreia do Sul (423.952) e de Hong Kong (3.000.131) desceram 2,2 por cento e 3,7 por cento, respectivamente.

O período médio de permanência dos visitantes situou-se em 1,2 dias, à semelhança do período homólogo de 2017, indicou a DSEC.

Em 2017, chegaram a Macau 32,61 milhões de visitantes, mais 5,4 por cento do que em 2016.

24 Jul 2018

Turismo | Visitantes regressam a casa satisfeitos com Macau

A relação entre residentes e visitantes é o aspecto mais negativo do turismo local, de acordo com um estudo recente. Mesmo assim, as pessoas do continente regressam a casa com uma imagem positiva e mostram-se disponíveis para recomendar aos amigos uma visita a Macau

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] maior parte dos turistas vindos do Interior fica satisfeita com a visita ao território e tem tendência para aconselhar Macau como destino aos amigos e conhecidos. Esta é uma das conclusões de um estudo elaborado, no mês passado, por Ivan Ka, da Cidade Universidade de Macau, Yide Liu, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, Dong Lu, da Universidade de Chengdu e Michael Hitchcock, da Universidade de Londres. O trabalho tem como título “A influência do meio boca a boca na escolha de destinos turísticos”.

Através de um total de 422 questionários feitos em alguns dos principais pontos turísticos da RAEM, os inquiridos foram desafiados a classificar diferentes aspectos numa escala de 1 a 7, em que o valor mais baixo corresponde a “discordo fortemente” e o valor mais elevado significa “concordo fortemente”.

Segundo os resultados apurados, o aspecto que teve uma média mais elevada foi a predisposição das pessoas para contarem a amigos, familiares e conhecidos coisas positivas sobre Macau, que alcançou um pontuação média de 5,925, na escala de 1 a 7 pontos.

Os serviços foram uma das áreas que mais impressionaram os visitantes dos continentes. A frase “Em geral, os serviços de turismo oferecidos em Macau são de qualidade elevada” conseguiu uma pontuação uma média de concordância de 5,930 pontos. Na mesma linha, a premissa de que a oferta de serviços de turismo em Macau face ao Interior da China é superior em todos os aspectos, alcançou uma concordância média de 5,922 pontos.

Os turistas destacaram igualmente o sentimento de segurança que sentiram nas ruas da RAEM. A frase “não me sinto preocupado com o crime em Macau” teve um consenso de 5,759 pontos, enquanto que o sentimento de segurança face à existência de violência e ataques terroristas somou 5,889 pontos e 5,878 pontos, respectivamente.

Poucos sorrisos

A área que teve uma classificação mais negativa foi a relação entre residentes e turistas. Mesmo assim obteve uma pontuação suficiente para ser considerada positiva. A frase “Os residentes de Macau são amigáveis com os turistas” teve uma pontuação de 4,951 pontos, ao mesmo tempo que o aspecto “Os residentes de Macau estão disponíveis para interagir com os turistas” acumulou uma média de 5,026 pontos.

“Os resultados da análise mostra que a percepção de segurança tem efeitos significativos tanto na satisfação geral com a viagem como nas recomendações feitas boca a boca”, sublinhas os investigadores. “Conclui-se que a relação entre residentes e turistas e a percepção de segurança são factores importantes para o crescimento sustentado como destino turístico”, é acrescentado no estudo.

4 Jul 2018

Turismo | Mais de 5,7 milhões de pessoas nos hotéis e pensões até Maio

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de 5,7 milhões de pessoas alojaram-se nos hotéis e pensões de Macau nos primeiros cinco meses do ano, um acréscimo de 1,8 por cento comparativamente ao período homólogo de 2017, indicam dados oficiais.

Segundo a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), ao todo pernoitaram 5.712.000 hóspedes, numa média de 1,5 noites, um ligeira subida (0,1 por cento) comparando com os primeiros cinco meses de 2017. A taxa de ocupação média atingiu 88,7 por cento, mais 4,3 pontos percentuais do que no mesmo período do ano passado.

No final de Maio estavam registados no território de Macau 115 hotéis e pensões, representando, em conjunto, 39 mil quartos, já a oferta nos hotéis de cinco estrelas foi de 24 mil, o mesmo número que no mês anterior, mas mais 8,5 por cento, em termos anuais.

Os hotéis de 5 estrelas representam 61,4 por cento do total de quartos disponíveis no território. De acordo com a DSEC, só no mês de Maio alojaram-se nos hotéis e pensões da região 1.178.000 hóspedes, uma subida de 4,7 por cento em termos anuais.

O número de hóspedes provenientes da China continental (798.000) registou um aumento de 11 por cento, em termos anuais, enquanto os de Taiwan (40.000) diminuíram 4,5 por cento, no mês de Maio.

Em queda está também o número de hóspedes de Hong Kong, que diminuiu 11,1 por cento, para 123 mil. Também o número de turistas sul-coreanos registou uma descida de 8,3 por cento. O território recebeu, entre Janeiro e Dezembro de 2017, mais de 29,5 milhões de visitantes. As unidades hoteleiras de Macau receberam mais de 13.155 milhões de hóspedes em 2017.

2 Jul 2018

Turismo | Lei Chan U quer fonte diversificada

[dropcap style≠’circle’]L[/dropcap]ei Chan U, deputado ligado aos Operários, está preocupado com a dependência excessiva do Interior da China no que diz respeito à proveniência dos turistas.

Por esta razão, o legislador – que se destacou pela controvérsia de ter falado mandarim na Assembleia Legislativa, apesar de dominar o cantonense – quer saber se o Governo vai fazer acções de promoção do turismo local em diferentes países, como aconteceu em Abril deste ano, na Coreia do Sul.

É este o conteúdo de uma interpelação escrita do deputado, onde o mesmo diz existir uma grande discrepância entre o Centro Mundial de Turismo e Lazer e a realidade, uma vez que a maior parte dos turistas são provenientes da China e Sudeste Asiático.

2 Jul 2018

Turismo e finanças na agenda de Macau e Shenzhen

O Chefe do Executivo, Chui Sai On, anunciou na passada sexta-feira o reforço da cooperação entre o território e Shenzhen, uma das maiores e mais desenvolvidas cidades da China, em áreas como turismo e finanças. Chui Sai On e a delegação iniciaram na quinta-feira uma visita a nove cidades integradas na Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, cujo plano de desenvolvimento será lançado em breve, de acordo com um comunicado do Governo.

Em Shenzhen, na província de Guangdong, Chui Sai On destacou o “aprofundamento da cooperação nas áreas de turismo, cultura, comércio, finanças e serviços”, estabelecida já em 2015.

Na mesma ocasião, o presidente de Shenzhen, Chen Rugui, anunciou que o município chinês está “prestes a lançar políticas de empreendedorismo favoráveis aos jovens e à população de Hong Kong e de Macau”.

Em matéria financeira, Shenzhen tem “um potencial de desenvolvimento e uma base sólida”, pelo que os dois territórios podem “encontrar espaço de cooperação em várias áreas”, nomeadamente no “fundo de inovação tecnológica, banco cooperativo e seguradoras”, considerou.

Por último, o representante máximo de Macau também destacou a cooperação bilateral na área financeira, à qual o Governo “presta maior importância”, devido à criação de um “centro mundial de turismo e lazer” e da “plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa”.

25 Jun 2018

Boracay | Fecho da ilha ao turismo está a provocar uma crise humanitária

O fecho da ilha de Boracay, nas Filipinas, por um período de seis meses, devido à poluição do mar, deixou a sua população numa grave crise humanitária. Nenhum estrangeiro pode entrar na ilha e neste momento os locais dependem da ajuda de pessoas como Joven Antolin. O filipino transformou o hotel de que é dono numa autêntica cantina para quem precisa de uma refeição. A Caritas Macau promete accionar um plano de apoio aos mais necessitados

[dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]or estes dias no paraíso de Boracay reza-se muito a Deus, mais do que o habitual para uma população com uma grande ligação ao cristianismo. Desde que o Presidente Rodrigo Duterte decidiu fechar a ilha ao turismo por um período de seis meses, devido à poluição provocada pela falta de uma rede de esgotos, que 17 mil pessoas ficaram sem trabalho. Um dos mais graves efeitos secundários desta decisão é uma grave crise de fome, numa comunidade já por si muito pobre. Nos próximos meses terão de aprender a viver sem salário e sem acesso a bens essenciais como comida, cuidados médicos.

Por vezes, são nestes períodos de aflição que o melhor das pessoas vem ao de cima. Uma vez que os estrangeiros estão totalmente proibidos de chegar a Boracay neste período, parte da população está dependente da boa vontade de Joven Antolin e da sua esposa. Joven, filipino com nacionalidade canadiana (tal como a sua esposa), é proprietário do Oasis Resort and Spa, que deixou de receber turistas para passar a servir de cantina a todos os que têm fome. Nas imagens que publica na sua conta pessoal de Facebook, podem-se ver filas enormes de crianças que aguardam pela refeição confeccionada na cozinha do hotel familiar situado no norte da ilha. Algumas levam comida na mochila para familiares que não comem há dias.

A iniciativa de Joven Antolin, que também opera a ONG Strong Roots Ministry, começou no passado dia 1 de Maio. Ao HM, o responsável fala de um cenário catastrófico.

“Decidimos neste período oferecer refeições à comunidade diariamente, porque sabemos que as famílias vão ter de guardar ao máximo as suas poupanças. Oferecemos também outro tipo de assistência, se necessário. Também damos material escolar gratuito a 1200 crianças de Yapak para aliviar os custos. É muito difícil [esta situação] para os locais, porque quase todos eles dependem do turismo”, contou.

Joven Antolin conta com o apoio de amigos e das suas próprias poupanças para financiar esta iniciativa. As ajudam chegam à pequena ilha da província de Aklan vindas do Canadá, mas também de outras parte do mundo, inclusive de Macau.

Cynthia Dehaas, a residir em Macau há sete anos, é a única pessoa do território a providenciar ajuda financeira para apoiar a comunidade de Boracay, uma vez que está impedida de entrar na ilha. Conheceu Joven Antolin depois de ter passado umas férias no seu hotel, onde também entrou em contacto com o trabalho feito pela Strong Roots Ministry.

“Os estrangeiros não podem ir para Boracay. Inicialmente, tentámos ir como turistas mas com o objectivo de prestar apoio social, como voluntários, e pedimos ao Joven se era possível arranjar um visto nesse sentido. Não é sequer permitido, e durante seis meses todos os que não tiverem um passaporte filipino não podem entrar na ilha.”

Cynthia considera que “as famílias estariam numa pior situação se esta ajuda não estivesse a acontecer”. “São cerca de 15 mil pessoas que vivem em Boracay e eles ajudam cerca de 600 pessoas por dia, na maioria crianças, e é dada comida e material escolar. A maior parte das pessoas depende do turismo para sobreviver e o fecho da ilha coloca a uma parcela grande da comunidade sem um trabalho e sem salário.”

Cynthia Dehaas soube de toda a situação pelas redes sociais. “Ficámos hospedados no hotel e vimos como ele apoia a comunidade. Mantivemos o contacto e desde que foi anunciado o encerramento de Boracay, temos vindo a ajudar nesta acção. Ele tem sido muito activo nas redes sociais para mostrar a situação e as necessidades de apoio.”

O HM contactou Paul Pun, secretário-geral da Caritas, no sentido de perceber se está a ser preparado algum mecanismo de apoio. Paul Pun garantiu que vai dialogar com a entidade congénere nas Filipinas para que possa ser accionado um fundo financeiro de apoio à crise humanitária que se vive em Boracay.

“Não temos dado assistência especificamente a esta região. Sei que estão a ser muito afectados por esta decisão. Há cerca de dois meses lançámos o primeiro projecto nas Filipinas, e a Caritas tem vindo a prestar apoio em situações de catástrofes naturais. Começámos agora o primeiro programa de apoio à pobreza, que já dura há um ano e agora chegou às Filipinas. Vamos falar com a Caritas de lá para saber se podemos dar apoio com o nosso financiamento.”

Este programa trabalha sobretudo ao nível do trabalho comunitário, levando pessoas a gerir espaços que possam ajudar os mais necessitados. Para tal, está reservado um orçamento de 20 mil dólares americanos, que deve ser dividido por dois anos. “Em Boracay poderia ser possível [accionar este plano], é um lugar onde a Caritas Macau poderia fazer algo. Muitos migrantes trabalham em Macau e servem a sociedade. Poderemos não ter capacidade para apoiar todos, mas vamos tentar que haja uma mudança de política para que não se prejudique a vida destas pessoas”, acrescentou Paul Pun.

Diário da pobreza

Na página pessoal de Facebook de Joven Antolin multiplicam-se relatos de desespero misturado com um sorriso nos lábios e a força necessária para atravessar os próximos meses. O dono e gerente do Oasis Resort and Spa partilha uma espécie de diário na rede social, na esperança de que alguém fora das Filipinas interceda pela população da ilha. “Dia 34. As refeições são gratuitas para todos aqueles que precisarem e estão disponíveis diariamente no Oasis. Também oferecemos refeições aos alunos da escola Yapak todas as segundas, quartas e sextas-feiras. A jovem paciente com problemas de coração tem realizado mais testes, tem água no coração e nos pulmões. O jovem com leucemia morreu, infelizmente, esta manhã.” Este é um exemplo de um post que retrata o dia-a-dia do casal Antolin.

Uns dias antes, o post foi dedicado a panquecas. “Um amigo doou xarope de ácer e decidimos fazer panquecas e ovos para a refeição de hoje. Os que apareceram apreciaram muito, mas alguns procuravam também um pouco de arroz no prato. Os funcionários da cozinha tiveram um longo dia na cozinha, a preparar 450 panquecas. Uma empresa também doou garrafas de água”, lê-se.

A 26 de Maio, uma criança tentou esconder alimentos para dar à mãe, que não comia há vários dias. “Uma menina de sete anos apareceu na fila para ter acesso a uma refeição. O pessoal deu-lhe comida mas reparei que ela foi para um canto, colocou a comida num saco de plástico e guardou-o na mochila. Perguntei-lhe porque tinha feito aquilo e disse-me que a sua mãe não tinha comido nada. Disse-lhe para voltar para a fila para buscar outra refeição e para trazer a mãe na próxima vez. Todos são bem-vindos.”

Joven Antolin garante que as autoridades têm vindo a providenciar algum auxílio, mas que este não consegue colmatar as necessidades sentidas pela população. “Está disponível algum apoio do Governo mas não é suficiente, e as indemnizações são baixas. Contudo, as pessoas têm-se mantido positivas. Não foi dado qualquer apoio para os negócios relacionados com o turismo, apenas para os habitantes que trabalhavam no sector.”

A ilha de Boracay ficou totalmente encerrada nos .últimos dias, com uma forte presença da polícia e da guarda costeira

Um lugar que virou prisão

A ligação do empresário ao seu país de origem voltou a surgir anos depois de ter a vida estabilizada no Canadá. Em 2007, Joven ficou chocado com a pobreza que viu na ilha. “Eu e a minha mulher ficámos durante cinco dias e voltámos depois em 2007 para visitar alguns amigos. Aí fomos dar uma volta pela ilha de mota e quando parámos em Yapak vimos uma escola muito pobre, com crianças descalças. Vi uma enorme beleza e pobreza ao mesmo tempo. E perguntei a Deus porquê. Então vendemos tudo e mudámo-nos para Boracay, onde já vivemos há nove anos.”

Além de operar o hotel, Joven Antolin dá todo o tipo de assistência aos mais necessitados com a sua ONG. “Muito do dinheiro que ganho uso para ajudar a nossa comunidade. Providenciamos apoio na ida para a universidade a 120 crianças. Damos apoio médico e dentário, e ainda temos um programa de refeições gratuitas para as escolas.”

Para pôr em prática o encerramento da ilha ao turismo, o Governo de Rodrigo Duterte recorreu às forças policiais nos primeiros dias, apesar de Joven ter referido ao HM que não foi usada violência.

“A ilha de Boracay ficou totalmente encerrada nos últimos dias, com uma forte presença da polícia e da guarda costeira, algo que tem vindo a tornar-se comum. Muitos estão armados com metralhadoras e usam uniformes para que todos possam ver. Também têm vindo a controlar a multidão com armas perto da praia. Bem-vindos à penitenciária de Boracay.”

Quando a decisão de Rodrigo Duterte foi anunciada, em Abril, estimou-se que 36 mil pessoas ficariam afectadas. Chegaram a decorrer protestos, mas não tiveram qualquer efeito prático.

7 Jun 2018

Tailândia | Macau no Fórum Mundial da Organização Mundial do Turismo

[dropcap style=’circle’] O [/dropcap] Governo de Macau está a participar no 4.º Fórum Mundial da Organização Mundial do Turismo, em Banguecoque, que tem como foco o uso da tecnologia em prol de desenvolvimento sustentável do turismo gastronómico, anunciaram ontem as autoridades.

De acordo com o comunicado da Direcção dos Serviços de Turismo, a directora, Maria Helena de Senna Fernandes, partilhou a experiência de Macau no desenvolvimento do turismo gastronómico, dando ênfase ao facto de, no ano passado, Macau ter entrado para a Rede de Cidades Criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) na área da Gastronomia.

Sob o tema “Potenciar o Poder da Tecnologia e Propostas com Novos Valores Condutores a um Impacto Mundial Positivo”, a diretora dos Serviços de Turismo marcou ontem presença num debate com, entre outros, o ministro do Turismo, Comércio e Assuntos do Consumidor da Comunidade Autónoma Espanha País Basco, Alfredo Retortillo Paniagua, onde discutiram o aproveitamento do turismo gastronómico para fomentar o desenvolvimento sustentável do turismo e da competitividade dos destinos.

De acordo com o comunicado, o evento, que decorre na capital da Tailândia até amanhã, “atraiu 730 participantes em representação de governos e do sector privado, da área do turismo, gastronomia e tecnologia, oriundos de 35 países e regiões”.

31 Mai 2018

Turismo | Despesas feitas fora dos casinos subiram 22 por cento até Março

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]xcluindo o dinheiro gasto em casinos, os visitantes que escolheram Macau como destino entre Janeiro e Março gastaram 16,42 mil milhões de patacas. O total da despesa representa um aumento de 22 por cento em termos anuais homólogos, de acordo com dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

A par com o aumento global verificou-se também uma subida dos gastos ‘per capita’ que cresceram 12,4 por cento para 1.921 patacas. Os visitantes procedentes da China foram os que mais abriram os cordões à bolsa, com a despesa ‘per capita’ a corresponder a 2.234 patacas – mais 11,6 por cento comparativamente ao primeiro trimestre do ano passado.

Entre os gastos dos visitantes, excluindo em jogo, predominaram as compras (47,3 por cento), seguindo-se o alojamento (23,3 por cento) e alimentação (22 por cento).

Quanto ao principal motivo de vinda a Macau, os que visitaram o território para participar em convenções/exposições foram os que mais despenderam, com a despesa ‘per capita’ a atingir 2.908 patacas. A segunda despesa mais avultada foi feita por quem veio fazer compras (2.596 patacas), seguindo-se a efectuada pelos que vieram passar férias (2.500 Patacas), segundo a DSEC.

Já a despesa ‘per capita’ de quem veio para jogar nos casinos, que representaram um peso de apenas 2,8 por cento na estrutura de visitantes, foi na ordem das 1.053 patacas, traduzindo um aumento de 5,4 por cento face aos primeiros três meses do ano passado.

28 Mai 2018

Turismo | Número de visitantes aumenta oito por cento em Abril

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau recebeu 2.960.879 turistas no mês de Abril, um número que representa um aumento de oito por cento em termos anuais. Os visitantes vindos da China continental subiram um termos homólogos 16,5, para um total de cerca de dois milhões de visitantes, por cento enquanto o número de visitantes de Taiwan subiu 5,6 por cento.

Já os visitantes oriundas de Hong Kong e da Coreia do Sul registaram uma descida de 12 e 5.9 por cento, respectivamente. O número de visitantes com visto individual atingiu os 962.704, mais 16,9 por cento em termos homólogos.

Nos quatro primeiros meses deste ano entraram no território 11.506.592 visitantes, ou seja, mais 8,4 por cento, face ao período homólogo do ano transacto.

24 Mai 2018

Turismo | Medidas para desviar visitantes do centro durante Agosto

[dropcap style≠’circle’]H[/dropcap]elena de Senna Fernandes, directora da Direcção dos Serviços de Turismo, adiantou que a primeira fase do programa de turismo inteligente, focado em afastar os turistas do centro histórico, pode ser implementado já em Agosto, noticiou o canal chinês da Rádio Macau.

O programa em questão pretende emitir avisos prévios a residentes e turistas sobre as zonas da cidade com maior concentração de pessoas. Além disso, o Executivo ainda está a analisar diferentes programas com a empresa Alibaba, do magnata Jack Ma mas, para já, não pode divulgar detalhes.

No que diz respeito à segunda fase do programa de turismo inteligente, a prioridade é a divulgação dos trabalhos promocionais, estando a ser discutidas questões como a recolha de informações e a criação de uma base de dados, entre outras acções.

23 Mai 2018

Turismo | Macau interessado no turismo russo de Hainão

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo quer atrair para o território os turistas russos que escolhem Hainão como destino de Inverno. Para o efeito, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) mostrou-se interessada em colaborar com as autoridades da ilha.

“Estamos interessados em colaborar com os serviços homólogos para atrair os turistas russos para que venham a Macau”, disse ontem o director-substituto dos Serviços de Turismo, Cheng Wai Tong, em resposta a um interpelação escrita do deputado Si Ka Lon acerca das medidas que o Governo pensa tomar para promover o turismo marítimo.

No que respeita às embarcações de recreio, os problemas continuam por resolver, tanto relativamente à legislação para emissão de vistos individuais, como quanto aos custos de entrada das embarcações no território. Mas, adiantou Cheng Wai Tong, “o Governo vai trabalhar com os assuntos marítimos e com os pescadores para ver a viabilidade para realizar mais passeios”.

10 Mai 2018

Turismo | Mais de três milhões nos hotéis e pensões de Macau até Março

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de três milhões de pessoas alojaram-se nos hotéis e pensões de Macau no primeiro trimestre do ano, um acréscimo de 9,2 por cento face ao período homólogo de 2017, indicam dados oficiais. Segundo a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), ao todo pernoitaram 3.352.000 hóspedes, numa média de 1,5 noites.

A taxa de ocupação média atingiu 88,8 por cento, mais 5,3 pontos percentuais do que no mesmo período do ano passado. No final de Março estavam registados do território de Macau 115 hotéis e pensões, representando, em conjunto, 39 mil quartos, já a oferta nos hotéis de cinco estrelas foi de 24 mil.

Só no mês de Março alojaram-se nos hotéis e pensões da região 1.43.000 hóspedes, uma subida de 8,2 por cento em termos anuais. O número de hóspedes provenientes da China continental (768.000) registou um aumento de 9,5 por cento, em termos anuais, enquanto os da Coreia do Sul (38.000) subiram 11,2 por cento, no mês de Março.

Neste mês, o número de hóspedes de Hong Kong subiu 1,2 por cento, para 131 mil, já os turistas de Taiwan que pernoitaram na região aumentaram 4,1 por cento.

Macau recebeu, entre Janeiro e Dezembro de 2017, mais de 29,5 milhões de visitantes. O visitante refere-se a qualquer pessoa que tenha viajado para Macau por um período inferior a um ano, um termo que se divide em turista (aquele que passa pelo menos uma noite) e excursionista (aquele que não pernoita). As unidades hoteleiras de Macau receberam mais de 13.155 milhões de hóspedes em 2017.

2 Mai 2018

Turismo | Macau promove Grande Baía junto de operadores portugueses

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] promoção do destino turístico da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau como itinerário multi-destino esteve em foco nas conversações entre representantes da indústria turística de Portugal e da China, na Expo Internacional de Turismo de Macau.

De acordo com a Direcção dos Serviços de Turismo (DST), “representantes da indústria turística de Portugal e de outros países trocaram ideias, com parceiros de Guangdong, sobre o Intercâmbio de Turismo China-Portugal”, partilhando ainda “ideias sobre itinerários multi-destino” e a sua implementação no mercado internacional, durante a 6.ª Expo Internacional de Turismo de Macau, que se realizou entre sexta-feira e domingo.

Macau, que foi eleito pela Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo como destino preferido da associação para 2019, “pretende encorajar operadores turísticos de Portugal e outras partes do mundo a lançarem itinerários e produtos multi-destinos, para atrair mais visitantes de mercados de longo curso para a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, declarou a DST.

Segundo a DST, estiveram presentes na Expo Internacional de Turismo de Macau “cerca de 130 operadores turísticos de Portugal, Estados Unidos, Austrália, Japão, Coreia do Sul, Malásia, Tailândia, Indonésia e Índia, bem como do Interior da China, Hong Kong e da região de Taiwan”. Estiveram também presentes na Expo membros da direcção dos serviços turísticos de São Tomé e Príncipe, bem como representantes do Ministério do Turismo da Guiné-Bissau.

2 Mai 2018

Filipinas | Ilha de Boracay fecha seis meses devido à poluição das águas

[dropcap style =’circle’] O [/dropcap] Presidente das Filipinas ordenou, na quarta-feira, o encerramento durante seis meses da ilha de Boracay, um dos principais destinos turísticos do país, devido à poluição das águas.

A ilha, de 1.032 hectares, vai estar interdita ao público a partir de 26 de Abril, confirmou o porta-voz de Rodrigo Duterte, Harry Roque. Boracay recebeu, no ano passado, dois milhões de visitantes.

Os departamentos de Recursos Naturais, Turismo e Interior filipinos recomendaram a pronta resolução “dos problemas ambientais que Boracay enfrenta”, e o Presidente filipino assinou, na quarta-feira, o encerramento da estância balnear, disse o porta-voz.

A ameaça de encerrar a ilha surgiu em Fevereiro, quando Duterte descreveu a ilha como “um esgoto”. Desde então, foram estudadas várias opções, incluindo o encerramento por apenas dois meses, no início da estação das chuvas (Julho e Agosto), ou a modernização do sistema de esgoto da ilha.

No entanto, os três Ministérios recomendaram ao Presidente que fechasse completamente Boracay por seis meses, a partir do início de Abril, o que “terá um grande impacto sobre os empresários e funcionários da ilha”.


Trabalhadores em protesto

Cerca de 36 mil pessoas vão ser afectadas, e as perdas económicas podem chegar a 874 mil euros, segundo estimativas. Na semana passada, o chefe de Estado das Filipinas afirmou que, caso encerrasse a ilha, iria declarar “estado de desastre” para ajudar financeiramente os afectados.

Desde então, empresários e trabalhadores de Boracay protagonizaram vários protestos para exigir que o governo modernize a ilha em vez de optar por uma medida radical.

O Governo filipino concedeu, em Março, uma licença à operadora de casinos de Macau Galaxy Entertainment Group para construir, em Boracay, um resort e um casino, um projecto avaliado em mais de 400 milhões de euros.

6 Abr 2018

Cabo Verde | País quer seguir crescer com turismo diversificado

O turismo é o sector privilegiado no arquipélago africano, no entanto, Ana Lima Barber, presidente da Agência de Promoção e Investimentos e Exportações de Cabo Verde, explicou, em entrevista ao ao HM, que a nova aposta passa pelos sectores das energias renováveis e exportações

 

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]m Cabo Verde o crescimento de Macau é visto como um exemplo a seguir e o objectivo passa por captar investimento local e chinês, ajudando o país a diversificar a economia. No entanto, não é só pelo turismo que Cabo Verde quer impulsionar a economia e os sectores das energias renováveis, redistribuição e das tecnologias de informação e comunicação são igualmente uma aposta.

O cenário foi traçado, ao HM, pela presidente da Agência de Promoção e Investimentos e Exportações de Cabo Verde (CV TradeInvest), Ana Lima Barber.

“Para os investidores, Cabo Verde pode ser a Macau de África. É este o nosso objectivo. Também queremos seguir a política Uma Faixa, Uma Rota e seguir os investimentos que esperamos que sejam dirigidos a sectores chave para nossa economia”, disse Ana Lima Barber, ao HM.

“Os sectores que queremos privilegiar, além do turismo, são as energias renováveis, as tecnologias de informação e comunicação e transformar Cabo Verde num centro de distribuição para diversificara economia”, acrescentou.

Apesar de haver uma intenção de diversificação o sector do turismo vai continuar a ser estratégico para Cabo Verde, que neste esforço conta com a presença do empresário local David Chow. No entanto, o objectivo passa por levar mais hotéis e outros investidores de Macau a interessarem-se pelo arquipélago africano.

“Cabo Verde tem excelentes condições para atrair qualquer outro investimento e Macau pode continuar a investir. Temos a MLD [Macau Legend Development], do empresário David Chow, na área dos hotéis e casinos, mas podemos ter muito mais nesta área”, explicou.

“Queremos aumentar o investimento de qualidade. Macau tem excelentes hotéis que gostaríamos de ver em Cabo Verde a melhorar a nossa oferta. Também temos de perceber qual é o tipo de turista que mais nos interessa, claro que todos são bem-vindos, mas a nível de estratégia temos de pensar o que é mais interessante para o país. Assim como acontece com o tipo de lojas que queremos trazer, como as Duty Free”, apontou.

Diversificação da economia

No entanto, o jogo não é a única prioridade para Cabo Verde e é necessário dotar o sector do turismo de outras ofertas, numa lógica de complementaridade: “Não queremos ficar pelo turismo dos hotéis e do jogo, queremos apostar numa diversificação do sector ligada ao mar, como com iates e cruzeiros, mergulhos e não só. Também queremos apostar no turismo do desporto, medicina e organização de eventos”, frisou Ana Lima Barber.

Uma das outras lógicas passa por fazer de Cabo Verde um centro para exportações e de entrada no mercado africano do ECOWAS, ou seja da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, que incluiu países como Costa do Marfim, Senegal, Mali, Libéria, Gana, entre outros.

“As empresas podem exportar a partir de Cabo Verde com excelentes taxas. Estamos inseridos num mercado enorme. Somos meio milhão de pessoas em cabo Verde, mas o mercado é muito maior, estamos a falar do mercado ECOWAS, que são 15 países membros. Estamos a falar de 340 milhões de pessoas”, explicou a presidente da CV TradeInvest.

“Estamos numa situação geográfica estratégia, a uma hora do Senegal, duas horas e meias de Portugal, que é a entrada para a União Europeia, a quatro horas do Brasil e seis horas e meia da América do Norte. É um lugar estratégico, para as empresas se instalarem como centro de investimento”, considerou.

26 Mar 2018

Macau espera 40 mil visitantes na Expo Internacional que se realiza em Abril

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] directora dos Serviços de Turismo (DST), Helena de Senna Fernandes, espera que a Expo Internacional de Turismo de Macau, que vai decorrer entre 27 e 29 de Abril, atraia 40 mil visitantes. A previsão encontra-se em linha com o aumento da própria feira, com capacidade para acolher mais de 500 ‘stands’. Até ontem, estava confirmada a presença de quase 300 entidades, oriundas de 36 países e territórios.

“Espero que com 10 por cento de aumento em termos de expositores, [ter] pelo menos mais 10 por cento em termos de visitantes. Estamos a apontar para mais ou menos 40 mil”, afirmou ontem Helena de Senna Fernandes. A pesar na influência estará também o facto de o evento ter sido antecipado de Julho para Abril para facilitar a promoção dos produtos turísticos para a época alta das férias de Verão, o que constitui “um benefício para todas as partes”. A partir de agora, vai ser sempre em Abril, o que oferece “mais possibilidades de fazer crescer o evento”, sublinhou ontem à margem da apresentação do programa.

Com um orçamento de 16 milhões de patacas, nove dos quais suportados pelo Governo, a Expo Internacional de Turismo de Macau tem cinco destaques, como a zona temática dedicada à gastronomia depois da inclusão de Macau na rede de Cidades Criativas da UNESCO e de 2018 ter sido, por conseguinte, designado o “Ano da Gastronomia de Macau”.

As indústrias criativas e culturais também vão estar em foco. “Porta da Arte” reúne expositores de lembranças artísticas relacionados com as indústrias culturais e criativas. “Este ano vamos continuar a promover mais a parte criativa e dar mais ênfase às PME [Pequenas e Médias Empresas] que, além de venderem os seus produtos, podem procurar parceiros da China ou de outros países”, afirmou Helena de Senna Fernandes.

Outros destaques – salientados durante a conferência organizada pela DST em conjunto com a Associação das Agências de Viagens – encontram-se em sintonia com a iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” e com o projecto da “Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”. Em paralelo, a feira vai reservar um espaço a bolsas de contacto de turismo China-Portugal, mantendo como “objectivo futuro” criar uma zona dedicada a Portugal.

A Expo Internacional de Turismo, que vai ter lugar no Venetian, conta com a inscrição de 62 empresas de Macau, incluindo 19 agências de viagens, que vão ocupar 165 expositores dos 490 confirmados. Já a Grande Baía vai estar representada com, pelo menos, 11 expositores na feira, em que marcam presença praticamente todos os países de língua oficial portuguesa.

No ano passado, a Expo Internacional de Turismo de Macau, com 473 expositores, de 303 entidades de 45 países e territórios, fechou com 31 acordos de cooperação.

22 Mar 2018

Turismo | Iniciado programa de formação de profissionais de Timor e PALOP

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] website Macauhub noticiou ontem que teve início, esta segunda-feira, um programa de formação destinado a funcionários governamentais de turismo de Países de Língua Portuguesa.

Esta iniciativa conta com organização da Direcção dos Serviços de Turismo (DST) em cooperação com o Fórum Macau, de acordo com informação oficial. A DST informou ainda que entre Março e Julho serão organizadas três sessões de estágios, com a duração de duas semanas cada, envolvendo um total de cerca de 30 funcionários governamentais de turismo de países de língua portuguesa.

O primeiro grupo, que inclui participantes de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, iniciou segunda-feira as actividades programadas para este ano, sendo que um segundo grupo deverá chegar a Macau em Maio próximo e um terceiro em Julho. O programa de estágio visa inteirar os formandos sobre a actividade diária da DST e o desenvolvimento turístico de Macau, pretendendo a DST reforçar a aprendizagem mútua e o intercâmbio na área do turismo entre Macau e os países de língua portuguesa.

Visa ainda contribuir para a formação e desenvolvimento dos recursos humanos do sector dos países envolvidos, em sintonia com o objectivo de transformar Macau num centro mundial de turismo e lazer e numa plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa. A DST assinou memorandos de entendimento para a cooperação em matéria de turismo com Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique, em 2010, com Timor-Leste em 2013 e com Angola em 2015.

15 Mar 2018

Turismo | Helena de Senna Fernandes leva Macau a Pequim

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] responsável pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST), Maria Helena de Senna Fernandes esteve ontem com os principais órgãos de comunicação social de Pequim com o intuito de conseguir uma maior divulgação do território e dos seus produtos turísticos.

O encontro aconteceu depois de uma reunião com a directora geral do Departamento para os Assuntos de Turismo de Hong Kong, Macau e Taiwan da China National Tourism Administration (CNTA), Li Yaying, onde foi discutida a classificação de Macau enquanto cidade da gastronomia. Dentro da visita oficial foi ainda assinado um memorando de cooperação que visa a promoção do Festival Internacional de Cinema de Macau com o Centro Internacional de Comunicação Cultural da China.

A assinatura do referido memorando de cooperação tem como objectivo procurar melhores recursos e plataformas de difusão cultural, “permitindo ao mesmo tempo uma maior divulgação da cultura tradicional chinesa no mundo, e contribuir para o desenvolvimento da indústria turística de Macau através da cultura”, lê-se no comunicado oficial.

No ano passado, mais de 350 mil visitantes de Pequim vieram a Macau, num aumento de 8,8 por cento em comparação com 2016. Actualmente, existem 25 voos directos por semana entre Pequim e Macau. Mediante esta deslocação à capital chinesa, “a DST pretende divulgar Macau aos principais representantes da indústria turística e da comunicação social da capital, reforçando o intercâmbio e a cooperação, de forma a atrair mais residentes de Pequim a visitar Macau”.

8 Mar 2018

Número de excursionistas sobe 49,8 por cento em Janeiro

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] crescimento de 49,8 por cento no número de excursionistas do Interior da China fez disparar, em Janeiro, o número de visitantes que se deslocaram ao território. Os dados foram anunciados ontem pela Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

Segundo as informações oficiais, no primeiro mês do ano as excursões trouxeram a Macau 755 mil turistas, o que representa um aumento de 41,4 por cento. Em relação aos turistas do outro lado da fronteira, o aumento foi de 49,8 por cento contribuindo para um total de 603 mil indivíduos.

No entanto, o Interior da China não foi o único mercado a apresentar uma melhoria. Também houve um aumento de 41 por cento no número de excursionistas de Taiwan, que atingiu os 47 mil. Uma tendência acompanhada pela Coreia do Sul, com 50 mil indivíduos, um aumento de 13,5 por cento.

No entanto, no que diz respeito a viagens por excursão por parte de residentes de Macau, houve uma quebra de 4,7 por cento em Janeiro deste ano. Mesmo assim, 44 mil residentes viajaram em excursão, com 26 mil a ter como destino a China Continental.

Ao mesmo tempo, foi lançada pela DSEC a informação sobre a ocupação das unidades hoteleiras locais. Em Janeiro pernoitaram nos hotéis e pensões locais cerca de 1,17 milhões de pessoas. Este número representa uma subida de 12,9 por cento.

A taxa de ocupação média dos hotéis e pensões atingiu 90,3 por cento, ou seja um crescimento de 8,7 pontos percentuais, em termos anuais, com os hotéis de 5 estrelas a ter uma ocupação de 93,5 por cento e os de 4 estrelas de 91,9 por cento. O período médio de permanência dos hóspedes ficou-se em 1,4 noites.

2 Mar 2018