Hoje Macau SociedadeMais de 600 mil turistas em apenas cinco dias [dropcap]M[/dropcap]ais de 600 mil turistas visitaram Macau em apenas cinco dias este Natal, um aumento de 15,23% em relação ao mesmo período do ano passado, informaram hoje as autoridades. O número total de turistas entre 22 e 26 de Dezembro foi de 607.524, com as autoridades a registarem a maioria das entradas nas Portas do Cerco, no norte da península de Macau, na fronteira terrestre com a China continental. Já na ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, inaugurada no final de Outubro, processaram-se 126 mil entradas. A 21 de dezembro, as autoridades do território anunciaram que mais de 32 milhões de pessoas visitaram Macau nos primeiros 11 meses do ano, um aumento de 9,1% em relação ao período homólogo de 2017. De acordo com a Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC), o número de turistas (16.751.684) e de excursionistas (15.482.154) cresceu 7,2% e 11,1%, respectivamente, totalizando 32.233.838 visitantes em Macau de Janeiro a Novembro de 2018. Por visitante entende-se qualquer pessoa que tenha viajado para Macau por um período inferior a um ano, um termo que se divide em turista (que passa pelo menos uma noite) e excursionista (que não pernoita). Segundo a DSEC, a maioria dos visitantes é proveniente do interior da China (22.811.627), tendo-se registado uma subida de 13,3% face a igual período do ano passado. Só em Novembro foram contabilizados 3.266.283 visitantes, o que representou um aumento de 15,3% em termos anuais e um acréscimo de 3,6% em relação a Outubro. A DSEC justificou este acréscimo com a entrada em funcionamento da mega ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, através da qual 436.660 visitantes entraram na região administrativa especial chinesa de Macau. Em 2017, chegaram ao território 32,61 milhões de visitantes, mais 5,4% do que em 2016.
Sofia Margarida Mota PolíticaLam Lon Wai pede distribuição de visitantes por mais postos fronteiriços [dropcap]O[/dropcap] deputado Lam Lon Wai interpela o Governo para que crie alternativas para a entrada e circulação dos turistas em Macau. Em causa está o número crescente de visitantes no território. “De acordo com o Serviço de Estatística e Censos, a entrada de passageiros em Macau tem aumentado tendo atingido os 3,26 milhões de turistas em Novembro”, refere o deputado em interpelação escrita. O tribuno recorda ainda que nos primeiros 11 meses deste ano, entraram em Macau 32,2 milhões de pessoas, número que representa um aumento de 9,1 por cento em termos anuais. Às complicações causadas pelo elevado número de visitantes soma-se a fraca oferta de postos fronteiriços, sendo as Portas do Cerco a travessia mais escolhida pelos turistas. No entanto, os problemas aumentam com a entrada em funcionamento da Ponte HKZM na medida em que permite a travessia de um maior número de pessoas por terra. “O elevado numero de turistas que pode entrar no território por terra traz vários problemas: complicações nos postos aduaneiros, pressão no tráfego da cidade e nas instalações dedicadas ao turismo”, diz o deputado. A resolução desta situação passa, considera, Lam Lon Wai, por uma melhor distribuição dos turistas por outros postos fronteiriços, pelo que é urgente que o Governo encontre alternativas. O deputado com ligações à FAOM sugere assim que o Executivo tenha em conta uma distribuição dos visitantes pelos postos fronteiriços Qingmao e do Porto Hengqin. No entanto estas estruturas estão em obras, que devem ser concluídas o mais rápido possível, até porque o ano novo chinês está à porta prevendo-se mais um recorde de entradas no território, remata Lam Lon Wai.
Diana do Mar SociedadePonte do Delta impulsiona aumento do número de visitantes que deve atingir recorde de 35 milhões em 2018 A abertura da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau alavancou o aumento do número de visitantes que, à luz das previsões da Direcção dos Serviços de Turismo, vai atingir a marca recorde de 35 milhões no final do ano [dropcap]A[/dropcap]no após ano têm sido batidos recordes em termos do número de visitantes que escolhem Macau como destino e 2018 não vai ser diferente, em particular à boleia da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) prevê que, no final do ano, seja alcançada a marca recorde de 35 milhões, ou seja, sensivelmente mais 9 por cento (ou mais três milhões de pessoas) comparativamente a 2017. “Os resultados preliminares de Novembro mostram que realmente houve um grande aumento de turistas por causa da ponte”, afirmou ontem a directora da DST, Helena de Senna Fernandes, à margem da cerimónia oficial do 19.º aniversário da RAEM, indicando que, em Novembro, houve um aumento de aproximadamente 15 por cento, em termos anuais homólogos, isto quando nos primeiros dez meses do ano o crescimento foi na ordem dos 8 por cento. Em causa figura, na perspectiva de Helena Senna Fernandes, o factor novidade. “O que estamos a observar é que há pessoas que realmente vêm com o único objectivo de ver a ponte”, que abriu ao trânsito a 24 de Outubro, pelo que o número de turistas vai acabar por ser inflacionado, ou seja, por não reflectir exactamente a quantidade de pessoas de fora que circulam nas ruas. “Infelizmente, o circuito realmente não atinge muito os nossos produtos turísticos, pelo que achamos que ainda é por causa da novidade”, sublinhou a directora da DST, para quem é preciso acompanhar a evolução nos próximos meses. Helena de Senna Fernandes adiantou, com efeito, que está a ser planeado, com a entidade congénere de Hong Kong, um estudo “mais pormenorizado” sobre os turistas que utilizam a Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau de modo a melhor perceber futuras tendências. O objecto ainda está a ser negociado entre as duas partes, estando por “alinhar pormenores”, mas a intenção passa por lançar o estudo no início do próximo ano. Consequências negativas Os dados preliminares relativos ao penúltimo mês do ano traduzem também consequências negativas, como o facto de proporcionalmente existirem menos visitantes a passar a noite em Macau, contrariando a meta traçada pelo Governo, como reconheceu Helena de Senna Fernandes: “Houve um grande aumento do número de pessoas que não pernoitam. Até Outubro tínhamos mais – mais ou menos 52 por cento do total –, mas realmente estamos a ver que esta percentagem foi completamente revertida”. “Temos de continuar a observar o impacto [da novidade da ponte], mas claro que vamos lutar para que haja mais pessoas a pernoitar em Macau. Acho que, em termos totais, vamos ter mais pessoas a pernoitar, mas ao nível da percentagem, por causa do grande aumento repentino [de visitantes], observamos esta contra-tendência”. No ano passado, o turismo de Macau bateu um duplo recorde: tanto no número de visitantes (32,6 milhões) como na proporção dos que pernoitaram (52,9%). Por visitante entende-se qualquer pessoa que tenha viajado para Macau por um período inferior a um ano, um termo que se divide em turista (aquele que passa pelo menos uma noite) e que excursionista (aquele que não pernoita).
Hoje Macau SociedadeGuangdong trava excursões de apenas um dia ao fim de semana para Hong Kong e a Macau [dropcap]A[/dropcap]s autoridades da província chinesa de Guangdong pediram às agências de viagens daquela região para porem fim às excursões de um dia, durante o fim de semana, para Hong Kong e a Macau, foi hoje noticiado. De acordo com o jornal South China Morning Post (SCMP), a decisão da Secretaria de Turismo da província pretende reduzir a presença de turistas e o tráfego oriundo da mega ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. De 17 de outubro a 1 de Novembro, foram emitidos por Guangdong mais de 1,78 milhões de vistos para Hong Kong e Macau, na maioria pedidos por aposentados, um aumento de 26,6% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com departamento de segurança da província. O Departamento de Cultura e Turismo da Província de Guangdong, citado pelo SCMP, disse ter tomado medidas para “reduzir ainda mais a pressão sobre os portos e áreas adjacentes”. A medida procura encorajar a organização de “viagens de qualidade que durem dois dias ou mais”, argumentaram as autoridades da província, que apelaram às autoridades de turismo municipais para monitorizarem de perto as agências de viagens. Desde que a travessia foi aberta ao tráfego, no dia 24 de Outubro, um grande número de visitantes ‘invadiu’ o bairro normalmente calmo de Tung Chung, na ilha de Lantau, Hong Kong, lotando os autocarros e esvaziando as prateleiras das lojas. Os meios de comunicação social de Hong Kong têm denunciado a existência de operadores turísticos ilegais da China continental. A maior travessia marítima do mundo que liga Macau, Hong Kong e a cidade chinesa de Zhuhai, inaugurada pelo Presidente chinês, é considerada uma infraestrutura fundamental para o projeto da Grande Baía que visa criar uma metrópole mundial a partir das regiões administrativas especiais e nove localidades da província de Guangdong (Cantão, Shenzhen, Zhuhai, Foshan, Huizhou, Dongguan, Zhongshan, Jiangmen e Zhaoqing), com cerca de 68 milhões de habitantes.
Sofia Margarida Mota Desporto Grande Prémio de Macau MancheteGrande Prémio | Sophia Floersch quer regressar a Macau Sophia Floersch foi operada à coluna vertebral na semana passada depois de um aparatoso acidente no Grande Prémio de Macau, mas a piloto alemã está a recuperar e pretende voltar ao Circuito da Guia já em 2019. Floersch foi ainda nomeada Embaixatriz do Turismo de Macau pelos Serviços de Turismo [dropcap]A[/dropcap] piloto alemã de F3 Sophia Floersch teve alta ontem, e regressou a casa depois da intervenção a que foi submetida à coluna vertebral, na sequência do aparatoso acidente na prova final do Grande Prémio (GP). Em franca recuperação, a piloto pretende estar de volta às corridas, e especificamente ao GP de Macau, já no próximo ano. “Estou muito grata por estar aqui e ter uma boa recuperação. Estou a andar. Tenho que trabalhar nos próximos meses, mas com certeza voltarei a correr aqui no próximo ano”, disse Sophia Floersch ontem em conferência de imprensa realizada para actualização do seu estado de saúde. De acordo com o chefe do Serviço de Ortopedia do Hospital Conde de São Januário, Lau Wai Lit, a piloto, apesar de necessitar ainda de algum tempo para recuperar totalmente, irá estar em forma daqui a alguns meses. “Depois da cirurgia teve uma boa recuperação”, referiu Lau, e “já pode andar sozinha, mas a coluna ainda necessita de tempo para recuperar. Vai demorar alguns meses, mas não vai afectar a forma como andará no futuro”, assegurou o especialista. Seis meses de fisioterapia foi o tempo necessário apontado pelo médico ortopedista Chan Hong Mou para uma recuperação plena, sendo que dentro de um ano Floersch poderá voltar às competições. Circuito seguro Questionada sobre se as condições do circuito local poderiam estar na origem do acidente que sofreu, a piloto alemã foi clara “foi uma questão de azar e foi um acidente que acontece uma vez na vida. Não há insegurança nesta pista” disse. A piloto destacou ainda que Macau é um circuito que “todos os pilotos adoram”. O acidente protagonizado por Sopfia Floersch envolveu mais cinco pessoas. Entre as que ficaram sob os cuidados hospitalares, o comissário de pista teve alta na passada sexta-feira, e o fotógrafo continua internado mas “terá alta muito em breve”. No final da conferência de imprensa de ontem a piloto alemã foi ainda distinguida como Embaixatriz do Turismo de Macau pela directora dos Serviços de Turismo Helena de Senna Fernandes. “Sophia Floersch tem uma boa impressão de Macau e por isso, queremos manter esta ligação e esperamos que ela nos ajude a promover o Grande Prémio e também o Turismo de Macau”, disse a responsável.
Diana do Mar SociedadeEntradas | Quase 29 milhões de visitantes até Outubro [dropcap]M[/dropcap]acau recebeu 28,9 milhões de visitantes nos primeiros dez meses do ano, mais 8,4 por cento face ao período homólogo do ano passado, indicam dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Sete em cada dez vieram da China (20,5 milhões), traduzindo um aumento de 13,1 por cento em termos anuais. Já o número de visitantes de Hong Kong (5,05 milhões), de Taiwan (885.833) e da Coreia do Sul (667.941) diminuiu face aos primeiros dez meses de 2017. Só em Outubro, Macau foi o destino escolhido por 3,15 milhões de visitantes, ou seja, mais 9,2 por cento em termos anuais. Já face ao mês anterior o aumento foi de 23,2 por cento, impulsionado pela ‘semana dourada’ de 1 de Outubro e pela abertura da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau (a 23), de acordo com a DSEC. Da China vieram 2,3 milhões de visitantes – mais 12,1 por cento –, enquanto de Hong Kong 509.369 – mais 9,3 por cento. A grande maioria entrou em Macau pela via terrestre (2,01 milhões) e, sem surpresas, a preferência foi para as Portas do Cerco (1,6 milhões). Já pela Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau chegaram 71.640 visitantes nos primeiros oito dias de funcionamento. Já de avião vieram 286.117 visitantes – mais 14,7 por cento –, enquanto a via marítima foi a escolhida por 852.473 – menos 9,4 por cento. Em 2017, Macau recebeu 32,61 milhões de visitantes, mais 5,4 por cento do que em 2016.
João Romão h | Artes, Letras e IdeiasA China no turismo mundial [dropcap]S[/dropcap]ugerem as projecções estatísticas da especialidade que em 2030 a China vai ser o país a receber mais visitantes internacionais e que também ocupará o primeiro lugar enquanto “mercado emissor” global, como se diz na gíria do sector turístico, reflectindo as profundas transformações económicas, sociais e culturais em curso no país. O significativo aumento de rendimentos de que tem beneficiado grande parte da população chinesa nas últimas décadas tem implicações directas e significativas sobre as dinâmicas turísticas, como é conhecido de outras paragens: os gastos com actividades recreativas, de lazer ou em viagens tendem a aumentar significativamente quando o rendimento disponível ultrapassa o mínimo necessário para as despesas essenciais e, inversamente, também tendem a decrescer substancialmente quando há perdas súbitas de rendimentos. Foi neste contexto de optimismo generalizadamente partilhado que tive oportunidade de assistir à 12ª edição do Fórum de Turismo da China, na magnífica cidade de Hangzhou, um palco particularmente adequado para se observarem estas transformações da China contemporânea. O Fórum foi organizado pela escola de hotelaria e turismo da Universidade Politécnica de Hong Kong (que lidera nos últimos anos os rankings mundiais de formação universitária no sector) e por uma gigantesca empresa de comércio e serviços em plataformas digitais, que tem em Hangzhou o seu “campus” e a sua base operacional – e também a sua sucursal para o turismo e viagens. Aliás, o sistema de pagamentos online desenvolvido por esta empresa atingiu na cidade uma popularidade e um nível de convergência tão profundo com os serviços offline que é possível aos residentes viverem sem carteira, notas, moedas ou cartões bancários: basta o telemóvel (com o adequado leitor de códigos de barras) para fazer qualquer tipo de pagamento (transportes públicos, cinemas, supermercados, mercearias, restaurantes, lojas de conveniência, pequenos ou grandes estabelecimentos dos mais variados sectores públicos e privados estão devidamente apetrechados para um quotidiano sem notas nem moedas). A inovação, o papel das plataformas digitais, a convergência necessária entre os universos imateriais do ciberespaço e a realidade física dos produtores e consumidores de produtos e serviços, a transformação das gigantescas quantidades de informação associadas a estas transações em processos de personalização de serviços cada vez mais especificamente adequados às necessidades e motivações de cada pessoa, ou o papel da inteligência artificial e outras formas de aprendizagem baseada no processamento de quantidades massivas de informação, foram os temas centrais de um Fórum que mobilizou algumas centenas de pessoas dos meios académicos e empresariais ligados ao turismo na China, com forte presença de jovens dirigentes e gestores empresariais altamente qualificados e escassa presença de gravatas. Esta preocupação com conteúdos de discussão que assinalam e promovem uma certa liderança na capacidade de formulação de estratégias de inovação para economias globais tecnologicamente avançadas teve também a sua contrapartida em aspectos mais formais – e que na realidade acabam por reforçar os conteúdos: o Fórum foi suportado por uma impressionante parafernália multimedia com projeções simultâneas em ecrãs gigantescos baseadas em muito avançadas tecnologias de audio e video e por diversas possibilidades de interacção entre a audiência e os oradores através de reacções e comentários enviados por telemóvel e projectados em tempo real. A modernidade dos processos de comunicação e interacção com suporte de tecnologias avançadas também é visível para quem visita esta fantástica cidade: além do avançado sistema dos mais variados pagamentos de despesas quotidianas, a cidade combina com extrema eficácia e elegância as características culturais, arquitectónicas e paisagísticas da tradição histórica da região, com zonas modernas onde é visível o avanço tecnológico, a sofisticação do comércio ou os graciosos espaços de lazer com uma presença constante de uma população bastante jovem. O grandioso Lago Oeste, recentemente classificado como património mundial da humanidade, com os magníficos jardins, monumentos e espaços museológicos que o rodeiam, ou a bela rua Hefang, onde se encontram as lojas dos produtos mais tradicionais da região, incluindo a comida e os artesãos de várias especialidades, são casos exemplares de preservação do património histórico, que interagem com facilidade e harmonia com a modernidade das ruas do centro ou da “Midtwon”. Não terá sido acidental a escolha desta cidade para acolher o Fórum, tal como não parece acidental a decisão de realizar o Fórum de Turismo da China do próximo ano nos Estados Unidos: em tempo de “guerra comercial” atabalhoadamente decretada, o turismo da China lança-se à liderança dos processos de internacionalização em território “inimigo”.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Despesa fora dos casinos subiu 15,2 por cento [dropcap]E[/dropcap]xcluindo o dinheiro gasto em casinos, os visitantes que escolheram Macau como destino entre Julho e Setembro gastaram 18,35 mil milhões de patacas, um aumento de 15,2 por cento em termos anuais homólogos, segundo dados divulgados pelos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). A par do aumento global verificou-se também uma subida de 5,9 por cento dos gastos ‘per capita’ para 2.039 patacas. Os visitantes procedentes da China foram os que mais abriram os cordões à bolsa, com a despesa ‘per capita’ a corresponder a 2.306 patacas – mais 5 por cento comparativamente ao terceiro trimestre do ano passado. Entre os gastos dos visitantes, excluindo em jogo, predominaram as compras (50,3 por cento), seguindo-se o alojamento (24,2 por cento) e alimentação (18,2 por cento).
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Hotéis de luxo inspeccionados após vídeo expor falta de higiene [dropcap]O[/dropcap] ministério chinês do Turismo pediu sexta-feira às autoridades em vários pontos do país para investigarem a limpeza dos quartos em 14 hotéis, após uma câmara oculta ter apanhado empregados a usar toalhas usadas para limpar chávenas e copos. Vários dos hotéis, que incluem as redes Shangri-La, Sheraton e Waldorf Astoria, em Pequim, Xangai e três províncias, pediram já desculpa, após um ‘blogger’ ter difundido o vídeo no Weibo, o Twitter chinês, no início desta semana. As filmagens mostram empregados da limpeza a limpar lavatórios, taças de café e copos com a mesma toalha usada, ou a retirar copos de plástico usados do lixo, e a repô-los como novos. As cenas são acompanhadas pelo nome do respectivo hotel e preço da dormida, todos a marcar cerca de 200 dólares. O ‘blogger’, que usa o pseudónimo ‘Huazong’, afirma que o problema é antigo e está generalizado. Ele diz ter passado 2.000 noites em 147 hotéis diferentes nos últimos seis anos. O vídeo, difundido na quarta-feira, obteve mais de 30 milhões de visualizações até à data. O Hotel Peninsula, em Pequim, disse sexta-feira que testes realizados por funcionários da Agência de Medicamentos e Alimentação revelaram que os copos usados no hotel estão mais limpos do que a norma. O Park Hyatt, também na capital chinesa, afirmou que as cenas filmadas são uma ocorrência isolada.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Macau e Portugal acordam estágios em hotelaria [dropcap]C[/dropcap]erca de 200 alunos de Macau vão estagiar em Portugal no próximo ano, uma forma de capacitar a oferta hoteleira nacional perante a crescente procura do mercado chinês, disse ontem à Lusa a secretária de Estado do Turismo. “Vamos desenvolver acções de intercâmbio com o objetivo de levar cerca de 200 alunos para fazerem estágios em hotéis em Portugal” já em 2019, avançou à agência Lusa Ana Mendes Godinho, após um encontro com o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau, Alexis Tam. “Este ano tivemos 20 alunos de Macau” num projecto-piloto, num estágio nas escolas de turismo, mas agora “o objectivo é ampliar este número significativamente”, sublinhou a governante. Ana Mendes Godinho revelou ainda que Portugal e Macau acordaram avançar com a realização de “um grande evento” em 2019 ligado à gastronomia – uma iniciativa que vai decorrer no território administrado pela China. “Vamos desenvolver acções em torno da gastronomia”, nas quais se procura expressar as influências e a cultura de ambos os territórios”, adiantou. “Este é um exemplo prático de como pode haver interligação entre a Europa e a China”, a partir destes dois territórios, destacou a secretária de Estado, acrescentando que em Março está agendada uma visita a Portugal de Alexis Tam, durante a qual “serão desenvolvidas outras acções”. As declarações de Ana Mendes Godinho foram feitas à margem do Fórum de Economia de Turismo Global de Macau que terminou ontem e que reuniu mais de um milhar de participantes, autoridades e líderes de empresas privadas de vários países do mundo durante dois dias.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Estendido acordo na área educativa com UNWTO [dropcap]F[/dropcap]oi renovado por um ano um acordo na área educativa ao nível do turismo entre Macau e a Organização das Nações Unidas para a Organização do Turismo (UNWTO, na sigla inglesa), em parceria com o Instituto de Formação Turística (IFT). O protocolo foi assinado pela primeira vez em Outubro de 2015 e prevê parcerias ao nível da formação com o Centro Global para a Educação e Formação no Turismo do IFT, que tem “desempenhado um papel fundamental na implementação do memorando de entendimento e o trabalho a ser desenvolvido no período de extensão do acordo”, segundo um comunicado oficial. O objectivo deste acordo é “reforçar a qualidade dos recursos humanos na área do turismo e na capacidade dos destinos turísticos ao nível da formulação de políticas, regulamentos e mecanismos que criem competitividade e que promovam também um turismo sustentável na região”. No âmbito deste protocolo foram realizados cinco cursos de formação entre 2016 e Maio de 2018, com um total de 111 participantes, bem como representantes de órgãos institucionais. Os participantes desses cursos vieram de países tão distintos como Afeganistão, Irão, Ilhas Fiji, Maldivas, Mongólia ou Myanmar, entre outros. O mesmo comunicado aponta que “um novo curso está agendado para ter lugar em Novembro, em colaboração com a UNWTO, em parceria com os países de língua portuguesa”.
Hoje Macau SociedadeMacau | Turismo cresce a um “ritmo incrível” graças à China [dropcap]O[/dropcap] turismo em Macau cresce a “um ritmo incrível” e a transformação no território e no cenário mundial deve-se à China, disse hoje a presidente do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês). “Não só está a crescer a um ritmo incrível, como as projeções são impressionantes”, sublinhou Gloria Guevara-Manzo, na cerimónia de abertura do Fórum de Economia de Turismo Global, que começou hoje em Macau. O relatório anual das cidades do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês) divulgado na segunda-feira mostra que a região Administrativa especial de Macau (RAEM) foi a segunda que mais cresceu em 2017, com um contributo do turismo para o PIB na ordem dos 14,2%. No discurso proferido na cerimónia de abertura do Fórum de Economia de Turismo Global, Gloria Guevara-Manzo lembrou que o turismo vale 10,4% do PIB mundial e que um em cada dez empregos pertence ao setor, sendo que um em cada cinco foram criados por esta indústria em 2017. O sector privado vai criar nos próximos dez anos 100 milhões de empregos na indústria do turismo, destacou, defendendo que uma das prioridades da organização passa por “criar pontes entre os Governos e criar empregos”.
Hoje Macau SociedadeChineses e americanos são os turistas que gastam mais dinheiro em Portugal [dropcap]O[/dropcap]s turistas chineses e os norte-americanos são aqueles que mais gastam em Portugal, disse hoje a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, que participa em Macau num evento mundial dedicado ao sector. “Estamos a falar de turistas [os chineses] que gastam bastante, a par do mercado norte-americano”, disse Ana Mendes Godinho, no âmbito do Fórum de Economia de Turismo Global que teve hoje início em Macau e que termina esta quarta-feira. Em 2017, as receitas turísticas relativas ao mercado chinês aumentaram 80%, em relação ao período homólogo do ano anterior, atingindo os 130 milhões de euros, sublinhou a governante. “O enoturismo é algo a que o mercado chinês responde muito bem”, adiantou a secretária de Estado, defendendo a aposta na diversificação da oferta turística, em produtos que promovam um turismo em todo o território e ao longo de todo o ano. “Tal como Macau é uma plataforma de entrada na China, Portugal quer ser a plataforma de entrada na Europa”, afirmando-se como um país para “visitar, investir e estudar”, concluiu. As declarações da secretária de Estado do Turismo de Portugal foram feitas no Fórum de Economia de Turismo Global que vai debater “o impacto da cooperação estratégica de turismo China-União Europeia”, segundo a organização. A sétima edição do evento conta com mais de mil participantes e reúne autoridades e líderes de empresas privadas de vários países do mundo.
Hoje Macau Manchete SociedadePonte HMZ também é para turista ver [dropcap]A[/dropcap] directora dos Serviços de Turismo de Macau, Helena de Senna Fernandes, disse hoje que a maior travessia marítima do mundo que liga Macau, Hong Kong e Zhuhai também vai assumir-se como uma atracção para os viajantes. “A própria ponte vai ser uma atracção turística, para os turistas tirarem fotografias e para a atravessarem”, afirmou Maria Helena de Senna Fernandes, durante uma entrevista conjunta organizada no âmbito do Fórum de Economia de Turismo Global que teve hoje início em Macau e termina esta quarta-feira. “Este é o tempo para capitalizar oportunidades para Macau”, tanto no comércio como no turismo, defendeu a responsável, poucas horas depois de ter sido inaugurada a mega ponte que vai servir o projecto da Grande Baía, que visa criar uma metrópole mundial a partir dos territórios de Hong Kong, Macau e nove localidades da província chinesa de Guangdong (Cantão, Shenzhen, Zhuhai, Foshan, Huizhou, Dongguan, Zhongshan, Jiangmen e Zhaoqing), com mais de 60 milhões de habitantes. Para Senna Fernandes, este é um desafio para o turismo, mas também para outros sectores da economia de Macau. Com a mega ponte, agora inaugurada, e perante o projeto da Grande Baía, “vamos ver como as empresas chinesas vão encarar as oportunidades, bem como as empresas de Macau”, afirmou. O Fórum de Economia de Turismo Global vai debater “o impacto da cooperação estratégica de turismo China-União Europeia”, segundo a organização. A sétima edição do evento conta com mais de um milhar de participantes e reúne autoridades e líderes de empresas privadas de vários países do mundo, num encontro em que a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, é um dos oradores convidados. O impacto no PIB DRHelena de Senna Fernandes referiu ainda que “é encorajador” o facto do território ser apontado como o segundo a nível mundial que mais cresceu em 2017 em termos de contributo do turismo para o PIB. “É encorajador” e “é benéfico para todos os sectores, desde a cultura, indústria criativa e de eventos”, sublinhou Maria Helena de Senna Fernandes, durante uma entrevista conjunta organizada no âmbito do Fórum de Economia de Turismo Global que teve hoje início em Macau e termina esta quarta-feira. O relatório anual das cidades do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês) divulgado na segunda-feira mostra que Macau foi a segunda que mais cresceu em 2017, com um contributo do turismo para o Produto Interno Bruto (PIB) na ordem dos 14,2%. Entre as 72 cidades turísticas mais importantes do mundo, Macau ficou atrás do Cairo, capital do Egipto, que registou 34,4% da contribuição do setor do turismo para o PIB.
Diana do Mar Manchete SociedadeTerminal Marítimo | STDM regressa à gestão em regime de exclusividade [dropcap]V[/dropcap]ai ser assinada em breve a escritura pública relativa ao contrato de concessão da exploração do Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior, a celebrar com a Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM), com uma ordem executiva, publicada ontem em Boletim Oficial, a delegar no secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, os poderes para o efeito. Ao concurso público, lançado no início de Junho, para a exploração do Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior em regime de exclusividade apresentaram-se três empresas, sendo a proposta da STDM a que apresentou um valor de retribuição mensal mais elevado (1,8 milhões). A STDM, fundada pelo magnata de jogo Stanley Ho, vai voltar assim a ser responsável pelo principal porto de Macau, depois de em 2011 o Governo ter decidido não renovar o contrato com a empresa, que operava a infra-estrutura desde o início de actividade, em 1993, tendo a então Capitania dos Portos (actual Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água) optado por assumir a gestão.
Hoje Macau SociedadeAeroporto | Mais de dois milhões de passageiros no terceiro trimestre [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Aeroporto Internacional de Macau (MIA) registou mais de dois milhões de passageiros no terceiro trimestre, um crescimento de 13 por cento em relação a igual período do ano passado, foi ontem anunciado. Entre Julho e Setembro, foram registados 2,150 milhões de passageiros e 16 mil movimentos aéreos. Só em Julho, o mês “mais movimentado de sempre”, descolaram ou aterraram em Macau mais de 5.700 aviões com 740 mil passageiros, indicou na altura a sociedade do Aeroporto Internacional de Macau (CAM). Depois de conhecidos os resultados do primeiro semestre, a CAM disse esperar receber mais de oito milhões de passageiros em 2018, mais de meio milhão do que o previsto no início do ano, estimativa revista em alta devido ao crescimento registado até finais de Junho. Nos primeiros seis meses do ano, o aeroporto registou mais de quatro milhões de passageiros, um aumento de 20 por cento em comparação com o período homólogo de 2017. Até finais de Setembro, 31 companhias aéreas operavam naquele aeroporto, fazendo a ligação entre Macau e 50 destinos no interior da China, Taiwan, Sudeste asiático e nordeste da Ásia. Para os últimos três meses de 2018, o aeroporto anunciou seis novas rotas: Daegu (Coreia do Sul) Xian (China), Kunming (China), Koh Samui (Tailândia), Krabi (Tailândia) e Cebu (Filipinas).
Hoje Macau China / ÁsiaMais de metade da população chinesa viajou durante Semana Dourada [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de metade da população chinesa viajou dentro do país e gastou, no conjunto, 75.200 milhões de euros, durante as viagens, entre 1 e 7 de Outubro, período que assinala a fundação da China comunista. No período conhecido como ‘semana dourada’, um total de 726 milhões de chineses realizaram viagens domésticas. Com cerca de 1.400 milhões de habitantes, a China é o país mais populoso do mundo. Segundo o ministério chinês do Comércio, durante aquela semana, os sectores da restauração e retalho facturaram 1,4 biliões de yuan, sobretudo em comida orgânica, têxtil, televisões de alta definição ou veículos. Durante o último dia de férias, 15,2 milhões de pessoas viajaram de comboio, de acordo com o operador nacional China Railway Corporation, que reforçou as ligações ferroviárias com 800 comboios durante aquele período. Fotografias difundidas nas redes sociais chinesas mostram uma densa massa humana ao longo de várias secções da Grande Muralha, uma das principais atracções turísticas da China. Mas dados publicados pela agência noticiosa oficial Xinhua colocam a província de Guizhou, uma das mais pobres do país, entre os destinos mais visitados, com um total de 49 milhões de turistas, uma subida homóloga de 37,6%. Entre 1 e 7 de Outubro, 6,63 milhões de chineses viajaram para fora do país, mais 9,8% do que durante o mesmo período do ano passado, segundo dados difundidos pela televisão estatal CCTV. Tailândia, Japão, Austrália, Nova Zelândia, Rússia, Canadá, Estados Unidos, França e Reino Unido estão entre os destinos mais visitados.
Nuno Miguel Guedes Divina Comédia h | Artes, Letras e IdeiasLá fora, o mundo [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]esta cadeira em que agora escrevo vejo o meu mundo. Sob uma luz macia, quase sépia, estão mesas e estantes carregadas de livros antigos, jornais, gravuras, iluminuras e outras preciosidades. Vejo daqui, do fundo de uma longa sala com paredes de pedra bruta que ali existem há cerca de três séculos. Tomo o lugar de gente ilustre que me antecedeu: Alexandre O’Neill, Ruy Cinatti, David Mourão-Ferreira. Escritores, poetas, jornalistas, amantes dos livros que aqui se sentavam a conversar com o fundador da livraria, Tarcísio Trindade, em tertúlias informais. O número 44 da Rua do Alecrim – a Livraria Campos Trindade – serve-me agora também de santuário, ajudado pela amizade que me liga ao actual proprietário, Bernardo, o filho do fundador. Aqui sacudo os dias, descanso da inclemência do quotidiano e invento o meu tempo e lugar. Porque lá fora está a Babilónia. A Nova Lisboa, serva da mudança e do “progresso” (tão maravilhoso se ao menos o pudéssemos parar, dizia Musil), apressa-se na rua, num cafarnaum de línguas e de sons. É difícil, para quem como eu preza mais a herança do que a mudança, acompanhar a vertigem cosmopolita do que hoje é Lisboa, uma cidade que parece um gigantesco apeadeiro e que está a levar a sua vocação portuária às mais inanes consequências. Compreendam: não reclamo um lugar mitológico algures no passado, onde tudo seria perfeito. Desdenho o “antes é que era bom” e proclamo o “agora é que estou vivo”. Sei que a mudança é inevitável. Mas há uma terrível sensação de perda que atravessa quem conhece e vive esta cidade. Perda do que é familiar (não confundir com “tradicional”, que pode ter várias interpretações), substituído pelo anódino. A própria livraria em que me encontro é a única que sobrevive nesta rua – onde já houve várias – graças ao saber, dedicação e paciente negociação do seu proprietário. Quem ama Lisboa já deveria estar habituado: ela sempre foi senhora e puta, oferecendo a quem a deseja o seu pior e o seu melhor com a mesma generosidade ou falta de vergonha. Foi várias vezes violada e sempre se recompôs. Mas receio que tudo esteja a passar-se depressa demais e a minha cidade ostente agora a dignidade trágica de uma grande dame dos palcos, mal maquilhada e titubeante na sua derradeira representação. Lá fora o mundo, outro mundo. Aqui, no abrigo que oferece o silêncio e esta luz sépia que entra pela montra não consigo escapar à lenta invasão de uma fortíssima melancolia. E é resignado que me ergo desta cadeira que agora também é minha e avanço devagar para a rua, para um lugar em que mal me reconheço.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Macau recebeu mais de 9 milhões de pessoas até Agosto [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de nove milhões de pessoas alojaram-se nos hotéis e pensões de Macau nos últimos oito meses do ano, um acréscimo de 8 por cento comparativamente com o período homólogo de 2017, segundo os dados oficiais ontem divulgados. De acordo com a Direção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC), nos últimos oito meses do ano, pernoitaram no território 9.373.000 hóspedes, numa média de 1,5 noites. A taxa de ocupação média atingiu 89,3 por cento, mais 3,7 pontos percentuais do que em período do ano transacto. No final de Agosto estavam registados no território de Macau 116 hotéis e pensões, um total de 39.000 quartos, mais 9 por cento que no período homólogo de 2017. A oferta nos hotéis de cinco estrelas foi de 25 mil, mais 10,8 por cento, em termos anuais. Segundo a DSEC, só em Agosto hospedaram-se 1.279.000 pessoas, um aumento de 16,8 por cento em relação ao mesmo mês do ano passado. O número de hóspedes provenientes da China Continental (912.000), Hong Kong (140.000) e de Taiwan (42.000) aumentou 25,4, 1,4, e 7,0 por cento, respectivamente. Em queda está o número de hóspedes da Coreia do Sul, que diminuiu 10,9 por cento, para 44 mil. De acordo com os dados divulgados no final de Setembro pela DSEC, de Janeiro a Agosto, visitaram o território 23.251.990 pessoas, destas, 12.204.221 eram turistas, um aumento de 8,4 por cento face aos primeiros oito meses de 2017. O número de excursionistas aumentou 9,4 por cento para 11.047.769.
Hoje Macau SociedadeSemana Dourada | Número de turistas aumenta 18,4 por cento [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] número de turistas que visitou Macau no primeiro dia da semana dourada atingiu os 131,9 mil, de acordo com os números da Direcção de Turismo de Macau. Os turistas do Continente foram os principais responsáveis pelo aumento, tendo o número de visitantes aumentado 35,5 por cento, durante o primeiro dia da semana dourada, atingindo a marca dos 111,5 mil turistas. O principal posto de entrada foram as Portas do Cerco, com um registo de 83,7 mil pessoas.
João Romão VozesUm regresso e um ponto de ponto de partida [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]arto do sul ocidental da Europa e regresso ao norte oriental da Ásia onde tenho vivido nos últimos anos, com a notícia de ter escapado a terramoto de imponente magnitude, que deixou a cidade às escuras durante dias, com muito restritos serviços de transporte terrestre e aéreo, limitações no abastecimento de alimentos frescos e brusca necessidade de drásticas poupanças energéticas. Durante dias subiram-se degraus de escadarias de prédios com elevadores desligados, comprou-se pouco em lojas mal iluminadas, andou-se a pé e aumentaram as bicicletas em movimento pelas ruas, encerraram serviços, a cidade viveu uma obscura quase-paralisia que por acaso não testemunhei. Não sendo raros os terramotos em território Japonês, estes ocorrem normalmente muito mais a sul, onde a confluência de 4 placas tectónicas coloca em permanente risco sísmico a zona central da costa leste do país, deixando a ilha onde vivo, Hokkaido, relativamente protegida mas nem por isso imune. Chego passados mais de dez dias sobre o imponente abalo e já são quase nulos os impactos sobre a vida quotidiana: a minha casa estava em ordem e nem sequer houve objectos caídos das estantes, não há danos na cidade, os transportes funcionam normalmente, os serviços reabriram, os supermercados voltaram à normalidade do abastecimento alimentar, a iluminação pública e dos espaços comerciais retomou a intensidade e os néons, ecrãs de vídeo e outra parafernália sonora e luminosa que animam o entretenimento nocturno do bairro de Susukino retomaram o seu sistemático ruído. Nota-se ainda assim uma súbita transformação: o centro de Sapporo, que nos últimos anos se foi tornando cada vez mais um espaço de convergência para passeios, afazeres e entretenimento da população local e de uma crescente multidão oriunda de diversos países asiáticos, com acrescido poder de compra e maior disponibilidade para também usufruir dos prazeres do turismo e da descoberta de novos lugares, está subitamente despovoado: quase um milhão de visitantes (uns 5% do total de turistas esperados este ano) cancelaram as suas viagens após a notícia do terramoto, deixado a cidade outra vez entregue aos seus residentes e expondo com cristalina clareza a volatilidade – e eventualmente a limitada racionalidade – dos fluxos turísticos globais. Lembrei-me de Lisboa e do Algarve, onde tinha passado as últimas duas semanas. No Setembro algarvio ainda as praias e os espaços públicos tinham a sua lotação bastante preenchida por turistas mas já as estatísticas mostravam que tinham sido menos os visitantes este ano, com a relativa pacificação nos territórios do Sul do Mediterrâneo a revelar a vulnerabilidade das economias dependentes dos erráticos movimentos turísticos. Em Lisboa, pelo contrário, o centro da cidade parece ter-se tornado parque temático permanente para visitantes ocasionais e quase não se ouve falar português entre as multidões que passeiam pelas ruas da Baixa, aparentemente indiferentes ao facto de viajarem para ver e conviver com outros turistas, cada vez mais à margem de uma população local tendencialmente afastada para zonas periféricas da cidade. Não é como turista que faço esta viagem de regresso desde as terras de longos estios no sul da Europa para lugares de longos Invernos no norte do Japão, mas não deixo de observar como o turismo, a sua massificação ou as súbitas oscilações nos seus movimentos, transformam drasticamente a vida nas cidades contemporâneas, um pouco por todo o mundo, num processo que seguramente irá acelerar enquanto as economias do sul da Ásia continuarem a crescer e a fortalecer novas classes médias com o rendimento suficiente e a curiosidade necessária para participar nestes fluxos de descoberta de novos lugares. Este é, em todo o caso, assunto que me manterá entretido durante mais uns anos, no meu ofício quotidiano de investigador da economia turismo. E este regresso à Ásia é, também, um ponto de partida: para um contacto que espero regular e entretido com os leitores do Hoje Macau.
Sofia Margarida Mota Entrevista EventosPamela Chan, directora da Taipa Village Culture Association : “Um lugar romântico” A Taipa Village Culture Association é uma entidade dedicada à promoção da Taipa Velha como destino a conhecer, não só para turistas como para residentes. Nos próximos dias 22 e 23 de Setembro, a associação promove um festival dedicado ao Japão onde não vai faltar música, artesanato e costumes nipónicos [dropcap]A[/dropcap]A Taipa Village Cultural Association está a organizar um festival dedicado à cultura japonesa. Porquê? Tanto eu como o meu sócio somos fãs da cultura japonesa. Foi essa a principal razão que nos levou a organizar este evento. Trata-se de uma cultura muito rica. Não é a primeira vez que existe uma iniciativa do género. Em 2005, Macau chegou a ter um festival idêntico mas centrado essencialmente na música. Achámos que deveríamos trazer o Japão de volta. Este evento pretende oferecer mais do a música japonesa. Queremos integrar outros elementos que caracterizam aquele país. A Taipa está cheia, por exemplo, de ofertas gastronómicas relacionadas com a cozinha macaense e portuguesa, até porque Macau está muito ligado a estas duas culturas. Nós concordamos, mas achamos que é bom promover outras culturas também. O objectivo é ter lugar para uma verdadeira diversidade cultural e trazer novos elementos à vila da Taipa. Por outro lado, a cultura Japonesa também é muito popular por cá, tanto em Macau, como na região vizinha de Hong Kong e mesmo junto das pessoas do continente. Para este evento queremos trazer elementos ligados à música, à gastronomia, e mesmo à moda e ao artesanato. Também pensamos que está na altura de promover mais laços culturais entre o território e o Japão. Através da interacção com referências culturais japoneses podemos tentar a sua inserção dentro das culturas macaenses e portuguesas. O que mais gosta na cultura japonesa? Da comida, até porque há muitos restaurantes japoneses em Macau, o que facilita este contacto gastronómico. Que actividades destaca no cartaz do festival? Vai haver muita música e muita gastronomia, mas também workshops relacionados com artesano. Vamos ter artes marciais, costumes ligados aos rituais religiosos, vamos ter quimonos e ensinar as técnicas para os vestir. Vamos ensinar ainda várias técnicas tradicionais de produção de objectos decorativos e acessórios de moda. Vai haver também um workshop de caligrafia para o qual convidámos professores para ensinar a arte de escrever em japonês. FOTO: Sofia Mota Esta é uma forma de diversificar a oferta turística do território? Tentamos promover sempre a arte e a cultura. Este ano, por exemplo, é o ano da gastronomia e nós queremos não só promover eventos ligados a este tema dentro da nossa programação, mas tentamos ainda fazer actividades culturais paralelas que possam trazer mais pessoas à vila da Taipa. Fazemos eventos especiais tanto para os locais como para os turistas. Ao ter um conjunto de eventos a decorrer aqui na Taipa conseguimos atrair as pessoas cá, mas também conseguimos promover estadias de mais tempo aqui na Taipa. Não queremos que as pessoas venham à vila só para jantar e fazer compras. Queremos que elas possam ter mais opções e que fiquem por mais tempo. Temos, por exemplo, actividades de pintura facial e outro tipo de eventos mais orientados para a família e mesmo para as crianças. Com eles, além dos turistas também queremos proporcionar mais lazer à população local. Temos rotas gastronómicas que passam por vários restaurantes para dar a provar uma variedade maior de produtos. Como associação, o nosso foco está mais direcionado para actividades artísticas e culturais. Neste momento, estamos também com projectos em que queremos envolver os estudantes do ensino secundário. Porquê esta aposta nos mais novos? O objectivo é ensinar às futuras gerações mais sobre a história da Taipa e de Macau. Já estamos a trabalhar com uma escola sino-portuguesa para estudar melhor o mercado e ver se funciona, mas acreditamos que sim, que funciona. A ideia é ajudar os estudantes a conhecer e, ao mesmo tempo, inspirar para o conhecimento da Taipa através de actividades que promovam o divertimento, como concursos, etc. A ideia é também convidar a comunidade a disfrutar da nossa terra. A próxima geração é muito importante. Tentamos educar as nossas crianças acerca da particularidade de Macau com a sua mistura entre a cultura portuguesa e a chinesa. Isto é uma coisa que temos que transmitir e reforçar. Para si, o que tem a vila da Taipa de especial? É uma vila muito única e cheia de história. Está perto de tudo e temos bons acessos. É muito diversificada e tudo de uma forma muito concentrada. É também um bom lugar para todos, para famílias, para crianças, para jovens e para casais, porque é um lugar romântico.
Sérgio Fonseca DesportoTCR China | Couto em estreia no campeonato de carros de turismo [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]ndré Couto vai fazer a sua estreia no campeonato de carros de Turismo TCR China este fim-de-semana no circuito chinês de Ningbo, na província de Zhejiang. Segundo a Macau News Agency, o piloto português de Macau recebeu um convite de última hora para conduzir um dos dois novos Honda Civic Type-R FK8 TCR que a equipa de Macau MacPro Racing adquiriu à italiana JAS Motorsport durante o defeso. Os macaenses Eurico de Jesus e Miguel Kong tripularam os carros japoneses na ronda de abertura do campeonato, no Circuito de Zhuhai, tendo Jesus vencido uma das corridas. Apesar da vasta experiência em corridas de carros de Turismo, esta será a primeira vez que Couto irá tripular um carro da categoria TCR. Recorde-se que são estes mesmos carros que dão actualmente corpo à Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) e que em Novembro vão preencher a grelha de partida da Corrida da Guia. Os fins-de-semana do TCR China são compostos por três corridas, as duas primeiras, em formato sprint a disputar no sábado, e a corrida final, de 60 minutos, que acontece na tarde de domingo.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Excursionistas diminuíram 3,3 por cento em Julho [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]número de turistas que chega a Macau em excursões diminuiu 3,3 por cento em Julho, quando comparado com os dados relativos ao mesmo mês do ano passado, revelaram ontem os Serviços de Estatística e Censos (DSEC). No entanto, em termos mensais, os excursionistas aumentaram 14 por cento, o que pode ser atribuído às férias de Verão. O número de excursionistas da China desceram em termos anuais, 7,5 por cento, enquanto os de Taiwan subiram 59,4 por cento. Até Julho, vieram a Macau 5 milhões de turistas em excursões, mais 10,7 por cento em comparação com igual período do ano passado.