Hoje Macau SociedadePonte HKZM | Túnel subaquático vai facilitar acesso a Shenzen [dropcap]O[/dropcap] director-executivo da administração da Ponte de Hong Kong-Zhuhai-Macau, Wei Dong Qing, disse esperar que o Governo de Hong Kong consiga inaugurar, até final do próximo ano, o novo túnel subaquático entre a zona de Tuen Mun, em Hong Kong, e a de Chek Lap Kok, do outro lado da fronteira. Dessa forma, as pessoas podem ter acesso directo à baia de Shenzen, o que vai permitir que os visitantes de Shenzen possam entrar em Zhuhai e Macau por essa via, escreveu o Jornal do Cidadão na sua edição de ontem. No relatório de Desenvolvimento da Grande Baía (2018-2019) divulgado pela Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau, é revelado que o número de carros registados em Hong Kong, Macau e Zhuhai é de 1,4 milhões, sendo que na parte ocidental do Delta do Rio das Pérolas há uma maior capacidade para facilitar o acesso de veículos de Hong Kong ao continente. Apesar da província de Guangdong ter aceite a proposta, o Governo de Hong Kong rejeitou-a devido ao facto da ligação entre Tuen Mun e Chek Lap Kok ainda não estar pronta, algo que poderia causar um excesso de tráfego na zona de Lantau. Portanto, a construção do novo túnel subaquático entre Tuen Mun e Chek Lap Kok pode melhorar os acessos viários, pelo que Hong Kong pode reconsiderar a proposta.
Hoje Macau SociedadePonte HKZM | Túnel subaquático vai facilitar acesso a Shenzen [dropcap]O[/dropcap] director-executivo da administração da Ponte de Hong Kong-Zhuhai-Macau, Wei Dong Qing, disse esperar que o Governo de Hong Kong consiga inaugurar, até final do próximo ano, o novo túnel subaquático entre a zona de Tuen Mun, em Hong Kong, e a de Chek Lap Kok, do outro lado da fronteira. Dessa forma, as pessoas podem ter acesso directo à baia de Shenzen, o que vai permitir que os visitantes de Shenzen possam entrar em Zhuhai e Macau por essa via, escreveu o Jornal do Cidadão na sua edição de ontem. No relatório de Desenvolvimento da Grande Baía (2018-2019) divulgado pela Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau, é revelado que o número de carros registados em Hong Kong, Macau e Zhuhai é de 1,4 milhões, sendo que na parte ocidental do Delta do Rio das Pérolas há uma maior capacidade para facilitar o acesso de veículos de Hong Kong ao continente. Apesar da província de Guangdong ter aceite a proposta, o Governo de Hong Kong rejeitou-a devido ao facto da ligação entre Tuen Mun e Chek Lap Kok ainda não estar pronta, algo que poderia causar um excesso de tráfego na zona de Lantau. Portanto, a construção do novo túnel subaquático entre Tuen Mun e Chek Lap Kok pode melhorar os acessos viários, pelo que Hong Kong pode reconsiderar a proposta.
Hoje Macau ReportagemNo ‘hub’ tecnológico da China também se produzem os artistas do futuro João Pimenta, jornalista da agência Lusa [dropcap]S[/dropcap]entados em frente ao portátil nos escritórios da Star Master Entertainment, funcionários produzem, das 09:00 às 17:00, letras sobre o amor, enquanto, no piso abaixo, divididos em cubículos, jovens chineses treinam coreografia, técnicas vocais ou etiqueta. “Nós concebemos bandas”, resume à agência Lusa Nikki, administradora da Star Master, uma das maiores promotoras chinesas de artistas pop e dona de centenas de espaços nocturnos no país. “Eles vêm de diferentes escolas de música e nós construímos a sua imagem”, descreve. “É como criar um produto”, acrescenta. Milhares de potenciais ídolos acorrem semanalmente aos testes e exames na academia da Star Master, ilustrando o ‘boom’ da indústria pop na China, apesar do controlo ideológico exercido pelo regime chinês, que submete os artistas aos “valores socialistas”. A academia fica em Shenzhen, uma das mais prósperas cidades chinesas, usada como laboratório à abertura do país à economia de mercado, nos anos 1980. Situada na fronteira com Hong Kong, Shenzhen tornou-se um ‘hub’ global para fabrico de instrumentos electrónicos e sede das principais firmas tecnológicas do país, como o grupo de telecomunicações Huawei, a fabricante automóvel BYD ou o gigante da Internet Tencent. Apenas 1.200 candidatos são aceites a cada seis meses – o tempo de duração do programa. “A boa aparência é uma condição básica”, revela Nikky. Os jovens, alguns adolescentes, moram em regime de internato, e treinam e estudam até doze horas por dia, incluindo canto, dança, relações públicas, etiqueta, maquilhagem ou desporto. “Os artistas têm uma dieta e rotina de exercício físico rigorosa: nós é que definimos a alimentação”, descreve a administradora. O peso é verificado “diariamente” e sair com amigos “não é autorizado”. “Se eles querem ser artistas, têm que estar dispostos a sacrificar tudo”, aponta. Regras do jogo A promotora não cobra propinas, mas fica com um valor gerado pelas futuras performances dos artistas nos mais de 600 espaços de entretenimento que gere em toda a China, incluindo restaurantes, bares, discotecas ou clubes da karaoke. A febre pelo pop na China advém da vizinha Coreia do Sul, onde a multibilionária indústria K-pop criou já alguns sucessos mundiais, como as bandas BTS (Bangtan Boys) e Black Pink ou o artista PSY. A indústria é ainda impulsionada por concursos televisivos de talentos como Super Girl ou Voice of China, no qual Nikky participou, e que permitem criar estrelas pop da noite para o dia, alimentando o sonho de milhões de jovens chineses. A Star Master tem alunos a participar em concursos por toda a China. “Alguns deles tornam-se famosos, outros desaparecem”, conta Nikky. Os fãs podem ser adolescentes (“uma geração louca”), mas também mães, nascidas nos anos 1970 ou 1980. “Existe o clube Fãs Mães. Elas não apreciam tanto a música, mas mais a imagem: a boa aparência dos artistas”, revela. À semelhança de outros agentes culturais, e apesar de privada, a Star Master Entertainment ostenta nos seus escritórios painéis com as directrizes do Partido Comunista Chinês, lembrando que, na China, a criatividade cultural deve obedecer aos “valores socialistas”. Tatuagens, por exemplo, são proibidas, seguindo uma ordem do Governo chinês, no ano passado, que abrange todas as figuras públicas do país, incluindo músicos, actores ou futebolistas. Mas Nikky desdramatiza: “Não é como há vinte anos. As gerações mais novas não sentem tanta pressão ideológica”. Mas admite que por vezes as letras têm que ser alteradas, excluindo conteúdo perceptível de ser “contra o comunismo ou a sociedade no geral”. É um “acordo tácito”, diz. “Desde que não vás contra o Governo, o Governo não vai contra ti”, sintetiza.
Hoje Macau EventosArquitectura | Governo aceita propostas para bienal de urbanismo em Shenzen [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC), em colaboração com a Associação dos Arquitectos de Macau e o Instituto de Planeamento Urbano de Macau, está a aceitar projectos a fim de serem seleccionados para a presença no Pavilhão de Macau na “8.ª Bienal Bi-citadina de Urbanismo/ Arquitectura de Shenzhen e Hong Kong (Shenzhen) 2019”. De acordo com um comunicado oficial, as propostas podem ser entregues até ao dia 6 de Setembro, podendo ser apresentadas de forma individual ou em grupo. O objectivo, de acordo com o IC, é “reforçar a cooperação entre Macau e Shenzhen, promover o intercâmbio cultural entre Macau e o mundo exterior e dar a conhecer melhor aos residentes de Macau as tendências culturais no âmbito do urbanismo e da arquitectura, a nível nacional e internacional”. Dedicada ao tema “Interacções Urbanas”, a bienal deste ano terá lugar em Dezembro de 2019 na Estação Ferroviária de Alta Velocidade de Futian (Shenzhen) e em demais locais de exposição nas proximidades. A ideia é partilhar com um público mais abrangente o crescente processo de interligação global e integração regional, incluindo os fenómenos de ligação e integração na Região da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. A bienal é organizada em Shenzen, desde 2005, e é a única a nível mundial dedicada exclusivamente à temática da cidade, contando já com sete edições, no âmbito das quais foram expostas mais de 1.155 obras provenientes de todo o mundo e organizados mais de 900 eventos e fóruns, atraindo assim mais de 1,65 milhões de visitantes.
Hoje Macau SociedadeGrande Baía | Shenzhen procura atrair talentos de Macau e Hong Kong As autoridades de Shenzhen anunciaram um pacote de medidas que visam atrair os jovens talentos de Macau e Hong Kong. Entre os incentivos contam-se baixas rendas, subsídios, apoios nos custos dos transportes e recompensas em dinheiro vivo [dropcap]N[/dropcap]o total, são 36 as medidas avançadas pelas autoridades da zona económica especial de Qianhai, em Shenzhen, para atrair jovens empreendedores de Macau e Hong Kong, com idades entre os 18 e os 45 anos, segundo uma notícia publicada no South China Morning Post. As autoridades de Shenzhen vão atribuir subsídios, recompensas em dinheiro vivo que ascendem a vários milhões de yuan, alojamentos de rendas baixas e apoios nos transportes. As medidas destinam-se a servir de chamariz para os jovens que queiram sediar o seu negócio nos 15 quilómetros quadrados da zona de comércio livre de Qianhai, na costa oeste de Shenzhen. “Os incentivos foram pensados para criar um clima favorável para que os jovens de Macau e Hong Kong se integrem no desenvolvimento nacional”, lê-se num comunicado emitido pelas autoridades de Qianhai. A iniciativa surge semanas depois da divulgação do alívio fiscal que saiu da segunda reunião de planeamento do grupo de desenvolvimento do projecto da Grande Baía. Os baixos impostos têm a mesma intenção de encorajar os jovens das regiões administrativas especiais a desenvolver inovação na região. Mundos e fundos De acordo com o comunicado emitido pela Autoridade de Qianhai, será criado um fundo com cerca de 58.2 milhões de HKD destinados às start-ups das regiões administrativas especiais. Empresas criadas por jovens de Macau e Hong Kong em Qianhai podem ser recompensadas até 2 milhões de yuan se forem aceites nas bolsas de valores de Xangai, Shenzhen, Hong Kong, Tóquio e Nova Iorque. Os incentivos também se vão estender a profissionais oriundos das regiões administrativas especiais, assim como aos empregadores de Qianhai que os contratarem, com a atribuição de apoios entre os 20 mil e os 50 mil yuan, dependendo do grau académico do empregado. Num outro patamar, o South China Morning Post dá conta do plano de construção de apartamentos pensados para profissionais de Hong Kong, e a possibilidade de arrendar apartamentos de renda baixa com contratos de três anos. Finalmente, serão prestados apoios ao nível dos transportes, como a agilização na passagem da fronteira, criação de autocarros shuttle e apoios monetários. De acordo com o South China Morning Post, as autoridades de Shenzhen vão divulgar, num futuro próximo, mais detalhes concretos.
Hoje Macau China / ÁsiaZhuhai quer construir ponte marítima para Shenzhen [dropcap]A[/dropcap] Zona Económica Especial de Zhuhai quer construir uma ponte marítima de ligação a Shenzhen para reduzir o tempo de viagem a 30 minutos, noticiou ontem o jornal South China Morning Post. Além de encurtar a viagem entre as duas zonas económicas especiais chinesas, das actuais duas horas para 30 minutos, a ponte teria também uma linha ferroviária de alta velocidade, indicou o diário em língua inglesa de Hong Kong. A ambição de Zhuhai foi divulgada no mês passado pelo líder do município, Yao Yisheng, no final da sessão anual da legislatura da província de Guangdong e antes do início do período de férias do ano novo chinês. Yao indicou que espera começar, em breve, o planeamento da infraestrutura, uma travessia de 46,5 quilómetros sobre o estuário do rio das Pérolas até Qianhai, um centro financeiro em desenvolvimento na costa ocidental de Shenzhen. Idealmente, as viagens entre Zhuhai, a 155 quilómetros de distância de Shenzhen, seriam feitas por comboio de alta velocidade, capaz de atingir pelo menos 200 quilómetros por hora, disseram Yao e o chefe do Partido Comunista de Zhuhai, Guo Yonghang. Yao considerou ainda que ligar Shenzhen, Zhuhai e Zhongshan por comboio de alta velocidade iria dar um novo impulso às zonas económicas costeiras nas margens do estuário do rio das Pérolas. A nova infra-estrutura ficará entre, a norte, uma ponte ainda em construção para ligar Shenzhen e Zhongshan e, a sul, a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau (HZMB), inaugurada em Outubro. De acordo com o South China Morning Post, Guo afirmou que a proposta de uma ponte entre Zhuhai e Shenzhen já existia há muito. “Inicialmente, a ideia era construir uma ponte só para veículos. Mas agora, devido aos apelos do Governo central para uma integração mais rápida do delta do rio das Pérolas, é necessária uma ligação ferroviária de alta velocidade”, sublinhou. Alguns peritos na China e em Hong Kong afirmaram recear que a possível nova ligação desvie tráfego da HZMB, cuja utilização, restrita a veículos autorizados, está por enquanto aquém das expectativas dos responsáveis. A HZMB, considerada a maior travessia marítima do mundo com 55 quilómetros de comprimento, que custou centenas de milhões de dólares e demorou quatro anos a ser construída, ainda não atingiu o volume diário de tráfego de 14 mil veículos, projectado pelo Governo da antiga colónia britânica.
Diana do Mar PolíticaFirmados três protocolos de cooperação com Shenzhen Macau e Shenzhen assinaram ontem três protocolos, abrindo o âmbito da cooperação ao domínio jurídico, ao emprego para jovens e ao ramo das indústrias culturais e criativas [dropcap]A[/dropcap] área jurídica figura como um dos três novos domínios em que Macau e Shenzhen vão cooperar. O acordo, firmado ontem após uma reunião conjunta, tem como objectivo “incentivar a colaboração entre operadores de Direito das duas regiões em matéria legislativa, arbitragem e resolução de litígios”. Já o segundo memorando prevê o reforço dos laços com vista ao desenvolvimento de indústrias culturais de “alta qualidade”, enquanto o terceiro traduz uma aposta na juventude, consagrando oportunidades de intercâmbio, estágio e emprego para jovens de Macau em empresas de renome de Shenzhen. Este último surge, aliás, em articulação com a Grande Baía, visando, entre outros, elevar a competitividade regional. Em causa o projecto de integração económica que aspira transformar Macau, Hong Kong e nove cidades da província de Guangdong (incluindo Shenzhen), numa metrópole de nível mundial. O acordo-quadro para o desenvolvimento da estratégia da Grande Baía foi firmado em 1 de Julho de 2017, em Hong Kong, num acto testemunhado pelo Presidente da China, Xi Jinping, mas desde então pouco foi materializado, estando a faltar as políticas concretas, cujo anúncio, por parte de Pequim, se espera que tenha lugar em breve. Ano de efemérides Os três acordos firmados na reunião conjunta – que juntou dezenas de dirigentes de ambas as partes – cobrem “novas áreas”, sublinhou o secretário para a Economia e Finanças, no final do encontro, dando particular relevo ao facto de serem celebrados num ano “bastante importante”, tanto por causa da Grande Baía, dado que devem ser anunciadas as políticas em concreto, como por efemérides de peso. Lionel Leong recordou que, em 2019, não só se assinalam os 70 anos da implementação da República Popular da China, como também os 40 anos da criação de Shenzhen e os 20 anos de vida da RAEM. “Agora, estamos numa nova era e à luz do projecto de construção da Grande Baía temos de abrir mais âmbitos de cooperação, pelo que estes três protocolos são bastante importantes para estreitar laços”, apontou, por seu turno, o presidente do município de Shenzhen, Chen Rugui.
Hoje Macau DesportoBielorrussa Aryna Sabalenka conquista torneio de ténis de Shenzhen [dropcap]A[/dropcap] jovem tenista bielorrussa Aryna Sabalenka, de 20 anos, conquistou ontem o terceiro torneio WTA da sua carreira, ao bater na final de Shenzhen, na China, a norte-americana Alison Riske. Sabalenka, 13.ª jogadora mundial e primeira cabeça de série, superiorizou-se a Riske, 62.ª, em três ‘sets’, pelos parciais de 4-6, 7-6 (7-2) e 6-3, em duas horas e 11 minutos. As duas jogadoras também disputaram ontem as meias-finais, com Sabalenka a superar a anfitriã Wang Yafan, 70.ª da tabela WTA, por 6-2 e 6-1 e Riske a beneficiar do abandono da russa Vera Zvonareva, 109.ª, quando vencia por 6-0 e 1-0.
Sofia Margarida Mota PolíticaPereira Coutinho quer mais fiscalização na rota entre Macau e Shenzhen [dropcap style≠’circle’]J[/dropcap]osé Pereira Coutinho pede ao Executivo medidas que garantam o bom funcionamento do transporte marítimo que liga Macau a Shenzhen. O deputado justifica o pedido com as queixas crescentes que tem recebido no seu gabinete relativas ao mau funcionamento deste transporte, incluindo maus tratos e negligência da tripulação perante os passageiros. De acordo com a interpelação escrita que assina, há passageiros que se sentem tratados “como se estivessem num mercado municipal”. Para Pereira Coutinho o mau serviço prestado pelas operadoras pode ser observado logo “pelo incumprimento dos lugares previamente marcados nos bilhetes de barco”, sem que a tripulação tome medidas “sem atender às queixas dos passageiros cujos lugares foram indevidamente ocupados”. O mesmo tipo de incumprimento abarca a questão da diferenciação de classes, que resulta “numa correria desenfreada às portas da saída da embarcação”, aponta. As queixas denunciam ainda falhas na gestão da bagagem, essencialmente as de grande dimensão, que não são armazenadas nos devidos lugares e por isso, refere Coutinho, representam uma ameaça à segurança dos próprios passageiros. Confirmação in loco Perante a situação, o gabinete do deputado já tentou averiguar a veracidade dos factos junto do pessoal que trabalha na ponte cais do Porto Exterior. Os funcionários confirmaram que este tipo de acontecimentos que já persiste há vários anos “sem que as autoridades públicas portuárias tenham qualquer intervenção para acabar com a má gestão e melhorar a segurança dos barcos”, lê-se no documento assinado pelo deputado. Para Pereira Coutinho, trata-se não só de um problema para os passageiros como uma mancha no objectivo do Executivo em promover Macau como um Centro de Turismo e Lazer. Assim sendo, o deputado quer saber se o Governo pretende aumentar a fiscalização nesta rota de modo a garantir um melhor serviço, assim como averiguar se está a ser aplicado algum tipo de penalização às empresas privadas a quem foi concessionado o serviço de transporte marítimo entre Macau e Shenzhen.
João Luz EventosConcerto | Force Defender trazem o heavy metal de Shenzhen ao palco do LMA Amanhã o LMA oferece uma noite de rock pesado aos aficionados do heavy metal e hard-core com o concerto dos Force Defender. A banda de Shenzhen faz parte de um movimento, relativamente recente, de grupos com sonoridades pesadas na cidade a norte de Hong Kong [dropcap style≠’circle’]Q[/dropcap]uando se procura no Google “Heavy metal in Shenzhen” os resultados dão conta de acidentes por contaminação tungsténio e cobalto, resultado do crescimento rápido da cidade. Mas há mais do que contaminação ambiental a corroer a metrópole com cerca de 12 milhões de habitantes. O heavy metal e o hard-core acrescentam dissidência ao panorama cultural da cidade imediatamente a norte de Hong Kong, para além do típico e delico-doce cantopop. Os Force Defender, uma das bandas de destaque no movimento alternativo pesado de Shenzhen, apresentam-se amanhã no palco do LMA para uma noite de rock pesado a partir das 21h. O metal tem sido uma presença constante na subcultura dos últimos 50 anos do Ocidente. Porém, na China este tipo de música chegou tarde. “A cena heavy começou a estabelecer-se a sério em Shenzhen por volta do ano 2003, com bandas excelentes como os YiJiao e Zhaliewanou que tocavam frequentemente na cidade”, conta Cynric W, o vocalista dos Force Defender. O cantor recorda que esse momento de explosão foi bastante importante para o desenvolvimento dos movimentos musicais independentes na cidade. “No entanto, a cultura de bandas atravessou uma fase de declínio por volta de 2010, com a comercialização dos espaços e cada vez menos espectáculos ao vivo”, contextualiza. Situação que viria a alterar-se de novo por volta de 2013 com o influxo de concertos de bandas internacionais a apresentar a sua música ao vivo em Shenzhen. “Recomeçaram a surgir novas bandas locais de heavy metal e hard-core”, explica o vocalista dos Force Defender. Vozes fortes Apesar de terem surgido numa altura em que o panorama da música independente estava moribundo, os Force Defender persistiram e mantém-se no activo desde a sua data de formação em 2011. No ano em que começaram a tocar, o género musical em Shenzhen vivia um período negro, no mau sentido, mas a banda “defendeu a força da música” com toda a garra. “Começámos por ser amigos, já nos conhecíamos uns aos outros há bastante tempo, pensámos que tínhamos algum talento musical e vontade de fazer algo especial”, revela Cynric W acerca do momento em que a banda começou a dar os primeiros passos. Hoje em dia são uma referência num panorama em efervescência em Shenzhen em termos de metal e hard-core, apesar “da cena ser recente e de precisar de boa comunicação e mais público”. Os Force Defender vão apresentar o seu disco de estreia “1118” em Macau no LMA. O título do álbum “é a data em que saiu, marca o dia de fim de uma Era e o início de um novo começo”, descodifica o baterista, Cyrus Chi Man Tse. A sonoridade da banda é influenciada por aquilo que os membros ouvem em casa, como por exemplo Lionheart, Chimaira ,Dream Theater, Terror, Bullet For My Valentine e Madball. As letras dos Force Defender não têm meias palavras, são fortes como os riffs de guitarra e a bateria pulsante. Em “USHL” o vocalista conta que nasceu numa família revolucionária que jamais será derrotada, que lutou na segunda grande guerra mundial e que marchou com o exército vermelho. O refrão é um grito onde Cynric W repete que é assim que o seu sangue flui, “unstoppable hardcore lineage”, sem hipóteses além de lutar sozinho. Este tipo de mensagens fortes não se encontra apenas nas letras das músicas, mas também no seu site bandcamp, onde dizem lutar contra a “porcaria” que os rodeia. Cynric W descodifica essa mensagem ao explicar que os Force Defender lutar contra “a disputa, o confronto e o egoísmo da vida em Shenzhen”. Apesar do carácter interventivo das letras, característico do rock mais pesado, a banda não teme represálias. “Tentamos constantemente levar positividade ao público, encorajar as pessoas a superarem-se, a darem a volta aos problemas que enfrentam e a acreditarem nelas mesmas, em vez de seguirem a via dos abusos e queixumes”, conta o vocalista. Mesmo com a atitude de desafio à conformidade, Cynric W revela que “até ao momento não tiveram qualquer tipo de problema” com os poderes instituídos. Amanhã sobem ao palco do LMA para continuar a defesa daquilo em que acreditam.
Hoje Macau EventosShenzhen | À procura de propostas para Bienal de Urbanismo [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]té ao dia 2 do próximo mês, o Instituto Cultural (IC) está a receber propostas para a Bienal Bi-citadina de Urbanismo/ Arquitectura de Shenzhen e Hong Kong, que se realiza na cidade chinesa. O IC é o responsável pelo pavilhão da RAEM no evento, em colaboração com a Associação de Arquitectos e o Instituto de Planeamento Urbano de Macau. Este ano, a Bienal Bi-citadina escolheu como tema “Cidades, Crescer na Diferença”. Organizada de dois em dois anos, é a única bienal ao nível mundial dedicada exclusivamente à temática permanente da cidade, refere o IC. Conta já com seis edições, onde foram expostas mais de 930 obras provenientes de todo o mundo, organizados mais de 510 eventos e fóruns, atraindo assim mais de 1,1 milhões de visitantes. Com a participação no certame, o IC espera reforçar a cooperação entre Macau e Shenzhen e promover o intercâmbio cultural, de modo a aumentar o conhecimento dos residentes de Macau sobre as tendências culturais no âmbito do urbanismo e da arquitectura da China e do estrangeiro. Além disso, pretende-se despertar o interesse pela arquitectura, planeamento urbanístico, arte e design. A recolha de propostas tem como objectivo seleccionar talentos locais e os seus trabalhos, “garantindo assim que a qualidade das obras do pavilhão e o projecto possam decorrer de forma aberta e justa, sendo encorajado o público a participar activamente”, acrescenta o Instituto Cultural.
Hoje Macau PolíticaNovas áreas de cooperação entre Macau e Shenzhen [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Governos de Macau e Shenzen assinaram novos memorandos de cooperação nas áreas do empreendedorismo juvenil, leitura e turismo. Segundo um comunicado oficial, pretende-se, no âmbito do “Acordo-Quadro da Cooperação Estratégica na Promoção Conjunta do Empreendedorismo e Incubação para os Jovens de Qianhai em Shenzhen e Macau”, “promover o desenvolvimento da cooperação de inovação de empreendedorismo dos jovens de Macau, Qinhai e Shenzen”. Para atingir esse objectivo, pretende-se “reforçar o mecanismo de trocas de informações periódicas e criar um ambiente de empreendedorismo, com mais incentivos para os jovens”. Ao nível da leitura, foi assinado um memorando com vista à “cooperação da generalização da leitura” entre o Instituto Cultural (IC) e a Administração para a Cultura, Desporto e Turismo do Município de Shenzhen. O IC colaborou ainda na assinatura de um memorando de entendimento na área do turismo, para que tanto Macau como Shenzen sejam “destinos turísticos regionais de produtos de marca de impacto a nível internacional”. Os acordos foram assinados no âmbito da visita de uma delegação do Governo do Município de Shenzen para a realização da Reunião de Cooperação Macau-Shenzen. No seu discurso, divulgado através de um comunicado oficial, Chui Sai On, Chefe do Executivo, lembrou que os últimos anos de cooperação com a cidade chinesa têm corrido bem. “De acordo com o consenso alcançado na última reunião, ao longo do ano trabalhámos de forma pragmática nos domínios da economia, finanças, cultura e qualidade de vida da população, envidando todos os esforços na concretização dos benefícios mútuos, tendo as relações de cooperação entre Macau e Shenzhen conhecido novos progressos.” O Chefe do Executivo aproveitou ainda para destacar a estabilidade financeira do território. “Ao longo deste ano, o Governo da RAEM e os diversos sectores sociais trabalharam activamente para responder ao ajustamento profundo da economia, e esta continua saudável e ordenada. As finanças públicas mantêm-se estáveis e saudáveis, a taxa de desemprego regista um nível relativamente baixo, e a sociedade continua pacífica e tranquila. Recentemente, as receitas do sector do jogo e dos outros sectores não associados ao jogo, e até mesmo o PIB, têm registado uma tendência de estabilidade, o que reforça a nossa confiança para enfrentar desafios.” Chui Sai On falou também da “nova conjuntura e novos desafios” de Shenzen. Para o Chefe do Executivo, a cidade chinesa “tem vindo a promover a reforma, procurando o seu desenvolvimento, elevar a qualidade e melhorar a rentabilidade. Perante um contexto de austeridade, em que a recuperação da economia mundial continua lenta e a economia do país apresenta uma pressão descendente, Shenzhen tem vindo a envidar todos os esforços para promover o crescimento económico”, concluiu.
Hoje Macau China / ÁsiaShenzhen | Novo incidente na central nuclear de Ling Ao Já tinham acontecido dois este ano. Um em Janeiro, o outro no mês passado. Da central dizem que foi insignificante. De Hong Kong, o organismo que supervisiona a central, dizem não existir razão para alarme. Todavia, um especialista avisa que o risco das centrais nucleares é a complacência, o que pode ter acontecido neste caso que acontece mesmo aqui ao lado [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] central nuclear de Ling Ao, mesmo junto a Hong Kong e Macau, na cidade vizinha de Shenzhen, registou o terceiro acidente operacional este ano. O evento foi classificado de grau 0, mas um especialista diz que o facto de nada ter acontecido foi pura sorte. A informação divulgada ontem pelo South China Morning Post adianta que o incidente ficou a dever-se a um sistema de alarme defeituoso, segundo informação divulgada pelos responsáveis da unidade. Na terça-feira, o pessoal de serviço da Central Ling Ao descobriu que o alarme do sistema de refrigeração a água falhou pois, após ter sido desactivado, não voltou a ser ligado. A ocorrência deu-se na Unidade 1 da Fase II da instalação nuclear. Ao relatarem o incidente conforme preconizado nos regulamentos, os Serviços de Segurança da central garantem que o alarme foi restaurado imediatamente e que o facto não afectou nem os trabalhadores, nem qualquer equipamento. Os níveis de radiação na fábrica durante o período em que ao alarme esteve desligado também foram considerados normais, segundo a mesma informação. “Investigações posteriores revelaram que o alarme foi desactivado numa operação de rotina e depois não voltou a ser ligado” segundo um porta-voz da central. O incidente foi classificado “abaixo da escala”, ou nível 0, querendo isto dizer que não interferiu com a operação em segurança da unidade, a saúde dos trabalhadores ou populações e ambiente vizinhos. Todavia, este ano já tinham ocorrido dois incidentes do mesmo nível em Ling Ao. O primeiro ocorreu em Janeiro e ficou a dever-se ao encerramento inesperado de uma conduta de ar, o segundo, acontecido apenas o mês passado, resultou de uma acumulação fora do vulgar largas quantidades de camarão tipo krill numa conduta de entrada de água. Ho Chung-tai, presidente da Comité Consultivo de Segurança Nuclear de Hong Kong, entidade que monitora esta e a central de Daya Bay, onde Hong Kong se abastece, disse não existirem razões para alarme pois o incidente não afectou as operações. Mas o engenheiro Albert Lai Kwong-tak da Professional Commons disse que o facto de nada sério ter acontecido foi pura sorte. “E se não tivessem descoberto? A segurança nuclear não pode ser baseada na sorte.” Lai afirmou ainda que o maior risco para as centrais nucleares é a complacência. “Muitos operadores acham que como tudo tem sido seguro até agora, vai ser seguro para sempre. Por isso baixam a guarda”, avisou. Entretanto, grupos ambientalistas como o Greenpeace expressaram a sua preocupação sobre a segurança das centrais próximas de Hong Kong e de Macau, alertando para os desastres de Chernobyl e de Fukushima. Em resposta a uma questão colocada na quarta-feira pelo deputado Kenneth Leung na sessão do conselho, o chefe da segurança de Hong Kong, Lai Tung-kwok disse que existem canais de comunicação e de cooperação regulares entre as autoridades de Hong Kong e de Guangdong para “trocas e revisões periódicas de acontecimentos como a monitorização das centrais nucleares e notificação das medidas tomadas”.