João Santos Filipe Manchete SociedadeDeutsche Bank | Sands China com a maior fatia das receitas O banco de investimento fez uma revisão em alta das estimativas anuais das receitas brutas de jogo, depois dos dados de Agosto, com um aumento de 3 mil milhões de patacas Em Julho, a concessionária Sands China dominou o mercado do jogo com uma fatia de 22,5 por cento do total das receitas, que no total atingiram 18,6 mil milhões de patacas. Os dados fazem parte das previsões mais recentes do banco de investimento Deutsche Bank sobre a principal indústria do território. A concessionária norte-americana manteve a liderança do mercado no primeiro mês do terceiro trimestre, depois de ao longo do segundo trimestre ter alcançado uma quota de mercado de 23,6 por cento. No entanto, entre Julho e o segundo trimestre a operadora apresentou uma ligeira perda. No pólo oposto, a Galaxy fez crescer em Julho a sua quota de mercado. A proprietária do hotel e casino com o mesmo nome tinha registado uma fatia do mercado de 19,2 por cento, no segundo trimestre. Todavia, Julho apresentou uma recuperação para os 19,5 por cento. No lugar mais baixo do pódio está a MGM, embora também tenha visto a fatia de mercado ficar mais reduzida. Após ter conseguido uma quota de mercado de 16,3 por cento no segundo trimestre, em Julho não foi além dos 15,5 por cento. A segunda metade da tabela das receitas de jogo em Julho teve na liderança a concessionária Melco, ligada ao empresário Lawrence Ho, que alcançou uma fatia de mercado de 14,5 por cento. No entanto, em comparação com o segundo trimestre a quota do mercado registou uma quebra de 0,4 pontos percentuais. Segundo a Deutsche Bank, a Wynn e SJM obtiveram a proporção do mercado mais reduzida em Julho, ambas com uma fatia de 14 por cento. Apesar do último lugar, tanto a Wynn como a SJM têm motivos para ficar mais satisfeitas, dado que a proporção das receitas registou um crescimento em comparação com o segundo trimestre. No caso da Wynn, o crescimento foi de 0,8 pontos percentuais, enquanto na concessionária local o crescimento foi de 1,2 pontos percentuais. Estimativas de 18 mil milhões O relatório do Deutsche Bank foi emitido após ter sido divulgado o valor das receitas brutas de jogo de Agosto, que atingiram 19,8 mil milhões de patacas, de acordo com os dados os oficiais. Em relação a Setembro, o documento assinado pelo analista Carlo Santarelli prevê que as receitas devem rondar os 18,0 mil milhões de patacas, um nível de 18,8 por cento abaixo dos valores de Setembro de 2019, antes da pandemia. Com mais dados disponíveis, o banco de investimento também fez uma revisão em alta das receitas para todo o ano de 2024. Segundo os dados do Deutsche Bank, as receitas brutas anuais deverão atingir 230,1 mil milhões de patacas, um aumento de 3 mil milhões de patacas face às estimativas de Julho, que rondavam 227,4 mil milhões de patacas.
João Santos Filipe Manchete SociedadeSheraton | Hotel vai ser substituído pela marca Londoner Grand O novo hotel no The Londoner deverá começar a operar a partir de Dezembro e vai ter 1.500 suites. No próximo ano, o presidente da Las Vegas Sands acredita que as receitas brutas do jogo vão ficar acima dos 241,4 mil milhões de patacas Até ao final do ano, a marca Londoner Grand vai substituir a Sheraton no empreendimento turístico The Londoner, no Cotai. A revelação foi feita ontem por Robert Goldstein, presidente Las Vegas Sands, empresa-mãe da concessionária que controla os casinos-hotéis Sands, The Londoner, The Venetian e The Parisian. Na apresentação dos resultados do segundo trimestre da Las Vegas Sands foi revelado que o futuro hotel Londoner Grand deverá começar a operar em Dezembro e vai disponibilizar 2.405 quartos. Esta é uma redução face ao número de quartos oferecidos pelo Sheraton, que se cifrava em 3.968 unidades. No entanto, o Londoner Grand vai ter 1.500 suites, o que significa um aumento face às 360 suites disponibilizadas antes das obras. Robert Goldstein deixou igualmente um voto de confiança ao mercado do jogo de Macau. Numa fase em que as receitas brutas têm vindo a crescer gradualmente, – desde o início do ano até Junho aumentaram 41,9 por cento – o presidente das Las Vegas Sands previu que no final de 2025 as receitas vão ultrapassar a barreira dos 30 mil milhões de dólares americanos” o que significa 241,4 mil milhões de patacas. “Acredito que as receitas brutas do jogo vão ultrapassar os 30 mil milhões de dólares americanos no próximo ano, e continuar a crescer ano-após-ano”, afirmou Robert Goldstein. Melhor que há um ano Em relação às operações de Macau, contabilizadas na empresa Sands China, os números mostram uma melhoria face ao segundo trimestre do ano passado. No que diz respeito ao total das receitas líquidas da Sands China, o valor cifrou-se em 1,75 mil milhões de dólares americanos (14,1 mil milhões de patacas), o que representa um aumento de oito por cento face ao período homólogo. Ao mesmo tempo, o lucro líquido da Sands China entre Abril e Junho deste ano fixou-se nos 246 milhões de dólares americanos (1,98 mil milhões de patacas), o que representou um aumento face aos 187 milhões de dólares americanos (1,50 mil milhões de patacas) do período homólogo. Também os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização ajustados por empreendimento mostram uma melhoria de três por cento face ao ano passado. No entanto, neste capítulo, em relação ao primeiro trimestre houve uma redução de três por cento do valor. Na apresentação dos resultados da Las Vegas Sands foi explicado que o desempenho da concessionária foi afectado pelas obras que decorre no empreendimento The Londoner, e que se espera que tal seja ultrapassado com o início do novo ano.
Hoje Macau SociedadeCaritas Macau | Sands China doa três mil cabazes alimentares A operadora de jogo Sands China vai apoiar a Caritas Macau com a doação de três mil cabazes alimentares no âmbito da acção anual “Sands Cares Global Food Kit Build”, que serão entregues à instituição liderada por Paul Pun nos próximos meses de Julho e Agosto. Segundo um comunicado da operadora, a iniciativa pretende colmatar cenários de insegurança alimentar, apoiando “residentes idosos, portadores de deficiência, famílias pobres, beneficiários do Banco Alimentar e outros em Macau”. Reuniram-se 21 toneladas de alimentos, sendo que cada cabaz terá 18 itens, incluindo alimentos básicos como óleo, arroz, massa, enlatados ou biscoitos. Mais de 280 voluntários participaram nesta iniciativa, que decorreu recentemente no Venetian. A Sands China estabeleceu com a Caritas Macau uma parceria em 2022 para apoiar comunidades locais em risco de pobreza, sendo este o terceiro ano consecutivo de ajudas. Citado pelo mesmo comunicado, Paul Pun declarou que “os cabazes alimentares doados irão ajudar a satisfazer as necessidades básicas de grupos desfavorecidos e aliviar as suas dificuldades financeiras”. Além de apoiar a Caritas Macau, a Sands China doou também mais de 1.700 quilos de alimentos, nomeadamente sobras de pão, para o projecto comunitário “Macau ECOnscious”, que criou, em 2022, um frigorífico comunitário onde os mais necessitados podem ir buscar comida gratuita cujo prazo de validade está próximo do fim, promovendo-se, assim, o reaproveitamento alimentar.
Hoje Macau SociedadeSands China inicia ano com lucro de 297 milhões de dólares A Sands China começou 2024 com lucros, ao registar um resultado líquido de 297 milhões de dólares, anunciou ontem a operadora de casinos em Macau. Os lucros no primeiro trimestre representam uma melhoria face ao prejuízo de 10 milhões de dólares que a Sands China registou no mesmo período do ano passado, de acordo com um comunicado enviado à bolsa de valores de Hong Kong. Apesar do mau início, a empresa controlada pela norte-americana Las Vegas Sands (LVS) terminou 2023 com lucros de 696 milhões de dólares, pondo fim a três anos de prejuízos sem precedentes. A última vez que a Sands China tinha apresentado lucros num início de ano tinha sido em 2019, antes do início da pandemia da covid-19, quando registou um resultado líquido de 557 milhões de dólares. As receitas dos cinco casinos da operadora subiram 42 por cento comparativamente ao primeiro trimestre de 2023, atingindo 1,8 mil milhões de dólares. A indústria do jogo em Macau registou receitas de 53,3 mil milhões de patacas entre Janeiro e Março, um aumento de quase dois terços em comparação com o mesmo período do ano passado. Com as receitas a subir, a Sands China registou lucros operacionais de 610 milhões de dólares no primeiro trimestre deste ano, uma subida de 53,3 por cento em termos anuais. Arena pronta em Novembro O presidente da empresa-mãe, Robert Goldstein, sublinhou que a operadora de Macau teve “resultados sólidos (…) apesar do impacto dos programas contínuos de investimento de capital”, de acordo com um comunicado emitido pela empresa. A Sands China está a construir a segunda fase da propriedade The Londoner Macao e o chefe de operações da LVS, Patrick Dumont, disse, na mesma nota, que a renovação da Cotai Arena, encerrada desde Janeiro, deverá estar concluída em Novembro. Goldstein disse estar “extremamente confiante no crescimento futuro do mercado de Macau”, prevendo que as receitas anuais do jogo possam atingir 40 mil milhões de dólares nos próximos anos.
Hoje Macau SociedadeCriado programa de empreendedores para a Rua das Estalagens Foi anunciado na segunda-feira um programa de captação de empreendedores no âmbito do projecto de revitalização da Rua das Estalagens, desenvolvido pelo Instituto Cultural (IC) em parceria com a Sands China e a Associação Comercial de Macau. Os empresários candidatos devem submeter um plano de negócio com um capital social não inferior a 300 mil patacas, sendo que as melhores ideias serão depois escolhidas por um júri. A Sands China dará um apoio de 50 por cento, até um máximo de um milhão de patacas, aos projectos vencedores. A ideia do programa é, segundo um comunicado da operadora de jogo, “incentivar os empresários a criar empresas que revitalizem a economia de bairro”, bem como “melhorar a oferta em termos de turismo cultural na cidade e trazer vitalidade aos bairros antigos”. A iniciativa nasce de um programa criado pela Sands China em 2017 destinado ao apoio e formação às pequenas e médias empresas, o “F.I.T.”, tendo sido criado posteriormente o Centro de Incubação da Sands Resorts que dá apoio a “empresas locais inovadoras com potencial de desenvolvimento”. A presidente do IC, Deland Leong Wai Man, referiu na segunda-feira que o programa “incentiva as empresas locais a darem largas à sua criatividade e a criarem projectos culturais e turísticos inovadores, estimulando assim a economia local”. Sessões de apoio As candidaturas de empreendedores devem ser feitas até ao dia 31 de Maio, sendo que será organizada uma sessão de informação sobre empreendedorismo e negócios no dia 17 de Abril, onde o programa para a Rua das Estalagens será apresentado detalhadamente aos potenciais interessados. Será organizado também o “Dia Aberto na Rua das Estalagens” nos dias 20 e 21 deste mês para que os interessados possam conhecer a rua e as lojas disponíveis para arrendar. No dia 6 de Maio a Sands China promove ainda dois cursos gratuitos sobre “A Composição de um Plano de Negócios” e “Ferramentas de Apresentação [de um plano de negócios]”.
João Santos Filipe Manchete SociedadeSands China | Receitas líquidas de 696 milhões de dólares em 2023 Com os resultados positivos, a empresa anunciou também que Grant Chum vai substituir Rob Goldstein como director-executivo da Sands China. Porém, o norte-americano vai manter-se como presidente do conselho administrativo Ao longo do ano passado, a Sands China gerou uma receita líquida de 696 milhões de dólares americanos, de acordo com um comunicado enviado à Bolsa de Hong Kong, na noite de quarta-feira. Os ganhos apresentados pela concessionária que gere os casinos The Venetian, The Parisian ou The Londoner, contrastam com as receitas líquidas negativas de 1,58 mil milhões de dólares americanos em 2022, último ano em que vigorou em Macau a política de zero casos de covid-19, adoptada à semelhança do Interior. Em relação ao último trimestre do ano passado, as receitas líquidas da empresa foram de 288 milhões de dólares americanos, em comparação com as perdas de 348 milhões americanos do último trimestre de 2022. Face aos resultados obtidos, Rob Goldstein apontou que reflectem a recuperação da indústria do jogo. “Estamos extremamente satisfeitos com os resultados financeiros e operacionais do semestre, que reflectem as melhorias do ambiente operacional em Macau e Singapura”, afirmou o presidente do conselho administrativo, em comunicado. “Em Macau, durante o trimestre, continuou a sentir-se a recuperação de todos os segmentos. O nosso compromisso de décadas de fazer investimentos que melhoram a atractividade comercial e turística de Macau e apoiam o seu desenvolvimento como um centro mundial de turismo e lazer, posiciona-nos para aproveitar a recuperação do sector de viagens e turismo”, acrescentou. Trocas na gestão Também na quarta-feira à noite, a Sands China anunciou que Grant Chum Kwan Lock vai passar a ser o novo director-executivo. Grant Chum é promovido à posição de director executivo (CEO em inglês), assim como a presidente da Comissão Executiva, depois de exercer as funções de director das operações da Sands China desde Fevereiro de 2020. Além disso, integrou várias comissões de direcção da empresa, à qual se juntou em 2013. Antes disso, conta com uma passagem de 14 anos pelo banco de investimento UBS, na representação de Hong Kong. Grant vai substituir no cargo Rob Goldstein, que se mantém presidente do Conselho de Administração da Sands China. O norte-americano é igualmente presidente do Conselho de Administração e director-executivo da Las Vegas Sands, empresa que controla a Sands China. As alterações na liderança da concessionária não se ficam por aqui, Wilfred Wong, que nos últimos anos assumiu a posição de presidente da Comissão Executiva é promovido a vice-presidente do Conselho Administrativo.
Andreia Sofia Silva SociedadeSands China | Aumentos salariais a partir de Março A Sands China anunciou ontem que vai aumentar os salários de 99 por cento dos 26 mil funcionários da operadora de jogo a partir do dia 1 de Março, sendo que os trabalhadores a tempo inteiro com salários até um limite máximo de 13 mil patacas passam a ganhar mais 600 patacas, o que representa um aumento salarial de 4,7 a 5,4 por cento. Por sua vez, quem ganha mais de 13 mil patacas terá um aumento salarial de 2,5 por cento. Além disso, a empresa irá pagar um bónus a todos os trabalhadores que não pertencem às equipas de gestão e que estão na empresa há um ano ou mais. Este bónus corresponde a um mês de salário e será pago pelo “reconhecimento das suas contribuições em 2023”. Para os trabalhadores com funções de gestão, o bónus será pago no âmbito do Plano de Incentivos à Gestão da Sands China. Por sua vez, todos os funcionários que trabalharam na empresa durante menos de um ano vão também ser contemplados com um bónus caso tenham sido contratados antes do dia 1 de Outubro e estiverem ainda desempregados à data do pagamento do bónus. Citado pelo mesmo comunicado, Wilfred Wong, presidente da Sands China, destacou o trabalho dos funcionários no período da pandemia. “No coração da nossa empresa está uma equipa notável. Quando o turismo de Macau retomou após a pandemia, foi o seu esforço concertado que fez com que a nossa empresa voltasse a funcionar em pleno.”
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeSands China | Las Vegas reforça participação na operadora A Las Vegas Sands, empresa norte-americana detentora de 70 por cento das acções da Sands China, pretende aumentar a participação na operadora de jogo em 1,19 por cento, foi ontem anunciado. Para a consultora JP Morgan Securities, este negócio é sinal de estabilização do investimento no sector depois da pandemia A Sands China, uma das seis operadoras de jogo a operar no território, anunciou ontem que a empresa-mãe, a norte-americana Las Vegas Sands (LVS), pretende aumentar a sua participação no capital social da operadora em 1,19 por cento, sendo que a LVS já detém 70 por cento da Sands China. Segundo um comunicado revelado esta terça-feira, e citado pelo portal GGRAsia, o aumento de capital será feito através da Venetian Venture Development Intermediate II, uma subsidiária indirecta detida a 100 por cento pela LVS e que é o accionista controlador imediato da Sands China. Assim, a Venetian Venture Development irá pagar até 1,95 mil milhões de dólares de Hong Kong, cerca de 250 milhões de dólares americanos, para adquirir mais acções da Sands China, uma transacção que foi firmada com uma instituição financeira esta terça-feira. O preço por acção foi firmado em 20,20 dólares de Hong Kong, sendo que o montante adquirido pela Venetian Venture Development equivale a cerca de 96.600.247 acções. Trata-se de números que “representam aproximadamente 1,19 por cento do total de acções emitidas”, descreve a Sands China no mesmo comunicado. Bons ventos A consultora JP Morgan Securities para a região da Ásia Pacífico já reagiu a esta transacção, que considera positiva para o mercado local de jogo e para a estabilização do investimento depois dos anos difíceis da pandemia. “Consideramos este acontecimento como significativamente positivo para a Sands China (e marginalmente positivo para as suas congéneres em geral), uma vez que a notícia assinala uma forte confiança e compromisso por parte da administração, algo que é necessário para estabilizar o sentimento de investimento (frustrantemente) pessimista dos últimos tempos”, escreveu o analista DS Kim. A JP Morgan considera também que a escala do investimento feito “não é negligenciável” face ao “float” da empresa, ou seja, ao número de acções que a Sands China colocou no mercado para investimento, uma vez que “o montante [de investimento] planeado, de cerca de 250 milhões de dólares [americanos], equivale [em média] a 6,5 dias de valor comercial da Sands China”. De frisar que, em meados de Outubro, aquando da apresentação dos resultados do terceiro trimestre deste ano, a LVS anunciou a recompra de acções no valor de dois mil milhões de dólares. Patrick Dumont, presidente e director de operações do grupo, disse na altura que a empresa iria privilegiar a recompra de acções ao invés da distribuição de dividendos, como forma de devolver valor aos accionistas. No final de Novembro a LVS anunciou que tencionava recomprar até 250 milhões de dólares das suas acções, que seriam vendidas pela maior accionista do grupo, Miriam Adelson, viúva do magnata Sheldon Adelson, antigo CEO da Sands China, falecido em 2021.
Hoje Macau Manchete SociedadeJogo | Sands China com lucros de 231 milhões de dólares A empresa que explora os casinos The Venetian e The Parisian obteve um lucro de 231 milhões de dólares entre Julho e Setembro. O presidente da Las Vegas Sands, Robert Goldstein, mostrou-se confiante no potencial do crescimento dos lucros A operadora de casinos Sands China anunciou ontem um lucro de 231 milhões de dólares no terceiro trimestre deste ano. Em igual período do ano passado, a Sands China tinha registado um prejuízo líquido de 472 milhões de dólares, de acordo com um comunicado enviado à bolsa de valores de Hong Kong. As receitas líquidas totais da Sands China aumentaram para 1,78 mil milhões de dólares entre Julho e Setembro, em comparação com 251 milhões de dólares no mesmo período do ano passado. O EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) ajustado da Sands China foi de 631 milhões de dólares contra uma perda de 152 milhões de dólares no terceiro trimestre de 2022, indica o mesmo comunicado dos resultados da Las Vegas Sands, que detém controla a Sands China. O presidente e director executivo da Las Vegas Sands, Robert Goldstein, destacou “a recuperação dos segmentos de jogo e não jogo” durante o trimestre e “a oportunidade de continuar” a investir para “melhorar a atracção turística de Macau para os viajantes de toda a região, incluindo estrangeiros” que visitam o território. Em comunicado, Robert Goldstein destacou também que “o compromisso de décadas” da concessionária em “investimentos que melhoram a atracção turística de Macau” e de apoio ao “desenvolvimento de Macau como um centro mundial de comércio de turismo” colocam a Sands numa posição “robusta” para atingir “um crescimento forte, com a recuperação das viagens e do turismo”. Maré baixa em Setembro Em Setembro, as receitas do jogo em Macau caíram 13,2 por cento. Em comparação com Agosto, com os casinos a arrecadarem 14,9 mil milhões de patacas. Com o fim das restrições sanitárias impostas durante a pandemia da covid-19, Macau recebeu 17,6 milhões de visitantes nos primeiros oito meses do ano, quatro vezes mais do que no mesmo período do ano passado, mas ainda dois terços do valor registado entre Janeiro e agosto de 2019. A indústria do jogo, a principal fonte de receita via impostos do Governo do território, representava mais de metade do produto interno bruto (PIB) de Macau em 2019 e dava trabalho a quase 68 mil pessoas no final de 2022, ou seja, a quase 20 por cento da população empregada. Macau é o único local na China onde o jogo em casino é legal. Operam no território seis concessionárias (Sands, MGM, Wynn, Melco, Galaxy e SJM), cujo contrato de concessão para os próximos dez anos entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2023.
João Luz Manchete SociedadeSands China | Lucros de 1,37 mil milhões no primeiro semestre A operadora de jogo Sands China, com cinco casinos em Macau, anunciou um lucro de 1,37 mil milhões de dólares de Hong Kong (HKD) no primeiro semestre. Um resultado que contrasta com o prejuízo de 5,96 mil milhões de HKD registado na primeira metade de 2022. A empresa indicou ainda na sexta-feira que as receitas líquidas totais do grupo atingiram 22,69 mil milhões de HKD na primeira metade deste ano, montante que representa um aumento de 216,4 por cento comparado com os 7,18 mil milhões de HKD registados no primeiro semestre de 2022. No relatório que apresentou os resultados da concessionária à Bolsa de Valores de Hong Kong, não é referida distribuição de dividendos a accionistas. A Sands China indicou também que as propriedades do grupo registaram nos primeiros seis meses de 2023 lucros ajustados antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês) de 7,36 mil milhões de HKD, reforçando a tendência de crescimento face às perdas ajustadas de EBITDA de 942 milhões de HKD na primeira metade de 2022. “Desde 2020 até ao início de 2023, as nossas operações sofreram o impacto negativo da redução do turismo e da implementação de restrições de viagens devido à pandemia da covid-19. O Governo de Macau eliminou estas restrições entre o fim de Dezembro do ano passado e Janeiro de 2023 e, desde então, o número de visitantes que chegam aos nossos resorts integrados e as nossas operações melhoraram”, refere o comunicado do grupo. No cômputo geral dos vários casinos operados pela Sands China no território, o The Venetian facturou as receitas líquidas mais elevadas, com 969 milhões de dólares norte-americanos, quase quadruplicando os resultados da primeira metade do ano passado. O The Londoner e The Parisian ocuparam os dois restantes lugares no pódio das receitas líquidas com 479 milhões de dólares e 311 milhões, respectivamente. Teoria da evolução O grupo liderado por Robert Goldstein destaca ainda dados do Governo da RAEM que apontam para o crescimento de 141 por cento no primeiro semestre do ano do número de turistas vindos do Interior da China face ao ano anterior. O registo da primeira metade do ano em termos do volume de turistas chineses representou, ainda assim, uma descida de 47,3 por cento face ao primeiro semestre de 2019. A evolução das receitas brutas dos casinos do território seguiu uma trajectória similar à da entrada de visitantes, com o aumento de 205,1 por cento face à primeira metade do ano passado, mas uma descida de 46,4 por cento em relação ao mesmo período de 2019. Importa referir que os impostos sobre o jogo continuam a constituir a principal fonte de receita do Governo representando mais de metade do Produto Interno Bruto (PIB) do território em 2019, com a indústria a dar trabalho a quase 68 mil pessoas no final de 2022, ou seja, a quase 20 por cento da população empregada.
Hoje Macau EventosBienal Arte Macau | Four Seasons acolhe exposição de três artistas locais “Além as Formas: Estética da Arte Contemporânea” é o nome da exposição do trio de artistas Lei Ieng Wei, Leong Chi Mou e Lai Sio Kit, que integra o cartaz da Bienal Internacional de Arte de Macau. A mostra pode ser vista até Outubro na Sands Gallery É mais uma iniciativa cultural integrada no extenso cartaz da edição deste ano da Arte Macau – Bienal Internacional de Arte de Macau. Inaugurada esta quarta-feira, a exposição “Além das Formas: Estética da Arte Contemporânea” é o nome da mostra com obras do trio de artistas Lei Ieng Wai, Leong Chi Mou e Lai Sio Kit. Esta iniciativa pode ser visitada até ao dia 15 de Outubro na Sands Gallery, no sexto piso do Grand Suites do empreendimento Four Seasons. Com curadoria de Kitman Leong, esta exposição conta com a co-organização da Sociedade de Artistas de Macau e coordenação artística da Associação de Arte Juvenil de Macau. Trata-se de uma mostra que pretende ser “uma plataforma para a promoção do intercâmbio e cooperação entre talentos locais e internacionais”, sendo que os três artistas “revelam o seu próprio entendimento sobre vários temas em torno do desenvolvimento económico de Macau”, nomeadamente no que diz respeito aos dados, valores e crenças, tendo em conta que o tema central da Bienal deste ano é “A Estatística da Fortuna”. Com os trabalhos artísticos em exposição, os três artistas “mostram as memórias da sua terra natal, os sentimentos que possuem pelo país e ainda a paixão pela arte através de técnicas artísticas únicas”, revelando, ao mesmo tempo, uma ligação profunda ao “património cultural de Macau”. Lok Hei, presidente da Sociedade de Artistas de Macau, afirmou que a aposta foi feita na reunião de artistas locais, “especialmente jovens, com o objectivo de promover o seu desenvolvimento, inspirando assim mais pessoas na cidade a envolverem-se em actividades espirituais que enriquecerão as suas vidas”. Esta mostra pretende ainda, segundo o responsável, “chamar a atenção para a importância das ideias por detrás das obras de arte, ao mesmo tempo que promove o crescimento dos artistas emergentes locais”. Citada por um comunicado divulgado pela Sands, Lai Sio Kit declarou que tanto ele como os restantes artistas tiveram “total liberdade criativa na produção das obras”. “Tanto quanto sei, nas últimas duas edições da Arte Macau, foram apresentadas, sobretudo, obras de artistas estrangeiros. Por isso, estamos entusiasmados com o apoio dado aos artistas locais na edição deste ano”, apontou. Formas e visões No caso dos trabalhos de Lei Ieng Wai, o tema central é a “Luz”, demonstrando-se “espectros virtuais em telas repletas de cores e frequências deslumbrantes”. Já Lai Sio Kit resolveu contar “histórias de uma cidade através de azulejos gastos”, tendo recorrido à temática do “Tempo”. Leong Chi Mou, por sua vez, “visualizou a forma como as pessoas conferem um valor real à moeda em circulação” através da série “Projecto Alquimista”. Lei Ieng Wai formou-se na Academia de Belas Artes de Guangzhou com um mestrado e licenciatura, possuindo uma especialização em pintura a óleo. As suas obras já estiveram expostas, além de Macau, na China, Hong Kong, Taiwan, Singapura, Malásia, Austrália, Estados Unidos, França e Portugal. As suas muitas exposições individuais incluem “Steal Into”, “Emptiness”, “Dimensional Sequence” e “Time Spectrum”. Actualmente, é vice-presidente da Associação de Arte Juvenil de Macau. Por sua vez, Leong Chi Mou é artista a tempo inteiro e fundador do Estúdio Chi-Mou. Licenciado em pintura a óleo pela Universidade Politécnica de Macau, Leong começou desde a infância a aprender técnicas de pintura chinesa, sem qualquer orientação. Mais tarde, partiu para a exploração de diferentes técnicas da pintura ocidental e oriental. Actualmente, é também membro da Sociedade de Artistas de Macau e da Associação de Arte Juvenil de Macau. Lai Sio Kit tem também formação superior em pintura a óleo pela Academia Central de Belas Artes de Pequim, tendo já exposto em países e regiões como a China, Hong Kong, Macau, Taiwan, Singapura, Portugal e Estados Unidos. Realizou mais de 17 exposições individuais, incluindo “Splashing Brilliance”, “Eternity in an Hour” e “The Secret Garden”.
Hoje Macau Manchete SociedadeSands China | Lucro de 187 milhões no segundo trimestre A concessionária dos hotéis e casinos Venetian, Parisian e Londoner voltou a registar lucros, acompanhando a recuperação do turismo. O presidente e director executivo da Las Vegas Sands, Robert Goldstein, fala de uma recuperação nos sectores do jogo e não jogo A operadora de jogo em Macau Sands China anunciou um lucro de 187 milhões de dólares americanos no segundo trimestre. Os resultados foram apresentados ontem, através de um comunicado. Em igual período de 2022, a operadora registara um prejuízo de 422 milhões de dólares. O EBIDTA (lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) ajustado foi de 541 milhões de dólares no segundo trimestre do ano. A empresa tinha registado perdas de 110 milhões de dólares no EBIDTA ajustado entre Abril e Junho de 2022, de acordo com um comunicado divulgado ontem pela bolsa de valores de Hong Kong. O presidente e director executivo da Las Vegas Sands, Robert Goldstein, destacou “a recuperação em curso em todos os segmentos de jogo e não jogo” durante o trimestre, no território, salientando que a “solidez financeira” do grupo “apoia os programas de investimento e despesas de capital em curso” em Macau e em Singapura. No primeiro trimestre deste ano, a Sands China tinha anunciado um prejuízo de 10 milhões de dólares, menos 97 por cento do que no período homólogo, embora as receitas tenham mais do que duplicado em comparação com os primeiros três meses de 2022, atingindo 1,27 mil milhões de dólares. Recuperação global Macau recebeu 11,6 milhões de visitantes, no primeiro semestre do ano. O número representa mais 236,1 por cento face ao mesmo mês do ano passado, mas ainda assim quase metade em relação ao primeiro semestre de 2019, de acordo com dados oficiais. Em Junho, as receitas do jogo em Macau atingiram 15,21 mil milhões de patacas, no segundo valor mais alto do ano, e mais 513,9 por cento em relação ao mesmo mês de 2022. Ainda assim, aquele valor foi menor do que o alcançado em Junho de 2019, antes da pandemia da covid-19: 23,8 mil milhões de patacas. Macau, que à semelhança da China seguiu a política ‘zero covid’, anunciou em meados de Dezembro o cancelamento gradual da maioria das medidas de prevenção e contenção, depois de quase três anos de rigorosas restrições. A região administrativa especial chinesa reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo turistas, a 8 de Janeiro.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCotai | Sands China quer construir mais um hotel A concessionária Sands China pretende construir mais um hotel, no âmbito dos planos de expansão do Centro de Exposições no Hotel Venetian, no Cotai. A intenção foi revelada pelo presidente da Sands China, Wilfred Wong, em declarações citadas pelo jornal Ou Mun. De acordo com o responsável, o plano de expansão do centro de convenções está numa fase de “concepção preliminar”, mas inclui espaço adicional para um hotel com cerca de 18 mil metros quadrados. A intenção de oferecer mais quartos de hotel no Cotai é vista como um complemento ao aumento da capacidade para a organização de mais reuniões e conferências. Apesar de revelar a intenção da concessionária, Wilfred Wong não quis adiantar mais pormenores, porque os planos finais vão estar sempre dependentes da aprovação do Governo. Actualmente, a Sands China tem cerca de 12 mil quartos de hotel disponíveis em Macau, em diferentes empreendimentos, como o Venetian, Parisian ou Londoner. Com o novo contrato de concessão, a empresa com raízes norte-americanas comprometeu-se a investir cerca de 30 mil milhões de patacas no território até 2032, dos quais 27,8 milhões de patacas em investimentos em elementos não ligados ao jogo. Casa de Vidro no Jardim Além de revelar a intenção de construção de um novo hotel, o presidente da Sands China levantou o véu sobre os planos para o jardim situado ao lado do hotel Londoner. Segundo os planos apresentados, a Sands China vai instalar uma casa de vidro no jardim, que também se encontra em fase de concepção preliminar, como parte dos investimentos planeados até 2032. Ainda relação ao Londoner, Wong anunciou que a taxa de ocupação hoteleira tem rondado os 90 por cento desde o “relaxamento” das restrições de circulação, a 8 de Janeiro. Por outro lado, o responsável destacou como elementos positivos o Ano Novo Lunar e os Feriados do Dia do Trabalhador, quando todos os quartos foram ocupados. Sobre o perfil dos clientes, foi indicado que a maioria tem entre 30 e 50 anos, vêm do leste da China, da província de Cantão e de Hong Kong. No futuro, Wilfred Wong indicou que vai reforçar a promoção nos mercados estrangeiros, dando os exemplos dos países do sudeste asiático, Japão, Coreia do Sul e Índia.
Hoje Macau SociedadeDeutsche Bank | Sands lidera mercado de jogo De acordo com as estimativas do Deutsche Bank, a concessionária Sands China lidera o mercado do jogo em Macau, com uma quota de mercado de 25,8 por cento. A estimativa tem por base dados disponibilizados até ao final de Fevereiro, e foi revelada ontem. De acordo com a mesma fonte, a Galaxy encontra-se no segundo lugar, a nível das receitas do jogo, com uma quota de mercado de 19 por cento, seguida pela MGM, que chegou aos 16,3 por cento. Wynn Macau, com 14,2 por cento, Melco, 13,1 por cento, e SJM, 11,6 por cento, ocupam os últimos lugares da “tabela”, de acordo com as estimativas do banco de investimento.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Sands China com perdas de 10 milhões de dólares até Março A concessionária responsável pelo casino The Venetian conseguiu reduzir o prejuízo em 97 por cento, em comparação com o período homólogo, e Rob Goldstein afirma que “o negócio está de volta” “Há uma recuperação poderosa a acontecer em Macau nos segmentos de jogo e não-jogo”. Foi desta forma que o presidente da Las Vegas Sands (empresa proprietária da concessionária Sands China), Rob Goldstein, descreveu a situação do mercado do jogo do território, após a empresa ter apresentado perdas de 10 milhões de dólares. Apesar do resultado negativo, o tom na apresentação foi de optimismo, uma vez que a empresa conseguiu reduzir as perdas em 97 por cento, face ao primeiro trimestre do ano passado. Num comunicado enviado à bolsa de valores de Hong Kong, a Sands China revelou ainda que as receitas mais que duplicaram em comparação com os primeiros três meses de 2022, atingindo 1,27 mil milhões de dólares. “Em Macau, no seguimento do levantamento das restrições de viagem, houve um aumento do número de visitantes que cresceu ao longo do trimestre, assim como o volume das receitas do jogo, das vendas a retalho e da ocupação hoteleira”, indicou o presidente da Las Vegas Sands. “Por outras palavras, o negócio está de volta e a Sands China está numa posição única para aproveitar as oportunidades”, acrescentou. Faltam quartos e transportes Apesar do tom optimista, o responsável reconheceu várias limitações operacionais. “Macau ainda está numa fase muito precoce no que diz respeito ao regresso ao ambiente normal de negócios”, concedeu Rob Goldstein. As limitações foram explicadas por Grant Chum, director das operações da Sands China. “O regresso dos turistas está a progredir muito bem, mas é preciso não esquecer que ainda estamos a lidar com um par de aspectos dolorosos que […] são o número de quartos de hotéis disponíveis e a questão dos transportes”, afirmou Chum. A empresa admitiu ter cerca de 36 por cento dos quartos indisponíveis no primeiro trimestre, quando apenas contava com 7.700 unidades. No segundo trimestre a oferta deverá subir para 10.700 quartos e no terceiro para cerca de 12.000. Em relação aos transportes, Grant Chum explicou que faltam ligações aéreas para o território, o que dificulta a recuperação dos resultados do grupo. Sobre a Cotai Water Jet, empresa de ferries do grupo que faz com ligação entre Hong Kong e Macau, apontou que apenas está a operar a 20 por cento da capacidade pré-pandémica. Sands China em alta Após terem sido revelados os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2023, as acções da Sands China valorizaram quatro por cento, para os 29,9 dólares de Hong Kong, na bolsa de valores do território vizinho. O desempenho das acções da concessionária valorizaram acima da média do índice Hang Seng, que registou um crescimento de 0,14 por cento. O valor das acções aproximou-se assim do mais elevado desde o início do ano, que foi de 30,55 dólares de Hong Kong.
Hoje Macau SociedadeSands | Receitas caem mais de 50% em 2022 A operadora de jogo Sands China registou, no ano passado, perdas de 12,6 mil milhões de patacas, tendo as receitas caído 52,3 por cento. Os dados constam no mais recente relatório da empresa enviado à bolsa de valores de Hong Kong e noticiado pela TDM Rádio Macau. Por sua vez, as receitas líquidas da Sands caíram 44,2 por cento para 12,5 mil milhões de patacas, números que se explicam pela queda do número de turistas potenciada pelas restrições relacionadas com a pandemia. O relatório cita ainda as palavras de Robert Goldstein, presidente e CEO da Sands China, que diz ter confiança no desempenho do mercado nos próximos meses e “um optimismo inabalável no futuro”. Em relação ao novo contrato de concessão, a Sands China afirma ter um plano de investimento superior a 30 mil milhões de patacas para o território até 2032, sendo que mais de 27 mil milhões de patacas vão ser canalizados para a área não jogo, ou seja, de lazer e entretenimento, tal como a realização de eventos, um projecto com iates e turismo marítimo e a abertura de mais restaurantes internacionais.
Hoje Macau Manchete SociedadeSands China | Anunciadas perdas de 12,68 mil milhões de patacas Apesar de ter voltado a acumular prejuízos, o director executivo da Sands China, Robert G. Goldstein, mostrou-se confiante no futuro e aponta que o Ano Novo Lunar, e o fim da política de zero casos de covid-19, trouxeram à indústria novos motivos para sorrir A concessionária Sands China anunciou ontem um prejuízo de 12,68 mil milhões de patacas (1,58 mil milhões de dólares americanos) durante o ano passado, mais 56,4 por cento do que em 2021. Num comunicado enviado à bolsa de valores de Hong Kong, a Sands China revelou igualmente ter registado um prejuízo de 2,79 mil milhões de patacas no último trimestre de 2022. O resultado é melhor do que o registado no trimestre anterior (3,79 mil milhões de patacas), mas pior do que no mesmo período de 2021 (1,97 mil milhões de patacas). As receitas também caíram significativamente no último trimestre de 2022, com a Sands China a arrecadar 3,52 mil milhões de patacas, menos 31,7 por cento do que no mesmo período de 2021. No comunicado, o director executivo da Sands China, Robert G. Goldstein, admitiu que “as restrições às viagens e a descida dos visitantes continuaram a afectar” o desempenho da operadora. No último trimestre, Macau recebeu quase 900 mil visitantes, menos 50,8 por cento em relação ao mesmo período de 2021, devido às restrições fronteiriças e à vaga de casos de covid-19 que atingiu a China continental, de onde chega a esmagadora maioria dos visitantes. Sempre a perder Desde o início da pandemia, as operadoras têm acumulado prejuízos sem precedentes em Macau, que seguiu até meados de Dezembro a política chinesa de ‘zero covid’, com a imposição de quarentenas, confinamentos e testagem massiva. Ainda assim, Goldstein disse no comunicado de ontem que a Sands China “continua confiante numa recuperação robusta dos gastos em viagens e turismo” e considera Macau “um mercado ideal para investimento adicional”. A Venetian Macau, uma subsidiária da Sands, anunciou a 17 de Dezembro que irá gastar 30,2 mil milhões de patacas, incluindo 27,8 mil milhões em investimentos em elementos não jogo. Esta aposta foi uma das exigências das autoridades de Macau para a renovação por 10 anos das licenças das seis concessionárias a operar no território, que entraram em vigor a 1 de Janeiro. Cenário mais positivo Com o fim da política de “covid zero”, o volume de visitantes atingiu 90.391 visitantes na terça-feira, um novo recorde diário desde o início de 2020, mas ainda assim quase menos metade do que no período equivalente antes da pandemia. “As primeiras indicações são todas positivas, pois observamos uma melhoria significativa nas visitas às nossas propriedades, volume de apostas, vendas a retalho e ocupação hoteleira”, disse Goldstein. A taxa de ocupação hoteleira, durante os feriados do Ano Novo Lunar, entre 22 e 25 de Janeiro, “atingiu 100 por cento”, segundo responsáveis das seis operadoras, citados num comunicado divulgado na quarta-feira pelo Governo. Numa sessão de perguntas e respostas com investidores, Goldstein revelou que a Sands China tem registado lucros no período do Ano Novo Lunar, após três anos consecutivos de prejuízos.
Hoje Macau Manchete SociedadeJogo | Sands China com prejuízo de 3,82 mil milhões de patacas A operadora Sands China registou perdas de 3,82 mil milhões de patacas no terceiro trimestre deste ano. Os números reflectem o impacto do surto que começou em Junho e que só foi controlado depois do confinamento da população A operadora de jogo Sands China anunciou ontem um prejuízo de 3,82 mil milhões de patacas no terceiro trimestre deste ano. O resultado é ainda pior do que o registado no trimestre anterior (3,42 mil milhões de patacas) e do que foi contabilizado no mesmo período do ano passado (3,43 milhões de patacas). Segundo os números apresentados ontem, as receitas também caíram significativamente neste último trimestre, com a Sands China a apresentar 2,03 mil milhões de patacas em receitas, quando no mesmo período de 2021 estas tinham atingido 4,95 mil milhões de patacas. Desde 2020 que se verificou uma queda abrupta de visitantes em Macau, que segue a política de casos zero, com a imposição de quarentenas, confinamentos e testagem massiva à covid-19, com óbvio impacto sobre a indústria do jogo. No entanto, a situação no terceiro trimestre foi fortemente afectada pelo surto iniciado em 18 de Junho, com o Governo de Ho Iat Seng a declarar um confinamento quase total, em que nem era possível passear cães na rua para satisfação de necessidades fisiológicas. Simultaneamente, as autoridades de Zhuhai não perderam tempo em impor quarentena obrigatória para quem chegasse da RAEM, o que reduziu drasticamente o número de turistas. Jogo a encolher Os resultados da Sands China acabam por não ser uma surpresa, uma vez que durante o terceiro trimestre do jogo as receitas brutas do jogo caíram para o valor mais baixo desde o terceiro trimestre de 2020, quando as receitas tinham sido 4,89 mil milhões de patacas. Entre Julho e Setembro, os casinos tiveram receitas de 5,55 mil milhões de patacas, o valor mais baixo desde o início do ano. No primeiro e segundo trimestres as receitas tinham sido de 17,78 mil milhões de patacas e 8,50 mil milhões de patacas, respectivamente. Em Setembro, as autoridades de Macau anunciaram que a China voltaria a permitir, até Novembro, excursões organizadas e a emissão de vistos electrónicos para visitas a Macau. As seis empresas estão na corrida ao concurso público para a atribuição de seis licenças de exploração de jogos em casino em Macau, com um prazo máximo de dez anos, cujos vencedores devem começam a operar em Janeiro.
Pedro Arede Manchete SociedadeSands com prejuízo de 422 milhões de dólares no segundo trimestre A Sands China anunciou um prejuízo de 422 milhões de dólares no segundo trimestre do ano, mais do dobro das perdas registadas no mesmo período do ano passado. O presidente do grupo considera que a saída da maioria dos promotores de jogo de Macau vai permitir “recuperar espaço de jogo” que pode ser usado para explorar novas vertentes premium do jogo de massas A operadora de jogo Sands China anunciou, na quarta-feira, um prejuízo de 422 milhões de dólares americanos (cerca de 3.41 mil milhões de patacas) no segundo trimestre do ano, ou seja, mais do dobro das perdas registadas no mesmo período de 2021. Segundo dados consultados pela agência Lusa, no primeiro trimestre do ano passado, a Sands China contabilizou um prejuízo de 166 milhões de dólares, mas o cenário também é negativo quando comparado com o trimestre anterior deste ano, altura em que a operadora registou perdas de 336 milhões de dólares. Além disso, o desempenho da Sands China nos primeiros três meses de 2022 já se tinha relevado pior do que o do último trimestre de 2021 e do que aquele verificado em igual período do ano passado. Recorde-se que, em 2021, a Sands China registou um prejuízo de 1,05 mil milhões de dólares, a reboque da contínua redução de visitantes do Interior da China e devido às restrições impostas devido à pandemia de covid-19. Durante a videochamada para anunciar os resultados do grupo, Robert Goldstein, presidente e CEO da Las Vegas Sands, começou por dizer, segundo o portal GGR Asia, que espera a chegada de dias melhores “em breve”, com um “aumento considerável” de visitantes a chegar Macau. Janela de oportunidade Acerca das transformações profundas que o sector do jogo está a enfrentar, empoladas pela nova legislação que prevê que cada promotor de jogo só possa exercer actividade com uma concessionária, Robert Goldstein aponta que, na verdade, a perda de margem de manobra dos junkets pode traduzir-se em novas oportunidades de lucro através da conversão do espaço de jogo, anteriormente destinado ao jogo VIP, em mais áreas de exploração de vertentes premium do jogo de massas. “Estamos felizes por recuperar estes espaços [dedicados ao jogo VIP]”, começou por dizer. “O negócio dos promotores de jogo, nunca duvidámos, sempre foi desafiante em termos da gestão das margens de lucro. Estou grato por termos recuperado este espaço que podemos agora reorganizar e reaproveitar. Considero que esta movimentação poderá acrescentar todo o tipo de oportunidades para a vertente de massas, premium de massas e vertente premium por si só. Para mim, esta é uma transição muito valiosa que se pode traduzir em maiores margens de lucro”, apontou Goldstein segundo o portal GGR Asia. Sobre o concurso público para a atribuição de concessões de jogo, o presidente da Las Vegas Sands aplaudiu a forma como o Governo tem gerido o processo e considera que “a maioria dos receios foram dissipados”. “Estamos muito satisfeitos com a clareza transmitida pelo Governo. O processo está a decorrer muito bem e acho que muitos dos receios iniciais levantados por algumas pessoas foram eliminados. Considero que as operadoras estão satisfeitas com a forma como tudo está a decorrer (…) e estamos esperançosos de que vamos alcançar um desfecho positivo”, referiu.
João Luz EventosPintura | Sands inaugura galeria com obras de Wang Dongling e Xu Lei No sexto andar do Hotel Four Seasons, no Cotai, nasceu o Sands Gallery, um novo espaço de exposições. A mostra inaugural, que reúne mais de 30 obras de dois conceituados artistas chineses, intitula-se “The Innovation of Ink: Transformation and Reinvention of Oriental Aesthetics – Featured Exhibition of Wang Dongling & Xu Lei” Macau ganhou mais um espaço de exposições, nas Grand Suites alojadas no sexto andar do Hotel Four Seasons no Cotai. Depois de dois elevadores, o Sands Gallery abre sumptuosamente as portas aos amantes das artes plásticas. Inaugurado na quarta-feira com pompa e circunstância, o espaço estreou-se com a mostra “The Innovation of Ink: Transformation and Reinvention of Oriental Aesthetics – Featured Exhibition of Wang Dongling & Xu Lei”, que reúne mais de 30 obras de dois mestres da tinta com visões conceptuais diametralmente opostas. A mostra vai estar patente ao público das 11h às 19h até a 20 de Março. A abertura da galeria concretiza o desejo do grupo Sands China de ajudar a cultivar um ambiente que alimente a criatividade e a apreciação da arte em Macau, indicou o grupo em comunicado. A Sands Gallery tem também o objectivo de contribuir para o desenvolvimento da arte e cultura da RAEM, trazer maior diversidade de experiências à cidade, ao mesmo tempo encorajando artistas profissionais em Macau e em toda a região. O presidente da Sands China Ltd, Wilfred Wong, revelou que o grupo planeia investir mais recursos e convidar reputados artistas locais e internacionais, de diversas formas de expressão artística, para expor no novo espaço. “O nosso derradeiro objectivo é ajudar Macau a estabelecer-se como uma base de intercâmbio e cooperação multicultural com ênfase na cultura chinesa. Estamos convencidos de que um espaço de exposição permanente e de classe elevada, equipado com recursos avançados, destinado a audiências internacionais, irá desempenhar um papel activo no enriquecimento das actividades artísticas e culturais da cidade e na cooperação entre grupos artísticos de Macau, da China e de outros países”, afirmou o Wilfred Wong na cerimónia de inauguração do espaço. Estrelas da abertura Wang Dongling e Xu Lei foram os artistas escolhidos para a primeira mostra da Sands Gallery. Contribuíram com mais de três dezenas de obras para a exposição que contou com a curadoria de Julia F. Andrews. A curadora e académica da Ohio State University destacou o grande significado da escolha dos dois artistas chineses. “O tema desta exposição pode ser retratado em dois aspectos: ‘Tinta’ enfatiza a importância da pintura chinesa, e ‘Inovação’ que transporta a caligrafia chinesa das suas raízes tradicionais para uma forma de arte moderna. A caligrafia chinesa sofreu os processos de deliberação, revolução e inovação ao longo do século passado”, indicou Julia F. Andrews. A também historiadora, indicou que as carreiras de Wang e Xu têm sido pautadas pela investigação e expansão da linguagem expressada através de tinta. À semelhança do carácter híbrido de Macau, que funde há séculos as culturas chinesa e ocidental, a exposição inaugural da Sands Gallery mistura em harmonia dois estilos e linguagens antagónicas. Em relação ao conceito artístico de Wang, a curadora descreve-o como “selvagem e cinético”, afirmando que as obras de caligrafia de grandes dimensões têm um cunho muito pessoal e um estilo inconfundível, “que pode ser caracterizado como ‘caligrafia emaranhada’, à semelhança de um manuscrito cursivo rapidamente pincelado. “Os textos são ilegíveis para a maioria das pessoas, mas a sua energia é óbvia para todos”, afirmou a curadora. Na primeira pessoa Numa mensagem gravada em vídeo, Wang Dongling expressou gratidão à Sands China pelo convite para expor em conjunto com Xu Lei e revelou ter esperança que a caligrafia evolua das suas raízes tradicionais para se enquadrar no mundo actual. No outro eixo criativo, Xu Lei é descrito pela curadoria como um artista preciso e imóvel. “Em vez de meticulosas interpretações de pássaros ou flores, Xu usa a sua técnica refinada para criar espaços surrealistas onde surgem objectos misteriosos, muitos deles pertencentes ao imaginário artístico chinês”. Durante a inauguração, o pintor revelou as primeiras impressões quando viu os seus trabalhos na Sands Gallery ao lado das obras de Wang Dongling. “É um prazer ser parceiro do mestre Wang e mostrar as nossas obras numa cidade que combina as culturas chinesa e ocidental com uma atmosfera de arte rica. Fiquei impressionado quando vi as minhas obras expostas num espaço artístico com detalhes sofisticados e subtis. Espero que esta exposição permita ao público embarcar numa viagem emocional”, afirmou.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Sands China confiante na obtenção de nova licença Rob Goldstein, presidente do grupo que detém a Sands China, afirmou que ao longo de 20 anos o Governo sempre foi “muito razoável, muito racional e muito justo”. O norte-americano desvalorizou ainda o impacto negativo da consulta pública A concessionária Sands China, proprietária dos casinos Venetian e Parisian, está confiante na obtenção de uma nova licença de jogo e recusa haver receios, motivado pelas propostas sobre o futuro da lei do sector. A posição foi tomada ontem por Rob Goldstein, presidente da Las Vegas Sands, empresa-mãe da Sands China, na apresentação dos resultados financeiras do terceiro trimestre. Segundo o documento da consulta pública para a futura lei do jogo, que estabelece critérios para o concurso de atribuição das concessões, o Governo vai ter capacidade para escolher um administrador nas concessionárias e vetar a distribuição de dividendos. As propostas obtiveram uma reacção forte dos mercados, com as acções de todas as operadoras a desvalorizarem significativamente. Contudo, Rob Goldstein desprezou estes aspectos e sublinhou que ao longo de quase 20 anos de concessões o Governo tem sido sempre racional. “Estamos confiantes na forma como o processo de atribuição de licenças vai decorrer […] claro, que como em qualquer negócio tivemos altos e baixos, dias bons e maus. Mas, nas duas décadas de presença em Macau sempre considerámos o Governo muito razoável, muito racional e muito justo”, afirmou Rob Goldstein. Com a consulta pública a decorrer até ao final do ano, o Governo vai depois ultimar a proposta para a futura lei, que ainda tem de ser aprovada pelo Conselho Executivo. Só depois de ser votada na Assembleia Legislativa é que poderá haver novo concurso. O processo deverá demorar meses, ou mesmo anos. As concessões actuais terminam em Junho, mas podem ser renovadas. “Não estamos preocupados com a data da decisão da atribuição das licenças, caso seja feita no próximo mês, no seguinte ou em Junho”, indicou Goldstein. “Vamos deixá-los tomar uma decisão e depois agir em conformidade, mas, não sentimos qualquer trepidação nem o assunto nos causa medo”, garantiu. “Todos sabíamos que estamos num modelo de concessão e que mais tarde ou mais cedo íamos ter de viver esta fase”, acrescentou. Perdas de Verão Em relação aos resultados financeiros do terceiro trimestre, a Sands China obteve perdas de aproximadamente 3,4 mil milhões de patacas. As perdas foram mais pesadas que no segundo trimestre, quando o valor negativo tinha sido de 1,3 mil milhões de patacas. O terceiro trimestre foi mais afectado pela pandemia e as restrições fronteiriças, que prejudicaram a indústria, principalmente durante a Semana Dourada, uma das épocas mais altas da indústria. O aspecto positivo para a empresa é que em relação ao terceiro trimestre do ano passado conseguiu reduzir as perdas. Em 2020, considerando o mesmo período, o valor negativo tinha sido de 4,5 mil milhões de patacas. Em relação ao futuro da indústria, o presidente da Las Vegas Sands considerou que as receitas do sector e os valores por aposta vão regressar aos níveis pré-covid-19, no entanto, recusou adiantar com uma data para a recuperação. Sobre a possibilidade de o Interior e Macau abrirem fronteiras ao estrangeiro após a realização dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim, que decorrem entre 10 e 20 de Fevereiro, Goldstein considerou as informações “apenas rumores”.
Hoje Macau SociedadeJogo | Sands China com prejuízo de 423 milhões de dólares americanos A operadora de jogo de Macau Sands China anunciou hoje um prejuízo de 423 milhões de dólares no terceiro trimestre deste ano, numa informação enviada à bolsa de valores de Hong Kong. No segundo trimestre, a empresa, que explora cinco casinos em Macau, tinha registado um prejuízo de 562 milhões de dólares. A Sands China, que tem capitais norte-americanos, salientou ter obtido resultados antes de amortizações, depreciações, juros e impostos (EBITDA) positivos e que continua a confiar numa recuperação do mercado, apesar dos resultados estarem muito distantes dos lucros milionários que se verificavam antes da pandemia de covid-19. Contudo, o cenário traçado pelos especialistas do sector e pelo próprio Governo de Macau continua a ser pessimista. A indústria do jogo em Macau registou o segundo pior resultado do ano no mês de setembro e o chefe do Governo de Macau antecipou perdas significativas na arrecadação de impostos sobre as receitas dos casinos, com o Executivo a ser obrigado a rectificar o orçamento até ao final do ano. As medidas de combate à propagação do novo coronavírus e as restrições fronteiriças têm tido um impacto sem precedentes no motor da economia do território. O chefe do Governo de Macau, Ho Iat Seng, lembrou que a estimativa inicial dos impostos este ano sobre as receitas dos casinos de Macau “já tinha sido conservadora”, mas que a deteção de casos em agosto e em setembro acabou por frustrar as esperanças a curto prazo de uma recuperação. Para este ano, o Governo de Macau previa arrecadar em impostos sobre o jogo cerca de 130 mil milhões de patacas, mesmo assim metade do que estimara no orçamento para 2020. Em setembro, após o Governo de Macau anunciar a revisão da lei do jogo e licenças a atribuir em 2022, as ações dos grupos com casinos no território sofreram perdas significativas.
Hoje Macau SociedadeSands China com prejuízo de 166 milhões de dólares no 2.º trimestre A operadora de jogo Sands China em Macau anunciou ontem um prejuízo de 166 milhões de dólares no segundo trimestre deste ano. Em comunicado, a Sands China indicou que as receitas aumentaram, em termos anuais, para 849 milhões de dólares comparativamente aos 40 milhões de dólares registados no segundo trimestre do ano passado, quando o impacto da pandemia da covid-19 foi mais sentido em Macau. O EBITDA (lucros antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) foi, no segundo trimestre, de 132 milhões de dólares. No segundo trimestre de 2020, o EBITDA registou perdas de 312 milhões de dólares, referiu o grupo na mesma nota. O impacto da pandemia da covid-19 continua “a prejudicar o desempenho financeiro” do grupo, que “continua confiante na eventual recuperação em termos de viagens e de turismo”, sobretudo em Macau e em Singapura, afirmou o presidente e director-executivo da Las Vegas Sands, a empresa norte-americana que detém a maioria do capital da Sands China, Robert G. Goldstein. No início de Março, a operadora de jogo Las Vegas Sands anunciou a venda de propriedades no valor de cerca de 5,19 mil milhões de euros, incluído o icónico The Venetian Resort Las Vegas, para se focar em Macau. Casinos solidários As operadoras do jogo em Macau anunciaram ontem a doação de 10 milhões de patacas, cada uma, para Zhengzhou, capital da província Henan, onde as inundações causaram já 33 mortos. A Sands China, MGM China, Wynn, Galaxy, Melco e, na quarta-feira, a Sociedade de Jogos de Macau (SJM), indicaram que o objectivo destas doações é apoiar os esforços de reconstrução das zonas afectadas pelas inundações. As seis operadoras lamentaram as vítimas registadas e disseram que as doações foram feitas em “coordenação com o Gabinete de Ligação do Governo Central” da China em Macau. As inundações no centro da China fizeram pelo menos 33 mortos e oito desaparecidos, de acordo com os dados mais recentes difundidos pela televisão estatal chinesa CCTV. As chuvas mais intensas dos últimos 60 anos na cidade de Zhengzhou deixaram parte do sistema de metropolitano submerso e transformaram estradas em canais, com rápido fluxo de água.
Salomé Fernandes Manchete SociedadeFrancis Tam testemunhou no caso que opõe a Sands à AAEC Manuel Joaquim das Neves testemunhou ontem no julgamento que opõe a Las Vegas Sands à Asian American Entertainment Corporation, e disse que a comissão do concurso público para as concessões trabalhou “com o máximo rigor”. Francis Tam, ex-secretário para a Economia e Finanças, prestou declarações por escrito Francis Tam, ex-secretário para a Economia e Finanças e antigo presidente da comissão do primeiro concurso público para atribuir concessões de jogo, testemunhou por escrito no processo que a Asian American Entertainment Corporation (AAEC) instaurou contra a Las Vegas Sands. No entanto, não respondeu a várias perguntas. Foi o que afirmou ontem Jorge Menezes, advogado da autora, no julgamento que está a decorrer no Tribunal Judicial de Base. A AAEC pede uma indemnização superior a 96 mil milhões de patacas, num litígio que se arrasta há cerca de 20 anos. Em 2001, a Las Vegas Sands e a AAEC submeteram um pedido para licença de jogo, mas a Sands mudou de parceiro a meio do processo para se aliar à Galaxy, acabando por obter a concessão. Os resultados do concurso foram anunciados pelo Governo em Fevereiro de 2002. Ontem à tarde foi ouvido Manuel Joaquim das Neves, que integrou a comissão do concurso público. A testemunha não se recordava do grau de semelhança entre a proposta inicial da AAEC e, mais tarde, a da Galaxy, mas indicou que ambas se centravam naquilo que o grupo Sands podia oferecer, nomeadamente quanto à organização de exposições e convenções. Além disso, respondeu que sem o grupo Sands, a Galaxy provavelmente não teria obtido a concessão. Uma questão de rigor Em tribunal, Joaquim das Neves indicou que a importância daquilo que o grupo Sands oferecia a Macau se centrava na área de exposições e convenções, na qual “estava em vantagem” relativamente a outros participantes. No entanto, quando questionado se outro concorrente aliado ao grupo Sands aliado conseguiria uma concessão, o antigo membro da comissão frisou que era necessário ver a pontuação. Quanto aos resultados na hipótese de o grupo ter mantido a ligação à AAEC, a testemunha respondeu ser “especulação” e disse que preferia ser “mais objectivo”. “A comissão fez o seu trabalho com o máximo de rigor possível”, frisou a testemunha. Foram analisados critérios como a experiência na área do jogo, proposta de investimento, emprego e formação profissional. Uma tabela exibida em tribunal mostra que a Wynn obteve 6.433 pontos, acima dos 6.400 da Galaxy. Questionado sobre o ordenamento dos concorrentes, Joaquim das Neves disse que foi “bombardeado” com informações “de há 20 anos” e que não se recorda. De resto, foram vários os pontos em que respondeu não se lembrar de detalhes da altura. Ainda assim, Joaquim das Neves recorda-se de a AAEC ter apresentado um pedido de associação a outra entidade que foi indeferido, e também que o fim da relação com o grupo Sands aconteceu “na parte final”. Luís Cavaleiro de Ferreira, que representa a Las Vegas Sands, pretende mostrar que o pedido de associação revela que deixou de haver relação com o grupo Sands em meados de Janeiro. Já a autora, alega que o vínculo se manteve até dia 1 de Fevereiro de 2002, quando a comissão foi notificada do fim da ligação entre o grupo Sands e a AAEC. A próxima sessão do julgamento é na quarta-feira, e terá Carlos Lobo como testemunha.