João Santos Filipe Manchete SociedadePonte 16 | Acordo para construção de praça e edifício comercial A Sociedade Ponte 16 paga 459,86 milhões de patacas à RAEM e vai poder construir na Ponte-Cais 14 uma nova praça, um edifício comercial e explorar o icónico casino-barco Macau Palace, desta feita sem jogo O Governo e Sociedade Ponte 16 chegaram a acordo para a revisão da concessão do terreno onde está o hotel e casino com o mesmo nome, que vai permitir a construção de uma praça e um novo edifício para comércio, na Ponte-Cais 14. A zona vai também ter ancorada de forma permanente o histórico barco-casino Macau Palace. A informação sobre a alteração da concessão de terreno com a empresa com ligações à concessionária SJM foi divulgada ontem, através do Boletim Oficial. O novo contrato da Sociedade Ponte 16 com o Governo da RAEM foi assinado pelos administradores Daisy Ho, filha do falecido Stanley Ho, e Hoffman Ma. A revitalização da zona faz parte do acordo de concessão com a SJM para exploração do jogo, que entrou em vigor em 2022. A zona da Ponte-Cais 14 do Porto Interior, junto ao hotel Ponte 16, vai assim receber “uma praça” e um edifício comercial com uma área de construção de 6.437 metros quadrados, incluindo uma área de 2.084 metros quadrados do barco-casino Macau Palace. Anteriormente, a imprensa de Hong Kong relatou que o barco Macau Palace deverá ser transformado num espaço de comércio com restaurantes, lojas e até um museu sobre “a cultura de jogo”. O Macau Palace foi inaugurado como barco-casino em 1962 e em 1974 foi um dos lugares de filmagem do filme James Bond: O homem da pistola dourada. Pagamento de 460 milhões Devido às alterações do aproveitamento do terreno, a Sociedade Ponte 16 pagou 459,86 milhões de patacas à RAEM, e uma caução adicional de 184,34 milhões de patacas. A Sociedade Ponte 16 tem um prazo de 36 meses, o correspondente a três anos, para realizar as obras para revitalização da zona. O prazo de arrendamento dos terrenos foi estendido até 13 de Fevereiro de 2030, mas pode ser prolongado de forma sucessiva. Em relação ao hotel construído, a Sociedade Ponte 16 vai pagar uma renda anual de 1,24 milhões de patacas à RAEM. Além disso, pela construção da nova praça e do novo edifício a empresa paga uma renda única de 184,3 mil patacas. Contudo, o valor sobe para 103,2 mil patacas por ano, quando as futuras instalações entrarem em funcionamento. O contrato prevê a possibilidade de as rendas serem actualizadas a cada cinco anos. Além das obrigações de pagamentos e construção, a Sociedade Ponte 16 teve ainda de entregar à RAEM o controlo de cinco lotes do terreno naquela zona com uma área conjunta de 4.425 metros quadrados.
Hoje Macau SociedadePonte 16 | Investidor com perdas de até 50 milhões no primeiro semestre O Success Universe Group Ltd, um dos investidores no hotel e casino Ponte 16 deverá apresentar perdas na primeira metade deste ano entre 30 milhões e 50 milhões de dólares de Hong Kong (HKD) devido a perdas no exterior em títulos de participação em capital e activos de investimento. Numa nota enviada à Bolsa de Valores de Hong Kong, e citada pelo portal GGR Asia, o grupo empresarial referiu que as perdas esperadas também se devem à “depreciação/imparidade nas propriedades do grupo e dos terrenos e edifícios arrendados”. A empresa sublinhou ainda que estas perdas de justo valor “não afectam os fluxos de tesouraria”, Na primeira metade do ano passado, o grupo registou lucros de 153,8 milhões de HKD, enquanto no fim de 2023 os lucros chegaram a 169,3 milhões de HKD, valor que contrastou com perdas de 287,1 milhões de HKD em 2022. O Success Universe adiantou ainda que espera apresentar os resultados do primeiro semestre, sem auditoria, no final deste mês. Recorde-se que o grupo empresarial se prepara para avançar com a expansão da Ponte 16, num investimento entre 500 e 600 milhões de HKD.
João Luz Manchete SociedadePonte 16 | Executivo optimista sobre futuro dos casinos Pode haver vida para os casinos-satélite depois dos três anos de transição para o modelo de gestão, pelo menos de acordo um executivo da empresa que gere o casino Ponte 16. Para tal, é preciso que o mercado de massas regresse a volumes pré-pandémicos e seja conseguido um “desempenho histórico” Após um processo legislativo que colocou em causa a sobrevivência dos casinos-satélite, pode haver uma luz ao fundo do túnel. Pelo menos, na óptica de Hoffman Ma Ho Man, vice-presidente do Success Universe Group Ltd, que gere o casino Ponte 16, ao abrigo da licença de jogo da SJM Holdings Ltd. “Se o mercado de jogo se mostrar rentável nos próximos três anos, é ainda possível que os casinos-satélite considerem a transição para um modelo empresarial de gestão”, apontou o responsável ao portal GGRAsia. As empresas que gerem este tipo de casinos costumam partilhar com as concessionárias que detinham as licenças de jogo as receitas apuradas nas mesas que operavam. Porém, com a revisão da lei do jogo, terminado o período de transição de três anos, as empresas responsáveis pelos casinos-satélite apenas vão ter direito a cobrar despesas de gestão às concessionárias (que recebem a totalidade dos lucros da exploração de jogo). Outra condição para se manterem no negócio, é que o Chefe do Executivo aprove o contrato de gestão firmado entre as empresas que gerem os casinos-satélite e as concessionárias. “Mesmo com a aplicação do modelo de taxa fixa de gestão às empresas findo o período de transição, esse acordo pode ainda ser exequível se o operador do casino-satélite conseguir um desempenho histórico nos próximos três anos”, indicou Hoffman Ma Ho Man acrescentando que tal registo lucrativo poderia dar margem de manobra negocial para fixar a taxa de gestão futura. Lei do mais forte Uma coisa parece certa e transversal a todo o sector. A sobrevivência depende das receitas feitas com o segmento de massas. “Se o desempenho da indústria em Macau conseguir recuperar para níveis pré-pandémicos, em particular no segmento de massas, penso que os casinos-satélite que ainda existem têm uma boa chance de transitarem para o modelo empresarial de gestão”, prevê o responsável pelas operações do casino Ponte 16. Um dos maiores desafios que estas empresas vão enfrentar é a dura competição com os grandes resorts pela captura do mercado de massas, sem poder recorrer à angariação de jogadores VIP. Com a aprovação da nova lei do jogo, sete casinos-satélite fecharam portas e 11 mantiveram operações ao abrigo das novas concessões de jogo, que entraram em vigor no passado dia 1 de Janeiro. Dos 11 ainda em activo, nove dependem da licença da SJM Holdings para operar. Além do Ponte 16, continuam sobre a alçada da SJM o Casino Grandview na Taipa, e o Casino Landmark, Casino Casa Real, Casino Kam Pek Paradise, Casino Fortuna, Casino Emperor Palace, Casino L’Arc Macau, e Casino Legend Palace na península de Macau. O Casino Waldo, no centro de Macau, opera sob a licença do Galaxy Entertainment Group Ltd, enquanto o Casino Grand Dragon, na Taipa explora jogo ao abrigo da licença da Melco.
Hoje Macau SociedadeTabaco | Ponte 16 já tem sala de fumo de acordo com nova lei [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]e acordo com os Serviços de Saúde (SS), já existe uma sala de fumo num casino a funcionar segundo os novos requisitos previstos na Lei do Tabagismo que entra em vigor a 1 de Janeiro de 2019. O casino Ponte 16 apresentou um requerimento para salas de fumadores, tendo obtido autorização após verificação pelos serviços interdepartamentais. Os requerimentos apresentados pelos casinos MGM Grand Paradise, MGM COTAI, Studio City, Macau, e City of Dreams Macau encontram-se em apreciação e já estão a proceder aos trabalhos preparatórios para obtenção de autorização. Os SS adiantam ainda que até ao dia de ontem, receberam 31 requerimentos de cinco casinos (de um total de 47) de modo a serem autorizadas as novas salas de fumadores.