Hoje Macau SociedadeInvestigação | Macau e Lisboa negoceiam financiamento O Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia (FDCT) de Macau anunciou ontem que está a negociar com a congénere de Portugal uma nova ronda de financiamento para investigação científica conjunta O presidente do Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia (FDCT), Che Weng Keong, disse que “vai prosseguir contactos activos com a Fundação para a Ciência e Tecnologia [FCT] de Portugal (…) para apoiar cooperação entre investigadores científicos nos dois lados e reforçar os intercâmbios”, de acordo com um comunicado. As duas entidades assinaram em Fevereiro de 2017 um acordo, válido por três anos, para financiar de forma conjunta projectos de cooperação científica que juntassem universidades ou instituições científicas de Macau e de Portugal. No entanto, a implementação do acordo ficou a aguardar a fixação de um orçamento e a selecção de temas para avançar, algo que só aconteceu no início de 2019. O orçamento foi fixado em 300 mil euros, com um financiamento máximo de 100 mil euros por projecto, para as áreas de poluição marinha, “incluindo os efeitos de plásticos”, e biotecnologia marinha, incluindo o “desenvolvimento de produtos comercializados”. Em Fevereiro de 2019, Cheang Kun Wai, membro do conselho de administração do FDCT, disse que entre os temas escolhidos estavam a medicina tradicional chinesa, “informática e questões marítimas”. O fundo de Macau só abriu candidaturas uma vez, em Junho de 2019, oferecendo um financiamento máximo de um milhão de patacas, antes do acordo expirar. De Lisboa a Hengqin Che Weng Keong falava durante uma cerimónia para assinalar os 30 anos de um acordo sobre cooperação científica e tecnológica entre a China e Portugal, realizada em Lisboa, na semana passada. O dirigente lembrou a criação, anunciada em Novembro de 2022, da Centro de Ciência e Tecnologia Sino-Lusófono, em cooperação com a cidade vizinha de Zhuhai, na Zona de Cooperação Aprofundada. Che disse que “a China e Portugal esperam poder construir uma cadeia industrial completa nas áreas da ciência e tecnologia”, naquela zona especial gerida por Macau em conjunto com a província de Guangdong em Hengqin (ilha da Montanha). A cerimónia contou ainda com a presença do presidente da Agência Nacional de Inovação portuguesa, António Grilo. A agência tem capital subscrito em partes iguais pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, através da FCT (50 por cento), e pelo Ministério da Economia, através do IAPMEI (50 por cento). No mesmo comunicado das autoridades de Macau, Grilo disse, na cerimónia, que Portugal dá grande importância e quer reforçar a cooperação com a China no que toca à inovação científica e tecnológica “de benefício mútuo”. Além de participar na cerimónia, a delegação do FDCT visitou em Portugal, entre 4 e 7 de Dezembro, várias universidades, instituição de investigação científica e farmacêuticas, incluindo a Fundação Champalimaud.
Andreia Sofia Silva PolíticaFDCT aprova 214 projectos de investigação académica no valor de 353 milhões O Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia (FDCT) aprovou, no ano passado, um total de 214 projectos de investigação no ensino superior no valor de 353 milhões de patacas, sendo que 90 por cento das áreas apoiadas dizem respeito à saúde, tecnologias da informação, engenharia e materiais. Segundo um comunicado, a FDCT diz ter melhorado o sistema de apoio financeiro a mestrandos e doutorandos, providenciando “apoio financeiro como orientação”. A ideia é “promover a investigação aplicada e a transformação dos resultados de investigação científica”, sempre com o foco na “cooperação indústria-universidade-investigação” e na inovação empresarial. Para este ano, a FDCT promete “reforçar ainda mais a capacidade dos resultados de investigação científica em atrair capital social e envidará todos os esforços por lançar grandes projectos específicos”. Ontem, foi apresentado o relatório anual por Chan Wan Hei, presidente do conselho de administração da FDCT, Cheang Kun Wai e Ip Kuai Lam. Colher frutos Um dos resultados do novo programa de financiamento, prende-se com o estabelecimento de contactos de 17 grupos de pessoas ligadas à área da investigação, universidade e indústria, no âmbito da plataforma de bolsas de contacto. Além disso, a FDCT aponta que “a operação da plataforma de investigação científica começou a dar frutos” pois “o Centro de I&D de Medicina Chinesa de Macau começou a cooperação com grandes empresas farmacêuticas tais como a Guangzhou Pharmaceutical Holdings Limited, a CR Sanjiu, a Xiangxue Pharmaceutical e Pien Tze Huang Pharmaceutical”. Foram, neste contexto, concretizados fundos investidos por empresas no valor de 30 milhões de patacas. Para este ano, a FDCT promete apostar no “apoio financeiro como alavanca” para que se possa reforçar “a capacidade dos resultados da investigação científica em atrair o capital social”.
Pedro Arede Manchete PolíticaFDCT | Peso da investigação aplicada cresceu para 88%. Apoio será dividido em dois O peso da investigação aplicada nas áreas do Big Health, tecnologia da informação e engenharia e materiais ultrapassou 88,3 por cento em 2021. Para motivar o investimento em investigação, o FDCT vai criar dois sistemas de apoio, dedicados especificamente ao ensino superior e às empresas. Em 2021 foram apoiados 639 projectos, no total de 350 milhões de patacas O Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia (FDCT) anunciou ontem que o peso dos projectos de investigação aplicada nas áreas do Big Health, tecnologia da informação e engenharia e materiais, ultrapassou os 88,3 por cento em 2021. De acordo com o relatório de trabalho do organismo, tal foi concretizado em concordância com o desenvolvimento previsto para a zona de cooperação em Hengqin, segundo os desígnios do Governo e para promover a transformação de resultados científicos, incentivar a cooperação entre a indústria e as universidades e apoiar os departamentos de pesquisa e desenvolvimento (I&D) das empresas. “O peso dos projectos destinados à investigação aplicada ultrapassou 88,3 por cento, o que traduz uma grande diferença em relação ao peso de 30 por cento registado no ano anterior. Desde o ano passado que temos encorajado mais projectos de investigação aplicada (…) e a pedir às empresas para participar mais em projectos de co-financiamento”, começou por apontar Chan Wan Hei, presidente do Conselho de Administração do FDCT. Detalhando, dos 88,3 por cento dos projectos de investigação aplicada, 36,3 por cento dizem respeito ao Big Health, 21,3 por cento à tecnologia da informação, 18,1 por cento à engenharia e materiais e 12,7 por cento a outras áreas. Em termos de apoio financeiro foi ainda revelado que o FDCT prevê constituir a partir de Julho, dois sistemas de financiamento separados. Nomeadamente, um direccionado especificamente às instituições de ensino superior e outro às empresas. O objectivo, segundo explicou Chan Wan Hei, passa por motivar as empresas a investir mais em investigação. Isto, quando a capacidade de investigação por parte das universidades é, por si só, muito maior. “Para facilitar a obtenção de apoio financeiro destinado à investigação científica geral por parte das empresas, vamos dividir o plano em dois. Com o actual sistema, as empresas dificilmente conseguem obter apoios, pois as universidades têm uma capacidade de investigação muito superior. Depois da criação dos dois sistemas de apoio, vamos conseguir incentivar a cooperação indústria-universidade-investigação”, explicou o responsável. Mais nunca é demais Durante a apresentação de ontem, foi ainda revelado que o FDCT atribuiu apoio financeiro a 639 projectos, num valor total de cerca de 350 milhões de patacas. Entre os quais, uma série de projectos de pesquisa e desenvolvimento com potencial de transformação e um investimento previsto de cerca de 50 milhões de patacas e outros tantos projectos de luta contra a pandemia que alcançaram “resultados satisfatórios”. A maioria dos projectos (419) envolveram um investimento total de 47 milhões de patacas e abarcaram áreas como o apoio financeiro a patentes, “popularização das ciências” e o “reforço da inovação científica e tecnológica”. Como exemplo de projectos subsidiados em anos anteriores que começam agora a dar resultados práticos, foi apontada a máquina de auto-serviço de troca de moedas, um sistema automático de tradução chinês-português, a criação de betão leve de argila expandida e a tecnologia aplicada à medicina tradicional chinesa.
Pedro Arede PolíticaFDCT reforça exigência para promover transformação de projectos científicos Apenas apostas seguras serão financiadas. Em 2021, o Fundo de Desenvolvimento das Ciências e Tecnologia (FDCT) vai introduzir ajustes à forma de direccionar o apoio financeiro destinado ao desenvolvimento de projectos. O objectivo passa, acima de tudo, por assegurar que os resultados das investigações científicas se materializam em produtos e mais valias de valor acrescentado, contribuindo para a diversificação económica de Macau. “Já são 17 anos de existência. Fizemos muito trabalho focado no financiamento e na concessão de apoio. A avaliação dos projectos é sempre a parte mais difícil do nosso trabalho e durante 16 anos tivemos um mecanismo justo e rápido. Mas, no passado (…) não estivemos focados na transformação e faltou promover a industrialização dos resultados. A partir de agora, o fundo deve ser orientado pela transformação de resultados da investigação científica”, afirmou ontem Chan Wan Hei, presidente do Conselho de Administração da FDCT, por ocasião da apresentação do relatório de trabalho do organismo referente a 2020. Segundo o responsável, será introduzido um sistema de avaliação baseado no “nível de maturidade”, destinado principalmente aos projectos das categorias de investigação aplicada e de desenvolvimento experimental. “Vamos introduzir níveis de maturidade de tecnologia e avaliar os projectos, desde o momento em que é feito o pedido ou requerimento de um projecto [até à transformação dos resultados]. Quando os candidatos pedem financiamento devem fazer uma auto-avaliação sobre o nível de maturidade da tecnologia do seu projecto”, explicou. Ou seja, o novo sistema de avaliação prevê que os projectos sejam avaliados conforme o “Nível de prontidão da Tecnologia”, sendo realizada uma gestão de toda a cadeia, desde a candidatura, execução, encerramento e transformação dos resultados dos projectos. Em retrospectiva Durante a conferência de ontem, a FDCT revelou ainda que em 2020, foram avaliados 885 projectos candidatos, com o montante total avaliado de cerca de 870 milhões de patacas. Destes, receberam luz verde 553 projectos em 2020, com o montante aprovado de cerca de 210 milhões de patacas. Olhando para o ano que passou, um dos membros do Conselho de Administração da FDCT destacou que, entre os projectos subsidiados, vários foram destinados a combater a pandemia, tais como o “Equipamento de detecção do novo tipo de coronavírus em veículos” da Habitat Multimedia ou o “Robot Inteligente de desinfecção”, desenvolvido pela Universidade de Macau (UM).
João Luz SociedadeHengqin | Macau vai ter instituto de pesquisa industrial [dropcap]A[/dropcap]o lado do Chimelong International Ocean Resort, em Hengqin, vai nascer mais um estabelecimento de ensino de Macau, desta feita um instituto internacional de investigação académica para a área industrial. De acordo com informação veiculada pelas autoridades municipais de Zhuhai, o projecto insere-se no plano de cooperação entre Macau e Hengqin nas áreas da ciência e inovação tecnológica e na construção da Grande Baía enquanto hub científico internacional. O projecto tem reservado um terreno com 31,26 hectares de área, na Vila de Xiaohengqin em Hengqin, divido em duas parcelas. Grande parte da área reservada, 21,19 hectares, será usada para cultivo, enquanto os restantes 10,07 hectares estão destinados à construção do instituto. A criação deste organismo está em linha com a plano de desenvolvimento da Grande Baía, que define como meta para Macau a aposta em recursos educativos e o estabelecimento de laboratórios de nível nacional. Na ilha de Hengqin estão instaladas várias infra-estruturas de investigação científica, como os laboratórios de medicina tradicional chinesa da Universidade de Macau e da Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau, o Laboratório lunar e planetário de Macau, entre outros.
admin SociedadeHengqin | Macau vai ter instituto de pesquisa industrial [dropcap]A[/dropcap]o lado do Chimelong International Ocean Resort, em Hengqin, vai nascer mais um estabelecimento de ensino de Macau, desta feita um instituto internacional de investigação académica para a área industrial. De acordo com informação veiculada pelas autoridades municipais de Zhuhai, o projecto insere-se no plano de cooperação entre Macau e Hengqin nas áreas da ciência e inovação tecnológica e na construção da Grande Baía enquanto hub científico internacional. O projecto tem reservado um terreno com 31,26 hectares de área, na Vila de Xiaohengqin em Hengqin, divido em duas parcelas. Grande parte da área reservada, 21,19 hectares, será usada para cultivo, enquanto os restantes 10,07 hectares estão destinados à construção do instituto. A criação deste organismo está em linha com a plano de desenvolvimento da Grande Baía, que define como meta para Macau a aposta em recursos educativos e o estabelecimento de laboratórios de nível nacional. Na ilha de Hengqin estão instaladas várias infra-estruturas de investigação científica, como os laboratórios de medicina tradicional chinesa da Universidade de Macau e da Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau, o Laboratório lunar e planetário de Macau, entre outros.
admin SociedadeHengqin | Macau vai ter instituto de pesquisa industrial [dropcap]A[/dropcap]o lado do Chimelong International Ocean Resort, em Hengqin, vai nascer mais um estabelecimento de ensino de Macau, desta feita um instituto internacional de investigação académica para a área industrial. De acordo com informação veiculada pelas autoridades municipais de Zhuhai, o projecto insere-se no plano de cooperação entre Macau e Hengqin nas áreas da ciência e inovação tecnológica e na construção da Grande Baía enquanto hub científico internacional. O projecto tem reservado um terreno com 31,26 hectares de área, na Vila de Xiaohengqin em Hengqin, divido em duas parcelas. Grande parte da área reservada, 21,19 hectares, será usada para cultivo, enquanto os restantes 10,07 hectares estão destinados à construção do instituto. A criação deste organismo está em linha com a plano de desenvolvimento da Grande Baía, que define como meta para Macau a aposta em recursos educativos e o estabelecimento de laboratórios de nível nacional. Na ilha de Hengqin estão instaladas várias infra-estruturas de investigação científica, como os laboratórios de medicina tradicional chinesa da Universidade de Macau e da Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau, o Laboratório lunar e planetário de Macau, entre outros.
Hoje Macau China / ÁsiaCiência | Aumenta investimento em investigação básica As autoridades chinesas vão promover um maior investimento na investigação científica básica numa tentativa de aumentar a concorrência com os Estados Unidos pela liderança tecnológica mundial [dropcap]A[/dropcap] China vai aumentar o investimento em investigação científica básica, afirmou ontem o ministro chinês da Ciência e Tecnologia, encorajando as suas empresas a juntarem-se na corrida contra os Estados Unidos pela supremacia tecnológica. “A China vai definitivamente impulsionar a investigação científica básica, [que gera conhecimentos que não têm necessariamente aplicação imediata], e apelar às suas empresas, e outras indústrias, para que participem” neste processo, afirmou Wang Zhigang. O ministro chinês falava durante uma conferência de imprensa à margem da sessão anual da Assembleia Popular Nacional, o órgão máximo legislativo da China. “Nos Estados Unidos, há muitos participantes a investir em investigação científica básica, mas, na China, sempre foi o Governo a prestar mais atenção à ciência básica”, afirmou. Wang Zhigang lembrou que a China aumentou “rapidamente” o investimento em tecnologia, que é já o segundo maior do mundo, “mas que ainda está longe dos EUA”. Pequim quer converter o país numa potência tecnológica, com capacidades em sectores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros eléctricos. O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou já que a ciência e tecnologia são as “principais frentes de batalha” na economia. Diferendo global A política industrial de Pequim é explicitada no plano “Made in China 2025”, que este ano não foi mencionada no relatório de trabalho do Governo, entregue, na semana passada, pelo primeiro-ministro, Li Keqiang, à Assembleia Popular Nacional. Os EUA consideram que aquele plano, impulsionado pelo Estado chinês, viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da concorrência externa. Washington reagiu já com taxas alfandegárias sobre 250.000 milhões de dólares de produtos importados da China. As queixas dos EUA são também partilhadas pela União Europeia e o Japão, que ficam com a maior margem de lucro na cadeia de distribuição global – a China fabrica 90 por cento dos telemóveis e 80 por cento dos computadores do mundo, por exemplo, mas continua dependente de tecnologia e componentes oriundos daqueles países. Mas Li Keqiang reiterou que a China pretende actualizar a sua indústria manufactureira e impulsionar o desenvolvimento tecnológico. “A ciência básica é a fonte da inovação tecnológica e devemos manter um equilíbrio entre a pesquisa científica básica e a aplicação da tecnologia”, afirmou Wang. Os gastos da China com pesquisa e investigação científica deverão fixar-se, este ano, em 2,5 por cento do Produto Interno Bruto do país.
Hoje Macau SociedadeIC atribui bolsas a cinco projectos de investigação [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) anunciou ontem a atribuição de bolsas de investigação académica a cinco projectos de um universo de 41 candidatos de Macau e do estrangeiro. Geoffrey Charles Gunn, doutorado em Ciências Humanas/Políticas pela Universidade de Monash (Austrália) e investigador da história de Macau, foi um dos contemplados. Segundo um comunicado do IC, o professor propõe-se a estudar o processo de evolução de Macau na era da guerra e revolução do século XX, tendo como foco a vida dos povos de Macau durante a guerra, a sociedade no início da época do pós-guerra e as mudanças políticas e económicas de Macau até 1999. Já Wu Yuxian, doutorada do Departamento de História da Universidade de Macau, actualmente investigadora associada da Universidade da Cidade de Macau, vai debruçar-se sobre a gestão urbana e desenvolvimento de medicina e saúde de Macau na idade moderna. Tang Chon Chit, doutorado em Estudos de Literatura, História e Filosofia pela Universidade de Shandong, actualmente professor do Departamento da Língua e Literatura Chinesa da Universidade de Macau, focar-se-á, por seu turno, no estudo da sociedade literária “Xueshe” de Macau, que foi a primeira associação na história da literatura de Macau. Lu Chi Seng, doutorado em Filosofia pela Universidade de Macau e especialista na tradução jurídica chinês/português e vice-versa, actualmente assessor de tradução, intérprete-tradutor jurídico e assessor jurídico do Governo, apresentou um projecto sobre as componentes culturais relevantes dos princípios orientadores para a tradução jurídica bilingue de Macau. Por fim, Zhou Long, doutorado em Filosofia no Estudo de Planeamento, Design e Construção pela Universidade de Oklahoma (EUA), actualmente professor associado da Universidade da Cidade de Macau vai abordar a protecção, prevenção de desastres e gestão dos bairros culturais e históricos de Macau.
Hoje Macau PolíticaInvestigação | Peter Lam é vice-presidente do Conselho de Ciência e Tecnologia [dropcap style=’circle’]P[/dropcap]eter Lam foi nomeado pelo Chefe do Executivo como vice-presidente do Conselho de Ciência e Tecnologia. De acordo com o despacho publicado ontem em Boletim Oficial, o seu mandato termina no dia 7 de Agosto de 2020. Peter Lam é membro do Conselho Executivo, além de ser também membro do conselho de curadores da Universidade de Macau.
Diana do Mar Manchete PolíticaSegurança do Estado | Autoridades têm em mãos pelo menos uma investigação Está em curso uma investigação relacionada com crimes contra a segurança do Estado. Desconhece-se, contudo, quando foi iniciada, que tipo de acto envolve ou até se é a primeira do género [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s autoridades de Macau estão a investigar pelo menos um caso relacionado com crimes contra a segurança do Estado. A revelação foi feita ontem por Wong Sio Chak que escusou, no entanto, facultar mais pormenores, garantindo apenas que existem indícios que a sustentam. Não sabe quando a investigação foi iniciada, em que fase está, se abarca mais do que um caso nem tão pouco a que crime diz respeito. Apesar da insistência durante a conferência de imprensa dedicada ao balanço da criminalidade do primeiro semestre, o secretário para a Segurança remeteu pormenores para mais tarde: “Não posso revelar [detalhes], peço desculpa. De acordo com o Código de Processo Penal (CPP), só podemos revelar no momento oportuno”. A Lei Relativa à Segurança do Estado, em vigor desde 2009, tipifica sete crimes contra a segurança do Estado elencados no artigo 23.º da Lei Básica, tais como traição à pátria, secessão, sedição ou subversão contra o Governo Popular Central e subtracção de segredos do Estado, cuja pena máxima chega aos 25 anos de prisão. Actualmente, estão a ser elaborados diplomas complementares à lei, que o Governo espera concluir até ao início do próximo ano. “Essa lei existiu sempre como quadro legal sem regulamentação de procedimentos, nem determinação da entidade executora, o que tem resultado, justamente, na ausência da aplicação das suas disposições”, afirmou, em meados de Abril, Wong Sio Chak, ao justificar a necessidade de mexidas. Questionado ontem sobre a existência de ameaças à segurança do Estado em Macau, Wong Sio Chak respondeu: “Quando falamos de segurança do Estado falamos da China e acho que são óbvias as ameaças sentidas pela China ao longo dos anos”. “Vamos continuar a reforçar o combate – é uma das responsabilidades das autoridades da RAEM. (…) Não podemos restringir só a Macau. Precisamos de fazer o combate contra esses crimes de uma forma global”, insistiu. As forças hostis Quanto às “forças hostis” que andam “a aproveitar Macau como trampolim para conduzir actividades de infiltração e intervenção” contra a China – sinalizadas num artigo dedicado à segurança do Estado recentemente publicado no ‘site’ do seu gabinete – estão relacionadas com a criminalidade transfronteiriça, afirmou o secretário para a Segurança. “Com o avanço da tecnologia e a facilidade de mobilidade temos mais casos de crimes que vão de Macau para a China ou da China para Macau”, referiu, destacando a cooperação entre os dois lados da fronteira no âmbito do combate aos crimes transfronteiriços, em cuja esfera colocou tanto a usura como práticas que atentam contra a segurança do Estado. Sobre o departamento que vai ser criado no seio da Polícia Judiciária (PJ) para executar a lei relativa à defesa da segurança do Estado, Wong Sio Chak indicou apenas que o processo está em andamento, sem concretizar quando poderá iniciar em funções. Este departamento juntar-se-á a pelo menos outros dois novos (um dedicado à cibersegurança e outro ao terrorismo) também em preparação, os quais vão levar à reestruturação da PJ que Wong Sio Chak espera efectivada “o mais breve possível”.
João Luz Entrevista MancheteMiguel Rodrigues Lourenço, investigador, sobre a Inquisição em Macau: “A prática do poder é sempre objecto de negociação” Apesar do Santo Ofício ter actuado no território de uma forma cuidada para não destabilizar os interesses mercantis de Macau, foram enviados para Goa muitos condenados. Por cá, as sentenças eram ouvidas no Convento de Santo Agostinho. O investigador Miguel Rodrigues Lourenço, autor de “A Articulação da Periferia: Macau e a Inquisição de Goa (c. 1582- c. 1650)”, desvenda-nos um passado cheio de enigmas Macau foi um refúgio para quem escapava às garras do Santo Ofício. Que condições oferecia a estes refugiados? Macau era demasiado importante do ponto de vista mercantil para o Estado da Índia e também como centro logístico no acesso às missões da China, do Japão e do Sueste Asiático. Talvez por esses motivos não se conheça qualquer intervenção inquisitorial destrutiva ou desestabilizadora em Macau que tenha tido como consequência o afastamento de figuras-chave ou uma renovação da sua elite mercantil. Isso pode ter criado condições favoráveis a uma migração de cristãos-novos para Macau, como o sugere genericamente alguma documentação, mas devido à destruição do arquivo do Santo Ofício de Goa é difícil quantificar quantos estariam em fuga do tribunal e quantos procuravam aproveitar as oportunidades comerciais. Além de tudo isto, Macau era também um espaço cujo grau de institucionalização era bastante reduzido no século XVI, acelerando-se a presença dos representantes da Coroa no século seguinte. Quem foge da justiça, qualquer tipo de justiça, quem procura ganhar distância, foge para as margens, onde o poder é, pelo menos, menos visível. A presença do Santo Ofício traz um conjunto de novas leis ao ordenamento jurídico de Macau. Há algum registo de como esta novidade legal foi recebida? A presença do Santo Ofício traz, para a população, sobretudo um dever de consciência, um dever de denunciar quem tem comportamentos suspeitos para preservar a comunidade católica da exposição a exemplos que possam pôr em causa a sua ulterior salvação no quadro do cristianismo romano. Em termos pessoais, esse dever passa a ser uma realidade quotidiana da população a partir do momento em que reside no território um representante do tribunal de Goa, o comissário do Santo Ofício. Este deveria, uma vez em posse das denúncias, remetê-las a Goa e aguardar a resposta do tribunal. Nos inícios da representação inquisitorial em Macau, estas funções couberam ao bispo D. Leonardo de Sá em virtude de uma comissão passada pelo próprio inquisidor-geral de Portugal. Por isso, não há uma oposição do poder episcopal. Mas houve resistências de sectores da população pouco depois da chegada do bispo. Por exemplo, sabemos que um importante mercador cristão-novo chamado Pedro Fernandes d’Arias subornou algumas pessoas para que lhe fossem reveladas as culpas que tinham sido reunidas em Macau contra a sua mulher, Francisca Teixeira, também cristã-nova, e que tinham sido enviadas à Inquisição de Goa. A tentativa foi descoberta e ambos foram processados pelo tribunal. A dependência administrativa/religiosa de Goa provocou algum ressentimento em Macau. Até que ponto o alcance do Santo Ofício até Macau teve um papel nesse ressentimento? Há uma imagem muito forte na memória colectiva sobre Macau, a de uma trajectória de autonomia do território, que faz pensar que naturalmente o Santo Ofício seria percepcionado como mais um dispositivo de poder que poderia reforçar o controlo de Goa sobre Macau. Aliás, difícil é pensar que o poder que se manifesta de forma coerciva possa ser sentido senão como exógeno ao quotidiano das populações que o experienciam. Mais no caso da Inquisição, que deixa um escassíssimo espaço para manifestações críticas sobre a sua validade ou valência no seio da sociedade em que se inscreve. Em Macau, tais manifestações de desconforto acerca da presença do Santo Ofício são reduzidas e foram produzidas num contexto de tensão social entre facções onde estava em causa o correcto desempenho do comissário do Santo Ofício. Isso faz com que o valor desses testemunhos enquanto espelho de uma realidade esteja comprometido pela intenção com que os textos foram escritos. Mas a prática do poder, mesmo quando é identificada como absoluta, é sempre objecto de negociação. E esse é o lado da história do ressentimento em relação a Goa que falta fazer. Porque um dos lados do poliedro que forma a história de Macau é preenchido por Goa e pelas profundas solidariedades existentes entre as duas cidades que sustentam operações comerciais, protagonismos sociais ou estratégias colectivas em Macau. Houve alguma figura entre o comissariado do Santo Ofício em Macau que se tenha distinguido como alguém de relevo em Macau? Eu destacaria, sobretudo, o primeiro, D. Leonardo de Sá, que recebeu do inquisidor-geral uma comissão que o nomeava como inquisidor sobre os naturais do seu bispado recentemente convertidos ao catolicismo (chineses e japoneses, portanto). Infelizmente, nada sabemos sobre a sua actividade neste domínio. Quanto aos portugueses, deveria remeter as denúncias a Goa, funcionando, na prática, como comissário. A chegada de D. Leonardo de Sá a Macau significou a presença de uma nova autoridade eclesiástica, de resto terá o seu próprio juízo, o seu próprio tribunal, que no domínio formal contrabalançava o ascendente espiritual da Companhia de Jesus entre os moradores de Macau. Mesmo que esse ascendente tenha permanecido nas décadas seguintes, a presença do bispo alterava necessariamente as configurações dos poderes eclesiásticos locais, introduzindo um elemento concorrencial. De facto, a figura de D. Leonardo não foi sempre grata aos jesuítas que residiam na cidade. A partir do momento em que a Inquisição está em Macau, qual a extensão da sua influência na sociedade local? Que tipo de castigos eram aplicados? A Inquisição teve uma trajectória variada do ponto de vista dos moradores de Macau que processou. Foi no século XVI que se registou o maior número de casos contra cristãos-novos com acusações de judaísmo, bem como de obstaculizar a actuação do Santo Ofício. No século XVII, a tipologia de acusações é muito variada: envolve feitiçaria, sodomia, apostasia, islamismo. Houve mesmo um ex-comissário do Santo Ofício que foi julgado por conduta irregular no desempenho das suas funções. Mas o caso mais sonante é, sem dúvida, o do julgamento das quase duas dezenas de clérigos que negaram a sua obediência a frei António do Rosário, governador do bispado e interlocutor habitual do Santo Ofício em Macau. Os clérigos foram enviados para Goa, onde foram julgados no tribunal do arcebispado e na Inquisição por fomentarem o cisma no seio da Igreja e por obstaculizarem a actuação do Santo Ofício. Tanto quanto a documentação permite averiguar, só no século XVIII é que encontramos chineses cristãos moradores em Macau processados em Goa. Há registos de chineses cristãos condenados pelo Santo Ofício antes, mas a sua ligação a Macau não está comprovada. O local por excelência de demonstração da justiça inquisitorial era a cidade-sede do tribunal, no caso, Goa, através dos autos-de-fé. No entanto, o tribunal podia determinar que um réu cumprisse a sua pena ou penitência na cidade onde o delito julgado pelos inquisidores ocorrera. Em Macau, alguns processados pelo Santo Ofício foram obrigados a ouvir a sua sentença no Convento de Santo Agostinho. As sentenças variaram muito, desde penas pecuniárias, desterro, açoutes e pelo menos uma pessoa foi condenada a ser relaxada, ou seja, a morrer pela fogueira. Há alguma informação de como a Inquisição se relacionava com a comunidade chinesa? A Inquisição não tinha jurisdição sobre não-cristãos, com excepção em situações de fautoria (promover a apostasia de um cristão) ou por prejudicarem o aumento da cristandade, como se dizia. Não consta, no entanto, que o tribunal de Goa tenha instaurado processos por esses motivos, e não porque faltassem notícias a esse respeito. Mas, ao mesmo tempo, a Inquisição de Goa não ficou indiferente à comunidade chinesa de Macau. Nos finais do século XVII, os inquisidores chegaram mesmo a destituir um dos seus comissários em Macau por entender que era conivente com as muitas procissões chinesas realizadas na cidade, nomeando outro para que tentasse pôr um fim a esses acontecimentos. O caso não veio a ter consequências de maior porque o comissário não recebeu qualquer apoio do Senado nesse sentido. Existem vestígios da presença de cristãos-novos em Macau, ou da sua influência na sociedade do território? Há um conjunto de preconceitos, no sentido de entendimentos a priori, cultivados pela historiografia sobre uma forte presença de cristãos-novos em Macau que a documentação não permite quantificar com segurança. No entanto, o facto de essa menção ser recorrente significa que o seu número deveria ter sido abundante ao ponto de constituir opinião corrente na época. Ora, esta dimensão, que aparentemente impressionava os contemporâneos, contrasta com a informação precisa disponível sobre os cristãos-novos de Macau. A identificação de alguém como cristão-novo está longe de ser uma realidade objectiva. Fazê-lo, nos séculos XVI ou XVII, era lançar sobre a pessoa um estigma social, a presunção de alguém ser um potencial judaizante. A existência de Macau, um espaço de institucionalização portuguesa em solo chinês, amparado por múltiplas parcerias asiáticas, exigia pragmatismo e compromissos. No que diz respeito aos cristãos-novos, esta necessidade fez com que Macau fosse, em larga medida, um espaço de silêncios que se reflecte, por exemplo, no reduzido número de processos por delitos de judaísmo, sobretudo quando comparado com Goa ou Cochim. Conhecemos alguns nomes de envergadura desigual ligados ao comércio, como Pedro Fernandes d’Arias, Pedro Rodrigues, António Galvão Godinho, Jorge Dias de Montoya, Jorge Vaz de Azevedo. A partir de meados do século XVII, deixamos de conseguir seguir na documentação a descendência destes cristãos-novos. As tensões entre ordens religiosas da primeira metade do século XVII colocaram Macau numa situação fracturante de conflito eminente. Até que ponto as nomeações dos comissários do Santo Ofício influenciaram esta situação? A distribuição das ordens religiosas pelos territórios asiáticos, a constituição das missões e, sobretudo, o seu sustento do ponto de vista financeiro foram tudo menos questões pacíficas entre jesuítas, dominicanos, franciscanos e agostinhos. Por haver destinos que atraíam mais os missionários que outros; por a entrada de uma nova ordem religiosa num dado território gerar o desagrado de quem já lá se encontra; e, muito importante, por o dinheiro da Coroa não chegar para todos, tudo isto foram factores que fizeram com que a relação entre as ordens no Estado da Índia tenha sido marcada por momentos ou episódios de especial tensão. As tensões, portanto, não surgem em Macau, mas agudizam-se aqui por várias razões. As missões da China e do Japão foram motivo de um profundo mal-estar entre jesuítas, de um lado, e mendicantes, do outro. A responsabilização mútua pela implosão da missão japonesa, as violentas críticas a respeito das respectivas estratégias de missionação na China, a competição pelo reconhecimento dos seus membros como mártires no Japão geraram, aqui sim, um forte ressentimento entre as ordens que se somou a uma já de si convivência difícil em Macau.
Flora Fong Manchete SociedadeLai Man Wa | Novo Macau pede investigação profunda A ANM quer que o Governo investigue mais e melhor a morte de Lai Man Wa. A associação acusa o Executivo de não ser claro e de não ter em consideração todas as hipóteses à volta do caso. Também Agnes Lam acusa o Governo de colocar em causa a relação entre as autoridades e o direito à informação [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Associação Novo Macau (ANM) pede ao Governo uma investigação aprofundada relativamente à morte da directora geral dos Serviços de Alfândega, Lai Man WA. Admitindo espanto e surpresa, a associação considera que as autoridades competentes não investigaram todas as possibilidades na morte da directora. Numa declaração emitida ontem à comunicação social a ANM apresentou as suas condolências à família da vítima e apelou a que o caso não seja esquecido. Para a associação é inacreditável a definição e publicação de suicídio, avançado pelo Governo. “A rapidez da realização de uma conferência pelo Chefe do Executivo, Chui Sai On, após apenas quatro horas do descobrimento da morte” é estranha, diz a associação. O grupo destaca ainda a insistência, por parte do Governo, em frisar que a vítima não estaria envolvida em casos suspeitos. Para o grupo pró-democrata, o Governo não investigou todos os ângulos possíveis, não investigou todas as possibilidades, e resolveu tirar conclusões dentro de um curto espaço de tempo, ignorando todos os pontos dúbios da situação. “Se um alto funcionário do Governo morre em circunstâncias tão anormais e o Governo de Macau decide encerrar o caso em apenas quatro horas, como é que os cidadãos comuns podem sentir que estão protegidos pela segurança e justiça?”, questionou Scott Chiang, presidente da ANM. Com isto, o associação pede que seja elaborada uma investigação exaustiva sobre o caso e que sejam divulgadas as informações obtidas desse trabalho, mantendo sempre o respeito pela vítima. É preciso, alega, que o Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, conjuntamente com o Ministério Público (MP) investiguem e publiquem as informações. Aviso selectivo Também para Agnes Lam, docente de Comunicação na Universidade de Macau (UM), há algo de muito errado em todo o caso. A começar pelo tempo em que aconteceu o caso e a chegada da informação aos meios de comunicação. Numa linha cronológica a morte de Lai Man Wa é apontada para as 15h30, tendo sido confirmada pelas 17h40, as só às 19h30 é foi convocada uma conferência de imprensa. Wong Sio Chak explicou, na altura, que esta diferença de horas aconteceu porque o prioritário era o socorro e não as entrevistas. Para Agnes Lam esta justificação é “errada e irracional”. A docente considera que uma coisa não invalida a outra. “Avisar os meios de comunicação nunca iria impedir o socorro, são duas coisas que não entram em conflito. Esta diferença de horas prejudica o direito à informação que o público tem. Quando os jornalistas chegaram o corpo já tinha sido transportado, só o local é que estava disponível para investigar”, defendeu. Agnes Lam acha que o caso é muito sensível e de muito interesse para o público, daí ser necessário a notificação imediata. “O mecanismo de notificação é a confiança mútua entre as autoridades e os meios de comunicação. Pode ser estar em causa e ser destruída caso haja uma selecção na informação”, argumentou. Com 56 anos, Lai Man Wa, era casada e mãe de dois filhos. Licenciada em Ciências Policiais, pela Escola Superior das Forças de Segurança de Macau, e mestre em Administração Pública, pela Universidade de Zhongshan, iniciou a carreira profissional em Abril de 1985, na Polícia Marítima e Fiscal. As cerimónias fúnebres começaram na quarta-feira em que milhares de pessoas e membros do Governo prestaram a sua homenagem. O funeral decorreu ontem onde apenas familiares e amigos mais próximos puderam estar presentes. O Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, marcou também presença.