Cerca de 1.100 pessoas vivem em apartamentos para idosos

Até 7 de Março, quase 1.100 pessoas habitavam nos prédios para idosos, um tipo de habitação pública que pode ser arrendada por residentes com mais de 65 anos. A informação foi revelada pelo Instituto de Acção Social (IAM), na mais recente reunião do Comissão para os Assuntos do Cidadão Sénior.

A comissão reuniu na quarta-feira, e contou com a presença da secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, O Lam, que ouviu ainda que as 1.100 passaram a ocupar as casas no âmbito de cerca de 740 candidaturas.

Em relação a pedidos de outras pessoas para se mudarem para os apartamentos para idosos, os representantes do IAS, entre eles o presidente How Wai, apontaram que estão a lidar com os processos recebidos entre Janeiro do ano passado e 14 de Fevereiro deste ano. Os trabalhos seguintes incluem a avaliação das candidaturas recebidas e a sua ordenação, tendo em conta também a capacidade dos candidatos. Apenas as pessoas consideradas independentes se podem candidatar a este tipo de habitação pública. No entanto, o número de candidaturas que estão a ser classificadas e organizadas não foi indicado.

Evitar o isolamento

Na reunião foi ainda definido como trabalho prioritário a identificação dos casos de isolamento ocultos. Este é um trabalho que o IAS espera alcançar através da cooperação com “as instituições particulares” e a melhoria dos “actuais serviços”.

Por outro lado, as autoridades prometeram “inteirar-se da situação habitacional dos idosos de Macau através da realização do ‘Inquérito aos beneficiários do Subsídio para Idosos que residem na RAEM’” e “aumentar as equipas de serviço extensivo ao exterior”. Desta forma, o IAS acredita poder “prestar carinho aos idosos ocultos” e facultar-lhes serviços e apoio necessários.

O inquérito encontra-se em fase de preparação, e visa os idosos, ou casais de idosos, que vivem sozinhos e vai ser feito através de visitas porta-a-porta, ou pedidos de informações junto de vizinhos ou de estabelecimentos comerciais.

28 Mar 2025

Pagamentos | Instituições ensinam idosos a usar telemóveis

Um inquérito revelou que mais de três quartos dos inquiridos com mais de 60 anos não sabem fazer pagamentos electrónicos. Nesse sentido, o Governo está a incentivar instituições sociais a organizar cursos e palestras para ensinar idosos a usar aplicações móveis. Além disso, os CTT lançaram descontos para idosos na compra de telemóveis

 

No ano passado, a Associação Geral dos Idosos Respeitosos de Macau efectuou um inquérito sobre o uso de telemóveis por parte de pessoas com mais de 60 anos. Apesar de mais de 90 por cento ter respondido que usava telemóvel, 76,8 por cento admitiu não saber fazer pagamentos electrónicos e 18,6 por cento dos inquiridos afirmaram que os pacotes de dados móveis e os telemóveis são caros, reduzindo ao mínimo o seu uso.

As estatísticas foram apresentadas pelo deputado Leong Hong Sai, numa interpelação escrita, em que conclui que “a consciência dos idosos sobre o uso das tecnologias inteligentes” é fraca. Em resposta, o presidente do Instituto de Acção Social (IAS), Hon Wai, elencou uma série de medidas destinadas a apetrechar os mais velhos com conhecimentos tecnológicos.

Com o intuito de “fomentar a generalização informática”, o IAS tem incentivado instituições sociais “a ensinar os idosos a utilizar equipamentos informáticos, incluindo smartphones, através dos cursos recreativos, workshops, cursos ou palestras”. Hon Wai destacou a utilidade do uso de aplicações como a “Conta Única”, “Localização dos Autocarros” e a “Plataforma de Dados de Saúde de Macau”.

Além disso, o presidente do IAS referiu que, para “demonstrar o carinho para com os idosos, os CTT têm vindo a incentivar os operadores de serviços de telecomunicações móveis a lançar benefícios especialmente concebidos para esta faixa etária”. Os planos oferecem “dados ilimitados com velocidade restrita e permitem a compra de telemóveis a preços promocionais”.

Estar alerta

O presidente do IAS lembrou ainda que a população mais velha pode também inscrever-se em cursos do programa de desenvolvimento e aperfeiçoamento contínuo para aplicações de telemóvel e utilização segura da internet.

Hon Wai salientou também o esforço para evitar que a população mais velha seja vítima de burlas. Além das acções de sensibilização em instituições sociais que oferecem serviços a idosos, as autoridades policiais realizaram, no ano passado, 126 “palestras anti-burla”, nas quais participaram mais de 8.300 pessoas.

A par disso, no ano passado, “a Polícia Judiciária deslocou-se a restaurantes chineses, recreios, mercados e áreas de vendilhões” para sensibilizar os idosos a estarem atentos a esquemas de burlas.

27 Mar 2025

Envelhecimento | Alvis Lo promete mais recursos

O director dos Serviços de Saúde, Alvis Lo, prometeu um aumento do investimento nos cuidados de saúde, de forma a lidar com o envelhecimento da população. A promessa foi deixada durante uma reunião do Conselho para os Assuntos Médicos, em que Alvis Lo participou na condição de presidente.

De acordo com o comunicado oficial, o presidente do conselho indicou que “os Serviços de Saúde continuam a investir mais recursos, começando pela cadeia de serviços de prevenção, tratamento e reabilitação, através da prestação de serviços médicos especializados, de cuidados de saúde comunitários e de serviços médicos de proximidade”. Desta forma, Alvis Lo acredita que será possível disponibilizar serviços mais “abrangentes e adequados aos idosos”.

Por outro lado, Alvis Lo indicou que os SS estão apostados em “promover activamente a implementação do Plano de Acção para Macau Saudável”, para “apoiar os idosos na formação de um estilo de vida saudável, elevando a sua qualidade de vida e o seu nível geral de saúde”.

O responsável acrescentou ainda que é necessário “reforçar a cooperação interdepartamental do Governo e de incentivar a participação das associações”, para melhorar a qualidade dos serviços de saúde prestados.

13 Mar 2025

Idosos | IAS pondera ajustar valor de subsídio

Sem se comprometer, e lembrando que o subsídio para idosos subiu 7,5 vezes desde 2005, o Governo afirma que irá ponderar ajustar o valor do apoio de acordo com a situação económica da sociedade, as disposições orçamentais e a atribuição de outros apoios sociais. No ano passado, cerca de 130 mil idosos receberam o subsídio de 9.000 patacas

 

O Governo de Sam Hou Fai vai estudar a possibilidade de ajustar os montantes dos apoios sociais destinados a idosos, como o subsídio e a pensão para idosos. A garantia foi dada pelo presidente do Instituto de Acção Social (IAS), Hon Wai, em resposta a uma interpelação escrita de Nick Lei.

Em relação à pensão para idosos, que se mantém em 3.740 patacas mensais desde o início de 2020, e às prestações do regime de segurança social, o Fundo de Segurança Social (FSS) irá estudar a sua adaptação “ao desenvolvimento social”, para “dar resposta às necessidades reais dos residentes”. Para optimizar o mecanismo de ajuste regular das prestações e a indexação da base da pensão para idosos ao valor do risco social, Hon Wai indicou que será tomada em conta “a situação financeira do próprio FSS, o desenvolvimento socioeconómico” e os resultados da avaliação do ‘Índice de Preços do Consumidor Idoso’”.

Em relação ao subsídio para idosos, cujo valor de 9.000 patacas não é revisto desde 2018, o Governo indica que, “no futuro”, “irá ponderar a possibilidade de ajustar o montante de acordo com a situação económica da sociedade, as disposições orçamentais e as diversas medidas de apoio social”.

Ho Wai salienta também que, desde a sua implementação, o subsídio para idosos subiu 7,5 vezes “de 1.200 patacas em 2005 para 9.000 patacas em 2024”, valor que se mantém inalterado nos últimos seis anos. No ano passado, o subsídio foi distribuído no dia 17 de Outubro a 130.641 beneficiários, e teve um valor global aproximado superior a 1,175 mil milhões de patacas.

Por outras vias

O presidente do IAS salientou ainda outros benefícios para idosos contemplados na rede de apoios sociais da RAEM, como a comparticipação pecuniária, vales de saúde, repartição extraordinária de saldos orçamentais, assistência médica e transportes públicos gratuitos, que garantem “uma protecção básica a vários níveis da vida quotidiana”.

Em relação à população mais velha em dificuldades financeiras, Hon Wai indicou que o Governo “estabeleceu um mecanismo regular para prestar apoio às famílias que não tenham recursos económicos suficientes para satisfazer as necessidades básicas”. Assim sendo, famílias monoparentais, com doentes crónicos ou membros deficientes que sejam beneficiárias do subsídio regular podem também receber o subsídio especial para famílias em situação vulnerável.

21 Fev 2025

Monóxido de carbono | Idoso hospitalizado devido a intoxicação

Os Serviços de Saúde revelaram ontem que um idoso de 79 anos teve de receber tratamento médico no Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário depois de ter desmaiado devido a uma intoxicação por monóxido de carbono.

O caso aconteceu na tarde de domingo no Edifício Vai Long (Bloco I), na Alameda da Tranquilidade, quando o residente tomava um duche numa casa de banho onde está instalado um esquentador a gás. O residente “começou a sentir tonturas súbitas e acabou por cair inanimado no chão da casa de banho”, onde foi encontrado por familiares, que chamaram de imediato uma ambulância. No Hospital Conde de São Januário fez testes laboratoriais, que revelaram concentrações de hemoglobina de monóxido de carbono. O idoso foi “submetido a tratamento de oxigenoterapia hiperbárica” e encontra-se actualmente em estado considerado estável.

As autoridades acrescentam que o esquentador a gás foi instalado na casa de banho há mais de uma década, e que apesar da instalação de um exaustor de ventilação, a casa de banho não tem janelas. No momento da ocorrência, o exaustor não estava ligado e as autoridades suspeitam que o incidente tenha sido causado pela falta de manutenção do aparelho e pela acumulação de gás residual num ambiente com má ventilação.

12 Fev 2025

Idosos | Aplicação de deslocações em fase experimental

As residências para idosos construídas pelo Governo vão servir de tubo de ensaio para uma aplicação móvel que conta os passos dados pelos residentes, para confirmar a sua condição e segurança quando fazem deslocações fora do normal. O Governo vai também apostar em equipamentos de localização para acudir a emergências no exterior

 

O envelhecimento da população na última década obrigou o Governo a prestar atenção às condições de vida e às necessidades de serviços dos idosos isolados e das famílias com casais de idosos.

Em resposta a uma interpelação escrita de Leong Hong Sai, o presidente do Instituto de Acção Social (IAS) indicou que a Residência do Governo para Idosos será palco para a fase experimental de uma aplicação móvel que monitoriza os passos dos idosos. Quando a contagem de passos for anormal, refere o presidente do IAS, Hon Wai, o idoso será contactado para “confirmar a sua condição e segurança”. O responsável acrescentou ainda que, numa fase posterior, o serviço será gradualmente expandido para outras zonas de Macau.

Outra ferramenta destacada pelo presidente do IAS para lidar com o problema dos idosos isolados, é o serviço de teleassistência “Peng On Tung”, que será actualizado, com a “introdução de dispositivos inteligentes vestíveis com funções de posicionamento”. Hon Wai indica que o serviço permite acudir a pedidos de “apoio emergente no espaço exterior aos utilizadores”.

O responsável adianta ainda que, “actualmente, o IAS está a discutir com o Peng On Tung a introdução de mais programas inteligentes e tecnológicos inovadores para reforçar o apoio aos utilizadores”.

Mobilizar a sociedade

Além do apoio material e de cuidados, Leong Hong Sai apelou ao Governo para não descuidar a saúde mental. Neste aspecto, o presidente do IAS indica que tem cooperado com instituições sociais no sentido de desenvolver programas de apoio aos cidadãos seniores isolados, com o aumento da frequência das chamadas e visitas. O objectivo é “compreender em tempo útil as necessidades dos idosos e prestar a assistência necessária”.

A intervenção social para apoiar os mais velhos pressupõe ainda a intervenção da comunidade, com o estabelecimento de uma rede de contactos com porteiros de edifício, vizinhos, lojas e organizações comunitárias “para ajudar a identificar os idosos ocultos na comunidade e fornecer-lhes apoios”.

Segundo os últimos censos, realizados em 2021, a população idosa com idade igual ou superior a 65 mais do que duplicou no espaço de uma década, representando na última grande análise demográfica mais de 12 por cento da população do território. Esta nova realidade trouxe uma série de desafios com alguns efeitos chocantes, como as mortes e abandono de idosos isolados e o aumento dos suicídios nas camadas mais velhas da população.

27 Nov 2024

Idosos | Lam Lon Wai pede medidas de combate ao isolamento

O deputado da FAOM considera que o número de idosos encontrados mortos em casa sem apoio “tem causado uma preocupação generalizada na sociedade”

 

O deputado Lam Lon Wai pede ao Governo para adoptar mais medidas de prevenção para evitar a repetição dos casos em que os idosos isolados são encontrados mortos em casa. O assunto é abordado numa interpelação escrita, depois de no início de Outubro ter sido registado mais um caso.

Segundo o legislador ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), o bem-estar dos idosos é uma preocupação comum a toda a sociedade local. Contudo, o deputado indica que “aconteceram casos graves de idosos que morreram sozinhos em casa”, o que “tem causado uma preocupação generalizada na sociedade”.

Face a esta realidade, Lam Lon Wai indica que é necessário “optimizar a atribuição de recursos dos serviços sociais, reforçar os mecanismos para detectar os casos ocultos”, para garantir que “os idosos de Macau são mais felizes”.

Como tal, o deputado dos Operários pergunta se o Governo vai investir mais recursos na base de dados do Instituto de Acção Social que agrega informações sobre os idosos ou casais de idosos. “As autoridades têm planos para aumentar a taxa de registo na base de dados?”, questionou.

E os megadados?

Por outro lado, Lam Lon Wai indica que no futuro a cooperação entre os diferentes departamentos do Governo e a utilização das tecnologias de megadados deve ser colocada à disponibilização da sociedade para lidar com a situação dos idosos solitários.

No entanto, considera que a protecção dos dados pessoais é um entrave com que o Governo vai ter de lidar, e por isso pretende que o Executivo tome as medidas necessárias para ultrapassar as limitações. O deputado explica que com uma maior partilha de informações entre os diferentes serviços é possível identificar padrões nos comportamentos dos idosos, permitindo saber se vivem sozinhos isolados ou têm apoios dos familiares.

Por último, Lam quer saber se o Governo está disposto para adoptar uma nova estratégia no combate ao isolamento: “A melhor maneira de lidar com os casos escondidos é implementar uma estratégia que aposta em primeiro lugar na prevenção. Por isso, é importante reforçar a promoção de padrões de vida social, como a aprendizagem ao longo da vida e a integração da participação activa nas actividades diárias dos idosos”, aconselha. “Nos próximos dez anos, as autoridades vão reforçar os preparativos para a vida futura dos trabalhadores reformados? Por exemplo, será que vai haver cooperação com as associações ou sindicados para a criação de actividades pós-trabalho, como seminários, palestras e outras?”, pergunta.

1 Nov 2024

IAS / Idosos | Iniciado processo de verificação de subsídio

Desde o início da segunda quinzena deste mês que o Instituto de Acção Social (IAS) desenvolve os trabalhos de verificação da situação dos idosos aptos a receber subsídio. De acordo com os números oficiais, este ano vai ser verificada a situação de aproximadamente 600 idosos.

O processo de verificação é iniciado com o envio de uma carta para os beneficiários do subsídio. Estes, podem depois “actualizar e confirmar os seus dados pessoais mediante o preenchimento do formulário, enviando, posteriormente, os respectivos documentos ao IAS juntamente com uma cópia do BIR”. As formalidades de verificação podem igualmente ser concluídas através da aplicação Conta Única de Macau.

O Subsídio para Idosos é atribuído aos residentes permanentes com mais de 65 anos. A distribuição do montante vai acontecer em Outubro no valor de 9 mil patacas por idoso. “Neste ano, o subsídio de 9.000 patacas será atribuído em Outubro, prevendo-se que o número dos beneficiários seja mais de 100.000 pessoas”, indicou o IAS.

Com base nos números oficiais, o Subsídio para Idosos implica um gasto do orçamento da RAEM de 900 milhões de patacas. De acordo com o IAS, o subsídio tem “o objectivo de demonstrar a sua atenção para com os idosos”.

26 Jul 2024

Pensão de idosos | Secretária pede a idosos para pouparem

A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, recusou a possibilidade de a pensão para idosos ser aumentada a curto prazo, depois de ter sido questionada pelo deputado Leong Hong Sai.

A secretária considerou mesmo que o sustento dos idosos deve resultar das poupanças acumuladas ao longo da vida, e dos apoios da família. “Na verdade, no sistema de segurança social de Macau para a terceira idade existem vários suportes, e a pensão para idosos nunca é a única fonte de apoio aos idosos”, afirmou. “Uma vida financeiramente estável depois de aposentação dos residentes depende principalmente da poupança pessoal e dos suportes familiares, para além da garantia básica fornecida pelo Governo da RAEM para a velhice. Portanto, os residentes devem planear, com antecedência, a sua carreira para aumentar a qualidade da vida após a aposentação”, considerou.

Apesar da posição, Elsie Ao Ieong U mostrou abertura para que no futuro seja calculado um índice de preços no consumidor virado para os hábitos de consumo das pessoas mais velhas, para se perceber quando é necessário actualizar as prestações sociais.

“A Direcção de Serviços de Estatística e Censos […] tentará efectuar um estudo destinado aos agregados familiares inquiridos que tenham membros da terceira idade”, afirmou a secretária. “Analisando a representatividade e a estrutura de consumo dessas amostras, e no pressuposto de garantir que a qualidade dos dados esteja em conformidade, irá estudar a viabilidade de criar o índice de preços no consumidor sénior”, reconheceu.

26 Mar 2024

Envelhecimento | Normas para prestadores de cuidados implementadas na China

A China implementou a primeira norma laboral nacional para profissionais de cuidados de longa duração em resposta ao envelhecimento da população do país, informou ontem a imprensa local.

A iniciativa, lançada pelo Ministério dos Recursos Humanos e da Segurança Social em conjunto com a Administração Nacional de Segurança da Saúde, tem como objectivo melhorar a qualidade e as competências dos trabalhadores que prestam cuidados de longa duração, segundo o jornal oficial em língua inglesa China Daily.

A nova norma estipula que os trabalhadores especializados em cuidados de longa duração para pessoas que perderam a capacidade de cuidar de si próprias devem possuir “conhecimentos e competências básicas” em enfermagem e cuidados para poderem trabalhar em lares, casas de repouso ou hospitais.

A profissão estará aberta a pessoas com mais de 16 anos de idade, sem restrições quanto ao nível de escolaridade, e terá um sistema de avaliação em três níveis, com base nas competências dos trabalhadores: um trabalhador de nível inicial deverá ajudar na limpeza facial, dentária e corporal e na alimentação, entre outras tarefas, enquanto um profissional de nível superior poderá oferecer apoio psicológico e aconselhamento de saúde a doentes crónicos, entre outras responsabilidades.

Wu Xiaolan, investigador do Centro de Investigação do Envelhecimento da China, disse ao jornal que os cuidados aos idosos são um “problema urgente” devido ao “aumento da população idosa” e à “escassez de trabalhadores qualificados no sector”.

“Os actuais serviços de enfermagem, principalmente centrados nos cuidados básicos de vida e nos serviços domésticos, podem não satisfazer as necessidades futuras dos idosos, especialmente nos serviços de reabilitação e psicológicos”, acrescentou Wu.

14 Mar 2024

Idosos | Deputados pedem aumento da pensão

Os deputados Zheng Anting e Ella Lei defendem que o Governo deve aumentar o montante de pensão para idosos, um apoio social que não sofre qualquer ajustamento desde 2020.

Ouvido pelo jornal Exmoo, Zheng Anting lamentou que o valor da pensão para idosos seja apenas de 3.740 patacas por mês, inferior ao montante que o Governo considera necessário para sobreviver no território, o chamado “valor do risco social”. Este valor está actualmente estabelecido em 4.230 patacas.

O deputado indicou também que apenas 29.855 idosos recebem o montante completo da pensão, pelo que há uma parte muito significativa da população a receber apenas uma fracção das 3.740 patacas por mês.

O deputado ligado à comunidade de Jiangmen justificou ainda a necessidade de aumentar o valor da pensão porque o índice de preços no consumidor, nos produtos mais consumidos pela população idosa, levou ao aumento contínuo do custo de vida. Entre os produtos mais caros, Zheng indicou a comida, bebidas, produtos de saúde e serviços domésticos. Segundo o deputado, ao longo do ano passado, estes preços subiram mais de três por cento, o que representa o empobrecimento real das pessoas que dependem da pensão para idosos.

Por seu turno, a deputada Ella Lei defendeu que como a economia mostra melhorias face aos anos anteriores, o Governo tem nova margem para aumentar o valor da pensão e corrigir o congelamento que vigora desde 2020.

13 Mar 2024

Trabalho | Cerca de 3 mil desempregados com mais de 45 anos

O ano passado terminou com 3.227 desempregados com mais de 45 anos. A situação é mais preocupante para quem tem mais de 65 anos. Em 2023, a DSAL encontrou colocação no mercado de trabalho para 137 idosos, mas o ano terminou com 795 desempregados

 

No final de 2023, um total de 3.227 desempregados registados junto da Direcção de Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) tinha 45 anos, ou mais. Os dados foram disponibilizados pelo organismo liderado por Wong Chi Hong, na resposta a uma interpelação do deputado Leong Sun Iok.

Segundo a informação avançada, 2.432 desempregados que procuravam emprego activamente tinham entre 45 e 64 anos. A maioria, 88 por cento, ou cerca de 2.140, possuíam qualificações académicas limitadas, que não chegavam ao ensino superior.

No que diz respeito aos indivíduos com 65 anos ou mais, havia no final de Dezembro um total de 795 pessoas à procura de um emprego. Também neste caso, destaca a DSAL, as qualificações académicas dos desempregados são uma limitação, dado que 97 por cento, ou 771 tinham qualificações abaixo do ensino superior.

Apesar destes números, a DSAL indicou que ao longo do ano passado várias pessoas com mais de 45 anos conseguiram encontrar um emprego.

No primeiro ano de recuperação económica, depois do Governo ter sido autorizado a levantar as políticas de zero casos de covid-19, um total de 2.810 pessoas com mais de 45 anos e até 64 anos encontrou um novo emprego.

Os processos de procura de emprego através da DSAL fizeram também com que 137 pessoas com mais de 65 anos conseguissem emprego.

O cenário é mais preocupante entre as pessoas com 65 anos. Quando se compara o número dos desempregados no final de Dezembro com o número de pessoas contratado ao longo do ano, a taxa de sucesso é de 17,2 por cento.

 

Requalificação profissional

Na resposta ao deputado, a DSAL sublinha que tem trabalhado para desenvolver as competências profissionais dos idosos e organizado vários “cursos de formação”, o que acontece desde 2006. Só no ano passado, estes programas terão atraído cerca de 234 interessados.

“A DSAL irá prestar especial atenção à evolução do mercado de trabalho e proporcionar formação profissional personalizada para responder às necessidades de formação dos vários sectores e dos residentes de Macau, bem como continuar a melhorar e a reforçar as medidas de emprego relevantes, de modo a aumentar as oportunidades de emprego para os idosos que têm capacidade e vontade de trabalhar”, foi prometido.

A DSAL prometeu ainda ir fazer um balanço da eficácia dos mecanismos de colocação de idosos e das políticas sociais.

28 Fev 2024

Emprego | Pedidas soluções para pessoas de meia idade e idosos

Com uma população cada vez mais envelhecida, o deputado da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) está preocupado com a falta de um programa geral de emprego para os mais velhos e com as poucas oportunidades no mercado do trabalho

 

O deputado Leong Sun Iok defendeu a necessidade de o Governo lançar um programa de emprego focado nas pessoas de meia idade e nos idosos. O assunto foi abordado numa interpelação escrita, divulgada ontem pelo gabinete do legislador ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM).

Segundo os argumentos do deputado, Macau caminha para se tornar uma sociedade cada vez mais envelhecida, mas os avanços médicos fazem com que as pessoas, mesmo depois de chegarem à idade da reforma, possam e queiram continuar a trabalhar.

Leong Sun Iok indica igualmente que apesar destas pessoas desejarem trabalhar, “encontram frequentemente obstáculos” na procura de um emprego. A esta situação juntam-se os receios, que começam na meia-idade, de não serem capazes de encontrarem um trabalho, no caso de ficarem desempregados.

Contudo, apesar do Executivo estar ciente desta realidade, o deputado aponta que “o Governo não tem um plano geral para lidar com os problemas do emprego das pessoas de meia idade e idosos”.

Face a esta falha, o legislador quer saber o que pode ser feito. “Será que o Governo vai considerar realizar inquéritos para apurar as razões que fazem com que as pessoas de meia-idade e idosos estejam desempregados?”, questiona.

Leong Sun Iok destacou também a necessidade de se estudarem “as razões que pesam nas decisões das pessoas de meia idade e os idosos” quando decidem, ou não, continuar a trabalhar após chegarem à idade da reforma.

No mesmo sentido, defende que deve haver uma maior comunicação com as empresas para saber o tipo de incentivos que podem aumentar a empregabilidade dos mais velhos.

Dados concretos

Nos últimos anos, a Direcção de Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) tem realizado várias feiras de emprego.

Leong vem agora pedir os dados da taxa de sucesso na contratação de pessoas com mais de 45 anos. “Em relação às pessoas com 45 anos ou mais, quantas estão registadas como desempregadas? Quantas estão activamente à procura emprego? E quantas conseguiram encontrar emprego depois de recorrer aos serviços de ofertas de emprego?”, questiona o legislador.

O deputado recordou ainda que durante a apresentação pelo Executivo das Linhas de Acção Governativa para este ano, o Governo afirmou que ia ter em conta as condições dos mais velhos e melhorar os canais de comunicação com associações locais, de forma a promover mais oportunidades de emprego.

Face a essa promessa, Leong Sun Iok quer saber como estão a avançar os planos e que considerações preliminares existem.

7 Fev 2024

Governo apresenta medidas para desenvolver economia para idosos

O Governo chinês publicou ontem várias medidas para desenvolver a economia relacionada com a população idosa, face ao rápido envelhecimento da sociedade chinesa.

O Conselho de Estado (Executivo) publicou um documento que se centra em quatro aspectos: resolver os problemas urgentes dos idosos, expandir a oferta de produtos para esta faixa etária, cultivar sectores potenciais e reforçar o apoio financeiro a estas indústrias. De acordo com o ministério dos Assuntos Civis, existem cerca de 280 milhões de pessoas com mais de 60 anos no país, ou seja, 19,8 por cento da população total.

O documento sublinha a necessidade de apostar na inovação dos produtos destinados aos idosos, no desenvolvimento de novas formas de cuidados inteligentes, na indústria da reabilitação e dos dispositivos de assistência e na indústria antienvelhecimento.

O mesmo documento incentiva o desenvolvimento de alimentos saudáveis e soluções médicas especiais que se adaptem à forma como os idosos comem e mastigam ou o fabrico de veículos “que cumpram as normas técnicas e facilitem o transporte sem barreiras para os idosos”.

O Conselho de Estado também prioriza os “dispositivos inteligentes” para cuidados domiciliários e promove a utilização de robots para cuidar dos idosos, realizar tarefas domésticas e evitar que os idosos se percam.

As autoridades chinesas apelam também ao reforço da investigação e da aplicação da tecnologia genética, da medicina regenerativa e dos lasers no domínio do tratamento do envelhecimento. O documento salienta ainda que a oferta de produtos financeiros para os idosos deve ser aumentada e que os produtos de pensões e de seguros comerciais para os reformados devem ser diversificados.

Desafios e tecnologia

Hu Zuxiang, director do Gabinete de Desenvolvimento Populacional do Departamento de Previsão Económica do Centro Nacional de Informação, disse aos meios de comunicação locais que a tecnologia é a “primeira força motriz para o desenvolvimento da economia relacionada com as pessoas com mais de 60 anos”.

O Governo chinês apelou a “projectos para melhorar a adaptabilidade digital dos idosos”, numa altura em que cada vez mais serviços na China são realizados através de pagamentos móveis ou através da rede social local Wechat. Estima-se que, em 2035, haverá mais de 400 milhões de pessoas com mais de 60 anos no país asiático, o que representa mais de 30 por cento da população da China.

As autoridades alertaram para o facto de o envelhecimento da população colocar vários desafios à prestação de serviços públicos e à sustentabilidade da segurança social. A China encerrou o ano passado com 1.411,75 milhões de habitantes, tendo registado 9,56 milhões de nascimentos e 10,41 milhões de mortes.

17 Jan 2024

Idosos | Deputados apelam à subida das pensões, mas Governo rejeita

O Chefe do Executivo afastou o aumento das pensões para idosos, garantindo que será feita nova avaliação no próximo ano. Ho Iat Seng garantiu que a classe sénior tem apoios suficientes e que “nenhum idoso vai ficar na rua”, enaltecendo ainda a importância do trabalho feito pelos mais velhos

No dia do debate na Assembleia Legislativa (AL) sobre o relatório das Linhas de Acção Governativa (LAG) para o próximo ano, a falta de aumentos em termos de apoios sociais, nomeadamente a reforma para idosos, foi um dos temas quentes do debate. Contudo, e apesar de várias questões colocadas pelos deputados nesse sentido, o Governo afasta, para já, o aumento das pensões, actualmente com o valor mensal de 3.740 patacas.

“O valor da pensão para idosos não está relacionado com o nosso PIB [Produto Interno Bruto], mas com o regime de segurança social relativamente ao artigo 26”, que define que o montante das prestações da segurança social é fixado por despacho do Chefe do Executivo após ser ouvido o Conselho Permanente de Concertação Social.

“Em 2019 fizemos um estudo em relação ao mecanismo de ajustamento das pensões, temos uma base legal para isso. No próximo ano iremos fazer novos cálculos para ver se é possível ajustar a pensão para idosos. Como temos um mecanismo de actualização não vale a pena estarmos aqui a discutir”, frisou Ho Iat Seng.

A deputada Ella Lei, ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), sublinhou as dificuldades sentidas pelos idosos. “Temos um elevado envelhecimento da população e o número de idosos mais que duplicou. Há que aperfeiçoar as medidas. O Governo vai rever as pensões? O tempo de espera para um lar é superior a um ano e os apoios aos cuidadores não são suficientes. Muitos idosos receiam não conseguir suportar as despesas do dia-a-dia e da habitação para idosos”, argumentou a deputada.

Por sua vez, Ho Iat Seng lembrou que “há dois níveis [de alojamento para idosos], com lares e residências”. “Os nossos idosos não vão ficar na rua, vamos cuidar deles”, garantiu, frisando que muitos reformados têm poupanças. “Nós, chineses, temos as poupanças para a nossa velhice. Caso haja necessidade, terão o apoio do Governo. Se houver algum idoso na rua avisem-nos que o Instituto de Acção Social irá lá. Há idosos mais abastados que não precisam da ajuda do Governo.”

A terceira economia

O deputado Ma Io Fong lembrou que “o envelhecimento da população é um problema cada vez mais premente”, devendo o Executivo “ter em conta esta questão e acelerar a economia da terceira idade”, através da atribuição de subsídios às empresas e acções de formação para idosos. Ho Iat Seng disse que, de facto, a aposta no trabalho sénior tem sido “uma pretensão” do Governo, apelando à alteração de mentalidades.

“Muitos dos empregos nas empresas de administração predial, segurança e limpeza são feitos por pessoas com mais idade. Temos de apoiar a participação dos idosos nos trabalhos que sejam próprios para a sua condição física. Temos de apoiar a entrada dos idosos no mercado laboral e temos de ter essa abertura de mentalidades. Espero que não venhamos a ser alvo de críticas, temos de ter essa abertura e compreensão.”

Ho Iat Seng não deixou de dar o seu próprio exemplo. “Eu e o presidente da AL [Kou Hoi In] somos cidadãos séniores, o deputado Chan Chak Mo também é! Será que somos incapacitados [para trabalhar]? Não. Os cidadãos seniores podem contribuir para o nosso mercado de trabalho porque temos falta de trabalhadores”, rematou.

16 Nov 2023

Zona norte | População pede mais centros para idosos

Um inquérito da FAOM revelou que a população da zona norte de Macau quer o reforço das estruturas de apoio a idosos, com mais centros de dia e auxílio a cuidadores. Apesar do tempo de espera, horário reduzido e inconveniência da localização, mais de 80 por cento estão satisfeitos com a qualidade dos serviços

 

Com o envelhecimento populacional e a baixa taxa de natalidade em Macau, os serviços públicos dedicados à terceira idade ganham cada vez mais preponderância na qualidade de vida dos residentes. A Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) apresentou ontem os resultados de um inquérito sobre a cobertura e qualidade dos serviços da rede de apoio a idosos.

Mais de metade dos inquiridos respondeu que gostaria de ver alargado o alcance e cobertura dos centros de dia e dos serviços. No cômputo geral, mais de 80 por cento dos inquiridos estão satisfeitos com a qualidade dos serviços prestados à população idosa, apesar de reconhecerem existir margem para melhorias, nomeadamente devido ao elevado tempo de espera para aceder a serviços, localizações inconvenientes e horários de funcionamento demasiado curtos.

Outra conclusão tirada do inquérito apresentado ontem pela FAOM, foi a esperança de que o Governo reveja as regulamentações do sector para permitir a prestação de serviços de cuidados temporários de forma a atenuar a pressão de cuidadores.

No plano oposto, quando questionados se alguma vez ponderaram trabalhar no sector, mais de 80 por cento dos inquiridos recusou a carreira devido à “falta de atractividade” em termos profissionais. Ao mesmo tempo, quase metade admitiu não ter uma compreensão alargada sobre os serviços em causa.

O que fazer

A FAOM explica que o estudo incidiu sobre a zona norte da península de Macau por ser uma zona com elevada densidade populacional e onde se concentra uma larga parte da população idosa.

Na conferência de imprensa de ontem, conduzida pela deputada Ella Lei, foi sugerido o reforço da cobertura dos serviços para idosos com cuidados temporários quando o cuidador estiver indisponível ou a trabalhar. Neste caso, foi indicado que os horários de funcionamento dos centros de dia devem ser alargados, alteração que pode marcar a diferença entre a vida e a morte em casos de emergência.

A deputada reconheceu ainda que apesar da enorme e crescente procura de serviços de cuidados a idosos não existem empresas privadas do sector em Macau, o que leva a população a depender do Governo. Assim sendo, foi exigida uma análise rigorosa ao sistema regulatório do sector para apurar se existem restrições que limitem o sector privado.

Ella Lei referiu ainda que o Executivo devia estudar a possibilidade de simplificar o processo de estabelecimento de empresas que prestem serviços de cuidados a idosos, para encorajar o desenvolvimento do sector.

Além disso, foi aconselhado o alargamento de serviços a cuidados de enfermagem para idosos em locais geridos por associações comunitárias. O inquérito foi realizado na zona norte da península de Macau entre Agosto e Outubro deste ano e contou com 1.557 respostas válidas.

9 Nov 2023

Habitação | Apartamentos para idosos entre 5.410 e 6.680 patacas

As primeiras 759 habitações disponibilizadas vão ter desconto de 20 por cento, que se pode prolongar durante três anos. A “promoção” faz baixar o valor mínimo das rendas para 4.328 patacas e o máximo para 5.344 patacas

 

O Governo anunciou ontem que as habitações para idosos vão ser arrendadas com um preço que varia entre 5.410 e 6.680 patacas por mês. O valor foi revelado através de um despacho publicado ontem no Boletim Oficial.

De acordo com os dados apresentados, os apartamentos são divididos em quatro zonas identificadas como “A”, “B”, “C” e “D”, com custos variáveis, sendo que a renda também varia de acordo com a altura do apartamento. Quanto mais alto for o andar, mais elevado será o montante da renda.

A Zona A tem os custos mais elevados, e os apartamentos que ficam entre o 4º e o 21º andares exigem o pagamento de uma renda de 6.370 patacas por mês. Na mesma zona, um apartamento entre o 22º e o 37º andares custa 6.680 patacas mensais, o valor mais elevado de todos.

A Zona B é a segunda mais cara, com os apartamentos do 4º ao 21º andar a custarem 6.050 patacas por mês, enquanto as rendas mensais para as fracções entre o 22º e o 37º estão fixadas em 6.300 patacas.

No que diz respeito à Zona C, os preços das rendas para as casas entre os 4º e 21º andares são de 5.730 patacas, e a partir do 22º andar sobem para 6.010 patacas mensais. Finalmente, na Zona D, os preços variam entre as 5.410 patacas, para os apartamentos do primeiro nível, entre o 4º e 21º andares, e as 5.670 patacas, no que diz respeito às casas que ficam entre o 22º e o 37º andares.

Desconto de 20 por cento

Apesar dos preços tabelados, os primeiros 759 apartamentos na habitação para idosos vão ter um desconto de 20 por cento no valor mensal da renda, que expira com a renovação do contrato, ou seja, após três anos, ou com a atribuição da fracção a outra pessoa.

Segundo os descontos, na Zona A os preços são reduzidos para 5.096 patacas por mês e 5.344 patacas por mês. Na Zona B, os descontos fazem com que as rendas sejam de 4.840 patacas e 5.040 patacas. Na Zona C, os preços são de 4.584 e 4.808 patacas por mês, e na Zona D ficam fixados em 4.328 e 4.536 patacas por mês.

As habitações para idosos podem receber até duas pessoas, desde que um dos utilizadores tenha mais de 65 anos e o outro pelo menos 60 anos. Com a assinatura dos contratos, os idosos que forem ocupar as fracções precisam de pagar uma caução com o valor de duas rendas mensais. Os contratos têm a duração mínima de três anos e podem ser renovados. Porém, nesta situação os utilizadores passam a pagar o preço sem desconto.

Segundo o Instituto de Acção Social (IAS), as candidaturas para os apartamentos para idosos arrancam em Novembro, com a aprovação dos candidatos a ser anunciada algures entre Abril e Junho do próximo ano. A partir dessa altura vão ser realizadas “obras de remodelação e da montagem da residência”, o que significa que a utilização apenas deverá acontecer em Setembro.

Critérios de pontuação

Também ontem foram dados a conhecer os critérios de avaliação das candidaturas. Na ponderação final são tidos em conta aspectos como o facto de o candidato viver num apartamento num prédio sem elevador, assim como o número de anos em que vive nesse espaço. Os candidatos que vivem há mais de sete anos num prédio sem elevador somam mais pontos.

Outro aspecto valorizado é o número de imóveis em nome do candidato. Aqueles que só tiverem um imóvel são beneficiados. O facto de o candidato viver sozinho também atribui pontos extra à candidatura. O número de anos desde a aquisição do estatuto de residente no território assim como o facto de efectivamente ter residido em Macau nos últimos 12 anos são igualmente valorizados

Por último, os candidatos que fizeram uma candidatura conjunta com outra pessoa também somam pontos extra, embora as duas candidaturas sejam avaliadas de forma independente.

17 Out 2023

Inquérito | Metade dos idosos enfrenta problemas psicológicos

Falta de rendimentos e de saúde são os factores que mais afectam os idosos do território. Entre os desempregados, mais de 20 por cento tem o desejo de voltar a trabalhar

 

Metade dos idosos de Macau tem problemas psicológicos. A conclusão faz parte de um inquérito realizado pela Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), sobre a situação laboral e de vida.

Os resultados apresentados ontem indicam que 50 por cento dos idosos têm problemas psicológicos, sendo que 35 por cento de todos os inquiridos tinham “um sofrimento psicológico moderado ou grave”. As situações mais graves foram identificadas principalmente entre os idosos que vivem sozinhos. Os dados apontam também para que cerca de 15 por cento dos inquiridos apresentassem problemas ligeiros.

De acordo com os investigadores, o sofrimento psicológico tem dois factores principais: a situação financeira e a saúde física. Em relação ao último factor, foi exemplificado que há idosos que “têm mais de três doenças” e se sentem sozinhos.

Sobre o sentimento de solidão, foi revelado que cerca de 40 por cento dos idosos inquiridos moram sozinhos e mais de 30 por cento não teve acesso à internet nos últimos três meses.

No que diz respeito às fontes de rendimento pessoais, concluiu-se que 80 por cento dos inquiridos tinham a pensão do Fundo de Segurança Social ou as poupanças como as principais fontes de rendimento. Ao mesmo tempo, 25 por cento dos inquiridos admitiram não ter poupanças suficientes para cobrir as despesas da sua vida nos próximos três a seis meses.

 

Dos desempregados

Entre os idosos desempregados, foi concluído que cerca de 20 por cento tinham vontade de regressar ao mercado do trabalho, por dois motivos fundamentais: vontade de ter rendimentos pessoais e por sentirem que ainda têm capacidades para exercer uma profissão.

O inquérito recolheu 749 inquiridos válidos junto de residentes de Macau com mais de 55 anos. Um total de 80 por cento dos inquiridos tinha 65 anos ou mais.

Face aos resultados, a FAOM sugeriu ao Governo que lance medidas concretas para criar um ambiente favorável no mercado laboral para o regresso dos idosos.

A equipa da FAOM que realizou o inquérito defendeu também a necessidade de o Governo incentivar as empresas a contribuírem para uma maior inclusão social, com a contratação de idosos ou indivíduos com idade mais avançada.

“As regiões vizinhas, tal como Hong Kong e Taiwan lançaram programas de emprego e leis para incentivar o emprego de pessoas com idade média-alta nos últimos anos. Espera-se que as autoridades se refiram activamente a estes exemplos,” afirmou a deputada Ella Lei, na apresentação dos resultados.

A FAOM destacou ainda que é preciso prestar atenção à saúde mental dos idosos, sobretudo dos que moram sozinhos, através das redes comunitárias.

5 Jul 2023

Saúde | Cerca de três em cada dez idosos têm problemas de alimentação

Um inquérito realizado pelo Gabinete Coordenador dos Serviços Sociais Sheng Kung Hui Macau mostra um aumento significativo no número de idosos que admitem sofrer de “problemas psicológicos”

 

Mais de três em cada 10 idosos têm problemas de alimentação, de acordo com um inquérito realizado pelo Gabinete Coordenador dos Serviços Sociais Sheng Kung Hui Macau. Os resultados foram divulgados na terça-feira, e têm em conta 665 inquéritos feito a pessoas com pelo menos 50 anos, entre Outubro e Novembro do ano passado.

Segundo as conclusões, 30,9 por cento dos inquiridos apresentava dificuldades na absorção de nutrientes dos alimentos. Esta aspecto é apresentado como estando “não só relacionado com o consumo insuficiente de comida”, mas principalmente com o “estado das funções físicas e psicológicas” dos idosos.

O inquérito teve em conta seis indicadores para medir este aspecto, como o apetite, perda de peso, doenças graves, capacidade motora, estado psicológico e o índice de massa corporal.

Para lidar com o problema, os Serviços Sociais Sheng Kung Hui sugerem que se aposte na melhoria da saúde dos idosos, para que os corpos recuperem algumas capacidades de absorção, e que se preste mais respeito aos mais velhos, de forma a melhorar e reforçar a vertente psicológica e o bem-estar destes.

Da saúde mental

Outra das conclusões indica que a saúde mental dos idosos piorou com as medidas impostas para reduzir a pandemia a zero casos. Entre os inquiridos, cerca de 15,7 por cento admitiram sofrerem de “problemas psicológicos”.

Em relação ao inquérito realizado em 2021 pela mesma instituição, regista-se uma subida de 6,8 pontos percentuais na percentagem de pessoas que reconhecem ter problemas. “O inquérito mostrou-nos que o apoio psicológico dos idosos é normalmente gerado no contexto dos encontros com outras pessoas. No ano passado, devido à influência dos factores ligados à pandemia, estas pessoas passaram mais tempo sozinhas”, é indicado. “Por isso, sentiram que tiveram menos apoio, porque a mobilidade foi altamente afectada com as restrições de circulação”, foi acrescentado.

Quanto aos serviços destinados a idosos no território, 70,3 por cento dos inquiridos declaram estar satisfeitos com os canais de acesso em que os idosos têm tratamento preferencial e 43,6 por cento consideraram que o território tem actividades diversificadas para os mais velhos.

Sobre os aspectos a precisar de melhorias, 58,9 por cento pediu a criação de mais habitação pública com preços acessíveis e 52 por cento mencionou a necessidade de haver mais empregos para idosos com um salário que permita pagar as despesas quotidianas.

13 Abr 2023

IAS | Reforçadas equipas que prestam serviços a idosos

As equipas de serviços de cuidados domiciliários e de apoio a idosos do Instituto de Acção Social (IAS) passaram a ser integradas por 16 membros. A informação foi revelada por Hon Wai, presidente do IAS, na resposta a uma interpelação escrita da deputada Ella Lei.

“A equipa de serviços de cuidados domiciliários e de apoio composta por 14 trabalhadores nos anos passados, tem aumentado para 16 trabalhadores por equipa, composta pelo chefe de equipa, assistentes sociais, enfermeiros, terapeutas, diversos tipos de trabalhadores da linha da frente que prestam cuidados e logística, etc.”, foi revelado.

Hon Wai explicou também que estes dois trabalhadores adicionais são “pessoal de cuidados da linha da frente”.
Segundo o mesmo responsável, estas equipas permitem apoiar “cerca de 1.400 idosos com saúde débil e as pessoas com necessidade”.

Além disso, para este ano, está ainda previsto o aumento do número de equipas disponíveis, numa unidade.
“O IAS irá acrescentar uma equipa de serviços de cuidados domiciliário e de apoio na zona da Praia do Manduco em 2023, no sentido de não só, aumentar a oferta de serviço, mas também aliviar a pressão de serviços prestados pelas equipas já existentes”, foi justificado.

Este reforço pretende responder à tendência de maior procura pelos serviços da Península de Macau, especialmente nas zonas centro e sul.

21 Fev 2023

Pedidos mais apoios para idosos que vivem sozinhos

Ian, nome fictício de um assistente social que trabalha na linha da frente com idosos num centro de cuidados diurno, disse ao jornal All About Macau que o Governo e as instituições privadas que disponibilizam serviços de apoio a idosos que vivem sozinhos devem rever o actual sistema, uma vez que há idosos que necessitam de vários tipos de auxílio e continuam a ser ignorados. Ian referiu o caso de um idoso e da sua irmã que foram encontrados mortos em casa muito tempo depois da morte.

Acima de tudo, Ian pede uma avaliação da forma como está a ser usado o erário público investido nestes serviços. “O que foi concretizado pelas entidades da área de serviço social com o dinheiro do Governo? Quais os objectivos atingidos pelos actuais serviços?”, questionou. Neste sentido, Ian diz ser difícil ter a verdadeira noção da eficácia dos serviços prestados, e que as autoridades não divulgam os resultados da avaliação efectuada.

Inquérito precisa-se

A fim de perceber a verdadeira situação destes idosos, o assistente social sugeriu a realização de um inquérito pelas autoridades públicas. Como sugestão para a mudança do actual sistema, o assistente social cita as ideias defendidas pela União Geral das Associações dos Moradores de Macau (UGAMM) de incluir os irmãos destes idosos na lista das pessoas a receber apoio.

“Não critico nenhuma entidade não governamental em particular, mas quando existe este tipo de serviços com bastantes subsídios do Governo, porque é que só faltam apoios aos idosos que vivem sozinhos?”, questionou.

Os casos mais graves são quando o cuidador informal é também idoso e tem pouca capacidade para cuidar de outra pessoa. Ian lamenta que o Governo ainda não tenha conseguido dar resposta aos pedidos, da parte das associações de serviço social, para o aumento de vagas em lares ou a construção de mais espaços deste género, a fim de aliviar a pressão sentida pelas famílias.

24 Out 2022

A sociedade está podre

Todos nós, uns mais que outros, pensamos na velhice. Como vai ser, quem trata de nós, em que condições estaremos, o dinheiro será suficiente para pagar um lar decente, os familiares alegram-nos, são perguntas que fazemos porque estão incluídas na lei da vida.

Na velhice há casos de bradar aos céus. No Japão, por exemplo, descobriram que o número de idosos com 100, 110 e 120 anos era uma realidade que aumentava anualmente. Criaram brigadas de inspecção e descobriram no interior das casas muitos cadáveres. Os familiares mantiveram durante anos as pessoas mortas para receberem durante todo esse tempo a reforma correspondente de quem já tinha falecido.

Em Portugal, têm-se registados casos macabros, tal como um filho que manteve a mãe dentro de uma arca frigorífica durante cinco anos e esteve a receber a reforma choruda da progenitora. Na semana passada, tive conhecimento de um caso muito triste que já dei conhecimento a um jornalista e que já iniciou a investigação para publicar no seu jornal. Imaginem que uma senhora residente em Lisboa, com 101 anos, acamada, deixou de receber a pensão há seis meses.

Sem nenhum familiar, o seu vizinho de cima foi visitá-la e a senhora contou que tinha deixado de receber a pensão da Caixa Geral de Aposentações (CGA). O vizinho estranhou e indignado dirigiu-se à CGA onde lhe disseram que a senhora já tinha morrido, mas mandaram-no esperar um pouco. O funcionário que o atendeu chamou-o passado algum tempo e transmitiu que a pensão tem sido sempre paga a outra pessoa, mas não quis facilitar o nome dessa pessoa.

O senhor disse que iria levar a senhora numa ambulância à CGA para que vissem que a senhora estava viva. Negaram-lhe a pretensão. O vizinho da senhora deixou claro que o caso era grave e que ia comunicá-lo a alguém ligado à comunicação social.

E assim, um jornalista está a investigar e a introduzir todas as questões relacionadas com a gravidade de uma cidadã de 101 anos, acamada, sem família e que não recebe pensão há seis meses. As amigas é que têm sido o seu sustento do pagamento da renda da casa, das contas de energia, água e luz. Contudo, a senhora tem apoio domiciliário de uma instituição que lhe leva a alimentação e que trata da sua higiene.

Meus amigos leitores, mas afinal em que país vivemos em Portugal quando existem factos desta natureza que chocam qualquer cidadão. E como é que é possível que um departamento estatal como a CGA possa estar a pagar a pensão devida à idosa em causa a outra pessoa? É difícil compreender que existam fraudes no seio da administração pública que afectem pessoas que simplesmente aguardam pela morte e que deviam ter os seus dias com o mínimo de amparo e a receberem o que têm direito por lei.

Estamos perante um caso do qual tivemos conhecimento casualmente. Mas existirão mais casos idênticos pelo país fora? Quem pode saber? Quem investiga? Qual a punição que deve ser dada a um filho, familiar ou empregada doméstica que “roube” a pensão que não lhe pertence? Não encontramos resposta.

O que sabemos é que os idosos em Portugal são maltratados em muitos lares, que a sua permanência nos lares tem como contrapartida a entrega de toda a pensão ou reforma que recebem. A comunicação social tem divulgado casos desprezíveis, onde em certos lares os idosos são espancados, não lhes dão a alimentação suficiente nem a medicação recomendada pelo clínico que visita os idosos internados. A este propósito, um médico nosso amigo deixou de dar assistência a determinado lar por ter ficado chocado com a situação que encontrou nesse lar e as condições deploráveis em que se encontravam os idosos.

Não podemos calar esta canalha que não respeita os nossos avós. Temos de procurar saber e divulgar o máximo de casos em que idosos estejam a sofrer. O fim da vida é o tempo das recordações, boas e más, o tempo em que o idoso mais precisa de amparo e de apoio psicológico para que esse final do caminho não seja de sofrimento. As autoridades governamentais tinham a obrigação de criar um departamento a nível nacional que se dedicasse exclusivamente à investigação da situação dos idosos.

No interior do país há casos chocantes e que os próprios militares da GNR que percorrem os campos ficam chocados e dão conhecimento superior. No entanto, nem nos militares da GNR se pode confiar porque acaba de ser divulgada uma notícia que dois militares da GNR burlaram uma idosa de uma aldeia com a promessa de lhe comprar um andar no Porto para que ela estivesse perto do Instituto de Oncologia onde tem de receber tratamento.

Esses dois militares ficaram com 150 mil euros da idosa. E não pode ser a GNR a executar esse trabalho de humanismo. Tem de ser criado o tal departamento que investigue e que apoie quem precisar por se encontrar no final da vida e que não pode sentir que o país lhe dedicou o abandono e o desprezo.

23 Out 2022

Idosos | Ho Ion Sang preocupado com isolamento

O deputado Ho Ion Sang está preocupado com a situação dos idosos isolados no território, e considera que é necessário melhorar os mecanismos para identificar os vários casos em Macau. A mensagem foi expressa através de uma interpelação escrita, divulgada ontem pelo legislador.

Segundo o deputado, desde 2018 que para “perceber melhor a situação dos idosos isolados”, as autoridades estabeleceram uma base de dados sobre os casos existentes no território, que também incluem as famílias constituídas por dois idosos. Porém, Ho considera que a tarefa é complicada: “Ao longo dos anos também participei em trabalhos de identificação de famílias isoladas, de forma a poder apoiá-las e percebo que é uma tarefa muito difícil. Há sempre casos que acabam por escapar”, reconheceu.

Apesar disso, o deputado acredita que é possível melhorar os trabalhos, e questiona o Governo sobre as medidas a tomar para tornar os “serviços mais flexíveis, diversificados e abrangentes”, e chegar a mais idosos isolados.

Ho Ion Sang considera igualmente que com a população a envelhecer, devido à redução da natalidade, que é preciso melhorar o mecanismo, para preparar o futuro.

O deputado recordou também o incidente de Agosto, em que dois idosos foram encontrados mortos em casa, mais de um mês depois de terem falecido. A irmã tomava conta do irmão, que tinha dificuldades de mobilidade. Face a este episódio, Ho perguntou ao Governo o que deve ser feito para prevenir este tipo de situações.

19 Out 2022

IAS | Leong Hong Sai quer base de dados de idosos a viver sozinhos

O deputado dos Moradores levanta muitas dúvidas sobre a eficácia da aplicação móvel do Instituto de Acção Social para divulgar informações aos mais velhos. Além disso, pediu ao Governo para fazer um levantamento do número de idosos que vivem sozinhos

 

O deputado Leong Hong Sai, ligado aos Moradores, considera que o Instituto de Acção Social (IAS) deve criar uma base dados com informação dos idosos que vivem sozinhos. Foi desta forma que Leong reagiu ao caso de dois irmãos encontrados mortos, em avançado estado de decomposição, na semana passada num apartamento na Rua da Penha.

Segundo o jornal Ou Mun, Leong defendeu que o caso mais recente de abandono veio mostrar um problema cada vez mais presente na sociedade de Macau e que deve “chamar a atenção de todas as pessoas”.

Sobre a situação em concreto, o deputado dos Moradores afirmou que se trata da “ponta do icebergue” e um problema muito mais profundo que é necessário tomar medidas, para tentar evitar ocorrências semelhantes e aumentar com o envelhecimento.

Neste sentido, o deputado exige que o IAS elabore uma base de dados, que deve ser actualizada frequentemente, com informações referentes aos idosos que vivem sozinhos e sem familiares. Ao mesmo tempo, com o mecanismo, o deputado considera que seria possível formar e enviar equipas de apoio, que visitem de forma regular os idosos.

Descuidos móveis

Para lidar com o problema do isolamento, o IAS lançou o “Posto de Informações dos Serviços a Idosos da RAEM”. Este programa de apoio aos mais velhos é uma aplicação móvel que divulga informações “sobre os serviços a idosos”, “o Cartão de Benefícios Especiais para Idosos” ou realizar cursos de formação ou actividades culturais, recreativas e desportivas.

No entanto, Leong Hong Sai expressa muitas dúvidas sobre esta estratégia. No entender do deputado, não só grande parte dos idosos tem grandes dificuldades em mexer em dispositivos móveis, como também não acredita que a plataforma seja muito descarregada entre a população mais velha.

Não é a primeira vez que um deputado se mostra preocupado com as consequências da crescente digitalização da sociedade e a falta de alternativas para os mais idosos ou quem não tem dispositivos móveis. Numa intervenção na Assembleia Legislativa, Wong Kit Cheng argumentou que a imposição do código de saúde tem contribuído para o aumento da taxa de suicídios em Macau, com a população idosa a sentir-se isolada, incapaz de circular na cidade e frequentar algumas lojas e restaurantes por não ser capaz de fazer o preenchimento digital da declaração.

28 Set 2022