Fai Chi Kei | Nova zona de lazer na Bacia Norte do Patane

Depois de concluídas as obras da estação elevatória e box-culverts na Bacia Norte do Patane, será construída no local uma zona para exercício físico e uma área crianças brincarem. A área será arborizada e os espaços pedonais alargados

O bairro do Fai Chi Kei terá uma nova zona de lazer após a conclusão das obras de estação elevatória e box-culverts na Bacia Norte do Patane, projecto que tem como finalidade mitigar o efeito das recorrentes inundações durante a temporada de tufões e chuvadas fortes. No local adjacente à estação elevatória, “o Instituto para os Assuntos Municipais irá construir no local uma zona marginal de lazer com uma área total de cerca de 2166 m2, revelou ontem o organismo dirigido por José Tavares, em resposta a uma interpelação escrita pelo deputado Lam Lon Wai.

O novo parque será composto por um espaço para a prática “de exercício físico, uma zona de interacção infantil e plataforma de observação paisagística”, descreve o IAM. Para complementar o novo espaço, o IAM irá plantar árvores, alargar os espaços pedonais existentes e construir barreiras verdes para separar a zona de lazer das vias de circulação rodoviária através de canteiros e árvores. O IAM realça que o projecto tem como objectivo “proporcionar aos residentes desta zona um espaço de qualidade para actividades ao ar livre”.

Recorde-se que as obras de construção da estação elevatória e box-culverts da Bacia Norte do Patane tiveram início no passado dia 19 de Maio. As autoridades apontam o segundo semestre de 2024 para a conclusão das box-culverts, enquanto a estação elevatória deverá ficar concluída em 2025.

Obras e árvores

A resposta do IAM surge na sequência do apelo do deputado Lam Lon Wai para que as autoridades tenham em atenção o impacto das obras nas zonas verdes da cidade.

Em relação ao impacto das obras de construção da Estação Elevatória de Águas Pluviais e Drenagem no Sul do Porto Interior, o IAM indicou que deu pareceres técnicos aos “serviços responsáveis pela execução da obra e transplantou 87 árvores para locais adequados”.

Neste caso, para atenuar o impacto das obras na circulação rodoviária, foi necessário “demolir temporariamente a faixa verde rodoviária e parte do passeio existentes para criar faixas de rodagem provisórias”. Porém, as autoridades garantem que findas as obras, a faixa verde rodoviária será reposta.

14 Ago 2023

Fai Chi Kei | Remoção de árvores leva Governo a desculpar-se

O secretário para a Administração e Justiça reconheceu a existência de falhas na retirada de várias árvores da Zona do Fai Chi Kei, onde vai ser construída uma caixa de retenção de água para evitar as cheias

 

A remoção de várias árvores na Rua do Comandante João Belo, no Fai Chi Kei, gerou várias críticas e o Governo reconheceu ter falhado na altura de comunicar com a população. Na sexta-feira, numa conferência de imprensa do Conselho Executivo, o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, fez um ponto de situação dos trabalhos de retirada das árvores para a instalação da caixa de retenção de água (box-culvert) e pediu desculpas à população.

“Tenho de pedir desculpas a todos [devido ao corte das árvores], porque houve realmente um vício nas operações. Não houve uma comunicação, nem um esclarecimento atempado junto da população”, afirmou André Cheong, que é igualmente porta-voz do Conselho Executivo.

Em relação ao futuro, o governante reconheceu existir a necessidade de fazer uma revisão do “vício nos procedimentos operacionais”.

Morrer de pé

O secretário justificou depois a opção de cortar as árvores. Segundo o esclarecimento, o “Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) está a construir, de forma faseada, a estação elevatória e box-culverts na baía norte do bairro Fai Chi Kei”. A reboque destes trabalhos, também está a ser alargada a “via de trânsito junto da Rua do Comandante João Belo, a fim de aperfeiçoar as condições de trânsito na zona”.

Durante os trabalhos foi feita uma “avaliação técnica” que levou a que apenas duas árvores fossem aproveitadas. “Após uma avaliação técnica, apenas duas [árvores] foram consideradas com valor de transplantação sendo que as outras casuarinas remanescentes foram retiradas porque já entraram em estágio de declínio, assim como pela redução das suas funções de protecção solar”, apontou André Cheong. “Fizemos uma avaliação das árvores e em termos de arborização não merecem ser removidas para outro local, por isso foram cortadas”, foi frisado.

No entanto, quando os trabalhos forem concluídos, o responsável prometeu que “os serviços competentes irão plantar árvores mais adequadas ao ambiente da zona, com melhor função de protecção solar”.

Canídromo esta semana

O projecto para o terreno do Canídromo e do Centro Desportivo Lin Fong vai ser apresentado esta semana. O anúncio foi feito por André Cheong, que não revelou mais detalhes. No passado, foram vários os pedidos de construção de espaços para escolas no local. Além disso, também nesta semana vai ser apresentado o projecto para a construção de um campo de actividades juvenis em Hac-Sá e o plano de melhoria das instalações da Barragem de Hac-Sá.

16 Jul 2023

Fai Chi Kei | Negócios em crise após incêndio em bancas

Os vendedores do mercado de rua no Fai Chi Kei que foram afectados por um incêndio de grandes proporções não estão satisfeitos com o volume de negócios, que dizem ter caído a pique, desde que foram obrigados a mudar para um local provisório. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o restauro das bancas que foram consumidas no incêndio do dia 8 de Janeiro, na Avenida do General Castelo Branco, deve estar concluído ainda este mês.

Os comerciantes alertam para os estragos na parede exterior do prédio adjacente ao pequeno mercado de rua, em particular com a tinta a “pelar”, o que. representa um perigo para a segurança.

Fu U On, da Associação de Beneficência e Assistência Mútua dos Moradores do Bairro Fai Chi Kei de Macau, indicou que os condóminos do prédio não chegaram a um consenso para a reparação, mas que a associação está a coordenar com todas as partes envolvidas para solucionar o problema.

O representante dos Kaifong sugere que as bancas devem ter equipamentos de combate a incêndio e vê com bons olhos o reforço da formação dos comerciantes para a prevenção de incêndios. Aliás, Fu U On considera que as autoridades deveriam estudar a possibilidade de os conhecimentos de prevenção e combate a incêndio fazerem parte dos requisitos de candidatura à licença.

Recorde-se que o incêndio no mercado de rua do Fai Chi Kei destruiu completamente 19 bancas, em cerca de meia hora, obrigando uma comerciante a ser conduzida ao hospital devido à inalação de fumo.

21 Mar 2023

Projectos arquitectónicos de Rui Leão e Carlotta Bruni distinguidos

Dois projectos arquitectónicos desenvolvidos pelo atelier LBA – Arquitectura e Planeamento, de Rui Leão e Carlotta Bruni, ganharam os prémios de Ouro e Prata dos Prémios ADC [Architecture and Design Community] de 2022. O projecto do Centro Modal de Transportes da Barra ganhou a distinção Ouro, tal como o projecto do complexo habitacional do Fai Chi Kei, enquanto a renovação de um edifício de serviços no centro histórico de Macau obteve a distinção Prata. De frisar que este projecto foi recentemente distinguido pela UNESCO.

Sobre os Prémios ADC, Rui Leão disse ao HM que “representam o trabalho feito pelo atelier nos últimos anos e é um reconhecimento internacional muito importante”, além de serem uma verificação “da arquitectura que produzimos, que mostra que aquilo que fazemos tem qualidade”.

O arquitecto não está surpreendido por ter obtido a distinção Ouro com o Centro Modal de Transportes da Barra, pois trata-se de “um projecto muito bom enquanto desenho de arquitectura”. Rui Leão recorda “um projecto difícil, pois a execução da obra foi difícil e demorada. Custou-nos um pouco isso porque houve um grande investimento do projecto”, com a coordenação de diversas entidades públicas. “Se demorou muito tempo foi porque houve muitos problemas na construção. Mas é importante que o projecto seja reconhecido e, para nós, é uma forma de reconciliação com tudo isto.”

“Agarrar” a cidade

Em relação ao complexo habitacional do Fai Chi Kei, já distinguido anteriormente, Rui Leão destaca sobretudo a ligação com a cidade. “Apesar de ter sido concluído em 2014 é um projecto que se mantém muito actual, porque tem uma exploração a nível do espaço comum e do público, pela maneira como agarra a cidade. A importância que atribuo ao projecto do Fai Chi Kei é o facto de fazer isso mesmo, desenhar a cidade e ter preocupações de integração social.

O arquitecto aponta que, nos últimos 10 a 15 anos, a forma de construir foi mudando. “Macau evoluiu muito nestes últimos anos e a maneira como se trabalha, em termos de exigência técnica para a área de projecto, aumentou muito nos últimos 10 a 15 anos, e isso está associado à construção dos grandes casinos, que têm uma escala muito diferente e maiores controlos de qualidade. Toda a indústria teve de acompanhar esse ritmo e o próprio Governo foi atrás dessa prática internacional associada aos casinos”, concluiu.

25 Jan 2023

Incêndio | 80 pessoas resgatadas e 19 bancas destruídas pelo fogo

Apesar do aparatoso incêndio, as autoridades apenas socorreram um ferido ligeiro, uma mulher de 59 anos que foi transportada para o hospital devido à inalação de fumo. Um curto-circuito esteve na origem das chamas

 

19 bancas de comerciantes foram consumidas por um violento incêndio que deflagrou na segunda-feira ao final da tarde no Fai Chi Kei, e que obrigou à retirada de 80 pessoas. Segundo a informação veiculada pelas autoridades, as chamas na Avenida do General Castelo Branco causaram ferimentos ligeiros a uma mulher com 59 anos, que foi transportada para o hospital, devido à inalação de fumo.

De acordo com o relato do Corpo de Bombeiros, citados pelo jornal Ou Mun, o incêndio surgiu por volta das 19h30, numa das bancas de venda. As autoridades foram imediatamente alertadas para a ocorrência por uma pessoa que se encontrava na zona.

Para combater o fogo foram mobilizados para o local 11 veículos e 50 bombeiros, que levaram cerca de 20 minutos para controlar o incêndio, quando este tinha consumido totalmente ou parcialmente 19 das bancas de venda.

De acordo com o responsável pela Corporação de Bombeiros da Areia Preta, Kuok Pan, as investigações preliminares apontam que as chamas tiveram origem num curto-circuito na instalação eléctrica de uma das bancas de vendilhões.

Por sua vez, o Instituto para os Assuntos Municipais esteve no local e disponibilizou tendas temporárias, para alojar os materiais salvos e prestar apoio aos vendedores afectados. As bancas destruídas vendiam vegetais, frutas e roupa.

Pedidos de ajuda

O presidente da Associação de Auxílio Mútuo de Vendilhões de Macau, O Cheng Wong, também visitou o local das chamas e apelou às autoridades para assistirem os vendedores.

Com bases em acontecimentos passados, O Cheng Wong afirmou ainda que as perdas não devem ser muito elevadas, porque a capacidade de armazenamento das bancas é limitada, mas que é importante que o IAM consiga garantir que as vendas podem ser retomadas o mais depressa possível, a tempo do Ano Novo Chinês.

O responsável da Associação de Auxílio Mútuo de Vendilhões de Macau explicou ainda que vários comerciantes fizeram encomendas a pensar no Ano Novo Chinês e que nesse período têm uma época de vendas muito importante.

Deputados visitaram local

Após o incêndio, com muitos vídeos das chamas a tornarem-se virais nas redes sociais, vários deputados acorreram ao local. Um dos presentes foi Nick Lei, ligado à comunidade de Fujian. Segundo Lei, citado pelo Jornal do Cidadão, é fundamental garantir que os comerciantes podem retomar os negócios o mais depressa possível, principalmente tendo em conta os três anos difíceis que o pequeno comércio enfrentou. Nick Lei destacou também o facto de estarmos próximo do Ano Novo Chinês, uma época festiva de grande facturação.

10 Jan 2023

Covid-19 | Caso positivo no Fai Chi Kei coloca Macau em estado de alerta

As autoridades de saúde detectaram ontem um caso positivo de covid-19 relativo a uma mulher de 66 anos, moradora no Fai Chi Kei. Na sequência da infecção, o edifício onde mora foi selado e declarado zona vermelha. A paciente teve itinerário simples e autoridades pensam que caso foi detectado cedo, diminuindo a hipótese de surto comunitário

 

As autoridades de saúde de Macau anunciaram ontem ao início da tarde a descoberta de um caso positivo de covid-19 relativo a uma residente de 66 anos de idade, moradora no edifício de Weng Heng, n.º 7 e 8 da Rua Um do Bairro da Concórdia, perto do Canídromo, que foi declarado como zona vermelha. Os moradores do prédio em questão devem permanecer em isolamento até 1 de Novembro. As autoridades estimam que só no dia 3 de Novembro seja levantado o código de saúde amarelo dos moradores, se, entretanto, não forem identificados outros casos positivos de covid-19.

Foi também revelado que a residente infectada fez um teste no domingo que deu negativo, mas testou positivo no teste que fez na terça-feira.

O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus foi informado ontem de manhã pelas autoridades de saúde de Zhuhai da detecção de covid-19 numa amostra de 10, que inclua oito residentes de Macau.

Na sequência da notificação, os residentes em causa foram submetidos a novo teste de ácido nucleico, que levou à descoberta do caso positivo, sendo que os restantes deram negativo.

“Activámos de imediato o mecanismo de emergência, duas pessoas que coabitam com a paciente deram negativo e o edifício foi selado. Achamos que o caso foi detectado cedo porque no primeiro teste que deu positivo o nível de CT foi de 32 e hoje [ontem] foi de 16 CT de carga viral. Por isso, podemos concluir tratar-se de um caso importado e com risco de transmissão baixo”, afirmou ontem o director dos Serviços de Saúde, Alvis Lo.

O responsável reforçou a importância de não baixar a guarda e apostar no rastreio a contactos próximos e contactos próximos secundários.

Até à hora de fecho desta edição, as autoridades acompanhavam 72 pessoas, cinco contactos próximos (duas pessoas que moram com a mulher e três visitantes à casa edifício de Weng Heng), 14 pessoas que tiveram o mesmo itinerário, num total de 28 contactos próximos e 25 acompanhantes.

Tendo em conta as deslocações da mulher, foi ontem realizado o primeiro de três testes diários sucessivos, até sexta-feira, às pessoas que moram ou trabalham nas zonas delimitadas pela Avenida do Conselheiro Borja, Rua Norte do Patane, Rua Sul do Patane, Avenida do Almirante Lacerda e Avenida do General Castelo Branco.
Alvis Lo estima que cerca de 26 mil pessoas terão de fazer testes e aconselhou quem tenha passado pelas zonas de risco, por um período superior a meia hora, a submeter-se a teste de ácido nucleico.

Recordações veraneantes

Fazendo lembrar o Verão passado, os moradores e trabalhadores das zonas de risco que vão ter de realizar testes de ácido nucleico, terão de fazer primeiro um teste rápido antigénio. As pessoas das zonas alvo vão receber hoje cinco embalagens de testes rápidos quando realizarem o teste de ácido nucleico.

A coordenadora do Centro de Coordenação e de Contingência, Leong Iek Hou confirmou ontem que a mulher que testou positivo não apresenta sintomas e não foi vacinada, assim como nenhuma das duas pessoas que com ela coabitam.

Trazendo memórias recentes ao de cima, voltaram às ruas de Macau os bloqueios, as desinfecções de prédios e as autoridades de saúde revelaram o itinerário de uma pessoa infectada. Segundo Leong Iek Hou, a investigação epidemiológica indica que entre sexta feira e domingo e na terça-feira, a residente passava a maior parte do dia em casa e à noite ia a pé para o Posto Fronteiriço de Qingmao, fazer compras no supermercado Kang Zhi Yuan, no Centro Comercial Subterrâneo de Gongbei, e voltava a casa através de Qingmao.

As autoridades classificaram outros lugares de risco como o Banco Alimentar da Cáritas, na Ilha Verde, onde a paciente esteve no domingo às 15h. No mesmo dia, entre 17h e as 18h, apanhou o autocarro no.1, da Avenida do General Castelo Branco até às Portas do Cerco. O supermercado Royal, fica no edifício Luen San Plaza, no Fai Chi Kei, também foi classificado como zona de risco, por ter recebido a visita da residente às 13h da segunda-feira passada.

Pouco tempo depois do anúncio do caso positivo em Macau, as autoridades de Zhuhai encerraram alguns restaurantes no centro comercial subterrâneo nas instalações do posto fronteiriço de Gongbei, de acordo com vídeos partilhados nas redes sociais.

IAS | Anunciado fecho temporário de lares

O Instituto de Acção Social (IAS) anunciou que as visitas aos lares de idosos Asilo de Betânia dependente da Cáritas de Macau e a ao lar de reabilitação Centro Long Cheng dependente da Associação de Reabilitação Fu Hong estão suspensas até amanhã. Em causa, está o facto de as duas instalações sociais ficarem perto da zona onde foi detectado um caso de covid-19.

Segundo a informação revelada ontem, os utentes ficam também impedidos de sair das instalações. Além disso, os trabalhadores e utentes ficam submetidos à realização de testes de ácido nucleico, bem como ao reforço “de diversas medida anti-epidémicas”, que não foram, no entanto, discriminadas. “O IAS pede a compreensão e colaboração dos utentes e seus familiares em relação às medidas atrás mencionadas”, foi apelado.

IAM | Desinfecção de ruas e habitações

Depois de ter sido confirmado o caso positivo de uma moradora do edifício Weng Heng, no Bairro da Concórdia, o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), em coordenação com a Companhia de Sistemas de Resíduos e as companhias de limpeza adjudicada, aumentou o número de trabalhadores para “trabalhos de limpeza e desinfecção em grande dimensão” na tarde de ontem. A operação incluiu habitações residenciais, ruas circundantes e partes comuns do edifício onde mora a residente infectada, “com vista a reduzir a probabilidade de eventual propagação de doenças transmissíveis”.

26 Out 2022

Educação | Inaugurada escola do projecto “Obra de Céu Azul”

Foi ontem inaugurada a nova escola no âmbito do projecto “Obra de Céu Azul”, da Associação Geral das Mulheres de Macau. Alexis Tam, Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, disse que ainda há terrenos ocupados e já pensados para retirar as escolas dos pódios dos edifícios

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Associação Geral das Mulheres de Macau inaugurou ontem as novas instalações da sua escola na Areia Preta, tornando-se o primeiro estabelecimento de ensino a sair do pódio de um edifício e a integrar o projecto “Obra de Céu Azul”, uma ideia proposta pelo Governo no relatório das Linhas da Acção Governativa de 2016 e que visa proporcionar mais espaços ao ar livre para as escolas. Prevê-se que o projecto fique concluído daqui a 15 a 20 anos.

O novo campus da Escola da Associação Geral das Mulheres já está operacional desde Setembro, podendo proporcionar mais de mil vagas para o ensino infantil e primário, sendo que neste momento possui cerca de 800 alunos.

A escola, fundada em 1955, localizava-se desde os anos 90 no edifício da Associação das Senhoras na Rua do Campo. Havia queixas sobre a falta de espaço para actividades ao ar livre, existindo limitações em termos de actividades curriculares e ambiente de aprendizagem. Tina Ho, presidente da direcção da escola, referiu que a escola já havia pedido um terreno ao Governo em 2005. Só em 2011 foi aprovado o terreno na zona da Areia Preta para a construção do novo campus.

O edifício escolar, com doze pisos e dois pisos subterrâneos, está equipado com campo desportivo, biblioteca, salão e várias salas de aula multifuncionais. Tina Ho afirmou no seu discurso que a biblioteca e o campo desportivo vão ser abertos ao público, para que seja alcançada a meta da “integração das escolas na comunidade”.

Terrenos ainda ocupados

O projecto “Obra de Céu Azul” prevê a ajuda a curto prazo a mais três escolas, além da instituição de ensino da Associação Geral das Mulheres. Alexis Tam, Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, confirmou que será concedido um terreno à escola Hoi Fai na zona do Fai Chi Kei.

O governante adiantou que há terrenos previstos para o projecto, mas que ainda estão ocupados, estando neste momento a decorrer negociações entre o Governo e os concessionários. “Os terrenos retirados pelo Governo, além de servirem para a construção de habitação pública, ainda vão ser utilizados para a construção das instalações escolares,” afirmou.

30 Nov 2016