Petição | Cerca de 400 condutores pedem ajuda a Ho Iat Seng

Um grupo de motoristas de autocarros de turismo fala em salários de 2 mil e 3 mil patacas e pede a Ho Iat Seng que sejam disponibilizados empréstimos sem juros para os profissionais do sector, numa altura em que o turismo entrou em crise devido ao Covid-19

 

[dropcap]U[/dropcap]m grupo de motoristas de autocarros de turismo pediu a Ho Iat Seng que crie medidas de apoio aos profissionais do sector com empréstimos sem juros e antecipação dos pagamentos do subsídio do Regime de Previdência Central Não-Obrigatório. O pedido de auxílio foi entregue ontem, às 15h00, na sede do Chefe do Executivo, com a assistência do deputado José Pereira Coutinho.

De acordo com os representantes de um grupo de 400 profissionais do sector, há famílias em situação de carência, o que descrevem como “as ruas da amargura”. Uma das pessoas que assumiu a posição em que se encontra foi Wong Tim Iao, motorista que ficou desempregado na sequência do impacto do Covido-19 para o sector do turismo.

Ontem, em declarações aos jornalistas, Wong admitiu que está a viver à conta da mulher, que recebe um salário na indústria do jogo que ronda as 10 mil patacas, e ainda de empréstimos de amigos. Além de pagar uma renda de 7 mil patacas, tem ainda de cobrir os custos de educação do filho, de 3 anos, e da filha de 7 anos.

No entanto, a situação estende-se a outros profissionais, mesmo empregados. Isto porque a indústria pratica salários base de 2 mil a 3 mil patacas, com o restante a ser pago em função do número de turistas transportados. Como não há turistas a vir a Macau em número suficiente, os profissionais não conseguem ganhar mais do que o salário base.

Face a este cenário, o deputado José Pereira Coutinho voltou a apelar à revisão das leis laborais e à criação de um regime que permita uma lei dos sindicatos, assim como a negociação colectiva. No entanto, o deputado ligado à Associação de Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM), aponta que a prioridade é outra: “Neste momento os condutores não têm trabalho, mas têm família e despesas fixas, como as rendas. Dada a gravidade da situação entenderam vir ter directamente com o Chefe do Executivo porque cada dia que passa é mais um dia de sofrimento e menos um dia de apoio”, disse Coutinho, durante a entrega da petição. “A prioridades neste momento passa agora por encontrar uma solução para estas famílias”, acrescentou.

Seguros e férias

O problema em casa afecta principalmente os condutores dos autocarros de turismo, mas também há trabalhadores que conduzem shuttles dos casinos. Alguns deste terão ficado sem trabalho, mas o Governo anunciou o encerramento dos espaços de jogo.

Em relação às medidas para o sector, Wong Tim Iao queixou-se igualmente dos seguros praticados, que só cobrem despesas superiores a 50 mil patacas. Em caso de incidentes com um montante inferior são os condutores que têm de suportar os custos.

Por outro lado, outra das queixas do sector passa pelo facto de muitos condutores não terem contratos a tempo inteiro, mas apenas a tempo parcial, o que faz com que não tenham direito a férias nem subsídios por doença ou apoios de assistência médica.

18 Fev 2020

Petição | Cerca de 400 condutores pedem ajuda a Ho Iat Seng

Um grupo de motoristas de autocarros de turismo fala em salários de 2 mil e 3 mil patacas e pede a Ho Iat Seng que sejam disponibilizados empréstimos sem juros para os profissionais do sector, numa altura em que o turismo entrou em crise devido ao Covid-19

 
[dropcap]U[/dropcap]m grupo de motoristas de autocarros de turismo pediu a Ho Iat Seng que crie medidas de apoio aos profissionais do sector com empréstimos sem juros e antecipação dos pagamentos do subsídio do Regime de Previdência Central Não-Obrigatório. O pedido de auxílio foi entregue ontem, às 15h00, na sede do Chefe do Executivo, com a assistência do deputado José Pereira Coutinho.
De acordo com os representantes de um grupo de 400 profissionais do sector, há famílias em situação de carência, o que descrevem como “as ruas da amargura”. Uma das pessoas que assumiu a posição em que se encontra foi Wong Tim Iao, motorista que ficou desempregado na sequência do impacto do Covido-19 para o sector do turismo.
Ontem, em declarações aos jornalistas, Wong admitiu que está a viver à conta da mulher, que recebe um salário na indústria do jogo que ronda as 10 mil patacas, e ainda de empréstimos de amigos. Além de pagar uma renda de 7 mil patacas, tem ainda de cobrir os custos de educação do filho, de 3 anos, e da filha de 7 anos.
No entanto, a situação estende-se a outros profissionais, mesmo empregados. Isto porque a indústria pratica salários base de 2 mil a 3 mil patacas, com o restante a ser pago em função do número de turistas transportados. Como não há turistas a vir a Macau em número suficiente, os profissionais não conseguem ganhar mais do que o salário base.
Face a este cenário, o deputado José Pereira Coutinho voltou a apelar à revisão das leis laborais e à criação de um regime que permita uma lei dos sindicatos, assim como a negociação colectiva. No entanto, o deputado ligado à Associação de Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM), aponta que a prioridade é outra: “Neste momento os condutores não têm trabalho, mas têm família e despesas fixas, como as rendas. Dada a gravidade da situação entenderam vir ter directamente com o Chefe do Executivo porque cada dia que passa é mais um dia de sofrimento e menos um dia de apoio”, disse Coutinho, durante a entrega da petição. “A prioridades neste momento passa agora por encontrar uma solução para estas famílias”, acrescentou.

Seguros e férias

O problema em casa afecta principalmente os condutores dos autocarros de turismo, mas também há trabalhadores que conduzem shuttles dos casinos. Alguns deste terão ficado sem trabalho, mas o Governo anunciou o encerramento dos espaços de jogo.
Em relação às medidas para o sector, Wong Tim Iao queixou-se igualmente dos seguros praticados, que só cobrem despesas superiores a 50 mil patacas. Em caso de incidentes com um montante inferior são os condutores que têm de suportar os custos.
Por outro lado, outra das queixas do sector passa pelo facto de muitos condutores não terem contratos a tempo inteiro, mas apenas a tempo parcial, o que faz com que não tenham direito a férias nem subsídios por doença ou apoios de assistência médica.

18 Fev 2020

Prevenção | Agnes Lam pede medidas para grupos “vulneráveis”

[dropcap]A[/dropcap] deputada Agnes Lam quer saber que medidas de prevenção contra o coronavírus vão ser adoptadas a pensar nos grupos de risco como grávidas, idosos e pessoas com deficiência. É este o conteúdo da última interpelação escrita da legisladora, que aponta que certas pessoas podem ter mais dificuldades no acesso a comida, a fazer compras ou em prevenirem-se contra o surto do coronavírus Covid-19.

“Será que o Governo vai tomar medidas de resposta ao coronavírus a pensar nos grupos de alto risco e nas pessoas mais vulneráveis?”, pergunta a deputada no documento divulgado ontem.

Segundo a proposta, estas medidas podem passar por auxiliar as pessoas mais velhas e com dificuldades de deslocação na compra de comida e produtos desinfectantes, auxílio para mulheres grávidas ou pessoas com deficiência e ainda a possibilidade de trabalharem a partir de casa, durante este período.

Mas no que diz respeito às medidas de prevenção, Agnes Lam mostra-se igualmente preocupada com os trabalhadores na linha da frente no sector do jogo e das vendas a retalho.

Neste sentido, questiona se vai haver formação para estes trabalhadores lidarem com pessoas que se suspeitem estar infectadas e se haverá a obrigatoriedade de utilizarem máscaras.

Sobre estes pedidos, a deputada considera que estas são medidas para complementar o que foi feito até agora e que se exigem devido ao últimos desenvolvimentos e face ao regresso progressivo à actividade dos departamentos do Governo e dos sectores privados.

18 Fev 2020

Prevenção | Agnes Lam pede medidas para grupos “vulneráveis”

[dropcap]A[/dropcap] deputada Agnes Lam quer saber que medidas de prevenção contra o coronavírus vão ser adoptadas a pensar nos grupos de risco como grávidas, idosos e pessoas com deficiência. É este o conteúdo da última interpelação escrita da legisladora, que aponta que certas pessoas podem ter mais dificuldades no acesso a comida, a fazer compras ou em prevenirem-se contra o surto do coronavírus Covid-19.
“Será que o Governo vai tomar medidas de resposta ao coronavírus a pensar nos grupos de alto risco e nas pessoas mais vulneráveis?”, pergunta a deputada no documento divulgado ontem.
Segundo a proposta, estas medidas podem passar por auxiliar as pessoas mais velhas e com dificuldades de deslocação na compra de comida e produtos desinfectantes, auxílio para mulheres grávidas ou pessoas com deficiência e ainda a possibilidade de trabalharem a partir de casa, durante este período.
Mas no que diz respeito às medidas de prevenção, Agnes Lam mostra-se igualmente preocupada com os trabalhadores na linha da frente no sector do jogo e das vendas a retalho.
Neste sentido, questiona se vai haver formação para estes trabalhadores lidarem com pessoas que se suspeitem estar infectadas e se haverá a obrigatoriedade de utilizarem máscaras.
Sobre estes pedidos, a deputada considera que estas são medidas para complementar o que foi feito até agora e que se exigem devido ao últimos desenvolvimentos e face ao regresso progressivo à actividade dos departamentos do Governo e dos sectores privados.

18 Fev 2020

TNR | Pereira Coutinho apoia obrigação de quarentena

[dropcap]J[/dropcap]osé Pereira Coutinho concorda com a decisão de obrigar os trabalhadores não-residentes a cumprirem um período de quarentena de 14 dias quando regressam a Macau vindos de Zhuhai, mas considera que a medida deveria ser estendida aos residentes.

“Apoio esta medida e acho que todos trabalhadores não-residentes e turistas que estiveram no Interior têm de ser submetidos a quarentena”, afirmou Coutinho, ontem. “A questão afecta mais os não-residentes que trabalham em Macau, mas que vivem em Zhuhai. Esses indivíduos têm de fazer o “vai-e-vem” entre Macau e Zhuhai e seria mais seguro se ficassem a viver em Macau. Temos de ver isto como uma medida para este tempo de crise do coronavírus”, acrescentou.

Por outro lado, o deputado considerou que a medida devia afectar igualmente os residentes que se desloquem ao Interior. “Quanto aos residentes de Macau acho que é normal que também lhes seja exigido a quarentena”, apontou, em declarações prestadas ainda antes de ser explicado que apenas os não-residentes seriam afectados.

Se por um lado, José Pereira Coutinho deixou elogios à medida, por outro, criticou o facto de não entrar em vigor hoje, uma vez que se teme uma corrida à RAEM antes de se começar a exigir a quarentena, tal como aconteceu em Hong Kong. “Acho que a medida devia ser imediata”, atirou.

18 Fev 2020

TNR | Pereira Coutinho apoia obrigação de quarentena

[dropcap]J[/dropcap]osé Pereira Coutinho concorda com a decisão de obrigar os trabalhadores não-residentes a cumprirem um período de quarentena de 14 dias quando regressam a Macau vindos de Zhuhai, mas considera que a medida deveria ser estendida aos residentes.
“Apoio esta medida e acho que todos trabalhadores não-residentes e turistas que estiveram no Interior têm de ser submetidos a quarentena”, afirmou Coutinho, ontem. “A questão afecta mais os não-residentes que trabalham em Macau, mas que vivem em Zhuhai. Esses indivíduos têm de fazer o “vai-e-vem” entre Macau e Zhuhai e seria mais seguro se ficassem a viver em Macau. Temos de ver isto como uma medida para este tempo de crise do coronavírus”, acrescentou.
Por outro lado, o deputado considerou que a medida devia afectar igualmente os residentes que se desloquem ao Interior. “Quanto aos residentes de Macau acho que é normal que também lhes seja exigido a quarentena”, apontou, em declarações prestadas ainda antes de ser explicado que apenas os não-residentes seriam afectados.
Se por um lado, José Pereira Coutinho deixou elogios à medida, por outro, criticou o facto de não entrar em vigor hoje, uma vez que se teme uma corrida à RAEM antes de se começar a exigir a quarentena, tal como aconteceu em Hong Kong. “Acho que a medida devia ser imediata”, atirou.

18 Fev 2020

Covid-19 | Casinos reabrem em dia de reforço de medidas nas fronteiras

[dropcap]A[/dropcap] partir da meia-noite de quarta-feira todos os trabalhadores não residentes provenientes da China terão de cumprir uma quarentena obrigatória de 14 dias. Residentes e turistas estão para já isentos. Também nos primeiros instantes do dia 20, os casinos podem voltar a abrir portas

“Temos de garantir a tigela de arroz”, foi desta forma que Lei Wai Nong, secretário para a Economia e Finanças, justificou a reabertura dos casinos anunciada ontem, quando questionado sobre a coerência da medida, divulgada a par com a obrigatoriedade de quarentena para todos os trabalhadores não residentes (TNR) provenientes do Interior da China, que queiram entrar em Macau.

“Nós implementamos políticas, tendo em consideração um ponto de equilíbrio. Temos de contrabalançar políticas, o risco, a segurança e ainda a situação de Macau. Temos 84 mil trabalhadores não residentes ou de Macau que precisam de emprego, de voltar a trabalhar. E, por isso, temos de garantir a tigela de arroz deles.

Temos, ao mesmo tempo, de salvaguardar a sua saúde, permitindo que trabalhem em locais com condições de higiénicas”, argumentou o secretário, por ocasião da conferência de imprensa diária sobra a situação do novo tipo de coronavírus.

Assim, a partir das 00:00 de quinta-feira os casinos vão poder reactivar o seu normal funcionamento, interrompido desde o passado dia 6 de Fevereiro, quando o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, anunciou uma medida excepcional decretada para evitar a propagação do surto do novo tipo de coronavírus. O Chefe do Executivo de Macau determinou agora, por despacho, que “é levantada a medida excepcional a partir das 00:00 de dia 20”, disse o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong.

O responsável explicou ainda que os casinos terão um período de 30 dias a contar a partir de quinta-feira para poderem começar a abrir portas, sendo que, passado o período de transição, todos os casinos terão de estar abertos.

Sobre as condições de reabertura dos casinos, Lei Wai Nong referiu que foram vários os factores ponderados e várias as medidas que terão de ser verificadas, tendo sido sempre colocado em primeiro lugar, a saúde da população e dos milhares de trabalhadores dos estabelecimentos.

“A reabertura dos casinos teve por base uma apreciação muito cautelosa em relação ao risco de transmissibilidade da infecção. Temos critérios para as mesas do jogo, que têm de manter uma distância mínima umas das outras e ainda temos orientações sobre a desinfecção do ambiente, a manutenção da higiene e salubridade do espaço, a obrigatoriedade de utilização de máscaras. Devemos sempre prestar atenção à saúde da população, pois não podemos abrir os casinos sacrificando a sua saúde”, vincou o secretário para a Economia e Finanças.

Sobre os restantes estabelecimentos fechados aquando do decreto especial, o Governo esclareceu que, para já, cinemas, teatros, estabelecimentos de saunas e massagens, bares discotecas e ginásios, entre outros espaços, vão continuar encerrados até ordem em contrário, para prevenir o risco de contágio.
Lei Wai Nong , afirma que vai estar atento à reabertura dos casinos e não descarta a possibilidade de voltar atrás com a medida caso haja algum incidente. “Prometo que vamos monitorizar de perto o grau de risco dos casinos. Se houver algum incidente, poderemos retomar as medidas”, assegurou.

Quarentena para TNR

O Governo anunciou ontem também que todos os TNR que estiveram no Interior da China nas últimas duas semanas, terão de fazer uma quarentena obrigatória de 14 dias antes de poderem entrar no território.

A medida entra também em vigor, a partir das 00:00 de quinta-feira e a imposição de 14 dias de quarentena é tomada porque, apesar das várias medidas já impostas pelo Governo para reduzir o fluxo nas fronteiras, o movimento continua a ser considerável, sendo que, só no domingo, as fronteiras registaram mais de “46 mil entradas e saídas do território”, explicou a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U. “Neste momento, a situação epidémica está numa situação muito severa”, acrescentou.

No despacho do Chefe do Executivo, divulgado ontem pode ler-se que “todos os titulares do título de identificação de trabalhador não residente que pretendam entrar na RAEM e que nos 14 dias anteriores à sua entrada tenham visitado o Interior da China, necessitam de se sujeitar à observação médica por 14 dias em locais na cidade de Zhuhai indicados pela autoridade sanitária e obter o certificado médico de não infecção”. De referir ainda que “por motivo de interesse público, nomeadamente a prevenção, controlo e tratamento da doença, socorro e emergência”, as autoridades podem dispensar “o cumprimento das medidas”.

O decreto exclui assim, tanto residentes como os turistas que entrem em Macau vindos do Interior da China, da obrigatoriedade de fazer quarentena admitindo, contudo, que tal pode vir a acontecer no futuro, caso a situação epidémica assim o justifique.

“Perante um elevado número de entradas e saídas da população de Macau, temos de acompanhar a situação adoptando as medidas para os residentes de Macau que voltam da China, sendo implementada uma quarentena em casa de 14 dias. Mas só será implementada de acordo com a evolução da epidemia”, explicou Ao Ieong U.

Já se o número de turistas voltar a subir, a secretária admite também que o Governo pode vir a ajustar as medidas de entrada no território. “Não afastamos a possibilidade de apertar as medidas de entrada para os turistas. Por exemplo, as declarações ou as despistagens sobre a possibilidade ou não de ter contraído alguma infecção relacionada com o coronavírus”.

Para já, o que é certo é que os TNR que vêm de Zhuhai terão de cumprir a quarentena na própria cidade chinesa, ficando a reentrada em Macau dependente da apresentação de um certificado médico que comprove a sua não infecção pelo novo tipo de coronavírus. Terminada a quarentena em Zhuhai e obtido o certificado, os trabalhadores são depois transferidos para Macau num veículo dedicado ao seu transporte.

Quanto aos TNR que tenham estado no Interior da China nos últimos 14 dias e cheguem a Macau vindos de outros sítios, como por exemplo o aeroporto de Hong Kong, terão também de “ficar em observação médica, em locais indicados pelas autoridades de Macau” e assumir as respectivas despesas, explicou o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong.

Devido às medidas impostas relativamente aos TNR, o secretário Lei Wai Nong, voltou a apelar aos operadores dos casinos para arranjarem alojamento em Macau para os seus funcionários detentores de “blue card”.

Escolas | Reinício incerto

As escolas de Macau continuam sem data de regresso à actividade. “Só quando a situação for mais estável nas regiões vizinhas, vamos considerar a reabertura das escolas”, afirmou a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U. Temos de ter em conta a situação epidémica das outras regiões, porque temos cerca de 3000 estudantes que actualmente moram em Zhuhai e que precisam de passar pelas fronteiras diariamente”, acrescentou. Além disso, a secretária considerou não estarem ainda reunidas as condições de reabertura das escolas pelo facto de “numa sala de aula haver sempre uma alta concentração de estudantes” e por actualmente considerar que alguns estudantes que estão noutras cidades da China estão mais seguros em suas casas.

Zhuhai | Mais dois mortos

Subiu para quatro o número de mortos provocados pelo novo tipo de coronavírus na cidade de Zhuhai da província de Guangdong, que faz fronteira com Macau. As duas mortes anteriores ocorreram nos dias 6 e 12 de Fevereiro, respectivamente. No total, Guangdong regista 1.322 casos, o segundo número mais alto entre as 27 províncias e regiões semiautónomas da China continental, mas muito longe da cifra reportada pela província de Hubei, centro do novo coronavírus, designado Covid-19. Em Macau, as autoridades de saúde confirmaram ontem que há 13 dias que não se registam novos casos de infecção. Dos 10 casos da doença no território, cinco pacientes já tiveram alta, estando os restantes cinco em observação e com “sintomas ligeiros”, transmitiu Chang Tam Fei , Coordenador dos Serviços de Urgência do Centro Hospitalar Conde S. Januário. Em Macau existem ainda 1363 casos excluídos e nas últimas 24 horas foram analisadas 168 amostras.

Com Lusa

18 Fev 2020

Covid-19 | Casinos reabrem em dia de reforço de medidas nas fronteiras

[dropcap]A[/dropcap] partir da meia-noite de quarta-feira todos os trabalhadores não residentes provenientes da China terão de cumprir uma quarentena obrigatória de 14 dias. Residentes e turistas estão para já isentos. Também nos primeiros instantes do dia 20, os casinos podem voltar a abrir portas
“Temos de garantir a tigela de arroz”, foi desta forma que Lei Wai Nong, secretário para a Economia e Finanças, justificou a reabertura dos casinos anunciada ontem, quando questionado sobre a coerência da medida, divulgada a par com a obrigatoriedade de quarentena para todos os trabalhadores não residentes (TNR) provenientes do Interior da China, que queiram entrar em Macau.
“Nós implementamos políticas, tendo em consideração um ponto de equilíbrio. Temos de contrabalançar políticas, o risco, a segurança e ainda a situação de Macau. Temos 84 mil trabalhadores não residentes ou de Macau que precisam de emprego, de voltar a trabalhar. E, por isso, temos de garantir a tigela de arroz deles.
Temos, ao mesmo tempo, de salvaguardar a sua saúde, permitindo que trabalhem em locais com condições de higiénicas”, argumentou o secretário, por ocasião da conferência de imprensa diária sobra a situação do novo tipo de coronavírus.
Assim, a partir das 00:00 de quinta-feira os casinos vão poder reactivar o seu normal funcionamento, interrompido desde o passado dia 6 de Fevereiro, quando o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, anunciou uma medida excepcional decretada para evitar a propagação do surto do novo tipo de coronavírus. O Chefe do Executivo de Macau determinou agora, por despacho, que “é levantada a medida excepcional a partir das 00:00 de dia 20”, disse o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong.
O responsável explicou ainda que os casinos terão um período de 30 dias a contar a partir de quinta-feira para poderem começar a abrir portas, sendo que, passado o período de transição, todos os casinos terão de estar abertos.
Sobre as condições de reabertura dos casinos, Lei Wai Nong referiu que foram vários os factores ponderados e várias as medidas que terão de ser verificadas, tendo sido sempre colocado em primeiro lugar, a saúde da população e dos milhares de trabalhadores dos estabelecimentos.
“A reabertura dos casinos teve por base uma apreciação muito cautelosa em relação ao risco de transmissibilidade da infecção. Temos critérios para as mesas do jogo, que têm de manter uma distância mínima umas das outras e ainda temos orientações sobre a desinfecção do ambiente, a manutenção da higiene e salubridade do espaço, a obrigatoriedade de utilização de máscaras. Devemos sempre prestar atenção à saúde da população, pois não podemos abrir os casinos sacrificando a sua saúde”, vincou o secretário para a Economia e Finanças.
Sobre os restantes estabelecimentos fechados aquando do decreto especial, o Governo esclareceu que, para já, cinemas, teatros, estabelecimentos de saunas e massagens, bares discotecas e ginásios, entre outros espaços, vão continuar encerrados até ordem em contrário, para prevenir o risco de contágio.
Lei Wai Nong , afirma que vai estar atento à reabertura dos casinos e não descarta a possibilidade de voltar atrás com a medida caso haja algum incidente. “Prometo que vamos monitorizar de perto o grau de risco dos casinos. Se houver algum incidente, poderemos retomar as medidas”, assegurou.

Quarentena para TNR

O Governo anunciou ontem também que todos os TNR que estiveram no Interior da China nas últimas duas semanas, terão de fazer uma quarentena obrigatória de 14 dias antes de poderem entrar no território.
A medida entra também em vigor, a partir das 00:00 de quinta-feira e a imposição de 14 dias de quarentena é tomada porque, apesar das várias medidas já impostas pelo Governo para reduzir o fluxo nas fronteiras, o movimento continua a ser considerável, sendo que, só no domingo, as fronteiras registaram mais de “46 mil entradas e saídas do território”, explicou a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U. “Neste momento, a situação epidémica está numa situação muito severa”, acrescentou.
No despacho do Chefe do Executivo, divulgado ontem pode ler-se que “todos os titulares do título de identificação de trabalhador não residente que pretendam entrar na RAEM e que nos 14 dias anteriores à sua entrada tenham visitado o Interior da China, necessitam de se sujeitar à observação médica por 14 dias em locais na cidade de Zhuhai indicados pela autoridade sanitária e obter o certificado médico de não infecção”. De referir ainda que “por motivo de interesse público, nomeadamente a prevenção, controlo e tratamento da doença, socorro e emergência”, as autoridades podem dispensar “o cumprimento das medidas”.
O decreto exclui assim, tanto residentes como os turistas que entrem em Macau vindos do Interior da China, da obrigatoriedade de fazer quarentena admitindo, contudo, que tal pode vir a acontecer no futuro, caso a situação epidémica assim o justifique.
“Perante um elevado número de entradas e saídas da população de Macau, temos de acompanhar a situação adoptando as medidas para os residentes de Macau que voltam da China, sendo implementada uma quarentena em casa de 14 dias. Mas só será implementada de acordo com a evolução da epidemia”, explicou Ao Ieong U.
Já se o número de turistas voltar a subir, a secretária admite também que o Governo pode vir a ajustar as medidas de entrada no território. “Não afastamos a possibilidade de apertar as medidas de entrada para os turistas. Por exemplo, as declarações ou as despistagens sobre a possibilidade ou não de ter contraído alguma infecção relacionada com o coronavírus”.
Para já, o que é certo é que os TNR que vêm de Zhuhai terão de cumprir a quarentena na própria cidade chinesa, ficando a reentrada em Macau dependente da apresentação de um certificado médico que comprove a sua não infecção pelo novo tipo de coronavírus. Terminada a quarentena em Zhuhai e obtido o certificado, os trabalhadores são depois transferidos para Macau num veículo dedicado ao seu transporte.
Quanto aos TNR que tenham estado no Interior da China nos últimos 14 dias e cheguem a Macau vindos de outros sítios, como por exemplo o aeroporto de Hong Kong, terão também de “ficar em observação médica, em locais indicados pelas autoridades de Macau” e assumir as respectivas despesas, explicou o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong.
Devido às medidas impostas relativamente aos TNR, o secretário Lei Wai Nong, voltou a apelar aos operadores dos casinos para arranjarem alojamento em Macau para os seus funcionários detentores de “blue card”.

Escolas | Reinício incerto

As escolas de Macau continuam sem data de regresso à actividade. “Só quando a situação for mais estável nas regiões vizinhas, vamos considerar a reabertura das escolas”, afirmou a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U. Temos de ter em conta a situação epidémica das outras regiões, porque temos cerca de 3000 estudantes que actualmente moram em Zhuhai e que precisam de passar pelas fronteiras diariamente”, acrescentou. Além disso, a secretária considerou não estarem ainda reunidas as condições de reabertura das escolas pelo facto de “numa sala de aula haver sempre uma alta concentração de estudantes” e por actualmente considerar que alguns estudantes que estão noutras cidades da China estão mais seguros em suas casas.

Zhuhai | Mais dois mortos

Subiu para quatro o número de mortos provocados pelo novo tipo de coronavírus na cidade de Zhuhai da província de Guangdong, que faz fronteira com Macau. As duas mortes anteriores ocorreram nos dias 6 e 12 de Fevereiro, respectivamente. No total, Guangdong regista 1.322 casos, o segundo número mais alto entre as 27 províncias e regiões semiautónomas da China continental, mas muito longe da cifra reportada pela província de Hubei, centro do novo coronavírus, designado Covid-19. Em Macau, as autoridades de saúde confirmaram ontem que há 13 dias que não se registam novos casos de infecção. Dos 10 casos da doença no território, cinco pacientes já tiveram alta, estando os restantes cinco em observação e com “sintomas ligeiros”, transmitiu Chang Tam Fei , Coordenador dos Serviços de Urgência do Centro Hospitalar Conde S. Januário. Em Macau existem ainda 1363 casos excluídos e nas últimas 24 horas foram analisadas 168 amostras.
Com Lusa

18 Fev 2020

Covid-19 | Sessão plenária da Assembleia Nacional Popular pode vir a ser adiada

[dropcap]O[/dropcap] órgão máximo legislativo da China poderá adiar a sua sessão plenária, o mais importante evento anual da agenda política chinesa, revelou hoje a imprensa estatal, numa altura em que o país enfrenta o surto do novo coronavírus.

Segundo a agência noticiosa oficial Xinhua, o Comité Permanente da 13.ª Assembleia Nacional Popular (ANP) vai deliberar uma proposta de adiamento da sua sessão plenária, cujo inicio estava previsto para 5 de Março.

Durante a sessão anual, que dura 10 dias, os quase 3.000 deputados, eleitos por cinco anos, a partir das assembleias das diferentes províncias, regiões autónomas, municípios, regiões administrativas especiais e das forças armadas do país, estão encarregues de aprovar projetos de lei, o relatório do Governo ou o orçamento de Estado.

Constitucionalmente, a ANP é o “supremo órgão do poder de Estado na China”, mas cerca de 70% dos deputados são membros do Partido Comunista Chinês (PCC).

O Comité Permanente da ANP, presidido por Li Zhanshu, vai avançar com aquela proposta durante a sua sessão bimensal, que se realiza em Pequim, na próxima semana.

A mesma sessão vai rever um projeto de lei que visa proibir o comércio ilegal de animais selvagens e eliminação dos “maus hábitos” de consumo de animais selvagens “para garantir a vida, saúde e segurança das populações”.

17 Fev 2020

Covid-19 | Sessão plenária da Assembleia Nacional Popular pode vir a ser adiada

[dropcap]O[/dropcap] órgão máximo legislativo da China poderá adiar a sua sessão plenária, o mais importante evento anual da agenda política chinesa, revelou hoje a imprensa estatal, numa altura em que o país enfrenta o surto do novo coronavírus.
Segundo a agência noticiosa oficial Xinhua, o Comité Permanente da 13.ª Assembleia Nacional Popular (ANP) vai deliberar uma proposta de adiamento da sua sessão plenária, cujo inicio estava previsto para 5 de Março.
Durante a sessão anual, que dura 10 dias, os quase 3.000 deputados, eleitos por cinco anos, a partir das assembleias das diferentes províncias, regiões autónomas, municípios, regiões administrativas especiais e das forças armadas do país, estão encarregues de aprovar projetos de lei, o relatório do Governo ou o orçamento de Estado.
Constitucionalmente, a ANP é o “supremo órgão do poder de Estado na China”, mas cerca de 70% dos deputados são membros do Partido Comunista Chinês (PCC).
O Comité Permanente da ANP, presidido por Li Zhanshu, vai avançar com aquela proposta durante a sua sessão bimensal, que se realiza em Pequim, na próxima semana.
A mesma sessão vai rever um projeto de lei que visa proibir o comércio ilegal de animais selvagens e eliminação dos “maus hábitos” de consumo de animais selvagens “para garantir a vida, saúde e segurança das populações”.

17 Fev 2020

Covid-19 | Décimo caso suspeito em Portugal é de criança regressada da China

[dropcap]A[/dropcap] Direcção-Geral da Saúde (DGS) validou hoje mais um caso suspeito por novo Coronavírus (COVID-19) em Portugal, após avaliação clínica e epidemiológica.

“Trata-se de uma criança regressada da China, que foi encaminhada para o Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central”, o hospital de referência para estas situações, adianta a DGS em comunicado.

Segundo a DGS, a criança ficou internada, tendo já sido realizada a colheita de amostras biológicas para análise pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

Já houve em Portugal outros nove casos suspeitos, oito não se confirmaram. Além da criança, está uma pessoa internada, no Porto, por suspeita de infeção com o vírus, a aguardar o resultado da análise.

O coronavírus Covid-19 provocou 1.775 mortos e infectou cerca de 71.300 pessoas a nível mundial. A maioria dos casos ocorreu na China, onde a epidemia foi detectada no final de 2019. Além de 1.770 mortos na China continental, há a registar um morto na região chinesa de Hong Kong, um nas Filipinas, um no Japão, um em França e um em Taiwan.

As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província de Hubei, no centro do país, para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

17 Fev 2020

Covid-19 | Décimo caso suspeito em Portugal é de criança regressada da China

[dropcap]A[/dropcap] Direcção-Geral da Saúde (DGS) validou hoje mais um caso suspeito por novo Coronavírus (COVID-19) em Portugal, após avaliação clínica e epidemiológica.
“Trata-se de uma criança regressada da China, que foi encaminhada para o Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central”, o hospital de referência para estas situações, adianta a DGS em comunicado.
Segundo a DGS, a criança ficou internada, tendo já sido realizada a colheita de amostras biológicas para análise pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).
Já houve em Portugal outros nove casos suspeitos, oito não se confirmaram. Além da criança, está uma pessoa internada, no Porto, por suspeita de infeção com o vírus, a aguardar o resultado da análise.
O coronavírus Covid-19 provocou 1.775 mortos e infectou cerca de 71.300 pessoas a nível mundial. A maioria dos casos ocorreu na China, onde a epidemia foi detectada no final de 2019. Além de 1.770 mortos na China continental, há a registar um morto na região chinesa de Hong Kong, um nas Filipinas, um no Japão, um em França e um em Taiwan.
As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província de Hubei, no centro do país, para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

17 Fev 2020

Casinos autorizados a reabrir portas quarta-feira à meia noite

[dropcap]O[/dropcap] Governo anunciou hoje que a partir de quarta-feira às 00:00 os casinos do território vão poder reabrir as portas, encerradas há cerca de 15 dias para evitar a propagação do surto do novo coronavírus na capital mundial do jogo.

O Chefe do Executivo de Macau determinou por despacho que “é levantada a medida excecional a partir das 00:00 de dia 20”, disse o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong Weng Chon.

O Governo de Macau deu aos casinos um período de 30 dias, a partir das 00:00 de dia 20 para poderem começar a abrir as portas, explicaram as autoridades de Macau. Passados esses 30 dias, um período de transição, todos os casinos devem estar abertos, reforçou o Governo de Macau.

“O Governo vai continuar os trabalhos sanitários e exigir às operadoras de jogo a desinfecção dos espaços de forma rigorosa”, apontou o secretário para a Administração e Justiça, Cheong Weng Chon.

Os casinos devem ainda dar instruções aos seus trabalhadores no sentido de usarem máscaras, frisaram as autoridades de Macau.

Macau, que tem actualmente cinco casos de infecção pelo coronavírus, fechou os casinos por 15 dias e determinou o encerramento de estabelecimentos de diversão noturna, espaços desportivos e culturais e enviou alunos e funcionários públicos para casa, onde trabalham à distância.

As autoridades explicaram ainda que só os casinos poderão abrir. Cinemas, teatros, estabelecimentos de saunas e massagens, bares discotecas e ginásios, entre outros espaços, vão continuar encerrados até ordem em contrário, para prevenir o risco de contágio do novo coronavírus chinês.

As medidas excepcionais praticamente paralisaram a economia da capital mundial do jogo e cuja indústria turística é também muito dependente dos visitantes oriundos do território chinês, onde o coronavírus Covid-19 já matou 1.770 pessoas na China continental e infectou 70.548.

Além de 1.770 mortos na China continental, há a registar um morto na região chinesa de Hong Kong, um nas Filipinas, um no Japão e um em França.

17 Fev 2020

Covid-19 | Caso suspeito encaminhado para o hospital Curry Cabral em Lisboa resultou negativo

[dropcap]O[/dropcap] caso suspeito de infecção pelo coronavírus Covd-19 em Portugal encaminhado este domingo para o Hospital Curry Cabral, em Lisboa, resultou negativo após análises, anunciou hoje a Direcção-Geral de Saúde (DGS).

Num comunicado hoje divulgado, a DGS refere que “o oitavo caso suspeito de infeção por novo Coronavírus (COVID-19) em Portugal, que foi encaminhado para o Hospital Curry Cabral, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, resultou negativo após realização de análises laboratoriais pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), com duas amostras biológicas negativas”.

A DGS tinha anunciado no domingo a existência de dois novos casos suspeitos de infecção pelo coronavírus Covid-19 em Portugal. Falta saber o resultado das análises ao caso encaminhado para o Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto.

O Curry Cabral e o São João são hospitais de referência para estas situações. Estes são o oitavo e o nono casos suspeitos de infeção pelo novo Coronavírus em Portugal, sendo que nenhum dos casos anteriores se confirmou. Todos os outros casos suspeitos em Portugal resultaram negativos. O coronavírus Covid-19 já provocou 1.669 mortos e infectou cerca de 65 mil pessoas a nível mundial.

17 Fev 2020

Covid-19 | Caso suspeito encaminhado para o hospital Curry Cabral em Lisboa resultou negativo

[dropcap]O[/dropcap] caso suspeito de infecção pelo coronavírus Covd-19 em Portugal encaminhado este domingo para o Hospital Curry Cabral, em Lisboa, resultou negativo após análises, anunciou hoje a Direcção-Geral de Saúde (DGS).
Num comunicado hoje divulgado, a DGS refere que “o oitavo caso suspeito de infeção por novo Coronavírus (COVID-19) em Portugal, que foi encaminhado para o Hospital Curry Cabral, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, resultou negativo após realização de análises laboratoriais pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), com duas amostras biológicas negativas”.
A DGS tinha anunciado no domingo a existência de dois novos casos suspeitos de infecção pelo coronavírus Covid-19 em Portugal. Falta saber o resultado das análises ao caso encaminhado para o Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto.
O Curry Cabral e o São João são hospitais de referência para estas situações. Estes são o oitavo e o nono casos suspeitos de infeção pelo novo Coronavírus em Portugal, sendo que nenhum dos casos anteriores se confirmou. Todos os outros casos suspeitos em Portugal resultaram negativos. O coronavírus Covid-19 já provocou 1.669 mortos e infectou cerca de 65 mil pessoas a nível mundial.

17 Fev 2020

Covid-19 | Polícia de Hong Kong procura autores de roubo de papel higiénico

[dropcap]U[/dropcap]m camião que transportava papel higiénico foi hoje alvo de um assalto à mão armada em Hong Kong, onde a escassez do produto motivou uma corrida ao comércio local, anunciou a polícia.
As autoridades informaram que um motorista de um camião foi assaltado por três homens em frente a um supermercado em Mong Kok, um dos bairros historicamente dominados pelas tríades locais.
“O motorista foi ameaçado por três homens, armados com facas, que roubaram pacotes de papel higiénico no valor de mais de mil dólares de Hong Kong”, indicou um porta-voz da polícia.
Imagens de vídeo difundidas por meios de comunicação social locais mostravam investigadores da polícia em redor de vários blocos com papel higiénico, à frente de um supermercado.
Há cerca de duas semanas que encontrar papel higiénico se tornou difícil em Hong Kong, apesar das garantias do Executivo de que o fornecimento de bens não será afetado pelo surto do coronavírus Covid-19.
Os supermercados não têm conseguido reabastecer com rapidez suficiente, e longas filas de clientes formam-se à porta das lojas ainda antes da abertura, à procura de outros bem como arroz, massas, detergentes e desinfetantes.
O Governo, que regista uma das mais taxas de popularidade de sempre, na sequência de meses de manifestações pró-democracia, criticou já os rumores de penúria que circulam nas redes sociais e garantiu que o fornecimento de alimentos e de outros produtos era constante e suficiente.

17 Fev 2020

Covid-19 | Polícia de Hong Kong procura autores de roubo de papel higiénico

[dropcap]U[/dropcap]m camião que transportava papel higiénico foi hoje alvo de um assalto à mão armada em Hong Kong, onde a escassez do produto motivou uma corrida ao comércio local, anunciou a polícia.

As autoridades informaram que um motorista de um camião foi assaltado por três homens em frente a um supermercado em Mong Kok, um dos bairros historicamente dominados pelas tríades locais.

“O motorista foi ameaçado por três homens, armados com facas, que roubaram pacotes de papel higiénico no valor de mais de mil dólares de Hong Kong”, indicou um porta-voz da polícia.

Imagens de vídeo difundidas por meios de comunicação social locais mostravam investigadores da polícia em redor de vários blocos com papel higiénico, à frente de um supermercado.

Há cerca de duas semanas que encontrar papel higiénico se tornou difícil em Hong Kong, apesar das garantias do Executivo de que o fornecimento de bens não será afetado pelo surto do coronavírus Covid-19.

Os supermercados não têm conseguido reabastecer com rapidez suficiente, e longas filas de clientes formam-se à porta das lojas ainda antes da abertura, à procura de outros bem como arroz, massas, detergentes e desinfetantes.

O Governo, que regista uma das mais taxas de popularidade de sempre, na sequência de meses de manifestações pró-democracia, criticou já os rumores de penúria que circulam nas redes sociais e garantiu que o fornecimento de alimentos e de outros produtos era constante e suficiente.

17 Fev 2020

Covid-19 | Sobe para 1.770 número de mortos na China continental, mais 105 em 24 horas

[dropcap]O[/dropcap] número de mortos devido ao novo coronavírus (Covid-19) na China continental subiu hoje para 1.770, ao mesmo tempo que foram registados 2.048 novos casos de infecção, foi anunciado.
A Comissão de Saúde da China disse que o número de infectados pelo Covid-19 ascendeu a 70.548. Entre os novos casos, 1.933 são da província de Hubei, centro do surto. Das 105 mortes registadas nas últimas 24 horas, 100 ocorreram em Hubei.
A Comissão de Saúde da China acrescentou que existem 10.644 casos graves de infeção pela doença, enquanto 10.844 pessoas foram curadas e já receberam alta.
Estão ainda a ser acompanhadas 546.016 pessoas que mantiveram contacto próximo com os infectados, sublinhou. Além de 1.770 mortos na China continental, há a registar um morto na região chinesa de Hong Kong, um nas Filipinas, um no Japão e um em França.
As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província, situada no centro da China, para tentar controlar a epidemia, uma medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

17 Fev 2020

Covid-19 | Sobe para 1.770 número de mortos na China continental, mais 105 em 24 horas

[dropcap]O[/dropcap] número de mortos devido ao novo coronavírus (Covid-19) na China continental subiu hoje para 1.770, ao mesmo tempo que foram registados 2.048 novos casos de infecção, foi anunciado.

A Comissão de Saúde da China disse que o número de infectados pelo Covid-19 ascendeu a 70.548. Entre os novos casos, 1.933 são da província de Hubei, centro do surto. Das 105 mortes registadas nas últimas 24 horas, 100 ocorreram em Hubei.

A Comissão de Saúde da China acrescentou que existem 10.644 casos graves de infeção pela doença, enquanto 10.844 pessoas foram curadas e já receberam alta.

Estão ainda a ser acompanhadas 546.016 pessoas que mantiveram contacto próximo com os infectados, sublinhou. Além de 1.770 mortos na China continental, há a registar um morto na região chinesa de Hong Kong, um nas Filipinas, um no Japão e um em França.

As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província, situada no centro da China, para tentar controlar a epidemia, uma medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

17 Fev 2020

Covid-19 | Dois novos casos suspeitos em Portugal

[dropcap]A[/dropcap] Direcção-Geral da Saúde informou ontem que há mais dois casos suspeitos de infeção pelo coronavírus Covid-19 em Portugal, após avaliação clínica e epidemiológica.
Em comunicado a DGS explicou tratar-se de dois doentes regressados da China, um dos quais foi encaminhado para o Hospital Curry Cabral, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, e o outro para o Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto. Ambas as unidades são hospitais de referência para estas situações.
Os doentes ficam internados e serão realizadas colheitas de amostras biológicas para análise pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), informou ainda a DGS.
Estes são o oitavo e o nono casos suspeitos de infeção pelo novo Coronavírus em Portugal, sendo que nenhum dos casos anteriores se confirmou.
O último caso conhecido foi o de uma criança regressada da China, e que tinha sido encaminhada, esta sexta-feira, para o Hospital Dona Estefânia, hospital de Referência Pediátrico para estas situações.
As analises laboratoriais efetuadas pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), com duas amostras biológicas resultaram “negativas”.
Os seis casos suspeitos validados anteriormente pela DGS foram todos referentes a homens e mulheres vindos da China, encaminhados para hospitais de referência em Lisboa e no Porto e em todos as análises tiveram resultados negativos.

17 Fev 2020

Covid-19 | Dois novos casos suspeitos em Portugal

[dropcap]A[/dropcap] Direcção-Geral da Saúde informou ontem que há mais dois casos suspeitos de infeção pelo coronavírus Covid-19 em Portugal, após avaliação clínica e epidemiológica.

Em comunicado a DGS explicou tratar-se de dois doentes regressados da China, um dos quais foi encaminhado para o Hospital Curry Cabral, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, e o outro para o Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto. Ambas as unidades são hospitais de referência para estas situações.

Os doentes ficam internados e serão realizadas colheitas de amostras biológicas para análise pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), informou ainda a DGS.

Estes são o oitavo e o nono casos suspeitos de infeção pelo novo Coronavírus em Portugal, sendo que nenhum dos casos anteriores se confirmou.

O último caso conhecido foi o de uma criança regressada da China, e que tinha sido encaminhada, esta sexta-feira, para o Hospital Dona Estefânia, hospital de Referência Pediátrico para estas situações.

As analises laboratoriais efetuadas pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), com duas amostras biológicas resultaram “negativas”.

Os seis casos suspeitos validados anteriormente pela DGS foram todos referentes a homens e mulheres vindos da China, encaminhados para hospitais de referência em Lisboa e no Porto e em todos as análises tiveram resultados negativos.

17 Fev 2020

Deputado Sulu Sou pede mais medidas para evitar “esforços em vão”

[dropcap]S[/dropcap]ulu Sou voltou a insistir no reforço das medidas de controlo fronteiriço antes que a situação epidémica se venha a agravar. Com o anúncio do Governo de retomar gradualmente os seviços públicos e, consequentemente, com o aproximar de uma eventual reabertura da actividade dos casinos, o deputado pediu ao Executivo que seja mais pró-activo no reforço das medidas de controlo fronteiriço e nos esforços para alojar no território trabalhadores estrangeiros.

Numa interpelação escrita dirigida ao Governo, Sulu Sou diz mesmo que se não forem tomadas as medidas adequadas antes que a situação piore, “todo o trabalho de prevenção feito até aqui pode ter sido em vão”.

“Se, tal como o secretário para a Economia e Finanças [Lei Wai Nong] disse, e apenas quando a situação epidémica se deteriorar, serão tomadas medidas mais rigorosas em relação aos controlos fronteiriços, esta espera pode tornar-se num arrependimento e, todo o trabalho de sucesso na prevenção epidémica feito até aqui, pode ter sido em vão”, referiu o deputado.

Sulu Sou faz ainda referência ao facto de o perigo de contágio poder vir a aumentar nas próximas semanas com a reabertura dos serviços públicos e o possível regresso à actividade dos casinos a partir do dia 19 de Fevereiro. Lembrando que “basta uma pessoa infectada” entrar para elevar o perigo de contágio e que a população acedeu ao apelo feito pelo Governo de “evitar deslocações desnecessárias”, mesmo sem a aplicação de medidas mais rigorosas nas fronteiras, o deputado afirma ainda que os residentes querem saber se “o alerta para ficar em casa vai ficar activo indefinidamente”.

Apontando que o número de casos confirmados na província de Guangdong é de mais de 1200 e que só na cidade vizinha de Zhuhai já foram confirmados cerca de 100, Sulu Sou dirige-se a Ho Iat Seng, pedindo que o Chefe do Executivo “previna, assim que possível, um surto epidémico em Macau (…) através da aplicação de medidas especiais para impedir temporariamente a entrada de não-residentes (excluindo trabalhadores estrangeiros), provenientes do Interior da China”.

Quarentena obrigatória

Dado que alguns residentes e trabalhadores estrangeiros continuam a ter necessidade de cruzar a fronteira, Sulu Sou questiona o Governo sobre a possibilidade de adoptar medidas de quarentena obrigatória para os que vêm do Interior da China. O deputado espera ainda que o Governo possa “fornecer unidades de habitação e alojar temporariamente funcionários de hotéis e empresas privadas” para reduzir a necessidade de cruzar a fronteira durante a epidemia.

17 Fev 2020

Função Pública | Serviços reabrem gradualmente a partir de hoje

Pode muito bem ser o primeiro sinal de regresso à normalidade em Macau. A partir de hoje, os serviços públicos voltam a abrir portas em regime de serviços mínimos e com medidas de controlo reforçadas. Quem quiser entrar terá de usar máscara e apresentar uma declaração de saúde

 
Com Lusa 
[dropcap]É[/dropcap] o primeiro passo para um regresso tímido a alguma normalidade. Os serviços públicos de Macau reabrem hoje com o objectivo de responder a algumas necessidades da população, depois de terem estado encerrados durante duas semanas, devido ao surto do novo tipo de coronavírus, baptizado de Covid- 19.
Contudo, no anúncio feito na passada sexta-feira pelos Serviços da Administração e Função Pública (SAFP), o Governo assegurou que apenas serão prestados serviços mínimos e básicos, sendo que o regresso ao trabalho da função pública vai ser alvo de muitas restrições para reduzir o risco de contágio do novo tipo de coronavírus.
Além do uso de máscara e de serem sujeitos a monitorização da temperatura corporal, vai ser exigido a quem recorrer aos serviços públicos, uma declaração de saúde electrónica que comprove que a pessoa não tem febre ou tosse. Caso contrário, as pessoas serão barradas à entrada.
A declaração não é um atestado médico, mas o mesmo documento que tem sido utilizado nos postos fronteiriços para entrar em Macau, sendo voluntário e passível de ser preenchido online através de um portal denominado “Sistema electrónico para Declaração de Saúde”. A declaração pode ser preenchida e apresentada no telemóvel, tendo apenas de ser feita no próprio dia pelo visitante.
Através de um comunicado oficial, o Governo alerta ainda que, apesar do regresso ao trabalho, “os serviços públicos irão reduzir (…) o número de balcões de atendimento e de pessoal”, apelando ao máximo para que os interessados contactem previamente os serviços, efectuem marcações prévias ou que evitem para já estes locais, se tal for possível. “As deslocações, durante este período, aos serviços públicos para tratamento de formalidades não urgentes ou desnecessárias devem ser evitadas”, pode ler-se na nota oficial.
Sobre o número de trabalhadores da Administração Pública que reiniciam hoje funções, o director dos SAFP, Kou Peng Kuan, não adiantou, segundo informações da TDM Rádio Macau, qualquer estimativa, tendo partilhado apenas que a decisão deve ser tomada de acordo com as necessidades de cada departamento.
Quando questionado se os funcionários públicos que vivem em Zhuhai também regressariam hoje ao trabalho, o responsável não negou essa eventualidade, afirmando, no entanto, que “não é aconselhável estarem na linha da frente”. “Vamos tentar evitar a prestação dos serviços desses trabalhadores que vivem em Zhuhai, para poder reduzir o risco de contacto com o público e outros trabalhadores”, disse o responsável de acordo com a mesma fonte.

Casinos na mira

A medida que obriga o público a preencher uma declaração de saúde deverá ser estendida ao sector privado, pelo menos foi isso que defendeu na passada sexta-feira, Leong Iek Hou, do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças. De acordo com a mesma fonte, o responsável afirmou que os Serviços de Saúde (SS) já se encontram a desenvolver uma aplicação “que também pode vir a ser utilizada por empresas”.
Leong Iek Hou sugeriu mesmo que a medida seja aplicada a bancos, espaços nocturnos e casinos, quando estes reabrirem. Recorde-se que a abertura gradual dos serviços públicos acontece na mesma semana em que terminam os 15 dias decretados pelo Chefe do Executivo para o encerramento dos casinos. “Para os casinos sugerimos uma redução do número de trabalhadores em 50 por cento para evitar a concentração de pessoas”, afirmou Leong Iek Hou, de acordo com informações da TDM Rádio Macau.
Sobre a possível reabertura dos casinos terminado o prazo de encerramento decretado pelo Governo, o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong referiu na passada quinta-feira que a decisão ainda não está tomada. “A suspensão terminará no dia 19 de Fevereiro, mas será prolongada ou não dependendo da decisão administrativa e também da avaliação do risco. Só se avaliarmos a situação como segura é que vamos abrir os estabelecimentos. Temos estado em comunicação estreita com as concessionárias e respectivas entidades.”
 

Sete serviços públicos abrem portas

Ao todo são sete os serviços públicos que irão prestar serviços essenciais a partir de hoje. Assim, no seguimento do anúncio feito pelo Governo é aconselhável que aqueles que tiverem de tratar de assuntos essenciais ou urgentes optem por efectuar marcações prévias através do telefone ou online:
Instituto para os Assuntos Municipais (IAM)
Direcção dos Serviços de Identificação (DSI)
Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça (DSAJ)
Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP)
Fundo de Pensões (FP)
Imprensa Oficial (IO)
Centro de Formação Jurídica e Judiciária
 

Sete mil já assinaram

Cerca de 7 mil residentes já assinaram entre as 09h00 e as 15h00 de ontem a declaração de saúde que permite a entradas nos serviços públicos, que voltam a reabrir esta manhã. Sem assinarem este documento de forma electrónica, as pessoas podem ser barradas à entrada. “A reacção das pessoas à medida é muita positiva. É uma declaração para todos os cidadãos e que até pode ser implementada para os hotéis e outros espaços”, afirmou ontem Leong Iek Hou, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença. Em relação ao facto de os funcionários dos serviços públicos terem de assinar a declaração, Leong afastou esse cenário e atirou a decisão para os directores e superiores de cada serviço.

17 Fev 2020

Função Pública | Serviços reabrem gradualmente a partir de hoje

Pode muito bem ser o primeiro sinal de regresso à normalidade em Macau. A partir de hoje, os serviços públicos voltam a abrir portas em regime de serviços mínimos e com medidas de controlo reforçadas. Quem quiser entrar terá de usar máscara e apresentar uma declaração de saúde

 

Com Lusa 

[dropcap]É[/dropcap] o primeiro passo para um regresso tímido a alguma normalidade. Os serviços públicos de Macau reabrem hoje com o objectivo de responder a algumas necessidades da população, depois de terem estado encerrados durante duas semanas, devido ao surto do novo tipo de coronavírus, baptizado de Covid- 19.

Contudo, no anúncio feito na passada sexta-feira pelos Serviços da Administração e Função Pública (SAFP), o Governo assegurou que apenas serão prestados serviços mínimos e básicos, sendo que o regresso ao trabalho da função pública vai ser alvo de muitas restrições para reduzir o risco de contágio do novo tipo de coronavírus.

Além do uso de máscara e de serem sujeitos a monitorização da temperatura corporal, vai ser exigido a quem recorrer aos serviços públicos, uma declaração de saúde electrónica que comprove que a pessoa não tem febre ou tosse. Caso contrário, as pessoas serão barradas à entrada.

A declaração não é um atestado médico, mas o mesmo documento que tem sido utilizado nos postos fronteiriços para entrar em Macau, sendo voluntário e passível de ser preenchido online através de um portal denominado “Sistema electrónico para Declaração de Saúde”. A declaração pode ser preenchida e apresentada no telemóvel, tendo apenas de ser feita no próprio dia pelo visitante.

Através de um comunicado oficial, o Governo alerta ainda que, apesar do regresso ao trabalho, “os serviços públicos irão reduzir (…) o número de balcões de atendimento e de pessoal”, apelando ao máximo para que os interessados contactem previamente os serviços, efectuem marcações prévias ou que evitem para já estes locais, se tal for possível. “As deslocações, durante este período, aos serviços públicos para tratamento de formalidades não urgentes ou desnecessárias devem ser evitadas”, pode ler-se na nota oficial.

Sobre o número de trabalhadores da Administração Pública que reiniciam hoje funções, o director dos SAFP, Kou Peng Kuan, não adiantou, segundo informações da TDM Rádio Macau, qualquer estimativa, tendo partilhado apenas que a decisão deve ser tomada de acordo com as necessidades de cada departamento.

Quando questionado se os funcionários públicos que vivem em Zhuhai também regressariam hoje ao trabalho, o responsável não negou essa eventualidade, afirmando, no entanto, que “não é aconselhável estarem na linha da frente”. “Vamos tentar evitar a prestação dos serviços desses trabalhadores que vivem em Zhuhai, para poder reduzir o risco de contacto com o público e outros trabalhadores”, disse o responsável de acordo com a mesma fonte.

Casinos na mira

A medida que obriga o público a preencher uma declaração de saúde deverá ser estendida ao sector privado, pelo menos foi isso que defendeu na passada sexta-feira, Leong Iek Hou, do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças. De acordo com a mesma fonte, o responsável afirmou que os Serviços de Saúde (SS) já se encontram a desenvolver uma aplicação “que também pode vir a ser utilizada por empresas”.

Leong Iek Hou sugeriu mesmo que a medida seja aplicada a bancos, espaços nocturnos e casinos, quando estes reabrirem. Recorde-se que a abertura gradual dos serviços públicos acontece na mesma semana em que terminam os 15 dias decretados pelo Chefe do Executivo para o encerramento dos casinos. “Para os casinos sugerimos uma redução do número de trabalhadores em 50 por cento para evitar a concentração de pessoas”, afirmou Leong Iek Hou, de acordo com informações da TDM Rádio Macau.

Sobre a possível reabertura dos casinos terminado o prazo de encerramento decretado pelo Governo, o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong referiu na passada quinta-feira que a decisão ainda não está tomada. “A suspensão terminará no dia 19 de Fevereiro, mas será prolongada ou não dependendo da decisão administrativa e também da avaliação do risco. Só se avaliarmos a situação como segura é que vamos abrir os estabelecimentos. Temos estado em comunicação estreita com as concessionárias e respectivas entidades.”

 

Sete serviços públicos abrem portas

Ao todo são sete os serviços públicos que irão prestar serviços essenciais a partir de hoje. Assim, no seguimento do anúncio feito pelo Governo é aconselhável que aqueles que tiverem de tratar de assuntos essenciais ou urgentes optem por efectuar marcações prévias através do telefone ou online:

Instituto para os Assuntos Municipais (IAM)

Direcção dos Serviços de Identificação (DSI)

Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça (DSAJ)

Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP)

Fundo de Pensões (FP)

Imprensa Oficial (IO)

Centro de Formação Jurídica e Judiciária

 

Sete mil já assinaram

Cerca de 7 mil residentes já assinaram entre as 09h00 e as 15h00 de ontem a declaração de saúde que permite a entradas nos serviços públicos, que voltam a reabrir esta manhã. Sem assinarem este documento de forma electrónica, as pessoas podem ser barradas à entrada. “A reacção das pessoas à medida é muita positiva. É uma declaração para todos os cidadãos e que até pode ser implementada para os hotéis e outros espaços”, afirmou ontem Leong Iek Hou, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença. Em relação ao facto de os funcionários dos serviços públicos terem de assinar a declaração, Leong afastou esse cenário e atirou a decisão para os directores e superiores de cada serviço.

17 Fev 2020