Saúde Mental | “Educação Vermelha” é aposta para lidar com “adversidades”

A Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) quer promover ensinamentos sobre a Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa com deslocações às bases de educação patriótica para reforçar a capacidade de resistência dos mais jovens contra as adversidades do quotidiano

A Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) considera que a aposta na educação sobre o Partido Comunista Chinês permite aos jovens aprenderem a lidar com as adversidades. A explicação consta da resposta a uma interpelação do deputado Ho Ion Sang, que defendia o aprofundar dos valores nacionalistas entre os jovens, para responder aos problemas de saúde mental.

A chamada “Educação Vermelha” passa por visitas de estudo a “bases” criadas para contar a versão oficial de episódios considerados fundamentais para o Partido Comunista Chinês, como a Grande Marcha ou a luta contra a invasão japonesa.

A prática tornou-se frequente no Interior e agora, mais recentemente, também em Macau, sendo entendida pelas autoridades como uma forma de promover a saúde mental dos jovens. No âmbito desta política, o Governo garante que vai continuar a promover mais visitas.

“A DSEDJ organiza ainda o pessoal docente para participar em visitas de estudo às ruínas históricas da Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa ou a bases de ‘educação vermelha’, orientando os alunos a divulgarem as virtudes tradicionais da China, tais como o espírito de persistência, perseverança, autovalorização e disponibilidade para ajudar os outros, para que, no momento da transmissão desta cultura excelente, elevem a sua capacidade de resistência perante as adversidades”, foi justificado.

A DSEDJ destacou também que “aproveita, de forma activa, os ricos recursos da educação patriótica do Interior da China” para organizar e financiar diferentes projectos de promoção e aprendizagem sobre a “cultura tradicional excelente chinesa” e viagens de finalistas que contaram com mais de 20 mil participantes e tiveram como destinos as “bases nacionais de demonstração da educação patriótica” e as “bases nacionais de popularização científica”.

Além do nacionalismo

Para além da abordagem nacionalista ao problema da saúde mental dos jovens, a DSEDJ garante que o Governo tem implementado outras medidas, como a criação do “Grupo de trabalho para o acompanhamento da saúde mental e física dos jovens – Caminhar com amor”, que envolve “associações educativas, instituições de aconselhamento aos estudantes do ensino superior e associações juvenis”.

A DSEDJ assegura igualmente que existe uma rede de apoio aos jovens com problemas mentais e que foi elaborada uma “Tabela de Identificação da Saúde Mental dos Alunos” com orientações de trabalho e que foi dada formação nas instituições de ensino para se conseguir “identificar, atempadamente, as necessidades psicológicas dos alunos”.

A DSEDJ indicou ainda ter lançado material didáctico sobre a saúde mental e incentivado as escolas a realizarem, mensalmente, aulas dedicadas a estes assuntos.

18 Nov 2025

Educação | Escola Luís Gonzaga Gomes geminada com Escola de Cacilhas-Tejo

Com vista a reforçar a formação de quadros qualificados bilingues, a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) anunciou um acordo de geminação entre a Escola Secundária Luso-Chinesa de Luís Gonzaga Gomes, a Escola Secundária n.º 6 de Guangzhou e a Escola Secundária de Cacilhas-Tejo, em Portugal. A informação foi divulgada ontem através de um comunicado da entidade que regula o ensino.
“Esta iniciativa dá um novo impulso ao ensino da língua portuguesa e à formação de quadros qualificados bilingues em chinês e português ao nível do ensino não superior”, considerou a DESDJ. “A iniciativa integra um ensino da língua portuguesa com imersão cultural e aplicação na vida quotidiana, a fim de aumentar o interesse dos alunos pela aprendizagem e as suas competências práticas”, foi acrescentado.
O acordo foi igualmente explicado com o facto de a DSEDJ pretender “articular-se activamente com a construção da iniciativa Uma Faixa, Uma Rota do País e reforçar ainda mais o papel de Macau na ligação entre o interior e o exterior”.

Mais intercâmbios
De acordo com as autoridades locais, o acordo vai “alargar ainda mais os canais de intercâmbio da língua portuguesa ao nível do ensino não superior”, com intercâmbios entre docentes e alunos “na aplicação da língua portuguesa e na compreensão cultural” para “melhorar a proficiência na língua portuguesa entre os alunos do ensino primário e secundário de Macau”.
Os intercâmbios vão concretizar-se através de sessões de “estudo online e in loco da língua portuguesa” e ainda de “sessões de partilha de experiências pedagógicas para docentes, bem como actividades temáticas culturais sino-portuguesas”.
Ao mesmo tempo, espera-se que as novas parecerias levem a uma “integração mútua de recursos didácticos da língua portuguesa entre Macau, o Interior da China e os Países de Língua Portuguesa no âmbito do ensino não superior”, com vista a elevar a qualidade dos qualificados bilingues em chinês e português em Macau.
Este poderá não ser o único acordo, dado que a DSEDJ promete continuar a aproveitar o papel de Macau. “A DSEDJ continua a aproveitar as vantagens de Macau na sua conectividade com o exterior, promovendo activamente a geminação de escolas de Macau com as do Interior da China e do exterior, para ampliar os intercâmbios externos”, foi prometido.

13 Nov 2025

DSEDJ | Anunciado inquérito após queixa contra professora

A Direcção de Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude garante que está a investigar o caso da docente acusada de humilhar um aluno com autismo

A Direcção de Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) anunciou a abertura de um inquérito para averiguar as queixas contra uma docente acusada de humilhar um aluno com autismo, no Colégio Diocesano de São José 5ª. O caso foi divulgado através das redes sociais por um utilizador anónimo, que justificou este meio de divulgação com o facto de as primeiras queixas, apresentadas a 14 de Outubro, terem sido ignoradas pela DSEDJ e pelo colégio.

“Após ter recebido uma denúncia anónima sobre a situação em causa, a DSEDJ procedeu de imediato ao acompanhamento junto da referida escola, tendo já iniciado o respectivo procedimento de inquérito, mantendo simultaneamente uma comunicação estreita com a escola, com vista a esclarecer o incidente e a garantir a manutenção da qualidade pedagógica da escola”, respondeu a DSEDJ, ao HM. “A DSEDJ sempre atribuiu grande importância ao desenvolvimento físico e mental saudável dos alunos, salientando que o pessoal docente deve observar rigorosamente a ética profissional”, foi acrescentado.

O departamento da Administração Pública destacou também a existência de orientações para as escolas, de forma a ser criado um ambiente saudável de ensino. “Através do Guia de Funcionamento das Escolas, a DSEDJ estabelece normas claras dirigidas às escolas sobre a conduta profissional e os critérios de trabalho no âmbito do ensino e aprendizagem, procedendo ainda à realização de diversos tipos de formação profissional para docentes, de modo a melhor colaborar com as escolas e apoiar o crescimento dos alunos, criando em conjunto um ambiente de aprendizagem seguro e saudável”, foi explicado.

Na resposta, a DSEDJ garantiu ainda que “tem prestado grande atenção aos comentários recentemente publicados nas redes sociais”.

Desencontros e gritaria

De acordo com a mensagem divulgada através da rede social Facebook, o episódio da controvérsia aconteceu a 10 de Outubro. Nesse dia, o estudante com autismo, que frequenta o ensino secundário, tinha um encontro marcado com a professora. No entanto, a docente apesar de ter chegado 80 minutos atrasada e terá dado uma reprimenda ao aluno: “Mas nunca consegues fazer nada bem, a não ser estar aqui à espera? Porque é que não pediste a outro professor que me fosse chamar?”, terá perguntado a docente. “Ensinei-te tantas vezes, mas tu nunca ouves! Ages sempre como se eu nunca te tivesse ensinado nada”, acrescentou.

As palavras terão perturbado o aluno que levantou a voz contra a professora. Contudo, esta voltou a admoestar o estudante: “Não tens autorização para falares nesse tom de voz! Nunca fales com um professor dessa maneira”, terá advertido a professora.

Após a reprimenda, a docente terá justificado, diante dos outros professores presentes, os argumentos utilizados com a condição do aluno.

10 Nov 2025

DSEDJ | Manuais devem olhar política linguística do país

Cheang Sek Kit, chefe da Divisão de Desenvolvimento Curricular e Avaliação da Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ), defendeu que a elaboração de materiais didácticos é uma medida importante para implementar a política linguística do país, devendo adaptar-se às necessidades do desenvolvimento educativo de Macau.

Segundo o jornal Ou Mun, o responsável da DSEDJ falou no âmbito de um seminário sobre a elaboração dos manuais escolares em Hong Kong e Macau, realizado na Universidade Jinan, em Guangzhou. Este defendeu também a necessidade de continuar a implementar o princípio “Um País, Sois Sistemas”, devendo-se aprofundar a colaboração entre Macau e Guangdong nesta área.

Li Jinjun, chefe da Divisão de Intercâmbio e Cooperação do Departamento de Educação da Província de Guangdong, disse esperar, na elaboração dos manuais, uma combinação entre o contexto cultural chinês e as características de Macau, bem como a integração de conteúdos relacionados com inteligência artificial ou “Big Data”.

Li Jinjun acredita ainda na criação de um mecanismo colaborativo de apoio à formação de novas gerações de patriotas.

18 Set 2025

DSEDJ | Aposta em visitas a bases de segurança nacional

A Direcção de Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) vai continuar a apostar nas visitas de estudo para professores e alunos à Base de Educação do Patriotismo para Jovens de Macau, em Shandong, e à Base de Formação de Educação sobre Perspectiva Geral da Segurança Nacional para Jovens de Macau, em Pequim, como parte dos esforços de promoção do nacionalismo. A orientação sobre a educação nacional foi revelada na resposta a uma interpelação do deputado Ho Ion Sang.

De acordo com a resposta assinada por Teng Sio Hong, subdirector da DSEDJ, as visitas têm como objectivo “aprofundar o sentimento patriótico e a consciência de segurança nacional”.

No documento, Teng Sio Hong garante que o “Governo da RAEM mantém-se firme na consolidação dos valores nucleares do amor pela Pátria e por Macau” e que o futuro desta política passa pela construção de “uma base de experiência imersiva, baseada em Macau e interligada com a Grande Baía”, realização de actividades para alunos e a criação de um Pavilhão de Exposições da Educação Patriótica em Seac Pai Van.

2 Set 2025

DSEDJ | Professores “não falantes de chinês” visitam Pequim

A Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) organizou uma visita de estudo a Pequim para 28 dirigentes do ensino superior e professores locais estrangeiros ou não falantes de chinês.

De acordo com o comunicado oficial, publicado apenas em língua chinesa, a delegação foi integrada por membros da comunidade académica como Stephen Morgan, reitor da Universidade de São José, e João Veloso, director do Departamento de Português da Faculdade de Letras da Universidade de Macau, e teve como objectivo mostrar aos convidados “as condições nacionais e a cultura chinesa”, assim como “mostrar os desenvolvimentos mais recentes da China”.

Ao longo dos cinco dias de viagem, o director da DSEDJ, Kong Chi Meng, prometeu continuar a desenvolver a internacionalização, o desenvolvimento de alta qualidade do ensino em Macau e atrair na RAEM quadros qualificados internacionais.

Kong Chi Meng garantiu também que o ensino local vai continuar a desempenhar um papel de ligação entre a China e o exterior e apostar na “cultura única” que “integra elementos da cultura chinesa com elementos de culturas ocidentais no sistema de ensino”.

A DSEDJ comprometeu-se ainda a incentivar as instituições de ensino superior de Macau e os talentos internacionais a estudarem no Interior da China e a compreenderem o desenvolvimento das disciplinas e dos campos de investigação científica.

20 Jun 2025

Portugal / Apagão | Macau atento à segurança de estudantes

As autoridades de Macau disseram ontem que estão a acompanhar de perto o impacto do corte generalizado de energia em Portugal e Espanha devido a preocupações com a segurança dos estudantes da RAEM. A DSEDJ recomendou que ficassem em locais seguros, mantendo contacto com familiares

 

O Governo de Macau está atento ao impacto do corte de electricidade que paralisou na segunda-feira a Península Ibérica e em contacto com os estudantes da RAEM em Portugal e Espanha. Ontem de manhã, a Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) emitiu um comunicado a afirmar que “os estudantes devem acompanhar as informações oficiais, priorizar a sua segurança e manter contacto com as famílias”. Na manhã de ontem, o organismo liderado por Kong Chi Meng indicava que “até ao momento, não foram registados pedidos de ajuda por parte de estudantes”.

Ainda assim, a DSEDJ enviou alertas por telemóvel a recomendar que os estudantes permaneçam em locais seguros e sigam as actualizações das autoridades locais e das instituições de ensino que frequentam.

Apesar de o fornecimento de energia eléctrica ter sido restabelecido, a DSEDJ realça que “os governos de Portugal e de Espanha declararam o estado de emergência”. Como tal, se os estudantes em zonas afectadas enfrentarem situações de emergência, devem contactar a polícia local ou a embaixada ou consulado chinês, através da linha 24 horas do Serviço Global de Protecção Consular e Emergência do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O mesmo comunicado sugere ainda como alternativas de contacto em casos de emergência Linha Aberta para o Turismo 24 horas, a Delegação Económica e Comercial de Macau, em Lisboa e a própria DSEDJ.

Regresso à normalidade

Um corte generalizado no abastecimento eléctrico afectou na segunda-feira, desde as 11h33 (18h33 em Macau), Portugal e Espanha, que continuava ontem sem ter explicação por parte das autoridades. Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades foram algumas das consequências do “apagão”.

O restabelecimento de energia aconteceu de forma gradual ao longo de segunda-feira, começando pela zona centro do país. O operador de rede de distribuição de electricidade E-Redes informou que até à meia-noite de segunda-feira (07h de ontem em Macau) estavam ligadas parcialmente 424 subestações, alimentando cerca de 6,2 milhões de clientes, mas não consegue prever a reposição integral.

30 Abr 2025

DSEDJ | Governo quer jovens a celebrar vitória na guerra contra o Japão

A Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) quer ver os jovens de Macau a celebrar o “80.º Aniversário da Vitória da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e da Vitória Mundial contra o Fascismo” e, assim sendo, vai financiar várias actividades nas escolas.

A revelação foi feita pelo vice-presidente do Conselho de Juventude, e director da DSEDJ, Kong Chi Meng, na reunião que decorreu na terça-feira. O objectivo passa por levar os “jovens e alunos a compreenderem melhor a história da guerra de resistência e aumentar o sentimento de pertença à nação e de amor à Pátria”.

Segundo o comunicado oficial do encontro, o financiamento enquadra-se no programa para jovens “à Procura das Raízes Vermelhas” e tem como destinatários as escolas e associações locais.

Os representantes da DSEDJ enquadraram ainda o financiamento das actividades na “implementação da educação patriótica junto dos jovens e alunos em diferentes vertentes e formas” no “enriquecimento contínuo dos conteúdos de trabalho da educação patriótica” e na “divulgação abrangente do valor fundamental social do amor pela Pátria e por Macau através de meios atractivos”.

No encontro, esteve também presente a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura e presidente do Conselho de Juventude, O Lam, que avisou o Conselho da Juventude que “os trabalhos de educação patriótica devem ser desenvolvidos de forma mais aprofundada, mais detalhada e mais apropriada” no futuro e que a Zona de Cooperação em Hengqin deve ser utilizada como “plataforma de intercâmbio entre os jovens de Macau e do Interior”. O Lam vincou igualmente que Xi Jinping presta muito atenção à formação dos jovens de Macau.

27 Mar 2025

Fundo Educativo | Renovações arrancam segunda-feira

Decorre entre segunda-feira, 2 de Setembro, e o dia 29 desse mês o prazo para a renovação de bolsas atribuídas pelo Fundo Educativo para o ano lectivo de 2024/2025.

Assim, os beneficiários do “Plano de financiamento das bolsas de estudo para o ensino superior”, “Plano de bolsas de mérito para a frequência das melhores instituições de ensino superior no ranking mundial” e “Plano de pagamento dos juros ao crédito para os estudos” devem apresentar a respectiva documentação necessária, sendo que os beneficiários do regime escolar especial, ou seja, que não iniciem as aulas entre Julho e Outubro, devem apresentar o requerimento até 31 de Março de 2025.

O processo pode ser feito na secção “Programa de bolsas de estudo para o ensino superior” no website da Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude, ou ainda na plataforma da Conta Única de Macau.

Caso os estudantes tenham feito alterações nos cursos frequentados, seja a mudança de instituição ou a suspensão dos estudos, por exemplo, devem apresentar os requerimentos até ao último dia útil de Novembro “imediatamente seguinte à ocorrência do facto”.

Além disso, para os beneficiários do regime escolar especial, devem apresentar o requerimento até ao último dia útil de Março imediatamente seguinte à ocorrência do facto.

30 Ago 2024

Subsídio de Aquisição de Material Escolar para o Ensino Superior custa 86 milhões

O subsídio de aquisição de material escolar no ano lectivo de 2023/2024 vai ter um custo de 86 milhões de patacas. O valor não sofreu aumentos face ao passado, e vai ser distribuído entre os cerca de 26 mil alunos de Macau que frequentam instituições do ensino superior.

O subsídio foi apresentado na sexta-feira, após uma reunião do Conselho Executivo, e vai abranger todos os titulares de bilhete de identidade de residente que frequentem, no ano lectivo de 2023/2024, em Macau ou no exterior, cursos do ensino superior que atribuam um grau académico ou cursos com uma duração não inferior a dois anos em instituições de ensino superior públicas ou privadas credenciadas.

Para receberem o subsídio, os alunos interessados têm de fazer o regime através da conta única entre 8 de Abril e 31 de Maio de 2024. O subsídio para aquisição de material escolar será depositado, no prazo de 60 dias contados a partir do último dia do prazo de registo.

Para o Interior

Também na sexta-feira, foi apresentado o subsídio de propinas e de aquisição de material escolar para alunos locais que frequentam escolas na província de Guangdong.

Este ano, além de cumprirem com as objectivos, os alunos vão ter de frequentar um curso de formação, organizado pela Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude sobre política, economia e cultura de Macau. O curso tem uma duração mínima de 12 horas, e os alunos têm de frequentar pelo menos 80 por cento das aulas para terem acesso ao subsídio.

No âmbito deste programa, os limites máximos do subsídio mantêm-se nas 8.000 patacas para o ensino pré-escolar e nas 6.000 patacas para os ensinos primário, secundário geral e secundário complementar. Os montantes fixos do subsídio para aquisição de material escolar, por aluno, são de 1.150 patacas para o ensino pré-escolar, de 1.450 patacas para o ensino primário e de 1.700 patacas para os ensinos secundário geral e secundário complementar.

25 Mar 2024

DSEDJ | Campos militares custam 2,8 milhões por ano

Os campos de educação da defesa nacional em Zhuhai para alunos de Macau vão custar este ano lectivo cerca de 2,8 milhões de patacas aos cofres públicos. A DSEDJ garante que as armas usadas nos treinos são réplicas e que, até hoje, a Escola Portuguesa de Macau nunca participou neste tipo de actividade

 

As armas usadas pelos alunos de Macau no treino militar durante as “Jornadas de Educação da Defesa Nacional” são réplicas, revelou ao HM a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ). “Os treinos da jornada incluem algumas aulas de conhecimentos sobre equipamentos básicos que utilizam adereços de aprendizagem como demonstração de orientação”, indicou a DSEDJ.

O organismo liderado por Kong Chi Meng acrescentou que os treinos de combate em que participam crianças do 8º ano de escolaridade têm em vista “ajudar os jovens alunos a criarem, através da aprendizagem e experiência, uma correcta consciência sobre a segurança nacional no seu crescimento, bem como cultivar a capacidade física, a disciplina e o espírito de equipa”.

O HM inquiriu a DSEDJ sobre qual o valor pedagógico e educacional dos treinos de combate com manuseio de armas, mas não obteve resposta.

A direcção responsável pelo sistema educativo de Macau indicou também que a participação das escolas do território nos campos militares organizados no Centro de Formação e Educação para a Defesa Nacional de Zhuhai não é obrigatória, apesar da larga adesão dos estabelecimentos de ensino do território. “As escolas interessadas em organizar a participação dos seus alunos podem inscrever-se junto da DSEDJ”, afirmou ao HM a direcção, acrescentando que, “até hoje, a Escola Portuguesa de Macau nunca participou nesta actividade”.

Custo da pernoita

O portal do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM citou um artigo do jornal estatal de Guangdong Southern Daily que relevou que “as autoridades relevantes de Macau estabeleceram uma cooperação de longo-prazo com o Centro de Formação e Educação para a Defesa Nacional de Zhuhai para a organização de campos militares”.

O artigo referia também que todos os anos, cerca de 4.000 alunos do 8º ano de escolaridade de Macau vão a Zhuhai participar em “campos de actividades de educação para a segurança nacional”.

A DSEDJ esclareceu que desde o início do corrente ano lectivo, até à semana passada, mais de 1.300 alunos de Macau participaram nos campos de educação da defesa nacional, actividade que custou até agora mais de 910 mil patacas ao erário público. “Para o corrente ano lectivo de 2023/2024, o custo, por pessoa, da jornada de educação, com a duração de 5 dias e 4 noites, é superior a 700 patacas”.

Fazendo a conta aos mais de 4.000 alunos locais que por ano participam nas Jornadas de Educação da Defesa Nacional, o custo anual ultrapassa 2,8 milhões de patacas. Tendo em conta que estas actividades se realizam desde o ano lectivo 2008/2009, o custo ascende a várias dezenas de milhões de patacas.

25 Mar 2024

DSEDJ | Governo prepara “acampamentos patrióticos” para alunos

No próximo ano lectivo, o Governo irá reforçar o nacionalismo nas escolas de Macau, incluindo através de “acampamentos patrióticos” destinados aos alunos do 7º ano de escolaridade. O ensino tecnológico de inteligência artificial será outra das apostas da Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude.
Educação patriótica, segurança nacional e ensino tecnológico serão pilares essenciais da aposta educativa da Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) para o ano lectivo 2024/2025. Entre as iniciativas que o Governo planeia lançar, destaque para actividades de “educação patriótica destinada aos alunos do 1º ano de ensino secundário geral”, indicou o director substituto da DSEDJ Teng Sio Hong, em resposta a uma interpelação escrita submetida pela deputada Wong Kit Cheng.
Na versão chinesa da resposta da DSEDJ pode ler-se “acampamento de educação patriótica”, enquanto em português foi usada a expressão “actividades de educação patriótica”. Porém, a versão em chinês bate certo com o discurso da secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U durante a apresentação das Linhas de Acção Governativa para o próximo ano. Na Assembleia Legislativa, a secretária indicou que seria lançado o “Acampamento de Educação Patriótica” destinados aos alunos do 1.º ano do ensino secundário geral”, e “reforçada a confiança cultural dos jovens e dada continuidade ao aprofundamento do trabalho de educação sobre o Amor pela Pátria e por Macau”. A resposta à interpelação escrita de Wong Kit Cheng divulgada ontem especifica estes objectivos do Governo.
“A DSEDJ continua a comunicar com o sector educativo acerca dos respectivos trabalhos, tendo este concordado com a necessidade de reforçar, ainda mais, o ensino de programação e de inteligência artificial, o ensino de competências de aplicação integrada e a educação do amor pela Pátria e por Macau e sobre a segurança nacional”, afirmou o responsável da DSEDJ.

Preparar o pessoal
Também os professores vão receber formação para estarem preparados para a reforma curricular anunciada pelo Governo. Nesse sentido, Teng Sio Hong indicou que o Fundo Educativo vai apoiar “o pessoal docente a dominar as exigências do conteúdo curricular revisto e as formas concretas de implementação”. O objectivo do Governo é rever as “orientações curriculares das respectivas disciplinas, bem como a investigação e o desenvolvimento dos recursos pedagógicos, incluindo os materiais didácticos sobre a educação para a segurança nacional”. Além disso, serão organizadas visitas ao Interior da China para professores que leccionam em Macau para fomentar intercâmbios e conhecer a realidade do ensino do outro lado da fronteira. Uma das valências que a DSEDJ gostaria de ver reforçada diz respeito a conhecimentos na área da tecnologia e inteligência artificial.

Características próprias
A deputada da Associação Geral das Mulheres de Macau questionou também o Governo sobre a implementação do “plano piloto do ensino inteligente”, que arrancou em 2022 com 20 escolas, e que passou a incluir outra dezena de escolas no ano passado, criticando a fraca adesão de estabelecimentos de ensino. Neste capítulo, a DSEDJ não comentou o número de escolas abrangidas pelo plano, mas definiu os objectivos do plano criado para “apoiar as escolas na construção de uma plataforma de serviços focada numa base de dados de perguntas, enunciados e correcção inteligentes”. A ideia seria aliviar a sobrecarga de trabalho do pessoal docente, desde a preparação das aulas até à avaliação, e criar condições favoráveis para a implementação da reforma curricular.
Em relação à actualização de conhecimentos e adaptação aos tempos, o Governo vinca que o Fundo Educativo irá apoiar as escolas “na alocação de equipamentos de inteligência artificial e de educação científica e na realização de acções de formação para docentes, para que as escolas criem cursos sobre o ensino de inteligência artificial, com características próprias”.

10 Fev 2024

Ensino | DSEDJ diz que saúde visual dos alunos é prioridade

Incentivar as escolas a “disponibilizarem um intervalo adequado aos alunos entre duas aulas consecutivas”. É desta forma que a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) garante assegurar a protecção da saúde dos olhos dos alunos durante os períodos em que estão na escola.

Em resposta a uma interpelação do deputado Ho Ion Sang, a DSEDJ aponta que além de apelar às escolas para darem descanso suficiente aos alunos entre aulas, cria “condições para implementarem medidas de protecção da visão” como a adopção de “exercícios para a saúde dos olhos”, que não especificou, e promove, ao nível curricular, o “desenvolvimento de bons hábitos de vida, de trabalho e de descanso dos alunos”.

Por outro lado, a DSEDJ afirma que fornece às escolas o “Guia de Funcionamento das Escolas”, onde constam orientações para a “utilização razoável dos computadores, dos diversos produtos electrónicos e da Internet”. No guia é também indicada a necessidade de uma “distribuição equilibrada da proporção de trabalhos em papel e no formato electrónico, para que os alunos possam desenvolver uma aprendizagem com utilização razoável de produtos electrónicos”.

No mesmo sentido foi também sublinhado que “todos os anos lectivos, são enviados profissionais de saúde às escolas […] para a realização de exames visuais” aos alunos do 1.º ano do ensino primário. Segundo a explicação do Governo, estes exames permitem a “detecção precoce de casos de anormalidades na visão ou outras situações anormais”.

18 Out 2023

DSEDJ | Estudo aponta que jovens são “altamente patriotas”

Os jovens de Macau são “altamente patriotas”. É esta a conclusão que a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) destaca do Estudo Social dos Indicadores sobre a Juventude em Macau de 2022, encomendado ao Gabinete Coordenador dos Serviços Sociais Sheng Kung Hui Macau.
“Em termos de valores, o nível de sentimento patriótico global dos jovens inquiridos tende a ser elevado, com uma tendência para reconhecerem e respeitarem o sistema e a cultura do seu país e para atribuírem a importância ao desenvolvimento do país”, pode ler-se nas conclusões.
Numa escala em que a pontuação máxima são 5 pontos, o resultado geral do reconhecimento do patriotismo pelos jovens foi de 3,99 pontos.
As conclusões apontam também que quanto mais jovens, maior é o reconhecimento do sentimento nacionalista. Por outro lado, os desempregados têm menos ligação com o poder instalado.
“Entre os inquiridos de diferentes faixas etárias, os que se encontram em situação de aprendizagem obtiveram a pontuação média mais elevada do sentimento patriótico (4,03 pontos), seguidos de outros grupos, por ordem descendente, em exercício de actividade profissional (3,98 pontos), trabalhadores-estudantes (3,98 pontos) e desempregados (3,78 pontos)”, foi explicados nas conclusões.
O estudo teve como população alvo os jovens com idades entre os 13 e os 35 anos, e foi feito através de questionários electrónicos, complementados por questionários em papel e ainda entrevistas de ruas. A amostra correspondeu a 2.376 questionários válidos.

Pratos nacionalistas
Os resultados indicaram também que a área patriota de maior interesse dos jovens é a gastronomia e que o principal meio de consumo de informação é a Internet.
Face a estas conclusões, o estudo sugere uma maior aposta na gastronomia e informação online, de forma a que se continue a promover o nacionalismo no território e construa uma “confiança cultural”.
“Uma vez que a cultura gastronómica é uma categoria de interesse comum para todas as faixas etárias, pode-se considerar aproveitar a cultura gastronómica como uma base, combinada com outros temas e elementos culturais, para aumentar o interesse dos jovens pela aprendizagem, reforçar a compreensão, respeito e amor dos mesmos pelo seu próprio país e cultura e construir uma confiança cultural”, é sugerido.
No mesmo sentido é recomendado que seja disponibilizada cada vez mais informação sobre o Interior aos jovens, assim como “mais oportunidades de emprego, estágio, formação e intercâmbio para ajudar os jovens a integrarem-se no desenvolvimento do país”, através da Grande Baía e da Zona de Cooperação Aprofundada.

2 Jul 2023

DSEDJ | Centro de Ciência celebrou o “Dia do Espaço da China”

O “Dia do Espaço da China” foi celebrado ontem no Centro de Ciência de Macau, com uma palestra organizada pela Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) e que contou com a participação de cerca de 350 estudantes do ensino superior e secundário.

Participaram na palestra os professores Yu Meng e Cai Zhanchuan, que traçaram “o percurso da construção da Estação Espacial Tiangong, as perspectivas futuras e os conhecimentos sobre os cálculos de detecção remota aeroespacial”. Os académicos da Escola Aeroespacial da Universidade de Aeronáutica e Astronáutica de Nanjing e da Escola de Ciência da Computação e Engenharia da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau deram a conhecer aos jovens “os êxitos da pátria na indústria aeroespacial e a sua coragem na busca dos sonhos”, refere a DSEDJ.

Em mais um evento destinado a fomentar o nacionalismo da juventude, o Governo afirma que a comemoração anual “aumenta o sentido de missão perante a pátria” dos jovens de Macau, dando a conhecer a indústria aeroespacial da China”.

O director substituto da DSEDJ, Teng Sio Hong, referiu que “a indústria aeroespacial da pátria tem tido um desenvolvimento acelerado e que, no ano passado, obteve resultados e êxitos significativos, que incluíram a construção da estação espacial da pátria, que foi concluída e, já tripulada, entrou agora na fase de aplicação e desenvolvimento”.

A DSEDJ indicou ainda que cerca de 5600 estudantes de 32 instituições e escolas assistiram à transmissão em directo online bem como ao vídeo da sessão.

24 Abr 2023

Inteligência artificial | DSEDJ procura “soluções viáveis” para escolas

Iun Pui Iun, directora substituta da Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) adiantou, em resposta à interpelação do deputado Leong Sun Iok, que esta entidade tem vindo a procurar “soluções viáveis” para a adopção da inteligência artificial por parte das escolas.

“Em resposta ao desenvolvimento da educação de inteligência artificial, a DSEDJ procura soluções viáveis para as escolas desenvolverem a educação de inteligência artificial e as respectivas aplicações pedagógicas. Nos últimos anos a DSEDJ tem organizado acções de formação para o pessoal docente.”

Além disso, é referido que o Governo “atribui grande importância à formação da literacia de informação dos alunos e à aquisição da capacidade de adaptação às mudanças sociais provocadas pelo progresso tecnológico”. Exemplo disso é a integração das acções promocionais da chamada “educação inteligente” no “Planeamento a Médio e Longo Prazo do Ensino Não Superior (2021-2030)”, para “elevar a competitividade dos alunos”. É também promovida “a adaptação dos docentes às mudanças educativas da nova era informática, aproveitando as tecnologias como meio de optimização do ensino”.

O deputado Leong Sun Iok questionou ainda o impacto da introdução da inteligência artificial no mercado de trabalho, tendo sido referido, na mesma resposta, que a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais “continua a prestar atenção às mudanças no mercado de trabalho, à aplicação das novas tecnologias e à procura de talentos nas diversas indústrias, ajustando os planos de formação e lançando cursos mais diversificados de formação profissional”.

30 Mar 2023

Ensino | APIM vai financiar alunos em Portugal

A Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) assinou um protocolo com a Associação Promotora da Instrução Pós-Secundária de Macau (APIM) para promover “a formação de talentos qualificados de língua portuguesa em Macau”.

De acordo com o comunicado da DSEDJ, o protocolo visa o “desenvolvimento dos trabalhos relacionados com o prosseguimento dos estudos em Portugal dos estudantes de Macau” e dar resposta ao que o Governo diz ser a “cada vez maior procura de talentos bilingues em chinês e português”. Esta procura foi justificada pelos serviços liderados por Kong Chi Meng com o “aprofundamento contínuo do intercâmbio entre a China e os Países de Língua Portuguesa”.

O protocolo foi assinado na sexta-feira, dias depois de Well Lai, presidente da Associação dos Estudantes Luso-Macaenses, com sede em Lisboa, ter revelado ao HM que estudantes da RAEM em Portugal estão a sofrer com o aumento das rendas, sobretudo em Lisboa. A estudante de Direito sugeriu que o Governo de Macau aumente o subsídio de alojamento.

Segundo os moldes do novo acordo, a “APIM apoiará, a fundo perdido, estes estudantes, na organização, formação e apoio à sua aprendizagem em Portugal”. A DSEDJ destacou ainda a “vasta experiência da associação liderada por Tong Chi Kin na organização de estudantes para prosseguirem os seus estudos em Portugal”.

13 Mar 2023

Inscrições para estudar em universidade chinesas batem recorde

A Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) indicou que o número de inscrições de alunos de Macau em instituições de ensino superior chinesas bateu todos os registos de anos anteriores. A informação foi divulgada pela DSEDJ depois de uma reunião no sábado antes da realização dos exames de admissão conjunta.

Em comunicado, a DSEDJ revelou que um total de 109 instituições do ensino superior do Interior da China abriram vagas para candidatos de Macau, o que também um representou um recorde, com o aumento de sete universidades especializados em cursos científicos, tecnológicos, engenharia e matemáticas, assim como em duas escolas do ensino superior que funcionam em cooperação entre a China e Macau, Hong Kong, Taiwan e países estrangeiros.

No total, as instituições de ensino superior do Interior ofereceram 1339 vagas de admissão conjunta para candidatos de Macau, às quais concorreram 1.416 alunos de escolas secundárias da RAEM. Importa referir que realizando os exames de admissão conjunta, os alunos de Macau ficam isentos de fazer os exames nacionais para concorrer a universidades chinesas, que têm um grau de exigência mais elevado.

Segunda fase

A DSEDJ salientou ainda que para garantir que os estudantes locais não faltavam aos exames por motivos de saúde, nomeadamente devido a infecções de covid-19, elaborou um mecanismo de comunicação entre os institutos do ensino superior do Interior da China, os alunos e as escolas secundárias locais.

Através deste mecanismo, foi possibilitado aos alunos infectados fazerem em casa o exame de admissão online, enquanto outros realizaram o exame na Escola Kao Yip num local determinado pela DSEDJ que permitia cumprir distância social de outros alunos e pessoal docente ou auxiliar. O número de alunos infectados com covid-19 que fizeram o exame foi inferior a uma dezena.

Ontem de manhã, foram divulgados os resultados dos exames no webiste da DSEDJ. Um total de 1037 alunos foram admitidos. Quem reprovou no exame, teve outra oportunidade ontem à noite para repetir. Os resultados finais de admissão serão publicados amanhã no portal da DSEDJ.

9 Jan 2023

DSEDJ define educação patriótica como prioridade

Numa resposta ao deputado Ho Ion Sang, os Serviços de Educação reconhecem que a segurança nacional está ligada ao “reconhecimento étnico” dos jovens, uma ideia que está a ser promovida pela “área da segurança”

 

 

A promoção da segurança nacional nos ensinos infantil, básico, secundário e superior são um dos grandes compromissos da Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) para a “formação” dos mais novos. O compromisso foi reforçado na resposta a uma interpelação do deputado Ho Ion Sang, com a perspectiva de cada vez mais os conteúdos nacionalistas serem transversais a várias disciplinas.

A nível do ensino superior, segundo a DSEDJ, 85 por cento dos cursos ensinam conteúdos sobre a constituição e a Lei Básica, enquanto 80 por cento promovem a “cultural tradicional chinesa”.

No entanto, Kong Chi Meng, director da DSEDJ, garante que o compromisso não fica por aqui e que a educação nacional tem de ser transversal a mais disciplinas: “Recolheram-se e analisaram-se as opiniões facultadas por instituições superior de Macau, relativas às matérias descritas, aquando da criação ou alteração da organização dos planos de estudos dos cursos de licenciatura, para criar, no futuro, mais disciplinas respeitantes ao ensino de conhecimentos gerais que incluam a educação sobre os assuntos nacionais”, foi explicado.

Esta estratégia tem como objectivo “promover a educação sobre a segurança nacional em consonância com a evolução dos tempos, fortalecer o conhecimento dos estudantes sobre a história e cultura nacionais, o sistema nacional e a actual situação de desenvolvimento do país”.

Também os alunos do ensino não superior vão ser doutrinados com nacionalismo. No ensino primário e secundário as disciplinas de Educação Moral e Cívica, Actividades de Descoberta e História são as apostas para promover a segurança nacional. Com estas disciplinas, o Governo quer que os mais novos percebam “os desafios que o país está a enfrentar, os direitos de um país soberano, e as relações internacionais que o mesmo estabelece no âmbito da comunidade internacional”.

 

Fiscalização da bandeira

Além das actividades de ensino, a DSEDJ tem feito visitas às escolas para se certificar que a cerimónia do hastear da bandeira é frealizada de acordo com o desejado, o que Kong Chi Meng afirma contribuir para “um ambiente saudável”. “A DSEDJ enviou periodicamente pessoal às escolas para se inteirar das situações sobre o hastear da bandeira nacional e o desenvolvimento dos trabalhos de educação sobre a segurança nacional, criando, assim, um ambiente saudável nas escolas”, foi revelado.

Por outro lado, foi também anunciado que “a área da segurança” tem promovido acções de formação em que a segurança nacional e o nacionalismo são associados ao “reconhecimento étnico”. “As corporações e os serviços, através da realização de planos de formação, continuam a reforçar o reconhecimento da nação e étnico dos jovens e a aumentar os seus conhecimentos sobre a segurança nacional, para que os possam transmitir aos seus pares”, foi revelado.

9 Nov 2022

Funcionário da DSEDJ indiciado por burla com subsídios

O Comissariado contra a Corrupção (CCAC) anunciou ontem que um trabalhador da Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) é suspeito dos crimes de abuso de poder, participação económica em negócio, falsificação praticada por funcionário, falsificação informática, do crime de obtenção, utilização ou disponibilização ilegítima de dados informáticos, falsificação de documento e burla.

O caso foi encaminhado para o Ministério Público. A investigação teve início em Setembro do ano passado, após uma denúncia.

Segundo o CCAC, o funcionário da DSEDJ “controlava, secretamente, uma associação juvenil”, e em conluio com membros desta prestava falsas declarações sobre o número de pessoas que participavam nas actividades, assim como sobre o conteúdo, para obter subsídios públicos.

No total, o homem terá conseguido subsídios num valor de cerca de 500 mil patacas, através da prestação de informações falsas.

No âmbito do esquema, e utilizando as suas funções, na DSEDJ, o indivíduo alterava ainda as propostas apresentadas, quando estas estavam no servidor informático, para que os superiores aprovassem apoios maiores.

Depois de saber que decorria uma investigação, retirou vários documentos dos servidores da DSEDJ, que entregou aos membros da associação, para que estes soubessem como responder durante os interrogatórios das autoridades.

Além do funcionário público, também cinco membros da associação foram investigados e estão indiciados pela prática dos crimes de burla e falsificação de documentos.

25 Ago 2022

DSEDJ | Regresso às aulas com regras apertadas

A Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) vai permitir que as aulas do ensino não superior recomecem na segunda metade de Agosto e no início de Setembro. A informação foi avançada na sexta-feira, através de um comunicado em que foi exigida uma “rigorosa observância das medidas de prevenção da epidemia”.

Entre as orientações é pedido aos alunos que regressem “à sua residência habitual (Macau, Zhuhai ou Zhongshan) 10 dias antes do início das aulas”. Os estudantes vão ficar ainda obrigados a apresentar “um certificado de teste negativo de ácido nucleico no mesmo dia do início das aulas, realizado até 72 horas antes, que será verificado pela respectiva escola”. Este critério é igualmente aplicado aos alunos do ensino superior.

Ainda de acordo com as mesmas indicações da DSEDJ, os alunos e docentes que não fiquem 10 dias na residência habitual antes do início das aulas devem adiar o regresso, até cumprirem o critério.

Nos últimos dias foram vários os pedidos de escolas e deputados para que a DSEDJ desse início à preparação dos trabalhos para o novo ano lectivo. No comunicado, o Governo considera que actuou no tempo oportuno. “A DSEDJ forneceu, em tempo útil, orientações às escolas do ensino não superior sobre a suspensão das aulas devido à epidemia, contidas no ‘Guia de Funcionamento das Escolas’ e, nos próximos dias, vai continuar a comunicar com o sector educativo para implementar as diversas disposições”, foi considerado.

Além disso, a DSEDJ apelou igualmente à vacinação dos alunos e prometeu continuar a promover o “Dia da Vacinação dos Alunos”.

14 Ago 2022

EPM | Exames nacionais cancelados. Pais pedem regime especial 

A Escola Portuguesa de Macau (EPM) cancelou ontem à tarde a realização dos exames nacionais para o acesso ao ensino superior em Portugal após ser divulgado um despacho da Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) sobre a suspensão dos exames em todas as escolas. Em causa, está também a suspensão das provas de aferição do terceiro ciclo. Recorde-se que os exames vinham sendo realizados esta semana dentro da normalidade, bastando a apresentação de testes rápidos com resultado negativo.

A informação foi confirmada ao HM por Filipe Regêncio Figueiredo, presidente da Associação de Pais da EPM. “Sei que os exames estavam a ser feitos e decorreram até ontem [quarta-feira] com alguma normalidade. Hoje [ontem], com esta confusão toda, os directores de turma começaram a enviar mensagens aos pais, a seguir à hora de almoço, com a informação de que os exames seriam cancelados.”

O presidente da associação de pais já contactou com Manuel Machado, presidente da direcção da EPM, com quem não foi possível estabelecer contacto até ao fecho desta edição, que terá assegurado que nenhum aluno irá ficar prejudicado.

O Ministério da Educação português autorizou a que a segunda fase de exames seja equivalente à primeira, tal como ocorreu em 2020, no pico da pandemia. Para já, a proposta que está em cima da mesa é que os exames se possam realizar entre os dias 27 de Junho e 5 de Julho, nas disciplinas de Física e Química, Filosofia, Matemática e Desenho.

Pais protestam

Os encarregados de educação dos alunos finalistas não estão, contudo, satisfeitos com esta proposta. Cristina Ferreira é uma das signatárias de uma carta enviada à DSEDJ, através da associação de pais, e com o conhecimento do Consulado-geral de Portugal em Macau e Hong Kong e da direcção da EPM, a exigir um regime especial para que os alunos abrangidos por esta decisão, que não são mais de 20, possam fazer os exames.

“A situação dos alunos do 12.º ano deverá merecer um tratamento especial. Sem prejuízo das medidas de segurança de saúde e de higiene que devem ser asseguradas, a realização dos exames nacionais deve ser mantida por forma a não prejudicar o futuro destes alunos”, lê-se na carta a que o HM teve acesso e que é assinada em conjunto com Rita Rebelo.

Cristina Ferreira explicou ainda que “a direcção da EPM deve negociar com a DSEDJ e não apenas com o Ministério da Educação. Há miúdos que já têm viagens marcadas para Portugal [nas datas propostas para os exames] e nada nos garante que a situação pandémica não vá piorar. Se cancelarem a nova fase de exames, os miúdos ficam impedidos de concorrer [à universidade]. Além disso, ficam sem possibilidade de fazer melhoria de nota”, disse ao HM.

A ideia é que possa ser garantido “um regime excepcional” por estar em causa um pequeno grupo de alunos, que podem fazer os exames em maiores instalações para assegurar as regras de saúde pública e segurança, adiantou Cristina Ferreira. Até ao fecho desta edição, a direcção da EPM não tinha reagido a esta carta.

24 Jun 2022

Covid-19 | Air Macau prepara voos para trazer estudantes de Xangai

A Air Macau e a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude estão a negociar com as autoridades de Xangai uma solução para trazer de regresso os alunos de Macau que estudam na metrópole chinesa. A companhia aérea espera poder operar um voo no dia 1 de Junho

 

Cerca de duas centenas de jovens de Macau que estudam em Xangai demonstraram vontade de regressar à RAEM, desejo difícil de concretizar enquanto duram as restrições na cidade do Interior, em especial no que diz respeito aos transportes. Ontem, a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) revelou que a Air Macau tem um pré-acordo com as autoridades de Xangai para realizar voos especiais com o objectivo de trazer os jovens de volta ao território.

“A Air Macau obteve o consentimento preliminar das autoridades competentes de Xangai e irá envidar esforços para fornecer um voo especial em 1 de Junho, de forma a apoiar o regresso a Macau dos estudantes cumprindo requisitos especiais de prevenção epidémica exigidos por Macau”, indicou ontem a DSEDJ, acrescentando existirem “várias disposições técnicas operacionais em curso, e os serviços competentes e as companhias aéreas irão discuti-las e implementá-las com a maior brevidade possível”.

Os departamentos de educação, saúde e turismo do Governo da RAEM, estão em contacto com as autoridades de Xangai, Administração de Aviação Civil da China e as universidades frequentadas pelos alunos de Macau.

Desde que Xangai endureceu as medidas de controlo pandémico, a DSEDJ mantém contacto com os jovens de Macau que estudam na metrópole chinesa, assim como com as instituições de ensino que frequentam. As prioridades negociais passam por garantir que os estudantes têm opção para sair dos campus universitários, que são formulados requisitos técnicos de prevenção para operar voos e para coordenar com unidades hoteleiras as quarentenas no regresso a Macau.

O Governo garante que quando todos os pormenores estiverem acordados, os alunos serão informados sobre a forma como podem adquirir, com rapidez, os bilhetes para regressar a Macau.

Pesadelo logístico

Na terça-feira, os deputados Lam Lon Wai e Leong Sun Iok reuniram com os dirigentes da DSEDJ para aferir o andamento das negociações com Xangai e organizar o regresso dos estudantes.

Os legisladores da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) argumentaram que além da impossibilidade de reservar voos, os estudantes não têm alternativas, como apanhar um comboio de alta velocidade, transformando o regresso a Macau numa jornada impraticável. Situação que levou muitos pais a procurar a ajuda dos deputados, “na esperança de obter assistência e apoio” para o retorno dos filhos.

Lam Lon Wai e Leong Sun Iok revelaram ao director da DSEDJ, Kong Chi Meng, que os estudantes têm cumprido os directrizes das autoridades sanitárias de Xangai, mas que começam a denotar desgaste psicológico.
Kong Chi Meng adiantou que a DSEDJ contabilizou cerca de 200 estudantes em Xangai que querem regressar a Macau.

26 Mai 2022

BioNTech | Atraso na chegada de vacinas infantis preocupa

Os Serviços de Saúde estão muito preocupados com o facto de as vacinas da BioNTech para crianças ainda não terem chegado a Macau. DSEDJ está a ponderar tornar a vacinação obrigatória em actividades de Verão e interescolares. Quase 4.000 funcionários públicos ainda não estão vacinados. Leong Iek Hou diz ser “cada vez mais difícil” manter Macau sem casos de covid-19

 

A coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas dos Serviços de Saúde, Leong Iek Hou, admitiu ontem estar preocupada com o atraso da chegada a Macau das vacinas da BioNTech para crianças, que deveriam ter sido recebidas no primeiro trimestre de 2022. Apesar de ainda não haver uma data concreta, a responsável espera que a encomenda acordada com o fornecedor possa chegar durante o mês de Abril.

“Estou muito preocupada com a chegada dessas vacinas, que permitem às crianças e aos seus encarregados de educação terem mais uma escolha. Estamos a acompanhar e a negociar com o fornecedor. Esperamos que durante o mês de Abril, as vacinas possam chegar. Mas o fornecedor ainda não nos deu uma data concreta para a chegada das vacinas”, partilhou por ocasião da habitual conferência de imprensa semanal sobre a covid-19.

Por seu turno, numa altura em que afirma haver mais de 34 mil estudantes entre os 3 e os 11 anos, vacinados, o chefe substituto do Departamento do Ensino Não Superior da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEDJ), Luís Gomes, revelou que está a ser ponderado tornar a vacinação obrigatória para os alunos participarem em actividades de Verão ou em competições e actividades interescolares. Os detalhes do plano serão revelados em Maio.

“Nas actividades de Verão ou em competições e actividades interescolares podemos vir a exigir o certificado de vacinação. Neste momento, ainda estamos a estudar (…) e a consultar os organizadores dessas iniciativas. Em Maio vamos ter um plano e vamos divulgar assim que for oportuno”, disse.

O mesmo responsável anunciou ainda uma nova ronda de vacinação nas escolas, na qual 27 estabelecimentos de ensino já estão inscritos. Além disso, Luís Gomes partilhou que irão decorrer a partir de amanhã e até domingo, dois dias de vacinação dedicados às crianças, no Fórum de Macau, entre as 9h00 e as 18h00.

Sorte dá trabalho

Durante a conferência de imprensa, Leong Iek Hou revelou ainda que há cerca de 3.889 funcionários públicos que ainda não receberam qualquer dose da vacina contra a covid-19. Isto, apesar de ter passado a ser obrigatório desde o dia 21 de Fevereiro, que os trabalhadores públicos apresentassem prova de terem o esquema vacinal completo há mais de 14 dias ou um resultado negativo do teste de ácido nucleico, para entrar no serviço.

Quanto aos trabalhadores dos Serviços de Saúde, “mais de 90 por cento já está vacinado”, acrescentou a responsável.

Questionada sobre se, perante o agravar da situação epidémica nas regiões vizinhas e no Interior da China, Macau tem tido sorte por continuar sem novos casos confirmados, Leong Iek Hou disse que o facto de Macau continuar sem surtos não é fruto do acaso, apesar de isso ser “cada vez mais difícil”.

“Não acho que seja uma questão de sorte. O mais importante é garantir que há colaboração entre o Governo e os cidadãos e, por isso, é uma consequência. Não é possível isolar Macau do mundo. O risco é cada vez maior e é cada vez mais difícil manter um registo de zero casos. Estamos focados em tratar dos casos importados e temos um plano de contingência (…) para fazer face a um grande surto e evitar espalhar a doença”, explicou Leong Iek Hou.

1 Abr 2022