Hoje Macau China / ÁsiaComércio | Exigidas licenças para exportação de químicos para os EUA, México e Canadá Pequim intensifica o controlo sobre a exportação de componentes químicos que podem levar ao fabrico de drogas como o fentanil A China anunciou ontem o endurecimento dos controlos de exportação de produtos químicos que podem ser utilizados no fabrico de drogas sintéticas, particularmente o fentanil, nomeadamente para os Estados Unidos, o México e o Canadá. Segundo uma declaração conjunta do Ministério do Comércio e de outras agências chinesas, a medida entra em vigor imediatamente e incorpora também uma lista específica de 13 produtos químicos sujeitos a controlos especiais para estes três países. As exportações para outros destinos não vão necessitar de autorização. O Ministério chinês justificou o ajustamento como parte dos esforços para “melhorar a gestão da exportação de produtos químicos susceptíveis de desvio” para usos proibidos. O Ministério do Comércio já aplicava controlos semelhantes ao Myanmar, Laos e Afeganistão, países que já constavam anteriormente da lista de destinos considerados de alto risco para o desvio de produtos químicos. Com o ajuste ontem anunciado, os Estados Unidos, o México e o Canadá juntam-se a este grupo, embora com uma lista diferente de 13 compostos focados nos derivados da piperidina, base de inúmeros opioides sintéticos, como o fentanil. Aliviar tensões O anúncio surge depois da assinatura dos acordos este mês entre os Presidentes da China, Xi Jinping, e dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o encontro na cidade sul-coreana de Busan, que incluiu compromissos de cooperação no combate às drogas e o alívio das restrições e taxações comerciais após meses de tensões. Nesse encontro, Pequim e Washington concordaram em intensificar a colaboração para combater o tráfico de fentanil, um opioide sintético responsável por dezenas de milhares de mortes anualmente nos Estados Unidos, que segundo Washington é fabricado pelos cartéis mexicanos a partir de produtos originários da China. Trump anunciou, então, que iria reduzir as tarifas sobre as importações chinesas de 20 por cento para 10 por cento, como parte de uma trégua comercial de um ano, que inclui também reduções tarifárias e a suspensão de vários controlos de exportação por parte da China sobre materiais estratégicos, como as terras raras, que são muito cobiçadas pelos norte-americanos.
Hoje Macau SociedadePJ | Apreendidas metanfetaminas no valor de 2,1 milhões de patacas Dois homens da Malásia foram detidos ao entrar em Macau, pela Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, na posse de 718 gramas de metanfetaminas, avaliadas em 2,15 milhões de patacas. A operação da Polícia Judiciária (PJ) foi revelada ontem. Os homens estavam a utilizar Macau como ponto de passagem, uma vez que o destino final foi indicado pelas autoridades como “um país na Oceânia”. De acordo com o jornal Ou Mun, um dos detidos tem 21 anos e declarou ser vendedor ambulante. O outro, tem 33 anos e afirmou encontrar-se desempregado. Após a detenção, os dois homens confessaram o crime e afirmaram que tinham recebido 19 mil patacas de uma rede internacional de tráfico de drogas. O montante de 19 mil patacas teria depois de ser dividido pelos dois e apenas seria recebido quando as drogas chegassem ao destino final. A detenção aconteceu quando o detido mais novo tentou entrar em Macau. Na sua bagagem foram encontrados três sacos com as metanfetaminas. Após o colega ser abordado pelas autoridades, o detido de 33 anos tentou deixar rapidamente o local, mas como estava a ser controlado acabou também por ser detido. Os dois homens confessaram ainda que uma vez entrados em Macau, o objectivo passava por se dirigem ao aeroporto e deixarem a RAEM. A PJ indicou ir continuar a investigar o caso para apurar a proveniência dos estupefacientes.
André Namora Ai Portugal VozesA droga mata que se farta Já lá vai o tempo em que o ópio transmitia inspiração a Camilo Pessanha. Em que uma ganza acalmava e dormia-se bem. Hoje, a droga mata. Mata centenas de jovens que se viciam em heroína, cocaína e substâncias psicoactivas químicas e que destroem o cérebro. Os viciados nas mais diversas drogas injectam-se nas veias e quando não existe pureza no produto apanham overdose e morrem. Houve jovens em Portugal que, afectados pela ressaca, bateram nos pais por estes não lhes facilitarem o dinheiro pretendido e de seguida suicidaram-se. As mortes por overdose aumentaram 16 por cento em 2023 em relação ao ano anterior totalizando 80, revelou um relatório do Instituto para os Comportamentos Aditivos e as Dependências (ICAD) divulgado o ano passado, sendo a cocaína a droga mais responsável pela mortalidade. Há dias, um menor de 14 anos matou a mãe com uma pistola do pai e a Polícia Judiciária já juntou aos autos dados indicadores que o jovem andava a consumir canábis em excesso. E o que são os drogados? Simplesmente uns dependentes dos negócios milionários do crime organizado onde os chefes dos traficantes ganham milhões de euros. Na semana passada, assistimos a dois casos em Portugal de bradar aos céus. Uma mega-operação da GNR que descobriu várias quintas nos arredores do rio Tejo onde eram fabricadas e guardadas 13 lanchas rápidas, 11 galeras, um camião, 30 motores sofisticados, 16 carros topo de gama, 750 mil euros em dinheiro e muitas armas de fogo e brancas. Foram detidos 32 suspeitos de ligação ao tráfico de droga internacional, uma operação que contou com a cooperação da Guardia Civil espanhola. Assim, foi desmantelada uma rede criminosa a operar em Portugal e que se dedicava à construção e movimento de lanchas para o transporte de droga vinda de grandes navios oriundos da Colômbia e Brasil. A referida operação decorria há 32 meses. No decurso da investigação foram identificados diversos suspeitos de nacionalidade espanhola. A investigação ao longo de três anos ainda levou à detenção em Espanha de dezenas de traficantes de droga e toneladas de estupefacientes. Igualmente na semana passada, o país ficou chocado com a morte de um militar da GNR e de outros três que ficaram feridos após uma colisão entre uma embarcação da GNR e outra alegadamente pertencente a narcotraficantes no rio Guadiana, perto de Alcoutim, Faro. Segundo um observador do acidente, os traficantes atiraram propositadamente a sua lancha contra a da GNR, abalroando-a e matando um dos militares a bordo, tendo de seguida pegado fogo à sua lancha numa das margens do rio para que não existissem provas de posse de droga. O mesmo observador, disse que se “tratou de um autêntico acto homicida”. O Presidente da República descreveu a situação como “dolorosa” e “lamentável”. Entretanto, a Polícia Judiciária e a GNR já detiveram dois suspeitos de terem estado envolvidos no abalroamento da embarcação da GNR que causou a morte do militar. Ao que tudo indica, os dois suspeitos já estavam referenciados por tráfico de droga em Espanha. Os suspeitos foram detidos quando tentavam atravessar uma ponte, num carro de matrícula espanhola, a caminho do país vizinho. Teriam na sua posse avultadas quantias de dinheiro. Ao contactarmos um porta-voz da GNR, este afirmou que “Normalmente, quando se trata de cocaína a origem é a América do Sul e os traficantes fazem a trasfega no Atlântico. Se for tráfico de haxixe, a proveniência é o norte de África, passando o produto estupefaciente de uma embarcação maior, no Mediterrâneo, para estas lanchas que depois tentam entrar na Europa, servindo-se de Portugal e Espanha.” Antes de se colocarem em fuga, os suspeitos terão ficado encalhados na margem do rio, incendiando de seguida a lancha eventualmente cheia de droga. O mesmo porta-voz adiantou que “normalmente nestes casos, as embarcações vêm do alto mar, fazem o desembarque (da droga) tanto no Guadiana como no rio Pedras, em Espanha, queimam a lancha e depois escapam.” Toda esta actividade criminosa é facilitada porque os militares não têm os meios necessários para um combate eficiente. O Governo limita-se a lamentar quando acontece uma tragédia e lá vão o Presidente da República e a ministra da Administração Interna a correr para o funeral do militar morto pelos traficantes dando um ar de grande pesar. Uma cena que os familiares dispensavam porque o importante é o desprezo que as autoridades têm dado aos apelos das associações das forças de segurança para que as verbas aumentem para o combate ao tráfico de droga. E de tal forma é significativa a nossa posição, que só horas depois do fatal acontecimento de Alcoutim é que o Presidente Marcelo promulgou um diploma que regula o uso de lanchas rápidas. Possivelmente se o diploma tivesse sido promulgado há meses o militar da GNR não teria morrido. Como diz o povo, depois do assalto, trancas à porta…
Hoje Macau SociedadeToxicodependência | Número de casos a diminuir Na primeira metade do ano, havia 85 toxicodependentes registados no sistema do registo central de Macau, o que representa uma redução de 11,5 por cento em comparação com o mesmo período do ano passado. O número foi divulgado durante uma reunião da Comissão de Luta Contra à Droga, que teve lugar na segunda-feira. Segundo um comunicado do Instituto de Acção Social (IAS), não havia registo de toxicodependentes com idades inferiores a 21 anos. Os dados mostravam ainda que o ice é a droga mais consumida entre os toxicodependentes, com 22,7 por cento a consumirem esta substância regularmente. Segue-se o consumo da heroína, consumida por 9,1 por cento dos toxicodependentes, e a canábis, consumida por 4,5 por cento dos toxicodependentes registados. O encontro serviu para que a comissão também abordasse o plano de trabalho para o próximo ano, que passa por intensificar as campanhas de promoção para atrair mais jovens para o combate contra o consumo de droga. Além disso, os trabalhos vão igualmente ter como objectivo a melhoria da qualidade dos serviços de reabilitação de toxicodependentes. O consumo de estupefacientes em Macau é considerado crime.
Hoje Macau China / ÁsiaHK | Apreendido anestésico ligado a droga sintética que matou três pessoas A polícia de Hong Kong anunciou a apreensão de 850 gramas de um anestésico usado para produzir uma nova droga sintética, conhecida como ‘petróleo espacial’, que terá causado pelo menos três mortes no território. Num comunicado divulgado no domingo, a Alfândega da região semiautónoma chinesa disse que o anestésico etomidato foi apreendida na Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, a maior travessia marítima do mundo. A substância, em forma de pó, foi encontrada escondida dentro de duas latas de leite em pó para crianças, no interior de um veículo privado que tinha atravessado a ponte para entrar em Hong Kong, no sábado. O condutor, de 41 anos, e o passageiro, de 49, foram ambos detidos. Mais tarde, a polícia encontrou, entre os pertences do passageiro, uma cápsula de etomidato, que pode consumido em dispositivos de cigarros eletrónicos. A quantidade de etomidato apreendida tinha um valor de mercado de 2,3 milhões de dólares de Hong Kong. Made in Malásia O etomidato, um anestésico de curta ação, administrado por via intravenosa, é utilizado principalmente em serviços de urgência, unidades de anestesia, salas de cirurgia e unidades de cuidados intensivos. De acordo com os media de Hong Kong, a polícia disse numa conferência de imprensa que a substância apreendida terá sido originalmente enviada da Malásia para a região vizinha de Macau. Em Fevereiro, as forças de segurança de Hong Kong anunciaram a apreensão de três quilos de etomidato no aeroporto, dentro de uma bagagem não reclamada, vinda da Malásia. No início de Novembro, as autoridades de Hong Kong confirmaram terem suspeitas de que pelo menos três mortes estão relacionadas com o ‘petróleo espacial’. Em Fevereiro, o território implementou novos protocolos que envolvem um controlo mais rigoroso não só sobre o armazenamento da droga, mas também sobre os requisitos de documentação e manuseamento nos hospitais locais. O etomidato foi incluída numa lista de produtos perigosos alvo de restrições, elevando a pena máxima por posse de ‘petróleo espacial” para sete anos de prisão e uma multa de um milhão de dólares de Hong Kong. Já o tráfico ou importação ilegal desta substância passou a ser passível de uma pena máxima de prisão perpétua e de uma multa de cinco milhões de dólares de Hong Kong. Também Macau revelou em Dezembro que a polícia já detectou quatro casos ligados a este narcótico desde o primeiro caso de ‘petróleo espacial’ encontrado numa escola local, em Outubro de 2023. Esta droga é conhecida em Hong Kong como ‘droga zombie’ porque pode causar graves danos físicos e mentais, incluindo dependência, perda de memória, convulsões, perda de consciência e até morte.
Hoje Macau Manchete SociedadeGrande Baía | Apreendidas mais de 14 toneladas de droga em 18 meses Hong Kong, Macau e a província de Guangdong concordaram em reforçar as operações conjuntas antidroga, que permitiram apreender 14,4 toneladas de droga em 18 meses. No ano passado, foram investigados 151 casos através de mecanismos de colaboração regional As regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong firmaram um acordo com as autoridades da província de Guangdong que prevê o reforço da coordenação em operações conjuntas de combate ao tráfico de estupefacientes. A decisão foi tomada na primeira conferência antidroga da Área da Grande Baía, realizada em Hong Kong, de acordo com a agência de notícias EFE. O encontro reuniu em Hong Kong responsáveis pela luta contra o narcotráfico das três regiões e de Singapura para abordar a crescente complexidade do tráfico de estupefacientes. Após 18 meses de acções coordenadas, as autoridades das três regiões do sul da China também procederam a 512 detenções, além da apreensão de drogas, indicou o governo de Hong Kong. O director-geral do Gabinete de Controlo de Narcóticos do Ministério da Segurança Pública da China, Wei Xiaojun, disse que a colaboração regional permitiu investigar 151 casos relevantes desde 2024, com resultados significativos. Wei alertou, no entanto, para as “mudanças profundas” no panorama global das drogas, como o aparecimento de novas substâncias, entre elas o etomidato, classificado em Hong Kong como droga perigosa desde Fevereiro, ao nível da cocaína. “A Área da Grande Baía, com economia avançada e ligações de transporte, é um alvo fundamental para os cartéis internacionais”, afirmou. Wei prometeu o apoio total do Governo Central para facilitar a comunicação e o fluxo de pessoas na luta contra o tráfico de droga. Frente unida O secretário de Segurança de Hong Kong, Chris Tang, destacou uma queda de 40 por cento no número de consumidores de drogas entre 2015 e 2024, atribuída à cooperação transfronteiriça. Tang defendeu a intensificação do intercâmbio de informações e o uso de tecnologias como drones para melhorar a vigilância. Na mesma linha, o vice-director da Comissão de Controlo de Narcóticos de Guangdong, Liang Ruiguo, e o comissário-geral da Polícia de Macau, Leong Man-cheong, apoiaram uma abordagem conjunta mais robusta. O chefe da administração de Hong Kong, Eric Chan, defendeu a necessidade de estratégias inovadoras face aos métodos “cada vez mais sofisticados” dos criminosos. O secretário Chris Tang salientou a importância do trabalho conjunto também a nível promoção de mensagens anti-drogas dirigidas aos mais novos. “Como os jovens são os principais alvos dos traficantes de drogas, a divulgação antidrogas deve reformar os canais de comunicação online e offline para se alinhar com o seu estilo de vida”, afirmou o governante citado pelo China Daily. O fórum procura consolidar uma frente unida para enfrentar os desafios do tráfico de droga numa região estratégica, segundo as autoridades.
Hoje Macau SociedadeDroga | Homem detido por consumir metanfetaminas Um homem com cerca de 30 anos foi detido pela Polícia Judiciária, e está indiciado pelos crimes de consumo ilícito de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas e posse indevida de utensílio ou equipamento. O caso foi divulgado ontem pela PJ e o detido é um trabalhador não-residente da Indonésia empregado numa empresa de limpezas. A situação foi descoberta depois de a PJ ter detido outro homem e uma mulher, no início do ano, que traficavam estupefacientes. A investigação mostrou que o detido mais recente era um dos clientes das outras duas pessoas. A detenção foi feita na passada terça-feira, na zona central da cidade. Na casa do indivíduo foi encontrado um saco com metanfetaminas, numa dose reduzida, e ainda instrumentos para fumar. O teste à urina também apresentou um resultado positivo. Às autoridades o homem confessou ter por hábito drogar-se. PJ | Croupier detida por ser cúmplice em burla Uma croupier foi detida por burlar o casino onde trabalha em conjunto com dois jogadores do Interior da China. O golpe causou perdas de 123 mil dólares de Hong Kong para o casino, de acordo com o canal chinês da Rádio Macau, que citou a informação da Polícia Judiciária (PJ). O caso foi descoberto depois da croupier ter sido denunciada por alegadamente permitir que os dois jogadores fizessem apostas depois do resultado ser conhecido, jogadas que renderam 6 mil dólares de Hong Kong aos apostadores. A suspeita ajudou ainda um dos suspeitos a deixar uma aposta de 60 mil dólares de Hong Kong, em vez de recolher as fichas, originando um ganho de 120 mil dólares de Hong Kong na jogada seguinte. Os suspeitos foram detidos na quarta-feira e estavam em posse de 118 mil dólares de Hong Kong em fichas de jogo. Os suspeitos confessaram os factos, afirmando que o dinheiro das burlas ainda não tinha sido dividido. No entanto, a PJ acredita que havia, pelo menos, mais uma pessoa envolvida, que se encontra a monte. Jogo | Detidos depois de serem apanhados a trocar dinheiro Dois homens foram detidos depois de terem sido apanhados a fazer uma troca ilegal de dinheiro. O caso foi revelado ontem pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) e citado pelo jornal Ou Mun. Os homens do Interior da China foram apanhados a trocar dinheiro por um agente, numa operação de rotina. A troca envolveu uma quantia total de 213,9 mil dólares de Hong Kong e 400 patacas que se destinavam ao jogo, o que constitui um crime. Os dois suspeitos foram acusados pela prática de exploração de câmbio ilícito para jogo, que pode ser punido com pena até aos 5 anos de prisão. O caso foi encaminhado para o Ministério Público.
Hoje Macau SociedadeDroga | Homem detido e acusado de tráfico Um trabalhador não-residente foi detido pela Polícia Judiciária (PJ), depois de ter sido interceptado com drogas no valor de cerca de 100 mil patacas. O caso foi divulgado ontem pela polícia. O homem, com nacionalidade das Filipinas, trabalha numa empresa de limpeza. Segundo os contornos apresentados pela PJ, e citados pelo Jornal Ou Mun, as autoridades receberam informações de que um trabalhador não-residente estaria envolvido no tráfico de droga em Macau. As investigações levaram a que o homem fosse identificado, com a abordagem ao suspeito a ser feita no domingo, na zona central, perto da sua habitação. Entre a revista e as buscas ao domicílio foram apreendidos 12 pacotes de metanfetaminas com um total de 24,84 gramas. Foram ainda apreendidos 14 pacotes de cocaína, com um peso de 12,75 gramas, uma balança electrónica e 6.800 patacas em dinheiro, que as autoridades acreditam ser o resultado do tráfico da droga. O total dos estupefacientes foi avaliado em 98 mil patacas. Quando foi interrogado pelas autoridades, o suspeito confessou que tinha sido contratado por um distribuidor de droga para vender os estupefacientes a outros cidadãos filipinos em Macau. Desde Maio, que fazia a distribuição das drogas. O detido confessou ainda ter tido um lucro de 8 mil patacas com a venda dos estupefacientes. O caso foi encaminhado para o Ministério Público (MP), mas a PJ garante que vai investigar a origem dos estupefacientes, assim como o distribuidor principal.
João Luz Manchete SociedadeDroga | Registados cinco casos a envolver “petróleo do espaço” Com o registo de casos de consumo de petróleo do espaço a subir para cinco, as autoridades continuam a preparar a ilegalização desta droga. Além disso, prepara-se a compra de testes de despistagem e outros equipamentos para combater o novo fenómeno O subdirector da Polícia Judiciária (PJ), Sou Sio Keong, afirmou que até ontem tinham sido detectados cinco casos relacionados com petróleo do espaço no território. O número foi adiantado em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, durante o programa Fórum Macau, com as autoridades a prometerem tomar as medidas necessárias para combaterem a disseminação desta droga. Entre os cinco casos detectados, todos estavam relacionados com o consumo do petróleo do espaço através de cigarros electrónicos e em dois casos a existência da droga foi identificada com recurso a testes reagentes. Sou Sio Keong garantiu também que as autoridades estão a preparar a criminalização desta droga, com a alteração da legislação, e que estão a preparar a compra de testes reagentes e outros equipamentos, para poderem actuar o mais rapidamente, quando a proibição da nova droga entrar em vigor. A droga denominada petróleo do espaço recebeu este nome porque os utilizadores, após o consumo, sentem que estão no espaço. O principal componente da droga é o anestésico etomidato. É uma droga cada vez mais popular em Hong Kong, onde já foi proibida, mas também houve casos de consumo no Interior e em Taiwan. Na região vizinha, as autoridades prometeram uma política de “tolerância zero”, com várias campanhas de publicidade anti-petróleo do espaço, depois de terem ocorrido três mortes que se acredita tenham acontecido devido ao consumo deste estupefaciente. Alterações frequentes Antes das declarações de Sou Sio Keong, a revisão da lei de proibição da produção, do tráfico e do consumo ilícitos de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas tinha sido anunciada pelo chefe do Gabinete do secretário para a Segurança, Chang Cheong, na resposta a uma interpelação da deputada Ella Lei. De acordo com a informação partilhada no início do mês, a proposta do Governo está praticamente concluída, tendo agora de ser discutida no âmbito do Conselho Executivo, para depois entrar na Assembleia Legislativa. Além do etomidato, a nova lista de substâncias proibidas vai passar também a incluir a metomidate, propoxate e isopropoxate. A proposta deve ser aprovada na Assembleia Legislativa sem dificuldades. A revisão mais recente à lei da proibição e tráfico de drogas aconteceu no Verão do ano passado, altura em que as substâncias 2-Methyl-AP-237, etazene, etonitazepyne, protonitazene e adb-butinaca passaram a ser proibidas. À margem da discussão sobre as drogas, Sou Sio Keong alertou também para a existência de mais burlas, e agora com recurso à inteligência artificial (IA), o que pode tornar a detecção mais difícil. Por este motivo, Sou indicou que a PJ realizou novos vídeos de alerta, em que se explica que as novas ferramentas podem simular a voz e a imagem de pessoas conhecidas das vítimas.
Hoje Macau PolíticaGoverno vai apertar controlo a nova droga sintética O Governo anunciou na sexta-feira que irá implementar controlos mais rigorosos para um anestésico usado numa nova droga sintética, conhecida como ‘petróleo espacial’, ligada a três mortes em Hong Kong. No plenário de sexta-feira na Assembleia Legislativa, o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, revelou que a proposta de lei sobre esta matéria foi enviada ao Conselho Executivo e será discutida neste órgão consultivo a 2 de Maio. Durante a apresentação do relatório das LAG para este ano na área da Segurança, o secretário Wong Sio Chak disse que os novos protocolos poderão chegar à Assembleia Legislativa, para serem votados com caráter de urgência, em meados de Maio. O secretário defendeu que a revisão será “muito completa”, uma vez que irá incluir numa lista de produtos perigosos alvo de restrições não apenas o anestésico etomidato, mas também outras 20 substâncias ligadas ao ‘petróleo espacial’. O etomidato, um anestésico de curta acção, administrado por via intravenosa, é utilizado principalmente em serviços de urgência, unidades de anestesia, salas de cirurgia e unidades de cuidados intensivos. Novos protocolos Em Fevereiro, Hong Kong implementou novos protocolos que envolvem um controlo mais rigoroso não só sobre o armazenamento da droga, mas também sobre os requisitos de documentação e manuseamento nos hospitais locais. O etomidato era classificado na cidade como uma substância controlada, pelo que a venda ou posse ilegal poderia acarretar uma pena de dois anos de prisão e uma multa de 100 mil dólares de Hong Kong. Mas a droga foi incluída numa lista de produtos perigosos alvo de restrições, elevando a pena máxima por posse de ‘petróleo espacial” para sete anos de prisão e uma multa de um milhão de dólares de Hong Kong. Já o tráfico ou importação ilegal desta substância passou a ser passível de uma pena máxima de prisão perpétua e de uma multa de cinco milhões de dólares de Hong Kong. Wong Sio Chak sublinhou que, tanto na China continental como em Hong Kong, é “relativamente simples” restringir o uso de etomidato e punir a posse ou tráfico de ‘petróleo espacial’, uma vez que basta publicar o equivalente de um regulamento administrativo. Porém, em Macau, é necessária votação no hemiciclo. No início de Novembro, as autoridades de Hong Kong confirmaram terem suspeitas de que pelo menos três mortes estão relacionadas com o ‘petróleo espacial’. Também Macau revelou em Dezembro que a polícia detectou quatro casos ligados a este narcótico desde o primeiro caso de ‘petróleo espacial’ encontrado numa escola local, em Outubro de 2023. Esta droga é conhecida em Hong Kong como ‘droga zombie’ porque pode causar graves danos físicos e mentais, incluindo dependência, perda de memória, convulsões, perda de consciência e até morte.
Andreia Sofia Silva SociedadeDroga / HK | Duas portuguesas arriscam prisão perpétua Os serviços de alfândega de Hong Kong detiveram no último sábado duas passageiras portuguesas que tinham, nas suas bagagens, 81 quilos de ketamina. Segundo um comunicado das autoridades, as duas mulheres foram ontem presentes ao juiz, pela primeira vez, no Tribunal de Magistrados de West Kowloon, estando acusadas do crime de tráfico de estupefacientes perigosos. As duas jovens ficam em prisão preventiva até ao julgamento, que arranca a 24 de Junho. Josiane Alexandre Borges da Costa, de 23 anos, e Alexandra Miriam Silva Lopes Correia, com a mesma idade, viajavam de Frankfurt, na Alemanha, para a região vizinha. No processo de desalfandegamento, no aeroporto, foi detectada a droga. Segundo a legislação de Hong Kong, o tráfico de drogas perigosas é considerado infracção grave, com a pena máxima a ser prisão perpétua ou uma coima de cinco milhões de dólares.
João Luz Manchete PolíticaDroga | Pedida criminalização e sensibilização sobre etomidato Hoi Sun San, da Comissão de Luta Contra à Droga, quer que o Governo criminalize o etomidato, também conhecido como “óleo espacial”. A responsável pela Clínica dos Operários entende que as autoridades devem combater a popularidade da droga com uma campanha de sensibilização dirigida aos mais novos A intercepção de uma mulher, vinda de Macau, no terminal de ferries de Sheung Wan em Hong Kong com um cigarro electrónico com etomidato, a droga anestésica conhecida como “óleo espacial”, fez soar alarmes em Macau. A Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) divulgou ontem um comunicado sobre o tema, em que a chefe da Clínica dos Operários e membro da Comissão de Luta Contra à Droga, Hoi Sun San, pediu a criminalização da droga, à semelhança do que acontece em Hong Kong e no Interior da China. Hoi Sun San argumenta que o caso despertou a preocupação de todos os sectores da sociedade e serviu como um alerta para a necessidade de regulamentação das drogas emergentes em Macau. A responsável espera que o Governo intensifique esforços no combate aos crimes de droga e na educação dos residentes para reconhecerem e se manterem afastados dos efeitos nocivos das drogas, especialmente de novos tipos de substâncias e nas consequências legais do tráfico de estupefacientes. O etomidato é um anestésico hipnótico administrado em cirurgias que chegou a ser um dos componentes químicos usados na execução de uma pena de morte por injecção letal no Estado norte-americano da Florida. Apanhar o comboio A advogada Loi I Man, citada pelo mesmo comunicado da FAOM, salientou que o etomidato foi incluído na lista de substâncias psicotrópicas sob controlo do Interior da China em Outubro de 2023, estabelecendo a criminalização da droga. Em Hong Kong, a lei passou a criminalizar o “óleo espacial” no passado dia 14 de Fevereiro. O tráfico e fabrico passou a ser punido com uma pena máxima de prisão perpétua e multa até 5 milhões de dólares de Hong Kong, enquanto posse e consumo são punidos com uma pena máxima de sete anos de prisão e uma multa de 1 milhão de dólares de Hong Kong. O “óleo espacial” ganhou popularidade e passou a ser a terceira droga mais consumida em Hong Kong, depois da cocaína e canábis, levando o Governo de John Lee a actuar. A chefe da Clínica dos Operários salientou que as autoridades não podem ignorar os danos que as novas drogas podem causar na sociedade, em especial entre os mais novos que são mais susceptíveis a más influências. Além disso, do ponto de vista médico, Hoi Sun San afirmou que as novas drogas, como o “óleo espacial”, são altamente viciantes, causando não só incapacidade funcional, mas também danos permanentes. Contudo, a membro da Comissão de Luta Contra à Droga entende que é preciso ir além da legislação, combatendo o fenómeno através da intensificação do trabalho de educação preventiva e de sensibilização da população, em especial dos jovens.
Hoje Macau SociedadeDroga | Detido por suspeita de tráfico fica em prisão preventiva Um homem detido na fronteira com cerca de 8 gramas de cocaína vai aguardar julgamento em prisão preventiva, de acordo com a informação divulgada na sexta-feira pelo Ministério Público. O residente local foi detido por suspeitas de tráfico de droga. Segundo o MP, a investigação preliminar concluiu que o detido tinha sido “contratado por um grupo de tráfico de droga de Hong Kong” para trazer os estupefacientes para a RAEM. A prisão preventiva foi aplicada pelo Juiz de Instrução Criminal “tendo em conta a gravidade dos factos, a moldura penal do crime, bem como a possibilidade de se encontrarem em fuga alguns suspeitos”. O suspeito detido arrisca uma pena de prisão que pode chegar aos 15 anos. No comunicado, o MP prometeu também continuar a campanha contra o consumo e a entrada de estupefacientes em Macau. “Tendo em conta que a droga, enquanto ameaça grave à saúde e à vida pessoais, dá origem a uma variedade de crimes violentos prejudicando a ordem pública e tranquilidade social, o Ministério Público irá continuar a combater severamente os crimes associados à droga em articulação com demais entidades incumbidas de execução de lei, no sentido de criarem em conjunto um ambiente social saudável e livre de drogas”, foi prometido.
Hoje Macau China / ÁsiaHK | Droga apreendida no aeroporto mais que triplicou em 2024 O Aeroporto Internacional de Hong Kong confiscou um total de 874 quilogramas de estupefacientes em 2024, o que representa um aumento de 244 por cento face a 2019, antes da pandemia de covid-19, foi ontem anunciado. Os dados citados pelo South China Morning Post indicam que as substâncias interceptadas foram avaliadas em 349 milhões de dólares de Hong Kong. As drogas foram detectadas em 111 voos internacionais, algo atribuído a uma intensificação dos controlos, especialmente durante as épocas festivas, quando os traficantes tentam tirar partido do aumento das viagens aéreas. Só em meados de Dezembro de 2022 é que a metrópole abandonou a política chinesa de ‘zero covid’, com a restrição das entradas no território, aposta em testagens em massa, confinamentos de zonas de risco e quarentenas. De acordo com fontes da polícia, citadas pelo jornal, os suspeitos recebiam até 1 por cento do valor da droga transportada, nomeadamente no interior do corpo, uma táctica comum entre as ‘mulas’ vindas de África. As mesmas fontes disseram que a cocaína vem da América do Sul, enquanto os produtos de canábis vêm geralmente da América do Norte e de países asiáticos e a metanfetamina em cristal vem da Europa e do México. No final de dezembro de 2023, a polícia de Hong Kong deteve dois passageiros que voaram de Moçambique para a região chinesa com 33,5 quilos de metanfetamina, no valor de 1,9 milhões de euros. A Alfândega de Hong Kong detectou um homem de 29 anos e uma mulher de 27 anos que chegaram ao aeroporto do território vindo de Moçambique através de Doha, no Qatar. Os agentes encontraram, no interior das malas de porão dos dois viajantes, 10 pinturas a óleo e 54 peças de artesanato, usadas para esconder um total de 33,5 quilos de metanfetamina, no valor de 16,5 milhões de dólares de Hong Kong. O crime de tráfico de droga é punido na região chinesa com uma multa de até 5 milhões de dólares de Hong Kong e uma pena de prisão que pode ser perpétua.
Hoje Macau SociedadeRegistados quatro casos de droga que matou três pessoas em HK A Polícia Judiciária (PJ) afirmou ter detectou quatro casos ligados a uma nova droga sintética, conhecida como ‘petróleo espacial’, que terá causado três mortes na vizinha região de Hong Kong. A PJ acrescentou que os quatro processos envolveram cápsulas para cigarros electrónicos adquiridas na China continental ou enviadas para Macau através de correio internacional. A informação surgiu numa resposta do Instituto de Acção Social (IAS) a questões apresentadas pela deputada Ella Lei, que tinha demonstrado preocupação com o primeiro caso de ‘petróleo espacial’ encontrado numa escola local, em Outubro de 2023. O narcótico contém etomidato, um anestésico que só pode ser prescrito por profissionais de saúde. O IAS prometeu “continuar a prestar atenção ao risco de abuso de novos tipos de substâncias”, incluindo o etomidato. O Governo vai “proceder à revisão da lei atempadamente, permitindo que a lista de substâncias sujeitas ao controlo possa estar em linha com as regiões vizinhas e a nível internacional”, acrescentou o IAS. Novos desafios No início de Novembro, as autoridades de Hong Kong confirmaram terem suspeitas de que pelo menos três mortes estão relacionadas com o ‘petróleo espacial’. Até ao final de Setembro, a polícia de Hong Kong tinha detido 98 pessoas em 60 processos. Entre os detidos, 16 eram jovens com menos de 21 anos. Em todo o ano de 2023, apenas nove pessoas tinha sido detidas em ligação ao ‘petróleo espacial’. A droga é conhecida em Hong Kong como ‘droga zombie’ porque pode causar graves danos físicos e mentais, incluindo dependência, perda de memória, convulsões, perda de consciência e até morte, de acordo com o Comité de Acção contra as Drogas do Governo de Hong Kong. Segundo a imprensa de Hong Kong, a polícia desmantelou um laboratório que produzia esta droga, apreendendo cerca de 1,5 quilogramas de etomidato, e deteve um homem de 20 anos. No final de Outubro, o secretário para a Segurança de Hong Kong, Chris Tang Ping-keung, disse que a região estava a trabalhar para incluir o etomidato na lista de produtos perigosos alvo de restrições já no início de 2025. O etomidato é actualmente classificado como uma substância controlada, pelo que a venda ou posse ilegal pode acarretar uma pena de dois anos de prisão e uma multa de 100 mil dólares de Hong Kong.
Hoje Macau SociedadeCPSP | Detido com droga após furtar comida em supermercado Um turista britânico, com cerca de 30 anos de idade, foi detido à 01h da manhã de segunda-feira, depois de ter alegadamente tentado furtar três artigos de alimentação, no valor de 49 patacas, num supermercado da zona Nam Van. Um funcionário do supermercado pediu a intervenção do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), que acabou por investigar o quarto de hotel onde estava hospedado o suspeito, na mesma zona. Aí foram encontrados três sacos com metanfetaminas, com um peso total de pouco mais de meia grama, assim como um recipiente com um líquido suspeito (que pesou mais de 53 gramas). Foram ainda encontrados acessórios para tomar drogas. A análise à urina do suspeito acusou a presença de metanfetamina. O indivíduo foi acusado dos crimes de furto, consumo de droga e posse indevida de equipamento. O caso foi transferido para o Ministério Público.
Hoje Macau PolíticaDroga | FAOM defende inclusão de etomidato na lista de proibições A Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) pretende que o Governo classifique o anestesiante etomidato como um estupefaciente proibido, o que significa que só poderá ser adquirido com receita médica. A posição foi tomada por Ella Lei, deputada da associação, depois de no início do mês terem morrido três jovens em Hong Kong, devido ao que se suspeita ter sido o consumo de etomidato, através de cigarros electrónicos, também conhecido como “space oil”. De acordo com a argumentação da deputada, o etomidato é cada vez mais consumido pelos jovens e é uma substância altamente viciante. Além disso, nota a legisladora, há cada vez mais regiões vizinhas a classificar a substância como uma droga proibida, pelo que defende que o Governo deve preparar-se para seguir o exemplo. Ella Lei pediu ainda atenção à circulação do etomidato nas escolas, sublinhando que é necessário garantir a proibição. A deputada mostrou-se preocupada com o número de toxicodependentes, dado que entre 2023 e 2024 houve um aumento de quatro casos para 96 ocorrências. Por seu turno, a chefe da Clínica dos Operários e também membro da Comissão de Luta Contra à Droga, Hoi Sun San, alertou para a possibilidade do abuso de space oil levar jovens a consumirem outras drogas. Por isso, Hoi pediu um controlo mais apertado nas fronteiras à entrada de cigarros electrónicos em Macau.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Três mortes ligadas a ‘droga zombie’ As autoridades de Hong Kong confirmaram na sexta-feira terem suspeitas de que pelo menos três mortes estão relacionadas com uma nova droga sintética conhecida como ‘petróleo espacial’. Este narcótico, que é normalmente apresentado em cápsulas para cigarros electrónicos, contém etomidato, um anestésico que só pode ser prescrito por profissionais de saúde. Chong Yeow-kuan, consultor do Laboratório de Referência em Toxicologia do Centro de Controlo de Venenos de Hong Kong, disse numa conferência de imprensa que, na ausência de outras causas óbvias de morte, a detecção de etomidato nos corpos dos falecidos sugere uma ligação directa com o uso desta substância. O aumento da preocupação das autoridades com o ‘petróleo espacial’ deve-se também à subida nas detenções relacionadas com este composto, que cresceram quase 10 vezes em comparação com o ano anterior. Até ao final de Setembro, a polícia de Hong Kong tinha detido 98 pessoas em 60 processos, confiscando um total de 2.800 gramas e 510 ml do produto. Entre os detidos, 16 eram jovens com menos de 21 anos. Em todo o ano de 2023, apenas nove pessoas tinham sido detidas em ligação ao ‘petróleo espacial’. Esta droga é conhecida em Hong Kong como ‘droga zombie’ porque pode causar graves danos físicos e mentais, incluindo dependência, perda de memória, convulsões, perda de consciência e até morte, de acordo com o Comité de Acção contra as Drogas do governo da região chinesa. As autoridades decidiram tomar uma posição pública mais firme contra a utilização e o tráfico do ‘petróleo espacial’, sublinhando a urgência de atacar este problema de saúde pública. De acordo com a imprensa local, a polícia desmantelou um laboratório que produzia esta droga, apreendendo cerca de 1,5 quilogramas de etomidato, e deteve um homem de 20 anos. A polícia descreveu o laboratório como rudimentar e perigoso, alertando que o consumo de ‘petróleo espacial’ poderia facilmente levar a overdoses fatais.
João Santos Filipe Manchete SociedadeMetanfetaminas | PJ fez apreensão no valor de 36,3 milhões As autoridades apresentaram o caso como a maior apreensão de metanfetaminas da história do território. Um homem, de 27 anos, foi detido no aeroporto, e preparava-se para receber 12 mil patacas pelo transporte dos 11,1 quilogramas da droga Cerca de 11,1 quilogramas e um valor no mercado negro de 36,3 milhões de patacas. Foi este o resultado da operação da Polícia Judiciária (PJ) que resultou na maior apreensão de metanfetaminas da história de Macau. De acordo com a informação da PJ, o caso envolve um homem de Taiwan, de 27 anos, que viajou na tarde de domingo da Tailândia para Macau com os estupefacientes. O objectivo seria utilizar a RAEM como um ponto de passagem da droga na deslocação até Hong Kong. Numa conferência de imprensa no Aeroporto Internacional de Macau, as autoridades admitiram que estavam atentas à possibilidade de o território ser utilizado como ponto de passagem para o transporte de uma grande quantidade de droga, depois de terem recebido informações sobre o caso. A origem das informações não foi revelada, mas a PJ confirmou que os relatos recebidos indicavam para que a droga tivesse como origem o sudeste asiático. Por sua vez, após ser detido, o homem de Taiwan terá confessado à polícia a prática dos factos e a intenção de apenas utilizar Macau como ponto de passagem. O sujeito admitiu também que tinha sido contactado online por uma rede de tráfico de estupefacientes, que lhe iria pagar cerca de 50 mil dólares de Taiwan, o equivalente a 12 mil patacas, no caso de ser bem sucedido na operação. Ainda de acordo com a versão do homem, citada pelas autoridades, o primeiro objectivo passava por entrar em Macau, onde ficaria durante algum tempo, até receber instruções da rede de tráfico sobre como devia proceder para transportar as metanfetaminas para Hong Kong. Era tudo chá Os 11,1 quilogramas de metanfetaminas foram encontrados na bagagem do detido. Dez sacos com os estupefacientes estavam guardados dentro de três caixas de chá, embrulhadas como se fossem prendas para oferecer. De acordo com as autoridades, um dos motivos que levou à intercepção do indivíduo deveu-se ao facto de este aparentar estar muito nervoso na altura de entrar em Macau, depois de aterrar no aeroporto. O produto apreendido foi apresentado pela PJ aos jornalistas, momentos antes de colocarem o homem de 27 anos dentro de uma carrinha. Ainda antes do transporte, o detido admitiu ter aceitado correr o risco de transportar as drogas por se encontrar desempregado. O caso foi encaminhado para o Ministério Público, e o detido está indiciado pelo crime de tráfico ilícito de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas, que tem uma moldura penal que pode chegar aos 15 anos de prisão.
Hoje Macau PolíticaEstupefacientes | Classificadas novas substâncias As substâncias Etazene, Etonitazepyne, Protonitazene, 2-Methyl-AP-237 e ADB-BUTINACA passam a integrar a lista de substâncias proibidas, no âmbito da legislação contra o consumo e tráfico de droga. As alterações foram aprovadas ontem pela Assembleia Legislativa, por unanimidade. As substâncias 2-Methyl-AP-237, Etazene, Etonitazepyne e Protonitazene são drogas sintéticas que imitam os efeitos das drogas opiáceas, ou seja, derivadas do ópio. A substância Protonitazene é tida como altamente perigosa, dado que é 20 vezes mais potente do que o fentanyl, substância responsável por várias mortes nos últimos anos entre os utilizadores de drogas nos Estados Unidos. O ADB-BUTINACA é uma droga sintética que imita os efeitos do consumo de cannabis.
João Luz Manchete SociedadeDroga | IAS estima aumento de 40% de consumidores em 2023 O Instituto de Acção Social (IAS) indicou ontem que no ano passado o número de consumidores de droga em Macau aumentou, em termos anuais, 40 por cento em 2023., mas que houve uma diminuição de 65 por cento em comparação com o período pré-pandemia. Importa frisar que as estatísticas apresentadas pelo IAS são baseadas nos “dados” do Sistema do Registo Central dos Toxicodependentes de Macau que apenas contabiliza pessoas que estão em processo de recuperação ou que as autoridades policiais descobriram ter consumido estupefacientes. Ou seja, os toxicodependentes contados pelo sistema de registo são pessoas monitorizadas e que não consomem drogas. Ainda assim, as autoridades consideram que, “em comparação com a realidade dos últimos cinco anos, em termos gerais, a situação do consumo de drogas esteve num nível baixo. Entre os tipos de drogas consumidos, o ice foi a substância mais popular e há uma tendência do aumento do uso de canábis”. O comunicado do IAS salienta que se celebra hoje o Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas, definido pela Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com os dados do “Relatório Mundial sobre Drogas de 2023”, publicados pela ONU, o número de pessoas no mundo que usaram droga foi de 296 milhões, um aumento de 23 por cento face à década anterior, enquanto o número de pessoas que sofreram de doenças associadas ao uso de drogas foi de 39,5 milhões, um aumento brusco de 45 por cento em 10 anos.
João Santos Filipe SociedadeHK | Piloto Anson Wong morre durante detenção policial O piloto de Hong Kong de 57 anos participou em pelo menos 24 edições do Grande Prémio de Macau e representou as cores da equipa Son Veng, com sede em Macau. Segundo a versão da polícia da RAEHK, Wong morreu 20 minutos depois de ser dominado e algemado por três agentes O alegado traficante de droga que morreu na semana passada 20 minutos depois de ser dominado pela polícia de Hong Kong, foi identificado como Anson Wong, piloto que correu no Grande Prémio de Macau pelo menos 24 vezes. A informação sobre a morte de um suspeito de estar envolvido numa rede de tráfico de cocaína foi revelada na quinta-feira, mas a identidade apenas foi tornada pública no sábado. Quando a morte foi comunicada pelas autoridades, a polícia de Hong Kong defendeu-se ao apontar que o homem tinha oferecido resistência face a uma tentativa de detenção, em que três agentes teriam ficado feridos. O relato inicial indicava igualmente que o suspeito tinha cooperado com as autoridades no início das buscas, mas que se tornou violento, quando os polícias começaram a investigar o carro onde seguia. Também nessa altura, indicaram as autoridades da região vizinha, Anson Wong terá tentado arrancar com a viatura, o que levou a que fosse detido com uso da força por três agentes. Segundo a versão da polícia de HK, a morte não terá acontecido quando os agentes recorreram à força para fazer a detenção, mas 20 minutos depois, supostamente quando Anson Wong estava algemado e foi “encontrado inconsciente” dentro de uma viatura da polícia. A vítima mortal foi levada para um hospital em Tuen Mun, nos Novos Territórios, onde foi declarado morto pelas 11h48 de quinta-feira. Logo desde o início, as autoridades indicaram que a morte do homem de 57 anos se tinha devido a problemas cardíacos. Rede de 100 milhões Anson Wong era suspeito de estar envolvido numa rede de tráfico de cocaína avaliada em 100 milhões de dólares de Hong Kong. O piloto foi abordado pelas autoridades no âmbito de uma operação resultou na detenção de mais três indivíduos, entre os quais uma mulher com 75 anos, que alegadamente liderava o grupo. Estes estariam ligados a um contentor que chegou a Hong Kong vindo da América do Sul com cerca de 150 quilos de cocaína. Após a morte, as autoridades de Hong Kong prometeram investigar a ocorrência, para depois submeterem um relatório para tribunal de Coroner, em Hong Kong, para onde são encaminhadas as mortes consideradas suspeitas. Aos 57 anos, Anson Wong era uma cara bem conhecida do panorama do automobilismo local, dadas as ligações à equipa Son Veng, com a qual competiu várias vezes Sgundo o jornal The Standard, Wong participou pelo menos 24 vezes no Grande Prémio de Macau com vitórias em diferentes categorias. Além disso, participava em várias provas no Interior, em campeonatos como o de Carros de Turismo da China.
Hoje Macau SociedadeDroga | Três detidos por suspeita de tráfico de 6Kg de cocaína Três pessoas foram detidas por alegado envolvimento num caso de tráfico de droga em que as autoridades de Macau e Hong Kong apreenderam 16 garrafas de vinho contendo cocaína líquida, com um peso total de 6 quilogramas. Segundo a estimativa das autoridades policiais, a droga terá um valor aproximado de 26,4 milhões de patacas. A Polícia Judiciária (PJ) indicou na quinta-feira que em Macau foram detidos um homem, de 28 anos, e uma mulher, de 27 anos, num hotel do Cotai, ambos residentes de Taiwan. O outro suspeito, um cidadão da Malásia de 23 anos, foi detido pela polícia de Hong Kong em Tsuen Wan Segundo a PJ, os dois suspeitos afirmaram ser desempregados e ter recebido a promessa de pagamento de cerca de 51 mil patacas se transportassem vinho para Macau, território onde nunca tinham estado. Porém, não adiantaram mais informações às autoridades. Também na quinta-feira, a PJ revelou outro caso de tráfico de cocaína que envolveu um estrangeiro que voou para Macau a partir de Kuala Lumpur, na Malásia. No interior do corpo transportava 45 embalagens de cocaína com um peso total de um quilograma.
João Luz Manchete SociedadeDroga | Apenas um consumidor com menos de 21 anos até Junho No primeiro semestre deste ano, o Sistema de Registo Central dos Toxicodependentes contabilizou 61 consumidores, um aumento de 15,1 por cento face a 2022. O Governo diz que apenas uma pessoa com menos de 21 anos consumiu drogas nos primeiros seis meses do ano. O registo é baseado nas pessoas apanhadas a consumir e nas que estão em reabilitação O Instituto de Acção Social (IAS) revelou que durante a primeira metade deste ano, de acordo com o Sistema de Registo Central dos Toxicodependentes de Macau, o número total de pessoas que consumiram drogas foi de 61, o que representa um aumento de 15,1 por cento em comparação com o mesmo período de 2022. Num comunicado divulgado na terça-feira à noite, o IAS vai mais longe e declara que entre Janeiro e o fim de Junho apenas um jovem com menos de 21 anos consumiu drogas em Macau. A contabilidade, apresentada na segunda Sessão Plenária da Comissão de Luta contra a Droga de 2023, é baseada em pessoas que cumprem penas de prisão por consumo de drogas e em quem se encontra em processo de reabilitação. Além deste universo, as autoridades esperam que os consumidores de drogas se registem no sistema, uma perspectiva optimista face à criminalização do consumo na RAEM. Recorde-se o caso do residente de Macau na casa dos 20 anos que foi detido em 2021 pela prática do crime de consumo ilegal de estupefacientes, após se ter dirigido aos serviços de urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário por não se sentir bem depois de consumir uma substância ilegal. Para dar uma ideia do desfasamento dos dados de Macau face ao resto do mundo, importa referir que em 2021 o Gabinete das Nações Unidas contra a Droga e o Crime revelava que cerca de 5,5 por cento da população mundial, entre os 15 e 64 anos, teria usado drogas pelo menos uma vez no ano anterior. Os dados do primeiro semestre avançados pelo IAS referem que 0,009 por cento da população de Macau consumiu drogas. Diminuindo o escopo populacional, o IAS afirma que a taxa de toxicodependência dos jovens estudantes de Macau no primeiro semestre foi de 0,96 por cento, uma diminuição de 1,96 por cento em comparação com 2,92 por cento revelado por uma investigação semelhante realizada em 2018. Também no ensino superior, o IAS refere que a taxa de toxicodependência de estudantes caiu significativamente de 4,9 para 1,2 por cento. Pratos do dia Durante a reunião, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura afirmou que depois da pandemia a circulação de pessoas aumentou, “o que trouxe um certo nível de desafio aos trabalhos de combate às drogas”. Elsie Ao Ieong U adiantou ainda que o Governo tem cooperado com as regiões vizinhas nas áreas da prevenção e tratamento da toxicodependência. Com o retomar do normal funcionamento das fronteiras entre as diferentes localidades, o problema de consumo de drogas transfronteiriço voltou a aparecer. A percentagem relativa ao abuso do álcool e dos medicamentos prescritos têm vindo a aumentar, o que é uma situação que merece a nossa atenção, indicou a responsável. Como é habitual nestas circunstâncias, o Governo enumerou as substâncias mais consumidas em Macau, com a metanfetamina (ice) a continuar a ser droga mais tomada nos primeiros seis meses deste ano, com uma percentagem de 23,4 por cento. A ketamina foi a segunda droga mais popular, consumida por 10,4 por cento das pessoas apanhadas nas malhas da lei. Os locais de consumo de drogas foram principalmente em Macau, representando 74,2 por cento do total, enquanto quase 80 por cento dos locais de consumo de drogas foram em casa, casa de amigos e hotéis.