Andreia Sofia Silva China / ÁsiaCovid-19 | China soma oito casos nas últimas 24 horas A China registou oito novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, todos oriundos do exterior, anunciou hoje a Comissão de Saúde chinesa. Os casos detectados em viajantes oriundos do exterior foram registados em Xangai (leste) e nas províncias de Sichuan (centro), Tianjin (nordeste), Henan (centro), Guangdong (sudeste) e Shaanxi (centro). As autoridades indicaram que, até à meia-noite, o número total de infectados activos na China continental se fixou em 164, incluindo um caso grave. Desde o início da pandemia, 90.167 pessoas ficaram infectadas na China, tendo morrido 4.636 doentes. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.768.431 mortos no mundo, resultantes de mais de 126 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Pedro Arede Manchete SociedadeTeste positivo para anticorpos contra a covid-19 em três residentes Três pessoas que chegaram a Macau na quarta-feira via Taipé, apresentaram resultados positivos para o teste de anticorpos contra a covid-19. O veredicto revela que os três residentes já estiveram infectados com o vírus, antes de vir para Macau. De acordo com um comunicado divulgado pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, os três residentes partiram de diferentes proveniências da Europa e dos Estados Unidos no dia 7 de Março integrados num grupo de 15 pessoas, tendo sido submetidos a um teste de ácido nucleico à chegada a Macau, cujo resultado foi negativo para todo o grupo Contudo, após conhecidos os resultados dos testes de anticorpos realizados no dia 15 de Março, as três pessoas que testaram positivo foram enviadas para o Centro Hospitalar Conde de São Januário, de modo a realizar exames adicionais para esclarecer o seu estado de saúde e verificar o estado da infecção. “De um modo geral, após ser infectado, o corpo humano revela, em primeiro lugar, anticorpos IgM específicos na fase inicial da doença e anticorpos IgG específicos nas fases intermédia e final da doença. Os anticorpos IgM gradualmente desaparecem. Ou seja, estas três pessoas já tinham sido infectadas”, explica o centro de coordenação, que dá ainda nota para o facto de “por negligência de um trabalhador” as amostras de sangue recolhidas no fim de semana não terem sido “testadas a tempo”. Fora do normal O teste de anticorpos contra a covid-19 de um residente que veio das Filipinas na quarta-feira revelou “valores anormais” contra a doença, comunicou ontem o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. O teste de ácido nucleico que fez à chegada a Macau deu resultado negativo. O indivíduo partiu de Manila na quarta-feira com destino a Macau, através de Tóquio e Taipei, tendo chegado no mesmo dia. Perante os resultados dos testes, os Serviços de Saúde encaminharam o homem para observação médica no Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane, onde vai ser sujeito a um novo teste de ácido nucleico e outro teste para verificar se possui anticorpos. “Este indivíduo não manifesta qualquer indisposição e declarou que não administrou a vacina contra a COVID-19, mas não confirmou se tinha sido anteriormente infectado”, diz a nota. Entretanto, após a 47ª paciente infectada com covid-19 ter recebido alta, Macau volta novamente a estar livre de casos activos.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeFronteiras | Residentes com dificuldades em regressar da Índia e do Nepal Um grupo de 13 residentes de Macau está neste momento na Índia à procura de soluções para voltar ao território. Segundo Aruna Jha, porta-voz do grupo, há pessoas sem possibilidades financeiras de pagar uma quarentena em Hong Kong. O Governo garantiu ao deputado José Pereira Coutinho que um novo corredor especial continua fora da agenda O fecho das fronteiras entre Macau e Hong Kong continua a gerar problemas aos residentes que ainda se encontram no estrangeiro. Neste momento, um grupo de 13 residentes encontra-se na Índia à procura de soluções para voltar a Macau, adiantou ao HM Aruna Jha, porta-voz do grupo. Aruna Jha viajou para Bombaim a 18 de Dezembro do ano passado por motivos familiares, mas as restantes pessoas estão no país há cerca de um ano, correndo o risco de perderem os seus empregos em Macau. Além disso, há situações de dificuldades financeiras que os impedem de pagar uma quarentena em Hong Kong. Aruna Jha disse que está a ser analisada a possibilidade de viajarem de Bombaim para Hong Kong no dia 18 de Abril, embora haja muita burocracia associada. “Ainda não comprámos os bilhetes e estamos a ver todas as possibilidades. Temos de ver se conseguimos um autocarro que nos leve de Hong Kong para Macau, porque não queremos fazer a quarentena [em Hong Kong]”, adiantou. Voar pela China também não é a opção mais viável, confessou Aruna Jha, uma vez que é preciso coordenar questões como a quarentena e o voo que levará o grupo depois para Macau. “Vou contactar a embaixada chinesa na Índia e tentar perceber as condições antes de dar este passo. Não queremos fazer quarentena na China, queremos ver se podemos apanhar um voo de Nova Deli através de Xangai ou Pequim, temos de ver também se há a possibilidade de um voo directo para Macau.” Este grupo pediu apoio ao deputado José Pereira Coutinho, que fez um pedido de apoio urgente junto da Direcção dos Serviços de Turismo (DST). O Governo disse não existirem “planos para a abertura de um novo ‘corredor especial’ entre a RAEM e o aeroporto internacional de Hong Kong”. “Neste momento as opções para os residentes da RAEM regressarem a Macau estão dependentes da disponibilidade dos voos, bem como do tipo de documentação que os residentes tenham na sua posse”, adiantou a DST, que aconselha os residentes a contactarem as agências de viagem. Regressar do Nepal Segundo adiantou o deputado José Pereira Coutinho ao HM, há também um outro grupo de residentes que estão a tentar regressar do Nepal para o território e que enfrentam dificuldades semelhantes. A DST disse ainda, na resposta ao deputado, que “não é possível prever o que poderá acontecer nos próximos dias, semanas ou meses, na medida em que poderão ser implementadas ou alteradas as restrições de entrada ou trânsito em qualquer país ou destino”.
João Luz Manchete PolíticaCovid-19 | Ho Iat Seng prevê regresso gradual à normalidade O Chefe do Executivo acha que a sociedade e economia vão gradualmente voltar à normalidade, à medida que se generaliza a vacinação. Ho Iat Seng deixou a esperançada mensagem na cerimónia de aniversário da União Geral das Associações dos Moradores Aos poucos vamos lá. Pode ser resumido desta forma a mensagem proferida ontem pelo Chefe do Executivo na cerimónia do 37º aniversário da fundação da União Geral das Associações dos Moradores de Macau (Kaifong). “Com a generalização do programa de vacinação contra o novo tipo de coronavírus, as nossas acções de prevenção e controlo da pandemia entraram numa nova fase, e a firme promoção de diversas medidas e acções permitirá à sociedade e à economia local recuperar gradualmente a normalidade”, afirmou ontem Ho Iat Seng. O líder do Governo lembrou que no ano passado, a pandemia colocou severos testes e desafios, mas com o forte apoio e “orientação do Governo Central, a sociedade de Macau manteve-se unida no combate às dificuldades, debelando eficazmente a propagação da pandemia”. O Chefe do Executivo destacou que a RAEM alcançou resultados positivos, que não foram fáceis de atingir, e manter a estabilidade da conjuntura socioeconómica”. Foram também recordados e elogiados os contributos da sociedade civil, nomeadamente dos Kaifong. “Ao longo do combate epidémico, a União Geral, enraizada na camada social de base e ao serviço das diversas comunidades, tem vindo a manter a união entre os moradores dos bairros e a colaborar empenhadamente com o Governo da RAEM na implementação das acções de prevenção epidémica, especialmente na prestação de diversos serviços comunitários, com repercussões benéficas na sociedade, o que lhe tem granjeado o reconhecimento e elogio da sociedade”, destacou o Chefe do Executivo. Parabéns a você Além de destacar a importância estrutural para Macau do 14º plano quinquenal do país, o Chefe do Executivo prometeu dar atenção ao desenvolvimento dos bairros e ao bem-estar da população, nas áreas da habitação, emprego, assistência médica e educação. Prometeu também empenho na salvaguarda da harmonia e da estabilidade social de Macau. Ho Iat Seng deixou também palavras de apreço aos Kaifong, associação que, “criada em 1983, tem desde sempre persistido na tradição do amor pela Pátria e por Macau e na defesa do princípio «um País, dois sistemas», dando contributos históricos para o retorno bem-sucedido de Macau à Pátria. “Paralelamente, a União Geral tem contribuído incansavelmente para a formação de quadros qualificados, orientados pelo amor pela Pátria e por Macau, e para a sua participação nos assuntos políticos a nível local e nacional”, afirmou Ho Iat Seng, citado num comunicado do Gabinete de Comunicação Social.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Agência europeia admite avaliar vacina chinesa Sinopharm A Agência Europeia do Medicamento (EMA) disse ontem estar em discussões com o grupo farmacêutico estatal chinês Sinopharm sobre a vacina desenvolvida contra a covid-19, admitindo avaliar este fármaco para dar resposta às necessidades europeias e globais. “Há várias vacinas produzidas por farmacêuticas chinesas e estamos em discussões com um grupo que produz uma dessas vacinas, a Sinopharm, e esperamos ficar em posição de também avaliar essa vacina”, disse a directora executiva da EMA, Emer Cooke. Intervindo numa audição por videoconferência na comissão de Saúde Pública do Parlamento Europeu, a responsável pelo regulador europeu notou serem “necessárias todas as vacinas eficazes e seguras possíveis para não só dar resposta às necessidades da população europeia, como ao nível mundial”. Em causa está a chamada “análise contínua”, um instrumento regulador que a EMA utiliza para acelerar a avaliação de um medicamento promissor durante uma emergência de saúde pública, já que, ao rever os dados em tempo real à medida que estes ficam disponíveis, pode chegar mais cedo a um parecer final sobre a autorização de comercialização, quando esta der entrada. Nesta situação de avaliação preliminar encontram-se as vacinas russa Sputnik V, a da alemã CureVac e a da norte-americana Novavax. Até ao momento, a EMA deu ‘luz verde’ a três vacinas para a covid-19: a da Pfizer/BioNTech a 21 de Dezembro de 2020, a da Moderna a 6 de Janeiro, da AstraZeneca a 29 de Janeiro e, em meados deste mês, a vacina da Johnson & Johnson, produzida pela farmacêutica Janssen. “Não nos podemos esquecer de que são as vacinas que nos vão ajudar a vencer esta pandemia”, vincou Emer Cooke perante os eurodeputados na sessão à distância.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | BGI Group doa a Angola kits para detectar novas estirpes O grupo chinês de biotecnologia BGI Group doou ao Ministério da Saúde de Angola 40 mil kits para ajudar a detectar as novas estirpes do coronavírus responsável pela covid-19, foi anunciado segunda-feira. Segundo um comunicado, durante a cerimónia de doação a ministra angolana da Saúde, Sílvia Lutucuta agradeceu ao BGI Group por apoiar novamente Angola “face aos novos desafios trazidos pelas variantes da covid-19”. A ministra lembrou que o grupo chinês assinou em Julho do ano passado um acordo com o Governo angolano para instalar quatro laboratórios, conhecidos como Huoyan (‘Olho de Fogo’), com capacidade para processar até 6.000 testes de diagnóstico da covid-19 por dia. Os laboratórios abriram na segunda metade de 2020, com 18 técnicos angolanos treinados pelo BGI Group, referiu o grupo no comunicado. Durante a cerimónia o Embaixador chinês em Luanda, Gong Tao, disse que a China está disposta a colaborar com Angola no fornecimento de vacinas contra a covid-19. Angola foi o primeiro país de língua portuguesa em África a receber vacinas da AstraZeneca e Pfizer contra a covid-19 (624.000 doses), ao abrigo da Covax, uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde em parceria com a Vaccine Alliance e a Coalition for Epidemic Preparedness Innovations. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.716.035 mortos no mundo, resultantes de mais de 123 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Angola, morreram 530 pessoas dos 21.757 casos de infecção confirmados, revelou ontem o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda.
Salomé Fernandes Manchete SociedadeCovid-19 | Visitante chinês entra em Macau, apesar de estar em vigilância Depois de um homem listado no Interior da China como alvo de vigilância ter entrado em Macau, Leong Iek Hou frisou em que nunca se podem evitar riscos a 100%. O teste nucleico do indivíduo deu negativo. Já quanto ao plano de vacinação, foram ontem entregues os primeiros cartões comprovativos da toma das duas doses da vacina O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus indicou que, segundo o Departamento Municipal de Saúde de Zhuhai, um homem que esteve internado num hospital em Xi’an e que foi listado como “alvo importante de vigilância e monitorização”, entrou em Macau. O indivíduo, natural do Interior da China, fez o teste de ácido nucleico, com resultado negativo, e encontra-se em observação médica, avançaram ontem as autoridades de saúde. A RAEM foi notificada no domingo, um dia depois de o homem ter entrado no território. Na habitual conferência da saúde, a coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença defendeu que não é possível anular todos os riscos. Leong Iek Hou explicou que quando o Governo de Macau foi avisado, numa primeira instância, o indivíduo não sabia que era alvo de vigilância, nem que no hospital onde esteve foi confirmada um caso de covid-19 e já teria entrado em Macau. Actualmente, encontra-se nas instalações dos Serviços de Saúde e serão feitos testes para “garantir a segurança da sociedade”. A coordenadora observou que ao entrar no território é necessário apresentar código de saúde e declarar se houve contacto com casos confirmados. No entanto, os mecanismos de prevenção não são infalíveis. “Tudo isso é para evitar a entrada dos potenciais casos ou contactos e assim podemos reduzir quanto possível os riscos para Macau. Claro que nada é perfeito. Não podemos evitar a 100 por cento” descreveu. A médica acrescentou que “em Macau não estamos com risco a nível zero, é por isso que apelamos aos residentes para tomarem a vacina e todas as precauções contra a epidemia”. Um amigo do indivíduo em questão e um taxista foram também submetidos a teste de ácido nucleico, ambos com resultados negativos. Note-se que o homem não está identificado como contacto próximo e o centro de coordenação aponta que “o risco de infecção não é elevado e representa baixo risco para Macau”. Passar cartão Ontem foi o primeiro dia de administração da segunda dose da vacina. Quem foi inoculado recebeu um cartão de registo da vacina. “Tem duas páginas, com registo em inglês, chinês e português, nome de utente, dados pessoais, tipo de vacina, fabricante, número de lote e data de vacinação. A parte traseira tem código QR, que dá acesso aos dados pessoais do utente”, descreveu Tai Wa Hou, coordenador do plano de vacinação. Até ontem, menos de 38 mil pessoas tinham tomado a vacina, de 77.587 registos de agendamento. “No futuro pode facilitar ter este cartão na mão, se se dirigir ou deslocar a qualquer sítio exterior”, disse Tai Wa Hou, apesar de ressalvar que “por enquanto, os outros países ainda estão numa fase muito inicial para negociar sobre este acesso com duas [doses das] vacinas”. Além disso, ainda não se iniciaram negociações para que a toma das duas doses da vacina dispense o teste de ácido nucleico na passagem de fronteiras. Covid-19 | Nova ronda de máscaras arranca no domingo Entre 28 de Março e 26 de Abril decorre uma nova ronda de distribuição de máscaras, foi ontem anunciado. Os cidadãos podem adquirir 30 máscaras. Desde que o plano começou, foram vendidas 192 milhões de máscaras.
Hoje Macau China / ÁsiaChina administrou 74,96 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 A China administrou, até ao momento, 74,96 milhões de doses de vacinas contra o novo coronavírus entre os seus habitantes, informou ontem o porta-voz da Comissão Nacional de Saúde da China, Mi Feng. Em conferência de imprensa, Mi Feng disse que, em menos de uma semana, foram fornecidas quase 10 milhões de vacinas, em linha com o objectivo do país de acelerar a imunização dos seus 1.400 milhões de habitantes, e vacinar cerca de 40% da população até Junho. O porta-voz disse que Pequim considera implementar políticas diferenciadas na emissão de vistos e de controlo de viajantes que chegam à China desde o exterior, em função do progresso de vacinação nos países de origem. O vice-director do Centro Chinês de Controlo e Prevenção de Doenças, Feng Zijian, disse que, de momento, não está contemplada a possibilidade de excluir os vacinados das rigorosas medidas de quarentena, aplicadas em cidades como Pequim, aos cidadãos que chegam do exterior. A China prestará atenção aos progressos do passaporte internacional de vacinas, de onde quer que seja emitido, e poderá ajustar as medidas de controlo do vírus, assim que a população alcance um alto nível de imunidade, disse. Na mesma conferência de imprensa, o porta-voz da farmacêutica chinesa Sinovac indicou que 70 milhões de doses da sua vacina foram administradas a nível global, embora não tenha precisado quantas delas foram fornecidas na China. Segundo Mao Junfeng, do Ministério da Indústria, a produção prevista para 2021 neste país asiático pode atender completamente às necessidades da China. De acordo com a imprensa local, em algumas zonas do país, como a capital, Pequim, já foram vacinados os moradores com mais de 60 anos, depois de concluída a campanha de vacinação dos grupos considerados de risco, como funcionários, empregados portuários e de transportes, de acordo com a imprensa local. A China ofereceu-se para, na próxima semana, vacinar os jornalistas estrangeiros destacados no país, assim como os membros das delegações diplomáticas, com uma das vacinas da farmacêutica estatal, a Sinopharm. Segundo o responsável do Centro para o Controlo de Doenças do país, Gao Fu, numa entrevista recente na televisão estatal CGTN, a China espera vacinar entre 70% e 80% da sua população, para finais deste ano, meados do próximo, e alcançar então a imunidade de grupo. Para isso, o país devia vacinar entre 900.000 e um milhão de pessoas, segundo Gao Fu. Até ao momento, as autoridades chinesas autorizaram a comercialização de quatro vacinas contra a covid-19: duas da Sinopharm, uma da Cansino e outra da Sinovac. Além disso, um total de 16 vacinas desenvolvidas na China já começaram testes clínicos, revelou um funcionário do Governo em finais de Janeiro. Por enquanto, as autoridades de Pequim não deram luz verde à comercialização no território chinês de nenhuma vacina desenvolvida no estrangeiro, apesar de, por exemplo, a farmacêutica Fosun Pharma ter assinado um acordo para distribuir em exclusivo a vacina da Pfizer e BioNTech na China.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Manila fecha igrejas e proíbe viagens não essenciais a partir de segunda-feira As igrejas em Manila vão estar fechadas e as viagens não essenciais de e para a capital filipina serão proibidas a partir de segunda-feira, conforme novas regras divulgadas este domingo face a um ressurgimento da covid-19. O número de novos contágios pelo coronavírus SARS-CoV-2 excedeu a barreira dos 7.000 durante três dias, o número mais elevado desde que a pandemia começou. Isto leva o número total de pessoas contagiadas para mais de 663.000 e pressiona os hospitais deste país de cerca de 110 milhões de habitantes, incluindo 12 milhões na capital, onde muitos vivem em bairros esquálidos e sobrelotados. Com estas novas medidas tomadas durante um período de duas semanas, as autoridades têm dois objectivos: “reduzir a transmissão do vírus em Manila e evitar a difusão do vírus, especialmente das novas variantes, fora de Manila, porque são mais contagiosas”, explicou o porta-voz do Presidente filipino, Rodrigo Duterte, Harry Roque. Também serão abrangidas pelas restrições as províncias próximas de Rizal, Cavite, Laguna e Bulacan. Embora seja proibido comer dentro de restaurantes, os transportes públicos continuarão a funcionar e a população activa poderá continuar a circular, uma vez que o governo não quer impor um encerramento devastador em áreas situadas no centro da actividade económica das Filipinas. Apesar da quarentena dos residentes em várias áreas, dos rigorosos recolheres nocturnos, das ordens para manter as crianças em casa e da proibição da entrada de estrangeiros nas Filipinas nas últimas semanas, as autoridades não conseguiram impedir a propagação do vírus.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China suspende voos da Austrian Airlines após detectar cinco casos positivos As autoridades chinesas suspenderam por duas semanas os voos da Austrian Airlines em direcção a Xangai após terem detectado no início do mês cinco passageiros infectados com a covid-19 num voo para esta cidade, informaram este domingo diversos ‘media’. A Administração da Aviação Civil da China (CAAC) informou a companhia aérea que cinco pessoas testaram positivo nos controlos efectuados à sua chegada à China, segundo assinalou o portal suíço de aviação Aero Telegraph, uma informação também divulgada pelos ‘media’ austríacos. A proibição, que afecta dois voos, um por semana, vai prolongar-se até 9 de Abril. Quem pretender viajar directamente da Áustria para Xangai deverá apresentar testes negativos PCR e de anticorpos antes de embarcar, ambos inferiores a um período de 48 horas e que devem ser certificados pela embaixada da China em Viena. Segundo a companhia aérea austríaca, os cinco positivos eram passageiros em trânsito que chegaram ao aeroporto de Viena provenientes de diversos destinos e onde embarcaram em direção à China, indicou a Austrian Airlines ao Aero Telegraph. Os passageiros em trânsito devem também submeter-se a esse processo de controlo na Áustria. Diversas companhias aéreas, incluindo a Aeroflot russa, a Ethiad dos Emirados Árabes Unidos ou a Ethiopian Airlines foram afectadas no passado pela suspensão provisória dos seus voos, medida que a China aplica quando são detectados cinco ou mais passageiros infectados com covid-19 num voo.
Hoje Macau SociedadeCovid-19 | Quatro residentes vindos de Taipei testam positivo a anti-corpos Dos 30 residentes de Macau, vindos da Europa e dos Estados Unidos, no voo chegado ao território, via Taipei, este domingo, quatro acusaram positivo a anti-corpos da covid-19 depois da realização de testes serológicos. A informação chegou às redacções esta madrugada, com o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus a informar que as quatro pessoas com resultados anormais foram enviadas para Hospital Conde de São Januário, onde está a ser feita uma análise mais profunda sobre a situação da infecção. O primeiro indivíduo é um homem, de 36 anos de idade, residente de Macau, escriturário, residente permanente na Inglaterra. O segundo indivíduo, é também do sexo masculino, tem 20 anos de idade e estuda em Inglaterra. O terceiro indivíduo, é do sexo feminino, tem 44 anos de idade, e é residente de Macau, sendo dona de casa no Reino Unido. Já o quarto indivíduo, é do sexo masculino, tem 52 anos de idade, é um homem de negócios, residente de Macau e desde Novembro de 2020 tem trabalhado no Gana, em África. Todos estes residentes tinham registado testes de ácido nucleico para a Covid-19 negativos no dia 14 de Março, tendo, no entanto, acusado positivo aos testes anti-corpos efectuados no dia 15 na observação médica feita durante o isolamento no hotel.
Salomé Fernandes Manchete SociedadeFronteiras | Não residentes podem ir ao Interior da China e regressar Passa a ser possível para os não residentes estrangeiros que estão em Macau pedir visto para irem ao Interior da China, podendo regressar ao território e ficar isentos de quarentena. Na conferência de imprensa de saúde, Tai Wa Hou mostrou-se insatisfeito com a adesão à vacinação, apelando à população para participar de forma “mais activa” A partir de hoje, os não residentes estrangeiros em Macau passam a poder ir à China Continental e regressar, mas apenas se tiverem visto emitido pelo Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) da República Popular da China na RAEM. A medida foi anunciada ontem na habitual conferência de imprensa sobre a covid-19, tendo sido publicada em despacho do Chefe do Executivo. O despacho refere também que estas pessoas não podem ter estado em locais fora do Interior da China ou da RAEM nos 21 dias anteriores à entrada em Macau. “Este despacho é aplicável para os estrangeiros que se encontram actualmente em Macau e pretendem através de visto visitar o Interior da China e depois regressar para Macau”, anunciou Leong Iek Hou. A coordenadora do núcleo de prevenção de doenças infecciosas e vigilância da doença esclareceu que não se aplica a trabalhadores não residentes (TNR) no exterior que pretendem deslocar-se ao Interior da China e a partir daí regressar a Macau. Sobre a possibilidade de os TNR que perderam trabalho saírem e poderem ser contratados no regresso, o representante do Corpo de Polícia de Segurança Pública indicou que há outros factores em consideração. “Se os portadores de ‘bluecard’ satisfazem as exigências definidas pelo Comissariado do MNE na RAEM, então vão conseguir obter tal visto e deslocar-se para o Interior da China e dentro da validade do visto regressar a Macau. Assim não são sujeitos a qualquer quarentena. (…) Mas se a pessoa pode ser recontratada, tem de satisfazer outras exigências”. O Comissariado do MNE da República Popular da China em Macau comunicou ontem ajustamentos à política de vistos. Os residentes estrangeiros de Macau, permanentes e não permanentes, passam a poder candidatar-se a todas as categorias de visto para a China Continental. Além disso, podem também candidatar-se a vistos todos os estrangeiros em Macau que inocularam a vacina chinesa contra a covid-19, com certificados válidos de vacinação dos Serviços de Saúde de Macau. Meta distante O coordenador do plano de vacinação contra a covid-19, Tai Wa Hou, indicou que há mais de 65 mil inscrições para a administração de vacina, sendo que 29.833 já tomaram a vacina. Quase dez mil das inscrições são de trabalhadores não residentes. “De acordo com este número, são um pouco mais de mil pessoas por dia que se inscrevem. Para mim, acho que não é um número muito satisfatório, claro que desejo que possa haver mais pessoas a inscrever-se para administrar a vacina e precisamos dessa participação mais activa por parte da população de Macau”, comentou Tai Wa Hou. Questionado sobre um eventual passaporte de vacinas, o responsável indicou que após as duas doses de vacina, em Macau será emitido um cartão comprovativo dessa administração em chinês, inglês e português. No entanto, apontou que a sua utilidade para os residentes que visitarem outros locais depende das políticas implementadas nesses países ou regiões. Por outro lado, Tai Wa Hou disse que “não há qualquer mudança” em relação à aquisição de vacinas da AstraZeneca.
Pedro Arede Manchete SociedadeAMCM | Activos do sector bancário crescem 10,2% apesar da pandemia O presidente da AMCM, Benjamin Chan considera que os resultados alcançados em plena pandemia reflectem uma “forte resiliência e solidez” do sector financeiro de Macau. Para 2021 a expectativa é de que a economia de Macau possa registar um crescimento de “dois dígitos” Os números falam por si. Apesar das dificuldades geradas pela pandemia de covid-19 em 2020, Benjamin Chan, presidente da Autoridade Monetária de Macau (AMCM) considera que o sistema financeiro de Macau foi capaz de se manter estável e até, de crescer. “Embora a economia de Macau tenha sido severamente afectada pela epidemia no ano passado, com o esforço conjunto de todos, o sistema financeiro de Macau manteve-se estável e as suas actividades têm sido capazes de crescer, de forma constante, neste ambiente desfavorável”, apontou o responsável o discurso que proferiu durante o almoço de Ano Novo Lunar da Associação de Bancos de Macau. Reflexo disso mesmo, está o facto de, até finais de 2020, o montante total dos activos do sector bancário ter aumentado 10,2 por cento relativamente ao ano anterior, atingindo 2,20 mil milhões. Além disso, revelou Chan, os resultados operacionais do ano aumentaram “ligeiramente, para um novo máximo” de 17.1 mil milhões, enquanto que o rácio de crédito vencido se fixou num “nível baixo”, de 0,4 por cento. O presidente da AMCM destaca ainda o facto de a população empregada no sector financeiro ter registado um aumento, apesar do crescimento da taxa de desemprego em Macau. “Todos estes dados objectivos reflectem a forte resiliência e a solidez das bases do sector financeiro de Macau”, disse. Por ocasião do evento, Benjamin Chan recordou ainda que, o sector bancário auxiliou o governo na implementação das duas rondas do cartão de consumo e introduziu uma série de créditos relacionados com o combate à pandemia que proporcionaram “suportes de serviços financeiros adequados e oportunos às PMEs e ao público em geral”. Nunca pior Para o futuro, apoiado no surgimento das vacinas contra a covid-19 e nas previsões de recuperação de 5,5 por cento da economia mundial, partilhadas pelo Fundo Monetário Mundial, Benjamin Chan estima que a economia de Macau possa atingir um crescimento de “dois dígitos”. Para revitalizar a economia em 2021, a AMCM promete unir esforços com o sector financeiro em áreas como os sistemas de infraestrutura e os sistemas jurídicos e formação de talentos, de forma a “cooperar com as linhas de acção governativa do Governo da RAEM em relação ao fortalecimento do sector financeiro moderno”. Por seu turno, durante o almoço de Primavera, o presidente da Associação de Bancos de Macau, Li Guang afirmou que “não há fim para o desenvolvimento, nem fim para a luta” e que 2020 ficou marcado pelo apoio prestado durante à pandemia, que “tem garantido a estabilidade de milhares de PMEs e dezenas de milhares de famílias em Macau. O responsável deu nota ainda para o facto ter sido dada continuidade à construção da plataforma de serviços financeiros entre a China e os países de língua portuguesa e que, no futuro, juntamente com esta, a aposta no desenvolvimento da Grande Baía contribuirá para a diversificação económica de Macau.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China garante imunidade de grupo até meados de 2022 A China prevê vacinar contra a covid-19 70 a 80% da população até ao fim de 2021 ou meados de 2022, atingindo a imunidade de grupo, afirmou o responsável pelo Centro para o Controlo de Doenças chinês. Com quatro vacinas aprovadas, a China irá vacinar 900 milhões a mil milhões de pessoas, disse Gao Fu, durante uma entrevista à televisão oficial chinesa CGTN. “Esperamos que a China possa liderar a imunidade de grupo no mundo”, afirmou. A China administrou 52,5 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 até ao fim de fevereiro. No entanto, especialistas em saúde do Governo já reconheceram que a China tem sido mais lenta no processo de vacinação do que muitos outros países, incluindo os Estados Unidos, tendo distribuído cerca de 10 vezes mais doses de vacina por outros países do que as que distribuiu internamente. As autoridades chinesas aprovaram quatro vacinas contra a covid-19 de fabrico nacional, duas da empresa detida pelo Estado Sinopharm, uma da Sinovac e outra da CanSino, embora para nenhuma delas tenham sido publicamente divulgados os dados sobre a quarta fase de desenvolvimento. O país tem actualmente 17 vacinas candidatas a ensaios clínicos.
Hoje Macau DesportoCovid-19 | Qatar vai vacinar toda a caravana de Moto GP O Estado do Qatar vai vacinar toda a caravana do Mundial de Moto GP antes do arranque do campeonato, em 28 de março, anunciou o promotor da competição. “Tendo implementado de forma acelerada o seu processo de vacinação, o Estado do Qatar está em condições de oferecer a todos os membros do ‘paddock’ o acesso à vacina contra a covid-19”, lê-se no comunicado da Dorna, empresa promotora do Campeonato do Mundo de velocidade. No mesmo comunicado, a Dorna recorda que a parceria com o Qatar remonta a 2004 e que o país recebe duas rondas do campeonato mais os treinos de pré-temporada, que decorrem até domingo. “Para assegurar a saúde e a segurança de toda a caravana enquanto estão no Qatar e nas suas contínuas viagens pelo mundo esta temporada, o Governo do Estado do Qatar ofereceu acesso às vacinas da covid-19”, explicita ainda o mesmo documento. O Mundial de MotoGP arranca em 28 de março, precisamente naquele Estado dos Emirados Árabes Unidos.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Produtos frescos começam a escassear nos mercados de Díli Reportagem de António Sampaio, da agência Lusa Vários produtos agrícolas, bens alimentares essenciais, estão a começar a escassear nos mercados da capital timorense por dificuldades de fornecimento dada cerca sanitária imposta devido à covid-19, assunto que as autoridades já estão a resolver, segundo um responsável. Vendedores no mercado de Taibessi, um dos maiores da cidade, explicaram à Lusa que há vários produtos, incluindo fruta, alface, tomate e outras verduras e legumes, que já esgotaram ou estão praticamente a esgotar. “Temos poucas coisas para vender e não sabemos quando chegará mais produto”, comentou à Lusa uma das vendedoras em Taibessi, mercado onde já estão em vigor medidas sanitárias adicionais para reforço da segurança de vendedores e compradores. “Quase não está a chegar nada a Díli”, comentou outro vendedor. A imposição da cerca sanitária para conter a propagação da pandemia de covid-19 está a condicionar o funcionamento dos mercados, especialmente de produtos agrícolas, a quase totalidade dos quais são ‘importados’ de outros municípios. Alguns fornecedores ouvidos pela Lusa explicaram que decidiram parar a distribuição, outros estão a ter dificuldade em chegar a Díli com produtos frescos – em parte por causa de dúvidas sobre como solicitar autorização para o fazer, ou as condições em que podem depois regressar aos seus municípios. Pedro Klamar Fuik, vice-responsável da Sala de Situação do Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC), explicou à Lusa que as autoridades têm conhecimento do problema e aprovaram novas regras para permitir que os produtos cheguem, que implicam, na prática, mudança de condutores nas entradas. “Independentemente do cerco que é necessário para prevenir as saídas de prováveis ou possíveis contagiados, já discutimos corredores de abastecimento para Díli de produtos frescos essenciais e autorizados”, disse. “O que decidimos fazer é que os motoristas chegam com os produtos até ao limite da cerca, saem e deixam que outro condutor, que está dentro da cerca, transporte os produtos ao mercado e depois regresse com a viatura descarregada novamente ao limite da cerca”, referiu. Esta medida evita a necessidade de obter autorizações para entrada e saída e garante um fluxo mais regular de produtos frescos, explicou, notando que as autoridades verificarão se, de facto, a carga é essencial. “Algumas pessoas gostam de criar situações e depois trazem uma ou outra coisa essencial, a ‘tapar’ carga que não é essencial. Isso não vai ser permitido”, referiu. “Não basta vir com um molho de hortaliça para que possam passar. Mas os bens frescos são essenciais e estes corredores vão funcionar.” Oficialmente, no mercado de Taibessi, como noutros mercados da cidade, deviam estar a ser aplicadas desde terça-feira um conjunto de medidas e limitações definidas num despacho do ministro da Administração Estatal, Miguel Pereira de Carvalho. Circular no interior dos mercados, por exemplo, exige higienização prévia de mãos, uso de máscara e distanciamento social, algo que hoje estava a ser implementado por efetivos da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL). Ficam igualmente proibidos ajuntamentos de mais de cinco pessoas em qualquer zona dos mercados, incluindo estacionamento e passeios. A realidade, porém, é outra e sem a presença policial, a vida é quase normal, com muita gente sem máscara, aglomerações de muitas pessoas e pouca gente a higienizar as mãos, quer vendedores quer compradores. As diretrizes implicam igualmente uma limitação no horário de funcionamento – que passa a ser entre as 06:30 e as 18:30 – sendo que fora de horas não é permitida a permanência de ninguém no mercado, à exceção de pessoal de segurança. A imposição da segunda parte da medida cria dificuldades para alguns dos vendedores, numa cidade onde a mistura entre local de venda e ‘casa’ é, em vários casos, muito comum. Alguns vendedores construíram ‘barracas’ improvisadas de madeira e chapa onde dormem e outros chegam mesmo a dormir ao lado da fruta e verduras que vendem. Tradicionalmente o mercado nunca está vazio. Além disto, o despacho de Miguel Pereira de Carvalho determina que as regras de segurança sanitária também se aplicam no terminal de ‘microlets’ (autocarros públicos) de Taibessi. Timor-Leste tem atualmente 51 casos activos da covid-19, 24 dos quais foram serem confirmados nos últimos dias em vários focos em Díli. O município de Díli está sob cerca sanitária e em confinamento obrigatório pelo menos até 15 de março, período que pode ser alargado por mais uma semana, segundo a resolução do Governo.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China e UE vão lançar ‘passaportes de vacina’ Muitos viajantes internacionais que planeiam viajar ainda este ano terão de provar que estão vacinados ou livres da Covid-19. A União Europeia e a China informaram que seguiriam em frente com planos para os “passaportes de vacinas”, segundo o Wall Street Journal. A China distribuirá certificados de saúde para viajantes internacionais, os quais declararão o estatuto de vacinação do visado, possibilitando um fluxo seguro de pessoas, segundo o conselheiro de Estado e ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi. Da mesma forma, o executivo da UE pretende apresentar planos para um “passe verde digital” em 17 de Março e cooperar com organizações internacionais para garantir que o seu sistema também funciona fora da União Europeia. Estes “passaportes de vacinação” especificarão se alguém foi vacinado e conterão detalhes dos resultados dos testes. Os líderes da UE esperam que esse programa possa ser executado no prazo de três meses. “O objectivo é capacitá-los gradualmente (cidadãos da UE) a deslocarem-se com segurança na União Europeia ou no exterior – para trabalho ou turismo”, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Lançado certificado digital de vacinação para viajar A China lançou ontem uma aplicação móvel que permite aos seus cidadãos mostrar além-fronteiras os certificados de vacinação anti-covid e os resultados dos testes ao novo coronavírus. Trata-se de um miniprograma que pode ser aberto por meio da aplicação móvel WeChat, usada na China como serviço de mensagens instantâneas e carteira digital. Os utilizadores devem indicar o país que pretendem visitar ou a partir de onde retornam. O programa, denominado “Código de Saúde contra a Epidemia, versão internacional”, ainda não permite a visualização dos resultados da vacinação e está restrito aos cidadãos chineses. No domingo, o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, anunciou que o país asiático vai emitir certificados de saúde para viajantes internacionais, com o objectivo de “facilitar o trânsito seguro e ordenado”. No entanto, não se sabe que países ou territórios vão aceitar este novo certificado digital ou se há alguma negociação em curso com outros governos. O epidemiologista-chefe do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da China, Wu Zunyou, disse recentemente que, caso a China não registe infecções e os Estados Unidos atinjam uma taxa de vacinação de 90 por cento, os dois países poderão retomar as viagens entre si. Caminho estreito A China praticamente fechou as suas fronteiras em 28 de Março do ano passado, mesmo para muitos estrangeiros que têm autorização de residência no país, à medida que a covid-19 se alastrou pelo mundo. Todos os estrangeiros que viajam para a China devem passar por rigorosas medidas de prevenção contra o vírus. Isto inclui um teste de detecção do coronavírus no país de origem, antes de embarcar no avião, e outro logo à chegada. O recém-chegado tem ainda de cumprir um período de quarentena de pelo menos 14 dias num local designado.
Jorge Rodrigues Simão Perspectivas VozesO aquecimento global pré-COVID-19 “Before the COVID-19 pandemic of 2020, emissions of carbon dioxide were rising by about 1% per year over the previous decade, with no growth in 2019. Renewable energy production was expanding rapidly amid plummeting prices, but much of the renewable energy was being deployed alongside fossil energy and did not replace it, while emissions from surface transport continued to rise.” Nature Climate Change volume 10, pages647-653 (2020). Desde pequeno sempre me fiz perguntas que a maioria das pessoas não pensa: como é que o Universo teve origem e como vai acabar, como se formou a vida e será o futuro, até onde iremos? Tenho sido um fã da ficção científica, em particular da que imaginava viagens entre as estrelas e a descoberta de novos mundos. Sou apaixonado pelos problemas do mundo em vez do futebol ou outros desportos, e sonho com um mundo muito diferente do verdadeiro, onde não há guerras, nem fome, nem ultra-ricos o ambiente é respeitado. Ao longo dos anos, fiquei convencido de que, devido à natureza do Homem, estes poderiam estar destinados a permanecer apenas utopias. Na verdade, o Homem sempre foi egoísta e possessivo. Desde muito cedo aprende a dizer: “É meu”. A reacção mais comum das pessoas quando obtêm algo não é a satisfação, mas o desejo de ter ainda mais. E depois a resistência à mudança pois a mente é habitual por natureza e, portanto, a mudança custa energia e esforço, por isso resiste. A mudança significa a quebra de um padrão, de uma forma de ser e de funcionar, agora familiar, para passar para outro completamente novo e estranho. Estas são algumas das razões pelas quais, em vez de ter em conta que existe apenas uma Terra e de fazer investimentos para um futuro melhor, houve uma corrida ao consumismo mais desenfreado, sem considerar os danos para o ambiente e o legado prejudicial deixado às gerações futuras. Mesmo os países são governados por indivíduos que pensam em termos egoístas para o seu país e o povo apoia-os porque o nacionalismo prevalece. O homem é um animal que graças à sua adaptabilidade e capacidade de colaborar, conseguiu prevalecer sobre os outros animais e desenvolver uma inteligência tal que o tornou o senhor absoluto do planeta Terra, explorando plenamente os seus recursos naturais a fim de satisfazer as suas necessidades. Se nas épocas anteriores o impacto humano na natureza tinha sido mínimo, desde a primeira Revolução Industrial, há mais de duzentos anos, com as suas actividades e comportamentos, o Homem modificou profundamente o clima e o ambiente. Nos últimos anos tem havido um animado debate sobre o aquecimento global e as suas causas e efeitos. Actualmente, a grande maioria dos cientistas afirmam e demonstram que o aquecimento global em curso se deve a actividades humanas. Há muito poucos que o negam e que têm interesses económicos e/ou políticos significativos, como o ex-presidente americano Trump, que não desistia mesmo quando confrontado com a evidência dos efeitos nocivos sofridos pelo seu país. Há algumas décadas muito poderia ter sido feito para o evitar, mas, em vez disso, continuou-se sem medo ao longo do caminho do consumismo e do desperdício. Hoje ainda podemos fazer algo, pelo menos para limitar os danos, mas devido aos egoísmos individuais e nacionais não conseguiremos sequer abrandar o ritmo. O aquecimento global poderá tornar-se inevitável e mais acelerado do que pensamos, com as consequentes catástrofes naturais devido a fenómenos cada vez mais extremos, tais como chuvas intensas, furacões e grandes secas que provocarão inundações, destruições, desertificação, incêndios, derretimento do gelo e subida dos mares que farão desaparecer enormes superfícies cultiváveis ou habitadas, perecerão flora e fauna, tanto terrestre como marinha, até chegar a uma nova extinção em massa. Entretanto, haverá migrações de populações inteiras, guerras pela água e pela terra cultivável, mortes, doenças e sofrimento. A única esperança de parar ou pelo menos abrandar o aquecimento global é agir incisivamente “AGORA” a nível global tentando fazer com que as utopias se tornem realidade. O comboio está a partir e para não o perder temos de o apanhar à pressa. Não podemos esperar que a ciência, com os seus desenvolvimentos futuros, encontre uma solução prática para resolver o problema ou que seres extraterrestres venham e nos façam mudar radicalmente o nosso estilo de vida. Também não se pode esperar que a política resolva tudo. Se não fizermos todos um esforço para adoptar um estilo de vida diferente e assumirmos um compromisso político, mesmo apoiando partidos que defendem o Ambiente, será difícil mudar o estado das coisas. Pode-se sempre fazer algo por muito pouco que seja como instalar painéis fotovoltaicos no telhado, cultivar um pedaço de terra com uma horta e pomar, seguir uma dieta principalmente vegetariana nos passos da dieta mediterrânica dos nossos avós, tentar andar a pé ou de bicicleta o máximo possível, mas isto não é suficiente porque são muito pouco a fazer. Os cientistas dizem que ainda temos nove anos até que o processo de aquecimento global se torne irreversível. O que tem sido feito até agora é insuficiente e não será capaz de conter o aumento da temperatura média global. Só se todos remarmos em sincronia conseguiremos conduzir os nossos netos para um futuro onde possam viver em paz e harmonia com a natureza. É de fazer um apelo especial aos jovens em particular, porque são eles que mais sofrerão com as consequências das alterações climáticas. Rebelem-se tomando parte activa na política ou, em todo o caso, dando o seu apoio aos partidos que assumem a responsabilidade pelos problemas ambientais. O aquecimento global é um fenómeno climatológico que tem afectado o nosso planeta desde a segunda metade do século XX, o que implica um aumento da temperatura média da superfície do planeta, incluindo tanto a atmosfera da Terra como as águas dos oceanos, causado pelo efeito de estufa e atribuível à actividade humana. O efeito estufa, como o nome sugere, é comparável ao que acontece numa estufa ou num carro exposto ao sol com as janelas fechadas. O ar no interior é aquecido pelos raios solares enquanto as janelas do carro ou as folhas transparentes da estufa o impedem de irradiar e entrar em contacto com o ar mais frio do exterior, fazendo com que a temperatura interna suba consideravelmente. No caso da Terra, a função do vidro ou da folha transparente é realizada principalmente pelos chamados “gases com efeito de estufa”. Os mais conhecidos e mais utilizados são o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4), enquanto o mais influente é o vapor de água, que é de origem natural. Tal como numa estufa, a Terra aquece mais do que o normal. O aumento das temperaturas médias globais provoca o derretimento dos glaciares e o aumento do nível do mar. O aquecimento climático, contudo, tem efeitos diferentes de região para região e as suas influências locais são muito difíceis de prever. O que é certo, porém, é a natureza extrema dos fenómenos meteorológicos e o seu aumento de frequência. As consequências do aquecimento global são numerosas e aumentam em gravidade à medida que a temperatura média global aumenta como chuvas fortes, furacões, inundações, deslizamentos de terras, seca extrema, desertificação, fome, incêndios, derretimento do gelo, subida dos mares, extinção de espécies, migração de populações inteiras, guerras por causa da água e terras aráveis. Estas catástrofes naturais, no entanto, não atacam de forma homogénea. Um continente pode sofrer de seca extrema, enquanto outro pode sofrer chuvas fortes, inundações ou furacões. A situação actual até ao aparecimento da Covid-19 (Janeiro de 2019) quanto à temperatura atmosférica era de que os últimos quatro anos tinham sido os mais quentes desde 1880, pois a concentração de CO2 na atmosfera foi a mais elevada em oitocentos mil anos (410 partes por milhão) e está a aumentar. O aquecimento global era actualmente cerca de 1 grau acima dos níveis pré-industriais. Isto soa como um não cerebral, mas está longe disso. Mesmo a mais pequena mudança importa e pode trazer mudanças drásticas. O ano de 2018 foi o mais quente desde 1800 para a maioria dos países da Europa do Sul +1,58°C acima da média. Dos trinta anos mais quentes desde 1800, vinte e cinco foram desde 1990. Em vários estados europeus, particularmente na Alemanha, França, Suíça, Áustria, Hungria e Finlândia, 2018 foi também o mais quente registado desde que foram feitas observações, assinalando temperaturas recordes como, por exemplo, na Finlândia, onde as temperaturas de Verão excederam os 30°C. O ano de 2018 foi o ano mais quente de sempre porque, o fenómeno El Niño estava em curso, amplificando eventos climáticos extremos já exacerbados pelas alterações climáticas. Quanto a eventos extremos, 2018 tem até uma dúzia de acontecimentos excepcionais, a começar pelos Furacões Florence e Michael, que foram os mais destrutivos e dispendiosos da história dos Estados Unidos. Os incêndios na Califórnia são também considerados como os mais destrutivos e dispendiosos em termos de vidas na história do estado. No Japão, inundações e deslizamentos de lama causaram duzentos e trinta mortes e destruíram milhares de casas, seguidas por ondas de calor excepcionais, com cento e cinco mortes só em Tóquio. A China também sofreu chuvas torrenciais com mortes e danos consideráveis. Finalmente, a Austrália, Argentina e a área da Cidade do Cabo na África do Sul foram atingidas por uma seca excepcional. A situação para o gelo e glaciares não é certamente melhor pois o gelo da Gronelândia está a derreter mais rapidamente do que o esperado e o fenómeno, que começou em meados do século XIX, é o mais pronunciado em quatrocentos anos. Glaciares de todo o mundo estão a retroceder. Basta pensar no glaciar Marmolada que está a desaparecer, bem como em todos os glaciares Dolomitas e Alpinos cujo recuo não pára, apesar de uma estação de Inverno e Primavera caracterizada por uma boa pluviosidade. As más notícias também vêm de glaciares suíços vizinhos. Entre 1973 e 1985, a superfície dos glaciares suíços permaneceu praticamente inalterada, enquanto de 1985 a 2000 foi reduzida em 18 por cento. No Ticino, entre 1985 e 2009, a superfície dos glaciares foi reduzida em 70 por cento, desaparecendo abaixo de uma altitude de 2100 metros acima do nível do mar. A Antárctida detém 90 por cento das reservas de gelo do planeta e desempenha um papel fundamental no clima da Terra. É daqui que o ciclo começa, o que permite que a temperatura da superfície terrestre permaneça constante e evite o sobreaquecimento. Entre 1992 e 2017, a Antárctida perdeu três triliões de toneladas de gelo. O derretimento do gelo árctico levou a uma subida do nível do mar de cerca de dez milímetros. A emergência dos refugiados climáticos está a tornar-se cada vez mais alarmante, pois estamos a falar de mais de um milhão de pessoas forçadas a abandonar as suas casas devido à erosão e às tempestades causadas pela subida do nível do mar. Este número poderia aumentar significativamente, uma vez que muitas comunidades costeiras recorrem à migração interior como medida preventiva. Está a acontecer na Louisiana, Brasil, Nova Iorque, Austrália, Tailândia, Filipinas e Alasca. Em Veneza, por exemplo, o nível do mar está a subir a um ritmo recorde e “la Serenissima” poderia estar debaixo de água até 2100. Isto é revelado no capítulo dedicado ao clima do volumoso “Relatório Estatístico 2018” divulgado pela Região de Veneto. O nível do mar Adriático em Veneza subiu “significativamente acima da média global” e mesmo “quase o dobro do de Trieste”. A subida do nível do mar causada pelo aquecimento global está a acelerar e, no final do século e cerca de 7 por cento da população mundial poderá terminar submersa, com imensos danos e inconvenientes. O novo alarme, que reforça ainda mais os precedentes sobre o derretimento do gelo, vem de um grupo de investigadores da Universidade de Boulder, no Colorado. Estes cientistas calcularam que o nível médio do mar nos últimos vinte e cinco anos aumentou sete centímetros, e mostraram que a velocidade de crescimento deste nível não é a mesma em cada ano que o anterior (três milímetros por ano), mas é dada pelo anterior adicionando quase um milímetro para cada ano. Por isso, é como se mantivesse o pé no acelerador de um carro cuja velocidade continuaria sempre a aumentar. O texto foi desenvolvido utilizando dados fornecidos desde 1993 até 2018 por vários satélites em órbita da Terra, tais como TOPEX/Poseidon e Jason-1 a 3. O ano de 2018 é também um ano recorde para o aquecimento dos oceanos. De facto, foi o ano mais quente de que há registo, com uma acumulação recorde de calor. A investigação publicada na Nature, utilizou um método novo e mais fiável para calcular os efeitos do aquecimento global nos mares e oceanos e descobriu que os oceanos estão a aquecer muito mais rapidamente do que se pensava anteriormente. Um factor chave que está a exacerbar o aumento das temperaturas, que é o aumento constante dos níveis de vapor de água na atmosfera. A investigação mostra que os seres humanos, com as suas actividades diárias, são largamente responsáveis pela crescente “hidratação” na atmosfera superior. Nos últimos trinta anos, o nível de humidade na troposfera superior (de 4,8 a 11,2 quilómetros), tem tido uma constante tendência ascendente principalmente devido a actividades humanas. A presença de florestas desempenha um papel muito importante na manutenção do equilíbrio do ecossistema. Através do processo de fotossíntese, as plantas removem o dióxido de carbono do ar, libertando oxigénio em seu lugar. Enquanto a destruição das florestas produz enormes quantidades de CO2, o seu crescimento absorve-o, fazendo da sua protecção um dos elementos-chave na luta contra as alterações climáticas, especialmente as tropicais, cujo crescimento ocorre ao longo de todo o ano. Em vez disso, estamos infelizmente a perder treze milhões de hectares de floresta todos os anos. A este ritmo, mais de duzentos e trinta milhões de hectares desaparecerão até 2050. Apesar dos esforços para reduzir a desflorestação tropical, a taxa de perda de árvores quase duplicou ao longo dos últimos cinco anos. A desflorestação acrescentou 7,5 mil milhões de toneladas de dióxido de carbono à atmosfera em 2017, de acordo com estimativas do World Resources Institute (WRI), 50 por cento mais do que as emissões produzidas pelo sector energético dos Estados Unidos. A desertificação, tal como a desflorestação, reduz a capacidade da vegetação para absorver CO2. As causas são múltiplas, devido tanto a causas naturais (aumento das temperaturas, seca, degradação do solo e transporte devido ao efeito de chuvas fortes) como antropogénicas, ou seja, causadas por actividades humanas (uso insustentável de aquíferos, remoção de solos férteis e impermeabilização do solo devido à urbanização, lavra em encostas, etc.). Globalmente, uma área com metade do tamanho da União Europeia (4,18 milhões de quilómetros quadrados) é degradada todos os anos. A África e a Ásia são os continentes mais afectados. Em menos de um século, o número de animais que vivem no nosso planeta diminuiu praticamente para metade. Actualmente, cerca de seiscentas espécies animais estão ameaçadas de extinção do que já é conhecido, como constituindo uma longa lista vermelha com noventa mil entradas. A biodiversidade é um património precioso para a vida na Terra que deve ser preservado a todo o custo. Basta pensar nas preciosas abelhas que polinizam e fertilizam as nossas árvores de fruto. Se, devido ao aquecimento global, se extinguissem, seria extremamente prejudicial para a agricultura, pois não só faltaria mel, mas também fruta, legumes e forragens para animais. Seguir-se-iam grandes fomes, pondo em risco a nossa própria sobrevivência.
João Luz SociedadeCovid-19 | Código Amarelo vale interdição de acesso a vários locais O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus anunciou ontem que quem estiver a cumprir os sete dias de autogestão, obrigatórios após o período de quarentena, fica interdito de entrar em hotéis, centros comerciais, serviços públicos governamentais, edifícios de imigração, instituições médicas e restaurantes. Durante o período de autogestão, quem o cumpre fica com Código de Saúde a amarelo, o que impede o acesso aos espaços indicados. Além disso, as autoridades sanitárias denunciaram ontem que alguns estabelecimentos e instituições “não estão a aplicar de forma rigorosa as medidas anti-epidémicas, nomeadamente a verificação correcta do Código de Saúde e a medição da temperatura corporal”. Sem especificar casos de falta de rigor, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus apelou ao rigor das medidas de controlo em “hotéis, centros comerciais, serviços públicos governamentais, edifícios de imigração, instituições médicas e restaurantes (especialmente com capacidade para 400 pessoas)”. Apesar da situação epidémica em Macau estar estável, sem transmissões comunitárias há quase um ano, as autoridades recordam que a nível mundial o cenário ainda é crítico e que nas regiões vizinhas subsistem casos locais de infecção. Como tal, e para evitar risco de focos de propagação, as autoridades reforçam a necessidade de insistir no “uso de máscaras, lavar as mãos com frequência e manter a distância de um metro”.
Pedro Arede SociedadeCódigo de saúde vai exibir registo de vacinação contra a covid-19 A partir das 11h00 de amanhã o sistema do código de saúde de Macau irá acolher uma nova actualização, passando a permitir que os residentes já ministrados com as duas doses da vacinação contra a covid-19, exibam o respectivo registo. De acordo com um comunicado divulgado na sexta-feira pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, o código de saúde dos residentes que tenham completado as duas doses da vacinação contra a covid-19 será exibido na cor azul, juntamente com uma hiperligação onde se pode ler “Administradas duas doses de vacina covid-19”. Clicando na ligação, será possível aceder à versão electrónica do cartão de vacinação contra a covid-19, com o objectivo de “consultar e apresentar os registos e informações da vacinação”. De acordo com a mais recente actualização da situação da vacinação contra a covid-19, até às 16h00 de sábado já tinham sido vacinadas em Macau com a primeira dose 20.218 pessoas, não tendo havido registo de efeitos adversos nas 24 horas anteriores. O Centro de Coordenação do Novo Tipo de Coronavírus revelou ainda que, desde que foram disponibilizadas as vacinas em Macau foram registados 11 “eventos adversos menores”, tais como dor no local de inoculação, dor de cabeça e febre. Até ao momento, foram feitos 45.245 agendamentos para a vacinação contra a covid-19 no território. Marcação à zona Além do registo de vacinação contra a covid-19, a nova versão do código de saúde de Macau introduz também um modelo de gestão por zonas “caso haja necessidade de iniciar medidas específicas de prevenção”, divididas por “categorias e zonas”. Desta feita, em caso de um eventual surto epidémico em Macau, o código de saúde das pessoas que se encontrem dentro da área afectada será ajustado para a cor vermelha ou amarela, passando a ser impossível editar informações relativas à morada durante esse período. Por isso mesmo, também a partir de amanhã, a nova versão do código de saúde irá exigir aos que declararam um endereço impreciso, para voltarem a preencher o campo “de forma correcta”. O novo preenchimento será exigido, por exemplo, explica o Centro de Coordenação, caso o utilizador ao inserir a morada tenha seleccionado “apenas o nome do conjunto habitacional” onde reside e não o edifício específico.
Pedro Arede Manchete PolíticaFronteiras | Mak Soi Kun quer fim dos testes para quem estiver vacinado contra a covid-19 Numa altura em que a vontade dos residentes para ser vacinados contra a covid-19 é baixa, Mak Soi Kun defende que o Governo deve sondar as autoridades de Guangdong para que deixe de ser obrigatório apresentar o resultado negativo de ácido nucleico entre Macau e Zhuhai Com o objectivo de acelerar a revitalização económica de Macau, Mak Soi Kun entende que o facto de começar a haver cada vez mais pessoas vacinadas contra a covid-19, tanto dentro de portas como no Interior da China, deve motivar a isenção de apresentar um resultado de negativo do teste de ácido nucleico ao cruzar a fronteira entre Macau e Zhuhai. Através de uma interpelação escrita, o deputado argumenta que, a juntar ao facto de, desde quarta-feira, ter deixado de ser obrigatório apresentar um teste à covid-19 para entrar nos casinos de Macau, o mesmo deveria acontecer para quem pretende entrar e sair do território a partir, ou para, Zhuhai. “Com o aumento da população vacinada nos dois territórios e o anúncio de que a entrada nos casinos não depende da apresentação de teste de ácido nucleico (…) Macau deve planear com a maior brevidade possível, as medidas de prevenção adequadas à revitalização da economia de Macau”. Até porque, acrescenta Mak Soi Kun, os residentes “não entendem” a necessidade de apresentar um teste negativo nas fronteiras entre Macau e Zhuhai, considerando que Macau não regista transmissões comunitárias de covid-19 há mais de 337 dias, já se passaram 23 dias sem a detecção de novos casos e para circular entre as outras cidades da Grande Baía já não é obrigatória a apresentação do teste de ácido nucleico. Perante este cenário, o deputado quer saber se, alcançado o nível desejado de imunidade de grupo no território, o Governo está a ponderar dispensar a apresentação de testes nas fronteiras. “Quando o número de pessoas vacinadas atingir um determinado nível, o Governo vai iniciar negociações com as autoridades da província de Guangdong, para que os residentes que já tenham sido vacinados contra a covid-19 sejam dispensados de apresentar um resultado negativo ao teste de ácido nucleico e assim circular livremente entre Zhuhai e Macau?”, questionou Mak Soi Kun. Por escrito, o deputado questiona ainda se o Governo pondera, assim que situação da pandemia seja a ideal, alargar a mesma isenção às outras cidades da Grande Baía, com o objectivo de “revitalizar a economia regional”. Mais de 17 mil vacinados Recorde-se que até às 18h00 da passada quarta-feira tinham sido inoculadas com a primeira dose da vacina contra a covid-19 em Macau, 17.071 pessoas, existindo, no total, 41.110 agendamentos para vacinação. Segundo um comunicado oficial divulgado no mesmo dia, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus deixou um apelo a “todos os residentes” para tomarem a vacina, de modo a protegerem-se e protegerem os membros da sua família, “até criar uma barreira imunológica para proteger a sociedade de Macau”. Recordando que, apesar de “a vontade dos cidadãos de vacinação (…) não ser muito elevada”, os Serviços de Saúde (SS) estão a organizar vários serviços governamentais, escolas, instituições de serviços sociais “para a vacinação colectiva”. De acordo com a mesma fonte, em termos de ocorrências, desde que foram disponibilizadas as vacinas em Macau foram registados nove “eventos adversos menores” tais como dor no local da inoculação, dor de cabeça e febre.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Epidemiologistas da China e EUA pedem cooperação global O principal especialista chinês em doenças respiratórias, Zhong Nanshan, e o especialista em doenças infecciosas dos EUA, Anthony Fauci, pediram solidariedade e cooperação globais na luta contra a COVID-19, numa conversa online organizada pela Universidade de Edimburgo na terça-feira. Os dois acreditam que a cooperação global é fundamental no controle da epidemia. “O novo coronavírus é um inimigo de toda a humanidade”, disse Zhong. “Se o coronavírus ainda se espalha em alguns países individuais, não se pode dizer que a COVID-19 está totalmente controlada em todo o mundo. Se quisermos acabar com esta epidemia, precisamos de adequadas decisões científicas e com base em evidências pelos políticos de cada país. Todos devem fazer o seu melhor. Portanto, precisamos de solidariedade global”, disse Zhong. “Com o desenvolvimento e comercialização de vacinas, levará pelo menos dois a três anos para atingir a imunidade coletiva em todo o mundo”, previu. Os dois concordaram que equilibrar o desenvolvimento económico e a prevenção e controlo da epidemia é um desafio global, e o retorno indevidamente apressado à “vida normal” pode levar a uma reacção da epidemia. “Tivemos sucesso no passado por meio da cooperação global com varíola, poliomielite e sarampo. Não há razão no mundo para que não possamos fazer o mesmo com a COVID-19 por meio de uma combinação de medidas cooperativas de saúde pública e a aplicação da ciência para obter intervenções na forma de vacinas e terapias e outros tipos de intervenções”, assinalou Fauci. “Uma notícia muito boa é que a ciência básica e clínica gerou uma potencial e real solução para o problema”, afirmou. “E isso é no desenvolvimento de vacinas altamente eficazes, não só pelos Estados Unidos, mas também pela China, Rússia, Índia e outros países. Neste momento temos nos Estados Unidos e em outros países vacinas que têm uma alta eficácia e boa segurança.” “Eu sei que não podemos tornar o mundo vacinado num ano, mas espero que suprimamos a dinâmica desse surto a ponto de estar sob um controlo extraordinariamente bom, para darmos alguns passos em direção à normalidade”, disse Fauci.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Vacinação arranca nas Filipinas apesar de dificuldades no abastecimento A campanha de vacinação contra a covid-19 arrancou hoje nas Filipinas, um dos países mais afetados pela pandemia no sudeste da Ásia, apesar das dificuldades de fornecimento. Com mais de 576.000 casos e 12.318 mortes desde o início da pandemia, as Filipinas são o segundo país mais afectado no sudeste da Ásia, depois da Indonésia. O país enfrenta igualmente uma grave crise económica, devido ao confinamento prolongado, que o Presidente, Rodrigo Duterte, prometeu aliviar, quando houver um número substancial de pessoas vacinadas. “A nossa economia está realmente em baixo, por isso quanto mais depressa a vacinação for feita, melhor”, disse Duterte, durante uma conferência de imprensa transmitida pela televisão, no domingo, segundo a agência de notícias Associated Press (AP). Os primeiros a serem vacinados incluem membros do Governo, profissionais de saúde, militares e agentes da polícia, em seis hospitais da capital, em Manila. O país recebeu no domingo 600 mil doses de vacinas do laboratório Sinovac, doadas pela China. Além destas, as Filipinas encomendaram mais 25 milhões de doses do laboratório chinês, ainda sem data prevista de entrega. A chegada ao país das primeiras 525.600 doses da vacina da AstraZeneca, inicialmente prevista para hoje, foi adiada uma semana, informou o secretário da Saúde, Francisco Duque III. A doação da China representa uma pequena fração do total de 148 milhões de doses que o Governo tem estado a negociar para vacinar a população, de 70 milhões de pessoas. O Presidente foi alvo de críticas pelo atraso no início da vacinação, mas Duterte acusou os países mais ricos de açambarcarem grandes quantidades, prejudicando o acesso às vacinas dos países mais pobres. Além dos problemas de fornecimento, o país enfrenta o ceticismo da população em relação à vacina chinesa, com menos eficácia, quando comparada com outras disponíveis. O responsável governamental pela aquisição de vacinas, Carlito Galvez Jr, foi hoje vacinado para dar o exemplo, no Hospital Geral de Manila. “Não devemos esperar pela dita melhor vacina. Não há uma vacina melhor, porque as melhores vacinas são as efectivas e eficientes que chegam cedo”, disse.