Turismo | Número de visitantes sobe 21,6% em Maio

Macau recebeu em Maio mais de 2,69 milhões de visitantes, 21,6 por cento acima do que no mesmo mês de 2023 e um valor que representa 79,3 por cento do registado antes do início da pandemia de covid-19

 

Durante o mês passado, Macau foi visitado por mais de 2,69 milhões de turistas, total que representou um aumento anual de 21,6 por cento e que atingiu 79,3 por cento do registo antes da pandemia ter interrompido os fluxos fronteiriços, paralisando a indústria do turismo.

Mais de metade dos visitantes (1,43 milhões) chegaram em excursões organizadas e passaram menos de um dia em Macau, de acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

O mês de Maio incluiu um período de feriados relativos ao Dia do Trabalhador no Interior da China o primeiro destino de origem para o turismo de Macau, durante o qual a cidade recebeu quase 604.400 visitantes. Tendo em conta o mês inteiro, os turistas chineses ultrapassaram os 1,85 milhões, uma subida em termos anuais de 25,9 por cento, mais de metade oriundos das nove cidades do Delta do Rio das Pérolas da Grande Baía, com quase 933 mil visitantes (mais 30,3 por cento, em termos anuais).

A partir de 27 de Maio, os residentes de mais oito cidades da China continental – todas capitais de províncias ou regiões autónomas – passaram a poder pedir um visto individual para visitar Macau, em vez de serem obrigados a viajar em excursões organizadas.

Os dados oficiais mostram ainda que 90,6 por cento dos turistas que entraram em Macau vieram do Interior da China ou Hong Kong.

Menos de um quarto

No mês passado, o número de turistas internacionais foi de quase 185 mil, total que representou uma subida anual de 74,4 por cento para um nível que ficou a 61,3 por cento do registo de Maio de 2019. Quase 50 mil vieram de dois dos países de origem das mais representativas comunidades de imigrantes que residem em Macau. Da Indonésia, chegaram mais de 14,5 mil visitantes. Já as entradas de nacionais das Filipinas, ascenderam a 35.852 pessoas.

Um dos mercados que mais contribui para a contabilidade de turistas internacionais continua a ser a Coreia do Sul, com 34 mil visitantes no mês passado, fasquia que ainda assim ficou a 51,7 por cento do registo de Maio de 2019. Do Japão, chegaram quase 10 mil turistas, total que ficou a 29,4 por cento do registo do mês homólogo de 2019.

Em relação aos visitantes de longa distância, o número de entradas de visitantes dos Estados Unidos da América (10.027) equivaleu a 58,9 por cento do número de Maio de 2019.

Em 4 de Junho, a directora dos Serviços de Turismo de Macau, a Helena de Senna Fernandes, disse que iria usar a nomeação da região como Cidade Cultural da Ásia Oriental 2025 “para promover Macau junto de uma audiência mais alargada”.

Nos primeiros cinco meses de 2024, Macau recebeu quase 14,2 milhões de visitantes, mais 50,2 por cento do que em igual período do ano passado e 17,6 por cento menos do que entre Janeiro e Maio de 2019.

23 Jun 2024

Turismo | Estudo defende controlo de preços pelo Governo

Um estudo que analisa comportamentos de consumo dos turistas, tendo como exemplo as Ruínas de São Paulo, defende que os preços praticados em Macau podem tornar-se pouco vantajosos para os turistas chineses, pelo que é fundamental o Governo “estabelecer preços razoáveis” para estimular o consumo

 

Controlar os preços do turismo para que o consumo dos visitantes, sobretudo os oriundos da China, permaneça elevado deve fazer parte dos planos do Governo para os próximos tempos. A conclusão é do trabalho académico “Estudo Empírico sobre as Intenções de Consumo dos Turistas de Macau com base na regressão linear múltipla: O exemplo das Ruínas de São Paulo”, da autoria de Jiayang Cui, académico da Universidade Politécnica de Macau, com mestrado na área da ciência financeira. O artigo foi publicado recentemente na revista académica “SHS Web of Conferences”.

O artigo aponta que “para os residentes do continente os preços elevados de Macau podem constituir uma desvantagem”, tendo em conta que a “economia turística [do território] está a desenvolver-se muito rapidamente e os preços estão a subir”.

Assim, “se as condições forem as mesmas, quanto mais elevado for o preço de bens e serviços, menor será a procura por parte dos clientes”.

O trabalho acrescenta ainda que “quanto mais os preços de bens e serviços das atracções forem superiores aos preços médios locais, no mesmo período, maior será o efeito em termos de desincentivos”, pelo que “o controlo dos preços pelo Governo é fundamental”.

O autor tentou perceber o impacto de seis critérios no consumo de turistas tendo como base as Ruínas de São Paulo, nomeadamente a construção de infra-estruturas, serviços de transporte público, marketing, supervisão turística, nível de confiança e disposição dos visitantes para gastar dinheiro no local que visitam.

Conclui-se, assim, que “quando os turistas visitam as Ruínas de S. Paulo, as infra-estruturas, transportes públicos, serviços de mercado e a confiança dos turistas na atracção têm um impacto positivo significativo nas decisões de compra, enquanto os serviços turísticos locais”, nomeadamente a supervisão governamental, “não têm um impacto significativo na decisão de compra”.

Confiança é tudo

O estudo de Jiayang Cui denota também que “a construção de infra-estruturas tem um impacto positivo na intenção de consumo”, sendo que o papel cabe, novamente, ao Executivo, que deve “tomar medidas adequadas” de fomento ao consumo, criando “instalações públicas e prestando serviços à sociedade através da afectação racional de recursos”.

Também o grau de qualidade dos transportes públicos influencia a predisposição para gastar, pois “quanto mais conveniente for o transporte público para as Ruínas de S. Paulo, mais os turistas cultivarão o sentimento de consumo” neste local.

A única variável que não tem influência nos gastos dos turismos é a supervisão turística, pois raramente são “influenciados nas decisões de despesas pelo controlo governamental da qualidade e dos preços [do turismo], ou pelo mecanismo de reclamações”.

Mostra-se, assim, que “os serviços reguladores do turismo não têm grande influência” nos gastos dos turistas. Na sua grande maioria, estes visitam as Ruínas de São Paulo para “experimentar a gastronomia local e compreender o contexto histórico” deste monumento.

Destaca-se ainda neste trabalho a importância da confiança gerada no turista construída, por exemplo, com a informação que recebe em diversas campanhas publicitárias divulgadas nas redes sociais. Nelas são apresentadas “as famosas atracções de São Paulo” e as “especialidades, como a carne seca e os pãezinhos com carne de porco”, algo que “não difere daquilo que os clientes vêem nas visitas ao local”.

20 Jun 2024

Turismo | Macau entre as 13 regiões do mundo com mais receitas

No ano passado, Macau foi a região da China que mais dinheiro gerou com a indústria do turismo. A nível mundial, a RAEM ficou em 13.º lugar, amealhando 32,6 mil milhões de dólares, superando receitas de países como México e Índia, segundo dados da Organização Mundial de Turismo

 

Em 2023, Macau registou receitas no sector do turismo de 32,6 mil milhões de dólares, e foi a 13.ª região do mundo que mais facturou no ano passado, de acordo com os dados da Organização Mundial de Turismo, uma agência que pertence ao universo institucional das Nações Unidas.

Segundo avançou ontem a TDM – Rádio Macau, as receitas turísticas da RAEM do ano passado fizeram que com que fosse a região da China mais lucrativa e onde os turistas gastaram mais dinheiro, ultrapassando o México e Índia no top 15 dos países e regiões com mais receitas turísticas.

O registo do ano passado contrasta, naturalmente, com o de 2022, quando Macau ainda estava isolada do mundo devido às restrições impostas pelo combate à covid-19. Portanto, não é de estranhar que em 2023, as receitas do turismo de Macau tenham aumentado 275 por cento face ao ano transacto.

Em primeiro lugar ficaram os Estados Unidos, com receitas de 175,9 mil milhões de dólares. O pódio foi completado com a Espanha, em segundo lugar (92 mil milhões de dólares), e o Reino Unido em terceiro (73,9 mil milhões de dólares). A França ficou em quarto lugar, com receitas de 68,6 mil milhões de dólares e Itália em quinto com 55,9 mil milhões de dólares.

A restante lista de países com receitas superiores a Macau incluiu os Emirados Árabes Unidos, Turquia, Austrália, Canadá, Japão, Alemanha e Arábia Saudita.

Gastos e chegadas

Em relação aos países de origem de turistas, a Organização Mundial de Turismo coloca no topo da lista a República Popular da China, com gastos de 197,7 mil milhões de dólares no ano passado, superando os turistas norte-americanos (123,2 mil milhões de dólares).

Quanto aos países e regiões mais visitados, a França consolidou a sua posição enquanto destino mais popular em 2023, com a chegada de cerca de 100 milhões de turistas internacionais. A Espanha ficou em segundo lugar com 85 milhões, seguida dos Estados Unidos (66 milhões), a Itália (57 milhões) e Turquia (55 milhões). O top 10 da Organização Mundial de Turismo fica completo com México, Reino Unido, Alemanha, Grécia e Austrália.

A Organização Mundial de Turismo salienta ainda que o total de receitas de exportação do turismo internacional, incluindo receitas e transporte de passageiros, atingiu um valor estimado de 1,7 biliões de dólares em 2023, montante que quase duplicou o registo do ano anterior.

14 Jun 2024

Turismo | Hotéis com 1,15 milhões de hóspedes em Abril

Os hotéis de Macau receberam mais de 1,15 milhões de hóspedes em Abril, uma subida de 5,6 por cento em termos anuais, foi ontem anunciado.

No mês em análise, o território contava com 143 estabelecimentos hoteleiros, mais 13 do que no mesmo período do ano passado, a disponibilizar 47 mil quartos, de acordo com um comunicado da Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Em Abril, a taxa de ocupação média dos quartos de hóspedes dos estabelecimentos hoteleiros fixou-se em 83,3 por cento, subindo quatro pontos percentuais, em termos anuais, indicou a DSEC na mesma nota.

Do total de 1.159.000 hóspedes, 823 mil chegaram da China continental, ou mais 11,8 por cento, em termos anuais, enquanto os de Taiwan (34 mil) e da Coreia do Sul (24 mil) subiram 96,1 por cento e 245,2 por cento, respetivamente. Já o número de hóspedes de Hong Kong (165 mil) registou uma queda de 35 por cento.

Já nos quatro primeiros meses de 2024, a taxa de ocupação média dos quartos dos hotéis foi de 84,5 por cento, representando mais 8,4 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado.

Nessa altura, os estabelecimentos hoteleiros hospedaram cerca de 4,93 milhões de pessoas, mais 29,8 por cento, face a idêntico período de 2023. O território recebeu 11,47 milhões de visitantes entre Janeiro e Abril deste ano, uma subida de 58,9 por cento em termos anuais, segundo dados da DSEC.

28 Mai 2024

ONU | Macau em conferência de turismo em Bali

A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) participou, entre os dias 2 e 4 de Maio, na 2ª Conferência Regional da ONU [Organização das Nações Unidas] Turismo sobre o Empoderamento das Mulheres no Turismo na Ásia e no Pacífico, que decorreu em Bali, na Indonésia.

Segundo um comunicado da DST, o evento contou com a presença de Helena de Senna Fernandes como oradora no painel “Turismo Sustentável e Inclusivo: Discutir o papel das mulheres na promoção do turismo sustentável”.

Na sessão, a responsável destacou que nos serviços que dirige “a maioria dos colegas do departamento de promoção são mulheres”, além de que “Governo e empresas de Macau possuem líderes influentes do sexo feminino”.

A responsável não esqueceu os “desafios” que as mulheres enfrentam por acumularem a vida profissional e tarefas de cuidadoras da família. “De modo geral, no sector do turismo em Macau não se faz distinção entre sexos, sendo uma área atractiva para as mulheres”, frisou. Macau tornou-se membro associado da ONU Turismo em 1981.

8 Mai 2024

Turismo | Europa quer promoção de Macau com outros destinos

A Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos defendeu que a promoção de Macau como destino deve incluir outras paragens, como a China, onde a obrigatoriedade de visto ainda “é um obstáculo”

 

“Quando falamos sobre como promover um destino como Macau, vemos que é necessário combiná-lo, por exemplo, com a China continental e com Hong Kong, porque quando as pessoas fazem 12 horas de voo, não vão apenas por alguns dias”, disse à Lusa a vice-presidente da Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos (ECTAA), Heli Mäki-Fränti, que participa na 12.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau (MITE).

A ECTAA escolheu Macau como destino preferido para 2025, e é no território que vai ser organizado para o ano o congresso da confederação. É a segunda vez que o encontro se realiza fora da Europa, após Kuala Lumpur, na Malásia, e acontece “por iniciativa” da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), também membro da ECTAA, declarou à Lusa a responsável finlandesa.

Ser apenas a segunda vez é “de grande importância para Macau”, assumiu o presidente da APAVT.

“É uma oportunidade muito grande. Sabemos que temos de dar tempo ao tempo, que os mercados emissores europeus têm ainda alguma importância secundária, sobretudo junto da China enquanto destino turístico, mas sabemos também que isto é todo um caminho e estamos a realizá-lo”, referiu Pedro Costa Ferreira.

Após a pandemia da covid-19 e a abertura da China, que adoptou uma rigorosa política de controlo fronteiriço, o país asiático “está a tornar-se popular novamente”, acrescentou Heli Mäki-Fränti. Porém, referiu a obrigatoriedade dos cidadãos de alguns países, incluindo a Finlândia e Portugal, terem de solicitar visto para entrarem na China “é um obstáculo”, principalmente quando se fala em viagens em grupo.

Já o presidente da APAVT, para quem a isenção de vistos é “um facilitador tremendo”, que provoca “sempre um aumento e um incremento dos fluxos turísticos”, expressou satisfação por o ministro da Economia ter incluído o tema na agenda na recente deslocação a Macau.

Vindos de fora

O ministro da Economia português, Pedro Reis, disse na segunda-feira que Portugal gostaria de ser englobado no grupo de países beneficiários da isenção de visto para entrar na China e que a vontade já foi comunicada a Pequim.

O Governo chinês alargou em Março a política de isenção de vistos para estadias de até 15 dias a seis países europeus — Suíça, Irlanda, Hungria, Áustria, Bélgica e Luxemburgo —, depois de ter inicialmente adoptado a medida para Alemanha, Espanha, França, Itália e Países Baixos, no final do ano passado.

A vinda de turistas internacionais insere-se na política de Macau de diversificar a origem dos visitantes no território, na grande maioria provenientes do interior da China.

Em 2019, antes da pandemia, o número de turistas internacionais rondava os três milhões, de um total de quase 40 milhões de entradas, declarou na MITE a directora dos Serviços de Turismo de Macau em resposta à Lusa.

Ainda de acordo com Helena de Senna Fernandes, em 2023, o número alcançou à volta de 1,5 milhões de visitantes e, este ano, o objectivo delineado é “ir além de dois milhões”, sendo que, no primeiro trimestre, entraram na cidade cerca de 580 mil.

A directora disse ainda que Macau está a procurar intensificar a colaboração com “diferentes companhias aéreas internacionais” e que a ligação entre Macau e Istambul, na Turquia, que diz estar nos planos do território, pode ajudar a engrossar os números. No entanto, há que continuar a trabalhar com Hong Kong e “utilizar os recursos da Grande Baía para assim trazer mais visitantes internacionais para Macau”.

29 Abr 2024

Turismo | Mais de um milhão de visitantes nos feriados

Mais de um milhão de visitantes entraram em Macau durante os feriados da Páscoa e do Ching Ming, entre 29 de Março e ontem, informaram as autoridades. Com 1.051.826 de visitantes no total, Macau registou uma média diária de mais de 95.600 entradas em 11 dias.

O número total de entradas e saídas de visitantes nos postos fronteiriços foi de 2.125.514, tendo o posto fronteiriço das Portas do Cerco, no norte do território, registado o maior número: 788.724, de acordo com um comunicado do Corpo de Polícia de Segurança Pública. No Interior, as viagens e os gastos durante o feriado do Ching Ming aumentaram mais de 10 por cento em relação aos níveis anteriores à pandemia da covid-19, disseram as autoridades chinesas.

Mais de 119 milhões de viagens domésticas foram registadas durante o feriado de três dias, terminado no sábado, marcando um aumento de 11,5 por cento em comparação com o período homólogo de 2019, de acordo com o Ministério da Cultura e Turismo da China. A receita das viagens domésticas totalizou 53,95 mil milhões de yuan, um aumento de 12,7 por cento, em relação a 2019, o último ano antes da pandemia, disse o Ministério.

10 Abr 2024

Turismo | Lei para combater excursões de baixo custo

O Conselho Executivo apresentou na sexta-feira a proposta de lei que irá regular a actividade das agências de viagens e da profissão de guia turístico.

O diploma que será submetido à Assembleia Legislativa proíbe que grupos turísticos que visitam Macau o façam sem acompanhamento de guias turísticos locais. A proposta de lei proíbe também as “agências receptoras de cobrar preços inferiores ao custo”.

Está também prevista a possibilidade de contratar guias não-residentes, “com prazo fixo”, que “possuam as qualificações adequadas para o exercício da profissão de guia turístico, em situações de inexistência de guias locais fluentes numa determinada língua estrangeira”.

Vão deixar ainda de ser “emitidos ou renovados cartões de transferista após a entrada em vigor da proposta de lei, as pessoas que sejam portadores de cartão de transferista válido, podem requerer a emissão de cartão de guia desde que concluam, com aproveitamento, o curso de guia ministrado pelo Instituto de Formação Turística de Macau”.

25 Mar 2024

Turistas | Quase 3,3 milhões em Fevereiro, apenas 5,3% de estrangeiros

No mês passado, entraram em Macau 3.293.564 turistas, total que representou quase o dobro em relação a Fevereiro de 2023, com uma subida de 106,7 por cento. Face ao período pré-pandemia, a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) aponta que o registo do mês passado ficou a 92,9 por cento do volume de entradas de turistas em Fevereiro de 2019, e mais 15,1 por cento face a Janeiro deste ano.

A maior diferença sentiu-se ao nível dos excursionistas (1.867.660), que registaram um aumento anual de 148,9 por cento, enquanto os turistas aumentaram 69,1 por cento para um total de 1.425.904.

Apesar do crescimento do volume de turistas, o período médio de permanência diminuiu 0,2 dias para 1,1 dias, face a Fevereiro de 2023, diferença que a DSEC atribuiu ao decréscimo da proporção de excursionistas em relação ao total de visitantes ter subido ligeiramente. Os excursionistas ficam em Macau, em média, 0,3 dias.

Em termos de origem, entraram em Macau em Fevereiro 176.192 turistas internacionais, volume que a DSEC assinala como “uma recuperação de 71,6 por cento do número registado em Fevereiro de 2019”. Porém, no plano global, os turistas internacionais foram apenas 5,3 por cento de todos os visitantes. Destes, os países de origem com mais entradas ao nível do Sudeste Asiático foram as Filipinas (39.837) e Indonésia (12.471), duas das maiores comunidades que residem e trabalham na RAEM.

Em relação ao Nordeste Asiático, os países mais representativos foram a Coreia do Sul (41.844 turistas) e o Japão (11.442 turistas), seguido dos Estados Unidos (9.903 turistas).

21 Mar 2024

Cruzeiros | DST dá boas-vindas a visitantes internacionais

Para dar as boas-vindas a Macau a visitantes internacionais de cruzeiro, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) realizou ontem uma cerimónia no Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior, que contou com a presença do subdirector da DST, Cheng Wai Tong. A comitiva de boas-vindas recebeu “perto de 90 visitantes internacionais de cruzeiro participam em excursões a Macau”.

A operação de charme faz parte dos “esforços em várias frentes para abrir novos mercados de turismo, incluindo mediante o lançamento de medidas de incentivo direccionadas aos visitantes internacionais de cruzeiros com potencial de consumo atracados no terminal de Hong Kong, para visitarem Macau em excursões”. A DST pretende também impulsionar a diversificação das fontes de visitantes e expandir o mercado internacional, assim como promover o desenvolvimento do turismo de ligação entre Hong Kong e Macau.

O Governo ofereceu algumas lembranças aos turistas oriundos de países como “Estados Unidos da América, Suíça, Canadá, Austrália, Inglaterra, Turquia e Laos”, antes de visitarem em excursão o Centro Histórico de Macau, o Museu de Macau, a Torre de Macau e as instalações dos grandes resorts.

11 Mar 2024

DST | Esperada entrada de 33 milhões de turistas

Até ao final do ano, o território deverá receber cerca de 33 milhões de turistas, de acordo com as previsões da Direcção dos Serviços de Turismo. A estimativa foi apresentada ontem por Maria Helena de Senna Fernandes, directora dos serviços, à margem da conferência de imprensa para apresentar a parada de celebração do Ano Novo Lunar, de acordo com o jornal Ou Mun.

Segundo a responsável, no ano passado o número foi de 28 milhões de turistas, o que representa uma recuperação para 72 por cento face a 2019, o último ano antes da pandemia. Porém, como nos primeiros dias do ano corrente a média diária de turistas tem rondado os 80 mil visitantes, e ficado acima de 100 mil visitantes diários ao fim-de-semana, a responsável acredita que se pode chegar à fasquia dos 33 milhões de turistas.

Com a recuperação do mercado do turismo em curso, Maria Helena de Senna Fernandes reconhece que é necessária uma nova abordagem, com o objectivo de atrair um turismo com maior qualidade, que passa pela vontade de atrair mais turistas internacionais. Neste sentido, o Governo vai financiar parte dos bilhetes dos turistas, ao pagar às companhias aéreas.

Além disso, até Junho, a DST vai organizar eventos para promover o território junto de países do sudeste asiático, como na Tailândia ou Malásia. Ao mesmo tempo, vai haver uma maior aposta da promoção em Hong Kong, cidade através do qual chegam vários visitantes internacionais a Macau. Finalmente, na segunda metade do ano a aposta para a promoção voltar a ser o Interior.

19 Jan 2024

Autocarros | Bilhetes gratuitos para turistas

A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) lançou esta segunda-feira uma oferta especial de bilhetes gratuitos para o serviço de autocarros directos do Aeroporto Internacional de Hong Kong para Macau.

O objectivo é, segundo um comunicado, “encorajar os visitantes internacionais e de Taiwan a estenderem o seu itinerário a Macau, impulsionando o desenvolvimento do turismo de ligação Hong Kong-Macau”. Pretende-se ainda dar “mais um passo para expandir as fontes de visitantes internacionais”.

Depois de chegarem ao aeroporto de Hong Kong, os visitantes elegíveis devem dirigir-se ao balcão do serviço de autocarros directos, mostrar os documentos de viagem e cartão de embarque e fazer o registo de informações, a fim de obter o bilhete. O número de vezes que os visitantes podem usufruir da oferta especial é ilimitado. A oferta tem, no entanto, limite do número de usufruidores, sendo distribuída com prioridade de chegada.

3 Jan 2024

Natal | Recebidos mais de 679,5 mil turistas

Só no sábado, a cidade acolheu 133.603 visitantes, embora a média diária entre 20 de Dezembro e terça-feira, dia 26, tenha sido de 97 mil turistas. As Portas do Cerco foram o principal ponto de entrada

Macau recebeu quase 679.600 turistas na época de Natal, entre o aniversário do estabelecimento da RAEM, a 20 de Dezembro, e terça-feira, dez vezes mais do que em igual período de 2022. Os dados oficiais foram divulgados ontem, e a comparação é feita com um período em que ainda vigorava as restrições de circulação e era exigida quarentena a quem vinha de fora.

De acordo com a Polícia de Segurança Pública (PSP), a cidade acolheu perto de 93 mil visitantes na terça-feira, elevando o número total para 679.584 no espaço de sete dias.

Um valor mais de dez vezes maior do que o registado no Natal de 2022 (65.138), altura em que tanto Macau como o Interior – o principal mercado de origem dos turistas que visitam a cidade – ainda impunham restrições às viagens devido à pandemia da covid-19.

O pico foi sentido no sábado, dia em que Macau acolheu 133.603 visitantes, tendo a cidade registado uma média diária de cerca de 97 mil turistas neste período.

Durante a chamada Semana Dourada do Dia da China, 01 de Outubro, um dos picos turísticos do país, a cidade recebeu em média 116.546 turistas por dia. Isto apesar de nem o solstício de Inverno (22 de Dezembro) nem o dia de Natal serem feriados no Interior. Só na vizinha região de Hong Kong, a segunda principal fonte dos visitantes de Macau, é que 25 e 26 de Dezembro são feriados.

Correrias nas portas

Os dados divulgados pela PSP não indicaram a origem dos turistas, mas referiram que quase dois terços entraram ou pelas Portas do Cerco (33,2 por cento), a principal fronteira com o Interior, ou pela Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau (29,8 por cento).

Aliás, a ponte de 55,5 quilómetros, inaugurada em Outubro de 2018, registou na segunda-feira a passagem de mais de 16 mil veículos no terminal de Zhuhai, um novo recorde máximo, de acordo com o portal de notícias estatal China Media Group.

Entre Janeiro e Novembro deste ano chegaram a Macau 25,3 milhões de visitantes, quase cinco vezes mais do que em igual período do ano passado, de acordo com dados oficiais divulgados na semana passada.

O secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, disse a 10 de Dezembro esperar que Macau termine o ano com 28 milhões de turistas, um valor que seria cinco vezes maior do que 2022 e cerca de 71 por cento do registado em 2019 (39,6 milhões), antes do início da pandemia.

Ocupação de 90,8%

Dados da Direcção dos Serviços de Turismo (DST) revelam que entre os dias 23 e 26 de Dezembro, ou seja, no período de férias de Natal, registou-se uma taxa de ocupação hoteleira na ordem dos 90,8 por cento, um aumento de 2,7 por cento face à média de ocupação registada em Novembro, na ordem dos 88,1 por cento.

De frisar que estes são dados preliminares. Enquanto isso, Macau recebeu nestes dias cerca de 114 mil pessoas por dia, mais de 456 mil visitantes, o que representa um aumento de 1,3 por cento face ao período homólogo de 2019. Segundo a DST, “os resultados mostram que o número de visitantes durante os feriados ultrapassou o período pré-pandémico, assinalando uma retoma do turismo satisfatória”, continuando-se “a registar uma tendência de crescimento contínuo”.

Tendo em conta a chegada do Ano Novo e do Ano Novo Chinês, no início do próximo ano, a DST promete continuar a “cooperar com outros serviços públicos, operadores turísticos, empresas e associações para melhorar os produtos turísticos e elevar a qualidade dos serviços prestados”. Promete-se ainda fomentar o conceito de “Turismo +” em parceria com outros sectores económicos, a fim de “promover a diversificação, inovação e desenvolvimento sustentável da indústria turística de Macau”.

28 Dez 2023

Turismo | Mais de 2,75 milhões de visitantes em Outubro

Durante o passado mês de Outubro entraram em Macau 2.757.308 visitantes, o que representou um crescimento de 375,1 por cento em termos anuais e 19,8 por cento face a Setembro, anunciou ontem a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Entre as pessoas que escolheram Macau como destino turístico em Outubro, a maioria foram excursionistas (mais de 1,45 milhões), face aos turistas que representaram mais 1,3 milhões de entradas no território.

Em termos de origens de visitantes, os do Interior da China fixaram-se em 1.949.510 (+275,7 por cento, em termos anuais), dos quais 1.009.269 tinham visto individual, mais 399,2 por cento. O número de visitantes vindos das nove cidades da Grande Baía totalizou 951.079, mais 204,9 por cento, em termos anuais. Destaca-se que 26,2 por cento eram originários de Zhuhai (248.712) e que 21,5 por cento de Guangzhou (204.644).

Além destes, os números de visitantes de Hong Kong ultrapassaram 592 mil, e de Taiwan vieram mais de 53,5 mil turistas. O período médio de permanência foi de 1,2 dias, menos 0,6 dias, face a Outubro de 2022. Os Serviços de Estatística e Censos salientam que o período médio de permanência dos turistas (2,3 dias) baixou 0,9 dias, porém, o dos excursionistas (0,3 dias) aumentou 0,1 dias.

21 Nov 2023

Turismo | Paula Machado lamenta fecho do Centro de Promoção e Informação em Lisboa

Após 16 anos de trabalho, o Centro de Promoção e Informação Turística de Macau em Portugal vai fechar as portas, deixando quem lá trabalha numa “situação de fragilidade”, segundo a ex-directora. Paula Machado ficou triste com o encerramento e, apesar da frustração pelo que ficou por fazer, sente-se “grata” à RAEM pela oportunidade

 

O fim do Centro de Promoção e Informação Turística de Macau em Portugal deixa a sua directora, Paula Machado, envolta num misto de sentimentos. “Não sei que razões levaram o Executivo da RAEM a encerrar o Centro, por isso não posso fazer comentários. Fico triste porque trabalhei muito aqui na promoção de Macau e tínhamos muitos projectos que, se não tivesse sido a pandemia, iriam dar muita visibilidade ao mercado. Custa-me um bocadinho aceitar que, numa fase como a da pandemia, esta decisão tenha sido tomada”, disse ao HM.

No entanto, a directora confessa sentir “uma gratidão profunda pela oportunidade” concedida, uma vez que trabalhou para a Administração de Macau nos últimos 26 anos. “Entristece-me que os meus colegas estejam numa situação de fragilidade, mas temos de aceitar. Tínhamos um calendário de eventos espectacular para 2020 e esta pandemia levou-nos a tudo isto”, frisou. Alguns destes eventos passavam pela representação do Turismo de Macau no festival Rock in Rio ou na Feira de Turismo de Lisboa (BTL), mas estes eventos acabaram por ser cancelados.

A responsável defende também que este encerramento “é o quebrar de um laço”, uma vez que o trabalho desenvolvido em Lisboa “é muito reconhecido no mercado”. “Alcançamos uma imagem tão privilegiada e forte no mercado que tenho pena”.

“Um trabalho excepcional”

O HM enviou no passado dia 18 de Junho questões à Direcção dos Serviços de Turismo (DST) para saber mais detalhes sobre a situação profissional destes trabalhadores ou se o Centro poderá ser Integrado na Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa. No entanto, até ao fecho desta edição, não foram obtidas respostas.

Para Paula Machado, “as únicas formas que existem de representação do turismo são através de uma entidade pública, como é o caso da Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa, e da Delegação de Pequim, onde a área do turismo está integrada, ou uma empresa escolhida por um concurso internacional que faz essa representação, que é o modelo escolhido pela DST para os restantes escritórios no mundo.”

Em jeito de balanço, Paula Machado adianta que foi feito “um trabalho excepcional”. “Não poderia ter feito mais do que fiz, pois trabalhei muito. 2019 foi um ano com grande visibilidade no mercado, porque foram os 20 anos da RAEM, e com uma equipa tão pequena fizemos um trabalho excepcional.”

Dentro do centro havia também muito a organizar. “A livraria estava completamente caótica. Em três anos consegui organizar todos os inventários, fizemos uma base de dados com os livros que estavam a mais, organizamos um armazém com todos os livros organizados por ordem alfabética.” “Achava que havia condições para fazer muito mais e melhor, mas temos de aceitar”, rematou.

No passado dia 16, Helena de Senna Fernandes, directora da DST, referiu que o centro fecha portas “tendo em conta a racionalização de quadros e simplificação administrativa”. O Centro de Promoção e Informação Turística de Macau em Portugal é um projecto do Governo de Macau “cuja intenção original foi estabelecida para o curto prazo, mas que foi prolongada por muitos anos”, afirmou à Lusa.

28 Jun 2021

Governo contrata guias turísticos

[dropcap]C[/dropcap]om a diminuição das excursões a Macau, a directora dos Serviços de Turismo (DST), Maria Helena de Senna Fernandes, reconheceu que há guias turísticos a serem contratados para levar visitantes a outras zonas na cidade.

De acordo com o panorama pintado pela directora, esta hipótese era impossível de realizar anteriormente devido à elevada carga dos turistas, porém com a instabilidade social vivida em Hong Kong houve uma redução neste tipo de viagens a Macau.

Assim, há recursos para que os profissionais do sector possam desempenhar funções. Em relação a outros apoios ao sector, os Serviços de Turismo dizem ir manter-se em comunicação, mas não anunciaram qualquer tipo de apoio financeiro directo.

15 Jan 2020

Taxa turística | Analistas defendem estratégia clara por parte do Governo

Glenn Mccartney, académico na área do jogo, e o economista Albano Martins defendem que o Governo deve ser claro no que diz respeito à taxa turística, com um conjunto de medidas viáveis. O professor da Universidade de Macau diz que há mais formas de controlar o número de turistas

 
[dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Turismo (DST) publicou na passada semana os resultados de um questionário feito a residentes, turistas e operadores de turismo quanto à possibilidade de se cobrar uma taxa turística. Os resultados revelam que a maior parte dos operadores de turismo está contra esta medida, enquanto os residentes estão esmagadoramente a favor.
Analistas ouvidos pelo HM defendem que o Governo deve ser claro na estratégia que pretende com a criação de uma taxa deste género. “Antes de avançar com tal medida, o Governo deve pensar bem primeiro”, disse o economista Albano Martins.
“Resolver o que pretende com uma taxa turística é o mesmo que tentar vazar o oceano com um copo. Se a ideia é retirar visitantes, então essa política deve ser feita com o Governo Central. Se a ideia é tirar visitantes de certas áreas, a melhor maneira de fazer isso é tornar outras áreas atractivas, trabalhá-las e vender essa ideia aos operadores”, adiantou.
Albano Martins defendeu também que “tudo o que seja uma intervenção bruta e feia, uniforme, é sinal de falta de ideias”.
Já Glenn Mccartney, professor da Universidade de Macau (UM) com especialização em turismo, assumiu ao HM que os resultados do inquérito promovido pela DST “não o surpreendem”. “Tudo depende das perguntas que são feitas. Se me perguntam, como residente, se os turistas devem pagar uma taxa eu vou dizer que sim, porque isso tem impacto no meu dia-a-dia. As questões deveriam ser mais abrangentes, ligadas ao tipo de consumo e aumento de rendas. Só assim se obtém o panorama do turismo em Macau”, disse.

Apostar na marca

Glenn Mccartney, que o ano passado publicou um estudo onde defende que aplicar a taxa turística em Macau é um erro, disse ao HM que o Governo deveria apostar noutras formas para gerir o número de turistas, tal como desenvolver a marca Macau.
“A taxa turística é apenas uma das medidas que pode ser utilizada para controlar o número de visitantes. Não temos uma estratégia de desenvolvimento da marca da cidade, temos múltiplos eventos a acontecer, mas não temos uma imagem única do que é Macau. A marca Cotai Strip é um bom exemplo de gestão de marca”, frisou.
O professor da UM assegura que o pagamento de uma taxa turística será mau para o sector das convenções e exposições. “O Governo deveria anunciar já algumas medidas ou políticas, não é claro porque é que se quer criar uma taxa turística em Macau. Se tiver uma conferência em Macau com 1000 participantes, são 1000 patacas que pago de taxa, então posso escolher outro destino. [Esta medida] terá consequências e impacto”, frisou.
Glenn Mccartney disse ainda que o dinheiro cobrado com a taxa turística deveria ser devidamente investido. “Como operador, acharia errado pagar qualquer tipo de taxa. Os grandes apostadores dos casinos não vão pagar, talvez os casinos paguem, mas aí a indústria pode alegar que já paga muitos impostos. Tudo depende das medidas que o Executivo quer implementar”, concluiu.

14 Jan 2020

Taxa turística | Analistas defendem estratégia clara por parte do Governo

Glenn Mccartney, académico na área do jogo, e o economista Albano Martins defendem que o Governo deve ser claro no que diz respeito à taxa turística, com um conjunto de medidas viáveis. O professor da Universidade de Macau diz que há mais formas de controlar o número de turistas

 

[dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Turismo (DST) publicou na passada semana os resultados de um questionário feito a residentes, turistas e operadores de turismo quanto à possibilidade de se cobrar uma taxa turística. Os resultados revelam que a maior parte dos operadores de turismo está contra esta medida, enquanto os residentes estão esmagadoramente a favor.

Analistas ouvidos pelo HM defendem que o Governo deve ser claro na estratégia que pretende com a criação de uma taxa deste género. “Antes de avançar com tal medida, o Governo deve pensar bem primeiro”, disse o economista Albano Martins.

“Resolver o que pretende com uma taxa turística é o mesmo que tentar vazar o oceano com um copo. Se a ideia é retirar visitantes, então essa política deve ser feita com o Governo Central. Se a ideia é tirar visitantes de certas áreas, a melhor maneira de fazer isso é tornar outras áreas atractivas, trabalhá-las e vender essa ideia aos operadores”, adiantou.

Albano Martins defendeu também que “tudo o que seja uma intervenção bruta e feia, uniforme, é sinal de falta de ideias”.

Já Glenn Mccartney, professor da Universidade de Macau (UM) com especialização em turismo, assumiu ao HM que os resultados do inquérito promovido pela DST “não o surpreendem”. “Tudo depende das perguntas que são feitas. Se me perguntam, como residente, se os turistas devem pagar uma taxa eu vou dizer que sim, porque isso tem impacto no meu dia-a-dia. As questões deveriam ser mais abrangentes, ligadas ao tipo de consumo e aumento de rendas. Só assim se obtém o panorama do turismo em Macau”, disse.

Apostar na marca

Glenn Mccartney, que o ano passado publicou um estudo onde defende que aplicar a taxa turística em Macau é um erro, disse ao HM que o Governo deveria apostar noutras formas para gerir o número de turistas, tal como desenvolver a marca Macau.

“A taxa turística é apenas uma das medidas que pode ser utilizada para controlar o número de visitantes. Não temos uma estratégia de desenvolvimento da marca da cidade, temos múltiplos eventos a acontecer, mas não temos uma imagem única do que é Macau. A marca Cotai Strip é um bom exemplo de gestão de marca”, frisou.

O professor da UM assegura que o pagamento de uma taxa turística será mau para o sector das convenções e exposições. “O Governo deveria anunciar já algumas medidas ou políticas, não é claro porque é que se quer criar uma taxa turística em Macau. Se tiver uma conferência em Macau com 1000 participantes, são 1000 patacas que pago de taxa, então posso escolher outro destino. [Esta medida] terá consequências e impacto”, frisou.

Glenn Mccartney disse ainda que o dinheiro cobrado com a taxa turística deveria ser devidamente investido. “Como operador, acharia errado pagar qualquer tipo de taxa. Os grandes apostadores dos casinos não vão pagar, talvez os casinos paguem, mas aí a indústria pode alegar que já paga muitos impostos. Tudo depende das medidas que o Executivo quer implementar”, concluiu.

14 Jan 2020

Turismo | Macau em 8º no ranking de despesas de turistas

[dropcap]M[/dropcap]acau foi em 2017 o oitavo território no mundo onde cada turista gastou mais dinheiro, com uma média de 2.062 dólares. A conclusão é do ranking do portal Globehunters, publicado esta semana, que se baseia nos dados de 2018 da Organização Mundial de Turismo quanto ao dinheiro gasto em cada país e os locais onde os turistas esperam fazer mais despesas.
No topo da lista dos países onde os turistas gastam mais dinheiro está a Austrália, com uma despesa per capita de 4.734 dólares e perto de 42 mil milhões dólares de gastos totais por ano. O pódio fica completo pelo Luxemburgo, em segundo lugar, e o Líbano em terceiro, com gastos per capita de 4.322 dólares e 4.009 dólares, respectivamente.
Entre Macau e os três primeiros lugares ficaram países como Nova Zelândia, Estados Unidos, Qatar e Panamá. Segundo a lista da Globehunters, quem visita Macau acaba por gastar mais que os turistas que optam por passar férias nas Maldivas e Bahamas.
Portugal ficou em 54º lugar, com um gasto médio de 808 dólares por cada turista de um universo de 21,2 milhões de visitantes anuais.
A região vizinha de Hong Kong surge em no 29º lugar, com uma despesa média per capita de 1194 dólares.
Finalmente, num ranking com 100 lugares, a China ocupa a 86ª posição, com uma despesa média por turista de 537 dólares para um total de perto de 61 milhões de visitantes por ano.

11 Out 2019

Turismo | Macau em 8º no ranking de despesas de turistas

[dropcap]M[/dropcap]acau foi em 2017 o oitavo território no mundo onde cada turista gastou mais dinheiro, com uma média de 2.062 dólares. A conclusão é do ranking do portal Globehunters, publicado esta semana, que se baseia nos dados de 2018 da Organização Mundial de Turismo quanto ao dinheiro gasto em cada país e os locais onde os turistas esperam fazer mais despesas.

No topo da lista dos países onde os turistas gastam mais dinheiro está a Austrália, com uma despesa per capita de 4.734 dólares e perto de 42 mil milhões dólares de gastos totais por ano. O pódio fica completo pelo Luxemburgo, em segundo lugar, e o Líbano em terceiro, com gastos per capita de 4.322 dólares e 4.009 dólares, respectivamente.

Entre Macau e os três primeiros lugares ficaram países como Nova Zelândia, Estados Unidos, Qatar e Panamá. Segundo a lista da Globehunters, quem visita Macau acaba por gastar mais que os turistas que optam por passar férias nas Maldivas e Bahamas.

Portugal ficou em 54º lugar, com um gasto médio de 808 dólares por cada turista de um universo de 21,2 milhões de visitantes anuais.

A região vizinha de Hong Kong surge em no 29º lugar, com uma despesa média per capita de 1194 dólares.

Finalmente, num ranking com 100 lugares, a China ocupa a 86ª posição, com uma despesa média por turista de 537 dólares para um total de perto de 61 milhões de visitantes por ano.

11 Out 2019

Turismo | Mais de um milhão de pessoas nos hotéis em Julho

[dropcap]O[/dropcap]s hotéis e as pensões de Macau registaram 1.252.000 de hóspedes em Julho, um aumento de 3,5 por cento face a igual período do ano passado.
Em comunicado, os Serviços de Estatística e Censos (DSEC) indicaram que a taxa de ocupação hoteleira cresceu 1,3 pontos percentuais em Julho, fixando-se nos 93,2 por cento. Os turistas permaneceram em média 1,4 noites no território.
Neste último mês, a DSEC dá destaque ao número de hóspedes provenientes do interior da China (889.000) e da Coreia do Sul (44.000), que registaram um crescimento de 6,9 e 18,2 por cento, respectivamente.
No final de Julho, existiam em Macau 119 hotéis e pensões em actividade (mais três, em termos anuais), disponibilizando um total de 39.000 quartos, uma ligeira descida de 0,2 por cento.
Os Serviços de Estatística referem ainda que visitaram Macau em excursões, no último mês, 870.000 indivíduos, um acréscimo de 14,5 por cento em termos anuais. “Salienta-se que os números de visitantes em excursões provenientes do interior da China (714.000 indivíduos), de Hong Kong (12.000) e de Taiwan (63.000) aumentaram 19,0 por cento, 19,1 por cento e 2,7 por cento, respectivamente”, detalhou a DSEC.
O visitante refere-se a qualquer pessoa que tenha viajado para Macau por um período inferior a um ano, um termo que se divide em turista (aquele que passa pelo menos uma noite) e excursionista (aquele que não pernoita).
No mesmo comunicado, a DSEC dá também conta de que 135 mil residentes viajaram para o exterior, em Julho, com recurso a serviços de agências de viagens, o que representa mais 2,9 por cento em termos anuais homólogos. “De entre estes residentes, os que se deslocaram a Hong Kong (14.000) diminuíram 18,2 por cento”, afirmou a DSEC, numa altura em que o território vizinho é palco de manifestações anti-governamentais sem precedentes.

2 Set 2019

Turismo | Mais de um milhão de pessoas nos hotéis em Julho

[dropcap]O[/dropcap]s hotéis e as pensões de Macau registaram 1.252.000 de hóspedes em Julho, um aumento de 3,5 por cento face a igual período do ano passado.

Em comunicado, os Serviços de Estatística e Censos (DSEC) indicaram que a taxa de ocupação hoteleira cresceu 1,3 pontos percentuais em Julho, fixando-se nos 93,2 por cento. Os turistas permaneceram em média 1,4 noites no território.

Neste último mês, a DSEC dá destaque ao número de hóspedes provenientes do interior da China (889.000) e da Coreia do Sul (44.000), que registaram um crescimento de 6,9 e 18,2 por cento, respectivamente.

No final de Julho, existiam em Macau 119 hotéis e pensões em actividade (mais três, em termos anuais), disponibilizando um total de 39.000 quartos, uma ligeira descida de 0,2 por cento.

Os Serviços de Estatística referem ainda que visitaram Macau em excursões, no último mês, 870.000 indivíduos, um acréscimo de 14,5 por cento em termos anuais. “Salienta-se que os números de visitantes em excursões provenientes do interior da China (714.000 indivíduos), de Hong Kong (12.000) e de Taiwan (63.000) aumentaram 19,0 por cento, 19,1 por cento e 2,7 por cento, respectivamente”, detalhou a DSEC.

O visitante refere-se a qualquer pessoa que tenha viajado para Macau por um período inferior a um ano, um termo que se divide em turista (aquele que passa pelo menos uma noite) e excursionista (aquele que não pernoita).

No mesmo comunicado, a DSEC dá também conta de que 135 mil residentes viajaram para o exterior, em Julho, com recurso a serviços de agências de viagens, o que representa mais 2,9 por cento em termos anuais homólogos. “De entre estes residentes, os que se deslocaram a Hong Kong (14.000) diminuíram 18,2 por cento”, afirmou a DSEC, numa altura em que o território vizinho é palco de manifestações anti-governamentais sem precedentes.

2 Set 2019

DST atenta ao número de visitantes que pode vir a decair

[dropcap]O[/dropcap]s incidentes de Hong Kong ainda não interferiram nos números do turismo em Macau, que continuam a registar crescimento, mas já existem sinais de algum nervosismo por parte dos agentes de pacotes em grupo, que por cautela começam a alterar os percursos dos viajantes nesta região do Delta do Rio das Pérolas.

O turismo em Macau registou até ao mês de Junho um aumento acumulado de 20 por centro, face ao primeiro semestre de 2018. Apesar da situação instável que se vive na vizinha ex-colónia britânica, o efeito ainda não se reflecte em Macau.

“Em termos de impacto, temos acompanhado os dados estatísticos e, até Junho, os números são muito positivos. E os dados preliminares do mês de Julho, a que tivemos acesso, ainda nos dão um aumento além dos 10 por cento, o que é bastante forte”, revelou ontem a directora dos Serviços de Turismo (DST), Helena de Senna Fernandes.

No entanto, “durante este mês de Agosto, já tenho ouvido muitas opiniões da indústria, através das agências e guias turísticos, de que os grupos de turistas oriundos da China, sobretudo, que normalmente fazem um trajecto por Hong Kong e Macau, já começaram a cancelar viagens”, acrescentou a responsável.

Os operadores turísticos começam também a dar sinais de alteração dos destinos em oferta, deixando cair Hong Kong, mas incluindo Macau e outras cidades da Grande Baía. Os que têm voos directos para o território estão a equacionar estas mudanças, segundo a monitorização “quase diária” da DST. Os efeitos ainda não se podem avaliar, disse, porque na organização de grandes eventos e conferências, feitas a médio e longo prazo, Macau pode vir a sofrer consequências que só se repercutirão mais tarde.

A informação foi avançada ontem pela directora da DST, à margem da conferência de imprensa do 30º CIFAM, que se realiza em Macau nos meses de Setembro e Outubro, e onde são esperados muitos turistas com as festividades do Bolo Lunar e a semana dourada do 1 de Outubro.

26 Ago 2019

Entradas | Número de visitantes cresce mais de 20% até Julho

[dropcap]M[/dropcap]ais de 23 milhões de pessoas visitaram Macau nos primeiros sete meses do ano, um aumento de mais de 20 por cento face a igual período do ano passado, indicam dados oficiais divulgados ontem.

Entre Janeiro e Julho, o número de excursionistas (12.614.555) e de turistas (11.200.311) aumentou 33,6 por cento e 7,7 por cento respectivamente, em termos anuais, totalizando 23.814.866 de visitantes, segundo a Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC).

Nos meses em análise, os visitantes permaneceram em Macau por um período médio de 1,1 dias, menos 0,1 dias, em termos homólogos.

A maioria dos visitantes que entraram em Macau, até Julho, vieram do interior da China (16.884.398), mais 21,7 por cento em relação ao período homólogo do ano passado. Já os visitantes da Coreia do Sul (505.512), de Hong Kong (4.329.336) e de Taiwan (632.272)) cresceram 4,6 por cento, 22,1 por cento e 0,9 por cento respectivamente.

Só no mês de Julho, visitaram Macau 3.530.233 de pessoas, um aumento de 18,9 por cento em relação ao período homólogo do ano passado.

Na semana passada, a responsável pela entidade que gere o sector no território afirmou que as agências de viagens estão a excluir Hong Kong dos pacotes turísticos por causa dos protestos e os últimos números continuam a mostrar crescimento de turistas em Macau. “Muitas agências de diferentes países, sobretudo daqueles que têm acesso directo a Macau, estão a fazer uma mudança nos seus pacotes para não incluírem Hong Kong”, afirmou a responsável da Direcção dos Serviços de Turismo (DST) de Macau, Maria Helena de Senna Fernandes.

22 Ago 2019