Turismo | Paula Machado lamenta fecho do Centro de Promoção e Informação em Lisboa

Após 16 anos de trabalho, o Centro de Promoção e Informação Turística de Macau em Portugal vai fechar as portas, deixando quem lá trabalha numa “situação de fragilidade”, segundo a ex-directora. Paula Machado ficou triste com o encerramento e, apesar da frustração pelo que ficou por fazer, sente-se “grata” à RAEM pela oportunidade

 

O fim do Centro de Promoção e Informação Turística de Macau em Portugal deixa a sua directora, Paula Machado, envolta num misto de sentimentos. “Não sei que razões levaram o Executivo da RAEM a encerrar o Centro, por isso não posso fazer comentários. Fico triste porque trabalhei muito aqui na promoção de Macau e tínhamos muitos projectos que, se não tivesse sido a pandemia, iriam dar muita visibilidade ao mercado. Custa-me um bocadinho aceitar que, numa fase como a da pandemia, esta decisão tenha sido tomada”, disse ao HM.

No entanto, a directora confessa sentir “uma gratidão profunda pela oportunidade” concedida, uma vez que trabalhou para a Administração de Macau nos últimos 26 anos. “Entristece-me que os meus colegas estejam numa situação de fragilidade, mas temos de aceitar. Tínhamos um calendário de eventos espectacular para 2020 e esta pandemia levou-nos a tudo isto”, frisou. Alguns destes eventos passavam pela representação do Turismo de Macau no festival Rock in Rio ou na Feira de Turismo de Lisboa (BTL), mas estes eventos acabaram por ser cancelados.

A responsável defende também que este encerramento “é o quebrar de um laço”, uma vez que o trabalho desenvolvido em Lisboa “é muito reconhecido no mercado”. “Alcançamos uma imagem tão privilegiada e forte no mercado que tenho pena”.

“Um trabalho excepcional”

O HM enviou no passado dia 18 de Junho questões à Direcção dos Serviços de Turismo (DST) para saber mais detalhes sobre a situação profissional destes trabalhadores ou se o Centro poderá ser Integrado na Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa. No entanto, até ao fecho desta edição, não foram obtidas respostas.

Para Paula Machado, “as únicas formas que existem de representação do turismo são através de uma entidade pública, como é o caso da Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa, e da Delegação de Pequim, onde a área do turismo está integrada, ou uma empresa escolhida por um concurso internacional que faz essa representação, que é o modelo escolhido pela DST para os restantes escritórios no mundo.”

Em jeito de balanço, Paula Machado adianta que foi feito “um trabalho excepcional”. “Não poderia ter feito mais do que fiz, pois trabalhei muito. 2019 foi um ano com grande visibilidade no mercado, porque foram os 20 anos da RAEM, e com uma equipa tão pequena fizemos um trabalho excepcional.”

Dentro do centro havia também muito a organizar. “A livraria estava completamente caótica. Em três anos consegui organizar todos os inventários, fizemos uma base de dados com os livros que estavam a mais, organizamos um armazém com todos os livros organizados por ordem alfabética.” “Achava que havia condições para fazer muito mais e melhor, mas temos de aceitar”, rematou.

No passado dia 16, Helena de Senna Fernandes, directora da DST, referiu que o centro fecha portas “tendo em conta a racionalização de quadros e simplificação administrativa”. O Centro de Promoção e Informação Turística de Macau em Portugal é um projecto do Governo de Macau “cuja intenção original foi estabelecida para o curto prazo, mas que foi prolongada por muitos anos”, afirmou à Lusa.

28 Jun 2021

Governo contrata guias turísticos

[dropcap]C[/dropcap]om a diminuição das excursões a Macau, a directora dos Serviços de Turismo (DST), Maria Helena de Senna Fernandes, reconheceu que há guias turísticos a serem contratados para levar visitantes a outras zonas na cidade.

De acordo com o panorama pintado pela directora, esta hipótese era impossível de realizar anteriormente devido à elevada carga dos turistas, porém com a instabilidade social vivida em Hong Kong houve uma redução neste tipo de viagens a Macau.

Assim, há recursos para que os profissionais do sector possam desempenhar funções. Em relação a outros apoios ao sector, os Serviços de Turismo dizem ir manter-se em comunicação, mas não anunciaram qualquer tipo de apoio financeiro directo.

15 Jan 2020

Taxa turística | Analistas defendem estratégia clara por parte do Governo

Glenn Mccartney, académico na área do jogo, e o economista Albano Martins defendem que o Governo deve ser claro no que diz respeito à taxa turística, com um conjunto de medidas viáveis. O professor da Universidade de Macau diz que há mais formas de controlar o número de turistas

 
[dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Turismo (DST) publicou na passada semana os resultados de um questionário feito a residentes, turistas e operadores de turismo quanto à possibilidade de se cobrar uma taxa turística. Os resultados revelam que a maior parte dos operadores de turismo está contra esta medida, enquanto os residentes estão esmagadoramente a favor.
Analistas ouvidos pelo HM defendem que o Governo deve ser claro na estratégia que pretende com a criação de uma taxa deste género. “Antes de avançar com tal medida, o Governo deve pensar bem primeiro”, disse o economista Albano Martins.
“Resolver o que pretende com uma taxa turística é o mesmo que tentar vazar o oceano com um copo. Se a ideia é retirar visitantes, então essa política deve ser feita com o Governo Central. Se a ideia é tirar visitantes de certas áreas, a melhor maneira de fazer isso é tornar outras áreas atractivas, trabalhá-las e vender essa ideia aos operadores”, adiantou.
Albano Martins defendeu também que “tudo o que seja uma intervenção bruta e feia, uniforme, é sinal de falta de ideias”.
Já Glenn Mccartney, professor da Universidade de Macau (UM) com especialização em turismo, assumiu ao HM que os resultados do inquérito promovido pela DST “não o surpreendem”. “Tudo depende das perguntas que são feitas. Se me perguntam, como residente, se os turistas devem pagar uma taxa eu vou dizer que sim, porque isso tem impacto no meu dia-a-dia. As questões deveriam ser mais abrangentes, ligadas ao tipo de consumo e aumento de rendas. Só assim se obtém o panorama do turismo em Macau”, disse.

Apostar na marca

Glenn Mccartney, que o ano passado publicou um estudo onde defende que aplicar a taxa turística em Macau é um erro, disse ao HM que o Governo deveria apostar noutras formas para gerir o número de turistas, tal como desenvolver a marca Macau.
“A taxa turística é apenas uma das medidas que pode ser utilizada para controlar o número de visitantes. Não temos uma estratégia de desenvolvimento da marca da cidade, temos múltiplos eventos a acontecer, mas não temos uma imagem única do que é Macau. A marca Cotai Strip é um bom exemplo de gestão de marca”, frisou.
O professor da UM assegura que o pagamento de uma taxa turística será mau para o sector das convenções e exposições. “O Governo deveria anunciar já algumas medidas ou políticas, não é claro porque é que se quer criar uma taxa turística em Macau. Se tiver uma conferência em Macau com 1000 participantes, são 1000 patacas que pago de taxa, então posso escolher outro destino. [Esta medida] terá consequências e impacto”, frisou.
Glenn Mccartney disse ainda que o dinheiro cobrado com a taxa turística deveria ser devidamente investido. “Como operador, acharia errado pagar qualquer tipo de taxa. Os grandes apostadores dos casinos não vão pagar, talvez os casinos paguem, mas aí a indústria pode alegar que já paga muitos impostos. Tudo depende das medidas que o Executivo quer implementar”, concluiu.

14 Jan 2020

Taxa turística | Analistas defendem estratégia clara por parte do Governo

Glenn Mccartney, académico na área do jogo, e o economista Albano Martins defendem que o Governo deve ser claro no que diz respeito à taxa turística, com um conjunto de medidas viáveis. O professor da Universidade de Macau diz que há mais formas de controlar o número de turistas

 

[dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Turismo (DST) publicou na passada semana os resultados de um questionário feito a residentes, turistas e operadores de turismo quanto à possibilidade de se cobrar uma taxa turística. Os resultados revelam que a maior parte dos operadores de turismo está contra esta medida, enquanto os residentes estão esmagadoramente a favor.

Analistas ouvidos pelo HM defendem que o Governo deve ser claro na estratégia que pretende com a criação de uma taxa deste género. “Antes de avançar com tal medida, o Governo deve pensar bem primeiro”, disse o economista Albano Martins.

“Resolver o que pretende com uma taxa turística é o mesmo que tentar vazar o oceano com um copo. Se a ideia é retirar visitantes, então essa política deve ser feita com o Governo Central. Se a ideia é tirar visitantes de certas áreas, a melhor maneira de fazer isso é tornar outras áreas atractivas, trabalhá-las e vender essa ideia aos operadores”, adiantou.

Albano Martins defendeu também que “tudo o que seja uma intervenção bruta e feia, uniforme, é sinal de falta de ideias”.

Já Glenn Mccartney, professor da Universidade de Macau (UM) com especialização em turismo, assumiu ao HM que os resultados do inquérito promovido pela DST “não o surpreendem”. “Tudo depende das perguntas que são feitas. Se me perguntam, como residente, se os turistas devem pagar uma taxa eu vou dizer que sim, porque isso tem impacto no meu dia-a-dia. As questões deveriam ser mais abrangentes, ligadas ao tipo de consumo e aumento de rendas. Só assim se obtém o panorama do turismo em Macau”, disse.

Apostar na marca

Glenn Mccartney, que o ano passado publicou um estudo onde defende que aplicar a taxa turística em Macau é um erro, disse ao HM que o Governo deveria apostar noutras formas para gerir o número de turistas, tal como desenvolver a marca Macau.

“A taxa turística é apenas uma das medidas que pode ser utilizada para controlar o número de visitantes. Não temos uma estratégia de desenvolvimento da marca da cidade, temos múltiplos eventos a acontecer, mas não temos uma imagem única do que é Macau. A marca Cotai Strip é um bom exemplo de gestão de marca”, frisou.

O professor da UM assegura que o pagamento de uma taxa turística será mau para o sector das convenções e exposições. “O Governo deveria anunciar já algumas medidas ou políticas, não é claro porque é que se quer criar uma taxa turística em Macau. Se tiver uma conferência em Macau com 1000 participantes, são 1000 patacas que pago de taxa, então posso escolher outro destino. [Esta medida] terá consequências e impacto”, frisou.

Glenn Mccartney disse ainda que o dinheiro cobrado com a taxa turística deveria ser devidamente investido. “Como operador, acharia errado pagar qualquer tipo de taxa. Os grandes apostadores dos casinos não vão pagar, talvez os casinos paguem, mas aí a indústria pode alegar que já paga muitos impostos. Tudo depende das medidas que o Executivo quer implementar”, concluiu.

14 Jan 2020

Turismo | Macau em 8º no ranking de despesas de turistas

[dropcap]M[/dropcap]acau foi em 2017 o oitavo território no mundo onde cada turista gastou mais dinheiro, com uma média de 2.062 dólares. A conclusão é do ranking do portal Globehunters, publicado esta semana, que se baseia nos dados de 2018 da Organização Mundial de Turismo quanto ao dinheiro gasto em cada país e os locais onde os turistas esperam fazer mais despesas.
No topo da lista dos países onde os turistas gastam mais dinheiro está a Austrália, com uma despesa per capita de 4.734 dólares e perto de 42 mil milhões dólares de gastos totais por ano. O pódio fica completo pelo Luxemburgo, em segundo lugar, e o Líbano em terceiro, com gastos per capita de 4.322 dólares e 4.009 dólares, respectivamente.
Entre Macau e os três primeiros lugares ficaram países como Nova Zelândia, Estados Unidos, Qatar e Panamá. Segundo a lista da Globehunters, quem visita Macau acaba por gastar mais que os turistas que optam por passar férias nas Maldivas e Bahamas.
Portugal ficou em 54º lugar, com um gasto médio de 808 dólares por cada turista de um universo de 21,2 milhões de visitantes anuais.
A região vizinha de Hong Kong surge em no 29º lugar, com uma despesa média per capita de 1194 dólares.
Finalmente, num ranking com 100 lugares, a China ocupa a 86ª posição, com uma despesa média por turista de 537 dólares para um total de perto de 61 milhões de visitantes por ano.

11 Out 2019

Turismo | Macau em 8º no ranking de despesas de turistas

[dropcap]M[/dropcap]acau foi em 2017 o oitavo território no mundo onde cada turista gastou mais dinheiro, com uma média de 2.062 dólares. A conclusão é do ranking do portal Globehunters, publicado esta semana, que se baseia nos dados de 2018 da Organização Mundial de Turismo quanto ao dinheiro gasto em cada país e os locais onde os turistas esperam fazer mais despesas.

No topo da lista dos países onde os turistas gastam mais dinheiro está a Austrália, com uma despesa per capita de 4.734 dólares e perto de 42 mil milhões dólares de gastos totais por ano. O pódio fica completo pelo Luxemburgo, em segundo lugar, e o Líbano em terceiro, com gastos per capita de 4.322 dólares e 4.009 dólares, respectivamente.

Entre Macau e os três primeiros lugares ficaram países como Nova Zelândia, Estados Unidos, Qatar e Panamá. Segundo a lista da Globehunters, quem visita Macau acaba por gastar mais que os turistas que optam por passar férias nas Maldivas e Bahamas.

Portugal ficou em 54º lugar, com um gasto médio de 808 dólares por cada turista de um universo de 21,2 milhões de visitantes anuais.

A região vizinha de Hong Kong surge em no 29º lugar, com uma despesa média per capita de 1194 dólares.

Finalmente, num ranking com 100 lugares, a China ocupa a 86ª posição, com uma despesa média por turista de 537 dólares para um total de perto de 61 milhões de visitantes por ano.

11 Out 2019

Turismo | Mais de um milhão de pessoas nos hotéis em Julho

[dropcap]O[/dropcap]s hotéis e as pensões de Macau registaram 1.252.000 de hóspedes em Julho, um aumento de 3,5 por cento face a igual período do ano passado.
Em comunicado, os Serviços de Estatística e Censos (DSEC) indicaram que a taxa de ocupação hoteleira cresceu 1,3 pontos percentuais em Julho, fixando-se nos 93,2 por cento. Os turistas permaneceram em média 1,4 noites no território.
Neste último mês, a DSEC dá destaque ao número de hóspedes provenientes do interior da China (889.000) e da Coreia do Sul (44.000), que registaram um crescimento de 6,9 e 18,2 por cento, respectivamente.
No final de Julho, existiam em Macau 119 hotéis e pensões em actividade (mais três, em termos anuais), disponibilizando um total de 39.000 quartos, uma ligeira descida de 0,2 por cento.
Os Serviços de Estatística referem ainda que visitaram Macau em excursões, no último mês, 870.000 indivíduos, um acréscimo de 14,5 por cento em termos anuais. “Salienta-se que os números de visitantes em excursões provenientes do interior da China (714.000 indivíduos), de Hong Kong (12.000) e de Taiwan (63.000) aumentaram 19,0 por cento, 19,1 por cento e 2,7 por cento, respectivamente”, detalhou a DSEC.
O visitante refere-se a qualquer pessoa que tenha viajado para Macau por um período inferior a um ano, um termo que se divide em turista (aquele que passa pelo menos uma noite) e excursionista (aquele que não pernoita).
No mesmo comunicado, a DSEC dá também conta de que 135 mil residentes viajaram para o exterior, em Julho, com recurso a serviços de agências de viagens, o que representa mais 2,9 por cento em termos anuais homólogos. “De entre estes residentes, os que se deslocaram a Hong Kong (14.000) diminuíram 18,2 por cento”, afirmou a DSEC, numa altura em que o território vizinho é palco de manifestações anti-governamentais sem precedentes.

2 Set 2019

Turismo | Mais de um milhão de pessoas nos hotéis em Julho

[dropcap]O[/dropcap]s hotéis e as pensões de Macau registaram 1.252.000 de hóspedes em Julho, um aumento de 3,5 por cento face a igual período do ano passado.

Em comunicado, os Serviços de Estatística e Censos (DSEC) indicaram que a taxa de ocupação hoteleira cresceu 1,3 pontos percentuais em Julho, fixando-se nos 93,2 por cento. Os turistas permaneceram em média 1,4 noites no território.

Neste último mês, a DSEC dá destaque ao número de hóspedes provenientes do interior da China (889.000) e da Coreia do Sul (44.000), que registaram um crescimento de 6,9 e 18,2 por cento, respectivamente.

No final de Julho, existiam em Macau 119 hotéis e pensões em actividade (mais três, em termos anuais), disponibilizando um total de 39.000 quartos, uma ligeira descida de 0,2 por cento.

Os Serviços de Estatística referem ainda que visitaram Macau em excursões, no último mês, 870.000 indivíduos, um acréscimo de 14,5 por cento em termos anuais. “Salienta-se que os números de visitantes em excursões provenientes do interior da China (714.000 indivíduos), de Hong Kong (12.000) e de Taiwan (63.000) aumentaram 19,0 por cento, 19,1 por cento e 2,7 por cento, respectivamente”, detalhou a DSEC.

O visitante refere-se a qualquer pessoa que tenha viajado para Macau por um período inferior a um ano, um termo que se divide em turista (aquele que passa pelo menos uma noite) e excursionista (aquele que não pernoita).

No mesmo comunicado, a DSEC dá também conta de que 135 mil residentes viajaram para o exterior, em Julho, com recurso a serviços de agências de viagens, o que representa mais 2,9 por cento em termos anuais homólogos. “De entre estes residentes, os que se deslocaram a Hong Kong (14.000) diminuíram 18,2 por cento”, afirmou a DSEC, numa altura em que o território vizinho é palco de manifestações anti-governamentais sem precedentes.

2 Set 2019

DST atenta ao número de visitantes que pode vir a decair

[dropcap]O[/dropcap]s incidentes de Hong Kong ainda não interferiram nos números do turismo em Macau, que continuam a registar crescimento, mas já existem sinais de algum nervosismo por parte dos agentes de pacotes em grupo, que por cautela começam a alterar os percursos dos viajantes nesta região do Delta do Rio das Pérolas.

O turismo em Macau registou até ao mês de Junho um aumento acumulado de 20 por centro, face ao primeiro semestre de 2018. Apesar da situação instável que se vive na vizinha ex-colónia britânica, o efeito ainda não se reflecte em Macau.

“Em termos de impacto, temos acompanhado os dados estatísticos e, até Junho, os números são muito positivos. E os dados preliminares do mês de Julho, a que tivemos acesso, ainda nos dão um aumento além dos 10 por cento, o que é bastante forte”, revelou ontem a directora dos Serviços de Turismo (DST), Helena de Senna Fernandes.

No entanto, “durante este mês de Agosto, já tenho ouvido muitas opiniões da indústria, através das agências e guias turísticos, de que os grupos de turistas oriundos da China, sobretudo, que normalmente fazem um trajecto por Hong Kong e Macau, já começaram a cancelar viagens”, acrescentou a responsável.

Os operadores turísticos começam também a dar sinais de alteração dos destinos em oferta, deixando cair Hong Kong, mas incluindo Macau e outras cidades da Grande Baía. Os que têm voos directos para o território estão a equacionar estas mudanças, segundo a monitorização “quase diária” da DST. Os efeitos ainda não se podem avaliar, disse, porque na organização de grandes eventos e conferências, feitas a médio e longo prazo, Macau pode vir a sofrer consequências que só se repercutirão mais tarde.

A informação foi avançada ontem pela directora da DST, à margem da conferência de imprensa do 30º CIFAM, que se realiza em Macau nos meses de Setembro e Outubro, e onde são esperados muitos turistas com as festividades do Bolo Lunar e a semana dourada do 1 de Outubro.

26 Ago 2019

Entradas | Número de visitantes cresce mais de 20% até Julho

[dropcap]M[/dropcap]ais de 23 milhões de pessoas visitaram Macau nos primeiros sete meses do ano, um aumento de mais de 20 por cento face a igual período do ano passado, indicam dados oficiais divulgados ontem.

Entre Janeiro e Julho, o número de excursionistas (12.614.555) e de turistas (11.200.311) aumentou 33,6 por cento e 7,7 por cento respectivamente, em termos anuais, totalizando 23.814.866 de visitantes, segundo a Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC).

Nos meses em análise, os visitantes permaneceram em Macau por um período médio de 1,1 dias, menos 0,1 dias, em termos homólogos.

A maioria dos visitantes que entraram em Macau, até Julho, vieram do interior da China (16.884.398), mais 21,7 por cento em relação ao período homólogo do ano passado. Já os visitantes da Coreia do Sul (505.512), de Hong Kong (4.329.336) e de Taiwan (632.272)) cresceram 4,6 por cento, 22,1 por cento e 0,9 por cento respectivamente.

Só no mês de Julho, visitaram Macau 3.530.233 de pessoas, um aumento de 18,9 por cento em relação ao período homólogo do ano passado.

Na semana passada, a responsável pela entidade que gere o sector no território afirmou que as agências de viagens estão a excluir Hong Kong dos pacotes turísticos por causa dos protestos e os últimos números continuam a mostrar crescimento de turistas em Macau. “Muitas agências de diferentes países, sobretudo daqueles que têm acesso directo a Macau, estão a fazer uma mudança nos seus pacotes para não incluírem Hong Kong”, afirmou a responsável da Direcção dos Serviços de Turismo (DST) de Macau, Maria Helena de Senna Fernandes.

22 Ago 2019

DST | Esperada ocupação hoteleira de 90 por cento no Verão

[dropcap]H[/dropcap]elena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo, disse que a taxa de ocupação de hotéis durante as férias de Verão deverá ser superior a 90 por cento. A responsável adiantou ainda que apesar do esperado aumento do número de excursionistas, com a abertura da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, tal não se deve reflectir na taxa de ocupação hoteleira.

De acordo com o Jornal do Cidadão, Helena de Senna Fernandes adiantou também que o número de visitantes aumentou 20 por cento nos primeiros cinco meses deste ano, números que explicam a elevada taxa de ocupação esperada para os meses de Verão.

“Antes da abertura da nova ponte os excursionistas chegavam a Macau de noite e começavam a visita no dia seguinte. Mas agora eles chegam primeiro a Zhuhai, depois visitam Macau no dia seguinte de manha e à noite voltam para seu local de residência”, acrescentou a directora.

Quanto ao alojamento de baixo custo, a directora disse ainda que foram recebidas muitas candidaturas nos últimos anos, mas que muitas envolvem projectos de remodelação de edifícios, o que obriga a coordenação entre vários departamentos públicos.

10 Jul 2019

Macau recebe mais de três milhões de visitantes em Abril

[dropcap]M[/dropcap]acau recebeu mais de três milhões de visitantes em Abril, um aumento de 15,9% em relação ao período homólogo do ano passado, indicam dados oficiais hoje divulgados.

Em Abril, o número de turistas (1.624.285) e o de excursionistas (1.807.902) aumentou 5,4% e 27,4%, respectivamente, em termos anuais, totalizando 3.432.187 visitantes em Macau, de acordo com a Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC).

Por visitante entende-se qualquer pessoa que tenha viajado para Macau por um período inferior a um ano, um termo que se divide em turista (aquele que passa pelo menos uma noite) e excursionista (aquele que não pernoita). No mês passado, o período médio de permanência dos visitantes foi de 1,1 dias, menos 0,1 dias em termos anuais.

A maioria dos visitantes entrados em Macau, em Abril, era oriundo do interior da China (2.339.868), mais 13,5% comparativamente a igual período do ano passado.

Os visitantes de Hong Kong (696.902) e da Coreia do Sul (61.573) aumentaram 0,8% e 30%, respectivamente, enquanto o número dos visitantes oriundos de Taiwan (91.829) desceu 2,9%, em termos anuais.

Nos primeiros quatro meses do ano entraram na Região Administrativa Especial de Macau 13.791.945 visitantes, mais 19,9% em relação a igual período de 2018. Em 2018, Macau bateu o número recorde de turistas: 35,8 milhões, um aumento de 9,8% em relação a 2017.

23 Mai 2019

Centro para o Turismo nasce no IFT

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau tem, a partir de hoje, um Centro Global para a Educação e Formação em Turismo para “elevar a qualidade dos recursos humanos na indústria turística”. De acordo com um despacho do chefe do Executivo, publicado em Boletim Oficial, o centro, criado no Instituto de Formação Turística (IFT), “visa através da cooperação com a Organização Mundial de Turismo das Nações Unidas, elevar a qualidade dos recursos humanos na indústria turística e reforçar a capacidade de estabelecer políticas, legislações e mecanismos”.

Oferecer programas de educação e formação turísticas, incluindo a organização de visitas e estágios, e realizar estudos de investigação na área do turismo são duas das competências do centro.

Um coordenador e um coordenador-adjunto do centro serão nomeados de entre os trabalhadores do IFT por despacho do presidente do instituto, em regime de acumulação de funções, explica o mesmo despacho.

A estrutura surge numa altura em que Macau procura fazer a transição para um destino de turismo e lazer para reduzir a dependência económica do sector do jogo.

Segundo a estimativa mais conservadora do Plano Geral do Desenvolvimento da Indústria do Turismo de Macau, dentro de uma década, o território deverá acolher 33 milhões de visitantes por ano. Já outro dos cenários projectados no mesmo plano prevê até 40 milhões, com contas feitas a um crescimento médio anual de cinco por cento. Considerando o primeiro cenário, e a percentagem mínima de crescimento de um por cento ao ano, em 2020, Macau deve ser o destino escolhido por mais de 32,2 milhões de visitantes – sensivelmente mais cinco por cento relativamente aos 30,7 milhões registados em 2015.

15 Nov 2016