João Santos Filipe Manchete SociedadeSegurança | Bombeiros apelam a cautela na utilização de gás Face a um incêndio que fez cinco feridos e que se suspeita ter sido causado por uma fuga de gás, o Corpo de Bombeiros veio a público através de um comunicado onde indica ter realizado várias inspecções a edifícios e casas nos últimos anos Após uma explosão seguida de incêndio que causou cinco feridos, o Corpo de Bombeiros (CB) apelou à população para prestar “elevada atenção à segurança na utilização de aparelhos de fogão a gás”. O comunicado, em língua portuguesa, foi emitido na manhã de ontem, dado que se suspeita que na origem das chamas tenha estado uma “fuga de gás de petróleo liquefeito”. “O CB salienta novamente que não se pode negligenciar o risco de segurança do gás, quer seja em casa, restaurantes e outros espaços”, pode ler-se na mensagem. “Espera-se que os cidadãos e os sectores reforcem a vigilância, a prevenção e que tratem bem dos assuntos de segurança relativos à utilização e instalação correctas dos aparelhos de fogão a gás, de modo a garantir em conjunto a segurança da vida e dos bens”, foi acrescentado. A mensagem serviu igualmente para o CB defender-se de eventuais acusações de falha nas inspecções realizadas. “Desde 2019, o CB começou a deslocar-se às comunidades para realizar continuamente inspecções aos fogões a gás em domicílios, conjuntamente com as associações e organizações de moradores e os chefes comunitários de segurança contra incêndios”, foi indicado. “Até Fevereiro do corrente ano, foram efectuadas 1.742 inspecções em domicílios”, foi complementado. Segundo o CB, durante as inspecções verificaram-se “as especificações de segurança, o local de instalação [dos aparelhos] e o prazo de validade do tubo de aparelhos de fogão a gás”, e como resultado encontraram-se problemas como tubos de ligação do gás ao fogão fora da validade, ligações defeituosas para a saída dos gases dos esquentadores ou a colocação em lugares de risco das bilhas de gás. Mais segurança Nas últimas duas semanas aconteceram dois incêndios em edifícios residenciais, o que tem levado a que a manutenção dos equipamentos de segurança contra incêndio tenha sido questionada. O primeiro incêndio aconteceu no Edifício do Lago, acredita-se que devido a um curto-circuito com uma televisão, e causou polémica, dado que o alarme para alertar os moradores não disparou. Como consequência, a deputada Lo Choi In fez uma interpelação escrita a pedir melhores inspecções de fiscalização. No incêndio de segunda-feira, ainda no local, o CB garantiu que os equipamentos de segurança funcionaram como esperado. Contudo, devido à explosão com uma fuga de gás no sistema de abastecimento centralizado, o impacto acabou de atingir maior dimensões, com cinco feridos, entre os quais duas crianças com queimaduras em pelo menos 20 por cento do corpo, além de ter havido a projecção do 19.º andar de vários objectos para a via pública, entre os quais uma máquina de lavar a roupa.
João Santos Filipe Manchete SociedadeBombeiros | Investigado por falsificar registos de assiduidade Um chefe de um posto operacional está a ser investigado por ter saído de Macau ao mesmo tempo que picava o ponto e declarava estar a trabalhar O Ministério Público (MP) está a investigar um chefe de um posto operacional do Corpo de Bombeiros (CB) pelo do crime de “falsificação praticada por funcionário”, que pode implicar uma pena de prisão de cinco anos. A informação foi divulgada ontem pelo Comissariado Contra a Corrupção (CCAC), que realizou uma investigação preliminar. De acordo com o CCAC, a investigação aconteceu devido a uma denúncia, recebida no ano passado, sobre a assiduidade do chefe do posto operacional, que apesar de picar o ponto se ausentava do trabalho. Na sequência das investigações, o CCAC concluiu que “o chefe em causa ausentou-se da Região por duas vezes, entre Dezembro de 2023 e Maio de 2024, durante o horário de serviço ou no período de prestação de trabalho complementar”. Além disso, em outras três ocasiões “ausentou-se do posto operacional por mais de uma hora”, regressando, depois, apenas para “picar o ponto à saída, alegando falsamente que nos períodos em causa se encontrava a prestar trabalho complementar”. Na perspectiva do CCAC, esta conduta do bombeiro teve a “intenção de ocultar situações falsas de comparência ao serviço”. O chefe do posto arrisca-se a responder criminal pela prática do crime de falsificação praticada por funcionário, que tem uma pena prevista de um ano a cinco anos de prisão. Se a pena final aplicada for inferior a três anos pode ser suspensa. Além da investigação criminal, o CCAC comunicou o sucedido ao Corpo de Bombeiros “para o devido acompanhamento”, o que deverá significar a existência de um processo disciplinar interno. No comunicado, o CCAC advertiu ainda “os trabalhadores da função pública” a estarem “cientes e cumprir a lei”, tendo pedido maior rigor na autodisciplina dos “agentes da autoridade”. Preocupações gerais Por sua vez, o CB emitiu um comunicado a declarar estar “muito preocupado com o incidente” e revelou ter “instaurado imediatamente um processo disciplinar contra o infractor”. Além de acompanhar o caso do bombeiro, foram ainda actualizadas as instruções de supervisão interna e haverá uma “revisão exaustiva dos procedimentos e orientações de controlo da assiduidade” para evitar casos semelhantes. Este não é o primeiro caso de falsificação da assiduidade nos últimos anos por trabalhadores na área da segurança. Em 2023, uma outra investigação do CCAC concluiu que o chefe de um posto alfandegário e seis subordinados tinham falsificado os registos de assiduidade para evitarem penalizações por atrasos ou saídas antecipadas do trabalho. O caso, que também começou a partir de uma denúncia, era mais elaborado do que o apresentado ontem, uma vez que envolveu a duplicação dos cartões de presença, para que o ponto pudesse ser picado por outros funcionários.
André Namora Ai Portugal VozesFartaram-se! Fartaram-se! Os bombeiros sapadores fartaram-se de ser desprezados durante 22 anos. Mulheres e homens profissionais municipalizados em todo o país puseram e põem em risco a vida no incêndio do Chiado, nos vários incêndios em prédios degradados, em florestas abandonadas, em fábricas de indústria perigosa. Receberam o aplauso e a presença das autoridades nos funerais. Nada mais. Depressa essas mesmas autoridades nunca se preocuparam com o salário miserável ou com o subsídio de risco não existente para os bombeiros sapadores. Estas mulheres e homens são considerados pelo povo como “heróis”, como “soldados da paz”. Defendem todos quantos portugueses se encontram em situação grave de perigo de vida. Muitos têm dado a vida a combater os mais diversos incidentes. Os bombeiros sapadores reivindicam acertos salariais para compensar o aumento da inflação, conforme foi atribuído às demais carreiras da Função Pública. Exigem ainda a regulamentação da carreira, onde sejam contemplados os suplementos de risco, penosidade e insalubridade, bem como a disponibilidade permanente, em percentagem e à parte do vencimento base. Há dias, o acontecimento nacional foi a marcha de centenas de bombeiros sapadores a caminho da sede do Governo, porque realizava-se ali uma reunião entre o secretário de Estado da tutela e os sindicatos representativos dos sapadores. A marcha e a manifestação em redor da sede do Governo, no Campo Pequeno em Lisboa, não foi violenta e não passou da normalidade que se tem assistido com manifestações anteriores de outras profissões. Podemos discordar que os sapadores bombeiros não deviam tem lançado petardos e tochas. No entanto, não foi razão para ditatorialmente o Governo cancelar de imediato a reunião com os sindicalistas alegando falta de segurança. Só para rir. Falta de segurança num edifício rodeado de polícia de choque? Os governantes em reunião nem sequer ouviram o ruído e as palavras de ordem lançadas pelos manifestantes, porque o edifício onde funciona agora o Governo, antiga sede da Caixa Geral de Depósitos, tem todo ele vidros duplos. Os governantes, incluindo o primeiro-ministro apenas tomaram conhecimento do que estava a acontecer através dos canais de televisão. Mais absurdo, foi Luís Montenegro ter afirmado que não haveriam mais reuniões com os representantes dos bombeiros sapadores devido ao ambiente de coacção junto da sede do Governo. Caricata atitude governamental que só dá razão aos sapadores quando afirmam que são desprezados há 22 anos. Se os médicos e enfermeiros fazem greves, imaginemos uma greve indefinida por parte dos bombeiros sapadores. Como dizia um dos cartazes dos manifestantes: “Está a arder? Chamem os políticos!”. Um incêndio na baixa de Lisboa ou na Ribeira do Porto, com os sapadores em greve não será uma tragédia? O Governo não entende que esta classe profissional arrisca a vida durante 24 horas de serviço pelo bem da população? Uns miseráveis aumentos de vencimento e de subsídio de risco irá afectar o Orçamento do Estado quando se enviam centenas de milhões de euros para a guerra na Ucrânia? Uma coisa é certa. Mesmo com petardos e tochas para melhor chamar a atenção, o povo português está ao lado dos sapadores bombeiros por se tratar de uma luta justa. E não venha cá o partido populista Chega tentar aproveitar-se desta luta para caçar votos, como já o tinha feito com os polícias. O Chega apenas está desesperado politicamente após ter colocado tarjas propagandísticas nas janelas da Assembleia da República, património nacional e não património do Chega. Por estas e outras, os radicais de direita apresentam nas últimas sondagens um resultado que lhes provoca esse desespero de apenas anunciarem baboseiras contra a democracia. Os últimos resultados de um inquérito nacional apresentam o Chega com apenas 12 por cento das intenções de voto dos portugueses. É importante que o Governo faça marcha-atrás e regresse à mesa das negociações com os representantes dos bombeiros sapadores, mas não para mais uma conversa da treta. Tem de ser uma reunião que resolva as reivindicações desta classe profissional que trabalha no socorro da população portuguesa. Infelizmente, passado mais de uma semana e os governantes continuam a afirmar que as negociações reiniciam-se quando não existir pressão ao redor da sede do Governo por parte dos bombeiros sapadores. Demagogia política. Os bombeiros têm estado pacificamente a aguardar uma solução para a sua situação. Após um desprezo de 22 anos, será que a ineficácia governamental irá continuar? Esperemos que não. P.S. – Lamentavelmente não está prevista em Portugal qualquer cerimónia oficial ou oficiosa ou mesmo um jantar comemorativo das bodas de prata da transferência de Macau de Portugal para a China.
André Namora Ai Portugal Vozes11 mortos sem importância Ai, Portugal, Portugal onde acontece tudo o de mais inacreditável referindo apenas os aspectos sociais e políticos. Morreram 11 portugueses por alegada falta de socorro do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Custa a acreditar, não custa? Mas foi o caso mais grave e mais triste da semana passada neste jardim mal plantado à beira-mar. O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-hospitalar, uma profissão que inventaram e que não é carne nem peixe, ou melhor, esses técnicos não são enfermeiros nem médicos – mas alguns têm raiva aos enfermeiros -, só porque aprenderam a executar os primeiros socorros quando uma ambulância se dirige a um paciente que esteja mal de saúde num acidente rodoviário, em casa à beira de um ataque cardíaco ou noutra situação qualquer incluindo confirmarem a morte do socorrido, resolveram reivindicar o pagamento das horas de trabalho extra e, vai daí, decidiram fazer uma greve, como se moralmente os enfermeiros, médicos e técnicos de saúde devessem ter o direito à greve, quando está em causa a vida das pessoas. E não venham com a conversa da treta dos serviços mínimos. Foi por causa dos serviços mínimos que morreram 11 portugueses sem socorro de emergência. Como assim? Passo a explicar: o referido sindicato enviou para o presidente do conselho de administração do INEM, para a secretária de Estado da Saúde, para a ministra da Saúde e para o Gabinete do primeiro-ministro um aviso de pré greve às horas extraordinárias, que são imensas. Todas as entidades que receberam o pré-aviso de greve não ligaram nenhuma ao assunto, tomaram conhecimento e assobiaram para o lado. No dia da greve começaram a chover centenas, ou mais, de telefonemas oriundos dos mais diversos locais do país a pedir o habitual socorro do INEM. Mas, os tais serviços mínimos não tinham sido accionados e neste ponto, em nosso entender, a culpa não é só das autoridades avisadas, mas também do sindicato. As senhoras e senhores técnicos de emergência pré-hospitalar tinham a obrigação de ser humanistas e pensarem que estava em causa uma única coisa, a vida dos portugueses. Obviamente que sem serviços mínimos não haveria socorro e os pedidos de emergência clínica chegaram a ter uma resposta entre meia hora e duas horas, acabando por morrer 11 portugueses alegadamente devido à causa efeito da greve dos técnicos do INEM. Permitam-me um parêntesis apenas para vos dizer que ainda me recordo que todas as ambulâncias do INEM em socorro tinham uma equipa constituída pelo motorista, que algumas vezes era assistente de enfermagem, um médico e um enfermeiro. Depois, devido à falta de médicos e de enfermeiros, formaram estes técnicos que chegam ao local onde se encontra o doente ou sinistrado, medem a tensão arterial, fazem algumas perguntas ao doente quando este pode falar, registam toda a situação que encontraram num computador e transportam o doente para a ambulância e vão a caminho do hospital mais próximo. Voltando ao grave acontecimento de 11 mortes por alegada culpa de uma greve de técnicos do INEM e de políticos incompetentes, saliente-se que está tudo preparado para que a culpa morra solteira. O primeiro-ministro pouco ou nada disse sobre o caso, aliás, disse que não podia haver uma ambulância em cada prédio… que horrível para um chefe do Executivo. A ministra da Saúde quando toda a gente começou a exigir a sua demissão foi à Assembleia da República pronunciar umas baboseiras, entre elas, que não se demitia porque não mentia, não se escondia e que ia assumir a total responsabilidade e a pasta do INEM. Houve deputados que riram para não chorar. A secretária de Estado da Saúde ficou de boca aberta quando soube pela televisão que tinha ficado sem a tutela do INEM, ficando absolutamente fragilizada politicamente e, nem assim, pediu a demissão do cargo. O presidente do INEM, o quarto presidente do INEM nomeado pela ministra desde que o Governo tomou posse, nem sabia o que dizer aos jornalistas, para além de mais parecer um “menino de copo de leite”… E o sindicato que foi para a greve e que provocou alegadamente a morte de 11 portugueses por falta de socorro médico? Bem, o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-hospitalar é um caso sui generis. Em primeiro lugar, nunca tinha visto uma entidade sindical a louvar uma ministra. Afinal que raio de sindicato é este politicamente? Defende os seus trabalhadores, a greve ou um governo de direita com aliados da extrema direita? Mas que raio de sindicalismo é este? Ou os sindicatos agora têm cada um a sua cor de política partidária? Este sindicato, depois dos factos graves que vos descrevi, louva a ministra e atira as culpas para a secretária de Estado. Coisa feia e inadmissível para uma instituição que apenas devia defender os direitos dos trabalhadores. Um presidente de sindicato que aparece nas televisões de fato e gravata como se fosse um ministro e a “explicar” o que ninguém entende… E afinal, de quem é a culpa das 11 mortes sem socorro? A secretária de Estado da Saúde, ao tirar a água do capote, teve o desplante e a pouca vergonha de afirmar que a culpa era do anterior Governo… Ai, Portugal, Portugal ao que chegámos. Então a senhora está a governar há mais de oito meses, mandou embora outros presidentes do INEM e a culpa da falta de socorro em Novembro de 2024 é do Governo de 2023? Absurdo, para não lhe chamar um nome feio. Resumindo: a ministra terminou a semana dizendo que terá de se aguardar pelo resultado dos inquéritos que decorrem sobre as 11 mortes dos portugueses sem socorro, quando todos sabemos que normalmente a abertura de um inquérito tem a intenção de fazer esquecer o assunto grave acontecido e deixar passar um qualquer resultado sentencioso para as calendas. Neste particular, recordando que a ex-ministra da Saúde, Marta Temido, se demitiu quando morreu uma mulher grávida num hospital por alegada assistência negligente, resta dizer-vos que estamos absolutamente convencidos que a culpa irá morrer solteira e os 11 mortos para toda esta gentinha não tiveram qualquer importância… P.S. – O Governo nem sequer se pronunciou sobre eventuais indemnizações aos familiares das vítimas por falta de socorro estatal.
Hoje Macau PolíticaBombeiros | Cheong Chi Wang nomeado segundo-comandante Cheong Chi Wang foi nomeado pelo secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, para exercer o cargo de segundo-comandante do Corpo de Bombeiros (CB), durante o prazo de um ano. A nomeação foi revelada ontem, através de um despacho publicado no Boletim Oficial. Cheong é licenciado em Engenharia de Protecção e Segurança Sapadores Bombeiros, tem um mestrado em Administração Pública e participou no Curso de Comando e Direcção pela Escola Superior das Forças de Segurança de Macau. Cheong Chi Wang ingressou no CB em Março de 2009, como chefe assistente no Departamento Operacional das Ilhas. Foi sendo promovido ao longo dos anos, até chegar a chefe-ajudante no Departamento Operacional de Macau do CB, cargo que exerceu entre 2020 e este ano. Em Maio começou a desempenhar as funções de chefe do Departamento Operacional de Macau, e agora é promovido a segundo-comandante, a segunda posição mais elevada da hierarquia.
Andreia Sofia Silva SociedadeBombeiros | Aumenta saída de ambulâncias O Corpo de Bombeiros (CB) registou um aumento anual de 6,6 por cento no número de saídas de ambulância, apontam dados ontem divulgados. Entre 1 de Janeiro e 30 de Setembro do ano passado registaram-se 31.993 casos que obrigaram à saída de ambulâncias, 34.286 vezes, enquanto em igual período deste ano houve 34.124 casos, nos quais as ambulâncias circularam 36.805 vezes. Em termos totais, o CB registou, este ano, 40.887 casos, mais cinco por cento em relação a igual período do ano passado, quando se contabilizaram 38.939 casos, desde saída de ambulâncias, incêndios, operações de salvamento e serviços especiais.
João Santos Filipe Manchete SociedadeAcidente | Suspenso bombeiro alcoolizado que danificou 18 motos O processo disciplinar a um bombeiro que teve um acidente quando estava de folga resultou na aplicação da pena de suspensão, a terceira pena mais grave das previstas no Estatuto dos Trabalhadores da Administração Pública de Macau O bombeiro que sofreu um acidente, durante o período de folga, quando conduzia alcoolizado e destruiu 18 motos, foi suspenso de funções, no âmbito do processo disciplinar interno. A informação foi divulgada ontem pelo portal do secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, num caso que remonta a Agosto do ano passado. “Finalizada a investigação do processo disciplinar, foi aplicada ao bombeiro a pena de suspensão de funções por despacho do Comandante do CB, de 8 de Agosto de 2024”, foi comunicado. O bombeiro foi alvo da terceira pena mais pesada das cinco previstas no Estatuto dos Trabalhadores da Administração Pública de Macau (ETAPM), mais grave do que a repreensão escrita e multa. Ainda assim, a penalização é menos gravosa do que teria acontecido em caso da aposentação compulsiva ou a demissão, que também estão previstas no ETAPM. A decisão do processo disciplinada foi tomada, depois de também o processo criminal ter sido concluído, com a condenação do bombeiro. “Em 30 de Abril de 2024, o Juízo Criminal do Tribunal Judicial de Base proferiu a sentença, condenando o referido bombeiro na pena de 3 meses de prisão, suspensa na sua execução por 1 ano e 9 meses, e inibição de condução pelo período de 1 ano e 9 meses”, consta no portal do secretário para a segurança. “A sentença transitou em julgado no dia 20 de Maio de 2024”, foi acrescentado. Em fuga O caso aconteceu a 11 de Agosto do ano passado, quando as autoridades registaram um acidente de trânsito com um carro na Estrada do Repouso, na Península, próximo do Hospital Kiang Wu. Como consequência do sinistro, registaram-se danos em 18 motociclos que se encontravam numa zona de estacionamento. Além disso, de acordo com as autoridades, o condutor também “fugiu do local” para evitar ser responsabilizado pelo ocorrido. Mais tarde, o “bombeiro foi sujeito à realização de um teste de álcool, tendo-se constatado que excedia o limite da taxa de álcool”. Face ao resultado do teste, o caso foi enviado para o Ministério Público (MP), com o agente indiciado pelos crimes de condução em estado de embriaguez e fuga à responsabilidade. Apesar de ter divulgado a pena que resultou do julgamento, o portal do secretário para a Segurança não indicou os crimes pelos quais o bombeiro acabou efectivamente condenado.
João Santos Filipe SociedadeMais 3 mil ocorrências registadas pelos bombeiros em seis meses Na primeira metade do ano, o número de incidentes registados pelo Corpo de Bombeiros registou um crescimento superior a 3 mil ocorrências. Os números foram revelados ontem pelo CB, através de uma conferência de imprensa e comunicado. Nos primeiros seis meses do ano foram registadas 27.654 ocorrências, entre incêndios, saídas de ambulâncias, operações de salvamento e outros serviços. É um crescimento de 12,64 por cento, em comparação com a primeira metade do ano passado. Na primeira metade de 2023, o número de incidentes tinha sido de 24.551. As principais ocorrências prenderam-se com saídas de ambulâncias, com 24.982 veículos a serem enviados para um total de 23.207 casos. Em comparação com o ano passado, registou-se um aumento de 10,97 por cento dos casos com saídas de ambulância, que se traduziu em mais 2.294 casos. “As causas da subida deveram-se principalmente ao aumento dos casos da leve indisposição por febre, tontura, dor de cabeça, entre outros”, foi justificado em comunicado. “Os casos gerais de socorro lidaram essencialmente com a tontura, dor abdominal, febre, palpitação, vómitos, etc., contando com 12.795 casos, o que ocupou 55,13 por cento do número total de saída de ambulâncias”, foi acrescentado. Mais incêndios No que diz respeito aos incêndios, tiveram lugar 455 saídas do CB, um aumento de 44 incêndios em comparação com a primeira metade do ano passado. Entre estas saídas, em 375 casos não houve necessidade de utilizar mangueiras. “As principais causas dos incêndios deveram-se ao esquecimento de desligar os fogões, curtos-circuitos nas instalações eléctricas, à queima de incensos e velas/papéis votivos, chamas que não foram totalmente extintas e falhas mecânicas/de equipamentos”, foi indicados. Estas causas foram responsáveis por 296 incêndios, o que representou 65,05 por cento do número total de fogos. “O CB lembra aos cidadãos para desligarem os fogões e os aparelhos eléctricos antes de sair de casa e apagarem cuidadosamente as pontas de cigarro e a chamas na vida quotidiana, no sentido de evitar prejuízos patrimoniais provocados pelo incêndio por causa da negligência”, foi apelado.
Hoje Macau SociedadeEstacionamento | Bombeiros inspeccionaram 65 parques até Junho Entre Janeiro e Junho deste ano, o Corpo de Bombeiros (CB) efectuou inspecções de segurança contra incêndios em 65 estacionamentos públicos, indicou a chefe do gabinete do secretário para a Segurança, Cheong Ioc Ieng, em resposta a uma interpelação escrita de Ma Io Fong. A responsável revelou que as inspecções incidiram sobre sistemas de prevenção contra incêndios, assim como “as instalações eléctricas (incluindo os dispositivos de carregamento de veículos eléctricos)”. A resposta do gabinete de Wong Sio Chok endereça as preocupações de Ma Io Fong em relação à segurança com veículos eléctricos e os dispositivos de carregamento, especialmente os riscos de incêndio. O Governo recorda que a legislação de segurança contra incêndios em edifícios e recintos, que se aplica também a parques de estacionamento, prevê que “deve ser assegurado o serviço, em permanência, de um encarregado de segurança contra incêndios com formação adequada dada pelo CB”. Nesse sentido, entre Outubro de 2021 e 15 de Junho deste ano, os bombeiros têm realizado o “curso de formação de encarregado de segurança contra incêndios”, no qual participaram 10.259 pessoas, divididas em 201 turmas. Os bombeiros alertam ainda para o perigo de não usar os acessórios oficiais dos respectivos veículos eléctricos e sublinha que os donos “não devem proceder, por si próprios, à modificação ou substituição dos acessórios dos veículos eléctricos, nem devem carregar as baterias dos veículos por muito tempo”.
Hoje Macau SociedadePJ | Bombeiro detido por furtar 100 mil à ex-namorada Um bombeiro, de 46 anos de idade, foi detido por alegadamente ter furtado 100 mil dólares de Hong Kong da ex-namorada, para jogar num casino. A informação foi revelada na sexta-feira pela Polícia Judiciária (PJ) e o caso foi condenado pelo Corpo de Bombeiros (CB). De acordo com a informação partilhada, o homem entrou na residência da ex-namorada, no dia 26 de Maio, com a chave da vítima para levar o dinheiro. Contudo, a vítima alertou a PJ, que deteve o suspeito na sua residência. Às autoridades, o detido confessou que tinha perdido todo o dinheiro a jogar no casino. Após a revelação do caso, o CB emitiu um comunicado a condenar a conduta do homem e a anunciar a abertura de um processo disciplinar: “O Corpo de Bombeiros confere muita atenção quando o seu pessoal é suspeito de violação da lei, lamentando profundamente e reiterando que tem dado sempre grande importância à disciplina e à ética do pessoal”, foi indicado. “No que toca ao respectivo evento, o CB já instaurou de imediato o processo de averiguações e aplicou a medida da suspensão preventiva de funções ao bombeiro. Caso se venha a confirmar a infracção disciplinar, será efectivada a responsabilidade disciplinar do infractor nos termos da lei”, foi acrescentado.
Andreia Sofia Silva SociedadeBombeiros | Metade das chamadas em 2022 foram desnecessárias Dados divulgados ontem pelo Corpo de Bombeiros (CB) relativos aos trabalhos desenvolvidos no ano passado mostram que metade das chamadas realizadas pela população com queixas relativas à covid-19 no último mês revelaram-se desnecessárias. Segundo o portal Macau News Agency, o número de chamadas feitas para os bombeiros aumentou significativamente, com chamadas de ambulâncias a aumentar 24,72 por cento e pedidos especiais a subirem 46,21 por cento. A larga maioria das chamadas de ambulância, de um universo de 39.113 pedidos, ocorreu nos meses de Junho e Dezembro, precisamente quando houve dois surtos de covid-19 no território. O CB aponta que cerca de metade dessas chamadas foram desnecessárias. Leong Iok Sam, dirigente do CB, disse que, no pico de casos covid, foram realizados 400 percursos de ambulância diários. “A situação voltou ao normal nos últimos dias, quando passámos a ter apenas 100 percursos por dia”, adiantou. Foi ainda revelado que cerca de 70 a 80 por cento dos bombeiros e restantes funcionários estiveram doentes com covid-19.
Hoje Macau SociedadeCB | Bombeiro acusado de roubo tem de se apresentar às autoridades e pagar caução [dropcap]F[/dropcap]oi ontem conhecida a sanção ao bombeiro que furtou uma loja quando se encontrava alcoolizado. De acordo com um comunicado publicado no portal da secretaria para a Segurança, o caso já foi encaminhado ao Ministério Público (MP) e foram aplicadas as medidas de coacção de prestação de caução e apresentação periódica às autoridades. O caso remonta a 25 de Fevereiro, quando o bombeiro terá roubado uma loja no ZAPE quando se encontrava de folga. Dois dias depois, o soldado da paz deslocou-se à loja para devolver os artigos roubados e foi detido no local pela Polícia Judiciária. A 7 de Março, o CB instaurou-lhe um processo disciplinar. O comunicado dá conta que “caso se prove a infracção disciplinar, o infractor será disciplinarmente responsabilizado em conformidade com a lei”. O bombeiro está também, temporariamente, suspenso de funções. O CB, perante este caso, “ordenou de imediato às chefias das subunidades que reforcem a educação ética dos seus subordinados e os exortem a prestar atenção ao comportamento pessoal, cumprindo rigorosamente a lei e observando a disciplina”.
admin SociedadeCB | Bombeiro acusado de roubo tem de se apresentar às autoridades e pagar caução [dropcap]F[/dropcap]oi ontem conhecida a sanção ao bombeiro que furtou uma loja quando se encontrava alcoolizado. De acordo com um comunicado publicado no portal da secretaria para a Segurança, o caso já foi encaminhado ao Ministério Público (MP) e foram aplicadas as medidas de coacção de prestação de caução e apresentação periódica às autoridades. O caso remonta a 25 de Fevereiro, quando o bombeiro terá roubado uma loja no ZAPE quando se encontrava de folga. Dois dias depois, o soldado da paz deslocou-se à loja para devolver os artigos roubados e foi detido no local pela Polícia Judiciária. A 7 de Março, o CB instaurou-lhe um processo disciplinar. O comunicado dá conta que “caso se prove a infracção disciplinar, o infractor será disciplinarmente responsabilizado em conformidade com a lei”. O bombeiro está também, temporariamente, suspenso de funções. O CB, perante este caso, “ordenou de imediato às chefias das subunidades que reforcem a educação ética dos seus subordinados e os exortem a prestar atenção ao comportamento pessoal, cumprindo rigorosamente a lei e observando a disciplina”.
admin SociedadeCB | Bombeiro acusado de roubo tem de se apresentar às autoridades e pagar caução [dropcap]F[/dropcap]oi ontem conhecida a sanção ao bombeiro que furtou uma loja quando se encontrava alcoolizado. De acordo com um comunicado publicado no portal da secretaria para a Segurança, o caso já foi encaminhado ao Ministério Público (MP) e foram aplicadas as medidas de coacção de prestação de caução e apresentação periódica às autoridades. O caso remonta a 25 de Fevereiro, quando o bombeiro terá roubado uma loja no ZAPE quando se encontrava de folga. Dois dias depois, o soldado da paz deslocou-se à loja para devolver os artigos roubados e foi detido no local pela Polícia Judiciária. A 7 de Março, o CB instaurou-lhe um processo disciplinar. O comunicado dá conta que “caso se prove a infracção disciplinar, o infractor será disciplinarmente responsabilizado em conformidade com a lei”. O bombeiro está também, temporariamente, suspenso de funções. O CB, perante este caso, “ordenou de imediato às chefias das subunidades que reforcem a educação ética dos seus subordinados e os exortem a prestar atenção ao comportamento pessoal, cumprindo rigorosamente a lei e observando a disciplina”.
Hoje Macau SociedadeBombeiros | Primeiro trimestre do ano com menos incêndios Nos primeiros três meses do ano houve menos incêndios em Macau, mas os causados por fogões subiram. O Corpo de Bombeiros reiterou os apelos à população para maior responsabilidade em matéria de segurança e optimização de recursos Por Raquel Moz [dropcap]N[/dropcap]o primeiro trimestre de 2019 foram registados menos 48 casos de incêndio em Macau, em relação ao período homólogo de 2018, passando de 259 para 211 ocorrências, ou seja, uma redução de 18,53 por cento. No entanto, quase metade dos fogos reportados continua a estar associada a fogões esquecidos e desatenção de chamas acesas, que representaram 40,74 por cento do total de pedidos de auxílio, ligeiramente mais do que em igual período do último ano. O total de operações realizadas pelo Corpo de Bombeiros de Macau entre Janeiro e Março de 2019 cresceu 4,54 por cento, de 11.616 para 12.143 casos, foi ontem anunciado em conferência de imprensa. Só em medidas para prevenir e mitigar a deflagração de incêndios no território, foram organizadas 53 palestras sobre protecção contra o fogo, prevenção de desastres, conhecimentos de emergência médica e segurança de combustíveis, em que participaram 9.425 pessoas. Foram ainda organizados nove simulacros de evacuação, para 1.266 pessoas, 11 exercícios práticos sobre o uso de extintores, com 370 participantes, 206 actividades de sensibilização, através dos órgãos de comunicação e das redes sociais, e a distribuição de 24.964 panfletos e cartazes informativos. No cumprimento do plano de acções governativas de prevenção, a instituição efectuou 2.061 inspecções (vistorias, fiscalizações e queixas), que representaram um acréscimo de 4.57 por cento face a iguais meses do ano transacto, tendo sido também realizadas 827 inspecções de segurança de combustíveis, em postos de gasolina, depósitos permanentes e provisórios, veículos de transporte de materiais combustíveis, empresas fornecedoras e estabelecimentos de comidas. Segundo os números adiantados pelo chefe de primeira do Corpo de Bombeiros de Macau, Lao Hou Wai, também aumentaram as saídas de ambulância em situações de emergência efectiva, de 10.092 casos em 2018 para 10.736 casos em 2019 (mais 6,38 por cento). O total de vezes que as ambulâncias foram solicitadas em vão e saíram à rua em resposta a pedidos de urgência foi, contudo, menor, passando de 13.610 situações em 2018 para 13.478 em 2019 (variação ligeira de 0,97 por cento). Este é um dos pontos que tem sido reforçado pelas medidas de sensibilização junto das comunidades, nomeadamente entre a população sénior, para a racionalização dos recursos de emergência sempre que não se trate de real perigo de saúde ou vida, comentou o responsável. Formação comunitária Entretanto, entre os dias 21 e 28 de Março decorreu o Curso Avançado de Formação para 107 “chefes de segurança comunitária contra incêndios”, com vista à formação e certificação de indivíduos provenientes de associações e instituições locais, uma figura criada para prestar assistência e cuidados de proximidade aos cidadãos do território, em situações de perigo ou de acidente. De acordo com o comunicado de imprensa do Corpo de Bombeiros, os módulos desta formação incidiram sobre as infracções mais comuns ao Regulamento de Segurança contra Incêndios, o funcionamento de elevadores para serviço de incêndio, teoria de emergência médica, operação de salvamento e ressuscitação cardio-pulmonar, utilização de desfibrilhador automático externo, técnicas anti-sufocamento e aplicação de curativos. As novas valências destes agentes da comunidade civil, que receberam a certificação no dia passado dia 14, vão elevar o nível de consciência dos habitantes para a importância do envolvimento populacional na construção de ambientes mais seguros e harmoniosos, pode ler-se no mesmo documento.
Sofia Margarida Mota SociedadeJustiça | Bombeiros com demissão anulada vão ter novas punições Os dois funcionários dos bombeiros que viram a sua demissão anulada pelo Tribunal de Última Instância – depois de terem sido acusados da prática de crimes de gravações ilícitas e uso ilegítimo de dados informáticos – vão ter uma nova punição, apontou ontem o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak [dropcap]J[/dropcap]á existe uma nova punição para os dois funcionários do Corpo de Bombeiros (CO) despedidos depois do Tribunal de Última Instância (TUI) ter decidido que a demissão era uma “uma pena excessiva”. A informação foi avançada ontem pelo secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, à margem da cerimónia de inauguração da exposição “Educação sobre a Segurança Nacional” no Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de Macau. “Com a decisão do TUI recorremos a outro procedimento disciplinar para estes dois agentes. Como o TUI não concordou tomámos outra decisão”, disse. Apesar da nova punição já estar definida, para já o secretário afirma não poder adiantar mais pormenores porque “o processo está em curso” e “os envolvidos ainda poderão recorrer”. No entanto, Wong Sio Chak reitera que os procedimentos adoptados pela comissão das forças de segurança que ditaram a demissão destes funcionários foram todos “dentro da lei”. “Esses casos ocorreram quando eu não era ainda secretário e na altura as autoridades procederem de acordo com a legislação”, apontou. “As diferentes forças de segurança que participaram na comissão disciplinar tiverem o mesmo parecer que era a demissão. Por isso achámos que se devia conceder a demissão e tudo foi feito dentro da legislação”, acrescentou o secretário. Mau exemplo “Com a decisão do TUI recorremos a outro procedimento disciplinar para estes dois agentes.” Wong Sio Chak, secretário para a Segurança O facto dos funcionários implicados serem “agentes de segurança” confere-lhes uma maior responsabilidade devendo “ser os primeiros a cumprir a legislação”, pelo que “tendo cometido estas infracções, e considerados culpados, na nossa óptica achamos que se deve considerar a decisão da comissão”, acrescentou Recorde-se que um dos funcionários despedidos era sub-chefe do CB e foi condenado pela prática de três crimes de gravações ilícitas. O segundo funcionário era chefe assistente e foi condenado pela prática de um crime de obtenção, utilização ou disponibilização ilegítima de dados informáticos e também pelo crime de devassa da vida privada. O TUI considerou as penas de demissão excessivas e apontou que as forças de segurança devem encontrar outras penas a aplicar, mais adequadas ao interesse público.
João Santos Filipe Manchete SociedadeMulher morreu depois de ter inalado monóxido de carbono em pensão ilegal [dropcap]U[/dropcap]ma mulher de 68 anos foi encontrada morta, ontem, na cozinha, onde tinha a cama, de um edifício na Rua de Berlim, de acordo com um comunicado da Polícia Judiciária (PJ). Segundo as informações reveladas pelas autoridades, a morte foi motivada pela inalação de monóxido de carbono e a unidade residencial onde a mulher foi encontrada estava a ser utilizada como pensão ilegal. “O alerta para a morte foi dado às 10h00 da manhã pela filha da vítima, que entrou em casa e viu o corpo da mãe na cama da cozinha, numa altura em que já estava inconsciente”, pode ler-se no comunicado da PJ. “Após ter visto o corpo da mãe, a mulher foi logo pedir ajuda ao porteiro que chamou uma ambulância”, foi acrescentado. Chamada ao local, por volta do meio-dia, a PJ, em conjunto com os bombeiros, iniciou as investigações, que apontam a inalação de monóxido de carbono como a causa da morte. “Após a investigação preliminar, existem suspeitas que a fracção funcionava como pensão ilegal, uma vez que a mulher vivia e tinha a cama na cozinha, onde também estava instalado o esquentador”, foi primeiro explicado. “Quando os bombeiros testaram os níveis de gases, concluíram que havia uma acumulação de monóxido de carbono que aumentava de forma gradual, assim que o esquentador entrava em funcionamento. Na altura da morte, as portas e janelas da cozinha estavam fechadas. Assim, as suspeitas apontam para uma morte pela inalação de monóxido de carbono”, foi acrescentado. A versão das autoridades foi sustentada pelo depoimento da filha da falecida. Segundo a pessoa que relatou o incidente, quando chegou a casa da mãe, as janelas e as portas da cozinha estavam totalmente fechadas. Mais tarde, a autópsia confirmou que não existiam feridas ou quaisquer sinais de luta no corpo da vítima, pelo que a tese de morte por monóxido de carbono foi aceite. Pensões em debate Além da morte, a PJ revelou ainda que vai abrir uma investigação para apurar se a fracção habitacional em questão estava a ser utilizada como pensão ilegal. A zona onde aconteceu o falecimento é conhecida por ser um dos principais pontos onde fracções habitacionais são utilizadas como pensões ilegais. Este caso promete acender o debate sobre pensões ilegais que está a dividir o Governo. Actualmente, as pensões ilegais são consideradas uma infracção administrativa, que é punível com uma multa entre 200 mil e 800 mil patacas. Mas o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, defende a criminalização para uma maior eficácia no combate ao fenómeno. Já o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak considera que actual regime é suficiente para combater a prática e que o grande problema é a ausência de uma base de dados com a informação das pessoas que arrendam fracções. Segundo o secretário, se essa lista confidencial fosse criada, as autoridades saberiam facilmente quem eram os responsáveis pela prática e conseguiriam puni-los. Em Dezembro, Wong afirmou que a secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, concorda com a sua visão do problema.
Diana do Mar SociedadeBombeiros | Posto operacional provisório vai custar pelo menos 32 milhões [dropcap]A[/dropcap] empreitada de construção do Posto Operacional Provisório do Corpo de Bombeiros vai custar entre 32 milhões e 48 milhões de patacas, segundo os valores constantes das 32 propostas apresentadas a concurso, cujo acto público de abertura decorreu ontem. Em comunicado, a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) indicou que a obra deve arrancar no segundo trimestre. O prazo de execução mais longo proposto é de 535 dias de trabalho. O Posto Operacional Provisório do Corpo de Bombeiros da Ilha Verde terá quatro pisos com capacidade para dois veículos de combate a incêndio e um veículo de emergência, vai ser ainda apetrechado de todas as instalações e equipamentos básicos, com a área bruta de construção de aproximadamente 1500 metros quadrados. A obra irá permitir criar aproximadamente 35 postos de trabalho. O posto provisório visa responder às necessidades a curto prazo, dado que o Governo pretende reservar um terreno destinado ao posto operacional permanente do Corpo de Bombeiros aquando da elaboração do plano urbano da Ilha Verde.
João Santos Filipe SociedadePolícias e bombeiros presos ao roaming [dropcap]O[/dropcap]s polícias e bombeiros da RAEM estão obrigados a activar o serviço de roaming do telemóvel, mesmo quando se deslocam para o estrangeiro de férias. É esta a leitura que o Tribunal de Última Instância (TUI) faz da aplicação do Estatuto dos Militarizados das Forças de Segurança de Macau no que diz respeito ao “dever de disponibilidade”. A posição foi tomada durante a avaliação de um caso de um bombeiro que, em Dezembro de 2015, tirou férias durante dois dias, sem ter a devida autorização. Por este motivo faltou ao serviço e viu ser-lhe aplicada uma suspensão de 30 dias. Entre os pontos da contestação do bombeiro apontava o facto de estar acusado de não ter atendido o telefone, de forma intencional. Porém, o “soldado da paz” contestou este facto, uma vez que se encontrava na Coreia do Sul e nem tinha activado o serviço de roaming. No entanto, o TUI, numa decisão que teve o juiz Viriato Manuel Pinheiro de Lima como relator, considerou este argumento menor e fez mesmo questão de definir que havia a obrigação de activar o roaming. “A acusação refere que foram feitos contactos telefónicos para o arguido de 18 a 21 de Dezembro de 2015, sem sucesso. Não refere se o arguido tinha ou não tinha o roaming activo porque não era essencial dizê-lo. Esse era um problema do arguido, já que se ausentou de Macau em férias sem estar autorizado”, é defendido. “Se não tinha roaming, devia ter, já que é dever do militarizado o dever de disponibilidade […] os órgãos do Corpo de Bombeiros não têm dever de usar redes sociais para contactarem o recorrente pela internet”, foi acrescentado. O TUI acabou assim por manter as decisões anteriores, validando a suspensão de 30 dias.
João Luz SociedadeIncêndio | Prédio na Horta da Mitra em risco de colapso Um edifício junto ao Mercado da Horta da Mitra corre risco de derrocada na sequência de um incêndio que deflagrou ontem de manhã. A ocorrência levou à evacuação de cerca de 30 pessoas, sem registo de feridos. O prédio que foi parcialmente consumido pela chamas pode vir a ser demolido [dropcap]P[/dropcap]or volta das seis da manhã de ontem, os pais de Kelly Mak acordaram com os vizinhos a gritar “fo zuk, fo zuk”. Não era para menos. O prédio ao lado estava a ser consumido por chamas, lançando o pânico entre os residentes que moram em torno do Mercado da Horta da Mitra. De acordo com informações prestadas pelas autoridades, o Corpo de Bombeiros recebeu o alerta para a ocorrência através de uma chamada telefónica, por volta das 6h20 da manhã de ontem. Às 7h20, o fogo no edifício de três pisos já tinha sido extinto. As chamas tomaram conta do segundo piso do velho prédio situado na esquina da Rua da Colina com a Rua de Horta e Costa. O Corpo de Bombeiros suspeita que a causa do incêndio esteja na instalação eléctrica. Entre os moradores do bairro diz-se que a primeira faísca resultou de um fio eléctrico roído por ratos, o que levou ao curto-circuito. “Cerca de 30 pessoas foram evacuadas e não há feridos a registar”, revela fonte do Corpo de Bombeiros. Duas das pessoas evacuadas são os pais de Kelly Mak, que ontem à hora de almoço, de malas feitas, testemunhavam a actuação das autoridades e as operações de rescaldo. A loja que têm, no piso de baixo do edifício adjacente ao sinistrado, não sofreu danos. O mesmo não se pode dizer da casa onde vivem, no andar de cima, paredes meias com o piso do prédio ao lado onde o incêndio começou, e que ficou danificado. Em ruínas Apesar das autoridades permitirem o regresso dos moradores do prédio onde vivem os pais de Kelly Mak, a noite de ontem foi passada em casa do filho, a escassas centenas de metros de distância do mercado municipal. Na sequência do fogo, foram chamados ao local técnicos da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) para avaliar a situação de estabilidade do edifício consumido pelas chamas. Após a análise, os técnicos concluíram que o prédio corre risco de derrocada, principalmente na sequência dos danos registados no segundo piso. Até à tarde de ontem, o edifício estava selado e os moradores impossibilitados de regressar ao interior do imóvel, situação que se deve manter. De acordo com as autoridades, a DSSOPT e o proprietário estão a avaliar a possibilidade de demolir o prédio de forma a garantir a segurança de quem mora e passa na movimentada artéria paralela à Rua do Campo. De acordo com informação prestada pelo Corpo de Bombeiros, o edifício do lado não corre risco de ruir.
Hoje Macau SociedadePedido dia de férias para funcionários públicos que trabalharam durante Mangkhut [dropcap style≠‘circle’]N[/dropcap]elson Kot, ex-candidato às eleições legislativas defende que os funcionários públicos da linha da frente que trabalharam durante a passagem do tufão Mangkhut deveriam ter mais um dia de férias de compensação. O responsável referiu ao Jornal do Cidadção que a medida deve ser implementada até ao próximo ano, com o objectivo de equilibrar o estado psicológico de todos os funcionários. É de referir que Chui Sai On autorizou o encerramento de todos os serviços públicos um dia depois da tempestade à excepção dos que estavam integrados na estrutura da protecção civil. Para o responsável, que foi funcionário público na Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos, a decisão do Chefe do Executivo permitiu que a maioria dos funcionários resolvesse os problemas das suas casas. Contudo, trabalhadores da área da Segurança e do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) deveriam, na visão de Nelson Kot, merecer um tratamento igual e ter também direito a um dia de férias. Segundo o ex-candidato, muitos trabalhadores da linha da frente queixaram-se de falta de valorização devido a este assunto.
Sofia Margarida Mota SociedadeBombeiros | Tufão trouxe experiência e um aumento das ocorrências A passagem do tufão Hato fez com que o número de ocorrências registado pelo Corpo de Bombeiros fosse o mais alto desde 2013. Já os incêndios baixaram e de acordo com o comandante a causa está as campanhas de prevenção [dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]oram 47 936 as ocorrências tratadas pelo Corpo de Bombeiros (CB) no ano de 2017, mais 2158 do que no ano anterior e o número mais elevado desde 2013. A causa é clara e de acordo com o comandante, Leong Iok Sam, teve que ver com as necessidades de intervenção provocadas pela passagem do tufão Hato no território a 23 de Agosto. “O tufão afectou muito Macau e trouxe muitos desafios ao corpo de bombeiros”, referiu o responsável no encontro de ontem com os jornalistas. Por outro lado, o Hato também trouxe “muita experiência”. Depois da tempestade e com as faltas registadas, o CB fez uma revisão imediata dos trabalhos feitos e desenvolveu um plano de acção de acordo com as directrizes emitidas pela secretaria da segurança. De modo a minimizar os danos na possível passagem de mais um tufão com as dimensão do Hato, o CB criou mais 15 linhas de emergência e está em melhoria dos vários aspectos ligados à comunicação. A falta de recursos também foi evidente e, de acordo com o comandante do CP, “antes do inicio da próxima temporada de tufões, vão ser adquiridas 116 serras eléctricas, 69 bombas para escoamento de água, 11 geradores para garantir o fornecimento de luz eléctrica se necessário e sete equipamentos salva-vidas”, esclareceu Leong Iok Sam. As saídas de ambulância aumentaram 25,9 por cento em 2017 se comparadas com o ano anterior. Registaram-se 55 576 saídas de ambulância, mais 11252 do que em 2016. O comandante aproveitou o encontro de ontem aproveitou para alertar para o uso abusivo das ambulâncias, sendo que garantiu que as medidas de divulgação acerca da matéria já estarão a ter efeitos. O objectivo, referiu é “elevar a consciência para um uso racional deste serviço”. Mais serviços especiais Os serviços de salvamento aumentaram em 70 casos. Em 2016 registaram-se 1 461 serviços, enquanto no ano passado foi um total de 1 531 e as operações especiais subiram de 4 584 para 5 758, um aumento de 25,61 por cento relativamente a 2016. Nos serviços especiais estão inseridos a remoção de objectos caídos, a limpeza de chão, o tratamento do vazamento de gás, tratamento de substâncias perigosas e de queda de árvores. “Depois da análise, foi verificado que o aumento foi provocado peça remoção de objectos caídos e pelo tratamento da queda de árvores durante a passagem de tufões”, justifica o comandante do CB. Incêndios em queda A diminuir esteve o número de incêndios com uma redução de 3,72 por cento em relação a 2016, menos 40. De acordo com Leong Iok Sam, os números reflectem o resultado das acções de prevenção que a entidade tem vindo a realizar. “Na sua maioria tiveram que ver com comida nos fogões”, justificou o comandante, sendo que, no geral, os incêndios são devidos a “negligência humana”. A instalação de esquentadores por pessoal não habilitado tem trazido consequências. Segundo os bombeiros deram entrada no hospital, em 2017, 11 pessoas com problemas de intoxicação relacionada com a respitação de gás, e este ano já são quatro os casos de internamento devido ao mau funcionamento destes aparelhos domésticos. Com a abertura da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, os Bombeiros já estão preparar os seus trabalhos. “Já estamos a preparar tarefas, e na ilha artificial onde assenta a ponte, vamos ter um posto com 75 bombeiros”, rematou o responsável.
João Santos Filipe SociedadeBombeiros | Mais trabalho até terceiro trimestre deste ano [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]os primeiros nove meses do ano, o número de casos tratados pelo Corpo de Bombeiros registou um aumento de 5,3 por cento, o equivalente a mais 1.989 casos. Os dados foram apresentados ontem, em conferência de imprensa, e mostram também uma redução no número de incêndios. Em relação ao aumento das operações, este deve-se em grande parte aos chamados serviços especiais, mais ligados à prevenção, que cresceram 31,33 por cento, de 3.603 casos, no período homólogo do ano passado, para 4.732 casos este ano. Ao mesmo tempo, houve menos operações relacionadas com incêndios, que desceram de 816 casos para 758, ou seja, uma queda de 58 ocorrências. Na maioria das saídas dos bombeiros para lidar com incêndios, em 596 ocorrências não foi preciso recorrer a mangueiras. Também de acordo com a informação oficial, 180 fogos foram causados pelo esquecimento do fogão ligado, o que representa um quebra de três casos face ao mesmo período do ano passado. Já as saídas de ambulâncias continuam a crescer, num total de 29.816 casos, registaram-se 41.763 saídas, havendo um crescimento de 699 ao nível dos casos, e de 9.463 ao nível das saídas, face aos primeiros nove meses do ano passado. Sobre as saídas, o Corpo de Bombeiros promete continuar a fazer trabalhos de prevenção, para que os cidadãos não abusem do serviço prestado: “Os recursos de ambulância ainda são limitados, e vamos continuar a efectuar as tarefas alusivas à prevenção”, explicaram.
João Luz SociedadeBombeiros | Resposta de motociclos aumentam a resposta rápida O número de ocorrências a que o Corpo de Bombeiros foi chamado a intervir baixou no primeiro semestre do ano, em comparação com o ano passado, assim como a necessidade de apagar fogos. Já a saída rápida de ambulâncias aumentou devido ao uso de motociclos de socorro [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]os incêndios que ocorreram na primeira metade do ano, 76,64 por cento não requereram o uso de mangueiras. Para que se tenha uma ideia, estes casos foram 351, num universo de 458 circunstâncias em que o alerta de fogo levou bombeiros a sair do quartel. O chefe de primeira, Cheong Chi Wang, explicou esta situação com o aumento de vigilância dos cidadãos, que terá aumentado. Nesse sentido, o chefe espera que “os cidadãos continuem a coordenar os trabalhos de prevenção contra incêndios, de forma a minimizar a oportunidade de ocorrências”. O total de fogos para os quais os bombeiros foram chamados a actuar foi este ano de menos 84 casos do que em igual período do ano passado, o que representou uma diminuição de 15,5 por cento. As principais causas de incêndios foram o esquecimento de desligar o fogão e a queima negligente de papéis votivos. Nesse sentido, o Corpo de Bombeiros procedeu a muito mais inspecções com o intuito de prevenir futuras ocorrências, e diminuir os riscos e prejuízos causados pelos fogos. A primeira metade de 2017 teve 3195 inspecções de segurança, o que representou um crescimento de 23,36 por cento em comparação com os primeiros seis meses de 2016. Além disso, foram realizadas 1154 vistorias a postos de gasolina, depósitos provisórios, reservatórios, restaurantes e transportes de combustível. Porque são espaços que requerem atenção especial, o Corpo de Bombeiros realizou vistorias diárias a depósitos de combustíveis. Resposta rápida Apesar de se terem registado menos casos que motivaram a saída de ambulâncias, um total de 19.184 casos, uma diminuição de 2,56 por cento, a capacidade de resposta aumentou consideravelmente. Na primeira metade de 2017, os bombeiros chegaram a sinistros 27.349 vezes, quase mais seis mil vezes do que em igual período de 2016, representando um crescimento de mais de 26 por cento. Cheong Chi Wang explica este fenómeno com o facto de o Corpo de Bombeiros ter arranjado uma forma de chegar aos locais da chamada dando a volta ao problema do trânsito. Nesse sentido, é enviado primeiro um motociclo de socorro para o local sinistrado, veículo que permite aos bombeiros chegarem onde é preciso com maior brevidade. A aposta na prevenção e na informação foram trunfos que mereceram destaque na comunicação de Cheong Chi Wang, tendo sido consideradas razões principais para a diminuição do número total de acções operacionais. Entre Janeiro e o final de Junho deste ano, o Corpo de Bombeiros foi chamado a intervir em 22.339 casos, menos 893 ocorrências do que no mesmo período do ano passado, representando uma diminuição de 3,84 por cento. Também as operações de salvamento diminuíram 9,6 por cento no primeiro semestre deste ano, passando dos 729 casos ocorridos em 2016 para 659 neste ano. O chefe de primeira do Corpo de Bombeiros deixou ainda um alerta para que a população não deixe crianças sozinhas em casa e que os pais eduquem os filhos para não brincarem com fogo. Outro dos focos de Cheong Chi Wang foi o pedido de atenção com os aparelhos de fogão a gás, as canalizações e fugas.