BNU | Lança pacote de crédito especial para empresas

[dropcap]O[/dropcap] Banco Nacional Ultramarino (BNU) anunciou ontem o lançamento de um pacote de crédito especial anti-epidemia para empresas de Macau. As soluções de financiamento vão desde o “suporte operacional do negócio, (…) pagamento de salários ou (…) aquisição de produtos/equipamentos de higiene ou materiais hospitalares”, lê-se no comunicado do BNU. “Em conjunto com as medidas tomadas pelo Governo de Macau, o BNU (…) disponibiliza agora um pacote especial de crédito para apoiar a continuidade dos negócios das empresas locais durante este período difícil”, sublinha-se na mesma nota.
Uma das soluções diz respeito ao financiamento a prazo para apoio ao pagamento de salários e rendas, até 1,2 milhões de patacas, que prevê seis meses de carência de capital. As outras duas linhas de crédito são destinadas à aquisição de produtos/equipamentos de higiene e hospitalares de uso próprio, bem como para compra de ‘stocks’/materiais para suporte à operacionalização do negócio, ambas até um milhão de patacas, com um prazo de pagamento estipulado até três anos.
“Para além do objetivo de disponibilizar soluções financeiras quando necessárias, especialmente neste período difícil, este lançamento do pacote especial para PME, está em linha com a nossa estratégia de fortalecer o relacionamento com todos os segmentos de empresas de Macau e contribuir para a diversificação económica da região”, frisou a instituição bancária.

12 Fev 2020

BNU | Lança pacote de crédito especial para empresas

[dropcap]O[/dropcap] Banco Nacional Ultramarino (BNU) anunciou ontem o lançamento de um pacote de crédito especial anti-epidemia para empresas de Macau. As soluções de financiamento vão desde o “suporte operacional do negócio, (…) pagamento de salários ou (…) aquisição de produtos/equipamentos de higiene ou materiais hospitalares”, lê-se no comunicado do BNU. “Em conjunto com as medidas tomadas pelo Governo de Macau, o BNU (…) disponibiliza agora um pacote especial de crédito para apoiar a continuidade dos negócios das empresas locais durante este período difícil”, sublinha-se na mesma nota.

Uma das soluções diz respeito ao financiamento a prazo para apoio ao pagamento de salários e rendas, até 1,2 milhões de patacas, que prevê seis meses de carência de capital. As outras duas linhas de crédito são destinadas à aquisição de produtos/equipamentos de higiene e hospitalares de uso próprio, bem como para compra de ‘stocks’/materiais para suporte à operacionalização do negócio, ambas até um milhão de patacas, com um prazo de pagamento estipulado até três anos.

“Para além do objetivo de disponibilizar soluções financeiras quando necessárias, especialmente neste período difícil, este lançamento do pacote especial para PME, está em linha com a nossa estratégia de fortalecer o relacionamento com todos os segmentos de empresas de Macau e contribuir para a diversificação económica da região”, frisou a instituição bancária.

12 Fev 2020

Bancos | BNU anuncia regime especial e encerra dez sucursais

[dropcap]O[/dropcap] BNU anunciou a suspensão do serviço em dez agências na RAEM. Esta é uma das medidas anunciadas, através de um comunicado oficial divulgado pelo organismo, como resposta à situação do surto do novo coronavírus, após o anúncio do Governo de encerrar os casinos e os serviços públicos básicos.
Assim, segundo as directrizes da Associação dos Bancos de Macau (ABM), desde ontem, dez agências encontram-se encerradas: Mercado Vermelho, Sidónio Pais, Areia Preta, NAPE, Chun Fok, King Light Garden, Rua da Barca, Universidade de Macau, China Plaza e Fai Chi Kei.
Quanto às agências que se mantêm abertas, o organismo anunciou que irão funcionar em horário reduzido. “As agências que permanecem abertas, bem como a Sede do BNU, estão abertas ao público até às 16 horas, tentando prestar os nossos serviços da melhor maneira possível, devido às circunstâncias”, pode ler-se no comunicado.
De acordo com informações avançadas pelo canal chinês da Rádio Macau as agências de mais de metade dos bancos comerciais a operar em Macau vão seguir o mesmo caminho. As sucursais em funcionamento encerrarão às 16 horas.

6 Fev 2020

Bancos | BNU anuncia regime especial e encerra dez sucursais

[dropcap]O[/dropcap] BNU anunciou a suspensão do serviço em dez agências na RAEM. Esta é uma das medidas anunciadas, através de um comunicado oficial divulgado pelo organismo, como resposta à situação do surto do novo coronavírus, após o anúncio do Governo de encerrar os casinos e os serviços públicos básicos.

Assim, segundo as directrizes da Associação dos Bancos de Macau (ABM), desde ontem, dez agências encontram-se encerradas: Mercado Vermelho, Sidónio Pais, Areia Preta, NAPE, Chun Fok, King Light Garden, Rua da Barca, Universidade de Macau, China Plaza e Fai Chi Kei.

Quanto às agências que se mantêm abertas, o organismo anunciou que irão funcionar em horário reduzido. “As agências que permanecem abertas, bem como a Sede do BNU, estão abertas ao público até às 16 horas, tentando prestar os nossos serviços da melhor maneira possível, devido às circunstâncias”, pode ler-se no comunicado.

De acordo com informações avançadas pelo canal chinês da Rádio Macau as agências de mais de metade dos bancos comerciais a operar em Macau vão seguir o mesmo caminho. As sucursais em funcionamento encerrarão às 16 horas.

6 Fev 2020

BNU | Negados problemas de segurança em aplicação móvel

[dropcap]O[/dropcap] Banco Nacional Ultramarino nega que a aplicação móvel BNU App tenha problemas de segurança, como tinha sido indicado na semana passada pelo programa de antivírus McAfee. Uma imagem da aplicação a ser classificada como de “risco elevado” pelo antivírus tinha sido partilhada nas redes sociais, mas o banco garante que a situação já foi resolvida.
“A BNU App é uma aplicação financeira segura que cumpre com os mais recentes e elevados padrões de qualidade e segurança. Ontem [quinta-feira passada], o software antivírus da McAfee categorizou, erradamente, a nossa aplicação como insegura, o que foi prontamente corrigido da parte deles”, esclareceu o BNU, numa resposta enviada ao HM.
De acordo com a versão da instituição com sede em Macau e que pertence ao Grupo Caixa Geral de Depósitos, a aplicação foi escrutinada pela Google e Apple, antes de ser aceite nas lojas das marcas para descarregamento. “Não obstante, aproveitamos para esclarecer que a BNU App, para além dos procedimentos de segurança interna adoptados pelo BNU que garantem a sua fiabilidade, é também profundamente analisada pelas duas principais lojas de aplicações nas quais pode ser encontrada para download – a Google Play e a Apple Store”, foi defendido.
Por estes motivos, o BNU mostra-se confiante que a aplicação não representa qualquer risco para os clientes e termina a resposta enviada ao HM a reforçar esse aspecto. “Reiteramos que os clientes do BNU podem utilizar com toda a segurança a BNU App, onde todas as funções úteis para o dia-a-dia podem ser encontradas com toda a conveniência e à distância de um toque!”, é indicado.

13 Jan 2020

BNU | Negados problemas de segurança em aplicação móvel

[dropcap]O[/dropcap] Banco Nacional Ultramarino nega que a aplicação móvel BNU App tenha problemas de segurança, como tinha sido indicado na semana passada pelo programa de antivírus McAfee. Uma imagem da aplicação a ser classificada como de “risco elevado” pelo antivírus tinha sido partilhada nas redes sociais, mas o banco garante que a situação já foi resolvida.

“A BNU App é uma aplicação financeira segura que cumpre com os mais recentes e elevados padrões de qualidade e segurança. Ontem [quinta-feira passada], o software antivírus da McAfee categorizou, erradamente, a nossa aplicação como insegura, o que foi prontamente corrigido da parte deles”, esclareceu o BNU, numa resposta enviada ao HM.

De acordo com a versão da instituição com sede em Macau e que pertence ao Grupo Caixa Geral de Depósitos, a aplicação foi escrutinada pela Google e Apple, antes de ser aceite nas lojas das marcas para descarregamento. “Não obstante, aproveitamos para esclarecer que a BNU App, para além dos procedimentos de segurança interna adoptados pelo BNU que garantem a sua fiabilidade, é também profundamente analisada pelas duas principais lojas de aplicações nas quais pode ser encontrada para download – a Google Play e a Apple Store”, foi defendido.

Por estes motivos, o BNU mostra-se confiante que a aplicação não representa qualquer risco para os clientes e termina a resposta enviada ao HM a reforçar esse aspecto. “Reiteramos que os clientes do BNU podem utilizar com toda a segurança a BNU App, onde todas as funções úteis para o dia-a-dia podem ser encontradas com toda a conveniência e à distância de um toque!”, é indicado.

13 Jan 2020

Presidente do BNU confia na resiliência da economia de Macau para superar recessão

[dropcap]O[/dropcap] presidente do BNU em Macau expressou ontem à Lusa confiança na “resiliente” economia de Macau para superar a recessão prevista pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2019 e 2020.

“A economia de Macau é muito resiliente, (…) portanto, estou razoavelmente confiante” que a situação seja ultrapassada e não exista um impacto negativo no emprego e no crédito malparado da banca, defendeu Carlos Álvares. “Não há dívida (…), Macau tem um fundo de reserva na casa dos 60 mil milhões de euros e, portanto, pode aumentar os gastos públicos para compensar um bocadinho os eventuais investimentos privados que possam não ocorrer”, afirmou.

O líder do BNU lembrou que “há cinco anos, quando as receitas do jogo caíram para metade, os níveis do desemprego não aumentaram, o Governo continuou a registar superavits” e que “não houve acréscimo de rácios malparados no sector financeiro”. Tal, reiterou, demonstra a resiliência da economia de Macau “a este tipo de oscilações”, ressalvando, contudo, o facto de estar “ainda muito baseada no jogo”, apesar dos “grandes esforços para [garantir] a sua diversificação”.

Na terça-feira, o FMI reviu em baixa as previsões no relatório Perspetivas Económicas Globais para Macau este ano, antecipando agora uma recessão de 1,3 por cento e nova contração da economia, de 1,1 por cento, em 2020.

Adubo negocial

O BNU e o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) assinaram ontem um acordo para aumentar os negócios entre a China e os países lusófonos, disse à Lusa o presidente da instituição bancária.

Carlos Álvares explicou que “o grande objectivo é aumentar o volume de negócios e de investimento entre os países de expressão portuguesa e a China, utilizando Macau como uma plataforma”, falando à margem da Feira Internacional de Macau e da Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa, que começou ontem.

“Já celebrámos protocolos com outras entidades, com entidades bancárias e achamos que celebrar este entendimento com o IPIM pode ser uma mais-valia para as empresas portuguesas, para as empresas de expressão portuguesa e para as empresas, fundamentalmente, das nove cidades da Grande Baía que estão aqui mais próximas em termos de possibilidade de concretização e realização de negócios”, acrescentou.

O responsável frisou que “o BNU faz parte de um grupo, a Caixa Geral de Depósitos [CGD], o maior banco em Portugal, e que (…) está em primeiro em cinco dos países de expressão portuguesa”.

“Congregando estes esforços entre a CGD em países de expressão portuguesa e em Portugal, BNU (…), IPIM aqui em Macau e outros bancos chineses (…) será possível com certeza aumentar o volume de negócios entre estes países”, bem como “o volume de investimento”, garantiu. “O que nós sentimos é que se trabalharmos em conjunto com outras entidades que têm objectivos semelhantes é possível fazer mais”, concluiu.

18 Out 2019

Maló Clinic deve ao BNU mais de 61 milhões de patacas

[dropcap]O[/dropcap] Banco Nacional Ultramarino (BNU) tem uma dívida por receber de 6,9 milhões de euros, o equivalente a 61 milhões de patacas, por parte da Maló Clinic. Segundo a informação publicada pelo jornal Público, na sexta-feira, a instituição bancária sediada em Macau é mesmo o segundo maior credor da clínica que se encontra em Processo Especial de Revitalização (PER).

O PER é uma plataforma para empresas insolventes ou em vias de entrarem em bancarrota em que devedores e credores tentam renegociar as dívidas existentes. O objectivo passa por garantir que as empresas conseguem sobreviver, ao mesmo tempo que os credores recuperam as dívidas, ou parte delas, mesmo que em condições menos vantajosas.

Em relação às dívidas ao BNU, não são mencionadas informações sobre os créditos, nem a data dos mesmos.

No entanto, no topo da lista de credores está o português Novo Banco, que teve uma representação em Macau até 2017, altura em que foi vendida ao grupo Well Link, na sequência da queda do Banco Espírito Santo (BES). Segundo os números do PER, o Novo Banco tem a receber da clínica 50,07 milhões de euros, o que equivale a 500,7 milhões patacas. O top três é fechado pela Nobel Biocare Portugal e Nobel Biocare Services, que juntos reclamam cerca de 3,42 milhões de euros. Entre os credores encontra-se igualmente o Instituto de Segurança Social com uma dívida superior a 1,9 milhões de euros.

Fundador também reclama

Quem também reclama de uma dívida por parte do grupo é o próprio fundador Paulo Maló. Contudo, segundo o Público, a dívida de 2,6 milhões de euros não é reconhecida pelo administrador judicial. Nesta decisão terá pesado o facto de Paulo Maló não ter conseguido apresentar documentação sobre o montante reclamado: “não se reconhece o valor reclamando, porquanto não se viu junta com a relação de créditos, como competia, qualquer documentação comprovativa do valor reclamado, sendo que da contabilidade revitalizada não resulta a existência de qualquer crédito para com o reclamante”, é justificado.

No âmbito do PER há um total de 88 credores que exigem 94,6 milhões de euros. No entanto, o valor reconhecido é apenas de 66,9 milhões de euros, o que com juros chega aos 70,8 milhões.

A Maló Clinic entrou em PER em Agosto deste ano, numa notícia avançada pelo jornal Expresso, e está presente em mais de 60 cidades de 25 países. As representações são em consultórios próprios ou através do sistema de franchising. Já o volume de negócios atingiu os 30 milhões de euros.

17 Set 2019

Lucros do BNU em Macau sobem no primeiro semestre para 366,8 milhões de patacas

[dropcap]O[/dropcap] Banco Nacional Ultramarino (BNU) em Macau registou, no primeiro semestre deste ano, lucros de 366,8 milhões de patacas, indicam dados oficiais ontem divulgados.

Em relação a igual período de 2018, os lucros do BNU, do grupo Caixa Geral de Depósitos, subiram 18% nos primeiros seis meses de 2019. No primeiro semestre do ano passado, os lucros do banco foram de 311 milhões de patacas.

De acordo com o balancete de 30 de Junho passado, publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau, o BNU registou proveitos de 865 milhões de patacas e custos de 498 milhões de patacas.

O banco fechou 2018 com lucros de 585 milhões de patacas, proveitos de 1,7 mil milhões de patacas e custos de 1,1 mil milhões de patacas.

8 Ago 2019

BNU | Banco doa 1,6 milhões de patacas à associação Tung Sin Tong

[dropcap]O[/dropcap] Banco Nacional Ultramarino (BNU) de Macau doou 1,6 milhões de patacas à associação sem fins lucrativos Tung Sin Tong, foi ontem anunciado. Criada em 1892, a associação sem fins lucrativos Tung Sin Tong “tem estado na primeira linha das organizações de caridade em Macau”, providenciando cuidados de saúde e de educação gratuitos para os cidadãos mais carenciados, indicou o BNU, em comunicado.

O valor doado anualmente pelo BNU é “calculado com base numa percentagem do valor gasto em compras” com um cartão de crédito do banco, lançado em conjunto com a associação em 1999, acrescentou. O BNU contribuiu, desde o início deste regime de doação, com 15,7 milhões de patacas para a Tung Sin Tong, presidida pelo actual vice-presidente da Assembleia Legislativa de Macau, Chui Sai Cheong, de acordo com a mesma nota.

4 Jun 2019

BNU | Presidente aposta nas PME, jovens e na maior envolvência bancária

Numa entrevista concedida à agência Lusa, o presidente do Banco Nacional Ultramarino, Carlos Álvares, falou das oportunidades que o projecto da Grande Baía representa e fala das iniciativas do banco para os próximos anos

 

[dropcap]O[/dropcap] presidente do BNU em Macau disse à Lusa que as suas prioridades são a aposta nas Pequenas e Médias Empresas (PME), nos jovens e tornar-se o principal banco para mais clientes.

Carlos Álvares frisou também que o BNU “tem 240 mil clientes”, mas é o principal banco para 25 ou 30 mil clientes, “o que significa que a operação pode ser bem mais rentável”, já que o principal banco de cada cliente “congrega 70 por cento dos movimentos”.

Na entrevista na sede do BNU, o banqueiro disse ainda que outra das prioridades para o resto do mandato passa por estar mais próximo das PME: “Há sete mil empresas que trabalham connosco do lado dos depósitos, mas temos de estar mais próximos do lado do crédito, o que não é fácil porque os nossos padrões são os europeus e portugueses”.

Em causa está a diferença que é feita na avaliação financeira das empresas na Europa e em Macau: “Os padrões europeus [de análise de risco das empresas] estão muito baseados no fluxo de caixa e aqui há uma tendência para o crédito ser baseado nas garantias reais, há um planeamento fiscal bastante forte por parte das micro e médias empresas e isso não reflecte nos seus números a boa realidade que têm, o que é limitador da capacidade de receberem crédito”.

Para Carlos Álvares, o facto de haver esta diferença “é uma pena, porque essas pequenas empresas podiam transformar-se em médias e as médias em grandes se pudessem aproveitar o facto de ter mais crédito, que seria baseado em números e não em hipotecas”.

Outra das grandes apostas para os próximos trimestres passa pela aproximação ao mercado dos jovens.

“Temos de estar mais próximo dos jovens, temos quotas de mercado muito interessantes nas pessoas acima dos 40 anos, mas muito baixas nas pessoas abaixo de 25 anos, o que quer dizer que temos de ir bater à porta dos pais e dos avós dos miúdos a dizer que há aqui uma casa fantástica”, concluiu o banqueiro.

A Grande Baía

No que diz respeito à área da integração regional, Carlos Álvares vincou que o projecto da Grande Baía “é um mar de oportunidades para quem quiser vir para Macau; um dos pilares é Macau ser o centro mundial de lazer, e o segundo é ser uma plataforma de negócios entre a China e os países de língua portuguesa”.

Nesse sentido, “o BNU pode ser um congregador de esforços e um potenciador de negócios entre Portugal e Macau e a China, e estamos investir bastante nisso; para além da proximidade que temos com o Fórum Macau, estamos a tentar fazer o mesmo com a AICEP e a agência de captação de investimento de língua portuguesa, para mostrar as oportunidades de negócio na Grande Baía”, acrescentou o responsável.

“A Grande Baía inclui cinco por cento da população chinesa, mas vale 11 ou 12% do PIB e um terço das exportações chinesas”, vincou o banqueiro, acrescentando que, como o BNU é detido a 100% pela Caixa Geral de Depósitos, está em todos os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, com uma quota de mercado significativa.

“Infelizmente, conta-se pelos dedos as empresas portuguesas na China, mas uma coisa é ir para a China, que é um mundo, e outra coisa é vir para a Grande Baía, que é uma zona com 70 milhões de habitantes com um potencial de compra muito grande e que pode ser geradora de uma miríade de negócios”, salientou o antigo presidente do Banco Popular.

Macau, concluiu, “poderia ser uma boa porta de entrada, até porque um dos pilares de desenvolvimento de Macau é ser uma plataforma de negócios entre Portugal e os países de língua portuguesa, e a China” e, neste contexto, “o BNU pode ser uma ajuda preciosa para essas empresas se instalarem aqui, tendo a facilidade da língua, fazendo o banco a ponte entre o Ocidente e o Oriente de forma bastante simplificada”.

Na entrevista, Carlos Álvares referiu ainda que a campanha de recolha de donativos para ajudar as vítimas do ciclone Idai em Moçambique reuniu 300 mil patacas.

27 Mai 2019

BNU doa 750 mil patacas à Universidade de Macau

[dropcap]O[/dropcap] Banco Nacional Ultramarino (BNU) doou 750 mil patacas à Universidade de Macau (UM), indicou ontem a instituição bancária em comunicado.

O valor doado anualmente pelo BNU é “calculado com base numa percentagem do valor gasto em compras” com um cartão do banco, que desde 2013 já doou mais de 4,5 milhões de patacas à UM, de acordo com o mesmo comunicado.

27 Mar 2019

Lucros do BNU descem 17% em 2018 para mais de 500 milhões de patacas

[dropcap]O[/dropcap]s lucros do Banco Nacional Ultramarino (BNU) desceram 17% em 2018, para 585 milhões de patacas, indica o balancete ontem publicado no Boletim Oficial. Em 2017, o banco, do grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD), tinha registado lucros de 706 milhões de patacas.

De acordo com o balancete, a 31 de Dezembro passado, o BNU registou proveitos de 1,7 mil milhões de patacas e custos de 1,1 mil milhões de patacas. No primeiro semestre de 2018, os lucros do BNU registaram uma descida de 3,15% para 311 milhões de patacas, em relação ao mesmo período de 2017.

31 Jan 2019

Banca | Pedro Cardoso vai ser responsável por área internacional do Bison Bank

[dropcap]P[/dropcap]edro Cardoso, anterior presidente do Banco Nacional Ultramarino (BNU), vai ser o responsável pela área internacional do Bison Bank, antigo Banif – Banco de Investimento, adquirido à Oitante pela Bison Capital Financial Holdings em Novembro de 2018.

Segundo o Jornal Económico, Pedro Cardoso foi inicialmente proposto para ser presidente executivo do Bison Bank, mas o banco acabou por optar pelo chinês Bian Fang, face ao risco de chumbo das avaliações de idoneidade do gestor português no Banco de Portugal.

De acordo com o jornal, o risco de chumbo está relacionado com a auditoria forense à Caixa Geral de Depósitos no período entre 2000 e 2015, altura em que Pedro Cardoso foi administrador.

21 Jan 2019

Lucros do BNU caíram 15,7 por cento nos primeiros nove meses

[dropcap]O[/dropcap] Banco Nacional Ultramarino (BNU) fechou os primeiros nove meses do ano com lucros de 475,91 milhões de patacas, contra 564,08 milhões apurados em igual período do ano passado, o que representa uma diminuição de 15,7 por cento.

Segundo o balancete, de 30 de Setembro, publicado ontem em Boletim Oficial, o BNU registou proveitos de 1,29 mil milhões de patacas e custos de 814,12 milhões. Em 2017, o BNU registou lucros de 706 milhões, impulsionados pela mais-valia da venda de um imóvel pelo que o presidente executivo do BNU, Carlos Cid Álvares, afirmou esperar terminar 2018 com sensivelmente 600 milhões, ou seja, menos 100 milhões.

O BNU, do grupo Caixa Geral de Depósitos, é, a par com o Banco da China, banco emissor de moeda em Macau, contando actualmente com duas dezenas de agências, incluindo uma na Ilha da Montanha, em Zhuhai. A mais recente foi inaugurada a 30 de Outubro, na Universidade de Macau.

8 Nov 2018

BNU Macau pronto para apoiar investimentos em Portugal, África e China

[dropcap]O[/dropcap]presidente executivo do Banco Nacional Ultramarino (BNU) em Macau, Carlos Álvares, disse que a instituição está preparada para apoiar os empresários que queiram investir em Portugal, África e China.

O BNU “é líder em cinco dos sete países de língua portuguesa” em África, “pode assumir-se como uma porta de entrada na China” e, uma vez que beneficia “de uma relação estreita com o universo do grupo Caixa Geral de Depósitos”, do qual faz parte, pode ser importante na promoção de “investimento de empresas chinesas em Portugal”, argumentou o responsável.

No caso de Portugal, Álvares destacou “a grande abertura para o investimento estrangeiro”, o regime fiscal, a qualidade de vida, a segurança e os vistos ‘gold’ como actrativos para os empresários lusófonos e chineses.

As declarações de Carlos Álvares foram realizadas durante o IV Fórum de Jovens Empresários entre a China e os Países de Língua Portuguesa, que decorreu na Feira Internacional de Macau (MIF, na sigla em inglês).

O BNU em Macau espera atingir lucros superiores a 64 milhões de euros no final do ano, segundo o líder daquela instituição. O banco fechou o primeiro semestre do ano com lucros de 310,8 milhões de patacas, menos 3,15% em relação ao mesmo período de 2017. Os lucros daquela instituição tinham registado uma subida de 26% em 2017 para 706 milhões de patacas.

21 Out 2018

BNU | Impacto diminuto de contas encerradas por recusa de fornecimento de dados pessoais

O presidente executivo do BNU, Carlos Cid Álvares, prevê que seja “muito reduzido” o impacto do encerramento de contas, apontando que mais de 90 por cento dos clientes autorizaram a transferência de dados pessoais

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]e uma carteira de 240 mil clientes particulares, mais de 90 por cento preencheram o formulário a autorizar a transferência de dados pessoais para efeitos de supervisão por parte do grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD). Em entrevista ao HM, o novo presidente executivo do BNU, que tomou posse em Junho, antecipou “um impacto final muito reduzido”.

O formulário KYC (Know Your Costumer) gerou controvérsia, a partir do final de 2016, quando surgiram os primeiros relatos de contas congeladas por clientes que recusaram fornecer dados pessoais, bem como críticas relativas à abordagem feita pelo BNU. Carlos Cid Álvares entende, porém, que “o processo correu bastante bem”, observando que os poucos clientes que inicialmente não deram o seu consentimento “têm-no vindo a fazer paulatinamente”.

“Nesta fase final, em que temos mesmo que avançar com o processo de encerramento de contas, utilizámos a banca telefónica para entrar em contacto e apercebemo-nos de que havia clientes de uma faixa etária mais elevada que não tinham percebido muito bem” a razão do formulário. “É um facto que os clientes têm vindo a aderir e, portanto, acho que o impacto final vai ser muito reduzido. Fico muito satisfeito com isso, quer em termos de número de clientes quer de volume de negócio”, afirmou o presidente executivo do BNU, dando conta de que será preciso esperar pelo final do ano para que haja dados concretos. “Acho que o banco fez um trabalho fantástico nesse domínio porque não vejo reclamações sobre o processo”, observou.

Do universo de reclamações, analisadas mensalmente por um comité no seio do BNU, Carlos Cid Álvares citou dois exemplos: a cobrança de comissões bancárias, que podem eventualmente não ser devidas, e uma baixa competitividade nas taxas de juro. Relativamente às comissões do cartão de crédito, o presidente executivo do BNU afirmou ser um assunto que o banco “está a endereçar”, enquanto no caso das taxas de juro o banco está alinhado com o mercado. “Procuramos demonstrar que estamos competitivos com os outros bancos – não somos o mais barateiro nem o mais careiro”.

Segundo Carlos Cid Álvares, o BNU encontra-se nos “primeiros cinco lugares em quase todos os indicadores”, mas afigura-se difícil apurar uma quota de mercado em termos gerais, desde logo por se estar a comparar um banco com sucursais que “utilizam o balanço da sua casa-mãe para fazer operações”. “Não podemos ceder 25 por cento dos nossos fundos próprios na realização de operações de crédito, quando os outros, ao serem sucursais estão limitados a 25 por cento dos fundos próprios mas da sua casa-mãe, que são as maiores entidades do mundo”, exemplificou. Tal reveste-se de importância nomeadamente no contexto do financiamento das operadoras de jogo, embora tal não signifique que o BNU esteja à margem. “Isso não quer dizer que não tenhamos uma relação muito forte [com os casinos], porque é histórica e tem funcionado na base de um grande profissionalismo e, portanto, conseguimos ter contrapartidas que, se calhar, excedem a nossa posição relativa em termos de crédito”.

A escolha número 1

O BNU conta com 240 mil clientes particulares, no entanto, como estima o presidente executivo, talvez “apenas um quarto elegerá o BNU como primeiro banco”, ou seja, sensivelmente 60 mil. “Não é mau, equivale a 10 por cento da população”, comentou, indicando que entre Janeiro e Agosto foram abertas dez mil novas contas, “um sinal de que o banco está vivo, tem uma marca forte e produtos e serviços adequados ao mercado onde opera”.

O BNU fechou o ano passado com lucros de 706 milhões de patacas, impulsionados pela mais-valia da venda de um imóvel, pelo que Carlos Cid Álvares espera terminar 2018 com sensivelmente 600 milhões, ou seja, menos 100 milhões. Um resultado que prevê que seja superior no próximo ano, cujos objectivos estão a ser actualmente ‘negociados’ com a casa-mãe.

Não obstante, manter-se-ão inalterados os “três pilares fortíssimos do banco”: “Temos que preservar o que estamos a fazer bem que é, no fundo, a base de clientes, a relação com os casinos e depois, obviamente, com os organismos do Estado e os funcionários públicos”. Carlos Cid Álvares sinaliza, contudo, aspectos a melhorar, como o negócio com as pequenas e médias empresas (PME). “Há muitas PME e com um risco interessante, mas há dificuldade em aferi-lo para se poder fazer mais e bom crédito”, apontou. “Há dois instrumentos fundamentais para o fazer: os elementos contabilísticos das empresas – que nem sempre são entregues aos bancos de forma atempada e a existência de uma central de responsabilidades, de riscos, algo que está a ser trabalhado, mas que ainda não existe”, explicou o número um do BNU. “Acho que as PME estão a perder a oportunidade de se financiarem mais, porque estão muito financiadas na base das hipotecas dos activos que possuem no seu balanço, quando poderiam estar a ser financiadas com base no seu ‘cash flow’ e na capacidade de reembolso”.

Além das PME, o BNU tem na mira outro alvo: “Queremos estar mais próximos do segmento jovem e vamos abrir uma agência na Universidade de Macau [este mês]”, indicou, destacando ainda a aposta nas novas tecnologias.

Plataforma sino-lusófona

O desenvolvimento do negócio entre a China e os países de língua portuguesa figura entre outra das prioridades. “Pretendemos ser um parceiro activo, com o IPIM, com o Fórum Macau, com a AICEP e as câmaras de comércio”, sublinhou Carlos Cid Álvares, para quem o BNU “tem uma vantagem comparativa bastante interessante”. “A CGD está em sete países de expressão portuguesa, sendo o maior banco em cinco e, portanto, temos todas as condições para ser um parceiro importante das empresas que estão nestes países nas suas relações com a China e Macau”. “No fundo, estamos nos dois lados do tabuleiro”, salientou. As transacções entre a China e os países de língua oficial portuguesa que passam pelo BNU têm crescido a dois dígitos, em linha com as trocas comerciais sino-lusófonas, mas Carlos Cid Álvares reconhece que a base “não é muito elevada”, embora esteja “confiante” no seu crescimento.

O projecto da Grande Baía também desperta a atenção do BNU: “Pode constituir uma oportunidade de negócio não só para as empresas que já cá estão mas também para outras que, porventura, se queiram instalar aqui. Macau pode ser uma ponte fantástica para ajudar e o sistema financeiro, nomeadamente o BNU, ter um papel importante para esse contributo”. Neste sentido, destacou os “bons frutos” gerados pela agência do BNU na Ilha da Montanha. “Estamos a apoiar os empresários que estão a investir do lado de lá e a participar também em operações sindicadas com empresas de muito bom risco. É um braço que temos para, no fundo, aproveitar o crescimento de negócio que vai ocorrer com uma probabilidade elevadíssima no curto prazo no âmbito da Grande Baía”, realçou.

4 Out 2018

Fundo de Pensões | Gastas 30 mil patacas para guardar arte japonesa em cofre do BNU

Trinta mil patacas em trinta anos. Foi quanto o Fundo de Pensões pagou para guardar nos cofres do BNU a colecção de arte japonesa que detém

 

[dropcap style=’circle’]M[/dropcap]anter a colecção de arte japonesa, composta por 84 gravuras datadas dos séculos XVIII e XIX, guardada nos cofres do Banco Nacional Ultramarino (BNU) há 30 anos representou uma despesa total na ordem das 30 mil patacas. A informação foi facultada ao HM pelo Fundo de Pensões que deu conta de que o valor do aluguer foi entretanto aumentado para 5.000 patacas por ano.

A pergunta tinha sido suscitada no seio da Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Finanças Públicas da Assembleia Legislativa (AL) a propósito do retorno do investimento nas obras de arte, adquiridas entre finais de 1987 e 1989. “Contando as despesas com o depósito das gravuras , é provável que a taxa de retorno seja quase zero”, estimaram os deputados no relatório, publicado em meados do mês, assinalando que o Governo não chegara a revelar, porém, o montante das despesas com o depósito no cofre ao longo dos 30 anos.

Adquirido na sequência da crise bolsista de 1987, por 13,6 milhões de patacas, o conjunto foi avaliado, 30 anos depois, em Março último, pela empresa Castle Fine Arts em sensivelmente 16 milhões de patacas. Trata-se de um aumento na ordem dos 2,6 milhões de patacas ou de 0,6 por cento ao ano. Se, por um lado, os deputados entendem que a compra das obras de artes foi feita “num momento oportuno”, por outro, observam que “o desempenho do investimento deixou o público bastante desiludido”. “A taxa de retorno é inferior à taxa de juro dos depósitos a prazo, sem sequer superar a inflação”, diz o documento.

Além de duas gravuras avulsas de Kitagawa Utamaro (1754-1806) e Suzuki Harunobu (1724-1770), o conjunto inclui duas colecções: uma da autoria de Katsushika Hokusai (1760-1849), formada por 46 gravuras; e outra de Ando Hiroshije (1797-1858), composta por 36, sob a temática “As Trinta e seis vistas do Monte Fuji”.
A primeira figura, aliás, como “a mais aclamada série de gravuras originais Ukiyoe de Katsushika Hokusai”, segundo escreveu, em 1993, na Revista Cultura, Tetsuya Noda, à época professor de Gravura da Universidade Nacional de Belas Artes e Música de Tóquio.

Exibição quase descartada

A possibilidade de o conjunto de arte japonesa ser exibido parece uma carta fora do baralho. O Fundo de Pensões “necessita de proceder a um estudo profundo sobre a viabilidade da sua exposição ao público” para “garantir a qualidade e o valor das gravuras, afirmou, em resposta a uma interpelação escrita apresentada por Mak Soi Kun, datada de Julho.
O Fundo de Pensões defende que, como o objectivo que presidiu à aquisição do conjunto de obras arte foi o investimento, “o mais desejável é mantê-lo no seu estado original”. “Se essas gravuras forem exibidas ao público, será necessário proceder ao seu envio para o Japão para molduragem, resultando em elevados custos no transporte, molduragem, seguros, etc.”, observou o Fundo de Pensões, na réplica ao deputado que preside, aliás, à Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Finanças Públicas da AL. Em paralelo, não só “os coleccionadores perdem em geral interesse na compra das gravuras com molduras”, como há a possibilidade de sofrerem danos e ver o seu valor afectado caso sejam posteriormente retiradas das molduras, argumentou o Fundo de Pensões.

30 Ago 2018

Banca | Lucros do BNU diminuíram 3,1 por cento no primeiro semestre

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Banco Nacional Ultramarino (BNU) fechou o primeiro semestre do ano com lucros de 310,8 milhões de patacas, contra 320,9 milhões apurados em igual período do ano passado, o que representa uma diminuição de 3,1 por cento. Segundo o balancete, a 30 de Junho, publicado ontem em Boletim Oficial, o BNU registou proveitos de 846,3 milhões de patacas e custos de 535,5 milhões. O BNU, do grupo Caixa Geral de Depósitos, fechou 2017 com lucros de 706 milhões de patacas, mais 26 por cento do que no ano anterior. O BNU é, a par com o Banco da China, banco emissor de moeda em Macau, contando actualmente com duas dezenas de agências, incluindo uma na Ilha da Montanha, em Zhuhai

9 Ago 2018

BNU anuncia Carlos Álvares como novo presidente da comissão executiva

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Banco Nacional Ultramarino (BNU) anunciou ontem a nomeação de Carlos Álvares como novo presidente da comissão executiva, sucedendo a Pedro Cardoso, que liderou o banco português nos últimos sete anos.

Em comunicado, o BNU justificou a nomeação de Carlos Álvares devido à sua “longa experiência no setor bancário”, tendo sido diretor-geral do Banco Comercial Português e ainda presidente do Banco Popular Portugal.

Em maio, Pedro Cardoso já tinha confirmado à Lusa que ia sair do grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD) no primeiro semestre, fazendo um balanço “seguramente positivo” dos sete anos à frente desta filial do banco português.

“Faço um balanço seguramente positivo”, disse Pedro Cardoso em entrevista à Lusa. “Quando cheguei a Macau, em 2011, o banco tinha 240 mil clientes, agora tem mais 50 mil, com os clientes mais fidelizados, tínhamos 2,4 produtos por cliente em 2011 e agora temos 3,6 produtos, o que pode parecer pouco, mas é um aumento de 40% de produtos por cliente”, sublinhou Pedro Cardoso.

De acordo com o comunicado do Banco, que tem a sua sede em Macau, Ieong Kim Man vai assumir o cargo de diretor-geral da direção de tecnologia de informação.

O BNU faz parte do Grupo Caixa Geral de Depósitos e está presente em Macau, Zhuhai-Hengqin e Xangai, constituindo uma plataforma para empresas e particulares nos negócios entre a China, Macau, Portugal e os países de língua oficial portuguesa.

“A estreita ligação do BNU aos países de língua portuguesa, aproveitando a extensa rede bancária da CGD, permite-nos estar numa posição única para promover o comércio bilateral entre a China e os países lusófonos, no sentido de apoiar investidores chineses e empresas dos países de língua portuguesa que procuram internacionalizar-se para a China”, apontou em comunicado o banco, na passada quinta-feira, depois da assinatura, em Lisboa, de um protocolo de cooperação entre o Banco e a CGD.

De acordo com o BNU, este protocolo visa promover, aproveitando a rede global da CGD e do BNU, e disponibilizar referências de oportunidades de negócios individuais, empresariais e financeiros, assim como fortalecer a cooperação em negócios relacionados com crédito, entre a China e os países de língua portuguesa.

O acordo foi assinado entre o presidente da comissão executiva da CGD, Paulo Macedo, e o presidente e vice-presidente do conselho de administração do BNU, José João Guilherme e Carlos Cid Álvares, respetivamente.

Em 2017 os lucros do BNU em Macau subiram 26% para 706 milhões de patacas (cerca de 70 milhões de euros), em relação ao período homologo do ano anterior.

Em 2016, o banco, do grupo Caixa Geral de Depósitos, tinha registado lucros de 560,5 milhões de patacas (cerca de 60 milhões de euros).

O BNU é, juntamente com o Banco da China, banco emissor de moeda em Macau, e conta atualmente com 20 agências, incluindo uma na Ilha da Montanha, em Zhuhai, cidade chinesa adjacente ao território.

27 Jun 2018

Solidariedade | BNU doa 1,6 milhões de patacas à associação Tung Sin Tong

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Banco Nacional Ultramarino (BNU) de Macau doou 1,6 milhões de patacas à associação sem fins lucrativos Tung Sin Tong, anunciou ontem a instituição bancária em comunicado.

Criada em 1892, a associação sem fins lucrativos Tung Sin Tong “tem estado na primeira linha das organizações de caridade em Macau”, providenciando cuidados de saúde e de educação gratuitos para os cidadãos mais carenciados, indicou o BNU.

O valor doado anualmente pelo BNU é “calculado com base numa percentagem do valor gasto em compras” com um cartão de crédito do banco, lançado em conjunto com a associação em 1999, acrescentou. O BNU contribuiu, desde o início deste regime de doação, com 13,7 milhões de patacas para a Tung Sin Tong, de acordo com a mesma nota.

17 Mai 2018

Pedro Cardoso sai do BNU em Junho com “balanço seguramente positivo”

[dropcap style=’circle’] O [/dropcap] presidente do BNU de Macau confirmou à Lusa que vai sair do grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD) no primeiro semestre, fazendo um balanço dos sete anos à frente desta filial da banco português. “Faço um balanço seguramente positivo”, disse Pedro Cardoso, que confirmou a decisão de “mudar em termos de percurso profissional” e sair do grupo CGD.
“Quando cheguei a Macau, em 2011, o banco tinha 240 mil clientes, agora tem mais 50 mil, com os clientes mais fidelizados, tínhamos 2,4 produtos por cliente em 2011 e agora temos 3,6 produtos, o que pode parecer pouco, mas é um aumento de 40% de produtos por cliente”, sublinhou Pedro Cardoso.
Em termos de dimensão do balanço, o responsável disse que em 2011 contribuíam com 30 milhões de euros para os resultados líquidos da CGD, e em 2017 contribuíam com 70 milhões de euros. “Portanto, durante seis anos consecutivos tivemos aumento de resultados, o que não é um desempenho fácil de igualar, seja por aqueles lados, seja por aqui em Portugal”, acrescentou Pedro Cardoso.
Questionado sobre a possibilidade de a operação em Macau ser reduzida ou terminada face à política externa da CGD, Pedro Cardoso disse que “o BNU é considerado um activo estratégico do Grupo CGD e não está no grupo das operações para venda ou encerramento no âmbito do processo de reestruturação associado à capitalização efetuada em 2017”.
Pedro Cardoso acompanhou à distância a intervenção financeira externa sobre Portugal no âmbito do programa de ajustamento financeiro e passou por várias administrações da CGD, acompanhando de perto o aumento das relações entre a China e Portugal.
“Portugal tem evoluído, do ponto de vista económico, de forma bastante favorável nos últimos anos, com melhorias significativas nos indicadores do PIB [Produto Interno Bruto], da taxa de desemprego e das contas externas e orçamentais, e isso não deixa de ser reconhecido pelos chineses como factor adicional de confiança para investir em Portugal”, disse. O banqueiro nota ainda a “visão bastante positiva da China relativamente a Portugal” e o facto de o país se ter “destacado como um dos principais destinos de investimento chinês na Europa”.
Pedro Cardoso deixou ainda um conselho às empresas portuguesas que procuram expandir a sua actividade para o gigante asiático: “É um mercado bastante atractivo para as empresas portuguesas, mas a minha experiência aponta no sentido de as empresas pensarem que por ser tão grande é fácil entrar, bastando exporem os produtos e serviços e garantindo mercado”.
Isso, apontou, “é um erro bastante grande, porque o mercado é bastante competitivo, é preciso uma boa base de fundamentação estratégica e uma execução exemplar” do plano de negócios.
O ideal, defende, “é olhar para o mercado chinês estudando bem os pormenores, a cultura, a língua e os hábitos, e apelava a essas empresas que se associassem entre si dentro do mundo e do espaço português, como fazem as empresas espanholas e francesas”. Isso, concluiu, “seria muito útil em termos de partilha de experiência e conhecimento para actuar naquele mercado”.

9 Mai 2018

Maló Clinic | BNU exige em tribunal de Lisboa dívida equivalente a quase 63 milhões de patacas

O Banco Nacional Ultramarino (BNU) avançou com uma acção de execução contra a Maló Clinic com vista à cobrança de uma dívida no valor de 6,3 milhões de euros – o equivalente a quase 63 milhões de patacas, noticiou o Expresso. A empresa estará em negociações com o banco para encontrar uma solução

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] processo deu entrada na semana passada no Tribunal da Comarca de Lisboa. De acordo com o semanário português, a acção de execução para a cobrança de uma dívida de 6,3 milhões de euros de que é alvo o empresário Paulo Maló, figura como “um efeito colateral da suspensão da licença que a Maló Clinic tinha para operar em Macau”.

Os Serviços de Saúde anunciaram, em finais de Novembro, a suspensão por seis meses do Hospital Taivex/Malo “devido à prática de procriação medicamente assistida, tráfico e contrabando de medicamentos de oncologia, falta de condições de higiene e segurança para a prestação de cuidados de saúde”. Além do encerramento do espaço, até ao próximo dia 21 de Maio, foram aplicadas duas multas a quatro médicos e um enfermeiro, e outra à clínica.

Dias depois, Paulo Maló desmarcou-se do sucedido, afirmando que a ordem de encerramento das instalações da empresa PHC-Pacific Health Care, que detém a licença da TaivexMalo, não abrangia a sua empresa, embora tenha afectado, na prática, o seu funcionamento, uma vez que partilhavam o mesmo espaço. O empresário esclareceu que a Malo Clinic detém apenas em Macau a actividade ligada à medicina dentária e não está relacionada com outras áreas médicas, responsabilidade de outras entidades. “A Taivex/Malo não é a Malo Clinic”, frisou, reiterando que as duas entidades têm estruturas accionistas diferentes.

Pouco depois da suspensão da licença surge uma ordem de despejo por parte da empresa proprietária do Venetian, com a Sands China a manifestar estar “muito preocupada” com a investigação e subsequente decisão dos Serviços de Saúde de suspenderem a licença de um dos arrendatários, o hospital de dia TaivexMalo”.

“Apesar de desconhecer situações em que pacientes tenham sido prejudicados na clínica, a empresa tomou todas as medidas necessárias para proteger os interesses dos clientes e defender o seu compromisso com os mais altos padrões de qualidade depois de ser conhecida a suspensão da licença, incluindo o fim do contrato de arrendamento com efeitos imediatos”, indicou a Sands China num comunicado no início de Dezembro.

Com efeito, em Janeiro, segundo noticiou o Jornal Tribuna de Macau, as instalações do Hospital de Dia Taivex/Malo foram seladas por ordem do tribunal a pedido do BNU por estarem alegadamente em causa dívidas ao banco.

26 Mar 2018

Banca | Pedro Cardoso vai deixar o BNU com resultados positivos, mas sem consenso

Ao longo de quase sete anos, o presidente do BNU conseguiu como feitos maiores aumentar os lucros de 373,1 milhões de patacas para 706 milhões e abrir a primeira representação na Ilha da Montanha. Porém, os cortes nos apoios locais, os formulários a pedir dados dos clientes e a crescente burocratização valem-lhe críticas

 

[dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]edro Cardoso está de saída do Banco Nacional Ultramarino e para o seu lugar espera-se que entre Carlos Cid Álvares. Quando ocorrer a troca, que deve acontecer durante o Verão, o actual presidente do banco detido pelo Grupo Caixa Geral de Depósitos vai cumprir sete anos na liderança dos destinos do BNU. Para trás, Pedro Cardoso vai deixar, segundo as pessoas ouvidas pelo HM, resultados financeiros muito positivos. Quando chegou à presidência do BNU, em 2011, no ano anterior à sua chegada, o banco tinha fechado 2010 com lucros na ordem dos 373,1 milhões de patacas. Quando sair, o actual presidente deixa um lucro de 706 milhões, ou seja quase o dobro, referente a 2017.

Contudo as polémicas com o preenchimento dos formulários “Conheça o Seu Cliente”, e o consequente congelamento de algumas contas, assim como os cortes recentes do banco, apesar dos lucros recorde no ano passado, impedem um consenso total face à prestação do gestor em Macau.

Aposta no Interior da China

Colega de profissão de Pedro Cardoso e administrador do agora banco Well Link, antigo Novo Banco Macau, José Morgado não tem dúvidas que o actual presidente do BNU vai deixar um legado positivo, muito pelos números apresentados e pela relação com o sector financeiro local.

“A avaliação tem de ser positiva e a forma mais lógica de fazer uma análise é olhar para os resultados que conseguiu. Foram sempre em crescendo. Por outro lado tem uma grande aceitação no mercado financeiro local, muito também pelo facto de se ter dedicado a aprender chinês”, contou José Morgado ao HM.

“Aprendeu chinês, ou pelo menos um pouco, e eu próprio assisti a apresentações que fez em chinês em Xangai. Foi um facto que contribuiu para que fosse muito bem aceite no sector financeiro desta região. Afirmou o carácter regional do banco com a dinamização do escritório da representação em Xangai e com a abertura da sucursal na Ilha da Montanha”, justificou.

Uma opinião semelhante à de José Morgado é partilhada pelo economista Albano Martins. O também presidente da Associação Anima considera que sob o comando de Pedro Cardoso o banco ficou mais profissional, mas também mais burocrático, principalmente junto das empresas.

“A impressão que tenho é que o trabalho do Pedro Cardoso foi positivo. Os resultados e a evolução dos lucros é notória”, disse Albano Martins, ao HM. “O banco tornou-se mais profissional, mas provavelmente terá também ficado demasiado burocrático, é a minha ideia como cliente. Por exemplo, para se ter acesso a uma conta pela Internet no BNU, e estamos a falar do acesso, ou seja não é para fazer transacções online, são necessárias montanhas de papéis que têm de ser preenchidas. O processo poderia ser muito mais facilitado, mesmo com as preocupações de segurança e com a movimentação de capitais”, defendeu.

Outras interpretações

Apesar dos recordes, também há quem considere que o BNU tem acompanhado a tendência de crescimento da banca local e mesmo da instituição, antes da chegada do actual presidente.

“O BNU, independentemente dos presidentes que por lá passam, conseguiu resultados que têm batido recordes nos últimos anos”, começou por constatar Paulo Azevedo, presidente do grupo de comunicação De Ficção.

A mesma tendência nos resultados do banco foi explicada pelo gestor da representação em Macau do banco português BCP, José João Pãosinho, que por motivos de ética profissional se recusou a comentar a prestação de Pedro Cardoso.

“Desde 2003, o BNU entrou numa dinâmica de crescimento apreciável e com o Dr. Pedro Cardoso continuou essa dinâmica. O banco está a recolher os frutos de uma estratégia acertada, quando por volta de 2002 e 2003 apostou no apoio à abertura do mercado do jogo”, apontou José João Pãozinho.

O outro lado do lucro

A notícia da saída do presidente do BNU chegou numa altura em que foi alvo de críticas no âmbito dos cortes a apoios e patrocínios locais, principalmente entre a comunidade portuguesa. Uma medida que muitos acreditam ter sido motivada pela situação financeira difícil do Grupo Caixa Geral de Depósitos.

“O BNU pertence a um grupo em reestruturação em Portugal, e é necessário que actue mais segundo os critérios do grupo e menos por critérios localizados. É natural que por força desse condicionalismo que tenham orientações para adoptar uma postura mais regredida e uma actividade não tão contributiva em termos de ajuda a patrocínios”, considera José Morgado.

Apesar de admitir a possibilidade de existirem orientações superiores, Paulo Azevedo recorda a função que o BNU tem assumido em Macau: “O BNU tem outro tipo de responsabilidade que a restante banca portuguesa não tem e está a divorciar-se disso por causa de cortes que o Grupo Caixa em Lisboa decidiu, sem olhar à natureza histórica de liderança da comunidade portuguesa aqui”, notou.

“Muitas vezes, em Portugal, as decisões tomam-se porque Lisboa está muito longe de Macau e os gestores continuam um bocado divorciados da realidade local. É por isso que é importante que o presidente do BNU dê, de vez em quando, um murro na mesa e defenda o posicionamento do banco. Se o BNU perde a reputação e o crédito junto da comunidade portuguesa são os interesses do banco a médio e longo prazo que ficam prejudicados”, considerou.

Também Albano Martins sublinha a necessidade do banco conservar uma boa imagem junto da comunidade portuguesa e dos clientes.

“Provavelmente não é um corte significativo e é politicamente errado. Se calhar é minimalista em termos de exploração para o BNU, não vai representar muito e, por outro lado, cria uma sensação de mal-estar, porque a comunidade de Macau é diferente da de Portugal”, apontou.

“É preciso que as pessoas desçam à terra e percebam que as coisas funcionam de forma diferente. As atitudes e as posturas de quem decide têm de ter em atenção essas questões”, frisou.

Apesar destas versões, ao HM uma fonte informada sobre os processos de decisão do banco, que não quis ser identificada, garantiu que os cortes se devem exclusivamente a Pedro Cardoso e à vontade do gestor em “apresentar lucros mais positivos todos os anos”.

O HM contactou Pedro Cardoso, mas o presidente do BNU não quis fazer qualquer comentário.

Cartas da polémica

Foi em 2016 que os clientes do BNU começaram a receber cartas com “ameaças” de que seriam impedidos de continuar a ser clientes do banco, se não preenchessem o formulário “Know Your Client”. O documento pedia informação e autorização para transmitir ao Grupo Caixa Geral de Depósitos os dados dos consumidores.

Na altura, o tom da carta gerou críticas por parte de alguns clientes, e também Albano Martins considera que houve um erro na comunicação do banco.

“A comunicação não foi a melhor. Foi uma questão que poderia ter sido colocada de uma outra forma… mas foi a maneira que o banco encontrou de comunicar com os clientes”, afirmou o economista.

“Mas também não é uma nódoa pequenina na comunicação que vai deixar marca no desempenho do Pedro Cardoso, que me parece bastante positivo”, frisou.

Já José Morgado considerou normal a parte do documento em que é referido que sem a assinatura do formulário, o BNU ficaria em posição de cancelar as contas dos clientes.

“A situação consolidada da Caixa, que está ligada à UE, exige que os dados sejam relatados e que os clientes cumpram com as regras do fornecimento deste tipo de informação. Se os clientes não pretendem cumprir, naturalmente que o relacionamento pode quebrar-se. Os bancos não podem actuar fora do contexto dos territórios em que estão”, justificou.

 

Momentos Marcantes

Agosto de 2011: Pedro Cardoso é nomeado presidente do Banco Nacional Ultramarino, substituindo Artur Santos, que estava no cargo há cerca de um ano.

Julho de 2013: Esquema de phishing utiliza nome do BNU na tentativa de enganar os clientes do banco. BNU garante que não houve clientes afectados.

Julho de 2015: BNU e sucursal de Macau do Banco da China assinam protocolo para a promoção de negócios entre a China e os Países de Língua Portuguesa.

Início de 2016: Envio de cartas a pedir aos clientes o preenchimento do formulário “Conheça o Seu Cliente”. No documento as pessoas são avisadas que se optarem por não preencher o formulário que a relação entre as partes será terminada.

Julho de 2016: Abertura da primeira agência em Seac Pai Van.

Finais de 2016: Surgem os relatos das primeiras contas de clientes congeladas pelo BNU devido ao facto dos clientes não terem preenchido o formulário KYC, que autoriza a transmissão de dados pessoais à casa-mãe.

Janeiro de 2017: Abertura da primeira sucursal na República Popular da China, na Ilha da Montanha.

Junho de 2017: BNU anuncia logótipo comemorativo dos 115 anos da instituição, apenas em chinês e inglês.

Setembro de 2017: Banco realiza cerimónia comemorativa dos 115 anos, com a presença do presidente da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo.

Janeiro de 2018: BNU anuncia lucros recorde de 706 milhões de patacas em 2017, com um crescimento de 26 por cento face a 2016.

Janeiro de 2018: Instituição começa uma série de cortes ao nível dos apoios e publicidades em Macau.

Fevereiro de 2018: Anúncio da saída de Pedro Cardoso do cargo de presidente do BNU. Carlos Cid Álvares será o homem que se segue.

22 Fev 2018