Renovação Urbana | Empresa estatal vai gerir Pearl Metropolitan

A Companhia de Serviços de Propriedades Gold Court (Macau) vai receber 34,0 milhões de patacas, pelo contrato que tem a duração de um ano. O serviço vai ser prestado no empreendimento Pearl Metropolitan, na Areia Preta

 

A Companhia de Serviços de Propriedades Gold Court (Macau) foi a vencedora do concurso público realizado pela Macau Renovação Urbana, para escolher a responsável pela gestão dos edifícios que constituem o Pearl Metropolitan. A empresa estatal chinesa vai receber 34,0 milhões de patacas, pelo contrato que tem a duração de um ano.

Os resultados do concurso público foram publicados recentemente na plataforma de divulgação pública das informações das empresas com capitais públicos. A Gold Court, que apresentou a quarta proposta com o preço mais elevado, foi a seleccionada entre as nove propostas admitidas.

O serviço vai ser disponibilizado durante um ano, e começa a ser prestado quando o empreendimento de habitação para troca estiver concluído, o que deverá acontecer até ao final do ano.

A proposta mais barata tinha partido da Companhia de Gestão Imobiliária Power Force, que se disponibilizava para prestar o serviço por 22,2 milhões de patacas, uma diferença de quase 12 milhões de patacas. No polo oposto, a proposta mais cara partiu da Sociedade de Instalações e Equipamentos e Administração de Propriedade Shun Fu, que apresentou um preço de quase 85,4 milhões de patacas. Entre as propostas apresentadas, constava também uma da imobiliária JLL Macau que pedia 32,1 milhões de patacas pelo serviço.

De acordo com os critérios do concurso público, o aspecto mais importante era o preço, com um peso de 50 por cento na decisão final. Os restantes aspectos tidos em conta foram o plano dos trabalhos (com um peso de 10 por cento), a estrutura, organização e experiência dos trabalhadores, (15 por cento), a experiência neste tipo de serviços (15 por cento) e ainda o plano de descontos aplicados às fracções que não estiverem vendidas (10 por cento).

Dividido por dois

O projecto Pearl Metropolitan está a ser construído em três terrenos, no mesmo local da Areia Preta, para onde esteve planeada a construção dos prédios Pearl Horizon, cujo projecto foi suspenso, devido à caducidade da concessão.

No terreno identificado como A, o Pearl Metropolitan vai ter seis torres de habitação, que totalizam 6 mil apartamentos. As obras destas casas estão a cargo da China Construction Engineering (Macau), o ramo da RAEM da gigante construtora estatal, e as habitações vão ser utilizadas como moeda de troca para quem tinha comprado fracções habitacionais no Pearl Horizon.

Nos terrenos B e C, estão a ser construídas mais 2.803 habitações, para serem utilizadas temporariamente pelas pessoas com casas a serem renovadas, no âmbito de projectos de Renovação Urbana. O projecto prevê ainda a construção de parques de estacionamento para cerca de 2.900 carros e 1.000 motos.

26 Set 2024

Queixa contra maus-tratos em creche na Areia Preta

Uma encarregada de educação apresentou queixa na polícia contra uma creche situada na Areia Preta e acusa uma trabalhadora da instituição de actos de violência contra o filho que chegou a casa com uma mão deslocada. A situação foi denunciada ontem e resultou num comunicado do Instituto de Acção Social que afirmou estar “muito preocupado”.

Segundo a denúncia, a criança começou a frequentar a creche no ano passado e no início tudo corria bem. Contudo, em duas situações diferentes, em Dezembro e Março, a menor chegou a casa com feridas na cara. A mãe confrontou a creche, que disse que os ferimentos tinham resultado da interacção com as outras crianças.

No entanto, a 13 deste mês, a situação atingiu outras proporções. Nesse dia, a criança chegou a casa e, ao contrário do habitual, não tinha fome nem vontade de brincar, o que fez com que a encarregada de educação decidisse levá-la ao médico.

Na clínica, o médico pediu à mãe que levasse a criança para o hospital, para fazer um raio-X, porque a mão estava inchada, e sempre que era tocada causava dor. No Hospital São Januário, o Raio-X confirmou que a mão estava deslocada, o que levou a que fosse necessário tratamento para colocá-la no sítio.

Pressão alta

Após o diagnóstico, a encarregada de educação contactou a creche e exigiu esclarecimentos, tendo sido ignorada. Nos dias seguintes, foi à creche e abordou diferentes educadoras e assistentes, que lhe garantiram que não tinha acontecido nada de especial à criança. Foi ainda avançada a hipótese de a lesão ter sido causada por uma postura pouco correcta da criança, durante o período da sesta.

As explicações não convenceram a mãe que exigiu ter acesso às imagens de videovigilância. Contudo, inicialmente, só lhe foi garantido o acesso a quatro segmentos das imagens. Revoltada, confrontou a directora da escola ameaçando chamar imediatamente a polícia. Só assim teve acesso às gravações integrais.

Segundo a mulher, na gravação integral é possível ver uma das assistentes, num acto de violência, a levantar a criança por uma mão, até esta ficar totalmente suspensa no ar. A mãe acredita ter sido nesta altura que a mão foi deslocada, porque após este acto, a criança começou a chorar e as imagens mostram que deixou de conseguir agarrar objectos com aquela mão. Apesar do choro, a mãe diz que a criança foi ignorada pelas educadoras e assistentes.

Confrontado com o caso, o IAS afirmou que vai auxiliar nas investigações da polícia e declarou fazer inspecções às creches regularmente.

20 Set 2022

Vogal do IAM exige investigação a entulho no terreno do Pearl Horizon

Chan Pou Sam, vogal do conselho consultivo do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), exige que o Governo investigue a origem do entulho encontrado no lote P, terreno situado na zona da Areia Preta que outrora se destinou ao empreendimento residencial Pearl Horizon.

Ao Jornal do Cidadão, o responsável disse ter recebido muitas queixas de moradores sobre a situação, “cada vez mais grave”, suspeitando de descargas ilegais de entulho e materiais de obras por parte de um estaleiro da construção civil próximo do terreno.

Após uma visita ao lote, Chan Pou Sam foi informado de que na sequência de inspecções, foram feitas limpezas. Os responsáveis pela obra próxima do lote P dizem nada ter a ver com o entulho e sujidade no local e apontaram responsabilidades ao “lixo acumulado nos últimos anos”.

“Se esta situação já existia no passado, porque as autoridades não trataram do assunto, deixando a situação arrastar-se até agora? Se tudo aconteceu agora, as autoridades devem investigar as razões”, indicou Chan Pou Sam.

Lixo a céu aberto

O vogal do IAM destacou ainda que o assoreamento do rio expôs lixo e entulho à superfície. A acumulação de resíduos ao longo da costa pode não apenas poluir o Delta do Rio das Pérolas como aumentar o risco de inundações e prejudicar o funcionamento das estações elevatórias, adiantou.

Desta forma, o responsável exige que entidades como o IAM, Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana, Direcção dos Serviços de Obras Públicas e Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental reforcem as inspecções periódicos.

Uma das alterações defendidas por Chan Pou Sam passa pelo aumento das multas pelas descargas ilegais, actualmente de apenas 600 patacas, podendo atingir 1.000 ou 2.000 patacas caso se tratem de descargas tóxicas para o ambiente.

“São valores muito insignificantes, e para as empresas de construção que precisam cumprir prazos de obras, não são nada, sobretudo se tivermos em conta as grandes empresas”, disse. No Interior da China, lembrou o vogal, os montantes variam entre 100 mil e um milhão de renminbis para este tipo de descarga.

7 Set 2022

Areia Preta | Idade e família entre critérios para acesso a residência de idosos

[dropcap]A[/dropcap] gestão da residência para idosos planeada para a Areia Preta deverá ficar a cargo de associações civis, avançou ontem a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura. Os cuidados a idosos mereceram a atenção de vários deputados, que questionaram como podem ser disponibilizadas mais vagas na residência e quais serão os critérios de acesso.

Elsie Ao Ieong apontou vários factores que vão ser tidos em consideração, além de a medida se destinar a idosos que moram actualmente em edifícios sem elevadores. “Quanto mais velhos forem, maior a facilidade para se mudarem para a residência”, disse a secretária. Além disso, será avaliado se têm familiares e prestadores de cuidados. Os factores vão contar com pontuações, e quanto mais alto for o valor final mais fácil será a entrada.

A conclusão da residência está prevista para 2023, com a possibilidade de se mudarem idosos para as fracções em 2024. As instalações vão contar com elementos inteligentes. Elsie Ao Ieong deu como exemplo que quando um idoso não se mexer no quarto durante um determinado tempo, é emitido um alerta para os trabalhadores. “Vamos fazer um projecto piloto de saúde inteligente destinado às residências para idosos”, indicou.

Sobre o modelo de pagamento da renda, a secretária indicou que um estudo encomendado à UMAC sobre a hipoteca invertida revelou que não há uma grande procura, algo que está relacionado com a desvalorização dos edifícios sem elevadores. São as pessoas na faixa etária dos 40 anos que aceitam melhor a possibilidade – mas são também estas que “têm mais recursos financeiros”.

O deputado Zheng Anting sugeriu utilizar outros terrenos desocupados para construir mais uma residência para idosos, salientando que a sociedade está a envelhecer.

2 Dez 2020

Areia Preta | Habitação para idosos adjudicada por 2,1 mil milhões

O projecto-piloto de habitação para idosos que vai ser construído na Areia Preta foi adjudicado à Companhia de Engenharia e de Construção da China (Macau), num valor superior a dois mil milhões de patacas. O projecto será desenvolvido no lote previsto para o Pearl Horizon

 

[dropcap]A[/dropcap] empreitada para conceber e construir a habitação para idosos no lote onde estava previsto ser erigido o empreendimento Pearl Horizon, na Areia Preta, foi adjudicada à Companhia de Engenharia e de Construção da China (Macau). Dados do Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas (GDI) revelam que o preço é de quase 2,1 mil milhões de patacas. O prazo para as obras é de 860 dias de trabalho e inclui metas obrigatórias.

O GDI aponta que a adjudicação directa foi feita a uma empresa com experiência na concepção e construção de obras semelhantes, considerando que isso permite diminuir o prazo de construção.

O organismo aponta que os trabalhos preliminares já começaram e que foram encontradas várias estacas durante a inspecção ao local da obra. “Encontra-se em curso a contabilização e avaliação das estacas a reutilizar ou a remover por forma a concluir com maior brevidade possível o projecto de execução das fundações e a criar condições para o início dos trabalhos da empreitada ainda no corrente ano”, explica o GDI.

O projecto-piloto vai ter 1.800 fracções de tipologia T0 e vários equipamentos sociais. A conclusão está prevista para daqui a três anos. Anteriormente, o Governo afirmou que o prédio planeado para a Areia Preta teria como destinatários residentes idosos a morar em prédios de cinco andares sem elevador. A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura indicou que seria um bairro com serviços ao domicílio e equipamentos inteligentes para ajudar essa camada da população.

De acordo com o GDI, esta é “a primeira obra pública na RAEM” construída através de pré-fabricação. Entre as vantagens apontadas pelo GDI, estão o alívio da carga no aterro para Resíduos de Materiais de Construção e a velocidade das obras. O projecto será uma “base de aprendizagem e formação” relativamente a pré-fabricados, com o GDI a admitir que poderão ser utilizados em construções futuras nos Novos Aterros Urbanos.

Controlo de despesas

O GDI explica ainda que encarregou uma consultora da medição de trabalhos e materiais para supervisionar os custos durante todo o período da empreitada, que vai também gerir as cláusulas contratuais. O objectivo do Governo é o cumprimento do orçamento previsto.

Nos contratos é estipulado que os Serviços de Medição de Trabalhos e Materiais da empreitada foram adjudicados à Rider Levett Bucknall Macau Limitada, com um valor de 9,15 milhões patacas e um prazo mais extenso: até 1125 dias.

18 Nov 2020

Pearl Horizon | Revelado projecto para o terreno da Areia Preta

Projecto da Macau Renovação Urbana prevê utilizar as fundações originais do Pearl Horizon para erigir 13 torres com capacidade para 4.500 fracções, a serem divididas entre habitação para troca e alojamento temporário. Do projecto fazem ainda parte equipamentos sociais, centros comerciais, estradas e uma central de transportes públicos

 
[dropcap]F[/dropcap]oi finalmente discutida a Planta de Condições Urbanísticas (PCU) para a construção do futuro empreendimento no terreno do Pearl Horizon, que está a ser desenvolvido pela Macau Renovação Urbana, empresa com capitais públicos presidida por Peter Lam.
A apresentação do projecto que prevê alojar 1932 lesados do empreendimento de luxo do Pearl Horizon ficou a cargo de Peter Lam e do arquitecto Johnathan Wong e aconteceu por ocasião da primeira reunião plenária de 2020 do Conselho do Planeamento Urbanístico (CPU). O novo projecto da Areia Preta está dividido em quatro parcelas, estando a zona A destinada a alojar os lesados do Pearl Horizon, as zonas B e C destinadas à habitação temporária e a restante área destinada à construção de equipamentos sociais, uma central de autocarros e centros comerciais.
Afirmando querer “resolver o mais rápido possível o problema dos moradores do Pearl Horizon” Peter Lam revelou que na zona A, onde serão atribuídos os apartamentos aos lesados, haverá parques de estacionamento, praças, uma central de transportes públicos e ainda centros comerciais, desmentindo assim que o projecto iria incluir a construção de um mercado municipal.
“Queremos aproveitar melhor todo o terreno e maximizar os recursos disponíveis, de forma a resolver o problema dos proprietários do Pearl Horizon (…) mas também a questão do trânsito rodoviário. Teremos um hub de transportes colectivos de mais de mil metros quadrados e não iremos construir um mercado municipal, mas sim centros comerciais, facilitando a vida e a mobilidade da população”, detalhou o responsável.
Garantindo que os 1932 lesados terão uma fracção, pelo facto de estarem previstas só na zona A, a construção de 2.000 fogos, Johnathan Wong revelou ainda que as fundações já existentes serão aproveitadas para encurtar o prazo de construção das habitações.
“De acordo com o anúncio do Governo em relação aos proprietários do Pearl Horizon temos 1932 agregados familiares que serão distribuídos pelas diferentes torres do terreno. O que se pretende é melhor aproveitar as fundações já edificadas para encurtar o prazo de construção da habitação para troca”, explicou o arquitecto da Macau Renovação Urbana.

Impacto maior

Com o total das três parcelas juntas a ocupar uma área de 47.800 metros quadrados, Johnathan Wong referiu ainda o projecto teve em conta o planeamento da zona da Areia Preta e que a sua implementação terá impacto em toda localidade, sendo que só as vias públicas irão ocupar 12.400 metros quadrados.
“Tivemos como referência o planeamento da zona da Areia Preta. Teremos duas estradas públicas de 24 metros de largura que fazem circular entre as habitações para troca e alojamento temporário, bem como os equipamentos sociais”, apontou.
Comparando com a área de construção do Pearl Horizon, a área residencial vai ser reduzida em 22,23 por cento, já que o Pearl Horizon previa 18 torres e novo projecto inclui no total apenas 13. Em relação ao número de fracções, o Pearl Horizon previa 5220 fracções e o novo projecto terá 4500 fracções.
“Este é o tipo de resposta urbana que precisamos em Macau (…) porque permite sociabilidade e é a estratégia certa para este tipo loteamento de macro lotes, que não há muito”, referiu o arquitecto Rui Leão.
Para além de tecerem rasgados elogios ao projecto, os membros presentes ontem na reunião levantaram ainda questões relacionadas com a resolução de problemas de trânsito da zona, distância entre torres, o traçado das vias públicas e ainda, a possibilidade da central de transportes públicos vir a acolher uma estação do metro ligeiro.

26 Fev 2020

Pearl Horizon | Revelado projecto para o terreno da Areia Preta

Projecto da Macau Renovação Urbana prevê utilizar as fundações originais do Pearl Horizon para erigir 13 torres com capacidade para 4.500 fracções, a serem divididas entre habitação para troca e alojamento temporário. Do projecto fazem ainda parte equipamentos sociais, centros comerciais, estradas e uma central de transportes públicos

 

[dropcap]F[/dropcap]oi finalmente discutida a Planta de Condições Urbanísticas (PCU) para a construção do futuro empreendimento no terreno do Pearl Horizon, que está a ser desenvolvido pela Macau Renovação Urbana, empresa com capitais públicos presidida por Peter Lam.

A apresentação do projecto que prevê alojar 1932 lesados do empreendimento de luxo do Pearl Horizon ficou a cargo de Peter Lam e do arquitecto Johnathan Wong e aconteceu por ocasião da primeira reunião plenária de 2020 do Conselho do Planeamento Urbanístico (CPU). O novo projecto da Areia Preta está dividido em quatro parcelas, estando a zona A destinada a alojar os lesados do Pearl Horizon, as zonas B e C destinadas à habitação temporária e a restante área destinada à construção de equipamentos sociais, uma central de autocarros e centros comerciais.

Afirmando querer “resolver o mais rápido possível o problema dos moradores do Pearl Horizon” Peter Lam revelou que na zona A, onde serão atribuídos os apartamentos aos lesados, haverá parques de estacionamento, praças, uma central de transportes públicos e ainda centros comerciais, desmentindo assim que o projecto iria incluir a construção de um mercado municipal.

“Queremos aproveitar melhor todo o terreno e maximizar os recursos disponíveis, de forma a resolver o problema dos proprietários do Pearl Horizon (…) mas também a questão do trânsito rodoviário. Teremos um hub de transportes colectivos de mais de mil metros quadrados e não iremos construir um mercado municipal, mas sim centros comerciais, facilitando a vida e a mobilidade da população”, detalhou o responsável.

Garantindo que os 1932 lesados terão uma fracção, pelo facto de estarem previstas só na zona A, a construção de 2.000 fogos, Johnathan Wong revelou ainda que as fundações já existentes serão aproveitadas para encurtar o prazo de construção das habitações.

“De acordo com o anúncio do Governo em relação aos proprietários do Pearl Horizon temos 1932 agregados familiares que serão distribuídos pelas diferentes torres do terreno. O que se pretende é melhor aproveitar as fundações já edificadas para encurtar o prazo de construção da habitação para troca”, explicou o arquitecto da Macau Renovação Urbana.

Impacto maior

Com o total das três parcelas juntas a ocupar uma área de 47.800 metros quadrados, Johnathan Wong referiu ainda o projecto teve em conta o planeamento da zona da Areia Preta e que a sua implementação terá impacto em toda localidade, sendo que só as vias públicas irão ocupar 12.400 metros quadrados.

“Tivemos como referência o planeamento da zona da Areia Preta. Teremos duas estradas públicas de 24 metros de largura que fazem circular entre as habitações para troca e alojamento temporário, bem como os equipamentos sociais”, apontou.

Comparando com a área de construção do Pearl Horizon, a área residencial vai ser reduzida em 22,23 por cento, já que o Pearl Horizon previa 18 torres e novo projecto inclui no total apenas 13. Em relação ao número de fracções, o Pearl Horizon previa 5220 fracções e o novo projecto terá 4500 fracções.

“Este é o tipo de resposta urbana que precisamos em Macau (…) porque permite sociabilidade e é a estratégia certa para este tipo loteamento de macro lotes, que não há muito”, referiu o arquitecto Rui Leão.

Para além de tecerem rasgados elogios ao projecto, os membros presentes ontem na reunião levantaram ainda questões relacionadas com a resolução de problemas de trânsito da zona, distância entre torres, o traçado das vias públicas e ainda, a possibilidade da central de transportes públicos vir a acolher uma estação do metro ligeiro.

26 Fev 2020

Areia Preta | Planta confirma construção de mercado na zona

Habituados a deslocarem-se ao Mercado do Iao Hon, os moradores da Areia Preta vão ter o seu mercado, previsto para ser construído no terreno do Pearl Horizon. A revelação consta na Planta de Condições Urbanísticas para o lote que vai ser desenvolvido pela Macau Renovação Urbana

 
[dropcap]O[/dropcap] Governo está a equacionar a possibilidade de ser construído um mercado na Areia Preta, nomeadamente no espaço que estava destinado para a construção do empreendimento de luxo Pearl Horizon. Esta possibilidade está contemplada na Planta de Condições Urbanísticas (PCU) para a futura construção da empresa com capitais públicas Macau Renovação Urbana.
Depois de o terreno na Areia Preta ter sido recuperado, o Executivo de Chui Sai On decidiu que o mesmo seria utilizado para a construção de habitação pública e casas para troca no âmbito da renovação urbana, cujos moldes ainda não estão definidos.
Mas além da construção de habitações públicas, a PCU prevê a construção de um mercado, assim como equipamentos e instalações públicas, que poderão ser, por exemplo, casas-de-banho.
Neste momento, a zona da Areia Preta é servida pelo Mercado do Iao Hon, que fica mais próximo. As outras alternativas para os moradores passam pelo Mercado Vermelho ou o Mercado Tamagnini Barbosa.
Ainda de acordo com a planta que vai ser discutida na terça-feira, as alturas das torres habitacionais poderão ser de 160 metros. Além disso, o futuro empreendimento nesta área vai ter de criar zonas de paragens para veículos para garantir que o trânsito não é afectado por eventuais paragens nas vias de circulação. Após a abertura da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau esta área foi uma das mais atingidas pelo aumento do trânsito. Além disso, é ainda um acesso chave, e único até ao momento, para os Novos Aterros da Zona A.

Mais de 1900 candidatos

O futuro edifício no terreno do Pearl Horizon vai ser utilizado para vender casas aos lesados do empreendimento de luxo. Segundo os dados apresentados pela Macau Renovação Urbana, houve 1932 candidaturas aceites de pessoas que tinham comprado apartamentos do Pearl Horizon e que mostraram interesse em receber uma fracção habitacional no futuro edifício.
No entanto, estes lesados, assim como os futuros participantes no programa de renovação urbana, deverão ter de esperar até 2023 para poderem receber uma habitação.
O projecto está a ser levado a cabo pela Macau Renovação Urbana, empresa presidida pela empresário do sector Peter Lam, sem fins lucrativos. Além destes trabalhos, a Macau Renovação Urbana viu alterado recentemente o seu estatuto, numa decisão aprovada pelo Conselho Executivo, de que Peter Lam também faz parte, para poder assumir projecto do Novo Bairro de Macau, em Zhuhai.

21 Fev 2020

Areia Preta | Planta confirma construção de mercado na zona

Habituados a deslocarem-se ao Mercado do Iao Hon, os moradores da Areia Preta vão ter o seu mercado, previsto para ser construído no terreno do Pearl Horizon. A revelação consta na Planta de Condições Urbanísticas para o lote que vai ser desenvolvido pela Macau Renovação Urbana

 

[dropcap]O[/dropcap] Governo está a equacionar a possibilidade de ser construído um mercado na Areia Preta, nomeadamente no espaço que estava destinado para a construção do empreendimento de luxo Pearl Horizon. Esta possibilidade está contemplada na Planta de Condições Urbanísticas (PCU) para a futura construção da empresa com capitais públicas Macau Renovação Urbana.

Depois de o terreno na Areia Preta ter sido recuperado, o Executivo de Chui Sai On decidiu que o mesmo seria utilizado para a construção de habitação pública e casas para troca no âmbito da renovação urbana, cujos moldes ainda não estão definidos.

Mas além da construção de habitações públicas, a PCU prevê a construção de um mercado, assim como equipamentos e instalações públicas, que poderão ser, por exemplo, casas-de-banho.

Neste momento, a zona da Areia Preta é servida pelo Mercado do Iao Hon, que fica mais próximo. As outras alternativas para os moradores passam pelo Mercado Vermelho ou o Mercado Tamagnini Barbosa.

Ainda de acordo com a planta que vai ser discutida na terça-feira, as alturas das torres habitacionais poderão ser de 160 metros. Além disso, o futuro empreendimento nesta área vai ter de criar zonas de paragens para veículos para garantir que o trânsito não é afectado por eventuais paragens nas vias de circulação. Após a abertura da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau esta área foi uma das mais atingidas pelo aumento do trânsito. Além disso, é ainda um acesso chave, e único até ao momento, para os Novos Aterros da Zona A.

Mais de 1900 candidatos

O futuro edifício no terreno do Pearl Horizon vai ser utilizado para vender casas aos lesados do empreendimento de luxo. Segundo os dados apresentados pela Macau Renovação Urbana, houve 1932 candidaturas aceites de pessoas que tinham comprado apartamentos do Pearl Horizon e que mostraram interesse em receber uma fracção habitacional no futuro edifício.

No entanto, estes lesados, assim como os futuros participantes no programa de renovação urbana, deverão ter de esperar até 2023 para poderem receber uma habitação.

O projecto está a ser levado a cabo pela Macau Renovação Urbana, empresa presidida pela empresário do sector Peter Lam, sem fins lucrativos. Além destes trabalhos, a Macau Renovação Urbana viu alterado recentemente o seu estatuto, numa decisão aprovada pelo Conselho Executivo, de que Peter Lam também faz parte, para poder assumir projecto do Novo Bairro de Macau, em Zhuhai.

21 Fev 2020

Areia Preta | Arguida no caso de homicídio em prisão preventiva

[dropcap]A[/dropcap] mulher oriunda do Interior da China responsável pelo chocante ataque com faca num apartamento na Areia Preta, do qual resultou uma morte e dois feridos, viu-lhe aplicada a prisão preventiva como medida de coacção.

Segundo um comunicado emitido pelo Ministério Público (MP), o juiz de instrução criminal justificou a medida como uma forma de “evitar o perigo de fugir de Macau” e de continuar a perturbar a ordem e tranquilidade pública.

A prisão preventiva foi também justificada face à “gravidade dos factos, nomeadamente, as circunstâncias perversas e consequências graves que causaram a morte da ofendida na sequência da violência praticada com premeditação”.

Após a investigação preliminar do MP, a arguida foi indiciada da prática, na forma consumada, de um crime de homicídio qualificado e na forma tentada, de dois crimes de homicídio qualificado, bem como do crime de detenção de armas proibidas. O crime de homicídio qualificado é punido com pena de prisão de 15 a 25 anos, enquanto o crime de detenção de armas proibidas é punível com pena de prisão de 2 a 8 anos.

23 Jan 2020

Areia Preta | Arguida no caso de homicídio em prisão preventiva

[dropcap]A[/dropcap] mulher oriunda do Interior da China responsável pelo chocante ataque com faca num apartamento na Areia Preta, do qual resultou uma morte e dois feridos, viu-lhe aplicada a prisão preventiva como medida de coacção.
Segundo um comunicado emitido pelo Ministério Público (MP), o juiz de instrução criminal justificou a medida como uma forma de “evitar o perigo de fugir de Macau” e de continuar a perturbar a ordem e tranquilidade pública.
A prisão preventiva foi também justificada face à “gravidade dos factos, nomeadamente, as circunstâncias perversas e consequências graves que causaram a morte da ofendida na sequência da violência praticada com premeditação”.
Após a investigação preliminar do MP, a arguida foi indiciada da prática, na forma consumada, de um crime de homicídio qualificado e na forma tentada, de dois crimes de homicídio qualificado, bem como do crime de detenção de armas proibidas. O crime de homicídio qualificado é punido com pena de prisão de 15 a 25 anos, enquanto o crime de detenção de armas proibidas é punível com pena de prisão de 2 a 8 anos.

23 Jan 2020

Areia Preta | Homicida namorou com marido da vítima mortal há 10 anos

A mulher que esfaqueou uma família na Areia Preta havia mantido uma relação amorosa com o homem que deixou viúvo há mais de dez anos atrás. Além disso, a suspeita, entregue ao Ministério Público, chegou a pensar que teria sido envenenada pelo homem que procurou no final da fatídica noite de domingo

 
[dropcap]À[/dropcap]s 16h de domingo, Liao, de 33 anos, entrava em Macau pelas Portas do Cerco para procurar o homem com quem havia mantido uma relação amorosa há 10 anos atrás. Ontem a Polícia Judiciária (PJ) deu uma conferência de imprensa para clarificar alguns detalhes errados que circularam na comunicação social, inclusive no Hoje Macau.
De acordo com as autoridades, depois de entrar em Macau, Liao foi a um supermercado e comprou uma faca, que acabaria por ser a arma do crime, duas garrafas de vinho e um frasco de piripiri para, alegadamente, atirar aos olhos do homem. Não ficou claro se quando entrou no domicílio, a suspeita estaria embriagada, mas a PJ afirma que a mulher alimentou a ideia de que o homem a havia envenenado, e terá dito às autoridades que chegou mesmo a fazer análises clínicas no Interior da China que nada acusaram.
Por volta das 17h, Liao chegou à zona da Avenida de Venceslau de Morais, onde testemunhas a terão visto a andar de um lado para o outro antes de entrar no prédio.
Ao contrário do que foi dito ontem, depois de bater à porta da família, e como a mãe do homem a reconheceu, foi convidada para entrar. Sentou-se e falou com a mulher antes de cometer os crimes pelos quais irá responder perante a justiça.
Segundo a PJ, de repente, Liao sacou da faca e começou por atacar primeiro o menino de cinco anos e, de seguida, a mãe da criança, que não resistiria aos golpes desferidos e quando a polícia chegou ao apartamento já estaria em paragem cardiorrespiratória.
Depois do ataque à esposa, a sogra entrou na luta com a suspeita, situação que os agentes da Polícia de Segurança Pública encontraram quando entraram no apartamento, depois do alerta dado pelo porteiro do prédio que foi avisado pela filha, com 10 anos de idade, que terá sido a única ocupante do apartamento a escapar ilesa do ataque.

Amizade tóxica

Quando os agentes da autoridade entraram no apartamento, ordenaram a Liao para largar a arma branca e de seguida controlaram-na.
Os danos estavam feitos. A mãe, com 33 anos de idade, faleceu na sequência de três golpes profundos no pescoço e duas perfurações no peito, além de ter sofrido múltiplos golpes profundos nos membros. O filho, de cinco anos, sofreu ferimentos no rosto, peito e ombro esquerdo. A avó, de 62 anos, sofreu ferimentos graves em órgãos vitais depois de ser esfaqueada no lado esquerdo do peito, abdómen, ombro direito e nas duas mãos.
De acordo com a PJ, a suspeita terá tido uma relação com o homem que procurava há mais de uma década atrás, mas os dois ainda mantinham contacto e encontravam-se num contexto de amizade.

22 Jan 2020

Areia Preta | Homicida namorou com marido da vítima mortal há 10 anos

A mulher que esfaqueou uma família na Areia Preta havia mantido uma relação amorosa com o homem que deixou viúvo há mais de dez anos atrás. Além disso, a suspeita, entregue ao Ministério Público, chegou a pensar que teria sido envenenada pelo homem que procurou no final da fatídica noite de domingo

 

[dropcap]À[/dropcap]s 16h de domingo, Liao, de 33 anos, entrava em Macau pelas Portas do Cerco para procurar o homem com quem havia mantido uma relação amorosa há 10 anos atrás. Ontem a Polícia Judiciária (PJ) deu uma conferência de imprensa para clarificar alguns detalhes errados que circularam na comunicação social, inclusive no Hoje Macau.

De acordo com as autoridades, depois de entrar em Macau, Liao foi a um supermercado e comprou uma faca, que acabaria por ser a arma do crime, duas garrafas de vinho e um frasco de piripiri para, alegadamente, atirar aos olhos do homem. Não ficou claro se quando entrou no domicílio, a suspeita estaria embriagada, mas a PJ afirma que a mulher alimentou a ideia de que o homem a havia envenenado, e terá dito às autoridades que chegou mesmo a fazer análises clínicas no Interior da China que nada acusaram.

Por volta das 17h, Liao chegou à zona da Avenida de Venceslau de Morais, onde testemunhas a terão visto a andar de um lado para o outro antes de entrar no prédio.

Ao contrário do que foi dito ontem, depois de bater à porta da família, e como a mãe do homem a reconheceu, foi convidada para entrar. Sentou-se e falou com a mulher antes de cometer os crimes pelos quais irá responder perante a justiça.

Segundo a PJ, de repente, Liao sacou da faca e começou por atacar primeiro o menino de cinco anos e, de seguida, a mãe da criança, que não resistiria aos golpes desferidos e quando a polícia chegou ao apartamento já estaria em paragem cardiorrespiratória.

Depois do ataque à esposa, a sogra entrou na luta com a suspeita, situação que os agentes da Polícia de Segurança Pública encontraram quando entraram no apartamento, depois do alerta dado pelo porteiro do prédio que foi avisado pela filha, com 10 anos de idade, que terá sido a única ocupante do apartamento a escapar ilesa do ataque.

Amizade tóxica

Quando os agentes da autoridade entraram no apartamento, ordenaram a Liao para largar a arma branca e de seguida controlaram-na.

Os danos estavam feitos. A mãe, com 33 anos de idade, faleceu na sequência de três golpes profundos no pescoço e duas perfurações no peito, além de ter sofrido múltiplos golpes profundos nos membros. O filho, de cinco anos, sofreu ferimentos no rosto, peito e ombro esquerdo. A avó, de 62 anos, sofreu ferimentos graves em órgãos vitais depois de ser esfaqueada no lado esquerdo do peito, abdómen, ombro direito e nas duas mãos.

De acordo com a PJ, a suspeita terá tido uma relação com o homem que procurava há mais de uma década atrás, mas os dois ainda mantinham contacto e encontravam-se num contexto de amizade.

22 Jan 2020

Areia Preta | Incêndio levanta questões sobre gestão de prédios antigos

Na sequência do incêndio que deflagrou na tarde de domingo num prédio na Areia Preta, os bombeiros afirmam que a boca de incêndio do prédio tinha água, mas a pressão não foi suficiente para combater as chamas. A empresa que gere o condomínio refere que equipamentos estavam prontos, enquanto moradores apontam vários exemplos má gestão

 

[dropcap]A[/dropcap]inda no rescaldo do incêndio que consumiu dois apartamentos no Edifício Jardim Kong Fok Cheong, a questão que permanece por responder é o que se passou com a boca de incêndio do prédio afectado.

O Corpo de Bombeiros (CB) emitiu ontem um comunicado a esclarecer que “havia água no sistema de protecção contra incêndios do edifício, mas a pressão de água não era suficiente para proceder às tarefas de combate a incêndios”. O CB esclareceu ainda que ontem de manhã, menos de 24 horas depois do incêndio, enviou uma equipa do Departamento de Prevenção de Incêndios ao local da ocorrência e verificou que a saída da água da boca de incêndio estava normalizada.

Quanto ao que aconteceu na tarde de domingo, a corporação adianta que são necessárias investigações para apurar o que se passou.

Em declarações à Ou Mun Tin Toi, Ieong Wai Iam, presidente do conselho de administração da Macau Crown Group, a empresa que administra o condomínio, afirmou que as instalações e equipamentos de protecção contra incêndios são inspeccionadas mensalmente, e que a última inspecção foi na passada quarta-feira (16), sem que se tenha encontrado qualquer problema. Na vistoria também não se encontraram problemas com a boca de incêndio.

Porém, de acordo com posts que circularam nas redes sociais, moradores relataram o uso da boca de incêndio para lavar automóveis. Foram também partilhadas fotografias em que se vê a mangueira mal colocada na boca de incêndio, provocando fuga de água, além de um extintor com o nome do prédio e validade expirada em 26 de Junho de 2006.

Toque de alerta

Em declarações à Ou Mun Tin Toi, um dos residentes afectados revelou ter passado a noite num centro de acolhimento de emergência do Instituto de Acção Social na Ilha Verde e que iria ficar temporariamente alojado em casa de familiares. Outro morador residente noutro bloco, de apelido Cheong, disse ao mesmo órgão de comunicação que o gabinete de gestão do edifício não abriu a porta principal do condomínio para os carros de bombeiros, nem avisou imediatamente os residentes para evacuarem.

No rol de críticas à empresa que gere o condomínio foi também revelado que o som do alarme de incêndio soou num volume demasiado baixo para ser ouvido por todos.

Vários representantes de associações, como Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), União Geral das Associações dos Moradores de Macau, entre outros, deslocaram-se ao local para prestar informações e oferecer alimentação e água. Anita Chio, directora da FAOM, em declarações ao jornal Ou Mun, disse que a falta de água nas bocas de incêndio dos edifícios é um problema em muitos prédios.

O CEO da Golden Crown Development Limited, Paulo Tse, afirmou à Ou Mun Tin Toi que o Governo não estabelece um prazo limite para inspecção aos equipamentos de combate a incêndios. O dirigente, que também preside à Macau Renovação Urbana SA, referiu que cerca de 40 por cento dos edifícios em Macau têm mais de 35 anos e que o equipamento de combate a incêndios precisa ser actualizado. Tse sugere que as empresas de gestão dos prédios sejam obrigadas a contratar profissionais que inspeccionem, obrigatoriamente, os equipamentos.

De acordo com informação prestada ao HM pela Polícia de Segurança Pública, o fogo foi extinto às 20h30 de domingo. Depois de uma investigação preliminar as autoridades concluíram que o incêndio teve origem num curto-circuito. Sete pessoas foram hospitalizadas devido a inalação de fumo.

22 Out 2019

Areia Preta | Incêndio levanta questões sobre gestão de prédios antigos

Na sequência do incêndio que deflagrou na tarde de domingo num prédio na Areia Preta, os bombeiros afirmam que a boca de incêndio do prédio tinha água, mas a pressão não foi suficiente para combater as chamas. A empresa que gere o condomínio refere que equipamentos estavam prontos, enquanto moradores apontam vários exemplos má gestão

 
[dropcap]A[/dropcap]inda no rescaldo do incêndio que consumiu dois apartamentos no Edifício Jardim Kong Fok Cheong, a questão que permanece por responder é o que se passou com a boca de incêndio do prédio afectado.
O Corpo de Bombeiros (CB) emitiu ontem um comunicado a esclarecer que “havia água no sistema de protecção contra incêndios do edifício, mas a pressão de água não era suficiente para proceder às tarefas de combate a incêndios”. O CB esclareceu ainda que ontem de manhã, menos de 24 horas depois do incêndio, enviou uma equipa do Departamento de Prevenção de Incêndios ao local da ocorrência e verificou que a saída da água da boca de incêndio estava normalizada.
Quanto ao que aconteceu na tarde de domingo, a corporação adianta que são necessárias investigações para apurar o que se passou.
Em declarações à Ou Mun Tin Toi, Ieong Wai Iam, presidente do conselho de administração da Macau Crown Group, a empresa que administra o condomínio, afirmou que as instalações e equipamentos de protecção contra incêndios são inspeccionadas mensalmente, e que a última inspecção foi na passada quarta-feira (16), sem que se tenha encontrado qualquer problema. Na vistoria também não se encontraram problemas com a boca de incêndio.
Porém, de acordo com posts que circularam nas redes sociais, moradores relataram o uso da boca de incêndio para lavar automóveis. Foram também partilhadas fotografias em que se vê a mangueira mal colocada na boca de incêndio, provocando fuga de água, além de um extintor com o nome do prédio e validade expirada em 26 de Junho de 2006.

Toque de alerta

Em declarações à Ou Mun Tin Toi, um dos residentes afectados revelou ter passado a noite num centro de acolhimento de emergência do Instituto de Acção Social na Ilha Verde e que iria ficar temporariamente alojado em casa de familiares. Outro morador residente noutro bloco, de apelido Cheong, disse ao mesmo órgão de comunicação que o gabinete de gestão do edifício não abriu a porta principal do condomínio para os carros de bombeiros, nem avisou imediatamente os residentes para evacuarem.
No rol de críticas à empresa que gere o condomínio foi também revelado que o som do alarme de incêndio soou num volume demasiado baixo para ser ouvido por todos.
Vários representantes de associações, como Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), União Geral das Associações dos Moradores de Macau, entre outros, deslocaram-se ao local para prestar informações e oferecer alimentação e água. Anita Chio, directora da FAOM, em declarações ao jornal Ou Mun, disse que a falta de água nas bocas de incêndio dos edifícios é um problema em muitos prédios.
O CEO da Golden Crown Development Limited, Paulo Tse, afirmou à Ou Mun Tin Toi que o Governo não estabelece um prazo limite para inspecção aos equipamentos de combate a incêndios. O dirigente, que também preside à Macau Renovação Urbana SA, referiu que cerca de 40 por cento dos edifícios em Macau têm mais de 35 anos e que o equipamento de combate a incêndios precisa ser actualizado. Tse sugere que as empresas de gestão dos prédios sejam obrigadas a contratar profissionais que inspeccionem, obrigatoriamente, os equipamentos.
De acordo com informação prestada ao HM pela Polícia de Segurança Pública, o fogo foi extinto às 20h30 de domingo. Depois de uma investigação preliminar as autoridades concluíram que o incêndio teve origem num curto-circuito. Sete pessoas foram hospitalizadas devido a inalação de fumo.

22 Out 2019

Areia Preta | Falta de água em boca de incêndio atrasa bombeiros

[dropcap]C[/dropcap]inco pessoas (uma mulher e quatro homens) foram hospitalizadas por inalação de na sequência de incêndio que deflagrou na Rua Central da Areia Preta. De acordo com informações prestadas ao HM pela Polícia de Segurança Pública (PSP), o alerta foi dado às 16h17 de um incêndio que se suspeita ter começado devido a um curto-circuito no bloco 4 do edifício Kuong Fuk Cheong Garden.
A Ou Mun Tin Toi acrescenta que quando a equipa do Corpo de Bombeiros chegou ao local, a boca de incêndio do edifício não tinha água, o que levou os soldados da paz a recorrer ao autotanque, facto que acabou por atrasar a extinção das chamas. Outra razão que atrapalhou o trabalho dos bombeiros foi a quantidade de material combustível dentro do apartamento.
Para acorrer ao fogo, que deflagrou entre o sexto e o sétimo andar do prédio, foram chamados 110 bombeiros e 19 viaturas, além de um drone que foi usado pela primeira vez numa situação de emergência. No fim das operações, foram evacuadas 150 pessoas. As autoridades estão a investigar a causa do incêndio, mas suspeita-se que um curto-circuito tenha estado na origem do fogo, apesar de, de acordo com a Ou Mun Tin Toi, testemunhas terem referido que se deu uma explosão antes das chamas começarem a sair pelas janelas do apartamento.

21 Out 2019

Areia Preta | Falta de água em boca de incêndio atrasa bombeiros

[dropcap]C[/dropcap]inco pessoas (uma mulher e quatro homens) foram hospitalizadas por inalação de na sequência de incêndio que deflagrou na Rua Central da Areia Preta. De acordo com informações prestadas ao HM pela Polícia de Segurança Pública (PSP), o alerta foi dado às 16h17 de um incêndio que se suspeita ter começado devido a um curto-circuito no bloco 4 do edifício Kuong Fuk Cheong Garden.

A Ou Mun Tin Toi acrescenta que quando a equipa do Corpo de Bombeiros chegou ao local, a boca de incêndio do edifício não tinha água, o que levou os soldados da paz a recorrer ao autotanque, facto que acabou por atrasar a extinção das chamas. Outra razão que atrapalhou o trabalho dos bombeiros foi a quantidade de material combustível dentro do apartamento.

Para acorrer ao fogo, que deflagrou entre o sexto e o sétimo andar do prédio, foram chamados 110 bombeiros e 19 viaturas, além de um drone que foi usado pela primeira vez numa situação de emergência. No fim das operações, foram evacuadas 150 pessoas. As autoridades estão a investigar a causa do incêndio, mas suspeita-se que um curto-circuito tenha estado na origem do fogo, apesar de, de acordo com a Ou Mun Tin Toi, testemunhas terem referido que se deu uma explosão antes das chamas começarem a sair pelas janelas do apartamento.

21 Out 2019

Acidente | Dona do restaurante na Areia Preta suspeita de crime de explosão

A Polícia Judiciária terminou a investigação à explosão que aconteceu no início do mês num restaurante na Areia Preta e suspeita que a dona do espaço cometeu o crime de “incêndios, explosões e outras condutas especialmente perigosas”. O caso foi entregue ao MP e a proprietária foi detida

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] dona do restaurante na Areia Preta onde ocorreu uma explosão na noite de 3 de Julho está detida e é suspeita da prática de crime de “incêndios, explosões e outras condutas especialmente perigosas” por negligência. O caso foi entregue ontem ao Ministério Público pela Polícia Judiciária, que já terminou a investigação à explosão que, alegadamente, teve origem num fogão que não foi desligado correctamente.

Segundo a informação fornecida pela PJ ao HM, além da acusação pelo crime, que é punido com uma pena que vai de 1 ano a 8 anos de prisão, pode haver um agravamento da pena em um terço, devido à morte de uma das vítimas do acidente e ferimentos graves em outras três, como previsto no Código Penal.

O Ministério Público vai agora fazer uma investigação e apresentar os resultados ao juiz de instrução criminal, que depois decide se a dona do restaurante no Edifício Pak Lei tem de responder em tribunal pelos crimes em questão.

Ainda de acordo com as informação disponibilizadas pela PJ ao HM, a mulher é residente de Macau e tem 44 anos.

Morte à porta de casa

O acidente no Edifício Pak Lei aconteceu na noite de 3 de Julho por volta das 21h45. Na altura do acidente, uma residente que circulava no corredor do edifício do outro lado da parede do restaurante, acabou por morrer devido ao impacto da explosão. Além disso, mais seis pessoas ficaram feridas, quatro das quais precisaram de ser internadas.

O impacto do acidente foi sentido por vários residentes da zona, muitos dos quais partilharam a experiência nas redes sociais, revelando que sentiram a estrutura do edifício a tremer.

Contudo, as autoridades garantiram, depois de inspecções feitas ao local, que a estrutura não tinha sido afectada. Nas operações de salvamento estiveram envolvidos pelo menos 40 operacionais, assim como várias viaturas, e a Avenida do Hipódromo teve mesmo de ser foi cortada ao trânsito.

Um dia depois da explosão foram vários os governantes da RAEM que se deslocaram ao local, entre os quais o Chefe do Executivo, Chui Sai On, que seguiu o exemplo de secretários como Wong Sio Chak e Lionel Leong.

2 Ago 2018

Obras | Novo túnel pedonal da Pérola Oriental já mete água

O túnel em questão faz parte das obras da ponte que liga Macau à Zona A e, segundo o portal do Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas, foi responsabilidade da empresa estatal chinesa Companhia de Engenharia Porto da China. A obra teve um custo de 305 milhões de patacas e sofreu um atraso de dois meses

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]berto à circulação há cerca de dois meses, o túnel pedonal da nova ponte que liga a Pérola Oriental aos Aterros da Zona A, e que teve um custo de 305 milhões de patacas, começou a meter água no domingo. A situação foi partilhada ontem nas redes sociais pela associação Sinergia de Macau, liderada pelo ex-candidato a deputado Ron Lam.

Num vídeo publicado no Facebook da associação é possível ver a água a entrar junto de uma das portas na parede da infra-estrutura.

“Mais um episódio de construção de baixa qualidade de Macau, neste caso com um túnel pedestre. O túnel pedestre da Pérola Oriental começou a meter água pouco tempo depois de ter aberto”, escreve a associação na publicação em que partilhou o vídeo.

“Na manhã de 15 de Julho houve residentes que passaram no túnel e repararam que junto da porta número um da estrutura havia água a inundar o túnel. Apesar de haver uma corrente a prender a porta, continuava a haver muita água a entrar no túnel”, é acrescentado. 

A inundação terá acontecido quando se registou uma subida do nível da água. “Os residentes contaram-nos que por volta do meio-dia o nível da água começou a subir e que as inundações se deram quando a água subiu acima do nível do túnel”, escreve a associação.

Trabalhos de melhoria

Após ter sido divulgada a informação, o Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas (GDI) emitiu um comunicado a fazer um ponto de situação sobre as inundações.

“As infiltrações detectadas na passagem inferior tiveram origem num ponto do compartimento de visita de cablagem. Já foi solicitada à equipa construtora avaliação da situação junto do local e retirar o excesso de água do respectivo compartimento”, foi explicado.
“De seguida será dado início a trabalhos de melhoria, incluindo aperfeiçoamento do sistema de drenagem, aumento de bombas de água, etc”, foi acrescentado.

Contudo, e apesar de ter sido questionado pelo HM, o GDI não quis confirmar qual a empresa responsável pela obra. A informação foi obtida no portal online do próprio GDI.

O túnel pedonal faz parte da empreitada de Construção da Ponte de Ligação entre a Zona A dos Novos Aterros e a Rotunda da Pérola Oriental, também conhecida como Rotunda da Amizade. A obra foi adjudicada no Verão de 2016 à empresa Companhia de Engenharia Porto da China, que é controlada pelo Estado chinês através do grupo China Communications Construction.

Na altura da adjudicação o preço foi de 305 milhões de patacas e as obras tinham como prazo de conclusão Novembro de 2017. Contudo, os trabalhos apenas foram finalizados em Janeiro. Segunda a informação do GDI, os atrasos ficaram a dever-se a “condições climatéricas adversas”.

Já a fiscalização da obra foi adjudicada à Pengest Internacional por um valor de 9,75 milhões de patacas, que teve um prazo de 450 dias para prestar o serviço.

18 Jul 2018

Explosão | Associação afirma que família de vítima mortal se queixa de falta de apoio

A família da vítima mortal da explosão num restaurante na Areia Preta queixa-se de falta de apoio por parte do Governo. Quem o diz é o vice-presidente da Aliança de Povo de Instituição de Macau, Chan Tak Seng que se reuniu com os pais da vítima duas vezes. De acordo com o responsável, as visitas do Governo foram só para tirar fotografias

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s familiares da vítima mortal da explosão que ocorreu na semana passada num restaurante na Areia Preta revelam que não têm tido qualquer apoio por parte do Governo. A denúncia é feita pelo vice-presidente da Aliança de Povo de Instituição de Macau, Chan Tak Seng ao Jornal do Cidadão em que o responsável refere que “na sequência da explosão do restaurante ao lado do Edifício Pak Lei, o Governo só enviou um representante do Instituto de Acção Social (IAS) para comunicar com a família da vítima sem ter prestado qualquer apoio”.

Chan Tak Seng apela a que o Executivo mude de atitude e pede que sejam mobilizados os meios necessários para a conclusão da investigação do incidente, que alegadamente teve origem numa fuga de gás. Além disso, dirigente associativo solicita o apoio económico aos familiares.

O responsável pela Aliança de Povo de Instituição de Macau revelou ainda que desde os acontecimentos do passado dia 3 de Julho, já visitou pessoalmente os pais da vítima mortal por duas vezes e sublinha a necessidade de apoio económico.

Chan Tak Seng explicou que se tratam de pessoas que perderam a capacidade de trabalho por motivos de doença e actualmente apenas contam com o filho para contribuir para a economia familiar.

Olha o passarinho

O responsável considera que após a ocorrência da explosão, as visitas do Chefe do Executivo, Chui Sai On e dos secretários do Governo serviram apenas para tirar fotos em frente do edifício e não para prestar condolências à família enlutada.

Entretanto, a investigação que se encontra a decorrer não tem qualquer data para terminar, uma situação que interfere com o funeral da vítima que não pode ser realizado até que o processo seja concluído.

De acordo com responsável, “a família está descontente por não receber nenhum apoio por parte do Governo” e Chan exige que o Executivo divulgue o resultado da investigação o mais rápido possível.

Explosão fatal

No passado dia 3 de Julho uma explosão num restaurante na zona da Areia Preta causou pelo menos seis feridos, três homens e três mulheres, de acordo com informação da PSP. O sinistro ocorreu por volta das 21h45. O acidente que aconteceu num restaurante no Edifício Pak Lei, terá tido na sua origem uma fuga de gás.

Um dos feridos teve de ser retirado dos escombros, onde tinha ficado preso após a explosão, que causou vários danos. Outro dos sinistrados ficou deitado na via pública em cima de vidros.

De acordo com um comunicado dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), a vítima mortal tinha 34 anos e faleceu “devido a lesões graves nos órgãos e fracturas, também graves”.

Depois da explosão, o chefe substituto do departamento de segurança dos combustíveis do Corpo de Bombeiros (CB) Lam Chon Sang, apontou “Fórum Macau” da TDM que vai exigir a instalação de detectores de fuga de gás equipados com alrme sonoro nos restaurantes locais.

 

Saúde Pública | Maus cheiros devido a comida estragada

De acordo com um comunicado da Polícia de Segurança Pública (PSP), depois da explosão que ocorreu no restaurante na Areia Preta, surgiram maus cheiros na zona provenientes de comida estragada que se encontrava armazenada nos frigoríficos. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o Executivo já removeu os frigoríficos do restaurante e esterilizou a área de modo a que não efecte a saúde pública.

9 Jul 2018

Trânsito | Moradores da Areia Preta preocupados com abertura da ponte HMZ

Os moradores da zona da Pérola Oriental, situada na Areia Preta, mostraram preocupação face à expectativa do aumento do trânsito com a abertura da ponte em Y. A inquietação dos residentes foi manifestada no fórum de ontem da Associação Aliança do Povo Instituição de Macau

 

[dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]ace à abertura eminente da ponte Hong Kong–Macau-Zhuhai (HMZ), o Governo anunciou a construção de uma via entre a zona A dos novos aterros com o objectivo de ligar a ilha artificial Zhuhai – Macau e a zona da Pérola Oriental, na Areia Preta. Esta foi a principal preocupação dos moradores expressa ontem no fórum da Associação Aliança de Povo de Instituição de Macau, que temem que o trânsito na zona se torne impossível.

Cheang Ka Hou, vogal do Conselho Consultivo do Trânsito, comentou à margem do fórum que acredita que a abertura da ponte entre as três regiões vai trazer maior circulação de pessoas à zona da Pérola Oriental, que actualmente já é problemática. Como tal, Cheang Ka Hou espera que o Governo actue e avance com medidas de resolução para o futuro que se avizinha.

O representante dos moradores da Pérola Oriental, Lao Wai Kit, queixou-se que actualmente os veículos têm dificuldades em circular nas estradas sobretudo no período entre as 8h e 8h30 e entre as 15h às 18h.

Outras entradas

O excesso de trânsito foi o maior foco de preocupação dos moradores da zona, que pediram resolução célere do Executivo.

Durante o fórum foi ainda sugerido que se faça um melhor aproveitamento da capacidade de outros postos fronteiriços de Macau, de forma a reduzir a pressão da circulação de visitantes na fronteira das Portas do Cerco. “Em primeiro lugar, espero que a circulação de visitantes seja atenuada através da fronteira de Hengqin e que o novo acesso Guangdong-Macau reduza a pressão do trânsito na rede rodoviária à volta das Portas do Cerco”, referiu Cheang Ka Hou.

Lei Leong Wong, presidente da Associação Aliança de Povo de Instituição de Macau, mostrou-se solidário com as preocupações dos convidados e criticou o Executivo pela ausência de membros do Governo convidados para o fórum. O dirigente associativo entende que a presença de representantes do Governo seria útil para recolher opiniões dos cidadãos e esclarecer os mesmos.

No que diz respeito às questões do trânsito levantadas pelos moradores da Pérola Oriental, Lei Leong Wong entende que o metro ligeiro deve ser planeado com eficácia e que os transpores na zona A dos novos aterros venha retirar alguma pressão ao trânsito da Pérola Oriental.

30 Jan 2018

Areia Preta | Polícias à civil impedem suicídio de mulher

Dois polícias salvaram uma residente de 37 anos, que tinha saltado para o rio para se suicidar. O caso aconteceu na Areia Preta, à frente do hotel Crowne Plaza, e os agentes não estavam identificados como polícias

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]ois polícias da Unidade Táctica de Intervenção da Polícia de Segurança Pública impediram que uma mulher se suicidasse no sábado, pelas 16h30, à frente do hotel Crowne Plaza. O caso aconteceu quando os dois homens que realizavam corrida, vestidos com equipamento desportivo, mas sem nada que os identificasse como membros da polícia, viram a mulher a atirar-se ao rio.

Assim que viram a residente na água, os dois homens, que corriam em direcção às Portas do Cerco, saltaram para o rio para impedirem que a mulher entrasse numa zona onde não tivesse pé e fosse arrastada pela corrente.

Agarrada pelos dois corredores, a mulher de 37 anos, lutou afincadamente para se soltar, ao mesmo tempo que gritava e chorava, desesperada, para que a deixassem morrer.

A dificultar a tarefa dos dois homem esteve o lodo no fundo rochoso do rio, que por ser muito escorregadio dificultou as tarefas de salvamento. Este facto fez com que apesar das várias tentativas, os dois polícias sozinhos não conseguissem tirar a mulher da água.

Por sua vez, a senhora, de joelhos e com a água a chegar-lhe ao peito, pedia que a largassem para se afogar. A situação durou cerca de dez minutos até à chegada da PSP e dos bombeiros.

Enquanto aguardavam pela chegada dos colegas, os polícias contaram com a ajuda de duas pessoas, sem que fosse possível tirar a mulher da água. Contudo, a frustração de um dos agentes ficou bem patente a certa altura, quando começou a pedir auxílio às pessoas que se juntaram para assistir à cena. Ao mesmo tempo, pedia-lhes que não ficassem apenas a filmar com os telemóveis.

Fora de perigo

Só com a chegada da PSP e dos bombeiros foi possível colocar a vítima a salvo. Contudo, pelo facto de o piso ser demasiado escorregadio, foram precisos mais de seis agentes para resolver a situação.

Num primeiro momento, a mulher foi levantada e levada para as rochas. Nessa altura, os bombeiros e a polícia colocaram-lhe uma corda à volta do corpo. Porém, a mulher gritava para que a deixassem morrer, e quando percebeu que estava dominada, tentou dar cabeçadas nas rochas, mordendo igualmente o joelho de um agente que a tentava salvar.

Depois de imobilizada, a senhora de 37 anos foi mantida quente com vários cobertores, que os agentes trouxeram consigo. Só depois foi colocada numa maca e levada, numa ambulância, para o hospital Conde São Januário, onde se encontra livre de perigo.

De acordo com as informações prestadas pela PSP ao HM, a mulher está a receber tratamento, pelo que só vai ser possível apurar os motivos que a levaram a tentar suicidar-se mais tarde, quando tiver alta.

Antes de se atirar ao rio, a mulher deixou nas rochas um papel com uma mensagem, três maços de cigarros, um telemóvel – que nunca parou de tocar – e um par de chinelos brancos e cor-de-rosa.

25 Set 2017

Terrenos | Ella Lei quer informações detalhadas

Os terrenos que estão a ser recuperados pelo Governo e os que estão por recuperar carecem de informação pública. A ideia é deixada por Ella Lei em interpelação escrita. A deputada apela à divulgação dos pormenores das terras em processo de retorno ao Executivo e dos planos para o seu aproveitamento

[dropcap style≠’circle’]”A[/dropcap]s necessidades dos residentes não estão a ser preenchidas” é a convicção de Ella Lei. A deputada critica o Executivo no que respeita à falta de habitação e de instalações destinadas a escolas, serviços de saúde e serviços sociais. Ella Lei considera que é necessário ter conhecimento dos processos que envolvem a recuperação de terrenos e dos planos para o seu aproveitamento.

Para a deputada a razão das queixas da população tem que ver com os poucos terrenos disponíveis pelo que “é necessária a recuperação de terras para construir o que falta”, lê-se na interpelação.

Ella Lei recorda que, em 2011, o Governo definiu 113 terrenos em que não foram desenvolvidos os projectos previstos dentro dos prazos, sendo que em 48 deles, as razões de incumprimento são imputadas aos concessionários. A Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), diz, divulgou, no mês passado, que em 32 dos 48 casos assinalados, 29 têm anunciada a caducidade da concessão e três estão em processo. No entanto, de entre os 29 terrenos com caducidade anunciada, apenas três foram recuperados.

A questão de terrenos não aproveitados, afirma a deputada, tem sido discutida entre a população, mas o Governo continua a não divulgar informação concreta.

Aproveitamentos transparentes

Ella Lei dá o exemplo do terreno do “Mundo Oceânico”, com uma área de 150 mil metros quadrados e “em que ainda não foi desenvolvido nenhum projecto desde a sua concessão”. A deputada quer saber se este terreno está entre os 48 esoaços não aproveitados e cuja responsabilidade é dos concessionários.

Ella Lei solicita ainda mais informação quanto a datas para a sua recuperação e sobre o destino futuro desta área.

“Apesar de o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, ter dito, no início do ano, que a caducidade do terreno concessionado para o “Mundo Oceânico” vai ser anunciada e que será recuperado pelo Executivo, meio ano depois ainda nada se sabe”, lê-se na interpelação escrita de Ella Lei.

A deputada quer então saber quando é que o Governo vai completar o processo de seguimento dos terrenos não aproveitados, sendo que, admite, é matéria que envolve um processo judicial. No entanto, avança ainda com a questão: “o Governo já sabe, ao certo, que terras poderão vir a ser reaproveitadas para a construção e habitação pública?” O objectivo, afirma, é poder fazer, o mais brevemente possível, um planeamento adequado para os terrenos recuperados e, desta forma, ter espaço para construir o que é necessário à população local.

Areia Preta | Mais condições para jogar xadrez

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ak Soi Kun pede ao Executivo que proceda à construção de alpendres com mesas no Jardim da Areia Preta. O objectivo é proporcionar, especialmente aos idosos, um espaço adequado ao lazer. Em causa estão as queixas dos residentes em não terem condições para jogar xadrez. O deputado foi ao Jardim da Areia Preta saber das necessidades dos cidadãos e, de acordo com os residentes, o Governo tem estado a melhorar as instalações dos parques do território, enquanto aquela zona está “esquecida”. Muitos dos idosos sondados pela equipa de Mak Soi Kun queixam-se da falta de instalações. “Há falta de mesas para jogar xadrez”, afirmam. Para os idosos este jogo é um instrumento de promoção saudável: “estimula a actividade cognitiva, favorece a interacção social e funciona como fonte de longevidade”, lê-se na interpelação escrita de Mak Soi Kun. Para o deputado, há vários espaços no território que já possuem as condições adequadas a esta actividade, pelo que, solicita, sejam também dadas ao Jardim da Areia Preta.

TNR | Ng Kuok Cheong quer saber contratações dos casinos

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]g Kuok Cheong pede ao Governo que promova a contratação local junto das operadoras. Para o deputado, com o aproximar da renovação das licenças, as seis operadoras estão a aumentar o seu investimento no território. Com a renovação de licenças à porta, o deputado considera que esta é uma oportunidade para o Executivo de promover, junto das operadoras, a contratação de trabalhadores locais e a diversificação da oferta. Para Ng Kuok Cheong, nos últimos anos, a “proporção de TNR a trabalhar no sector do jogo passou de 20 para 30 e mesmo 40 por cento”. Por outro lado, o deputado considera que o Governo não está a divulgar os números referentes à mão de obra estrangeira que está a ser contratada pelas operadoras, pelo que pede que estes dados sejam divulgados. O objectivo, afirma, é dar oportunidade à população para monitorizar as contratações efectuadas pelo sector.

7 Ago 2017

Caso do bebé abandonado no lixo gera reacções

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] edição desta semana do programa Macau Fórum, da TDM, abordou o recente caso de um bebé encontrado no lixo, na zona da Areia Preta. Os pais, trabalhadores não residentes, são suspeitos de serem responsáveis pelo abandono do recém-nascido e já foram detidos.

Lai Chon In, subdirecta do Centro do Bom Pastor, considerou que o caso está relacionado com a falta de apoio e prevenção de casos junto dos trabalhadores não residentes (TNR). Uma vez que os apoios a estas comunidades são dispersos, Lai Chon In sugeriu a criação de um grupo organizado para lidar com estes casos.

Erik, representante dos empregados de nacionalidade indonésia, revelou que, em dez anos, recebeu 19 pedidos de apoio em casos de gravidez. Já Ao Ieong Keong, presidente da União de Empregadores dos Serviços Domésticos de Macau, disse que o ano passado recebeu sete pedidos de ajuda na gravidez por parte de empregadas domésticas.

Ao Ieong Keong sugeriu que o Governo estude a possibilidade das empregadas domésticas ficarem a residir apenas na casa dos patrões, como já acontece em Hong Kong, de forma a reduzir o risco de gravidezes indesejadas.

Esta ideia não foi, contudo, bem acolhida. Lai Choi In afastou esta possibilidade por considerar que as vidas dos TNR serão afectadas pela mudança, enquanto Paul Pun, secretário-geral da Caritas, disse que cabe ao Governo melhorar os trabalhos de apoio. Só no ano passado, a Caritas Macau ajudou 17 mil TNR, afirmou Paul Pun.

2 Mai 2017