Zona Norte | Comerciantes imploram por consumo local

Face ao aumento do consumo de residentes no Interior da China, devido ao programa que permite a circulação de viaturas de Macau em Guangdong, a Associação Industrial e Comercial da Zona Norte veio implorar ao residentes para consumirem no território. O apelo foi deixado por Lei Choi Hong, vice-presidente da associação, em declarações ao Jornal do Cidadão.

Lei Choi Hong pediu aos residentes para apoiarem as pequenas e médias empresas de Macau nesta fase que definiu como “muito difícil”, e apelou para que abdiquem de consumir no Interior, durante os fins-de-semana, e optem por permanecer no território, para ajudar o comércio local.

O pedido de Lei Choi Hong faz eco das declarações do secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, que confrontado com a grande perda de volume de negócio para o Interior, pediu, na Assembleia Legislativa, aos residentes para gastarem mais na RAEM.

A resposta do Governo à crise na zona tem sido praticamente inexistente, mas nas últimas semana foi lançado o “Grande Prémio de Consumo na Zona Norte”, um programa de sorteio de descontos. Os residentes que gastarem mais de 50 patacas numa das lojas seleccionadas habilitam-se a um sorteio imediato, em que podem receber vales de consumo de 10, 20, 50 ou 100 patacas. Por cada semana, realizam-se três sorteios.

Os vales de consumo só podem ser gastos em algumas lojas, mas a Associação Industrial e Comercial da Zona Norte, uma das co-organizadoras da iniciativa, espera que no futuro sejam aceites em mais lojas no programa que decorre até Agosto.

3 Abr 2024

IFT | Primeira presidente felicita passagem a universidade

Virgínia Trigo, primeira presidente do Instituto de Formação Turística, diz que a passagem da instituição a universidade é “uma decisão esperada e que se justifica”, potenciando “o reconhecimento que tem dentro e fora de Macau”

 

“Uma decisão esperada e que se justifica”. É desta forma que Virgínia Trigo, primeira presidente do Instituto de Formação Turística (IFT) entre 1995 e 2001, classifica a passagem da instituição de ensino superior a universidade, medida consagrada esta segunda-feira com a entrada em vigor do Regime Jurídico da Universidade de Turismo de Macau (UTM).

“O IFT é uma instituição importante no ambiente do ensino superior em Macau. Possui uma cultura organizacional muito forte centrada no valor da qualidade, de que nunca abdicou, e sempre construiu a sua identidade em torno do ensino da hospitalidade e turismo, que são as principais indústrias de Macau. É por isso uma instituição que está especialmente ao serviço do território desenvolvendo conhecimento, preparando alunos para carreiras profissionais e para a aprendizagem ao longo da vida”, afirmou ao HM.

Na visão da académica, actualmente ligada ao Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), o IFT “tem grande reconhecimento dentro e fora de Macau e o estatuto de universidade vai contribuir para potenciar ainda mais esse reconhecimento”.

Esta segunda-feira, e segundo um comunicado de imprensa emitido pela instituição, a UTM anunciou a criação de novos cursos a pensar na nova fase: uma licenciatura em Ciências de Negócios Internacionais e Comunicação, bem como um curso revisto de Licenciatura em Marketing e Gestão de Marca. Estão ainda planeados dois programas de mestrado em Ciências de Gestão de Convenções, Exposições e Eventos Internacionais, bem como um programa de doutoramento em Gestão de Empresas.

Relativamente às instalações, a UTM prevê terminar as obras de construção do edifício Jubileu de Prata e o novo Edifício Residencial no Campus da Taipa. Esses projectos “visam criar um novo edifício académico e um local para formação prática em hotelaria”.

Presente e futuro

Ao longo da sua história, o IFT tem apostado na cooperação com instituições de ensino de outros países, nomeadamente Portugal. Exemplo disso foi a parceria, assinada em Julho de 2019, com a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, para a criação da Academia Internacional de Turismo no Estoril. O projecto teve um orçamento de 24 milhões de euros.

Para os próximos tempos, a recém-criada UTM pretende apostar na entrada na Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, por ser um local “que está a desenvolver-se rapidamente, trazendo também novas oportunidades para o desenvolvimento do ensino superior” na RAEM.

Desta forma, a UTM “planeia criar [em Hengqin] um ambiente mais amplo de investigação, ensino e actividades para docentes e estudantes”, envidando “todos os esforços para formar quadros qualificados para a Grande Baía e até para o país”.

3 Abr 2024

Macau Legend retorna a “terreno positivo” com receitas de 2023

A Macau Legend Development anunciou lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês) de 185,9 milhões de dólares de Hong Kong (HKD) em 2023. O resultado apresentado à bolsa de valores de Hong Kong representa uma melhoria de cerca de 404,7 milhões de HKD face ao registo de 2022, quando o grupo registou perdas EBITDA de 218,8 milhões de HKD.

A Macau Legend opera actualmente o Macau Fisherman’s Wharf, o casino Legend Palace sob a licença da SJM. A empresa cessou as operações no Babylon 21 Casino e Landmark Casino em 2022, e vendeu o seu resort de casino Savan Legend no Laos no ano seguinte.
De acordo com a declaração enviada à bolsa de valores de Hong Kong, o grupo obteve receitas no valor de 901,6 milhões de HKD, o que representa um aumento de 26,7 por cento em relação aos 711,6 milhões de HKD registados em 2022.

As receitas geradas pelas operações de jogo diminuíram ligeiramente em cerca de 5 por cento em 2023, em comparação com o ano anterior. A cessação dos serviços no Babylon 21 Casino e no Landmark Casino resultou numa queda de 356,2 milhões de HKD nas receitas totais do jogo. Entretanto, a melhoria das mesas do mercado de massas no Legend Palace Casino e a operação global de jogo no Savan Legend Casino resultaram numa recuperação de 331,3 milhões de HKD nas receitas totais do casino.

Vida além do jogo

No que respeita ao segmento não-jogo, a Macau Legend registou um aumento anual de 112 por cento de receitas totais, atingindo 408,5 milhões de HKD.
A empresa atribuiu o crescimento principalmente ao aumento das receitas geradas pelos quartos de hotel, impulsionado pela crescente afluência de turistas depois do fim das restrições de viagem relacionadas com a covid-19.

Em relação ao futuro, a Macau Legend disse que iria intensificar os esforços para rentabilizar os espaços de gere na costa da península de Macau e oferecer “experiências exclusivas em restaurantes e eventos desportivos”.

O grupo garante também que vai apostar em desenvolver o conceito de “local de casamento de sonho” e potenciar as suas propriedades para acolher eventos de grande escala, como o desfile anual de carros alegóricos do Ano Novo Lunar, o festival gastronómico e concertos.

2 Abr 2024

Taxa de desemprego continua em 2,2%

Entre Dezembro e Fevereiro, a taxa de desemprego foi de 2,2 por cento, de acordo com os dados mais recentes da Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Em relação a residentes, a taxa de desemprego foi de 2,8 por cento, proporções que continuam inalteradas face ao período entre Novembro e Janeiro. No intervalo temporal analisado, a taxa de subemprego foi de 1,3 por cento, descendo 0,2 pontos percentuais, face ao período entre Novembro e Janeiro. O subemprego inclui as pessoas que pretendiam trabalhar mais dias ou horas do que actualmente fazem.

Entre Dezembro e Fevereiro, o número de desempregados foi de cerca 8.200, total que representou uma redução de 200 face ao período anterior. De acordo com a DSEC, a maior parte das pessoas nesta situação tinha trabalhado anteriormente “no ramo de actividade económica do comércio a retalho, no ramo da construção e no ramo das lotarias, outros jogos de aposta e actividade de promoção de jogos”. O número de desempregados à procura do primeiro emprego representou 6,4 por cento do total, menos 2,8 pontos percentuais, face ao período precedente.

Entre Dezembro e Fevereiro, a população activa de Macau era de cerca de 379 mil pessoas e a taxa de actividade de 67,7 por cento. O número de empregados subiu em cerca de 100 pessoas, para 370,8 mil, em comparação com o período anterior.

2 Abr 2024

Jockey Club | Tradição com mais de 40 anos chegou ao fim no sábado

No último dia de corridas, residentes e turistas deslocaram-se à Taipa para assistir a mais um dia que vai ficar na história. Entre lamentos e críticas à empresa, o encerramento promete dar que falar e poderá acabar nos tribunais

 

O Macau Jockey Club recebeu no sábado as últimas corridas de cavalos, pondo fim a uma tradição com mais de 40 anos. No último dia, foram vários os residentes e turistas que se deslocaram à Taipa para se despedirem de uma actividade que raramente se mostrou lucrativa para a Companhia de Corridas de Cavalos de Macau.

Helena Chong, residente, decidiu visitar o hipódromo pela primeira e última vez no sábado. E em declarações à agência de notícias AFP lamentou o encerramento da pista da Taipa: “É uma pena ver o fim deste jogo e entretenimento”, afirmou Chong. Também Mai Wan-zun, turista do Interior, considerou negativo o encerramento, dado que as corridas de cavalos não são comuns no outro lado da fronteira. “Podíamos ver corridas de cavalos aqui em Macau, mas não no Interior da China”, afirmou Mai Wan-zun, que destacou ainda gostar do ambiente do Jockey Club da Taipa.

À TDM, um residente não identificado, mostrou-se igualmente triste com o fim do Jockey Club, que admitiu frequentar com regularidade. “É uma pena. Já vinha aqui desde que se realizavam corridas de cavalos a trote [nos anos 80]”, começou por afirmar. O residente reconheceu deslocar-se actualmente menos vezes ao Jockey Club do que no passado, mas indicou que tal se deveu à falta de oferta da empresa. “Nos últimos anos, não vinha ao Macau Jockey Club com tanta frequência porque houve uma redução na oferta”, vincou.

Quando foi anunciado o encerramento, a empresa tinha 570 trabalhadores, entre os quais 254 trabalhadores residentes e 316 não-residentes. Muitos vão perder os postos de trabalho, mas a Companhia de Corridas de Cavalos de Macau prometeu ao Governo cumprir as leis laborais.

Encerramento polémico

Com o encerramento do Macau Jockey Club, devem agora surgir vários problemas relacionados com o futuro dos cavalos e o pagamento de indemnizações pela Companhia de Corridas de Cavalos de Macau. Os proprietários queixam-se que foram apanhados de surpresa pela decisão da empresa e do Governo, que até ao anúncio do encerramento negaram sempre os vários rumores que circularam sobre o desfecho verificado. A decisão do Executivo poupou à empresa ligada à deputada Ângela Leong um investimento de 1,25 mil milhões de patacas.

Todavia, desde essa altura, os donos dos animais começaram a pedir indemnizações, por considerarem que fizeram investimentos recentes com novos cavalos, a pedido da empresa, que nunca vão conseguir rentabilizar. A empresa considera as perdas “riscos do negócio”.

Também as indemnizações a pagar pela Companhia de Corridas de Cavalos de Macau não são vistas como suficientes. A empresa anunciou que vai subsidiar com um montante de 200 mil patacas o envio dos cavalos para o estrangeiro, com excepção do envio para a Austrália e Nova Zelândia. No caso do envio para o Interior, o pagamento será de 30 mil patacas.

Por sua vez, os donos dos animais pretendem uma compensação em moldes diferentes aos anunciados, dado que muitos desistiram de enviar os cavalos para fora do território. Em cima da mesa está igualmente a possibilidade de o caso acabar na barra dos tribunais.

2 Abr 2024

Violência doméstica | Registados 40 casos em 2023

No ano passado foram registados 40 casos suspeitos de violência doméstica, de acordo com os dados do Sistema Central de Registo de Casos de Violência Doméstica. Os números foram divulgados na semana passado pelo Instituto de Acção Social (IAS), e estão em linha com a tendência de 2022.

Entre os 40 caso de violência de doméstica, 33 foram perpetuados por suspeitos do sexo feminino e sete por suspeitos do sexo masculino. No que diz respeito às vítimas, 26 das ocorrências tiveram como alvo da violência o cônjuge, e entre estes 24 eram do sexo feminino e dois do masculino. A segunda situação mais comum a nível dos casos de violência doméstica foram as agressões a crianças, com 11 ocorrências. A maioria das vítimas era do sexo feminino, com oito casos, e três do sexo masculino.

Ao longo do ano passado foram ainda registados três casos de violência contra membros da família, com duas vítimas do sexo masculino e uma do sexo feminino. Em relação aos tipos de actos de violência doméstica, os dados do IAS indicam que 23 casos foram actos de violência física, oito casos de ofensa psíquica, cinco casos de abuso sexual e quatro casos relacionados com violências e/ou ofensas múltiplas.

Em relação a 2022, houve mais um caso de violência doméstica, dado que nesse ano as ocorrências registadas pelo IAS totalizaram 39. O número de ocorrências está longe dos valores de 2021, quando foram registados 81 casos.

2 Abr 2024

Guias ilegais | Aliança do Povo pede supervisão

Xu Zhiwei, vice-presidente da associação Aliança do Povo de Instituição de Macau, defende que é necessária a aplicação de medidas mais eficientes e uma maior supervisão contra os guias turísticos ilegais. A ideia surge na sequência de várias queixas recebidas pela associação da existência de muitas pessoas em Macau que prestam este serviço, mas que não estão devidamente credenciados pelas autoridades locais.

Segundo declarações de Xu Zhiwei ao jornal Exmoo News, estes guias acompanham grupos de turistas de baixo segmento que visitam Macau apenas por um dia, começando as excursões no posto fronteiriço das Portas do Cerco. O responsável alerta que é difícil denunciar estes casos pois os percursos turísticos variam bastante, podendo passar pelos casinos, autocarros ou autocarros dos casinos, sendo que os visitantes permanecem muito pouco tempo em cada local.

O dirigente diz que cabe ao Governo reforçar a cooperação com o sector do turismo a fim de combater esta ilegalidade, além de ser necessário estabelecer uma plataforma de denúncias.

2 Abr 2024

Jogo | Receitas com subida anual de 53,1 por cento em Março

Dados oficiais da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos mostram que as receitas do jogo continuam numa tendência de subida: em Março cresceram, em termos anuais, mais 53,1 por cento. Entretanto, durante os três dias do período da Páscoa, entraram em Macau diariamente mais de 100 mil turistas

 

As receitas do jogo subiram 53,1 por cento em Março, em comparação com igual mês do ano passado, foi ontem anunciado. Os casinos arrecadaram 19,5 mil milhões de patacas em Março contra 12,7 mil milhões de patacas no mesmo mês de 2023, de acordo com dados da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ).

Em termos de receita bruta acumulada, os primeiros três meses deste ano registaram um aumento de 65,5 por cento em relação ao ano anterior, com um total de 53,3 mil milhões de patacas, contra as 34,6 mil milhões de patacas registadas entre Janeiro e Março de 2023. Macau fechou o ano passado com receitas totais de 183,1 mil milhões de patacas, quatro vezes mais do que em 2022, depois de em Janeiro ter levantado todas as restrições à entrada de turistas, que vigoraram durante quase três anos, devido à pandemia de covid-19.

Ovos da Páscoa

Entretanto, terminado o período das mini-férias da Páscoa, o sector do turismo no território registou também números animadores. Dados divulgados pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) mostram que o número de turistas entrados em Macau neste domingo ultrapassou pelo terceiro dia consecutivo os 100 mil. Até às 24 horas de domingo entraram pelos postos fronteiriços do território 103.043 visitantes, segundo dados divulgados pelo CPSP. Por sua vez, no mesmo período, o número de saídas foi de 113.482.

Nos primeiros três dias dos feriados da Páscoa entraram no território 330.447 visitantes, uma média diária de 110.149 turistas. Trata-se de números acima dos 100 mil visitantes por dia previstos pela directora dos Serviços de Turismo, Helena de Senna Fernandes.

2 Abr 2024

Nova câmara de comércio quer ajudar empresas a entrar na China

Uma nova câmara de comércio e indústria com sede em Macau quer ajudar as empresas dos países de língua portuguesa a ultrapassar os obstáculos no acesso ao mercado da China, disse o presidente à Lusa. A Câmara de Comércio e Indústria dos Países de Língua Portuguesa na Grande Baía de Guangdong, Hong Kong e Macau (China) é a primeira associação que pretende reunir empresas de todos os mercados lusófonos, afirmou Rodrigo Brum.

As exportações dos países de língua portuguesa para a China atingiram 147,5 mil milhões de dólares em 2023, num novo recorde histórico. O Brasil é o maior parceiro lusófono (82,2 por cento) chinês, seguido por Angola (10,4 por cento). Quanto aos outros países, incluindo Portugal, são “muito pequeninos e, portanto”, podem e deveriam “já estar a beneficiar de uma actuação e de uma posição conjuntas” na relação com a China, defendeu Brum.

O objectivo da câmara, disse o dirigente português, é ajudar os empresários a ultrapassar “a falta de escala” para entrar na segunda maior economia do mundo e “o pouco conhecimento ou até indefinição às vezes sobre os regulamentos e a legislação chinesa”. Brum sublinhou também a barreira linguística, as diferenças na “forma como se fazem negócios” e “as dificuldades conhecidas de exportação de produtos alimentares” para o mercado chinês.

Carne barrada

A carne de vaca portuguesa ainda não consegue entrar no Interior, apesar de, em 2019, Lisboa ter assinado um acordo para simplificar os procedimentos de exportação de produtos alimentares para a China, incluindo a carne de ovino e de bovino. Brum disse acreditar que “a posição coordenada das empresas dos nove países [de língua portuguesa] determina uma posição activa nas estruturas que já estão criadas e que há que aproveitar”.

A China estabeleceu a RAEM como plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003. Nesse mesmo ano, a China criou também o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, mais conhecido como Fórum de Macau, do qual Brum foi secretário-geral adjunto.

“A ambição máxima da câmara é ganhar a massa crítica para ser ouvida junto das autoridades que determinam as regras do jogo” e explicar as sugestões e dificuldades sentidas pelos empresários lusófonos, disse o dirigente.

2 Abr 2024

CESL-Ásia apresenta na MIECF soluções ligadas à inteligência artificial

Em mais uma edição do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau 2024 (MIECF, na sigla inglesa), que começa hoje no Venetian e que termina no sábado, a CESL-Ásia prepara-se para apresentar as soluções com recurso à inteligência artificial que tem aplicado na gestão de infra-estruturas públicas e privadas, graças a acordos assinados com outras empresas.

Ao HM, António Trindade, CEO da empresa local, que recentemente celebrou 35 anos de existência, explicou que, tanto na Focus como na MPS, subsidiárias do grupo, têm sido pensadas “soluções para desenvolver o nível dos serviços que prestamos”, sendo que, com recurso à inteligência artificial, “há a oportunidade de alterar completamente aquilo que fazemos, no sentido de aumentar a eficiência e o nosso desempenho, bem como o das infra-estruturas que operamos”.

Este será o mote da presença da empresa em mais uma edição da MIECF, evento que se dedica a falar da protecção do meio ambiente, ecologia e soluções mais sustentáveis tanto para Macau como a nível mundial.

Trindade declarou também que a CESL-Ásia tem “procurado entidades que produzem esse tipo de tecnologia”, sendo que as parcerias já assinadas visam “estabelecer soluções para lidar com a maior complexidade das máquinas e da relação com o uso que se pode ter delas, e também nas áreas do ambiente e do clima, ou gestão e utilização de dados”.

“Vamos mostrar o que temos vindo a fazer e como nos propomos a fazê-lo, e como podemos agregar a nossa experiência na gestão e operacionalização de infra-estruturas críticas [em Macau], tanto públicas como privadas”, disse.

Um novo mercado

António Trindade apontou que, no contexto da MIECF, existe uma grande curiosidade sobre o que os seus clientes, incluindo as grandes operadoras, “[apresentam], num novo ambiente de mercado, com novos contratos, em que há exigências muito maiores em termos de performance e eficiência de operações”.

“Vê-se que a economia está a mudar muito com a abertura das fronteiras, com novas maneiras de operar, o que tem as suas consequências e o devido impacto ambiental [em termos de produção de resíduos e meio ambiente]. Vamos demorar dois ou três anos até ter alguma perspectiva sobre o que é normal e não é, e para onde caminhamos. Seria importante a MIECF manter a sua [presença] em termos de sustentabilidade”, rematou.

A MIECF 2024 tem mais 20 por cento de stands face ao ano passado, com mais de 560. Empresas e o grande público estão dispersos por cinco zonas, nomeadamente o “Pavilhão da Região do Pan-Delta do Rio das Pérolas”, “Zona de Exposição das Indústrias de Protecção Ambiental da Grande Baía”, “Zona de Projectos Verdes e com Baixo Teor de Carbono”, “Zona de Exposição das Indústrias Verdes e Inteligentes” e “Zona de Exposição de Mobilidade Verde”. O tema do evento é “Alcançar a Dupla Meta de Carbono através da Transformação Ecológica”.

28 Mar 2024

Hotelaria | Novo recorde de hóspedes em Fevereiro

Os hotéis acolheram mais de 1,22 milhões de hóspedes em Fevereiro, estabelecendo um novo recorde pelo segundo mês consecutivo, foi ontem anunciado. De acordo com dados oficiais da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o número de hóspedes nos 46 mil quartos em 141 hotéis e pensões subiu 39,6 por cento em comparação com o mesmo mês do ano passado e 14,2 por cento face a 2019.

Foi também o número mais elevado de sempre em Fevereiro. O anterior recorde, 1,08 milhões de hóspedes, tinha sido fixado no início de 2019, antes da pandemia, numa altura em que Macau tinha apenas 39 mil quartos em 117 estabelecimentos hoteleiros. Os hotéis e pensões já tinham fixado um novo recorde ao receberem mais de 1,32 milhões de hóspedes em Janeiro, o número mais elevado de sempre para o primeiro mês do ano.

Apesar do aumento do número de quartos e de hotéis e pensões, a ocupação média atingiu 85,6 por cento, mais 9,5 pontos percentuais do que em Fevereiro de 2023, mas ainda longe da taxa de 91,9 por cento registada em 2019.

O preço médio dos quartos de hotel também aumentou em Fevereiro, mais 28,4 por cento em comparação com o mesmo mês de 2023, de acordo com dados da Associação de Hotéis de Macau, que reúne 43 hotéis locais.

Um relatório, divulgado pela Direcção dos Serviços de Turismo, revelou que o preço médio se fixou em 1.545 patacas no mês passado, mais dois por cento do que em Fevereiro de 2019. Em 2023, os hotéis e pensões acolheram 13,6 milhões de hóspedes, mais 165,4 por cento do no ano anterior, e com uma ocupação média de 81,5 por cento, mais do dobro do registado em 2022, revelou a DSEC.

28 Mar 2024

Construção civil | Pequenas empresas continuam em luta

Harry Lai, CEO da Lai Si Construction Engineering, aponta que o sector da construção civil ainda não recuperou plenamente da crise gerada pela pandemia e que as empresas mais pequenas sofrem com falta de projectos na área das obras públicas e não conseguem competir com as de maior dimensão

 

A pandemia foi ultrapassada, mas para as pequenas empresas do sector da construção civil do território a crise persiste: no acesso aos projectos públicos não conseguem competir com as grandes empresas ou com as que estão sediadas no interior da China, sofrendo com falta de projectos.

A denúncia é feita pelo empresário Harry Lai, CEO da Lai Si Construction Engineering, que, ao jornal Ou Mun, declara que a recuperação económica registada no pós-pandemia não beneficiou muito as empresas locais, que têm pouca experiência em projectos e deixam os seus trabalhadores numa situação de subemprego.

Harry Lai explicou que os projectos do ano passado foram, sobretudo, virados para obras públicas e acabaram por ficar nas mãos de empresas de maior dimensão ou da China continental. Além disso, em plena pandemia, o sector continuou a trabalhar em projectos antigos, mas, no regresso à normalidade, não se registaram novas encomendas ou projectos, apesar da grande recuperação económica registada no território. Desta forma, o empresário denota que a área da construção civil tem registado um desempenho mais fraco face a outros sectores de actividade económica.

Relativamente ao sector privado, Harry Lai lembrou que, no ano passado, muitas concessionárias de jogo e empresas privadas estavam ainda na fase de planeamento de projectos, pelo que estes têm avançado muito lentamente. Uma vez que existem muitas burocracias associadas a um projecto privado, nomeadamente o licenciamento, concepção e investimento, o empresário apontou que a conclusão destes projectos é ainda mais demorada.

Poucos recursos humanos

Questionado sobre as principais dificuldades que o sector enfrenta actualmente, Harry Lai disse que o licenciamento das obras e a falta de recursos humanos são os problemas que se destacam. O processo complexo e moroso de licenciamento de uma obra faz com que o investidor fique indeciso na hora de avançar para um novo projecto. Desta forma, o CEO da Lai Si Construction Engineering espera que o Governo flexibilize os procedimentos, simplificando-os, para que o sistema seja mais eficaz.

O empresário sugeriu também que as autoridades cooperem mais com o sector, a fim de introduzir no sistema de ensino, desde cedo, noções de construção, a fim de motivar os estudantes a enveredarem pela área da engenharia civil. Este sugeriu ainda a organização de mais cursos de formação para quem deseje mudar de carreira, além de considerar fundamental a criação de um regime de credenciação das competências técnicas para o sector de construção civil.

A seu ver, o sector tem falta de “sangue novo”, sobretudo para os trabalhos mais duros e difíceis, o que faz com que a grande maioria dos trabalhadores já esteja perto da reforma. Tal faz com que a área da construção civil dependa bastante de trabalhadores não residentes, frisou.

28 Mar 2024

Associações acreditam em recuperação plena do turismo

Chegado o fim-de-semana da Páscoa esperam-se números bem-sucedidos do turismo. Helena de Senna Fernandes, directora da Direcção dos Serviços de Turismo, prevê a vinda de 65 mil visitantes por dia. Ao HM, Luís Herédia, presidente da Associação de Hotéis de Macau, fala de uma “perspectiva positiva” para os números do turismo nos próximos dias, adiantando que o sector deverá continuar em recuperação pós-pandemia até 2025.

“Estamos ainda numa aprendizagem, mas estamos melhor. O recrutamento [de empregados para o sector do turismo e hotelaria] correu bem, com grande apoio das autoridades. É um processo que já acontecia antes, mas é sempre trabalhoso e exigente.”

“Temos o mercado muito forte da China, sobretudo de Cantão, que exige uma série de aptidões, sobretudo linguísticas, mas temos de estar munidos para a aposta do mercado internacional que Macau está a fazer. Este ano vai ser importante e a recuperação total do sector irá até 2025”, apontou.

Luís Herédia fala ainda de “novos desafios” tendo em conta a emergência “em força de outros mercados”, como Dubai, Singapura ou outras regiões asiáticas.

Diversão precisa-se

Para o académico Glenn Mccartney, especialista em turismo da Universidade de Macau, importa olhar se os números de turistas se traduzem num maior número de noites em Macau e, consequentemente, em mais gastos, para que haja “um impacto económico mais amplo em toda a cidade e não apenas nos pontos turísticos mais populares”.

O responsável diz ainda ser necessário uma maior aposta no entretenimento nocturno. “Discuti recentemente a necessidade de desenvolvimento de uma economia nocturna em Macau, sendo que grande parte da qual depende do entretenimento. Por isso, o desenvolvimento do entretenimento de Macau deve considerar a possibilidade de o fazer evoluir para uma estratégia de vida nocturna”, rematou.

28 Mar 2024

DSAL | Feiras de emprego com 337 vagas em Abril

Abriram hoje as inscrições para três sessões de feiras de emprego, que se vão realizar na segunda semana de Abril, com 337 vagas disponíveis para trabalhos em supermercados e hotéis. A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) indicou que o período de inscrições termina ao meio-dia do dia 4 de Abril.

No dia 8 de Abril, o Centro para o Desenvolvimento de Carreiras da FAOM, no Istmo de Ferreira do Amaral, nº 101-105ª, acolhe uma feira de emprego dedicada ao comércio a retalho. Na parte da manhã, serão disponibilizados 124 empregos para cargos em supermercado, como operador de caixa, arrumador de prateleiras, empacotador, preparador de carnes e de produtos aquáticos e empregado de transporte e arrumação de mercadorias.

Na parte da tarde, será a vez do sector da venda de alimentos, com 190 vagas para estagiário de gerente, supervisor de operações de comércio da loja e agente dos serviços de produtos alimentares e empregado de loja.

No dia seguinte, no Hotel Okura, haverá 23 vagas para o sector da hotelaria, para cargos como chefe de higiene ambiental, supervisor de efeitos especiais, técnico superior de efeitos especiais, empregado de tratamento de uniformes, agente de balcão de atendimento e operador do centro de atendimento ao cliente.

27 Mar 2024

Jogo | Receitas brutas de quase 15 mil milhões em Março

Durante os primeiros 24 dias de Março, a indústria do jogo de Macau apurou 14,9 mil milhões de patacas em receitas brutas, segundo as contas dos analistas da JP Morgan Securities. A performance ficou a 1 ou 2 por cento dos dois primeiros meses do ano, com a sazonalidade a quase não se fazer sentir

 

As primeiras três semanas de Março superaram as expectativas em termos de receitas dos casinos. Segundo as estimativas da JP Morgan Securities, durante os primeiros 24 dias deste mês, a indústria facturou diariamente cerca de 621 milhões de patacas, o que representa um total de 14,9 mil milhões de patacas no somatório das três semanas.

O relatório dos analistas da JP Morgan, citado pelo portal GGRAsia, destaca o efeito residual que a sazonalidade teve nas receitas brutas diárias dos casinos. “Apenas 1 a 2 por cento abaixo” das receitas brutas diárias de cerca de 630 milhões de patacas registadas nos primeiros dois meses deste ano, “um pouco melhor do que a tendência histórica de 4 por cento” de diferença entre Março e o período de Janeiro e Fevereiro, referiram os analistas DS Kim, Mufan Shi e Selina Li.

O relatório da JP Morgan Securities salienta também a forte performance da última semana, com o registo diário de 628 milhões de patacas, “que sugere uma procura estável e sólida, que não mostra sinais de abrandamento”.

Aquelas máquinas

Os analistas realçam também a boa performance das máquinas de slot que “estão a ter resultados a níveis de cerca de 110 por cento dos registos antes da pandemia”, em linha com a tendência verificada nos primeiros dois meses de 2024. “Em comparação com os níveis de recuperação de 104 por cento do quarto trimestre de 2023, estes resultados sugerem que a procura no sector de massas cresceu entre 3 e 4 por cento em termos trimestrais nos primeiros três meses de 2024, superando a histórica sazonalidade de +2 por cento numa comparação trimestral”, aponta a JP Morgan.

Por outro lado, no sector de jogo VIP é indicado que a procura real permanece a cerca de 20 por cento dos níveis registados antes da pandemia.

No cômputo geral, os analistas da JP Morgan estimam que Março termine com receitas brutas de cerca de 19 mil milhões de patacas, o que se vai traduzir num aumento de receitas de perto de 5 por cento face ao trimestre anterior, e mais de 60 por cento face ao mesmo trimestre do ano passado, marcando “mais um recorde pós-pandémico”.

27 Mar 2024

Hospital das Ilhas | Arranque gradual com exames de diagnóstico

Começou a funcionar, ainda gradualmente e de forma experimental, o Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas – Centro Médico de Macau, conhecido como o Hospital das Ilhas, e operado pelo Peking Union Medical College Hospital de Pequim.

Segundo um comunicado dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), desde segunda-feira que podem ser feitas nesta unidade de saúde ecografias a doentes de consultas externas de várias especialidades médicas, transferidos pelos SSM.

No primeiro dia de funcionamento foram atendidos apenas dois doentes, residentes “que usufruem de cuidados de saúde gratuitos”. Desde o início deste mês que o hospital tem recebido doentes transferidos pelos SSM para realização de ecografias e raio-x, estando planeada a realização destes exames de diagnóstico no período da tarde todas as segundas, quartas e sextas-feiras.

“O hospital vai, depois, aumentar o número de serviços de acordo com a situação do pessoal e dos equipamentos, prevendo-se prestar gradualmente, em Maio, os serviços de consulta externa de especialidade para os pacientes transferidos pelos SSM”, aponta o mesmo comunicado.

27 Mar 2024

Festival de Artes | IC exige ver guião dos Dóci Papiaçám antes do espectáculo

O lápis azul de Deland Leong não abranda. Após o cancelamento do espectáculo Made By Beauty no Festival Fringe e o acordo para abolir a nudez do espectáculo “Três Irmãos”, o IC exigiu o visionamento antecipado do guião da peça de teatro dos Dóci Papiaçám di Macau

 

Pela primeira vez desde que os Dóci Papiaçám di Macau integram o Festival de Artes de Macau, o Instituto Cultural (IC) exigiu ver o guião da peça, antes do espectáculo. A revelação foi feita por Miguel de Senna Fernandes, fundador do grupo, em declarações ao Canal Macau.

“Está naturalmente a acontecer [o pedido do guião]. É a primeira vez que nos pedem uma coisa destas e não sei o que vão controlar”, afirmou Miguel de Senna Fernandes. “Nós vamos cumprir naturalmente. Mas, claro que se houver alguma censura sobre isto, vai haver protesto”, acrescentou.

No entanto, o dramaturgo não deixou de se sentir incomodado com o pedido, até pelas dificuldades que levanta. “Só espero que isto de submeter os guiões seja um mero pro forma, porque andar a cortar isto, a cortar aquilo não pode ser…. Nós nunca submetemos nenhum guião, aliás os guiões são sempre alterados até ao último minuto. Então vamos submeter que guião?”, questionou. “Isto não tem pés nem cabeça. Não pode ser assim”, sublinhou.

Por outro lado, Miguel de Senna Fernandes mostrou-se preocupado com o impacto da exigência do IC nas artes locais, por poderem ser uma restrição à criatividade. “Admito que o teatro patuá tem uma característica especial que é a brejeirice. Há pessoas que não toleram tanto a brejeirice, que se utilize esta ou aquela expressão. Nós compreendemos”, reconheceu. “Coisa completamente diferente é mudar o curso das coisas porque pode ferir susceptibilidades. Espero que não se leve aos extremos, porque não se protege a criatividade que está a fazer falta em Macau”, justificou. “Espero que não se exagerem as coisas e que não se leve essa coisa de ferir susceptibilidades até ao extremo. Qualquer sátira fere sempre esta ou aquele susceptibilidade, ou então não é sátira”, destacou.

A arte de cortar

Face ao desenrolar dos acontecimentos, Senna Fernandes apelou ao IC que “impere sempre a confiança mútua”, porque “só assim as artes performativas de Macau podem florescer”.

A revelação feita pelo macaense surge numa altura em que o IC assumiu publicamente ter o direito de alterar os espectáculos que acontecem na RAEM, desde que pague. As declarações foram feitas por Deland Leong, presidente do IC, e responsável por cada vez mais cancelamentos de espectáculos.

A presidente do IC garantiu ainda que há respeito mútuo entre autoridades e artistas, e que o gosto do público também é tido em conta nos conteúdos autorizados pelo Governo. Apesar desta declaração, a realidade apresenta um cenário diferente, em Janeiro o espectáculo Made By Beauty foi cancelado pelo IC do Festival Fringe devido a cenas de nudez, ao contrário do que aconteceu no Interior, onde o espectáculo foi permitido pelas autoridades. De acordo com o artigo 37.º da Lei Básica, a liberdade de criação literária e artística é protegida da RAEM.

Há dias, em declarações ao HM, também o coreógrafo Victor Hugo Pontes admitiu que o espectáculo de dança contemporânea “Os Três Irmãos”, que vai ser exibido no Festival de Artes, teve de ser alterado por exigência do IC, para esconder cenas de nudez.

27 Mar 2024

Zona Norte | Associação prevê aumento do consumo em restaurantes

O presidente da Associação Industrial e Comercial da Zona Norte de Macau, Wong Kin Chong, estima que a iniciativa “Grande prémio para o consumo na Zona Norte durante os fins-de-semana” aumente os negócios dos restaurantes da zona entre 20 e 30 por cento, adiantou ontem o representante ao jornal Ou Mun.

A associação, uma das organizadoras do evento a par do Governo e da Associação Comercial de Macau, indica que desde o primeiro fim-de-semana, o número de estabelecimentos que aderiu à iniciativa passou de 400 para 600, principalmente do sector da restauração.

O “Grande Prémio para o Consumo” arrancou no dia 18 de Março e irá decorrer todos os fins-de-semana até 4 de Agosto. Quem gastar mais de 50 patacas através de pagamento móvel pode ganhar cupões no valor entre 10 e 100 patacas através de um sorteio. Estes cupões podem ser usados durante o fim-de-semana nas lojas que aderiram à iniciativa pensada para socorrer o comércio da zona que enfrenta dificuldades graves, principalmente desde que começou o programa de circulação de veículos de Macau na província de Guangdong.

27 Mar 2024

Habitação intermédia | Candidaturas de pessoas casadas são prioritárias

Foram ontem publicados os critérios de pontuação das candidaturas para a habitação intermédia, também designada como habitação para a classe sanduíche. Segundo o despacho assinado pelo Chefe do Executivo, publicado no Boletim Oficial, de um total de 100 pontos, os candidatos que incluam no seu agregado familiar uma pessoa com quem tenham casado têm 80 pontos, enquanto uniões de facto têm 20 pontos, ou seja, bastantes menos hipóteses de conseguir uma casa nesta modalidade.

Candidatos com um filho no agregado familiar também são classificados com 80 pontos, por cada filho, enquanto que o candidato que concorra com um pai ou mãe no agregado recebe 60 pontos. A proporção de residentes permanentes no agregado do candidato também tem influência na pontuação.

A lei da habitação intermédia, que entra em vigor a 1 de Abril, prevê o cancelamento da candidatura caso o candidato morra, ou desista da casa na sequência de um divórcio. Porém, se um familiar quiser tomar a posição de candidato à compra da casa, pode fazê-lo desde que cumpra os requisitos.

26 Mar 2024

PME | Pedidos subsídios e estudos sobre zonas mais afectadas

A Aliança de Sustento e Economia de Macau sugeriu ao Governo o lançamento de mais medidas de apoio às pequenas e médias empresas (PME) do território e estudos que indiquem quais os sectores económicos e zonas da cidade mais afectados.

O vice-presidente da associação Aeson Lei defende que o Governo deveria negociar a isenção do pagamento de taxas cobradas aos comerciantes no âmbito de pagamentos electrónicos, e implementar mais medidas para ajudar os negócios sediados fora das zonas de maior afluência de turistas.

Num comunicado divulgado no domingo pela associação, é indicado que as PME atravessavam uma fase complicada já antes da pandemia. “Nos últimos cinco anos, estas empresas de pequena dimensão enfrentaram dificuldades por diversos motivos, como a passagem do tufão Hato, ajustamento do sector do jogo e a pandemia.

Os empresários mantiveram a confiança e seguiram as orientações do Governo, aproveitando, por exemplo, os empréstimos bonificados de apoio à economia, durante a pandemia.” Agora, o responsável indica que muitos empresários estão numa posição complicada para conseguir pagar os empréstimos contraídos, com muitas lojas a fechar nos bairros comunitários.

“O Governo tem responsabilidade de lançar medidas para incentivar a economia, algo que já fez de forma oportuna, mas que não foram suficientes”, indicou.

26 Mar 2024

TVB | Germano Guilherme vence concurso de talentos

A noite de domingo consagrou o macaense de 36 anos como o vencedor da segunda edição do concurso “Meia-Idade, Canta e Brilha”. O momento alto da noite surgiu quando Germano interpretou o tema Feeling Good

 

O macaense Germano Guilherme Ko foi o vencedor da segunda edição do programa “Meia-Idade, Canta e Brilha”, organizado pela TVB, estação televisiva de Hong Kong. O cantor participou ontem na final do programa que tem como apresentadora a celebridade Stephanie Che, e no fim foi considerado o melhor entre mais de 100 participantes.
Na noite de domingo, o macaense de 36 anos cantou o tema “Heart is Still Cold”, em cantonês, da artista Anita Mui, considerada uma das grandes figuras do Cantopop. A primeira interpretação do macaense valeu-lhe uma pontuação alta por parte do júri constituído por algumas das principais celebridades actuais do pop de Hong Kong, como Miriam Yeung, Brian Chow Kwok Fung, Priscilla Chan Wai Han, Clayton Cheung Kai Tim, Harry Ng Chung-hang e Maria Cordero.

Contudo, o momento que levou Germano a marcar a diferença para os restantes participantes aconteceu durante a interpretação do tema “Feeling Good”, cantado pela primeira vez pelo artista Cy Grant, no musical The Roar of the Greasepaint – The Smell of the Crowd, em 1964. Com a pontuação mais alta na segunda canção, e o resultado perfeito, Germano Guilherme superiorizou-se aos restantes finalistas: Maggin Ann, Tam Fai Chi, Mic-go Ngan, Kimman Wong, Sean Sim e Itchii Chan.

Chuva de agradecimentos

Após ser declarado vencedor, Germano não escondeu a emoção: “Não acredito neste resultado. Que loucura!”, afirmou. “Quero agradecer a todos, desde o primeiro episódio até hoje [domingo] que todos cuidaram muito bem de mim, foram amáveis e compreensivos. Quero agradecer à família do programa “Meia-Idade, Canta e Brilha”, aos nossos professores, colegas de concurso e às pessoas nos bastidores. A todos quero dizer um muito obrigado”, afirmou o macaense, de acordo com o portal Ming Pao.

Germano deixou igualmente um agradecimento para Macau. “Muito obrigado por me aceitarem de novo em Hong Kong. Mas, mais importante para mim, muitas pessoas em Macau apoiaram-me sempre, por isso, também lhes quero agradecer muito por tomarem conta de mim”, vincou.

Sem ajudas

Ao longo do concurso, Germano Guilherme Ko foi acusado de ter uma relação de proximidade com a júri macaense Maria Cordero, presença assídua nos programas de televisão de Hong Kong.

No entanto, de acordo com o portal HK01, Germano Guilherme negou ter sido favorecido pela ligação. O portal de HK revelou inclusive que Maria Cordero terá recusado ajudar Germano a estabelecer contactos dentro da TVB, com vista a criar oportunidades profissionais para o talento macaense, mesmo quando lhe foi pedido.

26 Mar 2024

Imigração ilegal | Detidas 14 pessoas que queriam jogar nos casinos

As autoridades de Macau e do Interior da China detiveram no sábado 14 pessoas por suspeitas de imigração ilegal, das quais seis pertenciam a um alegado grupo criminoso e oito eram imigrantes. Segundo o jornal Ou Mun, o caso aconteceu na madrugada de sábado, tendo os suspeitos sido descobertos pelos agentes dos Serviços de Alfândega de Macau quando estes tentavam passar as cercas colocadas junto à ilha artificial do Posto Fronteiriço de Macau da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau para tentar entrar em Macau. Apesar dos agentes terem conseguido interceptar cinco pessoas que tentavam entrar no território, outras três conseguiram escapar.

A Polícia Judiciária (PJ) local conseguiu, mais tarde, identificar quatro membros do grupo que operava este esquema de imigração ilegal, tendo apanhado os fugitivos junto ao Posto Fronteiriço da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e na Taipa.

Por sua vez, a polícia do Interior da China deteve ainda mais dois membros do grupo em Zhuhai, que tinham a responsabilidade de guiar as pessoas que tentavam entrar em Macau ilegalmente. Os detidos acabaram por confessar que pretendiam entrar no território apenas para jogar nos casinos. As autoridades procuram ainda o líder do grupo.

26 Mar 2024

Cultura | IC diz ser normal Governo alterar conteúdos de espectáculos

Como o Governo convida artistas para actuar em Macau, pode negociar o conteúdo e alterar os espectáculos para os adequar ao público local. Foi desta forma que a presidente do Instituto Cultural respondeu a acusações de censura na programação de festivais artísticos, depois de vários casos terem vindo a público

 

A presidente do Instituto Cultural (IC), Deland Leong Wai Man, considera que o Governo pode negociar o conteúdo de obras apresentadas nos festivais artísticos de Macau, enquanto entidade organizadora que convida artistas e companhias para actuar no território. Foi desta forma que a responsável máxima do IC respondeu a acusações de censura na programação de Festival de Artes de Macau.

Em declarações à margem da Parada Internacional de Macau, que se realizou no domingo, Deland Leong Wai Man disse acreditar que o conteúdo das obras interpretadas nos festivais pode ser negociado, uma vez que os artistas são convidados pelas autoridades. Nestas negociações para alterar o conteúdo dos espectáculos, a presidente do IC garante que o respeito mútuo entre autoridades e artistas, assim como o gosto do público, são factores essenciais.

As declarações da responsável, citadas pelo canal chinês da Rádio Macau, surgiram na sequência da publicação no All About Macau de um artigo em que Jenny Mok, directora da Associação de Arte e Cultura Comuna de Pedra, afirma que um espectáculo da companhia que dirige foi retirado do programa do ano passado do Festival de Artes de Macau sem uma explicação clara das autoridades para tal.

Sensibilidade local

Como o HM noticiou, um dos espectáculos que consta da programação do Festival de Artes de Macau deste ano foi alterado a pedido do IC. “Os Três Irmãos”, um espectáculo de dança contemporânea, com coreografia de Victor Hugo Pontes e texto de Gonçalo M. Tavares, foi “adaptado” para caber nos critérios do IC.

“Uma das cenas de intimidade é quando tomam banho juntos e se lavam uns aos outros. Nesta versão de Macau não existe nudez integral. Essa parte terá de ser adaptada”, indicou o coreógrafo ao HM.

“Penso que existe uma quota para nudez nos espectáculos e, no nosso caso, essa quota já tinha sido ultrapassada. Parece que tem de ser feita uma certa gestão em todos os espectáculos em que há nudez. Acredito que tenha a ver com a questão cultural, extremamente forte, em que a nudez não é ainda um lugar-comum e que, para não criar demasiados constrangimentos entre a plateia e a programação, tenham de fazer uma certa selecção”, acrescentou.

No início do ano, o espectáculo “Feito pela Beleza”, da companhia Utopia da Miss Bondy, foi cancelado pelo IC e retirado da programação do último Festival Fringe. Por essa ocasião, Deland Leong Wai Man afirmou que o cancelamento se ficou a dever ao facto de o conteúdo do espectáculo ser “divergente” face ao que foi apresentado na fase de candidatura ao festival.

O espectáculo burlesco foi cancelado depois de ter sido exibido um vídeo com “drag queens” nas redes sociais, apesar de ter a classificação para maiores de 18 anos e de apresentar a advertência de conter “linguagem obscena e nudez que poderia ofender a sensibilidade de alguns espectadores”. A mesma peça entrou no cartaz do Festival de Teatro de Shekou, que se realizou entre Outubro e Novembro do ano passado na cidade vizinha de Shenzhen.

26 Mar 2024

MIECF | “Dia Verde do Público” com autocarros eléctricos

Com o Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau 2024 (MIECF), a começar na próxima quinta-feira, a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental anunciou ontem que o “Dia Verde do Público”, marcado para o último dia do evento (sábado) terá novamente entrada grátis.

O Governo sugere a visita à “exposição verde e para conhecer os produtos ambientais e as informações mais recentes sobre a protecção ambiental, provenientes de diferentes indústrias do Interior da China e do exterior, inspirando ideias inovadoras sobre a protecção ambiental”.

Serão também disponibilizadas quatro carreiras de autocarros eléctricos para transporte entre a zona central, zona norte, Taipa e o recinto do MIECF, no Cotai Expo Hall A do Venetian. Apesar de o tema da sustentabilidade e ambiente, o evento decorre no resort de uma concessionária de jogo, indústria que queima todos os dias mais de cinco toneladas de cartas de jogo usadas nas mesas dos casinos, segundo a Associação para a Protecção Ambiental Industrial.

26 Mar 2024