João Santos Filipe SociedadeDirector do jornal San Wa Ou absolvido e sem ter de pagar indemnização O Tribunal entendeu que José Pereira Coutinho, Rita Santos e Armando Jesus não conseguiram provar os danos causados por um artigo de opinião de Lam Chong. Apesar de ter criticado o artigo “por falta de investigação” sobre os factos publicados, a juíza entendeu que ficou por provar a existência de dolo [dropcap]O[/dropcap] Tribunal Judicial de Base (TJB) absolveu o director do Jornal San Wa Ou, Lam Chong, da prática de um crime de abuso de liberdade de imprensa, na forma de difamação agravada. Em causa estava um artigo de opinião publicado no jornal, em que Lam acusava Portugal de violar a Declaração Conjunta Sino-Portuguesa, porque o Conselho das Comunidades Portuguesas estaria a vender passaportes portugueses, a troco de 18 mil patacas. Segundo a decisão da juíza Chao Im Peng, revelada na sexta-feira, o director da publicação também não terá de pagar as indemnizações que totalizavam 167.748 patacas, exigidas por José Pereira Coutinho, Rita Santos e Armando de Jesus, ou seja os conselheiros das comunidades portuguesas. Em relação à acusação da prática de difamação agravada, Chao Im Peng considerou que ficou por provar que Lam Chong tenha tido a intenção de causar danos às reputações dos envolvidos. “Não sabemos qual foi a intenção verdadeira do artigo. Não se provou que o arguido tenha tido intenção de ‘atacar’ o deputado José Pereira Coutinho, primeiro assistente, ou qualquer um dos três assistentes” disse Chao, durante a leitura da sentença. “Por esta razão não se pode dar como provado a responsabilidade criminal”, acrescentou. Sobre eventuais danos para os conselheiros, Chao Im Peng apontou que o facto de uma conduta negativa ser apontada ao Conselho das Comunidades Portugueses, não significa que corresponda directamente à acção dos conselheiros. “Para o leitor comum, mesmo que o artigo tenha acusações negativas, não vai levar à crença que o comportamento da associação é o comportamento da pessoa responsável ou dos seus membros”, justificou a juíza. “Não se provou que o artigo causou prejuízo à reputação dos três assistentes. Por esta razão o pedido não tem suporte”, justificou. Lam contente No final, Lam Chong colocou fim ao silêncio que adoptou ao longo do processo e mostrou-se satisfeito com a decisão. Lam afirmou que nunca tinha implicado os três conselheiros e que não percebia porque lhe tinha sido exigida uma indemnização. Por sua vez, o advogado de defesa, Vong Keng Hei, pediu mais tempo para analisar o documento: “Estamos contentes com esta sentença, mas precisamos de mais tempo para analisar o seu conteúdo. Por isso, neste momento, não quero fazer mais comentários”, afirmou à saída do edifício do TJB. Bruno Nunes, advogado dos queixosos, optou por manter o silêncio em relação à decisão, tal como José Pereira Coutinho e Rita Santos, que não estiveram na sessão, mas mostraram-se incontactáveis nas horas seguintes. Se, por um lado, a juíza deu razão a Lam Chong, por outro, não deixou de fazer várias correcções ao artigo, nomeadamente pela falta de provas para sustentar o conteúdo do mesmo. “Os cidadãos querem ler a informação da forma correcta. Não deve exagerar os factos para apelar às emoções dos leitores nem ‘atacar’ determinadas pessoas”, frisou a juíza. “O artigo indica que a associação recebia benefícios financeiros no tratamento dos documentos e pela venda de passaportes. Mas antes de escrever este conteúdo não foram feitas investigações A informação teve influência negativa para a sociedade”, frisou. Após a leitura da sentença, que aconteceu na sexta-feira, as duas partes têm um período de 20 dias para decidir se pretendem recorrer para o Tribunal de Segunda Instância.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Helena de Senna Fernandes espera aumento em 20% no 1º de Maio [dropcap]H[/dropcap]elena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo, prevê um aumento de visitantes na ordem dos 20 por cento a semana que arranca hoje, de acordo com o jornal Ou Mun. A responsável salientou ainda o aumento em 30 por cento dos visitantes durante a Páscoa, em comparação com o período homólogo do ano passado. Muitos dos visitantes que entraram no território, principalmente oriundos do continente e de Hong Kong, optaram por visitas de apenas um dia, não pernoitando em Macau. No primeiro trimestre deste ano, entraram no território mais de 10 milhões de turistas.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Reuniões empresariais são nicho por explorar em Macau Macau precisa criar nichos de mercado, como promover reuniões empresariais, para atrair turistas portugueses para o território. A ideia foi deixada pelo presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, Pedro Costa Ferreira, na 7.ª Expo Internacional de Turismo de Macau [dropcap]O[/dropcap] presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) disse à Lusa que Macau deve apostar no mercado das reuniões empresariais devido aos “serviços hoteleiros fantásticos” que o território proporciona. Tem “serviços hoteleiros fantásticos, acolhimento, capacidade para reuniões e tem ao lado destinos onde se pode acabar a fazer praia. Para reuniões empresariais é um grande destino”, afirmou Pedro Costa Ferreira, em declarações à Lusa, à margem da 7.ª Expo Internacional de Turismo de Macau que decorreu até ontem em Macau. “Falaremos disso com as autoridades (…) para nos tentarmos focar neste mercado, porque é um mercado onde pensamos que a resposta poderia ser rápida”, sublinhou. Ao longe Para o responsável da APAVT, a distância de Macau à Europa faz com que o mercado turístico do território tenha ‘de ser vendido’ como mais valia com destinos asiáticos. “O voo de 12 horas e uma viagem de quase 24 horas faz com que as pessoas que venham para aqui [Macau] tenham de vir com tempo e combinando com outras áreas, porque ninguém faz um investimento desta natureza sem aproveitar para ir para outros lados”, justificou. A distância, na sua opinião, faz com que o número de turistas portugueses “não seja o que todos nós gostaríamos que fosse”, apesar de já ser “um destino turístico muito presente no mercado português”. “Macau, ele próprio, para o mercado emissor português pela distância existente é melhor vendido numa combinação com outros países asiáticos do que propriamente ‘per si’”, considerou. Esta sétima edição da Expo Internacional de Turismo de Macau teve como um dos destaques o papel de Macau no ambicioso projecto chinês da construção de uma metrópole mundial com Hong Kong e nove cidades chinesas, mas também o papel de Macau como plataforma entre a China e os países de língua portuguesa. Por um lado, o território pretende promover parcerias turísticas com os países integrantes da iniciativa chinesa “Uma Faixa, Uma Rota”, por outro quer incentivar os operadores turísticos a desenvolverem itinerários multidestinos nas cidades e territórios da Grande Baía, a metrópole mundial que abrange um território onde vivem cerca de 70 milhões de pessoas. Neste capítulo, Pedro Costa Ferreira ainda está pouco optimista que “a curto prazo” este ‘pacote’ possa ser bem recebido pelos clientes ocidentais. “Já fazemos combinação com outros destinos”, como Xangai e Pequim, mas ainda não existe “nenhuma tradição de o fazer com a zona da Grande Baía”, justificou. “Há que reconhecer (…) que a zona da Grande Baía do lado chinês, portanto quando se sai de Macau, não tem ainda capacidade de recepção”, contudo frisou que “tem potencialidade, tem autenticidade, e é possível criar um destino turístico que sirva aos ocidentais, mas esta teia não está construída”. Macau beneficia, até ao final do ano, do título de “Destino Preferido”. A atribuição deste título resulta de um acordo entre o Turismo de Macau e a APAVT e consiste numa série de acções destinadas a contribuir para a promoção de Macau.
Hoje Macau SociedadeSaúde | Detectados mais dois casos de rubéola [dropcap]F[/dropcap]oram detectados esta quarta-feira mais dois casos de rubéola. De acordo com um comunicado dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), “os novos casos foram diagnosticados em dois residentes de Macau, que trabalham no Casino MGM Macau”. Um dos pacientes é do sexo masculino, com 34 anos de idade, tendo apresentado sinais de febre no dia 21 de Abril. No dia 23 de Abril apresentou tosse e erupções cutâneas que começaram a surgir na cabeça e rosto e que alastraram depois a todo o corpo. Nesse mesmo dia, o paciente recorreu ao Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário. A outra paciente é uma mulher de 43 anos de idade que começou a ter sinais de febre no dia 22 de Abril. No dia seguinte começou a ter os olhos vermelhos, além de que apareceram erupções cutâneas no pescoço, que depois se espalharam por todo o corpo. Os SSM escrevem que a paciente se dirigiu primeiro ao Hospital Kiang Wu e que, “devido à continuação de sintomas”, se deslocou no mesmo dia ao Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário para tratamento. “Os Serviços de Saúde estão a acompanhar o estado de saúde das pessoas que tiveram contacto com os pacientes durante o início da doença, e a instruíram no respectivo local de trabalho para o reforço da limpeza e da desinfecção do âmbito, a monitorização rigorosa do estado de saúde dos trabalhadores”, aponta o mesmo comunicado. Até ao momento, foi registado um total de 24 casos de rubéola.
Hoje Macau SociedadeGlobal Media | Kevin Ho confirma despedimentos [dropcap]O[/dropcap] empresário Kevin Ho, administrador da KNJ, detentora de 30 por cento da Global Media, confirma que vai haver despedimentos no grupo de comunicação social de língua portuguesa, detentor de títulos como o Diário de Notícias e Jornal de Notícias, bem como a rádio TSF. Em declarações à TDM em Pequim, Kevin Ho confirmou os despedimentos, disse lamentar a situação, mas ressalva que não há ainda números exactos: “Não temos um número exacto, mas vai haver uma reestruturação. A reestruturação não é apenas despedir pessoas, é uma reestruturação de toda a empresa que envolve alterar os recursos humanos. Vamos despedir algumas pessoas, vamos mudar pessoas para outros departamentos, para outras empresas, vamos reorganizar a empresa toda, vamos tentar agilizar a nossa empresa e esperamos que isto ajude todo o grupo”. Em Outubro de 2016, quando chegou a acordo para a entrada no capital da Global Media, o empresário de Macau disse que não havia planos para despedimentos no grupo de media português. O jornal Expresso avançou em Fevereiro com a possibilidade de serem rescindidos quase 200 contratos.
João Luz SociedadeComissão de Perícia considerou quase metade dos requerimentos como erro médico [dropcap]A[/dropcap] Comissão de Perícia do Erro Médico entendeu que 13 casos que recebeu para análise constituíram erro médico, num universo de 27 requerimentos para realização de perícias submetidos entre 26 de Fevereiro de 2017 a 25 de Fevereiro de 2019. De acordo com um comunicado emitido pelo próprio organismo, dos 27 requerimentos recebidos, 18 foram admitidos para análise. Em jeito de balanço do final do primeiro mandato, a comissão refere que dos 18 casos admitidos, 14 tiveram perícia concluída e registou-se uma desistência de um requerente. Entre os nove casos que não foram admitidos, cinco foram indeferidos por não respeitarem as condições legalmente previstas, enquanto quatro foram rejeitados por falta de apresentação de informações complementares exigidas. De acordo com um comunicado emitido pela comissão, registaram-se cinco reclamações dos relatórios de perícia elaborados, durante os dois anos de mandato do organismo. Para efectuar os exames periciais, a comissão realizou audiências a um total de 92 pessoas e solicitou pareceres a 13 peritos do Interior da China, Hong Kong e Macau. Outro dos métodos periciais utilizados foram as diligências de investigação, no total de 85, que incluíram pedidos de acesso a processos clínicos arquivados nas respectivas instituições médicas, pedidos de esclarecimentos e duas inspecções in loco. Além disso, para a elaboração dos 14 relatórios concluídos foram citados 171 artigos da área da medicina provenientes de diferentes países. A comissão emitiu ainda 46 recomendações a prestadores de cuidados de saúde com o intuito de aperfeiçoar os seus trabalhos e pediu a realização de duas autópsias ao Centro Hospitalar Conde de São Januário, através do Serviço de Medicina Legal. Durante os dois anos do primeiro mandato do organismo, foram realizadas 133 reuniões sobre a audiência, a auscultação de peritos, a discussão e apreciação de relatórios de perícia, a deliberação sobre assuntos administrativos relevantes, bem como a apresentação dos estudos temáticos internos. No passado dia 26 de Fevereiro, a Comissão de Perícia do Erro Médico ficou com o mandato renovado através de despacho assinado pelo Chefe do Executivo.
Hoje Macau SociedadeGalgos | Albano Martins reconhecido com prémio internacional [dropcap]A[/dropcap] GREY2K USA atribuiu a Albano Martins, presidente da ANIMA, o prémio 2019 Greyhound Leadership Award na sequência da campanha internacional para fechar o Canídromo de Macau e salvar os animais que permaneciam nas instalações dedicadas às corridas de galgos. Num vídeo publicado no Youtube, o conselho de administração da associação norte-americana agradece a Albano Martins os esforços que possibilitaram “aos galgos terem uma segunda oportunidade, um direito que tanto merecem”. Albano Martins revelou ao HM que foi apanhado desprevenido quando activistas norte-americanos, europeus e australianos lhe deram os parabéns pela distinção. Para o presidente da ANIMA, o prémio atribuído pela GREY2K USA é o reconhecimento de que “sem da persistência da ANIMA, a nossa capacidade de diálogo e de compromisso e a nossa liderança a pista não teria fechado”. Além disso, Albano Martins entende que a distinção premeia também o trabalho feito, nomeadamente o sucesso da campanha de adopção dos mais de 500 animais que saíram de Macau em cerca de meio ano. A GREY2K USA é uma associação sem fins lucrativos e um grupo de pressão dedicado ao alargamento da protecção de galgos e ao fim das corridas de cães em todo o mundo.
Hoje Macau SociedadePrisão preventiva para mulher que terá roubado vítima depois de a sedar [dropcap]O[/dropcap] Ministério Público (MP) revelou ontem que foi aplicada prisão preventiva a uma mulher, oriunda do Interior da China, por suspeita de roubo depois de ter sedado a vítima. Em comunicado, o MP refere que a detenção aconteceu “há dias atrás”, quando a suspeita se preparava para voltar a entrar em Macau, tendo sido reencaminhada para o MP “para efeitos de investigação criminal”. O caso terá acontecido no final do mês passado, num casino de Macau, quando a arguida, a pretexto de auxiliar outra pessoa na troca de moeda, por duas vezes colocou uma substância hipnótica na bebida da vítima. A intoxicação levou a vítima a perder a consciência, o que abriu oportunidade para a arguida, em conjunto com outro suspeito, subtraíssem os pertences da pessoa que estava inanimada. De acordo com o MP, as condutas praticadas configuram a tipificação do crime de roubo agravado, punido com pena de prisão de 3 a 15 anos. “Findo o primeiro interrogatório judicial da arguida e tendo em conta as circunstâncias perversas, que põem em causa a tranquilidade social, mediante a prática do referido crime em grupo e com premeditação, tendo causado à vítima prejuízo patrimonial de valor elevado, foi decretada pelo Juiz de Instrução Criminal, sob a promoção do Delegado do Procurador, a aplicação da medida de coacção de prisão preventiva à arguida”, lê-se no comunicado do MP. Evitar os a continuação da perturbação da ordem social e a fuga da arguida foram também argumentos elencados pelo MP. Entretanto, a investigação prossegue, nomeadamente a busca pelo segundo suspeito.
João Luz SociedadeIncêndio | Proprietários recusaram pagar melhorias no sistema eléctrico O incêndio que deflagrou no edifício Kam Hoi San, na Areia Preta, poderia ter sido evitado. De acordo com o Exmoo News, os moradores foram notificados para actualizarem os equipamentos eléctricos, mas a maioria dos proprietários recusou pagar as obras de manutenção [dropcap]A[/dropcap] falta de manutenção do sistema eléctrico foi a razão do incêndio ocorrido no edifício Kam Hoi San, na Rua Nova da Areia Preta, na passada noite de segunda-feira. O fogo que afectou 120 habitações poderia, contudo, ter sido evitado se as recomendações da CEM fossem acatadas. Uma fonte citada pelo Exmoo News, refere que a companhia informou, dois meses antes do sinistro, os proprietários de que, devido ao aumento do consumo de electricidade, havia a necessidade de actualizar o equipamento eléctrico, nomeadamente os quadros. Segundo a administração do condomínio, o consumo eléctrico aumentou para o triplo desde o fim da construção. A mesma fonte referiu ainda que apenas 10 por cento dos proprietários concordaram com a substituição dos equipamentos obsoletos, apesar do alerta do condomínio nesse sentido. Além disso, a fonte citada pelo Exmoo News adianta que muitas fracções têm quotas de condomínio e contribuições para o fundo de manutenção das partes comuns do edifício em atraso. Aliás, o sistema eléctrico do prédio nunca chegou a ser melhorado desde o fim da construção, há mais de vinte anos. O mesmo se aplica às canalizações de água, ao sistema de protecção contra incêndios, elevadores, entre outros equipamentos que se não forem reparados também acarretam perigo para o prédio. Custo da segurança Um dos problemas principais revelado pela fonte do condomínio citada pelo Exmoo News é que as quotas de condomínio não chegam para renovar os equipamentos que precisam de manutenção, um problema transversal aos restantes prédios da zona da Areia Preta e que se torna particularmente problemático com o aumento do consumo de energia. Também o envelhecimento dos cabos de aço dos elevadores do edifício Kam Hoi San, que foram renovados, motivou discórdia entre os condóminos, com alguns proprietários a protestarem o elevado custo da reparação. Circunstância que revela a falta de consciência para os problemas de segurança como, por exemplo, a ausência de luzes que indiquem saídas de emergência durante acidentes, como incêndios. De acordo com declarações do Corpo de Bombeiros (CB) prestadas ao HM, a chamada telefónica que deu o alerta para o incêndio foi recebida às 19h07. Três minutos depois a equipa dos bombeiros chegava ao local. “O nosso departamento destacou 23 bombeiros e sete carros para responder ao incêndio”, revela fonte do CB. Apenas quatro minutos depois, o fogo provocado por um curto-circuito foi declarado extinto.
Andreia Sofia Silva SociedadeNam Van | Rejeitado recurso sobre anulação de concessão de terreno [dropcap]O[/dropcap] Tribunal de Segunda Instância (TSI) rejeitou o recurso submetido por uma subsidiária da Sociedade de Empreendimentos Nam Van relativo à anulação da concessão de um terreno situado na zona C do “Fecho da Baía da Praia Grande”. A primeira vez que este terreno foi concessionado foi em 1991, tendo a Sociedade de Empreendimentos Nam Van feito a transmissão dos direitos da concessão por arrendamento, em 2001, à Sociedade de Investimento Imobiliário Nga Keng Van, S.A. O arrendamento foi válido até 30 de Julho de 2016, tendo sido proferido o despacho de anulação da concessão, por falta de aproveitamento do espaço, a 3 de Maio de 2018. Jorge Neto Valente, presidente da Associação dos Advogados de Macau, é também membro do conselho de administração da Sociedade de Empreendimentos Nam Van. O TSI rejeitou também outro recurso relativo a um terreno localizado na península de Macau, na Rua dos Currais. O terreno foi concessionado em 1989, mas o prazo de 25 anos para o seu aproveitamento chegou ao fim em 2014. Em 24 de Junho de 2016, o Chefe do Executivo proferiu despacho, no sentido de declarar a caducidade da concessão do aludido terreno pelo seu não aproveitamento até ao termo do prazo da concessão. João Wang, herdeiro do concessionário, perdeu assim mais uma causa em tribunal.
Hoje Macau SociedadeIndemnizações a passageiros após caos no aeroporto por esclarecer Por Raquel Moz [dropcap]O[/dropcap]s passageiros de Macau que viajam por via aérea não estão protegidos com os mesmos direitos legais que os cidadãos da União Europeia. A legislação que regulamenta o direito à compensação por eventuais prejuízos causados nos atrasos das partidas, cancelamento, overbooking ou desvio de voos – é escassa e, em muitas situações, omissa. As ocorrências no Aeroporto Internacional de Macau no fim-de-semana da Páscoa, provocadas pelos alertas de chuva intensa e trovoadas, levantaram dúvidas sobre os direitos dos passageiros, nomeadamente após o pagamento de 500 patacas por parte da Air Macau a alguns dos viajantes, conforme foi noticiado pelo canal de televisão português (TDM) a 19 de Abril. Contactada pelo Hoje Macau, a transportadora Air Macau não respondeu às questões acima descritas, colocadas há dois dias atrás, nem explicou em que circunstâncias têm os passageiros direito ao pagamento de meio milhar de patacas, ou que tipo de inconveniências estão cobertas por este montante. Também não são conhecidos os valores para outras indemnizações a passageiros por alteração dos planos de voo. O que está definido no sítio electrónico da operadora salvaguarda apenas os limites da sua responsabilidade perante o direito à compensação de danos por atraso, danificação, extravio ou perda de bagagens e de carga. A Autoridade da Aviação Civil de Macau (AACM) dispõe de informação mais concreta na sua página online, onde podem ser consultadas as convenções e regulamentos respeitantes aos operadores de transporte aéreo. O território está abrangido pela Convenção de Montreal, de 28 de Maio de 1999, que define a Unificação de Certas Regras Relativas ao Transporte Aéreo Internacional, ratificado por 136 países e territórios, entre os quais a China que, por sua vez, engloba Macau. O Governo da RAEM promulgou em Abril de 2004 o Regulamento Administrativo Nº 11/2004, actualizado depois pelo Nº 19/2011, sobre o “Regime de Responsabilidade Civil dos Transportadores e Operadores Aéreos”. O que se pode ler no artigo 4º deste Regulamento é que “o transportador aéreo é responsável pelo ressarcimento dos danos resultantes de “morte, ferimentos ou outras lesões corporais” sofridas a bordo das aeronaves; “destruição, perda, deterioração ou atraso de bagagem ou carga”; e “atrasos verificados no transporte de passageiros”, sem especificar valores. Existem, contudo, limites de responsabilidade previstos para todos estes casos, que para a reparação de danos, resultantes do atraso no transporte de passageiros, é no máximo de 40 mil patacas e em relação a bagagens tem um tecto de 10 mil patacas por pessoa. Há ainda exclusões e atenuantes para a responsabilidade das operadoras e prazos para reclamação dos passageiros. Segundo um relatório estatístico de reclamações da AACM, publicado no site, em 2018 houve seis queixas apresentadas à companhia aérea local, por motivos de “atraso, cancelamento de voo, assistência e indemnização”, e duas dirigidas a companhias estrangeiras por idênticas razões. Em 2017, tinham sido 18 e 0 queixas, respectivamente. Direitos na Europa O contraste com o regime legal que protege os passageiros aéreos no espaço europeu é evidente. O Regulamento Europeu de Direitos de Passageiros garante o direito à compensação pecuniária por cancelamento de voos, atrasos superiores a três horas, conexões perdidas e overbooking, que podem chegar a 250 euros, caso se trate de voos domésticos, 400 euros para voos continentais ou 600 euros para voos intercontinentais. Com a aviação internacional a crescer e os custos das transportadoras a apertar, para aguentar a concorrência comercial, são cada vez mais frequentes os incómodos causados aos passageiros por atrasos em cadeia nos aeroportos. Entre os mais movimentados do mundo encontram-se os de Atlanta, Georgia (EUA), com o maior número de partidas em Janeiro de 2019, o de Xangai (China), com o maior número de passageiros, e o de Hong Kong (China), com o maior volume de carga, no ranking publicado pela Organização Internacional de Aviação Civil das Nações Unidas (ICAO).
Hoje Macau SociedadeFRC faz balanço positivo dos primeiros sete anos de actividade [dropcap]A[/dropcap] Fundação Rui Cunha fez ontem um balanço positivo dos primeiros setes anos de actividade da instituição, um “trabalho abrangente” em “prol da cultura ou do direito” de Macau, cuja documentação é “um património” do território. Fundada em 2012 pelo advogado português Rui Cunha, radicado há quase 40 anos em Macau, a fundação assinala esta semana o sétimo aniversário, com um conjunto de eventos que arrancou esta segunda-feira e se estende até dia 29. A missão a que se propôs desde o início – promover a “identidade singular” de Macau – tem sido cumprida através de uma “panóplia diversificada de eventos todos os anos”, salientou o vice-presidente, Tubal Gonçalves. Ao todo, já são quase mil, entre “conferências, concertos e lançamentos de livros”. Praticamente todos estes trabalhos têm sido alvo de documentação. “Nós gravamos tudo o que fazemos”, afirmou à Lusa, realçando que estes trabalhos “servem de apoio à história” e são, já por si, “um património”. “Se por um lado gravamos tudo, por outro lado também registamos nos nossos relatórios [anuais] tudo aquilo que fazemos ao longo do ano: uma parte relacionada com o direito, e outra às “gentes de Macau”, como nós lhe chamamos”, explicou. A fundação foi criada para abranger todas as comunidades, algo que está patente naqueles relatórios, explicou. “Tudo aquilo que se fez aqui não foi direccionado a portugueses ou chineses, foi direccionado para a comunidade que é Macau. Temos eventos que têm um público maioritariamente chinês, outros com um público maioritariamente português”, disse. Reconhecimento geral Sustentada praticamente com “fundos próprios”, a fundação cresceu e foi reconhecida, no ano passado, como “pessoa colectiva do sector cultural pelo Instituto Cultural (IC)” de Macau, o que lhe permitiu pedir apoios àquela instituição governamental. “Este ano, já começámos a receber alguns apoios para eventos”, disse. A instituição já tinha sido reconhecida pelo Governo, em 2015, como entidade de “utilidade pública administrativa”. Para o futuro, o objectivo é simples: continuar a “servir Macau” e “as suas gentes”, de forma “não diferenciada”. “O nosso objectivo não é distribuir dinheiro. Fazemos eventos em prol da cultura ou do direito de Macau e fazemos isso com os professores, os artistas, os escritores. Estamos aqui para ser uma plataforma que sirva a sociedade toda, o que significa servir todas as comunidades. Não as diferenciamos”, disse. No entanto, com mais apoios, será possível concretizar o objectivo de sair do pequeno espaço que alberga a fundação e alargar o trabalho a novos espaços. “O nosso plano é sair da fundação e ir cada vez mais para junto dos bairros de Macau, levar a cultura a esses bairros. Porque se estivermos confinados aqui, parece que não estamos a cumprir o nosso papel, que é promover a cultura e o direito”, reiterou. “É um mundo de projectos que estão ainda por realizar. Fizemos muita coisa, mas os nossos projectos não acabaram. Pelo contrário, às vezes sentimos que estamos no início, com tanto que falta por fazer”, sublinhou.
Sofia Margarida Mota SociedadeIAS | Protocolo da Grande Baía facilita intercâmbio de voluntários Os voluntários na área do apoio social vão poder prestar serviços nas regiões que envolvem a Grande Baía. A ideia foi deixada ontem pela representante do Instituto de Acção Social, Tang Kit Fong, e está prevista no “Acordo-Quadro para o Fomento da Cooperação entre as cidades que integram a Grande Baía Guangdong, Hong Kong, Macau em matéria dos assuntos municipais”, assinado no mês passado [dropcap]A[/dropcap] mobilidade de voluntários entre as regiões que integram o projecto e cooperação regional, na área do serviço social é um dos objectivos do “Acordo-Quadro para o Fomento da Cooperação entre as cidades que integram a Grande Baía Guangdong Hong Kong Macau em matéria dos assuntos municipais”, apontou ontem a representante do departamento de planeamento e estudo do Instituto de Acção Social (IAS), Tang Kit Fong, em conferência de imprensa. O acordo foi assinado a 29 de Março e esteve ontem na agenda da reunião plenária do Conselho de Acção Social (CAS). “No âmbito do plano de acção prevemos desenvolver o intercâmbio do trabalho de voluntários. Vamos tentar introduzir a experiência de Macau nestas cidades [da Grande Baía] e principalmente na área da formação e partilha de informação”, revelou Tang Kit Fong. O objectivo é “ver como obter benefícios sociais para os residentes de Macau nas cidades da Grande Baía”. Pode ser voluntário qualquer residente da RAEM independentemente da sua nacionalidade, acrescentou a responsável, “desde que tenha essa vontade de fazer bem a outras pessoas”. “Qualquer residente de Macau, seja chinês seja português pode participar individualmente ou integrado numa organização para fazer este trabalho de voluntariado”, sublinhou. No entanto, a responsável recomenda que os voluntários interessados estejam associados a uma organização para “não fazerem as coisas à toa”. “Tem que haver uma organização e um planeamento sistemático”, disse. Idosos móveis A cooperação com as instituições de apoio a idosos e mesmo a expansão de lares locais nas regiões da Grande Baía são também objectivos deste acordo desde que autorizados pelas entidades locais. “É preciso ver o ambiente concreto das cidades, e se há procura desse serviço. O IAS vai fazer uma análise para ver se é possível para as organizações desenvolverem os seus serviços em qualquer cidade da Grande Baía”, apontou Tang. Para já, a ideia é avançar com auxilio técnico e “mostrar como os serviços sociais são feitos em Macau”. De acordo com a responsável há “muitos idosos de Macau que querem viver na Grande Baía”, mas “estão habituados ao modo de funcionamento dos lares de Macau”, pelo que é necessário um período de adaptação e de formação institucional.
Hoje Macau SociedadeTecnologia | App acusada de pagar tarde a restaurantes [dropcap]O[/dropcap] proprietário da aplicação móvel Ou Mi, que tem como logótipo um esquilo, que permitem fazer encomendas de comida nos restaurantes, está a ser acusado de demorar mais de dois meses a fazer os pagamentos aos estabelecimentos. O caso foi relatado ontem pelo jornal Exmoo e, de acordo com os proprietários ouvidos, a situação faz com que os restaurantes se atrasem nos pagamentos a fornecedores e mesmo aos trabalhadores. Em alguns casos, as encomendas feitas através da aplicação podem chegar a mais de 60 por cento das receitas destes estabelecimentos. Por sua vez, o proprietário da aplicação confirmou a situação, mas explicou que estes atrasos se devem a formalidades relacionadas com aplicação. Ao mesmo tempo, prometeu também que no futuro os pagamentos aos restaurantes na modalidade semanal, bissemanal e mensal.
Hoje Macau SociedadeTelevisão | TV Cabo com contrato por mais cinco anos [dropcap]O[/dropcap] Governo renovou a Concessão do Serviço Terrestre de Televisão por subscrição com a TV Cabo por cinco anos. A informação foi publicada ontem em Boletim Oficial e tem efeito desde o passado dia 22. O novo contrato contempla a possibilidade de vir a existir uma concorrente dentro do prazo de concessão. Nesse caso, serão atribuídas à TV Cabo, “oficiosamente”, as licenças necessárias, para que a empresa “continue a explorar as actividades”, embora sujeita ao regime de exploração que vigorar nessa altura.
João Santos Filipe SociedadePJ | Agente embriagado provoca acidente e é alvo de processo disciplinar Um investigador da PJ está a ser alvo de processo disciplinar após ter provocado um acidente enquanto conduzia uma viatura de serviço embriagado. O caso aconteceu a 19 de Abril e a revelação foi feita ontem [dropcap]O[/dropcap] alarme voltou a soar. Há uma secção no portal do secretário para a Segurança dedicada à divulgação de infracções por parte dos agentes de autoridade, que tem como nome “o soar do alarme”. A Polícia Judiciária divulgou ontem que um dos seus investigadores se envolveu num acidente de viação na passada sexta-feira, dia 19 de Abril. De acordo com a informação das autoridades, o agente conduzia uma viatura de serviço, quando chocou contra um motociclo. O acidente aconteceu no cruzamento da Rua de Londres com a Alameda Dr. Carlos d’Assumpção e causou ferimentos ligeiros no condutor do motociclo. No entanto, os problemas sugiram quando o inspector da Polícia Judiciária teve de fazer o teste do álcool, também conhecido como teste do balão. Apesar de estar em horário de trabalho, o homem acusou uma taxa de alcoolemia de 0,73 gramas por litro, um valor que ultrapassa o máximo permitido, que é de 0,49 gramas por litro. A infracção é punível, de acordo com a Lei do Trânsito, com uma multa que vai das 2.000 às 10.000 patacas. “A PJ reitera que exige sempre aos seus trabalhadores que conheçam as leis, que as cumpram e que sejam rigorosos. Nenhuma infracção será tolerada”, pode ler-se no comunicado de ontem. “Por isso, no dia 24 de Abril, a PJ iniciou um inquérito disciplinar ao agente para apurar eventuais leis ou obrigações que tenham sido desrespeitadas”, é acrescentado. Ao HM, a PJ recusou avançar mais pormenores sobre o agente envolvido, como a idade, limitando-se a dizer que os resultados do inquérito serão posteriormente anunciados. Mais um caso Com o episódio relatado ontem, sobem para dois os casos públicos de agentes sob a tutela de Wong Sio Chak que foram detectados a conduzir com excesso de álcool no sangue e que se envolveram em acidentes de viação. Em Março deste ano, um técnico administrativo dos bombeiros também teve um acidente, por volta das 03h30, quando estava fora de serviço. Segundo o portal da secretaria liderada por Wong Sio Chak, este homem acabou condenado pela prática do crime de “condução em estado de embriaguez”, com pena de três meses de prisão, substituída pela multa de 27 mil patacas. Ficou ainda inibido de conduzir durante um ano e seis meses. Também neste caso, o processo disciplinar instaurado encontra-se à aguardar desfecho.
João Santos Filipe SociedadeKiang Wu | SS não recebem queixa de mulher que alegou negligência [dropcap]D[/dropcap]urante o dia de ontem foi publicado, durante uma hora, um comentário online de uma mulher, que não se identificava, mas que mostrava documentos médicos, que se queixava de ter sido negligenciada no Hospital Kiang Wu. Alegadamente, a mulher, que estava grávida, teria entrado nas urgências do hospital a sangrar da vagina, mas ter-lhe-á sido recusada a realização de exames médicos. Como tal, alegou ter ido a outra clínica, onde lhe foi confirmado que tinha tido um aborto espontâneo. Apesar do comentário, até ontem às 17h45, os Serviços de Saúde de Macau não tinham recebido qualquer queixa, apesar de também terem sido alertados para o caso. “Mesmo após ter acesso ao conteúdo da queixa transmitida online, e em conformidade com as disposições dos artigos 9.º e 10.º da referida lei, nesta fase, os Serviços de Saúde não estão em condições para uma intervenção activa”, afirmaram os SSM ao HM. “Se a parte interessada suspeitar da existência de negligência médica por parte do prestador de cuidados de saúde, resultante de danos físicos ou mentais, pode requerer, nos termos da lei, à Comissão de Perícia do Erro Médico, o procedimento da perícia, no sentido de verificar se existiu ou não erro médico”, foi acrescentado.
Hoje Macau SociedadeMacau recebeu 3,4 milhões de visitantes só em Março Por Raquel Moz [dropcap]O[/dropcap] mês de Março registou um volume de 3.388.931 visitantes, um acréscimo de 24 por cento face ao ano anterior, mas ainda assim um decréscimo de 4, 4 pontos percentuais em relação a Fevereiro, o mês em que se realizaram as festividades do Ano Novo Chinês. O período médio de permanência dos cidadãos que passaram por Macau foi de 1,2 dias, idêntico ao registado em Março de 2018, revelou ontem a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). O total de visitantes enquadra as designações de turistas – aqueles que passam por Macau e pernoitam – e de excursionistas – os que se deslocam por um dia sem pernoitar –, que em Março contabilizaram 1.583.480 e 1.805.451, respectivamente, representando aumentos de 9,1 e 40,8 pontos percentuais face ao terceiro mês de 2018. A proveniência dos visitantes, durante o mês em análise, foi predominantemente do interior da China (2.384.653), ou seja, um crescimento de 31,3 por cento em relação ao ano anterior, sendo as províncias de Guangdong e de Hunan as mais representadas. De Hong Kong, Taiwan e República da Coreia vieram os visitantes que compõem a fila seguinte, com 601.344, 92.414 e 76.409 pessoas, pela mesma ordem, a cruzar o território. As vias de entrada mais utilizadas no território continuam a ser as fronteiras terrestres, por onde passaram 2.504.850 visitantes em Março, um aumento de 62,4 por cento em termos anuais. É de referir que pelas Portas do Cerco chegaram 1.790.726 (mais 33,4 por cento), e pela nova Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau vieram 504.370 visitantes, uma alternativa que começa a impor-se em termos de números. Por via aérea aterraram 312.701 visitantes (mais 15,2 por cento que no ano anterior) e só por via marítima é que diminuíram as chegadas, menos 37,9 por cento de que em 2018, ou seja 571.380 pessoas. Acima dos 10 milhões Um total de 10,4 milhões de turistas passou pelas fronteiras do território desde o início de 2019, número que continua a crescer e que só no mês de Março chegou quase aos 3,4 milhões de habitantes, segundo os dados revelados pela DSEC. Houve mais 21,2 por cento de pessoas em Macau nos primeiros três meses de 2019, do que no trimestre homólogo de 2018, mas a taxa de permanência média de 1,1 dias foi menor (menos 0,1 dias) do que no ano passado. Os visitantes – 4.735.026 turistas e 5.624.723 excursionistas – foram neste primeiro trimestre, respectivamente, mais 9,3 por cento e mais 33,4 por cento do que em 2018. A maioria veio do interior da China (7.448.291) e de Hong Kong (1.793.114), valores que também aumentaram em relação ao ano passado, em concreto, 23,5 e 21,3 pontos percentuais. As restantes proveniências dos visitantes neste trimestre foi, por ordem de relevância, a República da Coreia (262.051) e Taiwan (261.853), com crescimentos homólogos de 9,2 e de 3,3 por cento. Do resto do mundo vieram turistas dos Estados Unidos da América (50.206), da Austrália (23.965), do Canadá (20.830) e do Reino Unido (13.860), todos registando valores ascendentes, relativamente a 2018. Páscoa nas fronteiras A contagem oficial do número de visitantes durante o fim-de-semana de Páscoa foi, entretanto, também revelada pela DSEC. Entre os dias 19 e 22 de Abril houve um total de 2.461.748 movimentos nas fronteiras de Macau, que correspondeu a 1.240.382 entradas e 1.221.366 saídas. As Portas do Cerco foram o acesso mais procurado, seguido já pela Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. As restantes fronteiras, por ordem de utilização, foram o Terminal Marítimo do Porto Exterior, o posto fronteiriço da Ponte Flor de Lótus, o Aeroporto Internacional de Macau, o Terminal Marítimo de Passageiros entre a Taipa e Hong Kong e, por fim, o Parque Industrial Transfronteiriço.
Hoje Macau SociedadeReceitas da Sands China subiram 8% no primeiro trimestre [dropcap]A[/dropcap] operadora Sands China anunciou lucros de 557 milhões de dólares no primeiro trimestre, um resultado igual ao registado em relação a período homólogo do ano passado. De acordo com um comunicado, a Sands China, subsidiária do grupo Las Vegas Sands, apresentou receitas de 2,33 mil milhões de dólares, o que representa uma subida de 8 por cento em relação aos três primeiros meses do ano anterior, quando a receita angariada se situou nos 2,16 mil milhões de dólares. Em Macau, o EBITDA (resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) ajustado foi de 858 milhões de dólares. Ao todo, a Las Vegas Sands registou receitas de 3,65 mil milhões de dólares e lucros de 744 milhões de dólares no primeiro trimestre do ano. O principal empreendimento do grupo, o Venetian, voltou a ser aquele que registou as receitas de jogo mais significativas: 740 milhões de dólares, com mais de 8,3 milhões de dólares a serem gastos por dia, em média, nos primeiros três meses do ano.
João Luz SociedadeIncêndio | Apesar das 120 casas afectadas ninguém recorreu a abrigo provisório Durante a noite de segunda-feira, um incêndio deflagrou num edifício habitacional na Rua Nova da Areia Preta. O IAS abriu um Centro de Habitação Temporária para acolher os moradores dos mais de cem apartamentos afectados, mas até ontem à tarde ninguém acorreu ao centro [dropcap]A[/dropcap]s chamas voltaram ao norte da Península de Macau na noite de segunda-feira, na sequência de um incêndio no edifício Kam Hoi San, sito na Rua Nova da Areia Preta, que terá afectado 120 habitações, de acordo com informação veiculada pela Rádio Macau. Para acorrer à possibilidade de alguns moradores ficarem sem tecto até ao fim das obras de reparação no prédio, o Instituto de Acção Social (IAS) abriu um Centro de Habitação Temporária. Porém, ninguém recorreu ao mecanismo de resposta a emergência. “Até às 17h de hoje [ontem], ninguém usou os serviços do Centro de Habitação Temporária e o telefone 24 horas não recebeu ninguém chamada”, esclareceu fonte do IAS em declarações ao HM. De acordo com declarações do Corpo de Bombeiros (CB) ao HM, a chamada telefónica que deu o alerta para o incêndio foi recebida às 19h07. Três minutos depois a equipa dos bombeiros chegava ao local. “O nosso departamento destacou 23 bombeiros e sete carros para responder ao incêndio”, revela fonte do CB. Apenas quatro minutos depois, o fogo provocado por um curto-circuito foi declarado extinto. Luz e sombra Na sequência do incêndio, 48 pessoas precisaram de assistência médica, apesar de não se terem registado hospitalizações, segundo informação veiculada pela Ou Mun Tin Toi. O fogo que marcou o início da noite de segunda-feira na Rua Nova da Areia Preta faz parte de uma estatística que demonstra tendência decrescente de ocorrências. No primeiro trimestre de 2019 foram registados menos 48 casos de incêndio em Macau, em relação ao período homólogo de 2018, passando de 259 para 211 ocorrências, ou seja, uma redução de 18,53 por cento. No entanto, quase metade dos fogos reportados continua a ter origem em fogões esquecidos e desatenção de chamas acesas, que representaram 40,74 por cento do total de pedidos de auxílio, ligeiramente mais do que em igual período do último ano.
Hoje Macau SociedadeGrupo que burlava agiotas detido após zaragata [dropcap]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) anunciou ontem a detenção de 12 pessoas por ligações a crimes de agiotagem, depois de uma autêntica batalha campal travada num casino no Cotai. Segundo a informação do canal chinês da Rádio Macau, primeiro foi detido um grupo de sete indivíduos, que se suspeita fazer parte de uma rede que recrutava pessoas para burlarem agiotas. Entre o grupo contam-se seis homens e uma mulher, todos provenientes do Interior da China. A PJ foi alertada para a situação quando na madrugada de ontem as pessoas se envolveram em altercações num casino no Cotai. Segundo as autoridades, quando os agentes da polícia chegaram ao local depararam-se com um cenário de “caos”. Suspeita-se que o grupo do Interior da China recrutava pessoas das províncias de Guangxi, Heilongjiang e Henan para pedirem empréstimos a agiotas e jogarem nos casinos. Antes de se deslocarem ao território, os recrutas tinham um treino específico para saberem lideram com as situações decorrentes desta actividade. No entanto, quando recusavam pagar gerava-se um cenário de confusão, que era utilizado por outros membros do grupo para fugirem com parte do dinheiro emprestado. Só ontem suspeita-se que tenham desaparecido 240 mil dólares de Hong Kong em fichas de jogo, no meio da confusão. Além dos burlões, a PJ procedeu igualmente à detenção de cinco agiotas e está a investigar o caso
Hoje Macau Manchete SociedadeAeroporto | Mau tempo condicionou férias da Páscoa Os feriados da Páscoa correram mal para muitos residentes, com bilhete de avião marcado para vários destinos do sudeste asiático. O mau tempo e as chuvas causaram atrasos e o cancelamento de voos no Aeroporto de Macau. Os passageiros exaltaram-se e barricaram uma porta de embarque Por Raquel Moz [dropcap]O[/dropcap] cancelamento de voos na passada quinta-feira, dia 18 de Abril, provocado pelos avisos de chuva intensa no território, causou perturbações ao final do dia no Aeroporto de Macau, com centenas de passageiros impedidos de embarcar para os seus destinos de férias durante o fim-de-semana prolongado de Páscoa. O alerta vermelho de trovoada emitido pelos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) de Macau, entre as 17h da tarde e as 22h da noite, foi responsável pelo cancelamento de nove voos e o desvio de 13 para cidades vizinhas, provocando a suspensão das ligações aéreas por mais de cinco horas. A falta de informação, sobre eventuais reposições dos voos de saída do território, provocou a indignação dos passageiros junto do balcão de informações do terminal da Taipa, segundo relatos noticiados pela TDM Canal Macau. A escalada de ânimos aconteceu por volta da meia-noite e obrigou à chamada de forças policiais para serenar o ambiente, perto da porta de embarque dos voos da Air Macau para Da Nang. De acordo com a mesma fonte, o incidente aconteceu após o levantamento do alerta de tempestade, no momento em que se procedia ao embarque do NX876, das 21h10 – o segundo e último voo do dia para aquele destino no Vietname, operado pela transportadora aérea local –, sem que os passageiros do anterior voo NX830, das 19h45, entretanto cancelado, fossem chamados e pudessem também prosseguir viagem. A decisão caiu mal entre a facção prejudicada e a porta de embarque foi tomada de assalto, ficando o acesso à aeronave da Air Macau bloqueado. O conflito viria a ser posteriormente resolvido, através de negociação entre as autoridades aeroportuárias e os passageiros, tendo havido ainda compensações monetárias por parte da Air Macau, refere aquela fonte televisiva. Chuvas de sábado O temporal do fim-de-semana continuou a agravar-se nos dias seguintes, causando mais transtornos de circulação às entradas e saídas de população do território por via aérea. O Aeroporto de Macau voltou a suspender temporariamente as ligações aéreas, ao início da tarde de sábado, 20 de Abril, durante os avisos de trovoada e chuva intensa emitidos pelos SMG. O mau tempo acabou por afectar 37 voos ao todo, atrasando 16 chegadas e 21 partidas, com destinos para a China continental, Camboja, Tailândia, Vietname e Coreia do Sul. Sete voos foram ainda desviados para outros aeroportos, de acordo com informações da Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau (CAM).
Hoje Macau SociedadeRubéola | Serviços de Saúde enviam equipa de enfermeiros para City of Dreams [dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde de Macau (SSM) anunciaram ontem que vão enviar hoje uma equipa de pessoal médico para o empreendimento de jogo City of Dreams para a recolha de amostras de sangue. “Tendo em vista que no hotel City of Dreams foram registados seis casos de rubéola recentemente, e a fim de permitir que pessoas em contacto com os casos, em especial trabalhadoras grávidas do hotel e sem imunidade contra a rubéola, compreendam o seu estado imunológico”, lê-se num comunicado. Além disso, “os SSM também procederam à detecção de anticorpos contra a rubéola a pessoas em contacto com casos, incluindo a grávidas do Hotel Star World, às quais não foi detectada imunidade contra a rubéola”. No hotel Star World “um total de 17 amostras de sangue foram recolhidas, sendo os resultados dos testes laboratoriais de 13 amostras por IgG (cerca de 76,4 por cento) dado positivo para rubéola, isto é, a maioria das mulheres grávidas estão imunes à rubéola”. Desta forma, “os SSM vão continuar a acompanhar o estado de saúde das pessoas que estiveram em contacto com o paciente durante o início da doença, incluindo grávidas sem imunidade”. Esta terça-feira foi detectado mais um caso de rubéola, elevando para 20 o número total de casos registados no território desde o início do ano. O novo caso foi diagnosticado num funcionário da função pública, residente local, do sexo masculino, com 44 anos de idade. O paciente apresentou sintomas como dores da cabeça e de garganta no dia 12 de Abril e começaram a surgir erupções cutâneas no abdómen, espalhando-se depois pelos membros a partir de 14 de Abril. Actualmente, o paciente ainda apresenta erupções cutâneas, mas a febre desapareceu, sendo o estado de saúde considerado estável sem necessidade de internamento. O paciente nasceu no interior da China e o seu historial de vacinação de rubéola é desconhecido.
Hoje Macau SociedadeBombeiros | Primeiro trimestre do ano com menos incêndios Nos primeiros três meses do ano houve menos incêndios em Macau, mas os causados por fogões subiram. O Corpo de Bombeiros reiterou os apelos à população para maior responsabilidade em matéria de segurança e optimização de recursos Por Raquel Moz [dropcap]N[/dropcap]o primeiro trimestre de 2019 foram registados menos 48 casos de incêndio em Macau, em relação ao período homólogo de 2018, passando de 259 para 211 ocorrências, ou seja, uma redução de 18,53 por cento. No entanto, quase metade dos fogos reportados continua a estar associada a fogões esquecidos e desatenção de chamas acesas, que representaram 40,74 por cento do total de pedidos de auxílio, ligeiramente mais do que em igual período do último ano. O total de operações realizadas pelo Corpo de Bombeiros de Macau entre Janeiro e Março de 2019 cresceu 4,54 por cento, de 11.616 para 12.143 casos, foi ontem anunciado em conferência de imprensa. Só em medidas para prevenir e mitigar a deflagração de incêndios no território, foram organizadas 53 palestras sobre protecção contra o fogo, prevenção de desastres, conhecimentos de emergência médica e segurança de combustíveis, em que participaram 9.425 pessoas. Foram ainda organizados nove simulacros de evacuação, para 1.266 pessoas, 11 exercícios práticos sobre o uso de extintores, com 370 participantes, 206 actividades de sensibilização, através dos órgãos de comunicação e das redes sociais, e a distribuição de 24.964 panfletos e cartazes informativos. No cumprimento do plano de acções governativas de prevenção, a instituição efectuou 2.061 inspecções (vistorias, fiscalizações e queixas), que representaram um acréscimo de 4.57 por cento face a iguais meses do ano transacto, tendo sido também realizadas 827 inspecções de segurança de combustíveis, em postos de gasolina, depósitos permanentes e provisórios, veículos de transporte de materiais combustíveis, empresas fornecedoras e estabelecimentos de comidas. Segundo os números adiantados pelo chefe de primeira do Corpo de Bombeiros de Macau, Lao Hou Wai, também aumentaram as saídas de ambulância em situações de emergência efectiva, de 10.092 casos em 2018 para 10.736 casos em 2019 (mais 6,38 por cento). O total de vezes que as ambulâncias foram solicitadas em vão e saíram à rua em resposta a pedidos de urgência foi, contudo, menor, passando de 13.610 situações em 2018 para 13.478 em 2019 (variação ligeira de 0,97 por cento). Este é um dos pontos que tem sido reforçado pelas medidas de sensibilização junto das comunidades, nomeadamente entre a população sénior, para a racionalização dos recursos de emergência sempre que não se trate de real perigo de saúde ou vida, comentou o responsável. Formação comunitária Entretanto, entre os dias 21 e 28 de Março decorreu o Curso Avançado de Formação para 107 “chefes de segurança comunitária contra incêndios”, com vista à formação e certificação de indivíduos provenientes de associações e instituições locais, uma figura criada para prestar assistência e cuidados de proximidade aos cidadãos do território, em situações de perigo ou de acidente. De acordo com o comunicado de imprensa do Corpo de Bombeiros, os módulos desta formação incidiram sobre as infracções mais comuns ao Regulamento de Segurança contra Incêndios, o funcionamento de elevadores para serviço de incêndio, teoria de emergência médica, operação de salvamento e ressuscitação cardio-pulmonar, utilização de desfibrilhador automático externo, técnicas anti-sufocamento e aplicação de curativos. As novas valências destes agentes da comunidade civil, que receberam a certificação no dia passado dia 14, vão elevar o nível de consciência dos habitantes para a importância do envolvimento populacional na construção de ambientes mais seguros e harmoniosos, pode ler-se no mesmo documento.