João Santos Filipe Manchete SociedadeInternet | WiFi GO impede acesso à versão chinesa do jornal Epoch Times Fundado por membros da Falun Gong e com uma linha editorial fortemente pró-Trump, o portal em língua chinesa do Epoch Times está bloqueado pelo serviço WiFi Go. Porém, a versão em inglês do portal está disponível [dropcap]O[/dropcap]s residentes e visitantes de Macau que estejam ligados à internet pelo serviço WiFi Go estão impedido de aceder à versão em chinês do jornal Epoch Times. A informação foi primeiro colocada a circular na rede social Facebook e confirmada ontem pelo HM, que tentou aceder ao portal em chinês por volta das 15h00, na Zona de Lazer da Praça Jorge Álvares. Quando uma pessoa tenta aceder directamente ao portal surge um aviso a dizer que o “acesso foi negado” devido a “conteúdo impróprio”. Após este aviso é explicado que o acesso é proibido porque o portal está classificado “Contra-acção e outras ilegalidades”. Contudo, o mesmo não acontece quando uma pessoa tenta aceder à versão em inglês do jornal, que se encontra disponível. Porém, se uma pessoa tentar utilizar a versão em inglês para aceder ao conteúdo em chinês é igualmente barrada. O jornal Epoch Times foi fundado em 2000 nos Estados Unidos, por membros da comunidade chinesa, e tem fortes ligações ao movimento Falun Gong. Este é um movimento de meditação e de prática de exercício físico proibido no Interior da China desde 1999. Foi com o objectivo de levar ao mundo o que os membros consideram ser uma perseguição política por parte do Governo Central que o Epoch Times terá sido fundado. Contudo, nos últimos anos, este jornal afirmou-se também pela linha editorial de grande apoio ao Presidente Donald Trump e até por alguns artigos anti-vacinação. Ontem, o HM contactou a Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações (CTT) que é responsável pelo serviço WiFi Go e questionou se havia uma motivação política para a decisão de proibir o acesso ao portal. Contudo, até à hora de fecho, não recebeu uma resposta. O portal online do WiFi Go assegura que há filtração dos sites a que os cidadãos podem aceder através da rede, mas que o bloqueio é feito apenas em “páginas electrónicas com conteúdos pornográficos, indecentes ou relativos aos jogos”. Contratos de 19 milhões O serviço WiFi Go é responsabilidade dos CTT, mas está concessionado à Companhia de Telecomunicações de Macau (CTM). Segundo os últimos contratos assinado entre as duas partes, em 2017, a CTM receberia até ao final deste ano aproximadamente 19 milhões de patacas. Ainda em relação ao WiFi Go, o Governo lançou no mês passado o concurso público para a “operação e manutenção” do sistema entre 2020 e 2021. A data limite para a entrega de propostas foi o último dia do mês passado. O serviço WiFi Go foi alvo de fortes críticas em 2017 por parte do Comissariado de Auditoria devido às dificuldades de acesso e também por ter havido serviços que chegaram a ser pagos, mas que nunca foram disponibilizados ao Governo. Na altura os CTT admitiram a hipótese de exigir uma compensação à CTM, mas depois defenderam que a mesma não deveria ser financeira.
Hoje Macau SociedadeEnsino | EPM promete diálogo aberto e sem tabus sobre Hong Kong [dropcap]M[/dropcap]anuel Machado, presidente da Escola Portuguesa de Macau (EPM), disse ontem à Rádio Macau que não existem quaisquer problemas em debater a actual situação política de Hong Kong no recinto escolar. “Não há tabus na Escola Portuguesa. Não houve nenhuma reunião com esse objectivo, mas obviamente que não há questões tabu na escola. Portanto, se as questões forem afloradas devem ser debatidas com abertura, com clareza e com imparcialidade”, apontou. A EPM vai continuar a acompanhar os acontecimentos em Hong Kong, cujos protestos já duram há 14 semanas. Ontem, na região vizinha, milhares de estudantes formaram um cordão humano contra o Governo. “Por parte da direcção da escola, neste momento não está a ser pensado emitir nenhuma directiva nesse sentido, vamos ver agora a evolução. O ano lectivo começa hoje. Todos os docentes são docentes com experiência, são pessoas sensatas e saberão, dentro do contexto da sala de aula, fazer a melhor abordagem a essa questão”, adiantou à Rádio Macau. O novo ano lectivo na EPM arrancou ontem com 75 por cento dos alunos no primeiro ano que não tem a língua portuguesa como idioma materno, uma tendência crescente que se tem colocado nos últimos anos, frisou Manuel Machado. De um total de 618 alunos, 278 entra no primeiro ciclo de escolaridade, sendo que os restantes 112 e 111 estão no segundo e terceiro ciclo, enquanto que 117 alunos frequentam o ensino secundário. A EPM tem este ano mais quatro professores. A baixa procura faz com que este ano a escola não tenha aberto uma turma de ensino do cantonês, enquanto que o interesse pelo mandarim se mantém, com a existência de dois grupos de alunos, um para os alunos de língua materna chinesa e outro para os restantes estudantes.
Hoje Macau SociedadeEnsino | EPM promete diálogo aberto e sem tabus sobre Hong Kong [dropcap]M[/dropcap]anuel Machado, presidente da Escola Portuguesa de Macau (EPM), disse ontem à Rádio Macau que não existem quaisquer problemas em debater a actual situação política de Hong Kong no recinto escolar. “Não há tabus na Escola Portuguesa. Não houve nenhuma reunião com esse objectivo, mas obviamente que não há questões tabu na escola. Portanto, se as questões forem afloradas devem ser debatidas com abertura, com clareza e com imparcialidade”, apontou. A EPM vai continuar a acompanhar os acontecimentos em Hong Kong, cujos protestos já duram há 14 semanas. Ontem, na região vizinha, milhares de estudantes formaram um cordão humano contra o Governo. “Por parte da direcção da escola, neste momento não está a ser pensado emitir nenhuma directiva nesse sentido, vamos ver agora a evolução. O ano lectivo começa hoje. Todos os docentes são docentes com experiência, são pessoas sensatas e saberão, dentro do contexto da sala de aula, fazer a melhor abordagem a essa questão”, adiantou à Rádio Macau. O novo ano lectivo na EPM arrancou ontem com 75 por cento dos alunos no primeiro ano que não tem a língua portuguesa como idioma materno, uma tendência crescente que se tem colocado nos últimos anos, frisou Manuel Machado. De um total de 618 alunos, 278 entra no primeiro ciclo de escolaridade, sendo que os restantes 112 e 111 estão no segundo e terceiro ciclo, enquanto que 117 alunos frequentam o ensino secundário. A EPM tem este ano mais quatro professores. A baixa procura faz com que este ano a escola não tenha aberto uma turma de ensino do cantonês, enquanto que o interesse pelo mandarim se mantém, com a existência de dois grupos de alunos, um para os alunos de língua materna chinesa e outro para os restantes estudantes.
Hoje Macau SociedadeComércio | Preço da carne de porco regista nova subida [dropcap]A[/dropcap]s empresas Nam Yuen e Nam Kwong anunciaram uma nova subida dos preços de venda de carne de porco por grosso, segundo o jornal Exmoo. Esta é a terceira vez desde Junho que o preço da carne de porco tem um aumento. De acordo com os dados apresentados, o preço por 60,48 quilogramas vai ter um aumento de 300 yuan, passando a custar 2.960 yuan. Desde Março de 2017 que o preço de venda de carne de porco registou um aumento 86 por cento, quando se situava nos 1.590 yuan por 60 quilogramas. O aumento do preço foi explicado com uma maior procura e um aumento dos custos no Interior da China. Segundo as empresas, caso não haja este aumento não é possível continuar a importar carne de porco.
Hoje Macau SociedadeComércio | Preço da carne de porco regista nova subida [dropcap]A[/dropcap]s empresas Nam Yuen e Nam Kwong anunciaram uma nova subida dos preços de venda de carne de porco por grosso, segundo o jornal Exmoo. Esta é a terceira vez desde Junho que o preço da carne de porco tem um aumento. De acordo com os dados apresentados, o preço por 60,48 quilogramas vai ter um aumento de 300 yuan, passando a custar 2.960 yuan. Desde Março de 2017 que o preço de venda de carne de porco registou um aumento 86 por cento, quando se situava nos 1.590 yuan por 60 quilogramas. O aumento do preço foi explicado com uma maior procura e um aumento dos custos no Interior da China. Segundo as empresas, caso não haja este aumento não é possível continuar a importar carne de porco.
Hoje Macau SociedadeSands China | Operadora ofereceu 1 milhão em bolsas de estudo [dropcap]A[/dropcap]operadora de casinos Sands China anunciou ontem ter doado um milhão de patacas a seis instituições de ensino do território, no arranque de mais um ano lectivo. Em comunicado divulgado ontem, a operadora indicou que o valor será distribuído por 100 estudantes, seleccionados com base no desempenho académico e na situação financeira do ano lectivo anterior. A Sands China disse ainda já ter beneficiado mais de 1.200 estudantes desde 2006, com contribuições que rondam os 10 milhões de patacas. “A Sands China continua empenhada em investir no desenvolvimento do talento local, o que é crucial para a nossa empresa e para Macau como um todo”, afirmou o presidente da Sands China, Wilfred Wong, citado no mesmo comunicado. Só no ano passado, a operadora Sands China anunciou lucros de 1,9 mil milhões de dólares, um aumento de 19 por cento em relação a 2017.
Hoje Macau SociedadeSands China | Operadora ofereceu 1 milhão em bolsas de estudo [dropcap]A[/dropcap]operadora de casinos Sands China anunciou ontem ter doado um milhão de patacas a seis instituições de ensino do território, no arranque de mais um ano lectivo. Em comunicado divulgado ontem, a operadora indicou que o valor será distribuído por 100 estudantes, seleccionados com base no desempenho académico e na situação financeira do ano lectivo anterior. A Sands China disse ainda já ter beneficiado mais de 1.200 estudantes desde 2006, com contribuições que rondam os 10 milhões de patacas. “A Sands China continua empenhada em investir no desenvolvimento do talento local, o que é crucial para a nossa empresa e para Macau como um todo”, afirmou o presidente da Sands China, Wilfred Wong, citado no mesmo comunicado. Só no ano passado, a operadora Sands China anunciou lucros de 1,9 mil milhões de dólares, um aumento de 19 por cento em relação a 2017.
João Luz SociedadeGPDP dá parecer favorável à videovigilância com reconhecimento facial [dropcap]O[/dropcap] Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais (GPDP) emitiu ontem um comunicado a aprovar a instalação do sistema de videovigilância “Olhos no Céu” apetrechado com tecnologia de reconhecimento facial. Um dos argumentos para dar parecer positivo à tecnologia é a comparação com a vigilância à antiga, ou seja, executada por guardas no reconhecimento de padrões de comportamento e na identificação de suspeitos. “As suas funções principais são apenas melhorar a eficiência do trabalho, economizar recursos humanos, dar indicações, através de análise de software, aos operadores para auxiliar em análises e considerações”, lê-se no comunicado. Esta vantagem, no entanto, não significa desemprego, porque “a tecnologia não serve para substituir completamente o trabalho dos guardas, nem o julgamento profissional”. O GPDP vem assim tentar tranquilizar quem se mostrou preocupado com a intensificação da vigilância em Macau, referindo que “a tecnologia de reconhecimento facial no sistema de Olhos no Céu é principalmente para auxiliar a polícia”. Nesse sentido, o organismo liderado por Yang Chongwei, especifica que o sistema localiza indivíduos de quem as autoridades policiais já possuem dados de forma a identificar, por exemplo, um assaltante. A tecnologia pode ser usada também para eliminar dúvidas quanto à identificação do suspeito no caso de a polícia fazer várias detenções. Podem ainda ser usadas imagens gravadas para identificar alguém que tenha realizado actos preparatórios para um crime, por exemplo, rondar uma loja que mais tarde é assaltada. Questão semântica Outro argumento usado pelo GPDP é de natureza linguística. De acordo com o comunicado ontem emitido, o termo “sistema” pode induzir em erro e criar alarme social. Neste caso, o organismo garante que o “sistema de reconhecimento facial, geralmente se refere apenas ao software aplicativo e dispositivos periféricos para identificar indivíduos”, factor que pode criar confusão uma vez que “desempenha funções auxiliares em alguns sistemas estabelecidos para outras finalidades”. O comunicado do GPDP não especifica se esta alusão se refere ao aparato de videovigilância usado no sistema de crédito chinês. No comunicado é ainda reiterado do compromisso de que o “GPDP continua a ter comunicações com as Forças e Serviços de Segurança para se manter a par do andamento do respectivo trabalho, coordenar e fiscalizar os assuntos relativos à protecção de dados pessoais”.
Juana Ng Cen SociedadeIlha Verde | Idoso que instalou equipamentos na Colina pediu desculpa [dropcap]O[/dropcap] desconhecimento da lei complicou a vida a Chong Heng Pui, que reside perto da Colina da Ilha Verde, quando decidiu, no ano passado, limpar 600 metros quadrados de terreno para instalar equipamentos desportivos. O incidente levou à sua detenção. Ontem, Chong Heng Pui pediu desculpas publicamente, em conferência de imprensa, mostrou profundo arrependimento e comprometeu-se na remoção dos equipamentos desportivos, além de prometer assumir voluntariamente a função de protector e supervisor do local. O residente além de pedir desculpas ao proprietário do terreno, Jack Fu, director executivo da Companhia de Desenvolvimento Wui San, agradeceu as lições jurídicas que aprendeu com o caso. No local esteve também o vice-presidente da direcção da União Geral das Associações dos Moradores de Macau, Chan Ka Leong, que manifestou o desejo de que “o Governo e o proprietário cheguem a um consenso o mais breve possível para formular um plano de preservação da Colina da Ilha Verde, nomeadamente, sobre à salvaguarda do Convento”. O líder associativo defende que é urgente promover a educação do povo para que se tome consciência que a Colina da Ilha Verde é um património digno de salvaguarda e se evitem casos semelhantes.
Juana Ng Cen SociedadeIlha Verde | Idoso que instalou equipamentos na Colina pediu desculpa [dropcap]O[/dropcap] desconhecimento da lei complicou a vida a Chong Heng Pui, que reside perto da Colina da Ilha Verde, quando decidiu, no ano passado, limpar 600 metros quadrados de terreno para instalar equipamentos desportivos. O incidente levou à sua detenção. Ontem, Chong Heng Pui pediu desculpas publicamente, em conferência de imprensa, mostrou profundo arrependimento e comprometeu-se na remoção dos equipamentos desportivos, além de prometer assumir voluntariamente a função de protector e supervisor do local. O residente além de pedir desculpas ao proprietário do terreno, Jack Fu, director executivo da Companhia de Desenvolvimento Wui San, agradeceu as lições jurídicas que aprendeu com o caso. No local esteve também o vice-presidente da direcção da União Geral das Associações dos Moradores de Macau, Chan Ka Leong, que manifestou o desejo de que “o Governo e o proprietário cheguem a um consenso o mais breve possível para formular um plano de preservação da Colina da Ilha Verde, nomeadamente, sobre à salvaguarda do Convento”. O líder associativo defende que é urgente promover a educação do povo para que se tome consciência que a Colina da Ilha Verde é um património digno de salvaguarda e se evitem casos semelhantes.
Hoje Macau SociedadeGoverno garante que momento captado com carruagens de metro era uma simulação [dropcap]O[/dropcap] Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes (GIT) explicou que as imagens que começaram a circular nas redes sociais, no domingo, dizem respeito a um exercício para testar a resposta de emergência. Em causa está um vídeo partilhado na rede social facebook no domingo, em que se podiam ver duas carruagens frente-a-frente, junto à Rotunda do Estádio da Taipa. Após a reacção às imagens, o Governo veio confirmar a veracidade das mesmas, mas esclareceu que tudo se tratava de um exercício de segurança, que diz ser “normal” nesta fase de testes. “Em relação ao vídeo recentemente divulgado na Internet sobre o incidente das carruagens do metro ligeiro, o Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes apurou que o conteúdo do vídeo faz parte da simulação da resposta às situações de emergência do metro ligeiro, sendo uma prática normal antes da entrada em operação do metro ligeiro”, foi explicado. “A respectiva simulação da resposta às situações de emergência foi organizada pela equipa de operação, tendo sido realizada no viaduto do metro ligeiro da Rotunda do Estádio da Taipa ontem (dia 8) de manhã, em que simulou a situação em que o funcionamento do metro ligeiro de duas composições em circulação ficou suspenso devido ao incidente ocorrido, tendo sido mobilizado o outro metro ligeiro ao local para a assistência”, foi acrescentado. Ainda de acordo com as informações disponibilizadas, este tipo de exercício vai continuar a ser feito até que a estrutura seja finalmente aberta ao público. Também anteriormente, o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, havia afirmado que o metro se encontrava numa fase de testes. “É uma simulação normal antes da entrada em operação do metro ligeiro, e vão ser organizadas simulações irregulares com temas diferentes, de modo a garantir o pessoal da operação com técnicas suficientes para responder às situações de emergência dos tipos diferentes”, esclareceu o GIT, no comunicado de ontem. O metro ligeiro deverá abrir até ao final do ano, ainda antes da tomada de posse do novo Governo, que acontece a 20 de Dezembro, mas a data ainda não foi revelada. O percurso inicial apenas envolve a circulação na zonas da Taipa e do Cotai.
João Santos Filipe Manchete SociedadeTrânsito | Condutora sem carta na origem de acidente em Coloane Inicialmente o único passageiro masculino do veículo acidentado afirmou estar ao volante na altura do despiste, mas depois das investigações, e do recurso às imagens de videovigilância, as autoridades concluíram que era uma das mulheres que conduzia a viatura [dropcap]Q[/dropcap]uatro pessoas foram ontem transportadas para o Hospital Conde São Januário, depois de um acidente de viação em Coloane, por volta das 07h00. Entre as vítimas uma mulher encontrava-se ontem em estado mais grave. Na origem do infortúnio terá estado o facto da condutora não ter carta de condução e circular em velocidade excessiva, o que terá impedido que tenha conseguido fazer a curva. Como resultado o carro acabou por capotar e os quatro passageiros, três mulheres e um homem, todos com cerca de 20 anos, tiveram de ser transportados para o hospital. Segundo as informações disponibilizadas ao HM pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), quando as autoridades tentaram apurar a causa do acidente foram informadas, por três das quatro pessoas que circulavam no carro, que era o homem que se encontrava a conduzir a viatura. Uma das mulheres não foi ouvida, uma vez que se encontrava alcoolizada e a dormir na altura do embate. De acordo com as declarações do homem, o acidente teria sido motivado por um animal que teria atravessado a estrada, momentos antes do despiste. Para evitar o embate, o condutor teria sido forçado a desviar-se o que teria causado o acidente e a capotagem. Outra história Contudo, a versão das três pessoas não coincide com a investigação da polícia. Segundo foi possível apurar pelos testes e pelo recurso às imagens de videovigilância, que permitem controlar o trânsito na zona, seria uma das mulheres que estava ao volante. A mulher em causa não terá carta de condução e terá sido por esse motivo que o homem em questão se deu como condutor, para evitar uma eventual penalização. Sobre este aspecto, o CPSP vai continuar as investigações e não afasta o cenário das três pessoas envolvidas na versão de que era o homem que se encontrava ao volante serem penalizadas ou responsabilizadas criminalmente. Segundo o que foi possível apurar, a polícia não consegue confirmar se efectivamente terá havido um animal a atravessar-se à frente da viatura, mas suspeita que o acidente se tenha mesmo ficado a dever ao facto de o carro circular em excesso de velocidade. Em relação aos envolvidos, ontem ao final da tarde dois já tinham tido alta médica e uma vítima mais grave ainda estava a ser observada.
João Santos Filipe Manchete SociedadeTrânsito | Condutora sem carta na origem de acidente em Coloane Inicialmente o único passageiro masculino do veículo acidentado afirmou estar ao volante na altura do despiste, mas depois das investigações, e do recurso às imagens de videovigilância, as autoridades concluíram que era uma das mulheres que conduzia a viatura [dropcap]Q[/dropcap]uatro pessoas foram ontem transportadas para o Hospital Conde São Januário, depois de um acidente de viação em Coloane, por volta das 07h00. Entre as vítimas uma mulher encontrava-se ontem em estado mais grave. Na origem do infortúnio terá estado o facto da condutora não ter carta de condução e circular em velocidade excessiva, o que terá impedido que tenha conseguido fazer a curva. Como resultado o carro acabou por capotar e os quatro passageiros, três mulheres e um homem, todos com cerca de 20 anos, tiveram de ser transportados para o hospital. Segundo as informações disponibilizadas ao HM pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), quando as autoridades tentaram apurar a causa do acidente foram informadas, por três das quatro pessoas que circulavam no carro, que era o homem que se encontrava a conduzir a viatura. Uma das mulheres não foi ouvida, uma vez que se encontrava alcoolizada e a dormir na altura do embate. De acordo com as declarações do homem, o acidente teria sido motivado por um animal que teria atravessado a estrada, momentos antes do despiste. Para evitar o embate, o condutor teria sido forçado a desviar-se o que teria causado o acidente e a capotagem. Outra história Contudo, a versão das três pessoas não coincide com a investigação da polícia. Segundo foi possível apurar pelos testes e pelo recurso às imagens de videovigilância, que permitem controlar o trânsito na zona, seria uma das mulheres que estava ao volante. A mulher em causa não terá carta de condução e terá sido por esse motivo que o homem em questão se deu como condutor, para evitar uma eventual penalização. Sobre este aspecto, o CPSP vai continuar as investigações e não afasta o cenário das três pessoas envolvidas na versão de que era o homem que se encontrava ao volante serem penalizadas ou responsabilizadas criminalmente. Segundo o que foi possível apurar, a polícia não consegue confirmar se efectivamente terá havido um animal a atravessar-se à frente da viatura, mas suspeita que o acidente se tenha mesmo ficado a dever ao facto de o carro circular em excesso de velocidade. Em relação aos envolvidos, ontem ao final da tarde dois já tinham tido alta médica e uma vítima mais grave ainda estava a ser observada.
João Luz SociedadeJogo | Alvin Chau espera que contracção continue até ao fim do ano [dropcap]A[/dropcap]s receitas do segmento de apostas VIP seguem em rota descendente no terceiro trimestre, tendência que deve continuar até ao final do ano, de acordo com Alvin Chau, CEO da maior empresa junket de Macau. O homem forte da Suncity Group especificou ao Hong Kong Economic Journal, citado pelo portal GGRAsia, que se estava a referir ao mercado inteiro e não aos resultados da sua empresa. De acordo com Alvin Chau, o mercado VIP em Macau pode sofrer um declínio na casa dos 15 por cento no trimestre corrente, quando comparado com o período homólogo do ano passado, e uma quebra de 20 por cento no último trimestre de 2019. O decréscimo na frequência de viagens de apostadores VIP a Macau e dos pedidos de crédito aos operadores junket, na opinião de Alvin Chau, são reflexo do receio dos apostadores VIP de serem investigados pelas autoridades do Interior da China, que prometeram combater as actividades criminosas relacionadas com tríades. Alvin Chau destacou ainda ao Hong Kong Economic Journal que o tempo que os apostadores de grandes quantias demoram a pagar empréstimos se alargou. Situação explicada pela tendência de depreciação do yuan, porque as apostas em Macau são feitas em dólares de Hong Kong, à desaceleração económica da China, e ao controlo apertado da fuga de capitais para fora do continente. A prestação negativa deste mercado reflecte-se na queda de 15,6 por cento das receitas apuradas no bacará no segundo trimestre do ano, o que correspondeu a 34,6 mil milhões de patacas.
João Luz SociedadeJogo | Alvin Chau espera que contracção continue até ao fim do ano [dropcap]A[/dropcap]s receitas do segmento de apostas VIP seguem em rota descendente no terceiro trimestre, tendência que deve continuar até ao final do ano, de acordo com Alvin Chau, CEO da maior empresa junket de Macau. O homem forte da Suncity Group especificou ao Hong Kong Economic Journal, citado pelo portal GGRAsia, que se estava a referir ao mercado inteiro e não aos resultados da sua empresa. De acordo com Alvin Chau, o mercado VIP em Macau pode sofrer um declínio na casa dos 15 por cento no trimestre corrente, quando comparado com o período homólogo do ano passado, e uma quebra de 20 por cento no último trimestre de 2019. O decréscimo na frequência de viagens de apostadores VIP a Macau e dos pedidos de crédito aos operadores junket, na opinião de Alvin Chau, são reflexo do receio dos apostadores VIP de serem investigados pelas autoridades do Interior da China, que prometeram combater as actividades criminosas relacionadas com tríades. Alvin Chau destacou ainda ao Hong Kong Economic Journal que o tempo que os apostadores de grandes quantias demoram a pagar empréstimos se alargou. Situação explicada pela tendência de depreciação do yuan, porque as apostas em Macau são feitas em dólares de Hong Kong, à desaceleração económica da China, e ao controlo apertado da fuga de capitais para fora do continente. A prestação negativa deste mercado reflecte-se na queda de 15,6 por cento das receitas apuradas no bacará no segundo trimestre do ano, o que correspondeu a 34,6 mil milhões de patacas.
Hoje Macau SociedadeDirector da PJ apela à integridade de agentes [dropcap]O[/dropcap] director da Polícia Judiciária (PJ), Sit Chong Meng, aproveitou o juramento de 75 novos agentes para pedir que se eleve a “conduta e deontologia profissional” na força de segurança. As declarações, citadas por um comunicado do Governo, foram feitas depois de na semana passada a PJ ter detectado mais um caso em que um dos seus agentes estaria alegadamente a fornecer informações sobre investigações a uma rede de agiotagem. Este foi o segundo caso desde o início do ano com agentes da PJ e ambos estão interligados. Ontem, no discurso de juramento, Sit Chong Meng apelou que os agentes se mantenham “honestos, íntegros e cumpridores de lei”, pedindo igualmente que “elevassem a sua conduta e deontologia profissional”. Por outro lado, o director da PJ incentivou os agentes a continuarem a “elevar a sua capacidade profissional e tecnologia na execução de lei, a fim de prevenir e combater a criminalidade […] e corresponderem às expectativas do público”. De acordo com a informação da PJ, os 75 investigadores têm mais de 5 anos de experiência e desempenharam funções nas subunidades de investigação, informação, ligação de polícia, comunidade, etc., e alguns deles nos Serviços de Polícia Unitários (SPU). Finalmente, Sit Chong Meng explicou que a criminalidade na RAEM é cada vez mais caracterizada por um elevado grau de tecnologia e complexidade, mas que os agentes vão usar a sua experiência para lidar com estas novas situações.
João Luz Manchete SociedadeEstudo | Segmento “Premium” representa 70% das receitas do jogo A economia de Macau é sustentada por cerca de 400 mil jogadores VIP e grandes apostadores “Premium” do segmento de massas, totalizando 70 por cento das receitas da indústria do jogo. A conclusão consta de uma investigação da consultora Bernstein [dropcap]O[/dropcap] ganha-pão de Macau e a força motriz da prosperidade do território está na mão de um grupo de jogadores VIP e Premium do sector de massas, entre 300 mil e 400 mil apostadores, que totalizaram cerca de 70 por cento das receitas apuradas em 2018 pela indústria do jogo de Macau. A conclusão consta de um estudo da consultora Bernstein intitulado “O crescimento do jogo chinês: a breve história e um vislumbre do futuro de Macau”. A pesquisa destaca a importância crescente de grandes apostadores, em particular dos apostadores “Premium” do segmento de massas, um fragmento do mercado que demonstra, de acordo com a Bernstein, tendência para crescer a longo-prazo e demonstra grande propensão para viajar. Os números adiantados pelo estudo revelam que os apostadores “Premium” contribuíram com 212 mil milhões de patacas para as receitas da indústria do jogo no ano passado, apesar de representarem apenas 1 por cento dos 35,8 milhões de turistas que visitaram Macau em 2018. De acordo com os dados oficiais divulgados pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), as receitas geradas pelo jogo VIP em 2018 cresceram 9,3 por cento, para 166,097 mil milhões de patacas, contribuindo para mais de metade do total arrecadado pelos casinos de Macau. Importa salientar que estes valores não incluem os jogadores “Premium” do sector de massas, que a consultora acrescenta no estudo. A tendência de crescimento é algo que salta à vista nos valores divulgados pela DICJ. No ano passado as receitas angariadas nas salas de grandes apostas registaram um aumento de 15,424 mil milhões de patacas, em relação a 2017, cujo valor das grandes apostas tinha sido de 150,673 mil milhões de patacas. Ganha pão do Norte “É evidente que os consumidores “Premium” são fundamentais para o crescimento a longo-prazo de Macau. São mais abastados, gastam mais e regressam com maior frequência. Além disso, é um segmento demográfico que está a aumentar”, refere o estudo assinado pelos analistas Vitaly Umansky e Eunice Lee. Outra das conclusões retiradas do estudo da Bernstein aponta que no ano passado estes 400 mil grandes apostadores visitaram Macau, em média, quatro vezes. No que diz respeito à proveniência deste nicho de mercado, a Bernstein traça um cenário de expansão territorial. “É provável que as maiores oportunidades de crescimento se foquem numa pequena extensão geográfica. Enquanto esperamos que Guangdong continue a ser a província que mais contribui, projectamos que Shandong, Jiangsu, Zhejiang, Xangai, Hunan e Henan consigam crescer significativamente. Estas regiões vão ser de uma importância vital para o futuro crescimento do segmento das apostas ‘Premium’”.
João Luz Manchete SociedadeEstudo | Segmento “Premium” representa 70% das receitas do jogo A economia de Macau é sustentada por cerca de 400 mil jogadores VIP e grandes apostadores “Premium” do segmento de massas, totalizando 70 por cento das receitas da indústria do jogo. A conclusão consta de uma investigação da consultora Bernstein [dropcap]O[/dropcap] ganha-pão de Macau e a força motriz da prosperidade do território está na mão de um grupo de jogadores VIP e Premium do sector de massas, entre 300 mil e 400 mil apostadores, que totalizaram cerca de 70 por cento das receitas apuradas em 2018 pela indústria do jogo de Macau. A conclusão consta de um estudo da consultora Bernstein intitulado “O crescimento do jogo chinês: a breve história e um vislumbre do futuro de Macau”. A pesquisa destaca a importância crescente de grandes apostadores, em particular dos apostadores “Premium” do segmento de massas, um fragmento do mercado que demonstra, de acordo com a Bernstein, tendência para crescer a longo-prazo e demonstra grande propensão para viajar. Os números adiantados pelo estudo revelam que os apostadores “Premium” contribuíram com 212 mil milhões de patacas para as receitas da indústria do jogo no ano passado, apesar de representarem apenas 1 por cento dos 35,8 milhões de turistas que visitaram Macau em 2018. De acordo com os dados oficiais divulgados pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), as receitas geradas pelo jogo VIP em 2018 cresceram 9,3 por cento, para 166,097 mil milhões de patacas, contribuindo para mais de metade do total arrecadado pelos casinos de Macau. Importa salientar que estes valores não incluem os jogadores “Premium” do sector de massas, que a consultora acrescenta no estudo. A tendência de crescimento é algo que salta à vista nos valores divulgados pela DICJ. No ano passado as receitas angariadas nas salas de grandes apostas registaram um aumento de 15,424 mil milhões de patacas, em relação a 2017, cujo valor das grandes apostas tinha sido de 150,673 mil milhões de patacas. Ganha pão do Norte “É evidente que os consumidores “Premium” são fundamentais para o crescimento a longo-prazo de Macau. São mais abastados, gastam mais e regressam com maior frequência. Além disso, é um segmento demográfico que está a aumentar”, refere o estudo assinado pelos analistas Vitaly Umansky e Eunice Lee. Outra das conclusões retiradas do estudo da Bernstein aponta que no ano passado estes 400 mil grandes apostadores visitaram Macau, em média, quatro vezes. No que diz respeito à proveniência deste nicho de mercado, a Bernstein traça um cenário de expansão territorial. “É provável que as maiores oportunidades de crescimento se foquem numa pequena extensão geográfica. Enquanto esperamos que Guangdong continue a ser a província que mais contribui, projectamos que Shandong, Jiangsu, Zhejiang, Xangai, Hunan e Henan consigam crescer significativamente. Estas regiões vão ser de uma importância vital para o futuro crescimento do segmento das apostas ‘Premium’”.
Andreia Sofia Silva SociedadeMacaenses | Inquérito da Universidade da Califórnia destaca mais jovens na diáspora Roy Eric Xavier, director do Projecto de Estudos Portugueses e Macaenses da Universidade da Califórnia, lançou este ano uma nova edição de um inquérito feito à comunidade macaense na Diáspora. Os resultados revelam “um ressurgimento dos jovens na comunidade portuguesa oriunda da Ásia”, quando antes os reformados estavam em maioria. O académico nota também um maior envolvimento destes jovens com as suas origens e mais interesse nas relações comerciais com a China, algo que não está a ser devidamente aproveitado [dropcap]H[/dropcap]á novos dados da comunidade macaense e luso-asiática oriundos do inquérito desenvolvido no âmbito do Projecto de Estudos Portugueses e Macaenses da Universidade da Califórnia, liderado pelo académico Roy Eric Xavier. O professor universitário lançou uma nova edição do inquérito este ano, tendo feito algumas alterações face às questões colocadas em 2013. Os resultados preliminares deste novo inquérito, disponíveis no website “Far East Currents”, revelam que houve um “ressurgimento dos jovens na comunidade portuguesa oriunda da Ásia”, uma vez que “mais de 66 por cento das respostas chegaram dos adultos empregados (idades entre 19 e 64 anos)”. Por comparação, em 2012 e 2013 “70 por cento dos inquiridos estavam reformados, tendo mais de 65 anos”. Tal “sugere que as gerações mais jovens podem estar mais conscientes da sua cultura e estão agora em maioria”. Se os primeiros resultados, de 2012, falavam de uma comunidade na diáspora entre 149.240 a 155.764 pessoas, esse número aumentou para 1.687 milhão de macaenses ou luso-asiáticos em 35 países, e a contagem não fica por aqui, como disse Roy Eric Xavier ao HM. “Devo enfatizar que isto é apenas uma estimativa, mas baseada em dados e corroborada por académicos desta área de estudos, que acreditam que os números são bem mais elevados do que antes”, disse. De entre os inquiridos, 16,57 por cento dizem ser portugueses, enquanto que 61,14 por cento dizem ser macaenses. Apenas 20 por cento afirma ser euroasiático. Origem nos bairros O inquérito de 2019 mostra ainda que 66 por cento dos inquiridos vivem nos Estados Unidos, enquanto que 24 por cento vive no Canadá, Austrália e Europa (muitos deles em Portugal) e os restantes 9 por cento no Japão, Filipinas, Macau e Hong Kong. Além disso, “mais de 72 por cento afirmaram que têm laços familiares com Macau, sendo que 63 por cento têm ligações com Hong Kong”. “Mais de 52 por cento têm antecedentes em Portugal, e mais de 33 por cento com Xangai”, além de que “de forma significativa, em mais de 27 por dos casos os antecessores são oriundos de Goa, Cantão, Japão, Malásia, Singapura e Timor”. Para Roy Eric Xavier, esta é outra novidade trazida pelo inquérito de 2019: a de que há muitos descendentes de bairros portugueses espalhados pela Ásia. “Confirmámos que muitas famílias possuem histórias de emigração ligadas a bairros portugueses de Goa, Cantão, Japão, Malásia, Singapura e Timor, sendo que a grande maioria tem laços com Macau, Hong Kong e Xangai, uma vez que a maior parte dessas zonas foram formadas antes e depois da Guerra do Ópio.” Roy Eric Xavier aponta que “as histórias de emigração das famílias apenas tinham sido teorizadas em 2013, mas agora temos provas de que os luso-asiáticos emigraram durante o período de 500 anos em que houve presença portuguesa na Ásia e Índia”. Por explorar Estes jovens, descendentes de famílias macaenses ou luso-asiáticas, “são profissionais, na sua maioria, da área empresarial, tecnológica, medicina, finanças, Direito ou investimentos”, entre outros. Isto faz com que exista um potencial nas relações com a China e Macau que não está a ser devidamente aproveitado, aponta o académico. “Quero determinar qual é o potencial das relações empresariais na China através de Macau. Em investigações anteriores descobri que muitos jovens na diáspora, entre 19 e 54 anos, têm cargos de topo na área empresarial, tecnologia e finanças, medicina e educação. Este é um ponto fulcral da diáspora que o Conselho das Comunidades Macaenses em Macau tem virtualmente ignorado, ao focar-se apenas nas gerações mais velhas que participam nos Encontros a cada três anos.” Neste sentido, o inquérito deste ano apresenta uma pergunta sobre o número de familiares que trabalham em empresas com ligações à China. “Cerca de 37 por cento afirmaram que fazem esse trabalho, mas numa outra questão, 59 por cento expressou interesse em saber mais sobre oportunidades internacionais de negócio e culturais relacionados com os portugueses da Ásia”, pode ler-se. Para Roy Eric Xavier, “o potencial para desenvolver relações comerciais, por exemplo, deveria ser mais clarificado, sobretudo desde que as regiões administrativas especiais continuam a beneficiar de protecção que não estão garantidas em muitas cidades portuárias da China”. “Este potencial tem sido ignorado por muitas das organizações de Macau, mas tem vindo a tornar-se muito reconhecido na diáspora”, frisou. Além disso, o académico nota um maior interesse não só na preservação da história, mas também na transmissão de valores aos descendentes. Aqui, as redes sociais assumem um importante papel. “Os sítios no Facebook de portugueses da Ásia aumentaram de cinco, em 2013, para 27 em 2019. Muitos dedicam-se a diferentes temáticas, tal como a comida, história, língua, fotografias ou histórias de família”, aponta o inquérito. “Esta tendência é uma indicação de que a nova geração de luso-asiáticos e macaenses estão agora envolvidos e interessados em passar mais informações para as novas gerações”, frisou Roy Eric Xavier. O inquérito vai continuar a manter-se online “de forma indefinida”, com os resultados a serem publicados periodicamente “para acompanhar as mais recentes tendências”. Roy Eric Xavier explicou ainda que a edição deste ano do questionário foi desenvolvida “para chegar a gerações mais jovens na Diáspora que estão a tornar-se mais conscientes da sua etnicidade e que estão a tentar obter mais informações”. “Retirei uma pergunta sobre se a pessoa deixou ou não de viver na Ásia, uma vez que a maioria nasceu noutro lugar. Também eliminei uma questão sobre línguas, e especificamente sobre a capacidade para falar o patuá, mas irei usá-la no futuro. Contudo, mantive as questões relacionadas com a idade e localizações actuais, bem como a dimensão das famílias ou os diferentes lugares no mundo de onde são oriundos os antepassados”, explicou Roy Eric Xavier. Nestas alterações, “foi feita uma tentativa para ter um panorama mais claro de como são as novas gerações em termos demográficos e culturais”, adiantou.
Andreia Sofia Silva SociedadeMacaenses | Inquérito da Universidade da Califórnia destaca mais jovens na diáspora Roy Eric Xavier, director do Projecto de Estudos Portugueses e Macaenses da Universidade da Califórnia, lançou este ano uma nova edição de um inquérito feito à comunidade macaense na Diáspora. Os resultados revelam “um ressurgimento dos jovens na comunidade portuguesa oriunda da Ásia”, quando antes os reformados estavam em maioria. O académico nota também um maior envolvimento destes jovens com as suas origens e mais interesse nas relações comerciais com a China, algo que não está a ser devidamente aproveitado [dropcap]H[/dropcap]á novos dados da comunidade macaense e luso-asiática oriundos do inquérito desenvolvido no âmbito do Projecto de Estudos Portugueses e Macaenses da Universidade da Califórnia, liderado pelo académico Roy Eric Xavier. O professor universitário lançou uma nova edição do inquérito este ano, tendo feito algumas alterações face às questões colocadas em 2013. Os resultados preliminares deste novo inquérito, disponíveis no website “Far East Currents”, revelam que houve um “ressurgimento dos jovens na comunidade portuguesa oriunda da Ásia”, uma vez que “mais de 66 por cento das respostas chegaram dos adultos empregados (idades entre 19 e 64 anos)”. Por comparação, em 2012 e 2013 “70 por cento dos inquiridos estavam reformados, tendo mais de 65 anos”. Tal “sugere que as gerações mais jovens podem estar mais conscientes da sua cultura e estão agora em maioria”. Se os primeiros resultados, de 2012, falavam de uma comunidade na diáspora entre 149.240 a 155.764 pessoas, esse número aumentou para 1.687 milhão de macaenses ou luso-asiáticos em 35 países, e a contagem não fica por aqui, como disse Roy Eric Xavier ao HM. “Devo enfatizar que isto é apenas uma estimativa, mas baseada em dados e corroborada por académicos desta área de estudos, que acreditam que os números são bem mais elevados do que antes”, disse. De entre os inquiridos, 16,57 por cento dizem ser portugueses, enquanto que 61,14 por cento dizem ser macaenses. Apenas 20 por cento afirma ser euroasiático. Origem nos bairros O inquérito de 2019 mostra ainda que 66 por cento dos inquiridos vivem nos Estados Unidos, enquanto que 24 por cento vive no Canadá, Austrália e Europa (muitos deles em Portugal) e os restantes 9 por cento no Japão, Filipinas, Macau e Hong Kong. Além disso, “mais de 72 por cento afirmaram que têm laços familiares com Macau, sendo que 63 por cento têm ligações com Hong Kong”. “Mais de 52 por cento têm antecedentes em Portugal, e mais de 33 por cento com Xangai”, além de que “de forma significativa, em mais de 27 por dos casos os antecessores são oriundos de Goa, Cantão, Japão, Malásia, Singapura e Timor”. Para Roy Eric Xavier, esta é outra novidade trazida pelo inquérito de 2019: a de que há muitos descendentes de bairros portugueses espalhados pela Ásia. “Confirmámos que muitas famílias possuem histórias de emigração ligadas a bairros portugueses de Goa, Cantão, Japão, Malásia, Singapura e Timor, sendo que a grande maioria tem laços com Macau, Hong Kong e Xangai, uma vez que a maior parte dessas zonas foram formadas antes e depois da Guerra do Ópio.” Roy Eric Xavier aponta que “as histórias de emigração das famílias apenas tinham sido teorizadas em 2013, mas agora temos provas de que os luso-asiáticos emigraram durante o período de 500 anos em que houve presença portuguesa na Ásia e Índia”. Por explorar Estes jovens, descendentes de famílias macaenses ou luso-asiáticas, “são profissionais, na sua maioria, da área empresarial, tecnológica, medicina, finanças, Direito ou investimentos”, entre outros. Isto faz com que exista um potencial nas relações com a China e Macau que não está a ser devidamente aproveitado, aponta o académico. “Quero determinar qual é o potencial das relações empresariais na China através de Macau. Em investigações anteriores descobri que muitos jovens na diáspora, entre 19 e 54 anos, têm cargos de topo na área empresarial, tecnologia e finanças, medicina e educação. Este é um ponto fulcral da diáspora que o Conselho das Comunidades Macaenses em Macau tem virtualmente ignorado, ao focar-se apenas nas gerações mais velhas que participam nos Encontros a cada três anos.” Neste sentido, o inquérito deste ano apresenta uma pergunta sobre o número de familiares que trabalham em empresas com ligações à China. “Cerca de 37 por cento afirmaram que fazem esse trabalho, mas numa outra questão, 59 por cento expressou interesse em saber mais sobre oportunidades internacionais de negócio e culturais relacionados com os portugueses da Ásia”, pode ler-se. Para Roy Eric Xavier, “o potencial para desenvolver relações comerciais, por exemplo, deveria ser mais clarificado, sobretudo desde que as regiões administrativas especiais continuam a beneficiar de protecção que não estão garantidas em muitas cidades portuárias da China”. “Este potencial tem sido ignorado por muitas das organizações de Macau, mas tem vindo a tornar-se muito reconhecido na diáspora”, frisou. Além disso, o académico nota um maior interesse não só na preservação da história, mas também na transmissão de valores aos descendentes. Aqui, as redes sociais assumem um importante papel. “Os sítios no Facebook de portugueses da Ásia aumentaram de cinco, em 2013, para 27 em 2019. Muitos dedicam-se a diferentes temáticas, tal como a comida, história, língua, fotografias ou histórias de família”, aponta o inquérito. “Esta tendência é uma indicação de que a nova geração de luso-asiáticos e macaenses estão agora envolvidos e interessados em passar mais informações para as novas gerações”, frisou Roy Eric Xavier. O inquérito vai continuar a manter-se online “de forma indefinida”, com os resultados a serem publicados periodicamente “para acompanhar as mais recentes tendências”. Roy Eric Xavier explicou ainda que a edição deste ano do questionário foi desenvolvida “para chegar a gerações mais jovens na Diáspora que estão a tornar-se mais conscientes da sua etnicidade e que estão a tentar obter mais informações”. “Retirei uma pergunta sobre se a pessoa deixou ou não de viver na Ásia, uma vez que a maioria nasceu noutro lugar. Também eliminei uma questão sobre línguas, e especificamente sobre a capacidade para falar o patuá, mas irei usá-la no futuro. Contudo, mantive as questões relacionadas com a idade e localizações actuais, bem como a dimensão das famílias ou os diferentes lugares no mundo de onde são oriundos os antepassados”, explicou Roy Eric Xavier. Nestas alterações, “foi feita uma tentativa para ter um panorama mais claro de como são as novas gerações em termos demográficos e culturais”, adiantou.
Hoje Macau SociedadeTáxis | Associação quer bandeirada de 22 patacas [dropcap]O[/dropcap] vice-presidente da Associação de Taxistas de Macau, Tai Kam Leong defende o aumento de tarifas dos táxis para aliviar custos de manutenção e reparação dos veículos. O dirigente associativo revelou ao Jornal do Cidadão que 10 associações do sector pediram em Julho ao Governo o aumento da bandeirada para 22 patacas, assim como a redução de 240 metros para 220 metros por cada fracção. Em relação à Lei dos táxis que entrou em vigor em Junho, o responsável destacou que a situação de infracções melhorou aparentemente, e concordou que seja feito um novo exame aos condutores que cometam várias infracções num curto prazo. Tai Kam Leong revelou ao Jornal do Cidadão ter recebido queixas de taxistas que se sentem injustiçados devido a multas. Situação agravada por não terem equipamentos de vídeo para provar tais episódios. Como tal, o dirigente associativo espera que o Governo conclua brevemente o concurso público para a instalar equipamentos de gravação e vídeo.
Hoje Macau SociedadeTáxis | Associação quer bandeirada de 22 patacas [dropcap]O[/dropcap] vice-presidente da Associação de Taxistas de Macau, Tai Kam Leong defende o aumento de tarifas dos táxis para aliviar custos de manutenção e reparação dos veículos. O dirigente associativo revelou ao Jornal do Cidadão que 10 associações do sector pediram em Julho ao Governo o aumento da bandeirada para 22 patacas, assim como a redução de 240 metros para 220 metros por cada fracção. Em relação à Lei dos táxis que entrou em vigor em Junho, o responsável destacou que a situação de infracções melhorou aparentemente, e concordou que seja feito um novo exame aos condutores que cometam várias infracções num curto prazo. Tai Kam Leong revelou ao Jornal do Cidadão ter recebido queixas de taxistas que se sentem injustiçados devido a multas. Situação agravada por não terem equipamentos de vídeo para provar tais episódios. Como tal, o dirigente associativo espera que o Governo conclua brevemente o concurso público para a instalar equipamentos de gravação e vídeo.
Hoje Macau SociedadePrimeiro curso de medicina de Macau arrancou oficialmente na sexta-feira [dropcap]A[/dropcap] Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST) inaugurou na sexta-feira o primeiro curso de medicina no território e firmou protocolos com as faculdades de Medicina das Universidades de Lisboa e do Porto. Em quase meio milhar de candidaturas, apenas 48 estudantes iniciaram na sexta-feira o primeiro de seis anos de curso, que inclui um de estágio. No discurso da cerimónia de inauguração, o director da faculdade de Medicina, Manson Fok, pediu aos estudantes uma “atitude humilde”, que “tratem os doentes com compaixão” e “que contribuam para a indústria médica” de Macau, pode ler-se numa nota da MUST enviada à agência Lusa. Já a directora-geral, Zhang Iang, sublinhou a criação da primeira escola de medicina em Macau, considerando que, com o desenvolvimento de mais recursos qualificados, esta irá marcar uma nova era no reconhecimento da educação nesta área no território. Do intercâmbio Durante a cerimónia, foram assinados protocolos com as faculdades de Medicina das Universidades de Lisboa e do Porto, com o intuito de garantir mais intercâmbios clínicos e académicos para os novos estudantes de medicina. Segundo o portal Macau News, a MUST estabeleceu também uma parceria com a Faculdade de Medicina de Harvard para proporcionar aos alunos cursos ‘online’, durante os próximos três anos. O curso da MUST inclui, entre outras áreas, medicina geral, cirurgia, saúde mental, obstetrícia e ginecologia, pediatria e medicina geral e familiar. Fundada em 2000, a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST, sigla em inglês) tornou-se a maior universidade integral de Macau. É também a universidade mais jovem no ‘ranking’ das 100 melhores universidades do Interior da China, Hong Kong, Macau e Taiwan.
Hoje Macau SociedadeÁgua | Susana Wong fala em aumento de preços em 2020 [dropcap]S[/dropcap]usana Wong, directora dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água, referiu na passada sexta-feira no programa “Fórum de Macau”, de acordo com o Jornal do Cidadão, que a tarifa de água poderá ser ajustada no próximo ano, prevendo-se um aumento de dois a três por cento para consumidores residenciais. No que diz respeito aos consumidores empresariais e industriais, o aumento deverá ser maior. Tal deve-se ao Acordo de Fornecimento de Água Guangdong- Macau que exige que o preço da água bruta fornecida por Zhuhai a Macau deve ser actualizado a cada três anos. A mesma responsável disse que nos últimos vinte anos o consumo de água per capita tem-se mantido entre 156 a 158 litros por dia, pelo que não houve uma grande mudança. A directora da DSAM avançou ainda que Macau e Zhuhai irão analisar os índices de preços no consumidor (IPC) do Interior da China, o consumo de electricidade no sistema de abastecimento de água, entre outros factores, para determinar o ajustamento dos preços a pagar pela água.