admin Manchete SociedadeComércio | Empresários portugueses enfrentam tempos difíceis Com as ruas vazias, os casinos e as lojas fechadas e um silêncio ensurdecedor por todo o território, também os empresários portugueses vivem tempos difíceis devido ao surgimento do coronavírus. Santos Pinto, proprietário do restaurante O Santos, na famosa Rua do Cunha, deixou praticamente de servir refeições e pondera fechar durante uns dias. Célia Ferreira e Manuela Salema lidam com a falta de pessoas e de encomendas [dropcap]E[/dropcap]sta quarta-feira, à hora de almoço, quem entrasse no restaurante O Santos, na famosa e muito movimentada Rua do Cunha, na Taipa, deparava-se com uma cena inédita, observando o proprietário e os seus empregados sentados a olhar para a televisão. Um dos restaurantes portugueses mais conhecidos do território e muito procurado por turistas tem estado praticamente vazio desde que o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, decretou o encerramento dos casinos por um período de duas semanas devido ao novo coronavírus. Santos Pinto é, nesta altura, um homem preocupado, estando a ponderar fechar o seu estabelecimento. “Não perdi um cliente, nem dois, nem três, perdi-os todos praticamente”, contou ao HM. “Na Segunda-feira servi cinco almoços e dois jantares e hoje (Quarta-feira) servi apenas 12 almoços. A rua está vazia, não há animação nenhuma, não há pessoas. Mesmo antes de fecharem os casinos já era mau, e agora pior ficou. Neste momento estou a pensar seriamente o que vou fazer, tenho aqui o meu pessoal a olhar para mim e eu estou a olhar para eles, e acho que vou fazer o mesmo que toda a gente aqui na rua fez.” Se as dificuldades no fornecimento de comida e mercadoria não existem, pois “existe tudo com fartura”, o mesmo não acontece a nível de lucros. “Não perdi 50 por cento do negócio, perdi 90 por cento”, assegura. Santos Pinto, alentejano a viver há décadas em Macau, viveu os tempos da SARS e assegura que esta crise traz uma situação bem mais complicada. “Está a ser pior do que a SARS. Nessa altura, em 2003, eu já estava aqui e muita malta portuguesa vinha aqui, e eu chamava-lhe os solteiros, os divorciados e os mal- casados, pessoas que estavam sós. E não houve o pedido do Governo para as pessoas ficarem em casa e os casinos não fecharam. As coisas são diferentes, bateu no fundo em termos de clientes. Se calhar é melhor fechar e ir para casa descansar e esperar que a crise passe.” Ainda na Taipa, mas na também turística zona da Taipa Velha, encontra-se a Cool-ThingzZ & Portuguese Spot, de Manuela Salema, que vende produtos tipicamente portugueses e que tem os turistas como os principais clientes. Manuela Salema conta ao HM que a crise provocada pelo coronavírus só veio somar-se às crises anteriores com os quais o negócio vinha sofrendo. “Isto tem sido um embate um atrás do outro. A nossa loja abriu em Outubro de 2018 e logo a seguir aconteceu o conflito comercial entre a China e os EUA. A maior parte dos nossos clientes são turistas que passam todos por Hong Kong, cidadãos da Coreia, Japão. Essa foi a nossa primeira batalha, e a segunda foi os conflitos em Hong Kong. Deixámos de ter clientes nessa altura.” “Quando finalmente tudo parecia estar a voltar ao normal acontece-nos isto”, acrescentou Manuela Salema, que se queixa do vazio total à sua volta. “Acarretamos todas as sugestões do Executivo e tentamos não andar nas ruas, mas temos tido a loja semi-abertas. Aproveitamos para fazer limpezas, rever stocks. Mas não entra aqui ninguém.” Portugal devia ajudar Manuela Salema elogia Ho Iat Seng pelo facto de ter decretado que a Administração não irá cobrar renda a comerciantes durante três meses. Mas para aqueles que alugam lojas no mercado privado de imobiliário, a empresária pede uma ajuda do Executivo mais efectiva. “O Chefe do Executivo fez um apelo aos senhorios para procederem da mesma maneira e fazerem um desconto, e o que ele sugere é óptimo porque deu o exemplo, mas vamos envidar todos os esforços para que o nosso senhorio abata a renda da maneira que lhe for mais conveniente.” Em condições normais, já são valores difíceis de suportar, assegura Manuela Salema. “O que salvava a situação era de facto a Administração fazer uns empréstimos a fundo perdido, porque dão-nos a possibilidade de fazermos uns empréstimos, mas temos de devolver o dinheiro e é mais um encargo mensal que vou ter, e não me ajuda.” A fundadora da Cool-ThingzZ & Portuguese Spot deseja também que as autoridades venham a ajudar no transporte de mercadorias entre Portugal e Macau, uma vez que os custos são muito elevados. “O Governo poderia ajudar nos transportes de mercadorias que são caríssimos. São cerâmicas, arte, imensa coisa, divulgamos Portugal e a cultura portuguesa e não há uma ajuda que seja neste sentido.” FOTO: Victor Li Import e Export parado Apenas com um showroom montado num espaço físico, a AlmaViva Portuguese Heritage dedica-se sobretudo ao comércio de importação e exportação de produtos. Célia Ferreira, responsável pela empresa, assegura que está tudo parado neste momento devido ao fecho dos casinos e às medidas de quarentena. “Fechámos na sexta-feira pois não fazia sentido estarmos abertos. Os nossos principais clientes são de Hong Kong, Japão, Coreia, Taiwan, que já não estão a viajar para Macau”, contou ao HM. O panorama de crise começou a fazer-se notar antes do Ano Novo Chinês, algo que piorou depois das medidas adoptadas pelo Executivo. Mas se o presente é difícil, o futuro também se avizinha complicado. “Além deste impacto directo teremos também grandes perdas em relação a negócios de distribuição. Os nossos clientes estão muito receosos e não temos novas encomendas. Temos o nosso negócio do café que também era afectado, pois sem pessoas a consumir os nossos clientes não vendem e nós também não”, frisou Célia Ferreira. Com um showroom aberto há pouco mais de um mês, a crise do coronavírus foi uma espécie de presente envenenado. “Esta mudança implica um investimento e um aumento das despesas também. Iremos muda, mas ninguém consegue prever quanto é que o turismo ficará normalizado. Vendemos produtos gourmet, que não são bens de primeira necessidade, mas mesmo os clientes locais consomem menos, por existir este impasse e por terem receio”, rematou a empresária. O impacto económico da epidemia no mundo O sector de viagens e turismo tem sido prejudicado pela quarentena em dezenas de cidades na China e pela interdição de viagens organizadas de chineses para o estrangeiro para conter a epidemia. Alguns países desaconselham os seus cidadãos a viajarem para a China e outros suspenderam as atividades provenientes do país. Várias companhias aéreas, incluindo a Air France, British Airways, Air Canada, Lufthansa ou Delta, suspenderam os voos para a China continental. Com sede em Hong Kong, a Cathay Pacific pediu a 27.000 funcionários para tirarem três semanas de licença sem vencimento. Os casinos de Macau também encerraram, o mesmo sucedendo com parques da Disney em Xangai e Hong Kong. Em Paris, os efeitos em várias cadeias de lojas habitualmente frequentadas por turistas chineses também são visíveis. A indústria do turismo em Itália teme vir a registar uma perda anual de 4,5 mil milhões de euros, segundo o laboratório de ideias Demoskopika. No sector dos cruzeiros, MSC Cruises, Costa Crociere e Royal Caribbean pediram aos seus navios para não fazerem escalas na China. Da electrónica As fábricas na China do grupo tecnológico com sede em Taiwan Foxconn vão ficar fechadas até meados de Fevereiro e alguns funcionários receberam a indicação de que devem tirar 14 dias suplementares para deixar passar o tempo de incubação do vírus. Os fabricantes de ‘smartphones’, de ecrãs e de computadores que são clientes de componentes da Foxconn correm o risco de virem a ser afectados. A Apple indicou que está a trabalhar em planos para compensar a baixa produção dos seus fornecedores na China. A sul-coreana LG Electronics cancelou a sua participação no Mobile World Congress, um evento sobre o ‘smartphone’ e a Huawei ainda não indicou se vai participar na mostra, que decorre em Barcelona de 24 a 27 de Fevereiro. Da indústria A cidade de Wuhan é uma placa giratória para os grandes construtores automóveis norte-americanos, europeus e asiáticos. A Hyundai Motor indicou que suspendeu toda a sua produção na Coreia do Sul devido às dificuldades no fornecimento de peças provenientes da China. A fabricante de veículos eléctricos Tesla reconheceu que a epidemia pode afectar a produção na sua nova fábrica de Xangai, com potenciais efeitos nos resultados do primeiro trimestre. No domínio da aeronáutica, a Airbus encerrou até nova ordem a sua linha de montagem do modelo A320 em Tianjin, perto de Pequim. O conglomerado francês de equipamentos Safran também suspendeu a produção até 10 de Fevereiro nas várias instalações que tem em território chinês, com 2.500 trabalhadores. Já afectada pela guerra comercial entre a China e os Estados Unidos, a Caterpillar (máquinas, motores e veículos pesados) manifestou preocupação com um “possível período de incerteza económica mundial” ao longo deste ano. Do consumo A cadeia de cafés Starbucks, para a qual a China constitui o segundo mercado mundial, encerrou temporariamente metade dos 4.000 pontos de venda que tem no país. A McDonald’s indicou recentemente que decidiu fechar “várias centenas” de restaurantes na província de Hubei, cuja capital é Wuhan. Foi indicado que 3.000 outros restaurantes permanecem abertos. Outras cadeias como a Pizza Hut ou KFC também decidiram fechar portas, devido às medidas impostas nas suas parcerias com empresas chinesas. O fabricante de equipamento desportivo Nike, que receia “um forte impacto” nas suas operações na China e Taiwan, encerrou cerca de metade das suas lojas na China e constatou que há uma queda nas vendas das que continuam abertas. Neste panorama sombrio há também quem consiga tirar proveito, como o fabricante de máscaras de protecção 3M.
João Santos Filipe Manchete SociedadePneumonia de Wuhan | Primeira infectada em Macau está curada A empresária de 52 anos estava internada desde 21 de Janeiro e viajou, durante a tarde de ontem, para Zhuhai. É o primeiro, dos 10 casos no território, a ultrapassar a doença [dropcap]A[/dropcap] mulher que tinha sido confirmada como o primeiro caso do coronavírus de Wuhan no território recuperou e teve alta. Com 52 anos, empresária e natural da cidade na origem da epidemia, encontrava-se internada desde 21 de Janeiro, depois de ter entrado na RAEM, a 19 de Janeiro, e de ter ficado hospedada no Hotel Landmark. Na hora da saída, admitiu que foi uma sorte ter sido tratada em Macau. “Queria ficar mais tempo [em Macau], mas não posso. […] A experiência em Macau foi uma sorte no meio do azar”, afirmou a mulher, que recusou ser identificada, em declarações ao Governo da RAEM. ““Ao longo do tratamento, senti-me no meio de uma família, pela forma como fui tratada em Macau. Estou muito grata”, acrescentou. A mulher que teve alta ontem pelas 16h45, recordou ainda o choque de receber a notícia. “Quando soube que estava infectada tive medo e preparei-me para o pior. Informei a minha filha por SMS e ela disse-me para ficar calma e ser optimista. Só ela estava informada sobre a minha situação, porque de resto nem o meu marido avisei”, recordou. Entre os factores que mais medo lhe causaram, a empresária apontou as notícias do Interior, que não eram muito claras a informar que as vítimas mortais eram principalmente grupos de risco, como idosos ou pessoas com doenças crónicas. Já na RAEM, a mulher reconheceu que encontrou “um ambiente sempre calmo” e que os cuidados médicos foram “excepcionais”. Com escolta policial Após ter alta, a mulher foi deixada às 16h45 em Zhuhai, num percurso que foi feito com escolta policial. As autoridades desconhecem o que vai acontecer agora com a empresária de 52 anos, uma vez que nesta fase não há transportes para a cidade de origem. “Como não há transportes ela deve ficar por Zhuhai. Pode ficar nos hotéis destinados aos turistas de Wuhan, ou então escolher outro sítio onde possa ficar”, explicou Lam Chong, Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença. Na altura de sair, a mulher pediu para não ter de pagar a conta que lhe foi apresentada de 34 mil patacas. O processo está agora a ser analisado e a isenção até pode ser aceite. Na conferência de ontem, o director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, explicou que os não-residentes pagam o valor das despesas a dobrar, o que faz com que a despesa efectiva tenha sido de 17 mil patacas. Lei deixou ainda garantias que a RAEM tem “vários meios” para forçar o pagamento da despesa a partir do Interior, mas não conseguiu nomear um único, nem se haverá lugar a recurso para os tribunais. Por sua vez, o representante do Corpo de Polícia de Segurança Pública apontou que em caso de não haver pagamento, a mulher pode ser impedida de entrar na RAEM, numa próxima visita. Mala de 20 mil patacas Horas depois de se ter sabido que a mulher tinha pedido para ser dispensada do pagamento de 34 mil patacas com as despesas médicas, o caso gerou polémica nas redes sociais, uma vez que nas fotos de despedida de Macau aparece com uma mala da marca de luxo Bvlgari. O modelo em causa é o “Bvlgari Serpenti Forever” e, segundo o portal de Hong Kong da marca, tem um preço de 22.900 dólares de Hong Kong, o que equivale a 23.591 patacas.
admin Manchete SociedadePneumonia de Wuhan | Primeira infectada em Macau está curada A empresária de 52 anos estava internada desde 21 de Janeiro e viajou, durante a tarde de ontem, para Zhuhai. É o primeiro, dos 10 casos no território, a ultrapassar a doença [dropcap]A[/dropcap] mulher que tinha sido confirmada como o primeiro caso do coronavírus de Wuhan no território recuperou e teve alta. Com 52 anos, empresária e natural da cidade na origem da epidemia, encontrava-se internada desde 21 de Janeiro, depois de ter entrado na RAEM, a 19 de Janeiro, e de ter ficado hospedada no Hotel Landmark. Na hora da saída, admitiu que foi uma sorte ter sido tratada em Macau. “Queria ficar mais tempo [em Macau], mas não posso. […] A experiência em Macau foi uma sorte no meio do azar”, afirmou a mulher, que recusou ser identificada, em declarações ao Governo da RAEM. ““Ao longo do tratamento, senti-me no meio de uma família, pela forma como fui tratada em Macau. Estou muito grata”, acrescentou. A mulher que teve alta ontem pelas 16h45, recordou ainda o choque de receber a notícia. “Quando soube que estava infectada tive medo e preparei-me para o pior. Informei a minha filha por SMS e ela disse-me para ficar calma e ser optimista. Só ela estava informada sobre a minha situação, porque de resto nem o meu marido avisei”, recordou. Entre os factores que mais medo lhe causaram, a empresária apontou as notícias do Interior, que não eram muito claras a informar que as vítimas mortais eram principalmente grupos de risco, como idosos ou pessoas com doenças crónicas. Já na RAEM, a mulher reconheceu que encontrou “um ambiente sempre calmo” e que os cuidados médicos foram “excepcionais”. Com escolta policial Após ter alta, a mulher foi deixada às 16h45 em Zhuhai, num percurso que foi feito com escolta policial. As autoridades desconhecem o que vai acontecer agora com a empresária de 52 anos, uma vez que nesta fase não há transportes para a cidade de origem. “Como não há transportes ela deve ficar por Zhuhai. Pode ficar nos hotéis destinados aos turistas de Wuhan, ou então escolher outro sítio onde possa ficar”, explicou Lam Chong, Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença. Na altura de sair, a mulher pediu para não ter de pagar a conta que lhe foi apresentada de 34 mil patacas. O processo está agora a ser analisado e a isenção até pode ser aceite. Na conferência de ontem, o director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, explicou que os não-residentes pagam o valor das despesas a dobrar, o que faz com que a despesa efectiva tenha sido de 17 mil patacas. Lei deixou ainda garantias que a RAEM tem “vários meios” para forçar o pagamento da despesa a partir do Interior, mas não conseguiu nomear um único, nem se haverá lugar a recurso para os tribunais. Por sua vez, o representante do Corpo de Polícia de Segurança Pública apontou que em caso de não haver pagamento, a mulher pode ser impedida de entrar na RAEM, numa próxima visita. Mala de 20 mil patacas Horas depois de se ter sabido que a mulher tinha pedido para ser dispensada do pagamento de 34 mil patacas com as despesas médicas, o caso gerou polémica nas redes sociais, uma vez que nas fotos de despedida de Macau aparece com uma mala da marca de luxo Bvlgari. O modelo em causa é o “Bvlgari Serpenti Forever” e, segundo o portal de Hong Kong da marca, tem um preço de 22.900 dólares de Hong Kong, o que equivale a 23.591 patacas.
Hoje Macau SociedadeVírus | Sociedade de Jogos de Macau doa 20 milhões de patacas a Hubei [dropcap]A[/dropcap] Sociedade de Jogos de Macau (SJM), com 22 casinos no território, anunciou ontem que vai doar 20 milhões de patacas para combater o surto do novo coronavírus chinês. Em comunicado, a SJM indica que a doação destina-se a comprar equipamento de proteção e material médico para ajudar nos esforços de prevenção e de combate à doença na província chinesa de Hubei, onde os primeiros casos de infeção foram detetados em Wuhan. “Desejamos uma rápida recuperação a todas as pessoas e todas as economias afectadas pelo vírus”, disse a presidente do conselho de administração da SJM, Daisy Ho, filha do fundador do grupo Stanley Ho. De acordo com a mesma nota, a concessionária indicou observar estritamente as medidas de prevenção definidas pelo Governo de Macau, mantendo-se unida com a comunidade na luta para evitar a propagação da doença. A SJM é a terceira concessionária a fazer uma doação para a província de Hubei. Em 29 de Janeiro, a Melco Resorts tinha anunciado uma doação de 20 milhões de dólares de Hong Kong para Hubei. Em 2 de Fevereiro foi a vez do Galaxy Entertainment Group, com seis casinos, a anunciar também 20 milhões de patacas para a mesma província. Todas as doações foram feitas em coordenação com o Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau.
admin SociedadeVírus | Sociedade de Jogos de Macau doa 20 milhões de patacas a Hubei [dropcap]A[/dropcap] Sociedade de Jogos de Macau (SJM), com 22 casinos no território, anunciou ontem que vai doar 20 milhões de patacas para combater o surto do novo coronavírus chinês. Em comunicado, a SJM indica que a doação destina-se a comprar equipamento de proteção e material médico para ajudar nos esforços de prevenção e de combate à doença na província chinesa de Hubei, onde os primeiros casos de infeção foram detetados em Wuhan. “Desejamos uma rápida recuperação a todas as pessoas e todas as economias afectadas pelo vírus”, disse a presidente do conselho de administração da SJM, Daisy Ho, filha do fundador do grupo Stanley Ho. De acordo com a mesma nota, a concessionária indicou observar estritamente as medidas de prevenção definidas pelo Governo de Macau, mantendo-se unida com a comunidade na luta para evitar a propagação da doença. A SJM é a terceira concessionária a fazer uma doação para a província de Hubei. Em 29 de Janeiro, a Melco Resorts tinha anunciado uma doação de 20 milhões de dólares de Hong Kong para Hubei. Em 2 de Fevereiro foi a vez do Galaxy Entertainment Group, com seis casinos, a anunciar também 20 milhões de patacas para a mesma província. Todas as doações foram feitas em coordenação com o Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau.
Andreia Sofia Silva SociedadeVírus | Estimadas grandes quebras nas receitas do jogo de massas [dropcap]A[/dropcap] decisão do Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, de encerrar os casinos por um período de duas semanas pode trazer um período negro ao sector do jogo. Analistas dizem ser cedo para fazer previsões, mas algumas estimativas apontam para perdas de 75 por cento nas receitas de Fevereiro, além do impacto nos ganhos anuais. Ao HM, o economista Albano Martins destaca sobretudo as perdas para a economia e PME. “Tomando o ano passado [como referência], e se tudo se mantivesse constante, esses 15 dias representam uma perda de cerca de 4,7 mil milhões de patacas para os cofres públicos. Para a economia, uma perda de 12 milhões.” Ainda assim, Albano Martins prevê que “o impacto será provavelmente muito maior na economia e no sector público”, uma vez que existe ainda “uma grande incógnita quanto ao tempo de impacto do vírus”. De acordo com o portal informativo GGRAsia, a JP Morgan Securities (Asia Pacific) disse num comunicado emitido esta terça-feira que os custos de operação fixos consomem cerca de 19 por cento das receitas obtidas pelas operadoras de jogo, a maioria relacionadas com os funcionários. DS Kim, Derek Choi e Jeremy An, analistas da JP Morgan, falam de perdas na ordem dos 75 por cento em termos das receitas oriundas do jogo de massas em Fevereiro, e uma perda anual de seis por cento, sem esquecer uma quebra do EBITDA na ordem dos dez por cento. A analista Roth Capital Partners LLC defendeu, também na terça-feira, esperar uma quebra anual de 14 por cento nas receitas, comparando com anos anteriores. “Enquanto existem muitas incertezas no que diz respeito ao coronavírus, antecipamos um declínio das receitas do jogo de massas na ordem dos 31 por cento na primeira metade de 2020”, escreveu o analista David Bain. Ambrose So à espera Ao Hong Kong Economist Journal, Ambrose So, vice-presidente e CEO da SJM, disse que o encerramento dos casinos coincide com um período que seria sempre “calmo”, por ser posterior ao Ano Novo Chinês. O empresário disse também que tudo depende das respostas rápidas que as autoridades de Macau apresentem para a crise de saúde pública. No entanto, a redução das despesas com o fecho dos casinos “não compensa completamente” as receitas perdidas. No caso da analista Sanford C. Bernstein Ltd, espera-se uma recuperação das receitas oriundas das apostas de massas caso surja uma melhoria da situação causada pelo coronavírus. “A questão chave em torno de Macau tem a ver com tempo de restituição da emissão de vistos e o regresso aos valores normais de entrada de turistas. A segunda metade do ano deveria constituir uma grande recuperação (a não ser que a situação médica piore)”, escreveram os analistas Vitaly Umansky, Eunice Lee and Kelsey Zhu.
admin SociedadeVírus | Estimadas grandes quebras nas receitas do jogo de massas [dropcap]A[/dropcap] decisão do Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, de encerrar os casinos por um período de duas semanas pode trazer um período negro ao sector do jogo. Analistas dizem ser cedo para fazer previsões, mas algumas estimativas apontam para perdas de 75 por cento nas receitas de Fevereiro, além do impacto nos ganhos anuais. Ao HM, o economista Albano Martins destaca sobretudo as perdas para a economia e PME. “Tomando o ano passado [como referência], e se tudo se mantivesse constante, esses 15 dias representam uma perda de cerca de 4,7 mil milhões de patacas para os cofres públicos. Para a economia, uma perda de 12 milhões.” Ainda assim, Albano Martins prevê que “o impacto será provavelmente muito maior na economia e no sector público”, uma vez que existe ainda “uma grande incógnita quanto ao tempo de impacto do vírus”. De acordo com o portal informativo GGRAsia, a JP Morgan Securities (Asia Pacific) disse num comunicado emitido esta terça-feira que os custos de operação fixos consomem cerca de 19 por cento das receitas obtidas pelas operadoras de jogo, a maioria relacionadas com os funcionários. DS Kim, Derek Choi e Jeremy An, analistas da JP Morgan, falam de perdas na ordem dos 75 por cento em termos das receitas oriundas do jogo de massas em Fevereiro, e uma perda anual de seis por cento, sem esquecer uma quebra do EBITDA na ordem dos dez por cento. A analista Roth Capital Partners LLC defendeu, também na terça-feira, esperar uma quebra anual de 14 por cento nas receitas, comparando com anos anteriores. “Enquanto existem muitas incertezas no que diz respeito ao coronavírus, antecipamos um declínio das receitas do jogo de massas na ordem dos 31 por cento na primeira metade de 2020”, escreveu o analista David Bain. Ambrose So à espera Ao Hong Kong Economist Journal, Ambrose So, vice-presidente e CEO da SJM, disse que o encerramento dos casinos coincide com um período que seria sempre “calmo”, por ser posterior ao Ano Novo Chinês. O empresário disse também que tudo depende das respostas rápidas que as autoridades de Macau apresentem para a crise de saúde pública. No entanto, a redução das despesas com o fecho dos casinos “não compensa completamente” as receitas perdidas. No caso da analista Sanford C. Bernstein Ltd, espera-se uma recuperação das receitas oriundas das apostas de massas caso surja uma melhoria da situação causada pelo coronavírus. “A questão chave em torno de Macau tem a ver com tempo de restituição da emissão de vistos e o regresso aos valores normais de entrada de turistas. A segunda metade do ano deveria constituir uma grande recuperação (a não ser que a situação médica piore)”, escreveram os analistas Vitaly Umansky, Eunice Lee and Kelsey Zhu.
Hoje Macau SociedadeBancos | BNU anuncia regime especial e encerra dez sucursais [dropcap]O[/dropcap] BNU anunciou a suspensão do serviço em dez agências na RAEM. Esta é uma das medidas anunciadas, através de um comunicado oficial divulgado pelo organismo, como resposta à situação do surto do novo coronavírus, após o anúncio do Governo de encerrar os casinos e os serviços públicos básicos. Assim, segundo as directrizes da Associação dos Bancos de Macau (ABM), desde ontem, dez agências encontram-se encerradas: Mercado Vermelho, Sidónio Pais, Areia Preta, NAPE, Chun Fok, King Light Garden, Rua da Barca, Universidade de Macau, China Plaza e Fai Chi Kei. Quanto às agências que se mantêm abertas, o organismo anunciou que irão funcionar em horário reduzido. “As agências que permanecem abertas, bem como a Sede do BNU, estão abertas ao público até às 16 horas, tentando prestar os nossos serviços da melhor maneira possível, devido às circunstâncias”, pode ler-se no comunicado. De acordo com informações avançadas pelo canal chinês da Rádio Macau as agências de mais de metade dos bancos comerciais a operar em Macau vão seguir o mesmo caminho. As sucursais em funcionamento encerrarão às 16 horas.
admin SociedadeBancos | BNU anuncia regime especial e encerra dez sucursais [dropcap]O[/dropcap] BNU anunciou a suspensão do serviço em dez agências na RAEM. Esta é uma das medidas anunciadas, através de um comunicado oficial divulgado pelo organismo, como resposta à situação do surto do novo coronavírus, após o anúncio do Governo de encerrar os casinos e os serviços públicos básicos. Assim, segundo as directrizes da Associação dos Bancos de Macau (ABM), desde ontem, dez agências encontram-se encerradas: Mercado Vermelho, Sidónio Pais, Areia Preta, NAPE, Chun Fok, King Light Garden, Rua da Barca, Universidade de Macau, China Plaza e Fai Chi Kei. Quanto às agências que se mantêm abertas, o organismo anunciou que irão funcionar em horário reduzido. “As agências que permanecem abertas, bem como a Sede do BNU, estão abertas ao público até às 16 horas, tentando prestar os nossos serviços da melhor maneira possível, devido às circunstâncias”, pode ler-se no comunicado. De acordo com informações avançadas pelo canal chinês da Rádio Macau as agências de mais de metade dos bancos comerciais a operar em Macau vão seguir o mesmo caminho. As sucursais em funcionamento encerrarão às 16 horas.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeShun Tak | Apenas 43 trabalhadores concordaram com redução de salários Wong Yu Loy, membro da Confederação dos Sindicatos de Hong Kong, confirma que apenas 43 trabalhadores, num universo de 800, assinaram a proposta de redução salarial apresentada pela Shun Tak. Contudo, a empresa ainda não terá posto em prática os cortes salariais [dropcap]A[/dropcap] proposta de redução salarial proposta pela Shun Tak foi assinada por uma minoria de trabalhadores, mas, ainda assim, a empresa de Pansy Ho não terá ainda avançado para a implementação efectiva dos cortes salariais. A informação foi adiantada ao HM por Wong Yu Loy, membro da Confederação dos Sindicatos de Hong Kong (HKCTU, na sigla inglesa), que tem lidado directamente com este caso. “Apenas 43 assinaram [a proposta] de um total de 800”, disse. “Contactei com os trabalhadores da Shun Tak. Do que sei, a empresa organizou sessões de esclarecimento para os trabalhadores e falou com dois sindicatos. Eles pediram a cada trabalhador para assinar um documento a dar o seu consentimento [para a redução salarial], mas não um acordo colectivo de negociação com o sindicato.” Wong Yu Loy disse que ainda não há acordo, não concordando com o que está em cima da mesa. “A proposta não é razoável porque foi anunciada de forma unilateral pela empresa, sem qualquer discussão prévia com o sindicato.” Além do HKCTU, que possui cerca de 200 mil membros, também a Federação dos Sindicatos de Hong Kong, uma organização pró-Pequim, tem estado a lidar com este caso. Até ao fecho desta edição, o HM não conseguiu obter qualquer esclarecimento adicional por parte da Shun Tak ou da própria Federação no sentido de perceber quando é que os cortes salariais serão implementados. E a lei sindical? Numa resposta recente enviada ao HM, a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) disse estar a acompanhar a situação dos trabalhadores. “Até ao momento a DSAL não recebeu notificações sobre queixas relacionadas com o acordo entre as partes para reduzir os salários. Caso sejam detectadas situações ilegais, a DSAL irá acompanhar o caso de acordo com a lei a fim de proteger os direitos legítimos dos trabalhadores.” Uma vez que Macau não tem sindicatos nem uma lei sindical, o HM questionou o jurista António Katchi no intuito de perceber se os trabalhadores de Macau da Shun Tak ficarão em pé de igualdade com os seus colegas de Hong Kong no que diz respeito à garantia dos seus direitos. Este defendeu que “para evitar uma redução salarial, o melhor será naturalmente os trabalhadores da Shun Tak que sejam residentes de Macau contactarem e concertarem-se com os seus colegas de Hong Kong e, como último recurso, convocarem e realizarem uma greve conjunta”. “Nada na ordem jurídica de Macau os impede de se associarem ou de elegerem representantes, nem tão-pouco de fazerem greve. É certo que não há lei regulamentadora desses direitos, mas, do ponto de vista estritamente jurídico, estes podem ser exercidos mesmo assim, porquanto a norma constante do artigo 27.º da Lei Básica é uma norma auto-exequível”, acrescentou Katchi. Além disso, o jurista recorda a alteração legislativa, levada a cabo em 2008, que permitiu a implementação de cortes salariais desta forma. “Com a lei laboral anterior, a redução de salários só era possível mediante autorização da DSAL, além do acordo entre empregadores e trabalhadores. A nova lei do trabalho, proposta pelo Governo de Edmund Ho deixou de exigir essa autorização administrativa.” “Recordo que esta lei do trabalho, globalmente pior para os trabalhadores do que a lei anterior (um decreto-lei de 1989), foi então apoiada pela Federação das Associações dos Operários de Macau e aprovada com os votos favoráveis dos seus deputados”, rematou António Katchi.
admin Manchete SociedadeShun Tak | Apenas 43 trabalhadores concordaram com redução de salários Wong Yu Loy, membro da Confederação dos Sindicatos de Hong Kong, confirma que apenas 43 trabalhadores, num universo de 800, assinaram a proposta de redução salarial apresentada pela Shun Tak. Contudo, a empresa ainda não terá posto em prática os cortes salariais [dropcap]A[/dropcap] proposta de redução salarial proposta pela Shun Tak foi assinada por uma minoria de trabalhadores, mas, ainda assim, a empresa de Pansy Ho não terá ainda avançado para a implementação efectiva dos cortes salariais. A informação foi adiantada ao HM por Wong Yu Loy, membro da Confederação dos Sindicatos de Hong Kong (HKCTU, na sigla inglesa), que tem lidado directamente com este caso. “Apenas 43 assinaram [a proposta] de um total de 800”, disse. “Contactei com os trabalhadores da Shun Tak. Do que sei, a empresa organizou sessões de esclarecimento para os trabalhadores e falou com dois sindicatos. Eles pediram a cada trabalhador para assinar um documento a dar o seu consentimento [para a redução salarial], mas não um acordo colectivo de negociação com o sindicato.” Wong Yu Loy disse que ainda não há acordo, não concordando com o que está em cima da mesa. “A proposta não é razoável porque foi anunciada de forma unilateral pela empresa, sem qualquer discussão prévia com o sindicato.” Além do HKCTU, que possui cerca de 200 mil membros, também a Federação dos Sindicatos de Hong Kong, uma organização pró-Pequim, tem estado a lidar com este caso. Até ao fecho desta edição, o HM não conseguiu obter qualquer esclarecimento adicional por parte da Shun Tak ou da própria Federação no sentido de perceber quando é que os cortes salariais serão implementados. E a lei sindical? Numa resposta recente enviada ao HM, a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) disse estar a acompanhar a situação dos trabalhadores. “Até ao momento a DSAL não recebeu notificações sobre queixas relacionadas com o acordo entre as partes para reduzir os salários. Caso sejam detectadas situações ilegais, a DSAL irá acompanhar o caso de acordo com a lei a fim de proteger os direitos legítimos dos trabalhadores.” Uma vez que Macau não tem sindicatos nem uma lei sindical, o HM questionou o jurista António Katchi no intuito de perceber se os trabalhadores de Macau da Shun Tak ficarão em pé de igualdade com os seus colegas de Hong Kong no que diz respeito à garantia dos seus direitos. Este defendeu que “para evitar uma redução salarial, o melhor será naturalmente os trabalhadores da Shun Tak que sejam residentes de Macau contactarem e concertarem-se com os seus colegas de Hong Kong e, como último recurso, convocarem e realizarem uma greve conjunta”. “Nada na ordem jurídica de Macau os impede de se associarem ou de elegerem representantes, nem tão-pouco de fazerem greve. É certo que não há lei regulamentadora desses direitos, mas, do ponto de vista estritamente jurídico, estes podem ser exercidos mesmo assim, porquanto a norma constante do artigo 27.º da Lei Básica é uma norma auto-exequível”, acrescentou Katchi. Além disso, o jurista recorda a alteração legislativa, levada a cabo em 2008, que permitiu a implementação de cortes salariais desta forma. “Com a lei laboral anterior, a redução de salários só era possível mediante autorização da DSAL, além do acordo entre empregadores e trabalhadores. A nova lei do trabalho, proposta pelo Governo de Edmund Ho deixou de exigir essa autorização administrativa.” “Recordo que esta lei do trabalho, globalmente pior para os trabalhadores do que a lei anterior (um decreto-lei de 1989), foi então apoiada pela Federação das Associações dos Operários de Macau e aprovada com os votos favoráveis dos seus deputados”, rematou António Katchi.
Hoje Macau SociedadeCasinos | Governo pede racionalidade às operadoras [dropcap]U[/dropcap]m comunicado conjunto da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) e Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) dá conta do acompanhamento que está a ser feito após o fecho dos casinos por um período de 15 dias. Na mesma nota, a DSAL aponta que “as empresas podem programar trabalhos de forma razoável de acordo com as suas necessidades e com a área das funções do trabalhador, devendo este cooperar com o empregador”. Tanto a DSAL como a DICJ esperam que não haja abusos da lei laboral. “As seis operadoras do jogo prometeram assumir a responsabilidade social e não exigir férias não remuneradas aos trabalhadores, estando dispostos a continuar a pagar a remuneração. A DSAL apela para que empregadores e trabalhadores efectuem a comunicação de boa fé, reconhecendo as necessidades mútuas”, acrescenta a mesma nota.
admin SociedadeCasinos | Governo pede racionalidade às operadoras [dropcap]U[/dropcap]m comunicado conjunto da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) e Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) dá conta do acompanhamento que está a ser feito após o fecho dos casinos por um período de 15 dias. Na mesma nota, a DSAL aponta que “as empresas podem programar trabalhos de forma razoável de acordo com as suas necessidades e com a área das funções do trabalhador, devendo este cooperar com o empregador”. Tanto a DSAL como a DICJ esperam que não haja abusos da lei laboral. “As seis operadoras do jogo prometeram assumir a responsabilidade social e não exigir férias não remuneradas aos trabalhadores, estando dispostos a continuar a pagar a remuneração. A DSAL apela para que empregadores e trabalhadores efectuem a comunicação de boa fé, reconhecendo as necessidades mútuas”, acrescenta a mesma nota.
Hoje Macau SociedadeSupermercados | Assegurado fornecimento normal de produtos [dropcap]F[/dropcap]uncionários da direcção dos Serviços de Economia (DSE) deslocaram-se ontem aos supermercados e mercearias a fim de fazerem um ponto de situação do fornecimento de bens e produtos alimentares. De frisar que, horas depois do anúncio do fecho dos casinos por duas semanas, a população correu aos supermercados em busca de bens essenciais, o que fez com que muitos produtos tenham esgotado. Ontem foram feitas, por parte da DSE, 50 inspecções. Segundo um comunicado, “o abastecimento dos retalhistas tornou-se, de forma geral, normal e os preços encontram-se estáveis”. Além disso, “os diferentes tipos de produtos alimentares, tais como o arroz, os legumes e as carnes congeladas foram sucessivamente reabastecidos”, sendo que apenas “algumas lojas têm ainda filas de pessoas a fazerem compras”. A DSE assegura ainda que “não foi verificado aumento injusto de preços durante a inspecção”. Na mesma nota é deixado um alerta aos cidadãos, para que estes “não acreditem em rumores nem façam corridas desnecessárias às compras”. “A concentração de multidões na corrida às compras possibilita não apenas o desequilíbrio entre a oferta e a procura, mas também o aumento de risco de infecção cruzada por vírus”, acrescenta a DSE.
admin SociedadeSupermercados | Assegurado fornecimento normal de produtos [dropcap]F[/dropcap]uncionários da direcção dos Serviços de Economia (DSE) deslocaram-se ontem aos supermercados e mercearias a fim de fazerem um ponto de situação do fornecimento de bens e produtos alimentares. De frisar que, horas depois do anúncio do fecho dos casinos por duas semanas, a população correu aos supermercados em busca de bens essenciais, o que fez com que muitos produtos tenham esgotado. Ontem foram feitas, por parte da DSE, 50 inspecções. Segundo um comunicado, “o abastecimento dos retalhistas tornou-se, de forma geral, normal e os preços encontram-se estáveis”. Além disso, “os diferentes tipos de produtos alimentares, tais como o arroz, os legumes e as carnes congeladas foram sucessivamente reabastecidos”, sendo que apenas “algumas lojas têm ainda filas de pessoas a fazerem compras”. A DSE assegura ainda que “não foi verificado aumento injusto de preços durante a inspecção”. Na mesma nota é deixado um alerta aos cidadãos, para que estes “não acreditem em rumores nem façam corridas desnecessárias às compras”. “A concentração de multidões na corrida às compras possibilita não apenas o desequilíbrio entre a oferta e a procura, mas também o aumento de risco de infecção cruzada por vírus”, acrescenta a DSE.
João Santos Filipe Manchete SociedadeTáxis | Associações pedem 10 mil patacas por taxista Para fazer face ao impacto da epidemia de Wuhan, doze associações de taxistas pedem ao Governo cinco medidas de apoio, como a distribuição de dinheiro, a abertura de linhas de crédito e materiais de esterilização [dropcap]U[/dropcap]m grupo de 12 associações locais relacionadas com os táxis juntou-se para pedir cinco medidas de urgência ao Executivo. Entre o pedido, consta a distribuição de 10 mil patacas a cada taxista, empréstimos de 50 mil patacas sem juros para as empresas e a distribuição de materiais de esterilização. “Devido ao coronavírus, o sector está a ser severamente afectado, com as receitas a diminuírem de forma acentuada”, consta no documento assinado por associações como Associação Geral dos Proprietários de Táxis de Macau, a Associação dos Comerciantes e Operários de Automóveis de Macau ou a Associação de Mútuo de Condutores de Táxi de Macau. “Apesar do sector permanecer muito unido nestes tempos difíceis a união não é suficiente para sobreviver. Por isso, esperamos que o Governo da RAEM acompanhe a nossa situação e que nos dê uma mão para nos aguentarmos”, é reconhecido. A primeira das cinco medidas defendidas pelos taxistas é a distribuição de 10 mil patacas para cada condutor, de forma a corresponder “às necessidades mais urgentes”. Em segundo lugar, as doze associações defendem a criação de linhas de crédito por parte do Governo para que os taxistas possam pagar o aluguer dos táxis aos detentores das licenças. Estes empréstimos seriam cedidos até a um valor máximo de 50 mil patacas sem a cobrança de juros. Outra das preocupações do sector está relacionada com a burocracia das licenças dos táxis, que normalmente são atribuídas por concursos públicos. As associações entendem que algumas das licenças em vigor devem ser prolongadas por mais um ano, de forma a lidar com a instabilidade que se vive e porque nesta fase consideram que não há condições para a atribuição de novas licenças. Numa altura em que o acesso a máscaras e gel desinfectante tem estado condicionado, os taxistas pedem que este tipo de produtos seja distribuídos ao sector, devido ao contacto com as pessoas no dia-a-dia. Sem retorno Finalmente, no caso de vários taxistas optarem mesmo por não circular, são exigidos lugares grátis de estacionamento para as viaturas, assim como cursos de formação que permitam melhorar a qualidade do sector e ainda adaptar as práticas dos profissionais a esta fase de contágio. Este assunto foi abordado ontem pelo vice-secretário geral da Federação das Associações dos Operários de Macau, Choi Kam Fu, no programa de manhã do canal chinês da Rádio Macau. O dirigente associativo revelou que há motoristas que actualmente fazem menos de 100 patacas por dia no trabalho e que este montante torna impossível fazer face às despesas com o aluguer dos táxis aos proprietários das licenças, assim como com o combustível.
admin Manchete SociedadeTáxis | Associações pedem 10 mil patacas por taxista Para fazer face ao impacto da epidemia de Wuhan, doze associações de taxistas pedem ao Governo cinco medidas de apoio, como a distribuição de dinheiro, a abertura de linhas de crédito e materiais de esterilização [dropcap]U[/dropcap]m grupo de 12 associações locais relacionadas com os táxis juntou-se para pedir cinco medidas de urgência ao Executivo. Entre o pedido, consta a distribuição de 10 mil patacas a cada taxista, empréstimos de 50 mil patacas sem juros para as empresas e a distribuição de materiais de esterilização. “Devido ao coronavírus, o sector está a ser severamente afectado, com as receitas a diminuírem de forma acentuada”, consta no documento assinado por associações como Associação Geral dos Proprietários de Táxis de Macau, a Associação dos Comerciantes e Operários de Automóveis de Macau ou a Associação de Mútuo de Condutores de Táxi de Macau. “Apesar do sector permanecer muito unido nestes tempos difíceis a união não é suficiente para sobreviver. Por isso, esperamos que o Governo da RAEM acompanhe a nossa situação e que nos dê uma mão para nos aguentarmos”, é reconhecido. A primeira das cinco medidas defendidas pelos taxistas é a distribuição de 10 mil patacas para cada condutor, de forma a corresponder “às necessidades mais urgentes”. Em segundo lugar, as doze associações defendem a criação de linhas de crédito por parte do Governo para que os taxistas possam pagar o aluguer dos táxis aos detentores das licenças. Estes empréstimos seriam cedidos até a um valor máximo de 50 mil patacas sem a cobrança de juros. Outra das preocupações do sector está relacionada com a burocracia das licenças dos táxis, que normalmente são atribuídas por concursos públicos. As associações entendem que algumas das licenças em vigor devem ser prolongadas por mais um ano, de forma a lidar com a instabilidade que se vive e porque nesta fase consideram que não há condições para a atribuição de novas licenças. Numa altura em que o acesso a máscaras e gel desinfectante tem estado condicionado, os taxistas pedem que este tipo de produtos seja distribuídos ao sector, devido ao contacto com as pessoas no dia-a-dia. Sem retorno Finalmente, no caso de vários taxistas optarem mesmo por não circular, são exigidos lugares grátis de estacionamento para as viaturas, assim como cursos de formação que permitam melhorar a qualidade do sector e ainda adaptar as práticas dos profissionais a esta fase de contágio. Este assunto foi abordado ontem pelo vice-secretário geral da Federação das Associações dos Operários de Macau, Choi Kam Fu, no programa de manhã do canal chinês da Rádio Macau. O dirigente associativo revelou que há motoristas que actualmente fazem menos de 100 patacas por dia no trabalho e que este montante torna impossível fazer face às despesas com o aluguer dos táxis aos proprietários das licenças, assim como com o combustível.
Hoje Macau SociedadeEpidemia | Homem doa 100 mil máscaras [dropcap]U[/dropcap]m homem, de nome Zhang Zong Zhen, resolveu doar 100 mil máscaras cirúrgicas ao Governo. De acordo com um comunicado ontem emitido, a doação vai permitir “apoiar os trabalhos de prevenção e combate à epidemia causada pelo novo tipo de coronavírus, nomeadamente no âmbito da redução do risco de transmissão do vírus”. De frisar que, esta terça-feira, o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, garantiu que Portugal não tinha mais máscaras em stock para fornecer a Macau e reconheceu as dificuldades na compra de mais material deste tipo. Ainda assim, Ho Iat Seng disse que a China pode sempre apoiar a RAEM nesta matéria. “O Governo da RAEM agradece ao cidadão de Macau Zhang Zong Zhen a sua gentil doação, que permite ajudar na prevenção e combate à epidemia. O Governo da RAEM promete ainda continuar com os seus esforços incessantes para, em conjunto com todos os sectores da sociedade, conseguir controlar a epidemia de forma efectiva, no sentido de vencer finalmente a luta contra o coronavírus”, conclui o comunicado.
admin SociedadeEpidemia | Homem doa 100 mil máscaras [dropcap]U[/dropcap]m homem, de nome Zhang Zong Zhen, resolveu doar 100 mil máscaras cirúrgicas ao Governo. De acordo com um comunicado ontem emitido, a doação vai permitir “apoiar os trabalhos de prevenção e combate à epidemia causada pelo novo tipo de coronavírus, nomeadamente no âmbito da redução do risco de transmissão do vírus”. De frisar que, esta terça-feira, o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, garantiu que Portugal não tinha mais máscaras em stock para fornecer a Macau e reconheceu as dificuldades na compra de mais material deste tipo. Ainda assim, Ho Iat Seng disse que a China pode sempre apoiar a RAEM nesta matéria. “O Governo da RAEM agradece ao cidadão de Macau Zhang Zong Zhen a sua gentil doação, que permite ajudar na prevenção e combate à epidemia. O Governo da RAEM promete ainda continuar com os seus esforços incessantes para, em conjunto com todos os sectores da sociedade, conseguir controlar a epidemia de forma efectiva, no sentido de vencer finalmente a luta contra o coronavírus”, conclui o comunicado.
Pedro Arede SociedadeEconomia | Arrendatários de espaços públicos isentos durante três meses [dropcap]O[/dropcap] Governo decidiu a isentar, a partir de Fevereiro e durante três meses, os arrendatários de espaços públicos, do pagamento de rendas respeitantes ao aluguer de propriedades destinadas a fins comerciais, como “shopping centers, quiosques para venda de produtos, etc”. A medida foi anunciada ontem pelo Gabinete do Secretário para a Economia e Finanças “em resposta ao impacto que a epidemia tem provocado para a economia de Macau e a vida da população”, que prevê ainda, para além de iniciativas destinadas às Pequenas e Médias Empresas (PME), introduzir ajustamentos sobre impostos e taxas e aumentar também os investimentos na área da construção de infra-estruturas. “O Governo da RAEM já tem planos e está preparado para fazer face ao impacto provocado pela epidemia, estando actualmente a lançar, passo a passo, uma série de medidas em resposta, de acordo com a evolução da epidemia, a fim de aliviar as pressões, de carácter económico, sentidas pelos residentes e empresas locais”, pode ler-se no comunicado divulgado pelo Gabinete liderado por Lei Wai Nong. Assim, após já ter sido anunciada a antecipação da implementação do Plano de Comparticipação Pecuniária no Desenvolvimento Económico para o ano de 2020, que terá lugar no próximo mês de Abril, o Governo planeia introduzir medidas destinadas especificamente às PME, como a referida isenção de pagamentos durante três meses, aos arrendatários de espaços públicos. “A Direcção dos Serviços de Economia está a acelerar o processo de apreciação e autorização dos pedidos aos Plano de Apoio a PME, Plano de Garantia de Créditos a PME e Plano de Garantia de Créditos a PME destinado a Projecto Específico, ajustando ainda as medidas respeitantes ao reembolso dos montantes atribuídos no âmbito desses planos, a fim de as ajudar a ultrapassarem as dificuldades prementes”, sublinhou o gabinete. Incentivos no horizonte Em relação à tributação, o Governo encontra-se a acelerar o processo de avaliação sobre os impostos, nomeadamente o Imposto Complementar de Rendimentos, o Imposto Profissional, a Contribuição Predial, o Imposto de Turismo, de modo a que sejam “ajustados o mais rápido possível”. “Com o objectivo de melhorar as infra-estruturas de Macau e aumentar as oportunidades de emprego “serão aumentados os investimentos na área de construção de infra-estruturas” e “alargada a procura doméstica”. “Quando a situação epidémica for controlada, o Governo vai lançar planos destinados a incentivar o consumo local e a dinamizar a economia de Macau, para que as micro, pequenas e médias empresas possam ficar beneficiadas”, pode ler-se na nota oficial.
admin SociedadeEconomia | Arrendatários de espaços públicos isentos durante três meses [dropcap]O[/dropcap] Governo decidiu a isentar, a partir de Fevereiro e durante três meses, os arrendatários de espaços públicos, do pagamento de rendas respeitantes ao aluguer de propriedades destinadas a fins comerciais, como “shopping centers, quiosques para venda de produtos, etc”. A medida foi anunciada ontem pelo Gabinete do Secretário para a Economia e Finanças “em resposta ao impacto que a epidemia tem provocado para a economia de Macau e a vida da população”, que prevê ainda, para além de iniciativas destinadas às Pequenas e Médias Empresas (PME), introduzir ajustamentos sobre impostos e taxas e aumentar também os investimentos na área da construção de infra-estruturas. “O Governo da RAEM já tem planos e está preparado para fazer face ao impacto provocado pela epidemia, estando actualmente a lançar, passo a passo, uma série de medidas em resposta, de acordo com a evolução da epidemia, a fim de aliviar as pressões, de carácter económico, sentidas pelos residentes e empresas locais”, pode ler-se no comunicado divulgado pelo Gabinete liderado por Lei Wai Nong. Assim, após já ter sido anunciada a antecipação da implementação do Plano de Comparticipação Pecuniária no Desenvolvimento Económico para o ano de 2020, que terá lugar no próximo mês de Abril, o Governo planeia introduzir medidas destinadas especificamente às PME, como a referida isenção de pagamentos durante três meses, aos arrendatários de espaços públicos. “A Direcção dos Serviços de Economia está a acelerar o processo de apreciação e autorização dos pedidos aos Plano de Apoio a PME, Plano de Garantia de Créditos a PME e Plano de Garantia de Créditos a PME destinado a Projecto Específico, ajustando ainda as medidas respeitantes ao reembolso dos montantes atribuídos no âmbito desses planos, a fim de as ajudar a ultrapassarem as dificuldades prementes”, sublinhou o gabinete. Incentivos no horizonte Em relação à tributação, o Governo encontra-se a acelerar o processo de avaliação sobre os impostos, nomeadamente o Imposto Complementar de Rendimentos, o Imposto Profissional, a Contribuição Predial, o Imposto de Turismo, de modo a que sejam “ajustados o mais rápido possível”. “Com o objectivo de melhorar as infra-estruturas de Macau e aumentar as oportunidades de emprego “serão aumentados os investimentos na área de construção de infra-estruturas” e “alargada a procura doméstica”. “Quando a situação epidémica for controlada, o Governo vai lançar planos destinados a incentivar o consumo local e a dinamizar a economia de Macau, para que as micro, pequenas e médias empresas possam ficar beneficiadas”, pode ler-se na nota oficial.
Hoje Macau SociedadeAmbiente| Activista alerta para perigos das máscaras descartadas nas ruas Annie Lao, activista ambiental, deixou ontem um alerta sobre os perigos que representam as várias máscaras que são deixadas nos caixotes do lixo e nas ruas. A jovem defende que o Governo, apesar de estar a fazer um bom trabalho no combate ao coronavírus, deveria assegurar a recolha segura das máscaras depois de usadas [dropcap]U[/dropcap]ma activista ambiental alertou ontem para a ameaça pública que representam as máscaras descartadas nas ruas, que o Governo determinou de uso obrigatório nos transportes públicos para evitar a transmissão do novo coronavírus. “Vi máscaras a serem descartadas irresponsavelmente na rua”, disse à Lusa Annie Lao, um dia depois de o Governo ter anunciado o décimo caso de infecção no território. O Governo adquiriu ao todo 20 milhões de máscaras, algumas compradas a Portugal, que estão a chegar em vários carregamentos, e a serem distribuídas por farmácias convencionadas, associações e outros espaços definidos pelas autoridades. Cada residente, mediante apresentação da identificação, recebe dez máscaras para igual número de dias. Mais de 2,9 milhões de máscaras já foram vendidas. “O Governo está a fazer um bom trabalho no fornecimento de máscaras aos residentes”, frisou. O problema agora é as autoridades não estarem a garantir que “as pessoas as descartem de forma responsável e segura”, indicou a activista. “Caso contrário, essas máscaras usadas representam simplesmente uma ameaça que pode espalhar germes ou vírus ao público”, criticou. Ajuda de fora Os receios de Annie Lao surgem numa altura em que o fornecimento de máscaras ao território está assegurado, apesar de o Chefe do Executivo de Macau, Ho Iat Seng, ter adiantado que Portugal já não tem mais stock disponível deste tipo de materiais. “Macau tem dinheiro”, mas tem sido difícil arranjar máscaras no mercado, disse o governante. O líder do Governo de Macau indicou que o território adquiriu máscaras em países como Estados Unidos e Portugal, mas, por causa do surto do coronavírus e da grande quantidade deste equipamento médico utilizada na China, está a encontrar “dificuldade em arranjar mais máscaras no mercado externo”. “Neste momento, Portugal já não tem mais máscaras”, afirmou o responsável, que conta dez casos confirmados de infeção pelo coronavírus. “Se forem necessárias mais máscaras, o Estado [chinês] vai ajudar”, afirmou Ho Iat Seng. Mais de 2,9 milhões de máscaras foram vendidas, desde o anúncio do primeiro caso de infecção em Macau, há duas semanas. Ao todo foram compradas 20 milhões que estão a chegar em vários carregamentos, e a serem distribuídas por farmácias convencionadas, associações e outros espaços definidos pelas autoridades. Cada residente, mediante apresentação da identificação, recebe dez máscaras para igual número de dias.
admin SociedadeAmbiente| Activista alerta para perigos das máscaras descartadas nas ruas Annie Lao, activista ambiental, deixou ontem um alerta sobre os perigos que representam as várias máscaras que são deixadas nos caixotes do lixo e nas ruas. A jovem defende que o Governo, apesar de estar a fazer um bom trabalho no combate ao coronavírus, deveria assegurar a recolha segura das máscaras depois de usadas [dropcap]U[/dropcap]ma activista ambiental alertou ontem para a ameaça pública que representam as máscaras descartadas nas ruas, que o Governo determinou de uso obrigatório nos transportes públicos para evitar a transmissão do novo coronavírus. “Vi máscaras a serem descartadas irresponsavelmente na rua”, disse à Lusa Annie Lao, um dia depois de o Governo ter anunciado o décimo caso de infecção no território. O Governo adquiriu ao todo 20 milhões de máscaras, algumas compradas a Portugal, que estão a chegar em vários carregamentos, e a serem distribuídas por farmácias convencionadas, associações e outros espaços definidos pelas autoridades. Cada residente, mediante apresentação da identificação, recebe dez máscaras para igual número de dias. Mais de 2,9 milhões de máscaras já foram vendidas. “O Governo está a fazer um bom trabalho no fornecimento de máscaras aos residentes”, frisou. O problema agora é as autoridades não estarem a garantir que “as pessoas as descartem de forma responsável e segura”, indicou a activista. “Caso contrário, essas máscaras usadas representam simplesmente uma ameaça que pode espalhar germes ou vírus ao público”, criticou. Ajuda de fora Os receios de Annie Lao surgem numa altura em que o fornecimento de máscaras ao território está assegurado, apesar de o Chefe do Executivo de Macau, Ho Iat Seng, ter adiantado que Portugal já não tem mais stock disponível deste tipo de materiais. “Macau tem dinheiro”, mas tem sido difícil arranjar máscaras no mercado, disse o governante. O líder do Governo de Macau indicou que o território adquiriu máscaras em países como Estados Unidos e Portugal, mas, por causa do surto do coronavírus e da grande quantidade deste equipamento médico utilizada na China, está a encontrar “dificuldade em arranjar mais máscaras no mercado externo”. “Neste momento, Portugal já não tem mais máscaras”, afirmou o responsável, que conta dez casos confirmados de infeção pelo coronavírus. “Se forem necessárias mais máscaras, o Estado [chinês] vai ajudar”, afirmou Ho Iat Seng. Mais de 2,9 milhões de máscaras foram vendidas, desde o anúncio do primeiro caso de infecção em Macau, há duas semanas. Ao todo foram compradas 20 milhões que estão a chegar em vários carregamentos, e a serem distribuídas por farmácias convencionadas, associações e outros espaços definidos pelas autoridades. Cada residente, mediante apresentação da identificação, recebe dez máscaras para igual número de dias.
Pedro Arede Manchete SociedadeJapão | Dois residentes de Macau no cruzeiro com dez infectados Dois idosos residentes de Macau encontram-se em observação, após os Serviços de Saúde (SS) terem anunciado que fazem parte dos 3.711 passageiros que estão de quarentena no Japão, a bordo do “Diamond Princess”. Até ao momento, não há residentes contaminados fora de Macau [dropcap]O[/dropcap]s SS anunciaram ontem que dois residentes de Macau estão a bordo de um navio cruzeiro com dez passageiros contaminados com o novo tipo de coronavírus. Os dois residentes, um homem na casa dos 80 anos e uma mulher na casa dos 60, não estão infectados e encontram-se agora em observação, anunciou Lam Chong, Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença, por ocasião da conferência de imprensa diária dos Serviços de Saúde, sobre o novo coronavírus. “As autoridades japonesas notificaram-nos hoje [ontem] sobre a situação de dois residentes de Macau que estão no cruzeiro. “Os residentes de Macau são titulares do passaporte da RAEM e estão em observação médica. Essas duas pessoas não foram infectadas com o novo tipo de coronavírus, mas precisam de 14 dias de observação clínica”, referiu Lam Chong. Recorde-se que as autoridades japonesas decidiram colocar sob quarentena o navio “Diamond Princess”, que chegou à baía de Yokohama, perto de Tóquio, na passada segunda-feira, com 3.711 passageiros a bordo. Questionado pelos jornalistas, Lam Chong confirmou também que, até momento, não existe qualquer caso que aponte para que existam residentes contaminados fora de Macau. “Estamos em comunicação estreita, tanto com outros países, como com a [Organização Mundial de Saúde] OMS e o Interior da China, e até agora não temos nenhuma confirmação acerca de casos registados fora de Macau”, esclareceu. Durante a conferência de imprensa, os SS deram também a conhecer mais medidas de prevenção do novo tipo de coronavírus, que apontam para a sensibilização da população. Assim, após uma reunião entre departamentos do Governo, ficou decidido que, a partir de hoje, iriam circular pelas ruas de Macau, automóveis equipados com altifalantes, panfletos e mensagens em ecrãs. “Para reforçar ainda mais o trabalho de divulgação do Coronavírus, o IC, a DSEJ e outros departamentos governamentais reuniram-se a fim de tomar algumas medidas para combater o coronavírus. Esses trabalhos de divulgação incluem (…) panfletos e notícias em ecrãs. Também vamos disponibilizar veículos do Governo para circular nas ruas de Macau para lançar apelos à população para ficar em casa (…) e evitar lugares com uma grande concentração de pessoas”, sublinhou Lam Chong. Quarentena descartada O Governo de Macau não vai seguir, para já, a medida que impõe um período de quarentena a todos visitantes oriundos do Interior da China, anunciada ontem pela Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam. Confrontado com o facto, Lam Chong sublinhou apenas que é aconselhável, a quem entra no território vindo da China, que permaneça em casa e que, a seu tempo, o Governo irá anunciar novas medidas, se necessário. “A todos os que estiveram em Hubei, residentes ou não de Macau, pedimos que fiquem em isolamento. Quanto a pessoas que estiveram no Interior da China, pedimos que façam uma gestão de saúde apropriada e que se isolem em casa durante 14 dias. Se tivermos novas medidas iremos divulgar atempadamente”, apontou o Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença. À excepção dos residentes de Hubei, que são obrigados a apresentar um atestado médico que comprove que não são portadores da doença, na RAEM permanecem assim inalteradas as medidas aplicadas aos visitantes provenientes do Interior da China. Segundo a medida que entrará em vigor em Hong Kong, já a partir do próximo sábado, os visitantes que entrarem no território a partir do continente vão ser obrigados a um período de 14 dias de quarentena. “A medida é difícil. Mas após este anúncio (…) acredito que o número de chegadas diminuirá”, disse ontem Carrie Lam, de acordo com informações da agência Lusa. Mais de 40 residentes de Hubei por localizar Dos 100 residentes provenientes da província de Hubei que se encontram em Macau, há ainda 42 por localizar. A informação foi avançada ontem por Chio Song Un, responsável do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) que confirmou também que a maioria dos residentes identificados se encontra na Pousada Marina Infante ou no Centro do Alto de Coloane. Quanto aos residentes de Macau que se encontram em Hubei, existem ainda 86 cidadãos do território naquela província, de acordo com informações avançadas por Inês Chan, responsável dos Serviços de Turismo. Segundo Inês Chan, além de Hubei, existem cidadãos de Macau que estão a ter dificuldades para regressar ao território a partir da China e um, dos EUA. Clínicas privadas devem fechar Lei Wai Seng, membro da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, lançou um apelo especificamente destinado às clínicas privadas que operam em edifícios residenciais para que encerrem, como forma de minimizar eventuais riscos de contaminação do novo tipo de coronavírus.”Recomendamos o encerramento tanto a clínicas privadas como empresas, porque muitas estão situadas em áreas de residentes dos edifícios e isto também contribui para o maior risco de propagação. Apelamos às clínicas que, se não tiverem as condições apropriadas, que encerrem o seu funcionamento durante este período”, sublinhou Lei Wai Seng por ocasião da conferência de imprensa diária dos Serviços de Saúde (SS). Questionado sobre uma eventual sobrecarga dos SS por via do encerramento dos privados, o responsável argumentou que irá ser feito reforço de pessoal se necessário e que estão a ser tomadas medidas como melhorar o sistema de triagem ou instalar tendas de campanha fora das urgências do Hospital de Kiang Wu.