Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeTerrenos | Exigido plano detalhado para utilização Nelson Kot, presidente da Associação de Estudos Sintético Social de Macau, defende que as autoridades devem elaborar um plano detalhado para a utilização dos terrenos recuperados pela Administração e pede que sejam traçadas utilizações provisórias até ser decretada a finalidade definitiva dos espaços em causa. A deputada Ella Lei concorda O presidente da Associação de Estudos Sintético de Macau, Nelson Kot, e ex-candidato às eleições legislativas, defende que o Governo deve criar um plano detalhado sobre o aproveitamento dos terrenos que já passaram para a hasta pública. Segundo o Jornal do Cidadão, Nelson Kot considera que a definição de um plano desta natureza deve ser uma prioridade para o Executivo, alertando para a necessidade de tempo para a sua execução. O calendário, apontou, deve ser elaborado consoante a finalidade e utilização pensadas para os diversos terrenos anteriormente concessionados. Nelson Kot destacou que só através da concretização deste plano será possível esclarecer, junto da população, a utilização que os terrenos vão ter, a fim de se garantir um uso eficiente dos solos. Uma vez que este Governo está prestes a chegar ao fim, pois aproximam-se as eleições para o cargo de Chefe do Executivo, Nelson Kot prevê que os actuais secretários e chefes de departamento não tenham tempo para elaborar o plano proposto. O calendário sugerido teria de definir, segundo a visão de Nelson Kot, estatísticas sobre as instalações sociais necessárias, nomeadamente na zona norte, onde existe uma maior densidade populacional. Caso haja terrenos livres, devem ser pensados para a construção de pavilhões, centros de saúde ou bibliotecas, para que os residentes destas zonas possam desfrutar de serviços públicos com base na densidade populacional existente. Nelson Kot não esqueceu as recentes palavras do secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, que defendeu que os terrenos recuperados ficarão de reserva. Para o dirigente associativo, os terrenos não devem ficar vazios por muito tempo, devendo servir para o desenvolvimento do território. Caso o Executivo mantenha terrenos vazios de reserva, sem os aproveitar, estes vão perder valor, defendeu. Nelson Kot acredita que estes espaços poderiam ter utilizações provisórias até se traçar uma finalidade definitiva, seja habitação, comércio ou área social e recreativa. Fala com Ella Por seu turno, a deputada Ella Lei também concordou que os terrenos possam ser usados para outra finalidade temporária antes de se definir o destino definitivo. A deputada ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau falou, ao mesmo jornal, dos exemplos dos sectores da construção, transportes e ambiental, que apresentam constantes queixas sobre a falta de espaço para a colocação de materiais de construção e maquinaria pesada. Assim, o Governo poderia elaborar um regime de gestão de terrenos temporária, com arrendamento dos espaços livres a empresas que deles necessitassem. Para a deputada, esta proposta poderia fazer com que estes sectores económicos pudessem ter espaço suficiente para desenvolver as suas actividades, além de que o Executivo iria obter receitas extra. Acima de tudo, disse Ella Lei, os terrenos poderiam continuar a ser aproveitados de forma eficiente até ficar definida a finalidade definitiva de utilização.
Hoje Macau SociedadeEmprego | Lançado plano para área da hotelaria A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) associou-se à operadora de jogo MGM para criar o “Plano de desenvolvimento do potencial de quadros qualificados na hotelaria da MGM”, cujo prazo de candidaturas arranca hoje. A ideia é que os candidatos possam ser contratados primeiro, obtendo depois uma formação especializada na área da hotelaria. Existe um total de 18 vagas, distribuídas em três vagas para a área das tecnologias digitais e informática e 15 para a área de gestão. Aos candidatos admitidos, a MGM promete providenciar “uma série de formações profissionais e em contexto de trabalho”, destaca-se num comunicado da DSAL. Todos os que obtiverem bom aproveitamento “terão a oportunidade de progressão e ajustamento salarial, impulsionando-se, desta forma, o desenvolvimento da carreira profissional e a mobilidade ascendente dos residentes de Macau que estão interessados em ingressar no sector dos serviços em turismo e lazer integrados”, lê-se ainda. As candidaturas terminam a 24 de Junho. As entrevistas decorrem nos dias 3 e 4 de Julho.
Hoje Macau SociedadeMais de 70 países e regiões participam em fórum sobre infra-estruturas Representantes de mais de 70 países e regiões, abrangidos pela iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’, vão participar, entre a próxima quarta-feira e sexta-feira, no 15.º Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infra-estruturas. Mais de 50 actividades, como discursos, fóruns, conferências, exposições, seminários temáticos, roadshows, bolsas de contactos e divulgação de índices, vão realizar-se ao longo dos três dias do Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infraestruturas (IIICF, sigla em inglês). “Várias conferências irão incorporar elementos sino-lusófonos e de Macau, focados em tópicos como a cooperação em infraestruturas entre a China e os Países de Língua Portuguesa, o papel da Plataforma Sino-Lusófona em projectos de construção e tecnologias e o rumo do desenvolvimento do sector de construção de Macau”, indicou o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), em comunicado. “As actividades visam fomentar o intercâmbio e a cooperação entre os sectores de infra-estruturas de diferentes regiões e aprofundar a cooperação sino-lusófona em infra-estruturas, produzindo resultados mais sólidos na construção da Plataforma Sino-Lusófona”, destacou. Primeiro passo No primeiro dia do IIICF, este ano subordinado ao tema “Inovação Ecológica, Conectividade Digital”, vai realizar-se o 10.º Fórum de Cooperação em Infra-estruturas entre a China e os Países de Língua Portuguesa e a Sessão de Intercâmbio Comercial sobre a Cooperação em Infra-estruturas entre a província de Shandong, no leste da China, Macau e os Países de Língua Portuguesa. A organização disse que, nesta actividade, a troca de opiniões estará focada na transformação ecológica e inovadora de infraestruturas. “Com a participação da província de Shandong, uma província fortemente competitiva na contratação de projectos e em equipamentos, o fórum terá o contributo de vários convidados para analisar formas de reforçar a cooperação em áreas como tecnologias verdes, economia digital, finanças verdes e energia limpa, com vista a assegurar um desenvolvimento verde e de baixo carbono de infra-estruturas no Interior da China, nos países de Língua Portuguesa e em Macau, assim como partilhar oportunidades de cooperação trazidas por novos projectos de infra-estruturas”, referiu o IPIM.
Hoje Macau SociedadeANIMA | Efectuado pedido público de ajuda financeira A Sociedade Protectora dos Animais de Macau (ANIMA) fez um pedido público de apoio financeiro à sociedade na rede social Facebook. Na publicação, é também pedida a doação de diversos materiais que possam servir no apoio dado a cães e gatos recolhidos da rua. Na publicação lê-se que a ANIMA tem, actualmente, dívidas superiores a um milhão de patacas, tendo ainda pagamentos em atraso a clínicas veterinárias ou fornecedores de alimentos. A ANIMA descreveu que os apoios podem ser concedidos através de donativos ou participação no programa de apadrinhamento mensal ou anual de animais, em que cada pessoa gasta cerca de 100 patacas por cada animal. O apoio também pode chegar à associação através da colocação de uma caixa de recolha de donativos em espaços comerciais. Na mesma publicação, lê-se ainda que a ANIMA continua a tentar resolver o défice financeiro em que se encontra desde a pandemia, quando os apoios financeiros dos casinos baixaram de forma significativa. É ainda referido que nos últimos seis meses a ANIMA salvou cerca de 60 animais.
João Luz Manchete SociedadeCrime | Ganância e excesso de confiança abrem caminho a burlas O secretário para a Segurança considera que, apesar de ter “feito o seu melhor” para prevenir burlas, os residentes continuam a cair nos esquemas devido a “ganância” ou demasiada confiança. Wong Sio Chak destacou o aumento significativo de burlas através de vendas de bilhetes online e de falsos contactos de autoridades governamentais Nos primeiros três meses do ano, foram identificados 656 casos de burla, o que traduz um aumento anual de 221 casos e de 50,8 por cento, e mais do dobro do registo face ao período homólogo de 2019 (131,8 por cento). Durante a apresentação das estatísticas da criminalidade referentes ao primeiro trimestre de 2024, o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, “culpa” em parte este tipo de crime pelo aumento da criminalidade geral. A secretaria de Wong Sio Chak emitiu um comunicado no sábado a indicar que nos primeiros três meses do ano foram registados 288 casos de burla com recurso às telecomunicações (96) e de burla cibernética (192). Apesar de serem menos casos dos verificados no terceiro e quarto trimestre de 2023, “a Polícia não abrandará a sua actuação e continuará a prestar elevada atenção às novas tendências dos crimes relevantes e o público deve também manter-se alerta”. O Governo vai mais longe e culpa a população, “embora as autoridades da segurança tenham feito o seu melhor na prevenção e controlo de crimes relevantes e tenham feito imenso trabalho de sensibilização”. “Parte dos cidadãos ainda cai em burlas, por ganância ou negligência, e alguns deles porque estão confiantes demais e rejeitam todos os tipos de sensibilização anti-burla, apenas se arrependendo quando são realmente burlados”, refere o gabinete de Wong Sio Chak. Os truques Entre os métodos usados pelos criminosos para defraudar os residentes de Macau, o gabinete do secretário destaca os esquemas que envolveram vendas de bilhetes online que “foi o mais significativo, com um total de 218 casos registados em 2023, quando o número de casos foi de 8 e de 25 em 2022 e 2019, respectivamente”. Também as burlas em que alguém finge ser oficial de uma autoridade governamental aumentaram significativamente, atingindo 290 casos. Neste tipo de crimes, “os burlões aproveitam principalmente o medo da vítima e fingem ser funcionários de uma entidade de segurança pública ou de justiça do Interior da China para alegar, falsamente, que a vítima está envolvida em crimes como lavagem de dinheiro”. Quanto às burlas de venda de bilhetes através da internet, os métodos mais frequentes passam pela oferta de venda de ingressos para concertos em que é “dificílimo comprar bilhetes”, sendo requerido às vítimas pagamento prévio. “Mesmo sabendo que podem ser burladas muitas das vítimas continuam a escolher este meio de compra de bilhetes”, acrescentam as autoridades.
Hoje Macau SociedadeJogo | Associação de Sinergia defende controlo flexível sobre operadoras Johnson Ian, presidente da Associação de Sinergia de Macau, ligada ao deputado Ron Lam U Tou, defendeu, num artigo de opinião publicado no jornal Son Pou, que o Governo não deve controlar demasiado as concessionárias de jogo. “A não ser que se tratem de acções ilegais, o Governo não deve controlar os pequenos detalhes, sobretudo no que diz respeito à área operativa”, descreveu. De frisar que recentemente surgiu a informação de que o Governo iria proibir as operadoras de jogo de fornecerem comida e bebidas gratuitas aos visitantes. Entretanto, foi divulgado, nas redes sociais, que essas ofertas já não se encontram disponíveis. “Talvez o Governo já tenha proibido as ofertas, mas as empresas de jogo vão sempre pensar em outras formas de atrair clientes tendo em conta a concorrência comercial e também por questões de sobrevivência da própria empresa. Podem lançar sorteios, promover descontos em comidas e bebidas ou criar campanhas com quartos gratuitos. Quantas actividades irá o Governo conseguir proibir e controlar?”, questionou.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeIPOR | PSD em Macau ataca presidente e pede auditoria A secção do Partido Social Democrata em Macau exige uma auditoria do Governo português ao funcionamento do Instituto Português do Oriente, com destaque para a escolha de Patrícia Ribeiro como presidente. Enumerando uma série de factores e alegando proximidade ao Partido Socialista, é exigida a exoneração da responsável A secção do Partido Social Democrata (PSD) em Macau exige uma auditoria ao Instituto Português do Oriente (IPOR), sobre o seu funcionamento e a nomeação de Patrícia Ribeiro para a presidência. No comunicado da secção, assinado pelo porta-voz, António Bessa Almeida, é referido que na auditoria ao IPOR deve “ser público e transparente o escrutínio” se houve alguma influência do anterior presidente do IPOR, João Laurentino Neves, na nomeação de Patrícia Ribeiro, que à data trabalhava como sua assistente. O factor “vizinhança” Para a secção do PSD em Macau, a subida de Patrícia Ribeiro à presidência da instituição está relacionada com eventuais ligações ao Partido Socialista (PS) em Portugal. Assim, a auditoria deve responder “se a proximidade da Figueira da Foz, terra natal de Patrícia Ribeiro, a Coimbra coincide com o berço de origem das autoridades em posto e ou do lobby do PS de Coimbra em Macau”. Deve ainda ser explicado se “Patrícia Ribeiro sempre trabalhou em Portugal na região de Coimbra, ao serviço de autarquias na maioria do Partido Socialista à época”. Pedida exoneração O comunicado da secção do PSD questiona também as razões para Patrícia Ribeiro estar na Fundação da EPM (FEPM), pois “é inédito em 25 anos da história da FEPM, ou da própria escola em si, qualquer tipo de presença de representantes afectos ao Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong”. Assim, “o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Governo da República Portuguesa, na titularidade da pasta do Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Senhor Professor Doutor Nuno Sampaio, deve preventivamente realizar uma auditoria ao IPOR desde o momento que o PPD/PSD deixou o Governo em 2015”, indica a nota. É ainda referido que o “Governo da República Portuguesa não tem condições políticas para manter Patrícia Ribeiro enquanto representante do Governo Português na FEPM”, sendo que esta deve, segundo a secção do PSD em Macau, “ser exonerada do IPOR”. Contactada pelo HM, Patrícia Ribeiro não quis fazer qualquer comentário ao conteúdo do comunicado.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeHomem perde dinheiro, mata e enterra corpo em Coloane O Tribunal de Última Instância (TUI) entendeu não atenuar a pena de 28 anos e nove meses de prisão a um homem que roubou, matou e ocultou o cadáver da vítima depois de perder dinheiro ao jogo. Segundo o acórdão ontem divulgado, o caso remonta a 2021, quando o homem “perdeu a maior parte do dinheiro no jogo”, tendo “planeado roubar as mulheres” que trocavam dinheiro, “bem como aquelas que lhe resistissem”. O homem escolheu então uma mulher como alvo, dizendo-lhe que “pretendia converter renminbis em dólares de Hong Kong”, tendo, com essa desculpa, levado-a ao quarto de hotel onde estava hospedado. Posteriormente, seguiu-se a prática do crime: o homem agarrou a mulher pelo pescoço com a mão esquerda e “pressionou-lhe o ombro esquerdo com a mão direita, exigindo-lhe a entrega dos dólares de Hong Kong”. Durante esse movimento, ambos se empurraram mutuamente, tendo o homem pegado num cinzeiro e batido “com força no rombencéfalo [cabeça]” da mulher, acto que lhe causou “sangramento persistente, fazendo-a entrar em coma”. O homem não se ficou por aqui e, vendo que a mulher “estava inconsciente e incapaz de resistir, tentou violá-la”, mas acabou por “fracassar devido a problemas dele”, descreve o acórdão. A mulher, nessa fase, já não apresentava sinais de respiração nem batimentos cardíacos, tendo o homem “limpado as manchas de sangue deixadas no local” e colocado o corpo da vítima “na mala de viagem com vista a ocultar a morte”. Além disso, ficou com 250 mil dólares de Hong Kong que estavam na posse da mulher e foi jogar várias vezes ao casino, tendo depois enterrado o corpo da vítima na praia de Hac-Sá, em Coloane. Frieza extrema O homem foi condenado em primeira instância a 29 anos, por cúmulo júridico, pela prática, “em autoria material e de forma consumada”, dos crimes de homicídio e roubo qualificado, além do crime de coacção sexual e de ofensa ao respeito devido aos mortos. Contudo, o arguido recorreu da sentença para o Tribunal de Segunda Instância que julgou procedente, apenas em parte, o recurso, passando a condenar o homem a uma pena de 28 anos e nove meses de prisão pelos crimes de abuso sexual de pessoa incapaz de resistência e por convolação do crime de coacção sexual. O homem recorreu novamente para o TUI, que manteve a pena por considerar “o grau de intensidade do dolo do A [autor do crime] foi extremamente elevado e empregou violência contra B [vítima], causando-lhe dor e lesões e fazendo-a entrar em coma”, além de se apropriar do dinheiro que esta tinha consigo. O tribunal não esqueceu o facto de o homem, além de matar, ter limpo “manchas sanguíneas deixadas no local, usado as impressões digitais da mulher para aceder ao telemóvel desta e enviar mensagens fraudulentas”, além de ter enterrado o corpo. Na praia de Hac-Sá, o autor dos crimes “assinalou com pedras o lugar onde enterrou o corpo para, no futuro, saber se o corpo seria ou não descoberto”. O homem “apanhou o autocarro, abandonando Macau tranquilamente”, o que, para os juízes, é revelado que adoptou “um método extremamente cruel e insensível, o que mostra a extrema frieza e o desrespeito face à vida alheia”. O TUI descreve que o homem cooperou sempre com as autoridades, mas “comportou-se com frieza na audiência de julgamento”, além de “não ter pedido desculpas aos familiares [da vítima], e de nunca os ter indemnizado”. A pena aplicada não é, assim, “excessiva”.
Hoje Macau SociedadeFestas populares | EPM acolhe arraial de Santo António A Casa de Portugal em Macau (CPM) realiza, este fim-de-semana, o arraial de Santo António no pátio exterior da Escola Portuguesa de Macau (EPM), o tradicional arraial de Santo António, a partir das 18h30, com as comidas tipicamente presentes neste tipo de festa, como é o caso da sardinha assada, bifana, pão com chouriço, caldo verde, tripas de Aveiro – um doce tradicional recheado com doce de ovos ou chocolate oriundo da zona centro de Portugal – e sangria. Segue-se um concerto de música tradicional portuguesa, com músicas de artistas como Marco Paulo, Marante, Ágata e José Cid, entre outros, interpretadas por músicos locais, como é o caso de Tomás Ramos de Deus, Miguel Andrade e Paulo Pereira, ligados à CPM, Ari Calangi e ainda João e David Rato. No domingo prossegue o arraial, mas desta vez mais virado para as famílias, com actividades que decorrem entre as 14h30 e as 19h. O público poderá ouvir o coro da CPM, intitulado “Portugalitos” e ainda assistir ao “espectáculo de marionetas tradicionais portuguesas, os Robertos”, com a participação de Sérgio Rolo. Seguem-se actividades diversas como a realização de trabalhos manuais, jogos e um concerto de música portuguesa. Os dois eventos, integrados no cartaz de celebração do 10 de Junho – Dia de Portugal, Camões e Comunidades Portuguesas, estão também interligados com a inauguração, ontem, da exposição em que a sardinha portuguesa é a personagem principal. A exposição colectiva, patente na Casa de Vidro, na praça do Tap Seac, “apresenta peças de diferentes formatos e técnicas, da autoria de vários artistas”, destaca a CPM, em comunicado.
João Luz SociedadeContrabando | Apreendidos milhões em barbatanas de tubarão As autoridades alfandegárias de Hong Kong apreenderam um barco, com destino a Macau, que transportava material de contrabando, incluindo barbatanas de tubarão, ninhos de pássaro para sopas, relógios, malas e vestuário. Segundo um comunicado emitido pelas autoridades da região vizinha, o material teria um valor de 10 milhões de dólares de Hong Kong. A embarcação de transporte de mercadorias entrou no radar das autoridades alfandegárias de Hong Kong no passado dia 6 de Junho. Nesse dia, os agentes interceptaram o barco nas águas ao largo de Black Point, com o intuito de investigar a carga transportada. Em meados de Abril, foi identificado um caso semelhante, também com uma embarcação que teria Macau com destino transportando 360 quilos de barbatanas de tubarão, com um valor de mercado de cerca de 1,8 milhões de dólares de Hong Kong. As autoridades da região vizinha acrescentaram na quarta-feira que a investigação ao caso irá continuar, reiterando que o contrabando é uma infracção grave. Quem cometer os crimes de importar, exportar e transportar carga não declarada pode ser punido com multas até 2 milhões de dólares de Hong Kong e prisão até sete anos.
João Santos Filipe Manchete SociedadeImobiliário | Associação alerta para redução de 45% de agentes A crise do mercado imobiliário sentida desde a pandemia levou à redução em Macau de 1.196 agentes mobiliários licenciados. A Associação Comercial e Profissional de Desenvolvimento Predial de Macau alerta para potenciais impactos desta quebra A presidente da Associação Comercial e Profissional de Desenvolvimento Predial de Macau, Sou Hao Chan, considera que a situação do mercado imobiliário é “muito preocupante”. As declarações foram prestadas durante o discurso do 20.º aniversário da associação, e citadas pelo Jornal do Cidadão. Numa altura em que Macau e o Interior da China enfrentam as maiores crises no mercado de venda de habitação dos últimos anos, a dirigente reconheceu que desde 2019 houve uma redução de praticamente 40 por cento do número de agentes imobiliários, devido à redução da procura de habitação. No último ano antes da pandemia, Sou Hao Chan apontou que o território tinha 2.616 agentes imobiliários com licença válida a trabalhar em Macau. No entanto, em Maio deste ano o número tinha caído para 1.420 agentes, o que significa uma redução de 45,7 por cento. “Os números mostram uma situação muito preocupante e reflectem não só as dificuldades que o nosso sector enfrenta, mas também a incerteza e a pressão de toda a economia”, reconheceu. “Se esta tendência continuar, de certeza que vai ter impacto a longo prazo no desenvolvimento saudável e estável do mercado imobiliário”, acrescentou. A presidente da associação defendeu ainda que o mercado de imobiliário é “vital”, não só para os agentes da indústria, mas para toda a sociedade. “Como um importante pilar da economia de Macau, o mercado imobiliário tem características únicas de utilização e investimento, que assumem um papel fundamental no bem-estar da população, como no desenvolvimento económico. Por isso, a manutenção de um mercado imobiliário saudável e estável é do interesse de toda a sociedade, e não apenas da indústria”, realçou. Preços ajustados Em relação aos preços praticados, Sou Hao Chan afirmou que está em curso um ajustamento e que o mercado “procura oferecer preços mais razoáveis” face à situação actual. Segundo a responsável, os números mais recentes apontam para que o preço por metro quadrado da área útil da habitação tenha caído para 85.600 patacas, uma redução de dois por cento, face ao praticado no final do ano passado, de 87.300 patacas por metro quadrado de área útil. No discurso do 20.º aniversário da associação, a dirigente associativa elogiou ainda as recentes medidas do Governo, de remoção dos impostos que visavam controlar a procura. Sou Hao Chan deixou o desejo que seja o início da recuperação do sector, mas pediu mais medidas, principalmente para facilitar o investimento exterior. As mensagens não foram apenas externas, a dirigente apelou também aos agentes imobiliários para se modernizarem e oferecerem um serviço cada vez melhor, promovendo uma boa imagem da indústria.
João Santos Filipe SociedadeConselheira das Ilhas apela a abertura da Linha de Seac Pai Van A coordenadora-adjunta do Conselho Consultivo de Serviço Comunitário das Ilhas, Wong Leong Kuan, apelou ao Governo para acelerar a abertura da Linha de Seac Pai Van do Metro Ligeiro. O apelo foi deixado através de um comunicado pela secretária geral da Associação das Mulheres. Segundo Wong, a ligação é extremamente importante para as pessoas que vivem em Coloane, uma vez que vai facilitar das deslocações para a Península, através do terminal da Barra. Também no sentido inverso, a ligação vai tornar mais rápida a deslocação para o recém-aberto Hospital das Ilhas. A conselheira considera assim que a abertura da nova linha do metro vai permitir melhorar significativamente a vida da população local, e que deve ser feita o mais depressa possível, respeitando sempre as exigências de segurança. Por outro lado, Wong Leong Kuan não deixou de criticar o ambiente das estradas e passeios de Coloane, e indicou ser cada vez mais difícil percorrer a zona, devido às várias obras que ali estão a ser realizadas. A membro da associação das Mulheres reconhece que as obras são necessárias devido ao aumento da população em Coloane, mas indicou que os mais velhos revelam especial dificuldade em adaptar-se às mudanças e a apanharem os autocarros, cada vez mais congestionados. Novo posto fronteiriço Em comunicado, Wong Leong Kuan abordou também os planos do Governo de construir um novo posto de migração na Marina de Coloane. A conselheira acredita que este desenvolvimento pode ser uma oportunidade para atrair mais turistas no futuro. “Actualmente, faltam projectos de viagens marítimas que utilizem os cais de iates de Coloane. Por isso, os cais não estão a servir, ao contrário do pretendido, para atrair mais turistas ou residentes para aquela zona. Tanto os residentes como os turistas não conhecem os cais”, pode ler-se no comunicado. A secretária-geral adjunta da Associação Geral das Mulheres lamentou também que desde 2015, altura em que Macau assumiu os 85 quilómetros quadrados de área marítima, que se mantenha a baixa taxa de utilização, apesar dos vários esforços do Governo.
João Santos Filipe Manchete SociedadeRestaurantes | Zhuhai deixa clientes mais satisfeitos Em tempos de perda de clientes para o Interior, o Índice de Satisfação do Consumidor mostra que os residentes estão cada vez mais satisfeitos com os restaurantes em Zhuhai e menos satisfeitos com os de Macau. Porém, as lojas de roupa de Macau parecem aguentar a competição Numa altura em que vários restaurantes da Zona Norte se queixam da perda de clientes, os residentes estão cada vez mais satisfeitos com os restaurantes em Zhuhai e menos satisfeitos com os restaurantes de Macau. As conclusões fazem parte do Índice de Satisfação do Consumidor, apresentado ontem pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST) e citado pelo Jornal Ou Mun. De acordo com os resultados de 919 inquéritos realizados a residentes locais, entre Março e Abril, numa escala de 1 a 100, pontos, os restaurantes de Zhuhai obtiveram uma média de satisfação de 75,4 pontos. Ao mesmo tempo, os restaurantes de Macau ficaram-se por uma pontuação média de 71,2 pontos. Em Macau, os inquiridos deram uma nota de 71,5 pontos para a qualidade da comida, 72,3 pontos para o serviço e de 70 pontos para o custo-benefício das refeições. Em comparação com o índice de 2023, os restaurantes deixaram as pessoas menos satisfeitas, dado que nesse ano a pontuação média tinha sido de 72,5 pontos, superior em 1,3 pontos. No que diz respeito à avaliação de Zhuhai, a qualidade da comida obteve 75,7 pontos, o serviço 75,7 pontos e o custo-benefício das refeições 76 pontos. Porém, também a avaliação foi mais negativa face ao ano passado, dado que em 2023 os restaurantes de Zhuhai tinham sido avaliados com uma pontuação de 76,1 pontos, mais 0,4 pontos. Roupas resistem Apesar das dificuldades no sector da restauração, o mesmo não se verifica a nível das lojas de roupa e calçado. Neste aspecto, os espaços de Macau conseguem superar a concorrência do outro lado da fronteira. A satisfação dos residentes com as lojas de calçado e roupas em Macau foi de 75,4 pontos, um aumento face ao ano passado, quando a avaliação tinha resultado numa pontuação de 74,5 pontos. A qualidade do serviço é o melhor item das lojas, com 77,3 pontos, seguido pela qualidade dos produtos (75,6 pontos) e pelo custo-benefício das artigos comprados, que teve uma pontuação de 74,7 pontos. Todos os sub-indicadores registaram melhorias face a 2023. No que diz respeito a Zhuhai, a satisfação com as lojas de roupa e calçado foi de 74,2 pontos, um valor idêntico ao do ano passado. Nas lojas do outro lado da fronteira a qualidade do serviço foi avaliada com 73,9 pontos, a qualidade dos produtos com 73,7 pontos e o custo-benefício com 73,6 pontos.
Hoje Macau SociedadeÁgua | Susana Wong promete não aumentar preços Susana Wong, directora da Direcção dos Serviços para os Assuntos Marítimos e da Água (DSAMA), assegurou que as tarifas da água não deverão aumentar a curto prazo. As declarações, citadas pelo jornal Ou Mun, foram feitas à margem da reunião do Grupo de Ligação ao Cliente da Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau – Macau Water. Susana Wong lembrou que a última vez que as tarifas aumentaram foi em 2016, ainda que o preço da água oriunda do Interior da China tenha registado um aumento de preço em cerca de 20 por cento nos últimos anos. Contudo, a directora da DSAMA disse que importa olhar para o panorama da economia de Macau e as condições de vida dos residentes. Actualmente, o Governo concede subsídios para consumo de água na ordem das 200 milhões de patacas anuais, enquanto no ano passado esse valor ascendeu às 240 milhões de patacas. Nacky Kuan Sio Peng, directora da Macau Water, declarou ainda que, nos primeiros cinco meses deste ano, o consumo de água registou, em Macau, um aumento aproximado de dez por cento, enquanto o consumo para fins comerciais aumentou 20 por cento. Nacky Kuan justificou que a recuperação súbita do sector hoteleiro após a pandemia levou a este aumento de água para fins comerciais, prevendo-se que, na segunda metade do ano, o aumento não seja muito significativo. Este ano, em termos globais, a subida do consumo de água deverá centrar-se nos 5,5 por cento, disse a responsável.
João Luz Manchete SociedadeTurismo | Macau entre as 13 regiões do mundo com mais receitas No ano passado, Macau foi a região da China que mais dinheiro gerou com a indústria do turismo. A nível mundial, a RAEM ficou em 13.º lugar, amealhando 32,6 mil milhões de dólares, superando receitas de países como México e Índia, segundo dados da Organização Mundial de Turismo Em 2023, Macau registou receitas no sector do turismo de 32,6 mil milhões de dólares, e foi a 13.ª região do mundo que mais facturou no ano passado, de acordo com os dados da Organização Mundial de Turismo, uma agência que pertence ao universo institucional das Nações Unidas. Segundo avançou ontem a TDM – Rádio Macau, as receitas turísticas da RAEM do ano passado fizeram que com que fosse a região da China mais lucrativa e onde os turistas gastaram mais dinheiro, ultrapassando o México e Índia no top 15 dos países e regiões com mais receitas turísticas. O registo do ano passado contrasta, naturalmente, com o de 2022, quando Macau ainda estava isolada do mundo devido às restrições impostas pelo combate à covid-19. Portanto, não é de estranhar que em 2023, as receitas do turismo de Macau tenham aumentado 275 por cento face ao ano transacto. Em primeiro lugar ficaram os Estados Unidos, com receitas de 175,9 mil milhões de dólares. O pódio foi completado com a Espanha, em segundo lugar (92 mil milhões de dólares), e o Reino Unido em terceiro (73,9 mil milhões de dólares). A França ficou em quarto lugar, com receitas de 68,6 mil milhões de dólares e Itália em quinto com 55,9 mil milhões de dólares. A restante lista de países com receitas superiores a Macau incluiu os Emirados Árabes Unidos, Turquia, Austrália, Canadá, Japão, Alemanha e Arábia Saudita. Gastos e chegadas Em relação aos países de origem de turistas, a Organização Mundial de Turismo coloca no topo da lista a República Popular da China, com gastos de 197,7 mil milhões de dólares no ano passado, superando os turistas norte-americanos (123,2 mil milhões de dólares). Quanto aos países e regiões mais visitados, a França consolidou a sua posição enquanto destino mais popular em 2023, com a chegada de cerca de 100 milhões de turistas internacionais. A Espanha ficou em segundo lugar com 85 milhões, seguida dos Estados Unidos (66 milhões), a Itália (57 milhões) e Turquia (55 milhões). O top 10 da Organização Mundial de Turismo fica completo com México, Reino Unido, Alemanha, Grécia e Austrália. A Organização Mundial de Turismo salienta ainda que o total de receitas de exportação do turismo internacional, incluindo receitas e transporte de passageiros, atingiu um valor estimado de 1,7 biliões de dólares em 2023, montante que quase duplicou o registo do ano anterior.
João Luz Manchete SociedadeHengqin | DST não comenta “auto-recomendações” para excursões O Governo não comenta o caso dos dirigentes associativos que se recomendaram a si próprios para operar excursões subsidiadas a Hengqin, mas destaca a capacidade das empresas para “acomodar toda a logística das excursões”. Um dos dirigentes, Andy Wu, escudou-se em segredo comercial para não revelar quantos excursionistas irá levar a Hengqin A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) não comenta o facto de ter convidado associações do sector do turismo a recomendar agências de viagem para organizar e operar excursões subsidiadas a Hengqin, e estas terem acabado por indicar empresas presididas pelos próprios dirigentes associativos. No passado dia 6 de Junho, o HM noticiou que todas as associações convidadas para sugerir agências de viagem para o Plano de Apoio Financeiro Amor por Macau e Hengqin, financiado pela Fundação Macau, acabaram sugerir ao Governo empresas todas elas lideradas pelos responsáveis máximos das associações. Passados dois dias do anúncio do plano de excursões para levar residentes de Macau a Hengqin, no dia 21 de Maio, o HM enviou questões à DST, a pedir um comentário à coincidência de dirigentes e entidades, e a perguntar se consideravam que este tipo de comportamento respeita princípios de ética, transparência e concorrência leal, principalmente tendo em conta que existem em Macau quase duas centenas de agências. Além disso, perguntámos que contrapartida financeira receberam estas agências. A resposta chegou na terça-feira à noite e não correspondeu a qualquer questão colocada. “Para implementar o projecto, a Fundação Macau solicitou conselho à DST relativamente à operação das excursões, tendo como referência a experiência desta direcção de serviços na realização do projecto ‘Vamos! Macau! Excursões Locais’ durante o período da pandemia covid-19. A DST convidou, por este motivo, associações relacionadas para colaborar no projecto, mediante a recomendação de agências de viagens capazes de acomodar toda a logística das excursões e levar a cabo o projecto com sucesso”, declarou a DST, sem mencionar que todas as nove agências são geridas por quem as recomendou. Prenda adiantada O organismo liderado por Helena de Senna Fernandes indicou também que o “projecto de excursões a Hengqin/Macau é realizado para celebrar o 25.º aniversário do estabelecimento da RAEM, tendo como alvo beneficiar os residentes de Macau através dos itinerários, permitindo que se familiarizem com o desenvolvimento de Hengqin e locais de interesse turístico”. Em relação a pedidos de informação sobre número de participantes e custos de operação das agências que operar o programa, a DST remeteu para a Fundação Macau, que financia o projecto. Uma das empresas seleccionadas, a Agência Gray Line (Macau) dirigida por Andy Wu foi uma das recomendações da Associação de Indústria Turística de Macau, presidida pelo próprio. O HM falou com Andy Wu que desmentiu a DST em relação ao processo de selecção das empresas que operam o programa. “Acredito que as agências de viagem não foram recomendadas pelos dirigentes das associações. Entregámos uma lista à Fundação Macau, que analisou e decidiu, conforme as suas competências e responsabilidades”, afirmou o dirigente, em contradição com os comunicados da Fundação Macau e as declarações da DST. Em relação ao número de excursionistas que a sua agência irá levar a Hengqin, Andy Wu indicou que no primeiro dia irá levar à Ilha da Montanha centenas de residentes, sem materializar o volume total da operação. “Não posso dizer o número concreto porque isto é informação comercial da minha empresa”, indicou. Recorde-se que a associação liderada por Andy Wu recomendou, de acordo com a Fundação Macau, outras duas agências dirigidas por dois vice-presidentes da sua associação. Porém, entre as três associações de turismo e as noves agências de viagem escolhidas para operar o programa existe um denominador comum, a Associação das Agências de Turismo de Macau, dirigida pelo deputado nomeado pelo Chefe do Executivo Cheung Kin Chung. Esta associação reúne no topo dos órgãos dirigentes gestores, directores e proprietários de sete das nove agências recomendadas à DST. As restantes empresas, Agência de Viagens e Turismo Internacional (China-Macau) e a Agência de Viagens e Turismo Juventude Internacional são dirigidas por dois vice-presidentes da associação de Cheung Kin Chung, Yan Wei Dong e Cheong Chi Man, respectivamente. Este último é também director executivo da Macau Radio Taxi. Por fim, importa referir que a associação em que o deputado Cheung Kin Chung é presidente da direcção, é também presidida por Luo Qun, que era, pelo menos até 2023, subdirector-geral da empresa estatal Companhia Nam Kwong.
Hoje Macau SociedadeZona Norte | CEM arrenda três terrenos O Governo concedeu três terrenos, com uma área de 3.947 metros quadrados, à Companhia de Electricidade de Macau (CEM) para assegurar a importação de energia eléctrica do Interior. A informação foi publicada ontem no Boletim Oficial, através de um despacho publicado pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário. “Uma vez que […] a concessão do terreno se funda no interesse público, porquanto visa assegurar a continuidade do funcionamento de uma instalação afecta ao serviço público de fornecimento de energia eléctrica, satisfazendo assim uma necessidade colectiva, a DSSCU [Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana] considerou que o pedido reúne condições para ser deferido”, foi informado. Os terrenos ficam situados junto à Avenida do Comendador Ho Yin e o pedido de concessão partiu da eléctrica, que indicou a necessidade de “permitir a importação de energia eléctrica do Interior […] e a distribuição da tensão eléctrica, bem como estabelecer uma gestão eficaz da rede eléctrica e satisfazer a procura de electricidade da Zona Norte de Macau”. O contrato de concessão vai ser válido durante 15 anos, com uma renda anual de 2 milhões de patacas, o que representa um valor total de 30 milhões de patacas.
Hoje Macau SociedadeTurismo | DST diz que produtos grátis não afectam sector Cheng Wai Tong, vice-director da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), defendeu ontem, no programa Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau, que a oferta de produtos alimentares e bebidas por parte dos casinos não afecta as pequenas e médias empresas do sector do turismo, uma preocupação revelada por uma ouvinte. A mulher colocou ainda a questão tendo em conta que há cada vez mais influencers oriundas da China que, nas redes sociais, divulgam dicas para visitar Macau e desfrutar de produtos gratuitos, bem como serviços e actividades. “Observando os números em termos subjectivos, verificamos que o consumo dos turistas na área não jogo, tanto no ano passado como no primeiro trimestre deste ano, aumentou em comparação com o período anterior à pandemia. O número relativo ao consumo este ano é ainda maior do que no ano passado. A oferta de comidas e bebidas não afecta o consumo geral dos turistas”, declarou o responsável. No caso dos turistas coreanos e japoneses, exemplificou, o consumo per capita aumentou de forma significativa, com aumentos de 70 e 21 por cento, respectivamente, em relação a 2019. Cheng Wai Tong espera ainda poder atrair turistas aos bairros fora das zonas turísticas para que haja um maior consumo nas empresas locais.
João Luz Manchete SociedadeAdministração | Aberto concurso para construção de edifícios Foi ontem anunciada a abertura de um concurso público para a construção de dois edifícios com 12 e 21 andares, que vão albergar escritórios para serviços públicos. Os dois novos prédios serão erigidos no NAPE num lote com 6.480 metros quadrados, entre a Rua Cidade do Porto e Rua Cidade de Braga A Direcção dos Serviços de Obras Públicas (DSOP) anunciou ontem a abertura um concurso público para construir dois edifícios de escritórios para os serviços públicos, entre as ruas Cidade do Porto e Cidade de Braga, com 12 e 21 pisos de altura. O projecto localiza-se no lote 12 no NAPE, que tem uma área de 6.480 metros quadrados, e será equipado com um auto-silo com quatro pisos em cave. A DSOP indica que, de forma a coordenar o andamento geral da obra, o projecto será implementado em duas fases: a construção de fundações e caves e a construção da superestrutura, com lançamento de dois concursos separados. O primeiro concurso público tem como data limite para a entrega de propostas o dia 15 de Julho, com o habitual acto público de abertura das respectivas propostas. A DSOP acrescenta que “o objecto do presente concurso é construção da superestrutura e será implementada logo apos a conclusão das fundações e caves, sendo o prazo máximo de execução de 850 dias de trabalho”. Cauções e critérios Para participar no concurso, os candidatos têm de prestar uma caução provisória no valor de 18 milhões de patacas através de “depósito em dinheiro, garantia bancária ou seguro-caução aprovado nos termos legais”. Além disso, a DSOP estabelece como caução definitiva 5 por cento do preço total da adjudicação (das importâncias que o empreiteiro tiver a receber, em cada um dos pagamentos parciais são deduzidos 5 por cento para garantia do contrato, em reforço da caução definitiva prestada)”. As autoridades estabeleceram como principal critério para apreciar as propostas submetidas o preço da empreitada, que terá o valor de 50 por cento na avaliação, seguido do prazo de execução que tem um peso de 30 por cento, e experiência e qualidade em obras 20 por cento. Como tem sido habitual, “a adjudicação é efectuada ao concorrente com pontuação total mais elevada e, no caso de empate na pontuação total mais elevada, a adjudicação é efectuada ao concorrente com a proposta de preço mais baixo”.
Hoje Macau SociedadeShenzhen | Ponte com Zhongshan pode beneficiar Macau O académico Samuel Tong defendeu, ao jornal Ou Mun, que a construção da ponte entre as cidades de Shenzhen e Zhongshan poderá trazer mais visitantes para Macau. De referir que, após um período de sete anos, a ponte deverá abrir ao trânsito no final deste mês, aumentando, de acordo com Samuel Tong, a eficácia do sistema de transportes, apoiando a conexão de pessoas na região e os serviços de logística, com vista a acelerar a integração de Macau e restantes territórios na Grande Baía. O também presidente do Instituto de Gestão de Macau apontou que Shenzhen é uma das cidades mais avançadas da China, com cidadãos que têm uma média de rendimentos elevada, sendo ainda uma importante cidade nos segmentos de alta tecnologia e economia no contexto da Grande Baía. A redução do tempo de transporte com a construção da nova ponte vai, assim, beneficiar a região, até porque os horários dos barcos não eram flexíveis face ao transporte terrestre. Samuel Tong destaca que, com a nova ponte, podem vir a Macau mais empresários da área das convenções e exposições.
Hoje Macau SociedadeTSI | Motorista de autocarro culpado por morte de idosa O Tribunal de Segunda Instância (TSI) deu mesmo como provada a culpa de um motorista de autocarro no caso da morte de uma idosa de 80 anos que, em Janeiro do ano passado, foi atropelada por um veículo da carreira MT3. O homem, acusado da prática de homicídio por negligência, recorreu da sentença do Tribunal Judicial de Base (TJB), mas terá mesmo de cumprir uma pena de prisão efectiva de um ano e nove meses. Segundo o acórdão do TSI, o motorista fica ainda proibido de conduzir por um período de dois anos, tendo de pagar uma indemnização de 109 mil patacas à neta da idosa falecida. O TSI entendeu que a velocidade a que caminhava a idosa e a distância em relação ao autocarro dava tempo suficiente para o motorista parar a viatura, tendo em conta que as condições meteorológicas desse dia ajudavam à visibilidade do condutor. O mesmo acórdão recorda que esta não foi a primeira vez que o motorista cometeu este tipo de crime, tendo já dois antecedentes criminais por atropelamento em 2018. Apesar do motorista ter confessado que estava distraído na altura do acidente, o que fez com que não tenha travado a tempo, o TSI concluiu que o motorista continuou a insistir no argumento de que a idosa apareceu na rua de forma repentina, o que não terá sido verdade.
João Luz Manchete SociedadeEspaço | Governo agradece primeiro astronauta de Macau em missão A Administração Espacial Nacional da China anunciou ontem a participação de um astronauta de Macau no projecto espacial tripulado. O Executivo de Ho Iat Seng agradeceu o apoio do Governo Central e sublinhou a escolha do especialista em carga útil de Macau como uma honra e incentivo aos jovens A Administração Espacial Nacional da China anunciou ontem a inclusão de um astronauta de Macau, e outro de Hong Kong, no quarto lote de astronautas de reserva do projecto espacial tripulado da China. A notícia foi recebida com rejubilo nas duas regiões administrativas especiais. Em Macau, o Executivo de Ho Iat Seng mostrou gratidão ao Governo Central. Num comunicado divulgado ontem pelo Gabinete de Comunicação Social, o Governo da RAEM “agradece, com sinceridade, ao Governo Central pelo seu forte apoio e carinho à participação de Macau na indústria aeroespacial nacional, e saúda calorosamente a realização bem-sucedida da selecção do quarto lote de astronautas de reserva do projecto espacial tripulado da China”. O Executivo destaca o “avanço importante” e o simbolismo da inclusão de um residente local que marca o “nascimento do primeiro especialista em carga útil de Macau”, assim como a “elevada importância e apoio do Governo Central à inovação científica e tecnológica de Macau”. Além de permitir que a região dê um salto no domínio da tecnologia e ciência aeroespacial, o Governo realça que a escolha do primeiro astronauta de Macau constitui “uma honra para a RAEM e um forte incentivo aos jovens locais”. Continuar o caminho A constituição do quarto lote de astronautas de reserva é descrita como sendo indissociável do trabalho árduo e do espírito de equipa dos quadros qualificados nacionais no domínio científico e tecnológico. Como tal, o Governo da RAEM garante que “irá colaborar proactivamente com a política nacional, reforçar a cooperação com o Governo Central e os serviços relacionados de forma a aprofundar intercâmbios e a cooperação no domínio da ciência e tecnologia aeroespacial”. Na sequência da novidade anunciada pela Administração Espacial Nacional da China, o Governo de Macau reiterou o empenho em promover os novos avanços no domínio da inovação científica e tecnológica, assim como em formar mais quadros qualificados no domínio da ciência e pesquisa. Finalmente, o Governo manifestou ainda o desejo de, “em conjunto com o Centro de Formação em Estudo Científico de Astronautas da China, dar os seus contributos para a indústria aeroespacial do país alcançar resultados mais brilhantes”.
Hoje Macau SociedadeHabitação | Empréstimos subiram mais de 50% em Abril A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) revelou ontem que os novos empréstimos hipotecários para habitação cresceram 53,7 por cento em Abril, face ao mês anterior, atingindo um valor de 1,39 mil milhões de patacas. Destes empréstimos contraídos em Abril, 99 por cento foram pedidos por residentes, segmento que cresceu 52,4 por cento em termos mensais, totalizando 1,38 mil milhões de patacas. Os dados da AMCM indicam também que o componente não-residente cresceu para 13,39 milhões de patacas. Entre Fevereiro e Abril deste ano, o número médio mensal de novos empréstimos hipotecários para habitação aprovados chegou a 993,4 milhões de patacas, montante que representa um aumento de 7 por cento face ao período anterior (de Janeiro a Março). Também os empréstimos comerciais aprovados para actividades imobiliárias cresceram 73,5 por cento em Abril, face ao mês anterior, atingindo um total de 1,24 mil milhões de patacas. Entre os empréstimos comerciais aprovados, 53,4 por cento foram concedidos a residentes. Este segmento registou um aumento mensal de 4,4 por cento, totalizando 661 milhões de patacas, enquanto o componente não-residente cresceu para 576,8 milhões de patacas. Os rácios das dívidas não pagas para empréstimos hipotecários para habitação e comércio mantiveram-se inalterados face ao mês anterior, fixando-se em 3,6 e 3,5 por cento, respectivamente. Porém, em termos anuais, a AMCM dá conta de um aumento anual do valor de crédito malparado nos empréstimos para habitação de 2,9 por cento e de 2 por cento nos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias.
Hoje Macau SociedadePJ | Quatro detidos por furto de 80 mil patacas A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta segunda-feira, num hotel, quatro cidadãos chineses, oriundos da província de Guangxi, suspeitos de furtar uma pessoa no valor de 80 mil patacas na Zona de Aterros do Porto Exterior (ZAPE). Segundo o jornal Ou Mun, a PJ declarou que os dois suspeitos entraram em Macau na sexta-feira e no sábado, sendo que, no sábado procuraram o alvo na zona do ZAPE, tendo descoberto a situação em que o idoso, residente, deu dinheiro a um funcionário que, de seguida, guardou o dinheiro no bolso das calças. Assim, os suspeitos decidiram furtar o dinheiro, tendo seguido o idoso e o funcionário. Depois de uma primeira tentativa de furto falhada, o idoso e o funcionário entraram num hotel e os suspeitos conseguiram tirar o dinheiro das calças da alegada vítima. A PJ começou a investigação após queixa das vítimas, sendo que, aquando da detenção dos suspeitos, estes só tinham consigo 17 mil patacas, 1,9 mil renminbis e 1,1 mil dólares de Hong Kong, suspeitando-se que tenham gasto o restante dinheiro no jogo. O caso foi encaminhado para o Ministério Público, sendo os suspeitos da prática dos crimes de associação e furto qualificado.