Nunu Wu SociedadeProstituição | Rede desmantelada na Rua da Tercena O Corpo de Polícia de Segurança Pública desmantelou uma alegada sede da prostituição em operação num apartamento na Rua da Tercena, depois de receber uma denúncia. Segundo o jornal Ou Mun, as autoridades visitaram o local no dia 12 de Abril, onde encontrou três mulheres, com idades compreendidas entre 39 e 41 anos, portadoras do visto turístico do Interior da China. Foram também encontrados toalhas e preservativos Segundo as mulheres, a angariação e gestão do negócio estaria a cargo de um indivíduo de Hong Kong, de apelido Chan, que garantia remuneração entre 200 e 400 patacas por cada serviço. Chan receberia das mulheres 300 patacas para a divulgação do “negócio” na internet, 200 patacas para comprar um cartão telefónico, bem como 600 patacas de renda de quarto por dia. A investigação policial descobriu que a cópia do Bilhete de Identidade Residente (BIR) usado para pagar a renda do apartamento é falsificada. Chan acabaria por ser encontrado pelas autoridades na passada quarta-feira, admitindo que desde 2016 auxiliou mulheres do Interior da China a dedicar-se à prostituição em Macau, e que lucrou cerca de 85 mil patacas. Chan foi encaminhado para o Ministério Público acusado pelos crimes de falsificação de documento e exploração de prostituição. Entretanto, as mulheres voltaram à China.
Salomé Fernandes Manchete SociedadeRoteiros de turismo interno registaram mais de 17 mil inscrições A Direcção dos Serviços de Turismo considera que o programa de turismo interno está a registar uma “boa procura”. A maioria das inscrições foi na experiência de viagem de helicóptero e fotografia num iate, enquanto a estadia em hotéis já vendeu 1.569 pacotes As seis primeiras excursões do programa “Passeios, gastronomia e estadia para residentes de Macau” arrancaram ontem de manhã, com um total de 230 participantes. Os seis roteiros da primeira fase, que decorre entre Abril e Junho, incluem a visita aos edifícios antigos da Vila de Nossa Senhora de Ká-Hó, ao Museu de Cera de Celebridades e experiências musicais. Mas o principal interesse dos cidadãos é sair de terra. “Entre os passeios, a ‘Viagem de helicóptero e fotografia em iate’ é particularmente popular, atraindo um total de 15.552 inscrições de residentes de Macau”, comunicou a Direcção dos Serviços de Turismo (DST). Os restantes cinco roteiros registaram 2.209 inscrições até sábado. A DST considera que o programa está a “registar boa procura”. A iniciativa lançada pelo Governo subsidia a participação de residentes em excursões num valor até 280 patacas e dormidas em hotéis no montante de 200 patacas. O objectivo passa por injectar cerca de 120 milhões no sector do turismo. Para a experiência de estadia em hotéis foram vendidos 1.569 pacotes, o que representa a participação de 3.936 residentes. De acordo com a nota, a directora da DST mostrou-se “satisfeita pelo interesse dos residentes” na iniciativa e considera que vai ajudar “a aumentar o conhecimento dos residentes sobre os recursos turísticos”, além de “apoiar a indústria turística” e “impulsionar o consumo comunitário”. De acordo com o canal chinês da TDM Rádio Macau, Helena de Senna Fernandes disse que a próxima fase está prevista para as férias de verão, passando a incluir elementos como viagens marítimas e workshops de gastronomia. Espera-se que o número de participantes aumente nos meses de Julho e Agosto. Aumento da frequência As excursões decorrem até 31 de Dezembro, mas a frequência vai aumentar na altura do verão. Nos meses de Abril a Junho, e de Setembro a Dezembro, decorrem aos fins-de-semana e feriados, prevendo-se que passem a ser diárias em Julho e Agosto. A iniciativa conta com a participação de 69 hotéis e pensões, 160 agências de viagens, e mais de 800 profissionais de turismo. Com a adesão da indústria ficam também avisos para as regras serem seguidas. “A DST responsabiliza-se pela divulgação e supervisão de todo o programa, providenciando pessoal para proceder à fiscalização no terreno, à avaliação da eficácia do programa, entre outros trabalhos, com o objectivo de racionalizar o uso do erário público e evitar a ocorrência de irregularidades”, observou o organismo.
Hoje Macau SociedadeSimulacro “Peixe de Cristal” contou com 371 voluntários A estrutura de Protecção Civil foi mobilizada no sábado para o exercício “Peixe de Cristal 2021”, para avaliar os planos de contingência em caso da passagem de tufões por Macau. O exercício simulou cerca de 60 incidentes e contou com a participação de 2700 pessoas, das quais 371 eram voluntários. De acordo com um comunicado dos Serviços de Polícia Unitários (SPU), o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, concluiu que o exercício teve “sucesso”. O simulacro incluiu envolveu a evacuação de mais de duas mil famílias. Realizaram-se operações de evacuação com recurso ao sistema de difusão sonora, a abertura ao público dos seis centros de acolhimento e dos locais de encontro para pessoas com necessidades especiais, o encerramento dos auto-silos nas zonas baixas e a divulgação da suspensão temporárias de electricidade. Os SPU indicam ainda que existe um novo sistema de verificação e evacuação nas zonas baixas, que permite a transmissão de dados associados aos planos de evacuação de forma “visual” para o centro de operações da Protecção Civil. Uma adição que pretende responder a alterações no “ritmo de ocorrência de incidentes súbitos de natureza pública”, ao aumento do risco das catástrofes naturais e ao impacto das mudanças climáticas. Entre os pontos de melhoria apresentados por Wong Sio Chak incluem-se a “atenção aos rumores divulgados na internet de forma a esclarecer atempadamente e evitar pânico desnecessário” e os membros da estrutura transmitirem informação “com precisão” para a direcção e o comando serem “mais eficazes e específico”.
João Luz Manchete SociedadeMASTV | Últimos TNR deixam estação que fica entregue a menos de 10 trabalhadores O Governo cortou as quotas de bluecards da MASTV, agudizando a situação de quem fica e revelando uma empresa à deriva. Entre 2019 e Março deste ano, a DSAL recebeu 178 queixas de funcionários da estação e abriu 29 processos devido à falta de pagamento de salários. Destes processos, 18 seguiram para tribunal Um escritório vazio, credores a bater à porta, rendas, contas gerais e salários por pagar e a administração em parte incerta. Assim têm sido os dias dos poucos trabalhadores que restam da MASTV em Macau, menos de 10, depois da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) ter revogado as quotas da empresa para contratar trabalhadores não residentes. A informação avançada por uma ex-funcionária da MASTV, num artigo publicado no All About Macau, revela que desde 2019 até Março deste ano, a DSAL recebeu 178 queixas de trabalhadores com salários em atraso, resultando na abertura de 29 processos. Destes, seis casos foram resolvidos, cinco continuam em investigação, enquanto os restantes 18 foram encaminhados para tribunal. Mais de uma centena de trabalhadores queixam-se de dívidas num valor, descrito como uma “estimativa conservadora”, que ronda as dezenas de milhões de patacas. Entre os queixosos contam-se trabalhadores que deram mais de 10 ano de trabalho à MASTV. Segundo o artigo publicado no All About Macau, há algum tempo que a renda do espaço que a MASTV ocupa no Edifício Comercial First National não é paga e que os estacionamentos reservados para a empresa deixaram de estar disponíveis. Aliás, os funcionários que continuam a trabalhar no local dão conta da frequente “visita” de credores ao escritório, de telefonemas de pessoas que exigem pagamentos, face ao desaparecimento de responsáveis da direcção e administração. Queda em desgraça Depois de um período áureo, com uma equipa com cerca de 150 funcionários, a programação da MASTV depende hoje em dia de repetições de programas, de transmissões das conferências de imprensa sobre a pandemia e do trabalho das delegações de Hong Kong e Zhuhai. Neste aspecto, o All About Macau salienta que no ano passado não foram renovados bluecards a cerca de uma dezena de trabalhadores, que passaram a trabalhar em Zhuhai a troco de 40 por cento do salário que auferiam anteriormente. Um ex-funcionário da MASTV, que não se identificou ao All About Macau, afirma que também a actualização do equipamento foi esquecida, como câmaras, tripés, computadores, mas que foi funcionando graças aos esforços e reparações constantes da equipa técnica, que, entretanto, foi também despedida. Além disso, conta ter conhecimento da entrada 3 milhões de patacas nos cofres da empresa devido a transmissões relativas ao Hong Kong Jockey Club e salienta que mesmo com os subsídios da Fundação Macau, a MASTV só pagava aos trabalhadores depois de obrigada pela DSAL e mesmo no limite do prazo, antes do processo dar entrada em tribunal. “Mesmo que o dono da empresa tenha perdido muito dinheiros noutros negócios, isso não tem nada a ver connosco. Porque é que os trabalhadores da MASTV têm se pagar por isso?”, questiona o ex-trabalhador. O Boletim Oficial mostra que a Fundação Macau subsidiou vários programas da MASTV, em especial conteúdos históricos, como “Comovendo Macau” e “Compromisso de Felicidade” sobre o aniversário do retorno à pátria e divulgação da Lei Básica, respectivamente. Tudo somado, entre 2015 e 2020, foram aprovados mais de 38,8 milhões de patacas em subsídios para produção de conteúdos, aos quais se juntaram 8 milhões de patacas em 2019 e 2020. Quantias que, segundo os funcionários, não se materializaram em salários. A MASTV foi registada em Macau em 2001, ano em que foram aprovadas licenças para serviços de radiodifusão televisiva por satélite. A estação tinha um lugar muito particular no mercado, sendo a única televisão de Macau a transmitir para o Interior da China. De acordo com o registo comercial, o investidor principal é o empresário Lin Nan, o maior accionista da Polyard Petroleum, empresa listada no Mercado de Empresas em Crescimento da Bolsa de Hong Kong. Em 2005, a PetroChina e Sinopec compraram participações da MASTV, transferindo-as gradualmente para várias empresas com sede social nas Ilhas Virgens Britânicas.
João Santos Filipe SociedadeEstados Unidos colocam Macau na lista vermelha de alerta de turismo Os Estados Unidos colocaram Macau na lista de alerta vermelho para deslocações de turismo, devido à evolução da situação da covid-19. As alterações do Governo dos EUA foram feitas na madrugada de ontem e, segundo a Associated Press, afectaram 116 países e regiões, entre as quais a RAEM. De acordo com a escala americana, as regiões e países são classificadas através de uma escala de um a quatro. O nível um é o mais seguro e o quatro o mais perigoso. Macau está agora no nível quatro, com a indicação “não viaje”. Antes das alterações, a RAEM estava no extremo oposto da escala, no nível um, o mais seguro de todos que é definido como “viaje com as precauções normais”. Com as alterações, Macau é tida como uma região mais insegura do que Hong Kong. A RAEHK está classificada com o nível três, definido como “reconsidere a viagem”. Nova escala As mudanças já tinham sido antecipadas na segunda-feira, quando o Departamento de Estado anunciou que ia fazer uma revisão das classificações. As alterações foram justificadas com a necessidade de “reflectir um sistema de alerta de viagens” mais baseado na avaliação do Centro de Controlo e Prevenção das Doenças dos Estados Unidos. Na comunicação de segunda-feira foi igualmente explicado que a actualização das classificações não reflectia a existência de uma nova avaliação aos países e regiões afectados. O ajustamento, de acordo com a Reuters, fez com que a lista de países e regiões classificadas com a escala quatro subisse de 34 para cerca de 150 países e regiões. Portugal também está no nível quatro. Apesar das novas recomendações, os cidadãos americanos não são obrigados a seguir os conselhos, o que faz com que ainda possam viajar para Macau. Porém, só poderão entrar na RAEM se forem residentes ou por motivos de reunião familiar, com a aprovação dos Serviços de Saúde. Segundo os dados da Organização Mundial de Saúde, até ontem os Estados Unidos tinham registado 31,4 milhões de casos de infecção por covid-19 que resultaram em 562 mil mortes. O Centro de Controlo e Prevenção da Doença de Macau registou 49 casos e zero mortes.
João Luz SociedadeTurismo | Março com mais de 75% de visitantes face a Fevereiro No passado mês de Março o número de visitantes a entrar em Macau aumentou 76,7 por cento em relação a Fevereiro e 255,4 por cento quando comparado com o ano anterior. No total, a RAEM foi visitada por 754.541 pessoas no mês passado. Olhando para o universo total de visitantes, a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) informa que o número de turistas foi de 404.936 e o de excursionistas 349.605, o que representou, respectivamente, aumentos acentuados de 221,6 por cento e 304,6 por cento, em termos anuais. Quanto ao período médio de permanência, em Março situou-se em 1,6 dias, uma quebra de 1,4 dias em relação ao mesmo mês do ano passado. Dividindo o período médio de permanência entre turistas (2,9 dias) e excursionistas (0,1 dias), verificou-se uma quebra de 1,8 dias e 0,1 dias respectivamente. Apesar da aparente tendência positiva dos números divulgados pela DSEC, se for tido em conta os três primeiros meses do ano, como o início de 2020 não foi afectado pela pandemia o cenário muda de figura. No primeiro trimestre de 2021 chegaram a Macau 1.738.428 visitantes, menos 46 por cento, face ao mesmo trimestre do ano transacto. Realça-se que os números de turistas (919.192) e de excursionistas (819.236) decresceram 39,6 por cento e 51,8 por cento, respectivamente. Quanto à origem dos visitantes, os oriundos do Interior da China totalizaram 688.353, o que correspondeu a um aumento de 674,4 por cento, em termos anuais. Realça-se que o número de visitantes oriundos das nove cidades da Grande Baía foi de 388.094, dos quais 48,5 por cento eram originários de Zhuhai.
Hoje Macau SociedadeCartões de consumo | Caritas pede inclusão dos TNR Kitty Tam Siu Sin, directora do centro “WelAnser”, ligado à Caritas, disse ao jornal Ou Mun que os trabalhadores não residentes (TNR) deveriam estar incluídos no novo programa de cartões electrónicos, uma vez que, na primeira fase do plano, chegaram a estar incluídos. Segundo a responsável, os TNR estavam satisfeitos e sentiram que os “seus esforços e contribuições em termos de trabalho em Macau tinham sido reconhecidos pelo Governo”. No entanto, o Executivo voltou atrás e retirou os TNR deste plano de apoio, que ficou apenas destinado aos residentes. A directora do centro lembrou que muitos dos TNR trabalham como empregadas domésticas ou funcionários de limpeza, e sofrem com a inflação. Kitty Tam Siu Sin pede também que o Executivo tenha em consideração a existência de várias comunidades em Macau e faça uma comunicação institucional em várias línguas, uma vez que desde o início da pandemia muitas mensagens foram transmitidas apenas em chinês e português, as duas línguas oficiais. A responsável alertou ainda para o problema das empregadas domésticas que ficam em Macau retidas e sem contrato de trabalho, uma vez que a lei de contratação dos TNR causa dificuldades aos empregadores para recrutar novamente estas pessoas.
João Luz Manchete SociedadeVacina | Reportados dois “eventos adversos”, um resultou em internamento Uma mulher e um homem, ambos com 34 anos, sofreram eventos adversos depois da administração de vacinas da BioNTech e Sinopharm, respectivamente. Apesar da necessidade de internamento da mulher e da paralisia facial do homem, os casos foram considerados ligeiros e as autoridades não encontraram nexo de causalidade com a vacinação Na noite de quarta-feira, o centro de coordenação de contingência do novo tipo de coronavírus declarou dois “eventos adversos ligeiros” que afectaram uma mulher e um homem, ambos com 34 anos, resultando em internamento devido a um problema renal e paralisia facial, respectivamente. No primeiro caso, a mulher foi vacinada a 5 de Abril com a segunda dose da vacina da BioNTech num centro de saúde. Dez dias depois, terminada uma sessão de exercício físico numa bicicleta estática, sentiu fraqueza nas coxas, sensação que passou a dor, que se intensificou nos dias seguintes. No dia 19 de Abril, a paciente decidiu fazer exames médicos no Hospital da Universidade de Ciência e Tecnologia. No dia seguinte, as análises ao sangue acusaram um aumento significativo de creatina quinase e mulher foi encaminhada para as urgências do Centro Hospitalar Conde de São Januário, onde ficou internada na enfermaria de casos agudos. O diagnóstico era rabdomiólise, uma síndrome que pode resultar em lesão renal aguda. De acordo com as autoridades, “a doente encontra-se em estado estável e a creatina quinase está a diminuir gradualmente.” O meu lado esquerdo O caso mais recente, afectou um homem inoculado com a primeira dose da vacina da Sinopharm no passado domingo. Dois dias depois começou a sentir “diminuição da força oclusal no lado esquerdo e a pálpebra esquerda fechada sem tendência de agravamento”, o que o levou às urgências do Centro Hospitalar Conde de São Januário onde foi diagnosticado com paralisia de Bell, conhecida como “Paralisia do nervo facial”. Depois de receber tratamento, teve alta sem necessitar de internamento. O centro de coordenação explica que “a causa desta doença é desconhecida” e que “a maioria de doentes começa a recuperar o nervo facial após 2 semanas do início dos sintomas e recupera a normalidade entre três e seis meses”. É também referido que os diagnósticos nestes dois casos não são detectados “com mais frequência em indivíduos vacinados contra a covid-19 do que na população geral”. Os casos foram remetidos para o grupo de trabalho de avaliação de eventos adversos e a “relação causal entre o evento e a vacinação foi considerada incerta”.
Andreia Sofia Silva SociedadePJ | Investigado roubo de identidade para promover produtos financeiros A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar o uso de cartões de visita falsos em nome da Autoridade Monetária de Macau (AMCM) para promover produtos financeiros na Internet. Segundo um comunicado, foi a própria AMCM que reportou a situação às autoridades depois de receber “uma participação sobre a usurpação de identidade de um funcionário da AMCM através da utilização de cartões de visita falsos nas redes sociais e softwares de comunicação”. A identidade terá sido usada para a “persuasão de investimento em produtos financeiros”, actividade que a AMCM nunca desenvolveu. “A AMCM salienta que, sendo uma instituição de supervisão, nunca promoveu nem irá promover no futuro qualquer produto financeiro, apelando assim à consciência do público”. No cartão de visita falso detectado “constata-se a presença do logotipo oficial, número de telefone, indicação da página electrónica e do endereço da AMCM”. No entanto, “o modelo é completamente diferente do cartão de visita oficial da AMCM e, invoca uma suposta unidade de estrutura que não existe”, adianta a entidade em comunicado.
Nunu Wu SociedadeMais de 5000 estabelecimentos comerciais inspeccionados num ano A Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) inspecionou 5.320 estabelecimentos comerciais e mais de 52.130 produtos entre 1 de Maio de 2020 e 24 de Março deste ano. A informação foi prestada pelo director da DSEDT, Tai Kin Ip, em resposta a interpelação de Leong Sun Iok. O deputado ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau perguntou se, “para evitar o aumento dos preços e conseguir estabilizá-los, o Governo iria reforçar a inspecção e a fiscalização” devido às medidas de apoio ao consumo. Tai Kin Ip respondeu que desde o ano passado o Governo intensificou as inspecções de mercados, frutarias, padarias, restaurantes, farmácias, entre outros tipos de estabelecimentos. O director dos serviços de economia escusou-se a responder a algumas questões do deputado, por estas incidirem ainda nos entretanto extintos cupões de desconto por pagamento electrónico, medida que ficou na gaveta. Além destas inspecções aos locais, o Governo vai monitorizar as redes sociais, em busca de publicações que mencionem situações de preços anormais e queixas da população. Por outro lado, é afirmado que o Conselho dos Consumidores actualiza constantemente a aplicação “Posto de Informações de Preços de Macau”, assim como a lista de custo de produtos no portal online, permitindo à população pesquisar o preço máximo e mínimo, a diferença de preços e o sítio de venda de mesmo produto. Além disso, o consumidor tem ainda à disposição a plataforma electrónica “Consumidor Online”, onde se podem apresentar queixas (e consultar o andamento dos processos) e emitir opiniões. Ontem e na quarta-feira, o Governo organizou três sessões de esclarecimento sobre o plano de benefícios de consumo por meio electrónico no Centro de Actividades do Patane, com o objectivo de apresentar aos representantes das instituições de serviço social o conteúdo do plano, a forma de inscrição e utilização.
Salomé Fernandes Manchete SociedadeJogo | Sands China com prejuízo de 213 milhões no primeiro trimestre As receitas da Sands China no primeiro trimestre do ano fixaram-se em 771 milhões de dólares. Apesar dos prejuízos no início de 2021 e de indicar que as restrições de viagens para Macau dificultam o desempenho financeiro, o CEO da Las Vegas Sands mostrou confiança na recuperação A operadora de jogo Sands China anunciou ontem um prejuízo de 213 milhões de dólares no primeiro trimestre, devido ao impacto causado pela pandemia. Em comunicado, a empresa avançou ainda que o total das receitas diminuiu 4,6 por cento, em comparação ao mesmo período do ano passado, arrecadando 771 milhões de dólares. Já as perdas no EBITDA – os lucros antes de impostos, juros, amortizações e depreciações – atingiram os 100 milhões de dólares, o que representa um aumento de 49,2 por cento, já que no período homólogo de 2020 se ficou pelos 67 milhões de dólares. “Continuamos confiantes na recuperação eventual dos gastos com turismo e viagens nos nossos mercados. A procura pela nossa oferta por parte dos clientes que puderam visitar [os casinos] continua robusta, mas as restrições de viagens relacionadas com a pandemia, particularmente em Macau e Singapura, continuam a limitar visitas e a dificultar o nosso desempenho financeiro”, afirmou Robert G. Goldstein, presidente e director-executivo da Las Vegas Sands, a empresa norte-americana que detém a maioria do capital da Sands China. Apesar disso, afirmou que os responsáveis estão “entusiasmados com a oportunidade de receber mais clientes (…), à medida que um número maior de visitantes pode viajar para Macau, Singapura e Las Vegas”. A nível hoteleiro, o relatório mostra que o Venetian contou com uma taxa de ocupação de 47,2 por cento, enquanto a ocupação do Sands Macau se fixou em 71,5 por cento. Dar sem receber A despesa de capital em Macau da Sands no primeiro trimestre deste ano envolveu custos de construção, desenvolvimento e manutenção no valor de 268 milhões de dólares americanos. Recorde-se que a empresa inaugurou em Fevereiro a primeira fase do hotel e casino The Londoner, um investimento de cerca de 15,2 mil milhões de patacas. Os resultados mostram que no primeiro trimestre do ano o casino do The Londoner gerou receitas de 91 milhões de dólares. O GGRAsia noticiou ontem que as receitas do segmento de massa premium da Sands China chegaram quase a metade dos níveis pré-covid-19, enquanto o mercado VIP ainda enfrenta dificuldades. As diferenças na trajectória de recuperação foram explicadas por Grant Chum Kwan Lock, director operacional da empresa, com uma “mudança estrutural” no mercado de Macau que levou a que “mais clientes lidassem directamente com operadores de casino”.
Salomé Fernandes SociedadeCigarros Electrónicos | Relatório sugere proibir a importação O relatório de acompanhamento e avaliação do regime de prevenção e controlo do tabagismo recomenda o aumento do imposto sobre os cigarros e proibir a importação de cigarros electrónicos. “De uma forma geral, o relatório demonstra que a execução da nova lei do controlo do tabagismo é satisfatória e atende aos critérios de aplicação da Convenção Quadro para o Controlo do Tabaco da Organização Mundial da Saúde”, comunicaram os Serviços de Saúde de Macau (SSM). O documento revela que a taxa geral de consumo de tabaco por maiores de 15 anos caiu 11,2 por cento em 2019. Outra boa nova revelada é que “em apenas 8 anos, há uma redução relativa de 33,7 por cento o que permitiu atingir a meta da Organização Mundial da Saúde de reduzir a taxa de consumo de tabaco local em 30 por cento em 2025”. Perante os resultados, os SSM indicam ainda que é preciso “dar continuidade e atenção às questões mais problemáticas”, como o consumo de cigarro electrónico entre os jovens, venda de produtos na internet e fumar a andar na rua. Além disso, os Serviços de Saúde incumbiram uma agência de fazer inquéritos e testes à qualidade do ar em casinos. Mais de 90 por cento dos trabalhadores de jogo entrevistados concordaram que a qualidade do ar nos locais de trabalho era “boa”, “muito boa” ou “extremamente boa”. “As amostras de ar estão em conformidade com os indicadores da qualidade do ar em recintos fechados públicos gerais de Macau”, apontam os SSM.
João Santos Filipe Manchete SociedadeDSAMA | Jantar de 8 mil patacas terminou com prendas Chanel a funcionários O CCAC acredita que os funcionários da DSAMA fecharam os olhos a várias irregularidades da empresa estatal China Overseas, a troco de presentes. Funcionária da empresa mandava oferecer prendas para depois pedir “favores” O Comissariado contra a Corrupção (CCAC) acredita que o jantar de 8.400 patacas em que participaram quatro funcionários da Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA), e em que foram distribuídas malas da Chanel, foi essencial para a China Overseas conseguir um contrato de 38,4 milhões de patacas para dragagem. A tese foi avançada ontem no Tribunal Judicial de Base, em que cinco funcionários e ex-funcionários, entre os quais Vong Kam Fai, ex-subdirector, respondem pelo crime de corrupção passiva para acto ilícito, cuja pena pode chegar a oito anos de prisão. Segundo o depoimento da testemunha Lei Tong Leong, investigador do CCAC, a empresa tinha sido contratada em 2014, para fazer uma dragagem junto à Central Térmica de Coloane. Todavia, ao longo do primeiro contrato de 54,7 milhões de patacas, que se prolongou entre Março e Dezembro de 2014, China Overseas utilizou embarcações sem licenças, não cumpriu os requisitos a nível da profundidade das águas nem as datas do contrato, trabalhando além do previsto. Apesar das falhas apontadas pelo CCAC, a empresa recebeu uma adjudicação directa para continuar o serviço, a troco de 38,4 milhões de patacas. O investigador do CCAC defendeu que o segundo contrato só foi possível por adjudicação directa porque a empresa tinha oferecido vários presentes aos trabalhadores da DSAMA. Para sustentar a tese, foram mostradas imagens do jantar num restaurante de marisco, em que participam os arguidos Kuok Kuong Wa, ex-chefe de departamento, Tong Vun Ieong, chefe de divisão, Lao Weng U, ex-chefe de divisão e Kuok Wang Ngai, ex-funcionário da DSAMA. Além das refeições, os funcionários deixaram o espaço com um saco oferecido, que a investigação concluiu ter malas e perfumes da marca Chanel, além de garrafas de vinho. “A sugestão para a adjudicação directa assumia que os trabalhos tinham sido bem executados, em condições de segurança”, afirmou Lei Tong Leong. “Mas, não era verdade, porque nunca foi assegurada a largura de 2,5 metros no canal, uma exigência do contrato inicial. Os funcionários sabiam que as embarcações estavam a navegar sem licenças e que os trabalhos se prolongaram além do prazo”, acrescentou. O jantar de 8.488 patacas foi pago pela China Overseas e pelo funcionário Meng Ke, assim como as prendas adquiridas no New Yaohan, com os custos a entrar na contabilidade da empresa. O subdirector Vong Kam Fai foi o único que não participou no jantar. Escutas telefónicas Além das provas do jantar, o CCAC apresentou também escutas telefónicas que permitem ouvir Wong Cheong Chau, funcionária da empresa que alegadamente dá as ordens para corromper, mas não está acusada, dizer a um funcionário que era preciso oferecer uma prenda mais cara a Lao Weng U. “O presente para Lao tinha pouco valor. Uma mala é mais apropriada. O valor é tão pouco, tão diminuto, que não dá para depois pedir um favor”, ouviu-se na escuta. Lao terá recebido uma mala de 28 mil patacas e Tong um produto semelhante, mas com o valor de 38 mil patacas. “As chamadas mostram que Lao e Tong tinham conhecimento que iam receber prendas e que queriam recebê-las”, disse o investigador. Lei revelou ainda que a investigação foi iniciada depois de terem sido recebidas denúncias para o favorecimento da China Overseas. O primeiro concurso foi realizado por convite e a empresa estatal ganhou com um preço superior a 50 milhões de patacas, enquanto as outras duas concorrentes, excluídas, cobravam 36 milhões e 9 milhões de patacas.
Hoje Macau SociedadeGalaxy | Apresentado esquema de reforma antecipada para funcionários A presidente da Associação Novo Macau para os Direitos dos Trabalhadores do Jogo, indicou, na terça-feira, que alguns funcionários do Galaxy tinham sido convocados para uma reunião onde lhes foi apresentado um esquema de reforma. A iniciativa é dirigida a funcionários que querem reformar-se antecipadamente ou mudar de emprego. A mensagem foi divulgada por Cloee Chao através do “Youtube”. “Achamos que o esquema é de boa-fé. Em primeiro lugar, não é obrigatório, em segundo lugar, oferece uma indemnização”, adiantou a responsável. Cloee Chao exemplificou que os supervisores podem obter 380 mil patacas, enquanto os gestores de projecto podem receber 520 mil patacas. A indemnização para os croupiers ainda não é conhecida, mas a líder associativa recebeu a dica de que pode rondar as 260 mil patacas. “Estimamos que o montante seja semelhante a 13 meses de salário”, apontou. Lei Man Chao, vice-presidente da associação, pediu atenção aos detalhes da proposta. “Superficialmente, é mais atractivo do que a indemnização da Lei laboral. Mas ainda precisamos de saber os detalhes, como as alíneas, a duração e as condições”, avisou. “Sobre o esquema de reforma lançado de boa-fé para reduzir os recursos humanos, a associação mostra-se a favor, mas tal como Lei disse, é preciso saber que alíneas compõem o acordo. Diz-se sempre que o diabo está nos detalhes”, frisou Cloee Chao. A responsável associativa recordou que durante a pandemia a associação recebeu queixas sobre empresas de jogo, por exemplo, que transferiram funcionários para outros cargos de modo a forçá-los a apresentar demissão.
Hoje Macau SociedadeCovid-19 | Angela Leong pede mais serviços de apoio psicológico A saúde mental da população em contexto de pandemia levanta preocupações à deputada Angela Leong, que quer saber se foram criados serviços específicos a nível de aconselhamento psicológico nos hospitais e centros de saúde. “A epidemia, além de constituir uma ameaça à saúde física e mental da população, afecta ainda o desenvolvimento socioeconómico, sendo fácil provocar turbulência emocional entre as pessoas”, aponta numa interpelação escrita. Esta é a primeira interpelação escrita submetida por Angela Leong na sessão legislativa corrente, sendo preciso recuar a Julho do ano passado para encontrar registo da última. A preocupação manifestada pela deputada passa pela possibilidade de as pessoas voltarem “a ter ansiedade antes de se livrarem das emoções negativas”, tendo em conta alterações à situação da epidemia no Interior da China e em Macau e a um quarto surto no exterior. A deputada aponta que foi criada uma linha aberta destinada a estudantes e operadores de jogo, questionando o Governo se foram “criados serviços de apoio e de aconselhamento psicológicos que correspondam à natureza e ao conteúdo do seu trabalho” para os trabalhadores da linha da frente, como profissionais de saúde e polícias. No seu entender, “é mais fácil” que estes profissionais enfrentem problemas físicos e psicológicos por causa dos riscos que correm. Angela Leong refere que uma instituição educativa realizou recentemente um inquérito sobre o estado de saúde mental da população devido à pandemia, tendo os resultados mostrado que “70 por cento considera que a pandemia afecta profundamente a sua vida” e mais de um quarto tinha cansaço médio a alto depois do pico da pandemia. Entre os participantes, foram também registados casos de depressão, e de ansiedade.
Hoje Macau Manchete SociedadeCovid-19 | Governo avança com plano para acelerar vacinação Para contrariar a fraca adesão às vacinas, o Governo vai dar início a um plano de proximidade para inocular a população por grupos sociais. Em primeiro lugar serão vacinados professores e alunos do ensino superior, numa segunda fase trabalhadores de empresas de “larga escala” e, mais tarde, pessoal e pacientes de lares de idosos Até agora, apenas 8 por cento da população de Macau tomou a primeira dose da vacina contra a covid-19, o que corresponde a cerca de 57 mil pessoas, números que não correspondem às expectativas do Governo. Assim sendo, vai arrancar o plano de proximidade, para vacinar sectores da sociedade por etapas, revelou ontem o coordenador do Plano de Vacinação contra a covid-19, Tai Wa Hou, no programa Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau. “A primeira fase será dirigida ao ensino superior, já entrámos em contacto com as universidades e depois passamos para vacinação em empresas de grande escala. Os lares de idosos ficam para uma fase posterior”, informou o responsável, citado pela TDM – Rádio Macau. O plano de proximidade, como foi designado, não será aplicado aos restantes níveis de ensino, porque as vacinas disponíveis em Macau só podem ser administradas a jovens com mais de 16 e 18 anos. Quanto à vacinação de idosos, Tai Wai Hou recordou a inversão da admissibilidade de administrar vacinas a maiores de 60 anos, depois do parecer da Comissão Nacional de Saúde, e que apenas podem ser vacinados em Macau pessoas maiores de 60 anos depois de avaliadas pelas autoridades e comprovada a sua boa saúde. Nem te reconheço Para já, Tai Wa Hou avançou que as autoridades estão a avaliar a possibilidade de acrescentar locais onde são administradas vacinas, depois de ser anunciado que o Hospital de Kiang Wu passaria a estar incluído no plano. Uma coisa é certa, o Governo quer inverter a baixa taxa de vacinação, que o coordenador considera “prejudicial à prevenção da pandemia” e um empecilho ao reconhecimento mútuo das vacinas com o Interior da China. Até ontem, o centro de coordenação de contingência do novo tipo de coronavírus contou ontem 145.906 agendamentos para tomar a vacina e 86.653 doses administradas. No total, apenas 30.902 tomaram a segunda dose da vacina. Até ontem, as autoridades de saúde reportaram um total 373 casos de reacções adversas às vacinas, dois deles considerados graves.
João Santos Filipe Manchete SociedadeTurismo | Rede de transportes “insatisfatória” penaliza Macau e Zhuhai Um estudo de dois académicos da Universidade de Jinan indica que Macau e Zhuhai precisam de melhorar a rede de transportes e a ligação a outras regiões do Interior, para se desenvolverem como núcleo de turismo da Grande Baía Para verdadeiramente se tornarem num dos grandes eixos de turismo na Grande Baía, Macau e Zhuhai vão ter de melhorar acessos para turistas, a nível dos transportes. A conclusão é de um estudo do Academic Journal of Humanities & Social Sciences intitulado “Pesquisa sobre Acessos de Transporte e Desejo de Turismo na Grande Baía”, da autoria de Li Tsanman e Chen Qiudi, dois académicos da Universidade de Jinan. No documento publicado este mês, os académicos utilizaram duas fórmulas para comparar os acessos de transporte às 11 principais cidades da Grande Baía e avaliar a vontade dos turistas de visitarem essas cidades. A vertente dos transportes é a que mais penaliza Macau. A RAEM surgem no 10.º lugar ao nível de acesso e é ainda destacada como o único destino turístico que não têm uma ligação directa da rede ferroviária de alta velocidade. Apesar destes constrangimentos, Macau bate Zhuhai, que dispõe de uma ligação de alta velocidade. No entanto, as cidades são as piores classificadas. Guangzhou, Shenzhen, Foshan, Zhongshan e Hong Kong ocupam os primeiros lugares da tabela, por esta ordem. Os autores consideram assim que núcleos de turismo Guangzhou-Foshan e Shenzhen-Hong Kong estão bem definidos e que podem ser o principal motor da indústria na Grande Baía. Caso as ligações de transportes melhorem, Zhuhai e Macau podem assumir um papel semelhante. “A pesquisa indica que Zhuhai e Macau podem servir como um núcleo de turismo, mas as acessibilidades a nível de transportes não são satisfatórias”, é sublinhado. “Todavia, o problema está identificado e o Governo está gradualmente a resolvê-lo através da construção da Ponte Hong Kong – Zhuhai – Macau e de mais linhas ferroviárias”, é acrescentado. O quinto mais desejado No ranking que mede a vontade para visitar as cidades como turista, Macau surge no quinto lugar. O ranking tem por base 523 questionários. No primeiro lugar volta a surgir Guangzhou, seguida por Shenzhen, Foshan e Hong Kong. Para os autores, Macau e Hong Kong beneficiam do princípio “Um País, Dois Sistemas” e da mistura de culturas chinesa e ocidentais. “Hong Kong consegue um melhor ranking que Macau porque beneficia da proximidade com Shenzhen e oferece aos turistas melhores facilidades a nível de transporte e passagem nas fronteiras”, é explicado. Por outro lado, os académicos defendem que Zhuhai tem beneficiado muito da proximidade com Macau. Devido à necessidade de parar em Zhuhai para se deslocarem à RAEM, os turistas do Interior sentem-se mais tentados a fazer uma paragem no outro lado da fronteira, com ganhos para a cidade vizinha.
Hoje Macau SociedadeJogo | Última semana confirma tendência de recuperação A semana de 12 a 18 de Abril voltou a registar melhorias nas receitas da indústria do jogo, de acordo com analistas da JP Morgan Securities e Sanford C. Bernstein. Segundo os analistas da JP Morgan, na semana passada os casinos de Macau tiveram receitas brutas diárias de 300 milhões de patacas por dia, “um dos registos mais elevados para períodos fora de feriados no período depois do início da pandemia”, parcialmente empurrado pelos resultados do sector VIP, cita do portal GGRAsia. A consultora afirma que a procura no mercado do jogo de Macau “está a recuperar confortavelmente”, com uma receita bruta nos primeiros 18 dias de Abril estimada em 5,5 mil milhões de patacas, ou 280 milhões por dia. Números mais optimistas face aos registados nos meses anteriores, 260 e 270 milhões de patacas por dia, apesar de não se estar em época alta. As melhorias, de acordo com a Sanford C. Bernstein, resultaram, principalmente, no aumento da entrada de visitantes durante o fim-de-semana e consequência da boa performance do sector VIP. Os analistas referem que, apesar a primeira metade da última semana ter sido mais calma, a chegada de visitantes na sexta-feira, dia 16, foi a melhor dos últimos 15 meses, com 34,252 entradas. A média diária de turistas que chegaram a Macau entre 9 e 15 de Abril foi de 27.404.
Hoje Macau SociedadeIPM | Docente diz que moeda digital vai prejudicar salas VIP Zeng Zhonglu, professor do Centro Pedagógico e Científico na Área do Jogo do Instituto Politécnico de Macau, acredita que as salas VIP vão sofrer um golpe nas receitas devido à possível implementação de moeda digital. Ho Iat Seng admitiu na Assembleia Legislativa que o Executivo está a planear alterar a legislação em vigor para regular as moedas digitais, que assim poderá ser implementada em Macau. Na sequência deste desenvolvimento, Zeng afirmou ao jornal Ou Mun que a indústria do jogo está em mutação, devido ao combate contra o jogo transfronteiriço no Interior, e que devido ao efeito dissuasor da criminalização da actividade que o volume de apostas nas salas VIP está em quebra. Apontando que as receitas das salas VIP apenas representam 38 por cento do total, Zeng alertou para uma quebra maior neste volume, que poderá ser crítica para os casinos, no caso de a troca de fichas ser substituída por uma moeda digital. Por outro lado, Zeng Zhonglu defendeu que o Governo de Macau deve esclarecer muito bem a futura lei das moedas digitais, antes do lançamento, e que deve clarificar se o Governo Central vai ter a possibilidade de controlar as transacções e aceder aos dados das transacções. Finalmente, em relação à adopção da moeda digital, Zeng considerou que esta deve ser uma possibilidade para os jogadores, mas que não deve representar o abandono da moeda física.
Salomé Fernandes Manchete SociedadeToxicodependência | Registo apresenta quebra no número de casos O Instituto de Acção Social indica que o número de toxicodependentes registados em Macau no ano passado caiu quase 37 por cento em comparação a 2019. No entanto, foi deixado um alerta para possíveis casos ocultos de consumo de droga. O grupo de trabalho que acompanha a situação dos jovens propôs dar atenção à sua saúde mental No ano passado foram registados 219 toxicodependentes no “Sistema de Registo Central dos Toxicodependentes de Macau”, número que contrasta com as 346 pessoas registadas em 2019, representando uma descida de 36,7 por cento. Os números do Instituto de Acção Social (IAS) foram apresentados ontem no seguimento da sessão plenária da Comissão de Luta contra a Droga. As medidas de prevenção contra a covid-19 tiveram influência, através do encerramento temporário de instituições de serviços sociais e medidas de controlo do fluxo de pessoal. De acordo com o IAS, isso levou a que “o número obtido em todo o ano apresentasse um notável decréscimo em relação ao ano transacto”. Cheang Io Tat, chefe do departamento de prevenção e tratamento da dependência do jogo e da droga, associou a quebra de casos ao longo dos últimos cinco anos aos “resultados nas medidas de prevenção” do Governo, mas salientou que existe “uma tendência que merece a nossa atenção, que são casos ocultos de consumo de droga”. Em comunicado, o IAS garante que mantém a cooperação com as 22 unidades de serviços que comunicam os casos, e que “foram convidadas” outras entidades para aderir. Um dos objectivos passa por alargar o sistema a instituições de trabalho comunitário ou de trabalho com a família, por causa da frequência em que os casos ocultos são detectados nas famílias. Assim, o IAS espera “detectar o mais rapidamente possível casos latentes na sociedade” de forma a poder “dar mais apoio”. Note-se que o presidente da Associação de Reabilitação de Toxicodependentes de Macau (ARTM), Augusto Nogueira, alertou anteriormente que este sistema não reflecte o universo de consumidores de droga no território. Isto porque se baseia nos consumidores detidos pelas autoridades policiais e por quem se dirige a instituições e organizações privadas à procura de tratamento. Das 219 pessoas registadas no ano passado, 16 eram jovens com menos de 21 anos, representando uma descida para quase metade do número face ao ano anterior. Apesar disso, aumentou a proporção de estudantes. A maioria dos toxicodependentes registados no sistema eram residentes de Macau e apenas um quinto do consumo aconteceu fora do território. No geral, a metanfetamina, vulgarmente conhecida por “ice”, foi a droga mais consumida, representando mais de um terço. Seguiram-se a cocaína (19,2 por cento) e a canábis (11,2 por cento). Em 41 por cento dos casos, o consumo aconteceu dentro do lar, sendo a casa de amigos e discotecas ou karaokes os outros locais mais comuns. A média das despesas mensais com o consumo de drogas fixou-se em 3.331 patacas. Atenção à saúde mental O grupo de trabalho que acompanha a problemática da droga relativamente aos jovens, apresentou um estudo sobre a “tendência do consumo de drogas, procura dos serviços de desintoxicação e o plano de desenvolvimento”. Foi proposto que “seja dada atenção à saúde mental dos jovens, à relação entre educação familiar e o risco do consumo de drogas, sendo ainda referido que o mesmo “vai continuamente desenvolver junto dos jovens, encarregados de educação e dos profissionais” acções de prevenção”. Cheang Io Tat, chefe do departamento de prevenção e tratamento da dependência do jogo e da droga, disse que o Governo coopera com uma associação de jovens num plano de formação profissional para quem faz desintoxicação. Entre 2019 e 2020 realizaram-se mais de duas dezenas de cursos de formação, que contaram com a participação de 92 jovens. De acordo com o representante do IAS, 90 por cento dos participantes “não voltou a ter contacto com a droga”. Recorde-se que no ano passado foi também lançado o programa de estágio profissional “Hold on to hope”, ligado à ARTM. O chefe de departamento disse que se pretende dar a conhecer “o trabalho de reabilitação dos toxicodependentes de Macau” e promover a sua reintegração social.
João Santos Filipe Manchete SociedadeHomem falsificou documentos para seduzir quatro mulheres Um motorista fez-se passar por funcionário público bem pago para seduzir amantes e terá, alegadamente, falsificado certificados de emprego para justificar à esposa deslocações a Hong Kong A Polícia Judiciária (PJ) anunciou a detenção de um homem que se fazia passar funcionário público de Macau em Hong Kong, e que utilizou o esquema para manter relações com pelo menos quatro mulheres. A notícia foi avançada ontem, em conferência de imprensa, pela PJ e o residente de 25 anos, motorista de profissão, está indiciado pela prática de cinco crimes. De acordo com a versão da PJ, apresentada na manhã de ontem, o homem falsificou vários documentos, como o certificado de licenciatura em Direito chinês, e um cartão de trabalhador da administração pública. Apesar de ser casado com uma residente de 23 anos, os documentos eram utilizados para manter contacto com mulheres em Hong Kong. Segundo a informação avançada pela PJ, o homem apresentou-se a 30 mulheres desta forma e manteve relações com pelo menos quatro. A PJ revelou também que o suspeito falsificava certificados de emprego de companhias áreas de Hong Kong, para justificar à mulher as deslocações à região vizinha e esconder o propósito das “escapadas” românticas. A polícia ainda está a investigar se o homem terá utilizado esta forma para cometer burlas. A investigação partiu da denúncia de uma dessas mulheres, que entrou ao contacto com o Comissariado contra a Corrupção sobre a possibilidade de lhe ter sido apresentado um cartão de funcionário público falsificado. Porém, a queixosa não denunciou qualquer outro crime. Face à queixa, a PJ investigou o homem e descobriu que tinha vindo para Macau de Hong Kong no dia 4 de Abril, pelo que só foi contactado a 18 de Abril, após terminar a respectiva quarentena. Acto de contrição No final da quarentena, o homem foi interrogado e confessou a autoria dos crimes. À PJ, o residente reconheceu igualmente ter cometido outras ilegalidades, ao fazer-se passar por mulher nas redes sociais. Através da criação de um perfil falso, o alegado criminoso manteve uma relação com dois homens locais a quem terá burlado no valor de 500 mil patacas. Num dos casos, o motorista, fazendo-se passar por mulher, pediu 300 mil patacas emprestadas com a justificação que eram para pagar tratamentos de saúde a um familiar. O dinheiro nunca foi devolvido. Face a este historial, a PJ diz que o homem está indiciado pela prática dos crimes de falsificação de documento (pena até 3 anos de prisão), falsificação de documento de especial valor (até 5 anos de prisão), usurpação de funções (até 2 anos de prisão), contrafacção de selos, cunhos, marcas ou chancelas (até 5 anos de prisão). Além disso, está também acusado do crime de burla informática, que acarreta uma pena que pode chegar aos 5 anos de prisão. A operação resultou igualmente na detenção da mulher do principal suspeito, indiciada pela prática de um crime de falsificação de documento (pena até 3 anos de prisão). A mulher de 23 anos, residente e desempregada, falsificou um documento de identificação para circular entre Macau e o Interior, com o objectivo de importar bens de forma ilegal para a RAEM.
João Luz Manchete SociedadeAmbiente | Temperatura média em 2020 caiu 0,3º em relação a 2019 No ano passado, a temperatura média em Macau foi de 23,3º, menos 0,3º face 2019. A tendência de decréscimo é transversal a dados como o dia mais quente, mais frio, precipitação, consumo de água e resíduos sólidos tratados na central de incineração. O único indicador das estatísticas do ambiente de 2020 que aumentou foi o que mede o número de dias com boa qualidade do ar Uma das vantagens da paralisia a que a pandemia votou o mundo foi o abrandamento dos factores que normalmente ameaçam o ambiente. Sem referir causas, esse é o silencioso fio condutor que guia as estatísticas do ambiente referentes a 2020, divulgadas ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). No ano passado, Macau registou uma temperatura média de 23,3º, menos 0,3º em relação a 2019. O mês de 2020 em que o mercúrio dos termómetros subiu mais alto foi Julho, quando a temperatura chegou aos 35,5º, o que representou uma ligeira descido, 0,2º, em relação ao ano anterior. Quanto à temperatura mais baixa, a variação foi mais acentuada. Em Dezembro do ano passado, registou-se o dia mais frio, com 6,7º, menos 1,7º relativamente ao dia mais frio de 2019. Também choveu menos no ano passado, com a precipitação total a atingir 1.713,2 milímetros, menos 534,8 milímetros em comparação com 2019. No capítulo dos tufões, 2020 manteve o registo de 2019, com um total de cinco tempestades tropicais. Destas, a mais grave foi o tufão “Higos”, que obrigou as autoridades a hastearem o sinal nº 10 de tempestade tropical, e Macau a resistir a rajadas máximas na ordem dos 215,6 quilómetros por hora. O “Higos” registou uma velocidade média máxima do vento de 138,6 quilómetros por hora durante 10 minutos. Um fenómeno muito mais severo do que o ciclone tropical Wipha, o mais grave de 2019, que teve a rajada máxima de 100,1 quilómetros por hora e a velocidade média do vento, durante 10 minutos, alcançou 67,3 quilómetros por hora, não ultrapassado o sinal nº8. Descanso aos pulmões Quanto à qualidade do ar, a poluição atmosférica diminuiu no ano passado. “O número de dias com qualidade do ar ‘bom’ observado em todas as estações de monitorização de Macau em 2020 foi superior ao registado em 2019. Relativamente ao número de dias com qualidade do ar ‘insalubre’, realça-se que em todas as estações se observaram decréscimos significativos do número de dias. Em relação às partículas inaláveis em suspensão (PM10) e às partículas finas em suspensão (PM2,5), nenhuma estação registou valores superiores ao respectivo valor padrão em nenhum dia de 2020. Importa referir que as normas de qualidade do ambiente de Macau foram alteradas, tornando-se mais exigentes, mas apenas foram adoptadas oficialmente a partir de 1 de Janeiro de 2021. Também o consumo global de água diminuiu no ano passado, em relação a 2019, atingindo os 85.515.000 metros cúbicos, uma redução de 7,9 por cento. Ainda assim, o consumo doméstico aumentou 9,4 por cento (42.816.000m3), provavelmente reflectindo a maior permanência de pessoas em casa. No que diz respeito aos resíduos sólidos urbanos, no ano passado a central de incineração tratou 437.592 toneladas, menos 19,8 por cento em termos anuais. Finalmente, a DSEC dá conta do aumento da densidade populacional em Macau durante 2020, com o registo de 20.800 pessoas por km2, mais 400 pessoas que em 2019.
Pedro Arede Manchete SociedadeServiços de Saúde confiam que não haverá desperdícios de vacinas contra a covid-19 O coordenador do plano de vacinação assegura que, ao ritmo de 500 inoculações diárias, as 40 mil doses da BioNTech que estão em Macau serão utilizadas antes de expirar o prazo de validade em Agosto. A partir de hoje, o Hospital de Kiang Wu passa a integrar a lista de postos de vacinação disponíveis A ordem é para não desperdiçar. O coordenador do plano de vacinação contra a covid-19, Tai Wa Hou assegurou ontem que o Governo está em contacto com a BioNTech para evitar desperdícios em Agosto, altura em que expira o prazo de validade do segundo e terceiro lotes do fármaco. Isto, quando existem actualmente em Macau 40 mil doses da vacina da BioNTech que, segundo o responsável, estão a ser utilizadas ao ritmo de 500 doses por dia e que o primeiro lote de 100 mil vacinas, que continua por utilizar e em processo de negociação, fica fora destas contas, após os defeitos detectados nas tampas das embalagens. No total, o Governo acordou comprar 400 mil doses da vacina da BioNTech que serão agora encomendadas em pequenas quantidades e em função das necessidades da população. “De acordo com [o ritmo da] vacinação até agora, prevemos que, até Agosto, as doses do segundo e terceiro lotes acabem. Por isso, em princípio, vamos encomendar doses da vacina da mRNA em pequenas quantidades, distribuídas por vários lotes. Se houver maior procura, vamos pedir ao fornecedor para enviar mais doses, mas se a procura não for assim tão relevante podemos suspender a entrega das encomendas. Em princípio, o número irá bater certo entre as necessidades e quantidades em stock”, explicou ontem Tai Wa Hou, por ocasião da habitual conferência de imprensa dedicada à covid-19. Toca a vacinar O mesmo responsável aproveitou para apelar, uma vez mais, à vacinação, recordando que um eventual reconhecimento mútuo de vacinas com o Interior da China está dependente da taxa de vacinação da população de Macau. “Quero deixar aqui um apelo para as vacinas que nós temos. Estes são materiais preciosos e o Chefe do Executivo também já disse que estamos a manter uma comunicação estreita com o Interior da China sobre o reconhecimento mútuo das vacinas. Quando atingirmos uma determinada taxa de vacinação da população é que podemos continuar essa negociação, por isso, os cidadãos devem ser vacinados o mais rapidamente possível”, vincou. Sobre o anúncio da suspensão da encomenda da vacina da AstraZeneca, Tai Wa Hou detalhou que não se trata de um ”cancelamento ou violação de contrato” e que a entrega está a ser negociada para o próximo ano. Já quanto à possibilidade de vir a ser obrigatória a toma de uma terceira dose da vacina da BioNTech, o coordenador apontou que os Serviços de Saúde estão a acompanhar a situação. Durante a conferência, Tai Wa Hou anunciou ainda que a partir das 10h de hoje o Hospital Kiang Wu passa a integrar a lista de postos de vacinação contra a covid-19. O novo posto de vacinação destinado a menores de 60 anos fica no primeiro andar do estabelecimento, e tem capacidade para inocular 180 pessoas por dia.
João Santos Filipe Manchete SociedadeMedia | Shun Tak avança para a compra de acções da Phoenix TV A empresa controlada por Pansy Ho vai expandir a natureza dos investimentos para a área da comunicação social. Com a entrada no canal Phoenix TV, Pansy Ho passa a ser parceira de negócios do Estado chinês A Shun Tak, empresa fundada por Stanley Ho e actualmente controlada pela filha Pansy Ho, avançou para a compra de parte da estação televisiva estatal Phoenix Tv. O anúncio foi feito pela Shun Tak, no domingo, num comunicado à Bolsa de Hong Kong e o vendedor é o empresário Liu Changle. A empresa dominada por Pansy Ho vai comprar uma participação de 16,93 por cento, o equivalente a 845,44 milhões de acções, num negócio avaliado em 515,7 milhões de dólares de Hong Kong. Segundo a Shun Tak, o preço de compra acarreta um desconto de 21,8 por cento face à cotação na bolsa, uma vez que se vai pagar 0,61 dólares de Hong Kong por acção, quando na sexta-feira anterior ao anúncio a Phoenix estava avaliada em 0,78 dólares de Hong Kong por acção. Após o negócio ter sido tornado público, a Shun Tak afirmou ir assumir o papel de “accionista passivo”, que definiu como sem qualquer “intervenção directa” na “gestão e operações” do canal televisivo. Entre as razões para a compra do canal televisivo, a Shun Tak explicou que a Phoenix é “uma das entidades mais bem estabelecidas [no Interior] e influente com uma audiência internacional”. O canal está presente não só no Interior, mas também em Hong Kong, Taiwan e Macau. Além disso, a companhia de Pansy Ho destacou ainda que a Phoenix “é um conglomerado de entretenimento de massas que lidera a produção de conteúdos multimédia, para a internet, digitais e culturais”. Com este investimento, a Shun Tak, que conta com vários investimentos, como os negócios de ferries entre Macau e Hong Kong, os hotéis Mandarim Oriental e Grand Coloane, uma participação na STDM, ou vários projectos de imobiliário em Pequim, Xangai ou Singapura, avança para uma nova área. Negócio maior Além da Shun Tak, também a empresa Bauhinia Culture vai comprar acções da Phoenix a Liu Changle, num total de 1,04 milhões de acções, que representam 21 por cento do capital social. A Bauhinia Culture é liderada por Mao Chaofeng, antigo vice-governador da província de Hainão, e faz parte do maior conglomerado de média em Hong Kong, que dá pelo nome de Sino United Publishing. Como parte desta estrutura, a Bauhinia Culture publica a revista Bauhinia, com uma linha editorial pró-Pequim. Nos últimos anos, a Phoenix tem somado resultados negativos e no ano passado registou perdas de 1.04 mil milhões de yuan. Os resultados negativos contribuíram para agravar a situação da empresa, que em Outubro do ano passado tinha dívidas de 10 mil milhões de yuan. A Pheonix foi fundada por Liu Changle em 1996 e assumiu a presidência da empresa em Fevereiro de 2020, cargo que deixou em Fevereiro deste ano. Liu é ainda membro do Comité Permanente da Comissão Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês.