Covid-19 | Quarentena de 21 dias para quem chega de Taiwan

Todas as pessoas que nos 21 dias anteriores à sua chegada a Macau tenham estado em Taiwan terão de cumprir no território uma quarentena de 21 dias. A decisão foi anunciada no sábado pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, tendo entrado em vigor à meia noite deste domingo, dia 16.

O Centro informa também que “aqueles que estão sob observação médica devido ao histórico de viagens e residência na região de Taiwan devem ser submetidos a  autogestão da saúde por 7 dias após o término da observação médica de 14 dias, durante o qual a cor do código de saúde da pessoa passará a ser amarelo”.

Esta medida não se aplica, contudo, aos que já completaram a observação médica tendo em conta o histórico de viagens e residência em Taiwan. O Centro deixa ainda notar que “se as condições permitirem as medidas originais [quarentena de 14 dias] serão reiniciadas o mais rápido possível”.

Este sábado as autoridades de Taiwan aumentaram o nível de alerta para a capital, Taipei, e Nova Taipei devido ao surgimento de 180 novos casos de transmissão local. Segundo o jornal Taipei Times, as novas medidas preventivas estarão em vigor até ao dia 28 deste mês.

O Centro de Coordenação decidiu também decretar a quarentena obrigatória de 14 dias para todos os que viajam para Macau a partir da Vila de Shangpai, Condado de Feixi, da Cidade de Hefei da província de An Hui, ou da Vila de Chentun e Vila de Xiongyue, da Cidade de Yingkou da província de Liaoning, na China.

16 Mai 2021

BNU com lucro de 109,4 milhões de patacas no primeiro trimestre

O Banco Nacional Ultramarino (BNU) em Macau registou lucros de 109,4 milhões de patacas no primeiro trimestre, menos 20,8% em termos anuais, assinalou hoje a instituição.

“Por comparação com Março de 2020, os resultados foram inevitavelmente afectados pela redução das taxas de juro por comparação com os níveis que vigoraram durante grande parte do primeiro trimestre de 2020”, pode ler-se na mesma nota.

O BNU salientou que, “não obstante o dinamismo evidenciado pelo crescimento do crédito a clientes (+7,8% por comparação com março de 2020)” a “descida generalizada das taxas de juro afetou negativamente a margem financeira”, que diminuiu 19,4%.

A instituição bancária sublinhou ainda que continua “a apresentar uma grande solidez com um rácio de solvabilidade de 20,5%”.

Em 2020, o BNU anunciou lucros de 420,3 milhões de patacas, uma perda de 41,7% quando comprado com os resultados de 2019, antes da pandemia do novo coronavírus, que afetou a economia global e a capital mundial do jogo.

O BNU, do Grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD) é, juntamente com o Banco da China, banco emissor de moeda em Macau. Além de Macau, o BNU está também presente na China continental, em Xangai e em Hengquin (ilha da Montanha), Zhuhai.

14 Mai 2021

PME | Trabalhadores de quase 150 empresas não gozaram férias em 2020

Apesar de as empresas estarem obrigadas a darem seis dias por ano de férias aos trabalhadores, 12,5 por cento das Pequenas e Médias Empresas (PME) admite que os trabalhadores não gozaram as férias, ou seja, 149 companhias. Os dados foram apresentados ontem pela Associação de Recursos Humanos de Macau, com base num estudo feito através de 1.192 inquéritos válidos a PME, entre Março de 2020 e Fevereiro de 2021.

Esta foi uma situação destacada pelo presidente da Associação de Recursos Humanos de Macau, Man Choi, que defendeu uma maior promoção dos documentos legais. “Se calhar os funcionários combinaram com os seus empregadores que abdicam este ano de férias e que no próximo ano serão compensados. Mas, achamos que o Governo precisa de reforçar a divulgação da Lei das Relações de Trabalho, para que os empregados e empregadores conheçam os seus direitos e obrigações”, alertou Man Choi.

Segundo o artigo 46.º da Lei das Relações Laborais as empresas cujos trabalhadores estejam há mais de um ano numa empresa, devem ter direito a seis dias de férias. Contudo, caso haja acordo entre as partes, podem acumular, no máximo, os dias correspondentes a dois anos de trabalho, ou seja, 12 dias.

O estudo, apresentado ontem, mostrou ainda que desde o início da pandemia da Covid-19, que chegou a Macau em Fevereiro de 2020, cerca de 8,1 por cento das Pequenas e Médias Empresas procedeu a cortes de salários, o equivalente a 97 companhias. Entre estas, cerca de 38 empresas fizeram cortes de entre 20 a 50 por cento do vencimento do salário dos funcionários.

No mesmo período, 11,2 por cento das empresas inquiridas declaram ter aumentado os ordenados, o que representa um número de 134 empresas que operam na RAEM. Entre este número, 94 empresas, que representam uma proporção de 70 por cento, apontaram ter feito aumentos de salários de 3 a 6 por cento dos ordenados, ou seja, acima do nível da inflação.

Onda de despedimentos

Para o presidente da Associação de Recursos Humanos de Macau a situação é preocupante e pode gerar uma vaga de despedimentos: “Houve uma percentagem maior de empresas a reduzir o salário dos funcionários do que a aumentar. Estamos preocupados, porque caso a saúde financeira das empresas não seja resolvida apropriadamente, ou caso o Governo não dê outros apoios, pode haver uma vaga de despedimentos”, alertou Man Choi.

Segundo os resultados apresentados, durante o espaço temporal estudado, a maior parte das empresas não procedeu nem à contratação ou despedimento de trabalhadores. Foram 894 as empresas que mantiveram os quadros.

Contudo, houve 215 empresas que fizeram despedimentos, ou seja 18 por cento das inquiridas. No polo oposto, 84 empresas, ou sete por cento, aumentaram os quadros.

O estudo realizado pela Associação de Recursos Humanos de Macau teve como objectivo analisar as PME “numa situação difícil nunca vivenciada”, assim como o impacto das medidas do Governo no incentivo à actividade económica.

14 Mai 2021

Galaxy | CEO “satisfeito” com resultados positivos do primeiro trimestre

Os lucros antes de impostos, juros, amortizações e depreciações da Galaxy Macau no primeiro trimestre do ano triplicaram face ao mesmo período de 2020. O CEO do grupo, Lui Che Woo, mostrou-se satisfeito, apesar de em relação ao trimestre anterior se ter registado uma quebra de 15 por cento

 

O Galaxy Entertainment Group apresentou ontem o sumário dos resultados financeiros do primeiro trimestre do ano à Bolsa de Hong Kong a dar conta de EBITDA (lucros antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) de 859 milhões de dólares de Hong Kong, 203,5 por cento superior ao registado no mesmo período do ano passado. Porém, o resultado é 15 por cento inferior ao registado no trimestre anterior.

Em termos de receitas, nos primeiros três meses de 2021 foram apurados 5,07 mil milhões, um crescimento de 0,5 por cento em relação ao primeiro trimestre do ano passado, mas resultado semelhante aos três meses entre Outubro e Dezembro de 2020.

Continuando a evolução mista do grupo, em termos de receitas líquidas o primeiro trimestre foi sinónimo de uma descida de 4,7 por cento em termos anuais, para cerca de 3,86 mil milhões de dólares de Hong Kong, resultado que face ao trimestre anterior materializa um crescimento de 5,6 por cento.

“Apesar de o EBITDA do primeiro trimestre do ano ter sido inferior ao 4.º trimestre de 2020, estamos satisfeitos com os resultados, porque o trimestre anterior incluía 100 milhões de dólares de Hong Kong de prémio de seguros”, Lui Che Woo, CEO do grupo.

O homem forte da Galaxy acrescentou que desde o final de 2020, continuando em 2021, o relaxamento das restrições impostas para controlar a pandemia trouxe um número crescente de visitantes, “que se traduziu no aumento de receitas” do grupo.

Visto à lupa

O comunicado emitido ontem revela que o volume de negócios do sector VIP caiu 30,7 por cento nos primeiros três meses de 2021, em relação ao primeiro trimestre do ano anterior, de 68,17 mil milhões para 47,24 mil milhões de dólares de Hong Kong. Já em relação aos três meses finais de 2020, o volume de negócios subiu 7,6 por cento.

A um dia de o grupo celebrar o 10.º aniversário de operações em Macau, Lui Che Woo aplaudiu o Executivo de Ho Iat Seng pela “liderança pro-activa durante os tempos desafiantes da pandemia”. O CEO da Galaxy aproveitou ainda para destacar o trabalho da Direcção dos Serviços de Turismo na promoção de Macau no Interior da China.

14 Mai 2021

Yoga World | Conselho de Consumidores já recebeu 98 reclamações

No espaço de um dia, o Conselho de Consumidores (CC) recebeu mais 56 queixas em relação ao Yoga World, um centro que fechou depois de ter cobrado a assinatura anual dos alunos. O caso foi relatado pela imprensa no início da semana e terá causado cerca de 500 lesados, num valor que se pode aproximar de 5 milhões de patacas.

Segundo uma nota de imprensa, ontem o CC já totalizava 98 reclamações, em contraste com os números de quarta-feira em que apenas tinha registado 42 queixas de afectados. A entidade de fiscalização e protecção dos direitos do consumidor apela assim que os lesados entrem em contacto para poderem receber “ajuda”.

“O CC apela aos consumidores envolvidos para entrar em contacto com o CC o mais rápido possível, podendo reclamar e apresentar as informações necessárias através da plataforma ‘Consumidor Online’. O CC irá prestar-lhes ajuda com todo o esforço”, poder ler-se no comunicado de ontem. “Recebidas as reclamações, o CC considerou que a acção do centro de yoga prejudica os direitos e interesses do consumidor e portanto tomou imediatamente medidas para apoiar os consumidores afectados”, foi acrescentado.

O CC divulgou também que o encerramento foi precedido por parte da gestão do espaço de um aviso de que o centro ia encerrar de forma permanente. Porém, nunca ninguém da administração tomou a iniciativa de proceder à devolução do dinheiro da assinatura anual, que já tinha sido adiantado pelos praticantes de yoga.

“Segundo as informações apresentadas pelos reclamantes, estes receberam um aviso a informar que o centro de yoga em questão irá encerrar permanentemente, mas sem indicação de qualquer informação sobre a devolução do valor das inscrições já pago, pelo que vieram pedir ajuda junto do CC”, foi indicado.

14 Mai 2021

Museu | Suzuki de Schwantz que fez parte da colecção está no Reino Unido

Após anos em exposição no Museu do Grande Prémio, uma das motos mais icónicas da colecção deixou de fazer parte do acervo. Mike Trimby diz que foi enviada para o Reino Unido para a Crescent Motorcycles, proprietária, em 2011

 

Desde o mês passado que os cidadãos e turistas voltaram a poder visitar o Museu do Grande Prémio de Macau, após as obras de renovação realizadas. Contudo, nem com a reabertura os visitantes vão poder ver uma das motas mais icónicas da colecção do museu, a Suzuki RGV500 com o número 34 e as cores da Pepsi, semelhante à utilizada por Kevin Schwantz em 1988.

A ex-peça da colecção é um exemplar utilizado pelo americano no mundial de 1988 da modalidade, ano em que também venceu o Grande Prémio de Macau. Esta prestação tornou-se inesquecível para os fãs da modalidade, não só pela margem entre Schwantz e os outros pilotos, mas porque o campeão mundial de 1993 fez grande parte da prova em “cavalinho”.

Além de não estar exposta, a moto já deixou mesmo a RAEM e foi enviada para o Reino Unido. A informação foi avançada por Mike Trimby, ao HM, britânico que até 2011, e durante 34 anos, esteve envolvido na organização do Grande Prémio de Motos e era responsável pelo convite aos pilotos internacionais.

Segundo Trimby, a moto estava em Macau porque tinha sido emprestada pela Equipa Oficial da Suzuki ao museu, através das ligações de Trimby e da International Road-Racing Teams Association. Esta é uma associação liderada pelo britânico, como CEO, e que está envolvida na organização do Campeonato Mundial de Motas, desde os anos 80, onde compete Miguel Oliveira.

Empréstimo original

“Quando a colecção do museu começou a ser escolhida, por Carlos Guimarães, perguntaram-me se estava disponível para emprestar a minha moto Yamaha, com que tinha ficado em terceiro lugar em 1978”, afirmou, através de uma resposta escrita, ao HM. “E como estou ligado à organização do Campeonato Mundial de MotoGP fiz a ligação para que a Equipa Oficial da Suzuki emprestasse um exemplar da moto com as cores da Pepsi com que Kevin Schwantz tinha competido no Campeonato Mundial e vencido em Macau”, revelou. “As garantias sobre a integridade do empréstimo foram avançadas à Suzuki, por mim”, acrescentou.

Trimby revelou ainda que após a saída da organização do Grande Prémio, que aconteceu em 2011, em ruptura com o Governo, que ficou combinado que a moto regressaria às origens. “No evento de 2011, após um envolvimento de 32 anos, foi decidido que não devia continuar como consultor do Grande Prémio de Macau. Em consonância com essa decisão, a minha Yamaha foi-me devolvida, e enviada para o Reino Unido, e a Suzuki do Schwantz devolvida à  Equipa Oficial da Suzuki, que na altura era gerida e organizada pela Crescent Motorcycles no Reino Unido”, revelou.
Face a este desfecho, Trimby recusa que a mota lhe tenha sido oferecida e apontou que “o museu apenas se limitou a devolver as motos emprestadas aos respectivos donos”.

Embora sem pormenores, os Serviços de Turismo confirmaram que a moto foi devolvida ao proprietário, que não identificaram, embora numa data diferente: “O respectivo artigo de exposição foi emprestado ao Museu do Grande Prémio de Macau após a corrida para efeitos de exposição pelo seu proprietário, tendo sido devolvido ao seu proprietário no ano 2010”, responderam.

14 Mai 2021

DSEDJ | Garantidas vagas suficientes nas universidades locais

Os Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) asseguram que há vagas nas universidades locais para os cerca de quatro mil alunos que vão entrar no Ensino Superior este ano. A garantia foi deixada pelo subdirector da DSEDJ, Teng Sio Hong, em resposta a interpelação de Lam Lon Wai, deputado dos Operários, que se mostrava preocupado com a possível subida da procura, devido à pandemia.

“Mesmo que, em resultado da epidemia, aumentem os alunos que optam por estudar em Macau, as dez instituições de ensino superior de Macau, especialmente as públicas, têm vagas suficientes para os estudantes locais”, escreve Teng.

Quanto ao número de alunos que se espera que concorram às vagas, o subdirector da DSEDJ aponta que devem ser cerca de 4.00. “Nos últimos anos, o número médio anual de alunos que concluem o ensino secundário complementar, em Macau, é de cerca de 4.000, e aproximadamente metade desses opta por prosseguir estudos em Macau”, é indicado.

No entanto, a DSEDJ acredita que no que diz respeito ao Ensino Superior a procura interna vai diminuir. “De acordo com as estimativas, nos próximos anos, o número de finalistas do ensino secundário complementar da educação regular de Macau vai continuar a diminuir”, é explicado.

Em relação aos estudantes que pretendem frequentar o ensino superior fora de Macau, Teng Sio Hong indicou que nos últimos anos foram tomadas medidas para que os resultados do exame unificado local serem admissíveis em instituições do Interior, Taiwan e Portugal.

14 Mai 2021

Justiça | TUI dá razão a advogado estagiário alvo de acção disciplinar 

O Tribunal de Última Instância (TUI) deu razão a um advogado estagiário que viu ser-lhe aplicada uma acção disciplinar de censura por alegada violação do Código Disciplinar dos Advogados. O caso remonta a 24 de Abril de 2016, quando um jogador, num casino, perdeu dez mil patacas numa jogada e arremessou contra o empregado da mesa de jogo “uma placa publicitária de papelão”.

O filho do empregado era advogado estagiário e acompanhou-o ao hospital depois desse incidente, tendo apresentado também queixa na Polícia Judiciária. Em Maio, este enviou uma carta ao casino dizendo que o empregado não ia exigir o pagamento de uma indemnização.

No entanto, “faltou às aulas de estágio por ter que tratar o referido incidente”, além de não ter conseguido preparar o exame que se realizou a 28 de Abril, e que por isso ia apresentar um pedido de indemnização “a fixar de acordo com os valores praticados na profissão de advogado”, referindo que o empregado ia retirar a queixa contra o jogador se o casino pagasse a indemnização. Esta carta levou o casino a fazer uma participação à Associação de Advogados de Macau, tendo sido depois aplicada a acção disciplinar.

13 Mai 2021

Arquivada queixa contra português por tentativa de violação

Um homem, de 50 anos, estava acusado da alegada prática do crime de tentativa de violação por uma estudante de 17 anos, mas o processo foi arquivado. A acusação ainda pode pedir a abertura da fase de instrução

 

O Ministério Público (MP) arquivou a queixa contra o português que estava a ser investigado por tentativa de violação de uma jovem de 17 anos. O caso tinha sido noticiado em Novembro do ano passado, e a alegada tentativa contra a residente portuguesa teria acontecido durante uma aula de fitness.

Segundo o HM apurou, a decisão de arquivamento foi tomada por falta de provas, por volta do início de Abril, e as entidades já terão feito os contactos para notificar as partes envolvidas.

No entanto, este arquivamento pode ser visto como “provisório”, uma vez que a acusação pode requerer a abertura da fase de instrução. O prazo limite para a abertura é de 15 dias a partir da notificação, e o HM sabe que a acusação ainda não terá sido notificada, pelo que prazo ainda não começou a decorrer.

A instrução é uma fase facultativa do processo penal e só se realiza a pedido das partes envolvidas, caso não concordem com a decisão inicial do MP. Ao contrário da primeira fase, conhecida como inquérito, em que o processo é conduzido pelo MP, na fase de instrução as decisões são tomadas por um juiz e, visam “a comprovação judicial da decisão de deduzir acusação ou de arquivar o inquérito, em ordem a submeter ou não a causa a julgamento”.

Foi em Novembro do ano passado que a notícia se tornou pública, já depois de o português de 50 anos ter sido ouvido pela Polícia Judiciária, no âmbito da investigação. O homem tinha ficado obrigado a apresentações periódicas, como medida de coacção.

Aula de fitness

De acordo com a versão da acusação, tudo teria acontecido durante uma aula de fitness e o homem seria o personal trainer da aluna de 17 anos. Segundo a versão da queixosa, foi durante uma aula particular que o sujeito teria feito “avanços indesejados”, que teriam deixado “marcas físicas na jovem”.

Por sua vez, a vítima manteve-se em silêncio após o ataque e só alguns dias mais tarde contou o sucedido na aula de fitness à família. Na sequência da revelação, a família da vítima apresentou a denúncia junto da polícia.
Na altura, o HM contactou a PJ sobre o caso, que recusou revelar qualquer tipo de informação devido a um pedido dos pais da vítima. Esta foi uma postura explicada com a intenção de evitar “danos secundários”.

O crime de violação é punido com uma pena que pode chegar aos 12 anos de prisão, que pode ser agravada por mais seis anos, atingindo um total de 18 anos. No entanto, uma vez que o ataque não foi consumado, e como a alegada vítima tem uma idade superior a 16 anos, o homem poderá ser acusado de coacção sexual. Nesse caso, a moldura penal vai dos dois a oito anos de prisão, mas pode ser agravada por mais dois anos e oito meses, dependendo das condições do crime, como o facto de este poder ter resultado de uma “dependência hierárquica”.

13 Mai 2021

Fraude | Proprietários do “Yoga World” falham reunião com Conselho de Consumidores

Os proprietários do estúdio de yoga “Yoga World”, situado na Rua do Campo, não compareceram a uma reunião com o Conselho de Consumidores (CC) a propósito de uma alegada fraude. Conforme noticiou o Jornal Tribuna de Macau (JTM), o “Yoga World” pediu aos sócios, o ano passado, o pagamento adiantado das mensalidades, alegando que os preços iriam subir este ano. No entanto, o estúdio deixou um aviso na porta, a 6 de Maio, de que iria fechar de forma permanente. Há cerca de 500 pessoas envolvidas neste caso, sendo que o CC já recebeu 42 queixas.

O CC informou ontem que tentou entrar em contacto com o “Yoga World” a fim de “solicitar que proponha uma solução devido às reclamações”. No entanto, os proprietários “não compareceram ao encontro marcado”, pelo que “o CC irá tomar medidas para acompanhar o andamento do caso”.

Ontem a deputada Wong Kit Cheng reuniu com alguns dos queixosos, tendo ajudado a submeter algumas queixas junto do CC. A deputada espera que este organismo “adopte medidas para dar apoio aos sócios afectados”, sendo importante informar o público para os riscos do pagamento prévio de inscrições deste género.

Segundo o JTM, cada sócio terá pago 10 mil patacas relativos a um ano de inscrição, o que perfaz um total de 5 milhões de patacas. O diário apurou que o dinheiro não será devolvido devido a “dificuldades financeiras”. Antes de se dirigirem ao CC, os queixosos tentaram apresentar queixa junto da Polícia Judiciária, que considerou “não haver natureza criminal” no caso.

13 Mai 2021

Património | Novo projecto do edifício “Chao Lei Aves” descarta traços originais 

A nova planta de condições urbanísticas (PCU) relativa ao projecto de preservação do edifício “Chao Lei Aves”, situado nas imediações da Avenida Almeida Ribeiro, não prevê a manutenção da placa original nem da fachada, noticiou o jornal Cheng Pou.

Em 2016, o proprietário do edifício, onde funcionou uma empresa ligada ao negócio de aves, remodelou a fachada do prédio e retirou a antiga placa da parede, que continha o nome “Chao Lei Aves”. As obras foram feitas sem licença, num caso descoberto pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT). Mais tarde, este organismo exigiu ao proprietário a recuperação da fachada original.

Nessa altura, o então presidente do Instituto Cultural (IC), Guilherme Ung Vai Meng, lamentou a extinção da placa e disse que, mesmo que o edifício não esteja classificado como património, pertence à paisagem histórica do local. A DSSOPT chegou a incluir as opiniões do IC sobre a preservação da fachada e a manutenção da placa com o nome da antiga empresa, tendo as obras sido canceladas. Entretanto, a actual PCU prevê a reconstrução da fachada com novos materiais, tendo sido excluídas as opiniões do IC datadas de 2016.

13 Mai 2021

Burla | Desfalcados em 3,6 milhões em esquema de vinho e roupa

Ao todo, sete pessoas foram seduzidas a investir numa plataforma online dedicada à venda de vinho tinto e roupa. A principal suspeita pelo esquema que terá lesado as vítimas em 3,6 milhões de renminbis desde 2019 é uma residente de Hong Kong de 38 anos, que acabou detida pela Polícia Judiciária na zona do NAPE

 

A Polícia Judiciária (PJ) deteve na passada terça-feira, na zona do NAPE, uma residente de Hong Kong de 38 anos suspeita da prática do crime de burla de valor consideravelmente elevado. Em causa, está o facto de a suspeita ter alegadamente sido a principal responsável por aliciar sete pessoas, seis das quais residentes de Macau, a investir cerca de 3,6 milhões de renminbis numa plataforma online dedicada à venda de vinho tinto e roupa. O valor nunca foi recuperado.

De acordo com informações reveladas ontem em conferência de imprensa pela PJ, o alerta foi dado pelas próprias vítimas na passada terça-feira, quando estas revelaram ter conhecido uma mulher através da qual lhes foram prometidos lucros, mediante investimento financeiro na referida plataforma. Mais especificamente, segundo as vítimas, a mulher terá prometido lucros de 20 por cento dos montantes investidos ao fim de 30 dias.

Numa fase inicial, após terem colhido alguns lucros do primeiro investimento que fizeram na plataforma, as vítimas sentiram confiança na intermediária e em todo o processo, voltando a transferir novos montantes.

Ao todo, partilhou ontem um porta-voz da PJ, entre Setembro de 2019 e 2021, as sete vítimas investiram cerca de 3,6 milhões de renminbis, valor que procuraram recuperar junto da residente de Hong Kong. No entanto, e após a apresentação de várias desculpas para adiar a devolução dos montantes, a suspeita acabou mesmo por não os restituir, facto que levou à apresentação da queixa por parte das vítimas.

Palavra contra palavra

Iniciada a investigação, a PJ detectou que a suspeita entrou em Macau na passada terça-feira através das Portas do Cerco, acabando mais tarde no mesmo dia, por localizá-la e detê-la num restaurante na zona do NAPE. Nos depoimentos prestados à PJ, a suspeita alegou ter recebido 2,8 milhões de renminbis das vítimas, argumentando não ter devolvido os montantes “porque a plataforma não produziu lucros”.

Além disso, segundo a PJ, a suspeita não conseguiu apresentar qualquer comprovativo de utilização ou comunicação com a alegada plataforma dedicada à venda de vinho tinto e vestuário.

O caso seguiu ontem para o Ministério Público (MP), onde a suspeita irá responder pela prática do crime de burla de valor consideravelmente elevado. A confirmar-se, poderá vir a ser punida pena com pena prisão entre 2 a 10 anos.

13 Mai 2021

Macau perdeu população e milhares de TNR

No final do primeiro trimestre deste ano, Macau tinha uma população total de 682.500 pessoas, menos 600 em comparação com o trimestre anterior, e menos 13.600 em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), no final de Março viviam em Macau 363.400 pessoas do sexo feminino, representando 53,2 por cento da população.

A DSEC afirmou durante o primeiro trimestre do ano registaram-se 1.173 nascimentos, menos 172, em termos trimestrais. Do total de bebés nascidos, 650 foram meninos.

No capítulo dos óbitos, registaram-se 586 óbitos nos primeiros três meses do ano, mais 20, em termos mensais. As três principais causas antecedentes de morte foram tumores (222 óbitos), doenças do aparelho circulatório (163 óbitos) e doenças do aparelho respiratório (99 óbitos).

Atravessar fronteiras

No trimestre em causa o número de indivíduos do Interior da China recém-chegados a Macau titulares de “Salvo-Conduto Singular” fixou-se em 675 pessoas, com os indivíduos autorizados a residir em Macau a totalizarem 124.

Estes índices demográficos registaram quebras de 245 e 19 pessoas, respectivamente em termos trimestrais.
Um dos factores demográficos mais afectados pela pandemia, e decorrente crise económica, foi o número de trabalhadores não residentes (TNR). No final de Março, viviam em Macau 173.113 TNR, menos 4.548 em relação ao trimestre anterior.

Em termos anuais, nos primeiros três meses de 2021 o número de TNR registava uma quebra de 16.405 em relação ao primeiro trimestre do ano passado, uma diminuição de quase 10 por cento. Outro dos aspectos analisados pela DSEC é o número de casamentos. Nos primeiros três meses do ano registaram-se 973 casamentos, mais 84 em termos trimestrais.

12 Mai 2021

Covid-19 | Consulado das Filipinas distribuiu 330 mil dólares num ano

O consulado-geral das Filipinas em Macau atribuiu, desde Março do ano passado, mais de três mil cabazes de comida aos seus cidadãos (mais de 30 mil no território). Além disso, atribuiu apoios financeiros superiores a 300 mil dólares norte-americanos e repatriou mais de 3000 pessoas em 16 voos

 

O consulado-geral das Filipinas em Macau tem providenciado ajuda alimentar e financeira aos seus cidadãos que, devido à pandemia da covid-19, se viram sem trabalho e sem possibilidade de regressar ao seu país de origem. Segundo dados fornecidos ao HM, tanto o consulado como o gabinete Phillipines Overseas Labour Office, da agência Overseas Workers Welfare Administration (POLO – OWWA), ligada ao Departamento do Trabalho e Emprego do Governo, distribuiu em Macau um total de 3,300 cabazes de comida aos cidadãos filipinos. Estes cabazes contêm arroz, noodles, comida enlatada, café, biscoitos, produtos de higiene e máscaras”. De frisar que a agência estatal funciona como um sistema de segurança social e também como seguradora. Importa ressalvar que a comunidade filipina em Macau totalizou 30.913 indivíduos no final de Março deste ano.

Através de um outro programa de assistência financeira, também gerido por esta agência, 1,650 cidadãos filipinos que estão no território receberam, cada um, um vale de 200 dólares americanos. No total, as autoridades das Filipinas atribuíram também 330 mil dólares americanos.

Nos últimos meses vários trabalhadores não residentes (TNR) que se viram sem rendimentos devido à pandemia têm procurado ajuda alimentar junto de associações locais, como é o caso da Caritas Macau. O HM tentou contactar Nedie Taberdo Palcon e Jassy Santos, duas dirigentes de associações de defesa dos direitos dos trabalhadores migrantes, para perceber se estes apoios conseguem abranger toda a comunidade. Apenas Jassy Santos respondeu às nossas questões, alertando para o facto de haver muitos trabalhadores migrantes que não estão a ser abrangidos por esta ajuda institucional, uma vez que não estão inscritos na OWWA.

Regresso a casa

Relativamente aos serviços de repatriamento, o consulado diz ter organizado, desde Março de 2020, um total de 16 voos de repatriamento, que transportaram para casa 3,399 pessoas. “Enquanto os voos comerciais estiverem suspensos, vamos continuar a dar assistência aos cidadãos filipinos para o regresso” ao país, explica o consulado na sua resposta.

Para já, a prioridade é dada aos idosos, grávidas, menores de idade e todos aqueles que fizeram o registo das suas condições médicas e de saúde junto das autoridades. Esta prioridade acontece “devido às actuais restrições de chegada do número de passageiros diários às Filipinas”.

12 Mai 2021

Wynn | Prejuízo de 281 milhões de dólares no primeiro trimestre

Nos primeiros três meses de 2021 a Wynn Resorts registou prejuízos de 281 milhões de dólares, valor que representa uma melhoria para os cofres da empresa, já que em 2020 os prejuízos foram de 402 milhões de dólares. Sobre Macau, Matt Maddox, director executivo da Wynn Resorts, aponta que o aumento de turistas tem reforçado o segmento premium do mercado de massas

Com Lusa 

 

A operadora do jogo Wynn Resorts, que explora dois casinos em Macau, anunciou ontem um prejuízo total de 281 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2021, traduzindo uma trajectória de melhoria para a empresa, fortemente abalada pela pandemia. Isto, porque, de acordo com um relatório divulgado na segunda-feira, em igual período de 2020, a empresa tinha registado um prejuízo de 402 milhões de dólares, ou seja, mais 121 milhões comparativamente com o primeiro trimestre de 2021.

As receitas operacionais nos primeiros três meses de 2021 foram de 725,8 milhões de dólares, decrescendo 23,9 por cento, em relação ao primeiro trimestre do ano passado, altura em que as receitas operacionais foram de 953,7 milhões.

“Os nossos resultados do primeiro trimestre reflectem um progresso contínuo no negócio à medida que os consumidores começaram a viajar mais uma vez para os seus destinos preferidos de lazer e jogos”, disse o director executivo da Wynn Resorts, Limited, Matt Maddox, citado no mesmo relatório.

Macau recupera

Em relação a Macau, o director executivo da Wynn Resorts sublinha que os dados do primeiro trimestre de 2021 traduzem uma melhoria progressiva face ao impacto da pandemia.

“Em Macau, registámos melhorias graduais contínuas na tendência de visitas, reforçando particularmente o segmento ‘premium’ do mercado de massas dos casinos, bem como no segmento de luxo”, acrescentou na mesma nota.

Segundo os dados divulgados pela Wynn Resorts, entre os dois resorts explorados pela empresa em Macau, o primeiro trimestre revelou ser mais animador para o Wynn Palace, no Cotai, do que para o Wynn Macau.

Se por um lado, entre Janeiro e Março de 2021, o Wynn Palace registou um EBITDA (lucros antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) positivo de 17,2 milhões de dólares quando comparado com igual período de 2020, o Wynn Macau registou um EBITDA negativo de 2,7 milhões.

A recuperação face ao impacto da pandemia no sector do jogo em Macau é também demonstrada pela diminuição de apenas 8,5 por cento das receitas operacionais (237,3 milhões de dólares) no Wynn Palace em relação aos resultados dos primeiros três meses de 2020, quando o grupo obteve receitas de 259,5 milhões, contando com o mês de Janeiro, que praticamente não tinha sido ainda afectado pela crise no sector.

Contudo, as receitas operacionais no Wynn Macau, que se fixaram em 179,7 milhões de dólares, representaram um decréscimo de 21,7 por cento, dado que no primeiro trimestre de 2020 as receitas foram de 229,5 milhões. No total, em 2020, a operadora tinha registado um prejuízo recorde de 740 milhões de dólares.

Verão Azul

Numa palestra dirigida aos investidores da empresa, o director executivo da Wynn Resorts, Matt Maddox, mostrou-se confiante relativamente às operações de Macau para os próximos meses. Isto, tendo em conta, não só os resultados auspiciosos obtidos durante a Semana Dourada do 1.º de Maio, mas também as perspectivas de crescimento a partir deste mês. “Temos expectativas de ver, em Maio, uma aceleração dos resultados obtidos em Abril. Vendo os ganhos obtidos durante a Semana Dourada e compreendendo as motivações dos consumidores chineses e a nossa posição nesse mercado, torna-nos confiantes sobre a nossa posição em Macau, o mercado de Macau e o desenvolvimento de oportunidades futuras em torno do Wynn Palace”, pode ler-se numa nota oficial divulgada sobre o evento.

12 Mai 2021

Covid-19 | Vacinas no Hospital da MUST a partir de segunda-feira

As autoridades de saúde vão instalar um novo local de vacinação no Hospital da Universidade de Ciência e Tecnologia, que entrará em funcionamento a partir de 17 de Maio (próxima segunda-feira). A marcação terá início às 10h de sexta-feira.

Numa primeira fase, o local só terá vacinas da Sinopharm e disponibilizará 150 vagas por dia para residentes de Macau, trabalhadores não residentes e estudantes. Ao mesmo tempo, as autoridades estão a preparar a criação de um posto comunitário de vacinação de grande escala no Fórum de Macau, prevendo-se 2.000 vagas diárias.

11 Mai 2021

Justiça | Condenado a pagar pensão de alimentos a ex-mulher

O Tribunal de Última Instância (TUI) confirmou a pena de um homem condenado a pagar uma pensão de alimentos mensal de 120 mil patacas à ex-mulher e aos dois filhos.

O caso remonta a 2017, quando a mulher avançou para um processo de divórcio litigioso, após traição admitido pelo homem e de várias brigas conjugais. O casamento foi celebrado a 16 de Setembro de 1994. Em 2008, o homem “pegou numa cadeira e atirou-a contra o filho que tinha 11 anos de idade na altura. Em 2011, no quarto dum hotel, B atirou uma colcha contra A em frente dos filhos”.

A partir de 2012 a mulher “às vezes não pernoitava em casa” e, no final de 2014, “descobriu que B tinha uma amante com quem mantinha uma relação estável e B admitiu isso”. O homem “mostrava sempre ‘cara chateada’ a A e filhos, proferindo asneiras contra A nas discussões verbais entre os dois”. A mulher acabaria por sair de casa em Janeiro de 2015.

11 Mai 2021

Concessão da Livraria Portuguesa prolongada por mais um ano

O Instituto Português do Oriente (IPOR) decidiu prolongar por mais um ano, sem realização de novo concurso, a concessão da Livraria Portuguesa, que actualmente pertence à Praia Grande Edições. A informação foi confirmada ao HM por Joaquim Coelho Ramos, actual director do IPOR. “Devido à pandemia foi decidido prorrogar a concessão à Praia Grande Edições por mais um ano. Nesta fase ainda não está a ser equacionado o modelo de concessão, ou sequer se haverá mudanças ao nível da metodologia ou de conteúdos”, lê-se na resposta enviada ao nosso jornal.

Ao HM, Ricardo Pinto, director da Praia Grande Edições, falou de enormes quebras nas vendas devido à pandemia e consequente fecho das fronteiras. “A pandemia é responsável por uma acentuada quebra das receitas da livraria, que estimo ser, nesta altura, de 30 por cento se comparadas com as de 2019. No ano passado, a quebra já se sentia, mas não era tão acentuada, embora tenhamos sido forçados a fechar a livraria por cerca de um mês.”

A queda na venda de livros a turistas ronda os 100 por cento, verificando-se também uma “descida muito acentuada, próxima dos 80 a 90 por cento, nas receitas provenientes de clientes institucionais”. Trata-se, segundo Ricardo Pinto, do “reflexo dos cortes orçamentais a que estão obrigados os serviços públicos da RAEM neste ano económico”.

Em termos gerais, este será “um ano de grandes desafios” para a gestão da Livraria Portuguesa. “Não temos grande esperança de que [a situação] possa melhorar de forma significativa no segundo semestre. Oxalá que o ano de 2022 seja de regresso à normalidade”, frisou.

Clientes individuais crescem

Mesmo sem os números do passado, a Livraria Portuguesa tem colmatado as quebras nas receitas com vendas a clientes individuais. “Estamos a ir cada vez mais ao encontro deles e de uma forma cada vez mais pró-activa”, disse Ricardo Pinto. Exemplo disso é o lançamento de iniciativas como a campanha A Editora do Mês, em que se vendem livros a preços semelhantes aos que se praticam em Portugal. Foram também feitos ajustes nas encomendas e no contacto com o cliente.

A Livraria Portuguesa vai continuar a acolher actividades “que passam pela promoção ou acolhimento de exposições organizadas por outras entidades, o lançamento de novas obras, a participação em feiras do livro ou a realização de actividades dirigidas ao público infantil”.

Ricardo Pinto adiantou também ao HM que este ano o Festival Literário de Macau Rota das Letras “vai voltar mais uma vez a ter lugar no final do ano nas antigas Oficinas Navais”.

11 Mai 2021

SMG | Primeiro trimestre com mais de metade de dias insalubres que 2020

O número de dias com má qualidade de ar registado no primeiro trimestre de 2021 pela maioria das estações de monitorização dos SMG, representaram mais de metade do número de dias classificados da mesma forma ao longo de todo o ano de 2020

 

O número de dias em que a qualidade do ar foi classificada como insalubre ou mais grave ao longo do primeiro trimestre de 2021 representou, na maioria das estações de monitorização, um valor superior a mais de metade dos dias classificados da mesma forma ao longo de todo o ano de 2020.

Segundo dados que constam numa resposta enviada pelos Serviços Metereológicos e Geofísicos (SMG) ao HM e que foi divulgada online, entre Janeiro e Março de 2021, em quatro das seis estações de monitorização, o número de dias insalubres foram equivalentes, superiores ou constituíram mais de metade do total dos dias insalubres de 2020.

No que diz respeito à qualidade do ar em Macau, em termos de zona de alta densidade habitacional, houve nove dias insalubres no primeiro trimestre de 2021, mais um do que ao longo de todo o ano de 2020, quando foram registados oito dias insalubres na mesma estação. À berma da estrada foram registados sete dias insalubres, também um valor bem acima da metade do total de 2020 (nove) na mesma estação de monitorização.

Quanto à qualidade do ar na Taipa, em termos de zona de alta densidade habitacional foram registados 10 dias insalubres no primeiro trimestre do ano, relativamente aos 11 registados ao longo de todo o ano de 2020. Mesmo em zona ambiental, o número de dias classificados como insalubres ou mais grave (oito) entre Janeiro e Março deste ano foram metade do total de 2020 (16).

Avançando para Coloane, os SMG apontam ter classificado seis dias como insalubres na estação de Ká-Hó e sete em zona ambiental. Isto, quando ao longo de todo o ano de 2020 foram registados, respectivamente, 24 e 16 dias insalubres.

Influência pandémica

Contudo, há duas nuances que importa ressalvar. Em primeiro lugar que, no cômputo geral, segundo os SMG “a qualidade do ar em 2020 foi relativamente boa, devido à influência da pandemia”, fazendo com que o número de dias classificados como insalubres fosse consideravelmente mais baixo. Por outro lado, a partir de 1 de Janeiro de 2021, os SMG passaram a adoptar critérios mais rigorosos para o cálculo do Índice da Qualidade do Ar (IQA).

Recorde-se que, de acordo com os novos critérios, os valores das concentrações de poluentes para o nível de qualidade do ar, “moderado”, passaram a ser elevados para o nível de valores intermédios temporários “IT-2”, das “Air Quality Guidelines” (AQG) recomendado pela Organização Mundial de Saúde, fazendo com que o número de dias com qualidade do ar insalubre possam, naturalmente, aumentar.

De acordo com um relatório dos SMG divulgado em Janeiro de 2021, o número de dias insalubres no ano passado foi menor em todas as estações de monitorização, tendo sido registada uma quebra na média anual de concentração de partículas inaláveis muito finas em suspensão (PM 2,5).

Olhando para os dados do primeiro trimestre de 2019 fornecidos ao HM pelos SMG, e também eles calculados de acordo com os novos critérios, a situação foi pior em comparação com o primeiro trimestre de 2021, dado que se registaram 14 dias insalubres, tanto na zona de alta densidade habitacional de Macau, como da Taipa. À berma da estrada, em Macau, foram registados 10 dias insalubres, ao passo que em Ká-Hó houve sete dias classificados da mesma forma. Também no primeiro trimestre de 2019, as estações ambientais da Taipa e Coloane registaram, respectivamente, cinco e oito dias insalubres.

11 Mai 2021

APOMAC | Dirigentes reuniram com Elsie Ao Ieong U

Francisco Manhão e Jorge Fão, dirigentes da Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC) reuniram na tarde de ontem com Elsie Ao Ieong U, secretária para os Assuntos Sociais e Cultura.

Segundo um comunicado, a reunião serviu para trocar “opiniões sobre diversas matérias relacionadas com a assistência social e saúde pública”, e apresentadas “propostas que visam melhorar o sistema de saúde pública de Macau”, entre outras áreas.

Os dirigentes da APOMAC frisaram ainda o “apoio da Administração de Macau, com a qual irão estreitar as relações de amizade e abertura de mais canais de contacto”, nomeadamente com a secretaria para os Assuntos Sociais e Cultura.

11 Mai 2021

Covid-19 | Serviços de Saúde dizem que ataques informáticos vieram do exterior

O Governo equaciona introduzir medidas menos restritivas para quem tomou as duas doses da vacina, que podem passar pela participação em concentrações sem necessidade de fazer teste de ácido nucleico. Quanto aos ataques informáticos, o caso foi encaminhado para a Polícia Judiciária

 

Os Serviços de Saúde afirmaram que os ataques informáticos que visaram as plataformas online na sexta-feira e no sábado partiram do exterior. Na conferência de imprensa sobre a pandemia, Tai Wa Hou, o coordenador do plano de vacinação contra a Covid-19, indicou que não houve fuga de dados.

“Sabemos que os ataques vieram de uma rede informática mal-intencionada e que tem origem no exterior. O caso foi reencaminhado para a Polícia Judiciária”, afirmou Tai. “Quanto ao sistema não houve fugas de dados, apesar dos ataques terem sido sucessivos. Foram tomadas medidas para evitar casos no futuro”, acrescentou.

A origem do ataque não foi revelada, mas durante os ataques os serviços de preenchimento da declaração de saúde e marcação de vacinas foram afectados durante alguns momentos. Porém, Tai Wa Hou garantiu que o caso foi seguido com toda a atenção, pelas autoridades e pela empresa fornecedora do serviço, e que foram feitos ajustes para reduzir o impacto junto dos cidadãos.

Caso de reacção adversa

Na habitual conferência de imprensa sobre a luta à covid-19 foi também abordado o caso de um homem com 62 anos que apresentou uma reacção adversa após ter sido inoculado com duas doses da vacina da Sinopharm. O homem apresenta agora sintomas de púrpura trombocitopénica idiopática, uma doença sanguínea que se manifesta principalmente através de manchas na pele, devido à redução do nível das plaquetas em circulação.

O homem foi vacinado a 23 de Fevereiro e 25 de Março. No entanto, a 21 de Abril, depois de apresentar uma “hemorragia da mucosa oral e pontos de sangramento sistémico” deslocou-se ao Interior para receber tratamento. A situação não terá ficado resolvida, e o indivíduo acabou por regressar a Macau e ser atendido no Conde São Januário. “Após exames, verificou-se existir uma redução de trombócito tendo sido diagnosticado preliminarmente com púrpura trombocitopénica idiopática”, revelaram os SSM.

O homem continua internado e, de acordo com Tai Wa Hou, está em condição estável. O responsável disse ainda que o Grupo de Trabalho de Avaliação de Eventos Adversos após a Inoculação da Vacinas contra a COVID-19 não encontrou, até ao momento, relação entre o desenvolvimento da doença e a vacina.

Benefícios para vacinas

Por outro lado, o Governo está a ponderar adoptar medidas menos restritivas para quem recebeu as duas doses da vacina contra a covid-19.

Segundo Tai Wa Hou, os SSM estão a equacionar que em eventos só com pessoas inoculadas deixem de ter de apresentar resultados de teste de ácido nucleico quando houver concentrações num limite de até 400 pessoas. As medidas abrangem primeiramente actividades de associações e depois deverão passar para eventos de grande dimensão na restauração.

11 Mai 2021

Cibersegurança | Serviços de Saúde alvo de sucessivos ataques informáticos

Depois de vários ataques informáticos na sexta-feira e no sábado terem interferido com serviços ligados à prevenção da covid-19, os Serviços de Saúde dizem que o objectivo foi “afectar o combate à epidemia”. Ontem, a origem dos ataques ainda não era conhecida

 

Os Serviços de Saúde (SSM) foram alvo de três ataques informáticos entre sexta-feira e sábado, que afectaram serviços como a marcação da vacinação contra a covid-19 e o sistema do código de saúde. “Existem indícios distintos de que esta acção tem um objectivo direccionado que visa afectar o combate à epidemia e os serviços destinados ao público. Os Serviços de Saúde condenam de forma veemente a estes ciberataques”, afirmaram em comunicado.

A análise foi apresentada depois de o sistema informático ter sido alvo de um ciberataque por volta das 17h05 de sábado. De acordo com os SSM, o ataque afectou o funcionamento do sistema do código de saúde, bem como os sistemas de marcação da vacinação contra a covid-19 e do teste de ácido nucleico. Foi então feita uma reparação urgente dos sistemas informáticos entre os SSM e a CTM, permitindo também o regresso à normalidade da transferência do código de saúde de Macau para o “Código de Saúde da Província de Cantão (Guangdong)”.

“Os Serviços de Saúde encaminharam este caso à Polícia Judiciária para acompanhamento e investigação, ao mesmo tempo, tendo notificado o Centro de Alerta e Resposta a Incidentes de Cibersegurança de modo que haja uma resposta conjunta”, afirmaram em comunicado. A Polícia Judiciária disse ontem ao HM não ter informações sobre a origem dos ataques informáticos ou se estes interferiram com os dados pessoais dos utentes.

No sábado de manhã, o sistema do Código de Saúde teve problemas de funcionamento durante cerca de 16 minutos. Mas nesse caso, a investigação revelou que os problemas se deveram à introdução de mecanismos preventivos de ataques cibernéticos no sistema, que gerou alguns problemas técnicos.

Do princípio

Os SSM afirmaram inicialmente terem sido alvo de um ataque informático na sexta-feira de manhã, que impediu as pessoas de utilizarem serviços electrónicos como o código de saúde, o sistema de vouchers electrónicos, as marcações para levar a vacina contra a pandemia ou o agendamento de testes. As falhas começaram a fazer-se sentir por volta das 10h da manhã, quando a população deixou de ser capaz de preencher as declarações do código de saúde de forma electrónica.

“O sistema informático dos Serviços de Saúde foi sexta-feira, 7 de Maio, cerca das 10H30 alvo de um ataque de ‘Hackers’ que afectou o regular funcionamento do sistema informático. Na sequência do ataque, foram tomadas medidas alternativas, como a prestação das declarações através de papel”, foi relatado pelos SSM.

Após a sinalização dos problemas, os técnicos da CTM foram chamados ao local para lidar com a situação: “Quando foram detectados os problemas, foi activado de imediato o plano de resposta de emergência. Entre as medidas previstas, está a activação de sistemas informáticos alternativos que permitam a reparação do sistema, notificação do posto fronteiriço para mudar temporariamente para o Código de Saúde de Guangdong durante a passagem fronteiriça e a alteração do uso de Código de Saúde para suporte papel para entrar em estabelecimentos médicos ou outros”, acrescentaram os SSM.

Ainda de acordo com o comunicado de sexta-feira, os técnicos resolveram a questão por volta das 11h15 e a partir dessa hora as pessoas puderam usar o serviço do código de saúde dentro da normalidade. Quinze minutos antes, o problema com o sistema de marcação das vacinas contra a covid-19 já tinha sido resolvido.

Uma vez que os Serviços de Saúde suspeitavam que as falhas se deveram a um ataque informático, o caso foi reencaminhado para a Polícia Judiciária, que ia investigar a origem do incidente que levou à paralisação dos serviços electrónicos.

Sexta-feira à tarde, os SSM deram conta de que uma das linhas da rede informática associada à emissão do Código de Saúde voltou a ser alvo de um ciberataque, pelas 15h30. Desta vez, a situação foi detectada pela CTM, que interrompeu de imediato o canal de comunicação. “Devido à existência de um sistema de reserva e de outras linhas, o funcionamento do Código de Saúde não foi afectado, apenas alguns residentes podem sentir que a velocidade está um pouco mais lenta do que o normal”, indicaram em comunicado.

10 Mai 2021

Bolsa | Empresas locais controlam restaurante nos EUA que vale 100 milhões de dólares

Um restaurante que nos últimos dois anos obteve receitas de 37 mil dólares foi valorizado pelo mercado bolsista americano em 100 milhões de dólares. O caso fez soar os alarmes entre os investidores. A empresa dona do restaurante é controlada por quatro companhias que declaram ter sede em Macau, no edifício onde funcionam os escritórios da C&C Advogados

 

Quatro empresas com sede em Macau são as principais accionistas de um único restaurante de comida italiana, em Nova Jérsia, nos EUA, cujas acções na bolsa dispararam nos últimos meses. A valorização foi tão acentuada que a empresa Hometown International, proprietária do espaço, chegou a atingir o valor de 100 milhões de dólares norte-americanos em bolsa. Contudo, uma investigação da emissora americana CNBC veio mostrar que as empresas não têm sede física em Macau.

Apesar da valorização, nos últimos dois anos as receitas financeiras do restaurante foram de 37 mil dólares, ou seja 0,037 por cento do valor em que a empresa estava avaliada. A emissora avança que o restaurante registou perdas no período em causa.

A saga bolsista levou a Hometown International a emitir um comunicado a alertar que a valorização não era justificada. O comunicado foi divulgado depois do caso receber a atenção dos mercados a alertar para os perigos do investimento. A Hometown International tem como presidente Peter Coker Jr., que está igualmente ligado ao Hotel 13, em Seac Pai Van.

Na sexta-feira passada, uma investigação da cadeia CNBC veio revelar que as quatro empresas que declaram ter sede em Macau não têm escritórios físicos na RAEM. Global Equity Limited, VCH Limited, IPC – Trading Company e RTO Limited são as principais accionistas da Hometown, que controla o restaurante, e ficam situadas no Edifício Lun Pong, na Avenida da Praia Grande. O prédio é mais conhecido por ser sede do escritório de advogados ligado a Rui Cunha.

Os registos comerciais mostram ainda que Global Equity Limited, IPC – Trading Company e RTO estão no primeiro andar do edifício. Também a VCH fica no mesmo prédio e supostamente “ocupa” o quinto piso. Em relação aos gestores, Michael Tyldesley e Ibrahima Thiam surgem identificados como membros da direcção da Global Equity. Tysdesley é ainda director na VCH e Thiam é director na IPC, a par de uma outra directora identificada como Lam Moi Lilia.

Empresas de correspondência

Apesar das moradas de registo, no primeiro andar do edifício apenas está a empresa Gestores de Projectos Limitada. Contactado pela CNBC, um funcionário da empresa confirmou que a GEP prestava serviços à Global Equity Limited. Porém, um dos sócios da GEP, Rui Pedro Cunha, que surge identificado como filho do advogado Rui Cunha, afirmou não reconhecer os nomes das empresas mencionadas.

Posteriormente, Rui Pedro Cunha afirmou não ser política da empresa fornecer os nomes das clientes, mas explicou que a GEP serve outras companhias que pretendem ter sede em Macau. O sócio da empresa garantiu também que qualquer correspondência enviada para a GEP é entregue aos clientes que recorrem ao serviço.
Por sua vez, a VCH tem sede no quinto andar do edifício, que é ocupado pela empresa C&C Secretariado Limitada.

Esta é uma companhia que presta serviços de auditoria, contabilidade, administrativos e de alojamento para empresas sem presença física em Macau. Contudo, os responsáveis mostraram-se indisponíveis para prestar comentários sobre a VCH.

10 Mai 2021

Turismo em Macau continua a crescer, mesmo com a pandemia

Reportagem de Miguel Mâncio e Candice Lok, da agência Lusa

O turismo em Macau continua a subir progressivamente e os visitantes ouvidos pela Lusa disseram que escolheram o território para viajar na popular semana de férias chinesa devido aos descontos promovidos e porque é um destino seguro de covid-19.

Segundo dados oficiais, entre 1 e 5 de Maio visitaram o território 167 mil pessoas e os hotéis registaram uma taxa de ocupação de 83,5%. O número médio diário de passageiros aumentou 25,4% em relação a abril.

No primeiro dia do mês, Macau bateu o recorde diário de visitantes desde o início da pandemia com 45.000 pessoas a chegarem ao território. O anterior recorde tinha sido registado no dia 16 de abril (34.353 visitantes).

“O volume de passageiros e a taxa de acomodação aumentaram significativamente”, apontaram as autoridades.

Ainda assim, o número diário de visitantes nestes feriados encontra-se a 21,1% do registado no último ano antes da pandemia.

Stephen Anderson, dono do restaurante/bar Cathedral Café, contou à Lusa que nota mais gente nas ruas, principalmente jovens ansiosos “pela comida tradicional portuguesa, vinho e arquitetura”.

“Vemos uma multidão mais jovem, com cerca de 20 e poucos anos de idade, e isso é mais vibrante. Eles teriam ido para Lisboa, teriam ido para Sydney, teriam ido para Banguecoque, mas como não podem ir, por agora, Macau é uma alternativa muito positiva”.

Lu e Wang, duas amigas de 25 e 24 anos, da província oriental de Jiangsu, perto de Xangai, escolheram Macau para passar as férias na 1.ª Semana Dourada do ano, período em que os chineses têm feriados de 01 a 05 de maio, porque sentem que o território fez um ótimo trabalho na prevenção da covid-19.

Há mais de 400 dias que Macau não regista qualquer caso local de covid-19, sendo considerada uma das regiões mais seguras do mundo em relação à pandemia de covid-19. Contabilizou apenas 49 casos, não tendo registado até hoje nenhuma morte causada pela covid-19.

“Claro que só viemos para Macau com base na situação de Macau ser muito seguro”, contou à Lusa Wang, quando passeava com a sua amiga pelas pedras de calçada portuguesa na famosa Praça do Leal Senado, no coração do centro histórico do antigo território administrado por Portugal.

Os visitantes provenientes da China continental não precisam de fazer quarentena ao entrar em Macau, e vice-versa, graças ao sucesso no controlo da pandemia. O que não acontece ainda com o vizinho Hong Kong, que apesar dos bons resultados, ainda regista diariamente casos de covid-19.

“Porque a emissão do salvo-conduto está suspensa em Hong Kong, e Macau fez um trabalho melhor nas medidas da prevenção da epidemia, por isso, podemos entrar e viajar mais livremente”, explicou Lu.

A poucos metros do Leal Senado, Poon, responsável pela loja de bolos Poon Vai Kei, notou que há um aumento significativo de turistas: “Esta rua tem mais turistas a passear, mais do que antes”, afirmou à Lusa.

Entre os milhares de turistas chineses no centro histórico de Macau encontravam-se também duas jovens de Xangai, Su e Sun, que admitem ter vindo a Macau porque é, neste momento, o destino mais conveniente, seguro e com preços mais atractivos.

“Quando chegamos aqui, descobrimos que realmente todas as pessoas aqui usam máscaras quando saem, por isso ainda nos sentimos mais seguros”, explicou à Lusa Su, de 25 anos.

“Em Xangai, quando fazemos o teste de ácido nucleico, podemos receber o relatório no dia seguinte. Com o resultado permitimo-nos ficar em Macau por sete dias, porque a validade é sete dias, é muito conveniente, por isso, escolhemos vir aqui”, justificou a amiga Sun, de 29 anos, acrescentando que o facto de a Air Macau ter voos diretos para o território e de não ser necessário a quarentena ajudou, em muito, a tomada de decisão.

As autoridades de Macau, juntamente com a Air Macau e outras instituições, têm promovido descontos em bilhetes de avião e estadia e têm realizado várias promoções turísticas em cidades, a próxima a ser realizada entre 13 e 17 de maio, em Nanjing, mostrando-se como “destino saudável e seguro” de covid-19.

A mensagem parece estar a chegar: “a Direcção dos Serviços de Turismo de Macau, fortalece as medidas relativamente benefícios para os visitantes do Interior da China, incluindo hotel e bilhete de avião”, explicou Sun.

Um pouco por todo o centro da cidade eram visíveis campanhas promovidas pelo turismo de Macau para que os turistas pudessem ter descontos em vários estabelecimentos através de um código QR. “Agora há algumas políticas em Macau, como os bilhetes de avião, compre um e receba um grátis, e os 50% de vales de desconto de hotel, era um bom negócio, por isso escolhemos Macau em primeiro lugar”, concluiu Su.

9 Mai 2021